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Revista outubro 2007

Belém - Pará - Brasil

www.paramais.com.br

ISSN 16776968

Edição 70

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CÍRIO 2007 O FORUM SOCIAL MUNDIAL OS CONTRATOS DO PAC




Orgulhosamente paraense! CONSELHO INTERNACIONAL DO FSM

O CÍRIO 2007

GOVERNADORA RECEBE E REVERENCIA A IMAGEM PEREGRINA A imagem de Nossa Senhora de Nazaré visitou, o Palácio dos Despachos. Recebida pela governadora Ana Júlia Carepa, a santa peregrina foi saudada pelo efetivo da Academia de Polícia Militar, que realizou a guarda de honra na entrada do prédio...

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O ARTE PARÁ 2007

CAIXA E GOVERNO DO PARÁ ASSINARAM CONTRATOS DO PAC

SUPERNORTE

Em cerimônia no Centro de Convenções da Amazônia (Hangar) a Caixa Econômica Federal e o Governo do Estado do Pará assinaram semana passada, contratos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para investimentos em obras de saneamento, habitação e infra-estrutura urbana no estado.

Durante a cerimônia, os organizadores e patrocinadores do Arte Pará entregaram os prêmios simbólicos aos grandes vencedores, que foram: Mariano Klautau e Val Sampaio, com a instalação 'Permanência' (1º lugar, R$ 15 mil)...

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Pág. 22 Pág. 18 189 ANOS DA POLÍCIA MILITAR

O ARTESÃO DO CÍRIO O Círio de Nazaré, padroeira dos paraenses, não é apenas um ritual da devoção do povo católico à Santa Milagrosa, é um vasto sistema cultural de comunicação simbólica consolidado por operantes atividades religiosas, festivas e profanas…

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Foto: Marcos Gonçalves

Editora Círios SS Ltda CNPJ: 03.890.275/0001-36 Inscrição (Estadual): 15.220.848-8 Rua Timbiras, 1572A - Batista Campos Fone: (91) 3083-0973 Fax: (91) 3223-0799 ISSN: 1677-6968 CEP: 66033-800 Belém-Pará-Brasil www.paramais.com.br revista@paramais.com.br

ANATEC ASSOCIAÇÃO DE PUBLICAÇÕES

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PUBLICAÇÃO

Garibaldi Parente

DIRETOR e PRODUTOR: Rodrigo Hühn; EDITOR: Ronaldo Gilberto Hühn; COMERCIAL: Alberto Rocha, Augusto Ribeiro, Rodrigo Silva, Rodrigo Hühn; DISTRIBUIÇÃO: Dirigida, Bancas de Revista; REDAÇÃO: Ronaldo G. Hühn; REVISÃO: Paulo Coimbra da Silva; COLABORADORES: Áurea Gomes, Anete Costa Ferreira, Camillo Martins Vianna, Garibaldi Nicola Parente, Hélio Rodrigues Titan, Sérgio Martins Pandolfo, Tom Coelho; FOTOGRAFIAS: Arquivo Arte Pará, Carlos Sodré, Cláudio Santos, Eunice Pinto/Ag.Pa, Garibaldi Parente, Gustavo Barroso, Ivo Silva, Leonardo Nascimento, Marta Clemente, Marco Nascimento, Rodolfo Oliveira, Rosangela Aguiar; DESKTOPING: Mequias Pinheiro; EDITORAÇÃO GRÁFICA: Editora Círios


A Governadora emocionada agradeceu tão importante visita e participação de todos os servidores na homenagem do governo do Estado a Nossa Senhora de Nazaré

