Rio acessível
O Maracanã
Estado do Rio de Janeiro possui mais de dois milhões de pessoas com algum tipo de necessidade especial, o que representa cerca de 15% da população fluminense, segundo dados estatísticos divulgados pelo Sebrae-RJ e apresentados pelo Rio Convention & Visitors Bureau (Rio CVB). Esta fatia da população consegue levar uma vida normal, se deslocando, viajando e consumindo os atrativos turísticos do Rio de Janeiro. Muitas agências de viagens e companhias aéreas possuem pacotes exclusivamente destinados a pessoas com algum tipo de necessidade especial e que precisam de atenção com relação à acessibilidade. Entretanto, ainda há muito a melhorar nas cidades brasileiras a fim de torná-las aces-
síveis, com liberdade de locomoção. O problema está presente nas calçadas e ruas, no transporte público, no acesso a prédios e estabelecimentos comerciais e muios outros espaços. Com o movimento de atletas e turistas no Rio de Janeiro, em virtude dos Jogos Olímpicos e Paralímpicos Rio 2016, hotéis e outros meios de hospedagem estão se preparando para receber os portadores de necessidades especiais. Os empreendimentos turísticos também. São aguardados em agosto 4.350 atletas paralímpicos, oriundos de 176 países. A Secretaria municipal de Turismo do Rio de Janeiro concluiu um planejamento de acessibilidade para pontos turísticos da cidade e agora o coloca em prática. Responsável pelo planejamento, a empresa
Nova praça Mauá
Caminhe Arquitetura e Acessibilidade elaborou projetos para obras que irão adaptar o acesso ao Corcovado, Jardim Botânico, Vista Chinesa, Mesa do Imperador, Cinelândia, praia de Copacabana e dois pontos da praia da Barra, além de rotas entre a Candelária e a Praça XV e o Pão de Açúcar e o shopping Rio Sul. O plano prevê o nivelamento de vias e calçadas, bem como a instalação de rampas e piso podotátil, dos tipos de alerta e direcional, facilitando, assim, o acesso de cadeirantes e deficien-
tes visuais a importantes atrações da cidade. Vagas de estacionamento e pontos de ônibus próximos a essas atrações também serão adequados às normas de acessibilidade. A iniciativa foi viabilizada a partir de um convênio firmado entre a Secretaria municipal de Turismo e o Ministério do Turismo que cobre a realização da análise e projeção, além da impressão de um guia de acessibilidade. O investimento total no projeto foi de R$ 352.325,74.
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HOTEL DAS
29 de junho a 5 de julho de 2016 JORNAL PANROTAS
Paralimpíadas
Lobby do Windsor Oceânico
Quartos com amplo espaço
A cidade do Rio dispõe hoje de uma oferta hoteleira acima dos 60 mil quartos, dos quais boa parte foi construída nos últimos anos já visando os Jogos Olímpicos e Paralímpicos. Para atender às exigências do Comitê Organizador, uma série de práticas teve de ser adotada como, por exemplo, um hotel acessível. O resultado é que os principais empreendimentos da cidade hoje oferecem infraestrutura completa para receber cidadãos com qualquer tipo de deficiência. A rede carioca Windsor, com hotéis em operação no Rio e em Brasília, é um dos grupos a levantar a bandeira da inclusão e não à toa foi escolhida para ser a sede oficial do Comitê Paralímpico. Em setembro, o presidente do Comitê Paralímpico Internacional, além dos principais dirigentes da entidade, vão ficar no novo Windsor Oceânico, construído na praia da Barra e que, junto do Windsor Barra, formam o maior complexo de eventos do Brasil dentro de um hotel, com mais de 20 mil metros quadrados de área. Construído no início deste ano, o hotel, que já “nasceu” com a chancela da Preferred Hotel Group, foi todo planejado para ser acessível. Segundo o gerente da unidade, Luciano Leal, o hotel conta com 440 quartos - todos acessíveis - dos quais 26 são dedicados aos portadores de necessidades especiais. “Este é um cuidado que todos na rede Windsor têm, por isso adaptamos nossos hotéis a todos os tipos de clientes”, garantiu. Os 26 quartos estão espalhados por todos os andares. A área comum também está preparada, com recepção rebaixada, piso tátil, sinalização em braile, elevadores com sinais sonoros, além de funcionários que dominam a língua dos sinais. A piscina, localizada na cobertura, é acessada através de rampas ladeadas por um amplo corrimão. “Além disso, nossa área de convenção também foi toda preparada. Temos escadas rolantes, elevadores e rampas, os pisos são conectáveis e não priorizamos degraus. Nossa ideia é fazer do Windsor Oceânico referência para qualquer tipo de hóspede”, afirmou Leal.