Governadora recebe e reverencia a imagem peregrina

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Fotos: Eunice Pinto/Ag. Pará

imagem de Nossa Senhora de Nazaré visitou, o Palácio dos Despachos. Recebida pela governadora Ana Júlia Carepa, a santa peregrina foi saudada pelo efetivo da Academia de Polícia Militar, que realizou a guarda de honra na entrada do prédio. Muitos servidores aguardavam a Virgem com pétalas de rosas brancas e vermelhas, aplausos e fogos de artifício. Com a imagem nas mãos, o arcebispo metropolitano de Belém, Dom Orani Tempesta, e a governadora percorreram as dependências da sede do governo do Estado. Depois, a imagem foi colocada no andor para sair em pequena procissão acompanhada pelos funcionários e familiares pela área externa do Palácio dos Despachos, em direção ao palco armado no estacionamento, onde foi celebrado o Rito da Bênção pelo padre José Ramos, reitor da Basílica Santuário de Nazaré. Nos ritos iniciais, o padre Ramos invocou a Deus, por intercessão de Nossa Senhora, para que derrame as Após a procissão a governadora Ana Júlia Carepa, recebeu a imagem peregrina das mãos de Dom Orani


bênçãos sobre todos os que trabalham no Palácio dos Despachos, bem como sobre todas as pessoas que nele entrarem. "O corre-corre dos preparativos da grande festa nos diz que o Círio está próximo. O Círio é um motivo de Ação de Graças e este Rito da Bênção, com a participação da nossa chefe do Estado é um gesto muito fraterno, dela poder estar junto com aqueles que servem a população, no 215º Círio de Nossa Senhora, a Rainha da Amazônia", finalizou desejando Feliz Círio a toda a população "desse grandioso Pará, que deverá ficar unido e, no futuro, possam todos usufruir de suas riquezas". Para o arcebispo Dom Orani, "é mais do que justo e lógico que a Mãe do povo do Pará esteja no Palácio dos Despachos, um lugar de decisões para o Estado do Pará. É importante que a administração receba essa imagem significativa que marca a nossa vida, a nossa cultura e a nossa religiosidade", disse. A leitura do Evangelho foi feita pelo coordenador da Diretoria da Festa de Nazaré, José Ventura, e homilia pela governadora e o celebrante do Rito. Ana Júlia Carepa agradeceu a participação de todos os servidores na homenagem do governo do Estado à Nossa Senhora de Nazaré. "Neste momento que sempre significa a renovação, de nossas lutas e esperanças, especialmente neste primeiro ano de

Já Estamos Funcionando aos domingos

A imagem peregrina da padroeira dos paraenses foi recebida com honras militares no Palácio dos Despachos A corda e a berlinda estavam presentes na procissão

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Pequena e entusiasmada procissão com os funcionários pela área ex terna do Palácio dos Despachos

governo, peço a sua bênção para que possa nos iluminar para tomarmos as melhores decisões. E que nessa caminhada eu tome as decisões que atendam as expectativas do povo e melhore sua qualidade de vida. E que juntos possamos fazer um Pará de todas e de todos", emocionou-se, sendo aplaudida pelos servidores presentes. A celebração encerrou com fogos de artifícios e o hino do Círio de Nazaré, executado pela cantora lírica, a soprano Márcia Aliverti. Os servidores também puderam prestar suas homenagens pessoais e tocar a imagem peregrina.

A emoção e a honra de carregar a berlinda com a imagem peregrina

Funcionários contritos na homenagem à imagem peregrina da padroeira dos paraenses EDIÇÃO 70 [OUTUBRO 07]

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írio 7 C 200 O

Vigília de Oração

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8 horas de veneração à Santa, no auditório Dom Vicente Zico, no térreo do Centro Social de Nazaré. O evento marca o fim das visitas da imagem nas paróquias e empresas públicas e privadas. Por dois dias consecutivos, fiéis se revezam, no auditório, promovendo encontros de orações e adoração.

O Traslado

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traslado da imagem de Nossa Senhora de Nazaré de Belém a Ananindeua é a mais longa das onze romarias. Iniciou ao meio dia, logo após o término da Vigília, saindo da Basílica Santuário de Nazaré. Debaixo de uma constante chuva, milhares de pessoas acompanharam a passagem da santa. O percurso é de 48,5 quilômetros, até a igreja Matriz deAnanindeua.

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Romaria Rodoviária

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a Igreja Matriz de Ananindeua para Icoaraci, a padroeira recebeu várias homenagens: fogos, balões e faixas saudavam a passagem da santa ao longo do trajeto da romaria. Os fiéis nas sacadas, canteiros, passarelas e nas árvores da rodovia Augusto Montenegro, contritos, ora cantavam, rezavam e aplaudiam a imagem peregrina de Nossa Senhora.

Romaria Fluvial

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em início logo após a missa campal realizada ao fim da Romaria Rodoviária quando o arcebispo de Belém, dom Orani Tempesta, levou a imagem até o navio Garnier Sampaio, da Marinha.

Romaria dos Motoqueiros

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a Estação das Docas, na praça Pedro Teixeira, sai a Motoromaria. Os motociclistas em caravana seguem a imagem da Rainha da Amazônia até o Colégio Gentil Bitencourt. Na chegada emocional, dom Orani João Tempesta abênçoa com a imagem peregrina, os milhares de motociclistas.

Trasladação

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erca de um milhão e cem mil pessoas acompanharam a Trasladação até a Igreja da Sé, na Cidade Velha. Milhares de velas brancas, acesas em castiçais de plástico, deram mais brilho à procissão, transformando o percurso sob as mangueiras em um túnel iluminado. O trajeto da Trasladação que é o inverso do Círio, levou mais de cinco horas e meia para ser percorrido.

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Círio de Nazaré

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ma missa presidida por Dom Geraldo Magela, primaz do Brasil e cardeal arcebispo de Salvador, concelebrada pelo arcebispo de Belém, dom Orani Tempesta, dom Vicente Zico e cerca de sessenta sacerdotes, deu início ao Cirio 2007. O coral da Scola Cantorum entoava cantos de louvor à Virgem de Nazaré... Jose Ventura coordenador da diretoria da festa avaliou este Círio como um dos mais tranqüilos. “Não houve problemas entre os promesseiros. Passou um pouquinho da hora prevista, mas isso não foi um problema. Foi realizado com muita alegria, pois quem dita o ritmo da procissão são os romeiros que dela participam.

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Cicloromaria: Centenas de ciclistas, no transporte mais popular entre nós, tiveram seu momento de prestar homenagem a Nossa Senhora de Nazaré. Romaria da Juventude: Milhares de jovens participaram à noite, saindo da Imaculada Conceição, no Entroncamento, participaram da Romaria da Juventude. 14 paróquias organizaram a romaria que é considerada a mais alegre das homenagens à Virgem Santa.

Círio das Crianças: Cerca de 200 mil pessoas participaram. A constatação: Cresce cada vez mais e com a animação das crianças! Nesse ano pela primeira vez houve a participação de indígenas. Procissão da Festa: A Comunidade paroquial de Nazaré organiza a Procissão da Festa que é a mais antiga de todas as romarias homenagem à Nossa Senhora de Nazaré. Este ano foi pelas ruas do entorno da Comunidade PadreAfonso.

Missa do Encerramento: À noite do 4º domingo, com a praça Santuário repleta de fiéis o arcebispo metropolitano D. Orani João Tempesta celebra a Missa do Encerramento. Em seguida o encerramento também, do Círio Musical. Logo após, apoteoticamente o show pirotécnico. Recírio: Após a subida da imagem original ao Glória e a Incineração das Súplicas, D. Orani presidiu a celebração campal que deu início à última das procissões – o Recírio, quando a imagem peregrina é levada ao Colégio Gentil Bittencourt.


Para recordar e meditar...

Capa e mensagem da Festividade de Nossa Senhora de NazarĂŠ, de 1907



O D L A N IO C A N R E T IN O H L E S N O C FÓRUM SOCIAL MUNDIAL SE REUNIU EM BELÉM Fotos: Eliseu Dias/Ag Pa e Leonardo Nascimento

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ais de 50 representantes de diversos países da Ásia, África e América deram início no Hotel Sagres, à reunião do Conselho Internacional (CI) do Fórum Social Mundial (FSM), que se realizará em janeiro de 2009, em Belém. Cento e vinte pessoas inscreveram-se para definir as estratégias de construção de um projeto que garanta direitos econômicos, sociais, culturais e ambientais, pautados na realidade individual de cada país. A reunião também serviu para discutir o processo de organização do Dia de Mobilização e da semana de Ação Global, previstos para acontecer no período de 20 a 26 de janeiro de 2008, com ações simultâneas no mundo todo. Durante três dias, cerca de 150 pessoas de quatro continentes, integrantes do CI, vindas de diferentes regiões do mundo, estiveram em Belém para encontrar-se com organizações, redes e movimentos sociais da região amazônica, engajadas na preparação do FSM 2009, para juntas avaliarem e avançarem no processo de preparação das mobilizações e apresentarem as propostas e os problemas que atendam aos anseios de povos. Cada um colocou a sua situação para aproveitar o Dia de Mobilização e Ação Global para dar visibilidade a sua luta. As oficinas com diversos grupos de trabalho, dentre estes o da Amazônia,

discutiram temáticas do dia-a-dia dos povos que vivem na r e g i ã o e t a m b é m assuntos como energia, água, territorialidade d o s p o v o s Durante a reunião do Conselho i n d í g e n a s , do FSM em Belém moradia, d i r e i t o s humanos e tantos outros de caráter global. Como primeiro e v e n t o mobilizador no processo de construção do FSM 2009 em Belém, os olhares de todo mundo se voltarão, em particular, para o que vai ocorrer em janeiro na região. Por essa razão, o Conselho Internacional esteve em Belém, manifestando seu interesse e total apoio. Na região amazônica, o processo de mobilização já começou, segundo Luiz Arnaldo, do Conselho Panamazônico. Ele explica que a primeira idéia é organizar um grande ato público em Belém e também aprofundar diálogos já iniciados com diversos grupos e etnias

Rafaela Barini, represen- Francisco Whitaker Ferreira Meena Menon – Focus on tante da Itália, durante a da Comissão Brasileira da the Global South Reunião do Conselho Justiça e Paz - CBJP/CNBB Internacional do FSM EDIÇÃO 70 [OUTUBRO 07]

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O início da reunião do Conselho Internacional do Fórum Social Mundial

Diane Matte – Word March of Women

Bheki Ntshalintshali


DIA DE MOBILIZAÇÃO E AÇÃO GLOBAL 26 de janeiro de 2008

FORUM SOCIAL MUNDIAL Chamado para um Dia de Mobilização e Ação Global – 26 de janeiro de 2008 Somos milhões de mulheres e homens, organizações, redes, movimentos e sindicatos de todas as partes do planeta, aldeias e regiões, zonas rurais e centros urbanos de todas as idades, povos, culturas e crenças unidos e unidas pela firme convicção que

OUTRO MUNDO É POSSÍVEL Com toda nossa pluralidade, diversidade e riqueza de alternativas e propostas lutamos contra o neoliberalismo, a guerra, o colonialismo, o racismo e o patriarcado que geram violência, exploração, exclusão, pobreza, fome, desastre ambiental e negação dos direitos humanos. Há muitos anos estamos resistindo e construindo processos inovadores, de novas culturas de organização e ação, do local ao global, em particular, através dos processos e Carta de Princípios do Fórum Social Mundial, do qual emerge esta chamada. Conscientes da necessidade de construir nossa própria agenda e de aumentar o impacto dessas milhares de expressões e manifestações, nos comprometemos a reforçar a solidariedade e as convergências entre nossas lutas, campanhas, construções de alternativas e alianças. Nos comprometemos com uma Semana de Ação que culminará em um Dia de Mobilização e Ação Global em 26 de janeiro de 2008 Convidamos todas e todos que, dentro da diversidade que é nossa força, realizem criativamente nesta data ações, atividades, eventos e convergências sobre temas e em formatos que lhes sejam próprios.

FAÇAMOS JÁ UM OUTRO MUNDO!

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Durante a coletiva no barco Tribo dos Kayapós, na Estação das Docas.

indígenas, afro-religiosos, comunidades extrativistas e trabalhadores(as) rurais para a organização de atividades próprias.

O Pará no FSM O Secretário de Governo Cláudio Puty, apresentou aos membros do Comitê Internacional do Fórum Social Mundial alguns dos projetos de intervenção urbana e social em Belém que poderão compor a agenda de interesses do evento de 2009. Na oportunidade Cláudio Puty recordou que muitos dos atuais membros do executivo paraense são militantes de movimentos sociais e que o futuro do Estado está associada às idéias defendidas pelo Fórum Social Mundial e que o evento é importante para disputa política e ideológica local. “Queremos aproveitar a edição 2009 do fórum para aumentar a taxa de investimentos sociais na cidade”.

Os participantes O evento contou com grandes personalidades de organizações nãogovernamentais e entidades que lutam contra as injustiças sociais e defendem os direitos humanos e ambientais. Dentre elas destacouse Francisco Whitaker Ferreira, da Comissão Brasileira da Justiça e Paz - CBJP/CNBB, O Secretário de Governo Cláudio Put y

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vencedor do prêmio Right Livelihood Award 2006, conhecido como o Nobel Alternativo. Francisco Ferreira é um dos idealizadores do Movimento de Combate à Corrupção Eleitoral (MCCE) e do FSM. Também participaram da reunião do Conselho Internacional, em Belém, Meena Menon – Focus on the Global South; Diane Matte – Word March of Women; Gustavo Codas – Central Única dos Trabalhadores – CUT nacional; Héctor de la Cueva (Alianza Social Continental, do México); Moema Miranda (Instituto Brasileiro de Análises Socioeconômicas - Ibase); Jennifer Cox (Campana de los Pobres por los Derechos Humanos Econômicos - PPEHRC, dos EUA); Salete Balsean Camba (Instituto Paulo Freire Conselho Internacional), dentre outras personalidades.

Em Belém Será a primeira vez que o FSM terá sede em outra cidade no Brasil, que não Porto Alegre. A capital gaúcha abrigou o evento de 2001 a 2003 e em 2005. Posteriormente ele foi sediado em Mumbai (Índia), Caracas (Venezuela), Karachi (Paquistão), Bamako (Mali) e em Nairóbi (Quênia), onde foi decidido que ele passaria a ser bienal.

Expectativa A expectativa do FSM na Amazônia é muito grande. O Conselho Internacional tem recebido notícias de movimentos sociais do mundo todo dando conta que trarão uma delegação maior ainda que as anteriores. Há uma curiosidade muito grande sobre a Amazônia e isso acaba por contribuir que venha mais gente.


Fernando Yamada, O Lojista do Ano 2007 Fotos: Rosângela Aguiar e Marco Nascimento

Fernando Yamada, o Lojista do Ano de 2007

por Áurea Gomes empresário Fernando Yamada foi eleito o Lojista do Ano de 2007, durante Assembléia Geral realizada no Salão de Reuniões da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belém (CDL), na última quar ta-feira, 12 de setembro. O título reflete o reconhecimento não somente da categoria lojista como também da sociedade paraense a todos os esforços envidados pelo grupo Y. Yamada, em gerar desenvolvimento e renda ao Estado do Pará. Criado em 1963, o título é o reconhecimento ao trabalho dos

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Álvaro Cordoval, presidente da CDL Belém

Afonso Monteiro

lojistas que inovaram, investiram e agregaram valores em seus empreendimentos. Os ganhadores são escolhidos pelo voto dos próprios lojistas, durante assembléia geral. Segundo o presidente da CDL Belém, Álvaro Cordoval de Carvalho, um dos principais objetivos do título é incentivar a classe lojista a melhorar seu desempenho empresarial. Para Afonso Monteiro, presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Jaime Pontes

Lojistas do Pará (FCDL/Pa), esse título é o reconhecimento a um grupo que há décadas vem gerando desenvolvimento ao Estado, através da geração de emprego, renda e serviços. “Longe de ter um espírito de competição, esse título foi criado para unir, estimular e apontar novos caminhos para todo o comércio”, disse ele. O título “Lojista do Ano de 2007” será entregue em cerimônia a ser realizada no próximo dia 22 de novembro, durante elegante festa a ser realizada na sede campestre da Assembléia Paraense e terá como auge a entrega do Troféu Lojista, considerado um ícone para toda a categoria. Jayme Pontes, reconhecido pela Confederação Nacional dos Dirigentes Lojistas durante a 41ª Convenção realizada no ano 2000, em Brasília, como o Lojista mais antigo do Brasil em atividade, considera o título concedido ao grupo Yamada, na pessoa de seu diretor, F e r n a n d o Ya m a d a , como o r econhecimento pelo que o grupo representa ao longo de tantas anos de atividades. EDIÇÃO 70 [OUTUBRO 07]

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SuperNorte Terceira maior feira do Brasil no segmento de supermercados Fotos: Carlos Sodré / Ag Pa

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om o tema "Algo mais que o consumidor quer", a edição deste ano no Hangar Centro de Convenções, reuniu participantes do Pará, Amapá, Amazonas, Roraima e Maranhão. O interior do Estado também estava representado com delegações de Castanhal, Paragominas, Marabá, Tucuruí, Capanema, Barcarena, Breves, Moju, Santo Antônio do Tauá, entre outros, além dos participantes de outras capitais da região, como Macapá e São Luís. A governadora Ana Júlia Carepa, fez um convite na abertura oficial da SuperNorte 2007, para aproveitar o excelente relacionamento entre os empresários, para utilizar na melhoria da qualidade de vida da população. Notadamente em ter os supermercadistas como parceiros do programa Bolsa Trabalho, que alia bolsa de apoio financeiro e capacitação profissional, além de encaminhamento futuro ao emprego. . "Resta a nós caminharmos juntos na defesa de um novo padrão de desenvolvimento do nosso Estado, com reinserção social e tecnológica. Só assim mudaremos a base produtiva do Pará", propôs a governadora. No seu discurso, Ana Júlia Carepa apresentou, ainda, a proposta de criar a Universidade Tecnológica do Pará, nas regiões pólos de desenvolvimento. "Queremos parceria com este setor para o desenvolvimento

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A abertura da SuperNorte 2007, Feira de Supermercadistas da região Norte

econômico, ambientalmente sustentável, com a dinamização da cadeia produtiva. Nossos esforços têm apontado para infra-estrutura logística e informacional necessária", disse, informando que, recentemente, o governo do Estado inaugurou o mais ambicioso programa de inclusão digital do Brasil, o NavegaPará, que usa 1.800 Km da rede de fibra ótica da Eletronorte.

Supermercados O setor representa 10% do Produto Interno Bruto (PIB) do Pará. Segundo o presidente da Associação Paraense dos Supermercadistas (Aspas), Fernando Yamada, os supermercadistas cresceram em qualidade de serviços e em números. Há seis anos, eram 1.200 lojas, que


A mesa oficial

Ray Nonato

geravam 16 mil empregos, com faturamento de R$1,8 bilhão, correspondente a 2% do faturamento nacional. A expectativa de Fernando é que o número de lojas vai crescer, ainda e muito rapidamente, devendo se espalhar pela periferia da Grande Belém e também pelos municípios do estado. Atualmente, de acordo com pesquisa do Instituto Simetria, nos 143 municípios, são 2.500 lojas, gerando 37 mil empregos diretos, com um faturamento estimado em R$ 3,5 bilhões. E a participação no faturamento nacional está em 3%. "O desafio da próxima década é bem mais complexo: será preciso entender mais do comportamento do consumidor, seu estilo de vida. Os supermercados não concorrem mais apenas com os supermercados. Os produtos estão cada vez mais perto do consumidor por meio de diferentes canais cada vez mais especializados para atender os

Ray Nonato

Ana Júlia Carepa e Fernando Yamada

Aromas da Amazônia no estande da Juruá


Ray Nonato

Fernando Yamada deixou todos sem fôlego...

consumidores de diferentes perfis. Temos que descobrir este algo mais que o consumidor quer. Este será o ovo de ouro dos nossos negócios", afirmou Yamada. Ele avalia que algumas tendências já estão confirmadas, como preocupação com a beleza, a longevidade e a saúde. Outro assunto bastante debatido é a segurança alimentar.

Fernando Yamada propôs uma parceria ao prefeito Duciomar Costa, para desenvolver um projeto de reciclagem de sacolas plásticas, garrafas pets, latas etc, com foco no cidadão, visando criar uma cultura para uma cidade limpa e ecologicamente educada, já que os supermercados são um dos grandes geradores de resíduos sólidos.

Em visita aos stands

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O maior evento empresarial da Amazônia

SuperNorte 2007 Maior evento empresarial da Amazônia – dez anos de sucesso, não somente em produtos, mas principalmente em relacionamento. Voltada para o setor de supermercados, outros formatos de auto-serviço e segmentos afins. Eram quatro mil metros quadrados com 61 expositores e 170 marcas representadas, empresas fornecedoras de todo o Brasil.

Balanço Cerca de 45.000 pessoas visitaram a SuperNorte 2007 extrapolando a previsão inicial. A quantidade de inscrições inicial de 500 ouvintes/participantes, nas palestras, foi aumentada para 1.300, e ainda assim, pessoas assistiam as palestras em pé. Quanto aos palestrantes, à unanimidade, todos foram aprovados. Sobre os expositores, acredita-se que ficaram

satisfeitos, todos sorriam e já faziam planos para a próxima SuperNorte, que por sinal, conforme disse e prometeu Fernando Yamada, vai ser muito maior, usando todas as salas e possibilidades do Hangar – Centro de Convenções e Feiras daAmazônia. A SuperNorte 2007 orgulheceu a todos – organizadores e visitantes. Todos estão de Parabéns!

Fone: (91) 3248-5651 EDIÇÃO 70 [OUTUBRO 07]

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Várias autoridades estiveram presente no auditório do Hangar Centro de Convenções da Amazônia, para a assinatura dos Contratos

Caixa e Governo do Pará assinaram contratos do PAC Fotos: Rodolfo Oliveira/Ag Pa

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m cerimônia no Centro de Convenções da Amazônia (Hangar) a Caixa Econômica Federal e o Governo do Estado do Pará assinaram semana passada, contratos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) para investimentos em obras de saneamento, habitação e infra-estrutura urbana no estado. Participaram do evento, a Governadora do Pará, Ana Júlia Carepa; o Secretário de Governo, Claúdio Puty; o Prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho; o Prefeito de Marituba, Antonio Armando, o Presidente da Companhia de Águas e Esgostos de Belém, Raul Meireles; o Superintendente Nacional Área A - Norte, MT e MS, Maurício Antonio Quarezemin; o Superintendente Nacional de Repasses, Ivan Domingues das Neves, o representante da Sala das Prefeituras da CAIXA, Paulo Cunha, a Superintendente Regional de, Noêmia Jacob; o Gerente de Desenvolvimento Urbano, Nestor Bastos, e representantes de Associações de Moradores e Movimentos Populares, além de diversas autoridades local e demais Gerentes da CAIXA. O evento aconteceu em duas etapas, em um primeiro momento, os municípios de Santarém, Marabá, Castanhal,

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PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO

Bagre e Nova Esperança do Piriá, que foram baneficiados com os recursos do Governo do Pará, acompanharam simultaneamente as assinaturas através de vídeo conferência, interagindo com as autoridades. Em seguida, as autoridades compuseram a mesa diretora do evento para a solenidade de assinatura dos demais contratos. Os contratos do PAC prevêem obras de habitação, ampliação de sistema de abastecimento de água e saneamento, num investimento superior a R$ 200 milhões. Desse valor, R$ 167 milhões serão repassados do Orçamento Geral da União (OGU) e R$ 33 milhões fazem parte da contrapartida do Governo do Pará. Só na primeira rodada de investimento serão beneficiadas cerca de 1,8 milhão pessoas em 28 projetos nas cidades de Belém, Ananindeua, Marituba, Castanhal; Marabá; Santarém; Bagre; e Nova Esperança do Piriá. Para o presidente da Companhia de Habitação do Pará, Geraldo Bitar, a assinatura dos contratos com a CAIXA é sinal de que as obras preencheram os três pré-requisitos fundamentais. "Estão com a regularização fundiária em dia (são áreas estaduais); possuem contrapartida financeira do governo do Estado; e plano de trabalho para intervenção física", destaca. "As obras que serão realizadas no Pará, como as eclusas da Hidrelétrica de Tucuruí, a usina de Belo Monte, o


Governo do Pará é que a partir de novembro todos os editais sejam lançados e que as obras iniciem no primeiro trimestre do ano que vem. As obras do PAC serão executadas até 2010. Para gerenciar e monitorar os projetos o Governo do Estado criou a Unidade Gestora do PAC (UGPAC), que também será lançada nessa quarta-feira. A UGPAC será uma espécie de comitê responsável por gerenciar e acompanhar a licitação e as obras do PAC. O prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, o secretário de Governo, Cláudio Put y, a governadora do Estado do Pará Ana Julia Carepa e o superintendente nacional da região norte da Caixa Econômica Federal, Mauricio Quarezemmi

asfaltamento da Rodovia Cuiabá-Santarém, o linhão de transmissão para iluminar a calha Norte da Amazônia, além de muitos outros investimentos, são de fundamental importância para assegurar o crescimento econômico do estado Pará e do país, destaca o Secretário de Governo, Claúdio Puty, "Com as obras, serão gerados 274 mil novos empregos no estado", acrescenta. A Governadora do Pará enfatiza, "hoje é um dia muito especial, o PAC possibilitará a integração do Pará, beneficiando a população mais necessitada, além de melhorar a qualidade de vida da população. Nosso desafio é grande, assim como é grande esse estado". O Prefeito de Ananindeua, Helder Barbalho, ressaltou a parceira e o trabalho realizado pelos técnicos da CAIXA, segundo ele, "o esforço da CAIXA na priorização dos processos do PAC tem sido muito importante. Aqui no Pará, a CAIXA é tem sido um agente facilitador na execução e acompanhamento das políticas públicas". Uma das áreas beneficiadas com os recursos foi a Comunidade Cabelo Seco, em Marabá, que apresenta uma das menores taxas de IDH do país. De acordo com Edna Cristina, Presidente da Associação do Bairro Cabelo Seco, "hoje nós temos a certeza e a seguran> ça de que nossas vidas vão melhorar. O PAC é o início do fim das desigualdades do Brasil". Para Maurício Quarenzemin, Superintendente Área A - Norte, MT e MS, "O PAC é uma misão prioritária do Governo Federal que envolve todos os empregados da CAIXA, somente no estado do Pará, 70 empregados da CAIXA estão trabalhando exclusivamente no PAC, afim de melhorar qualidade de vida e resgatar a auto-estima das populações mais carentes. Isso significa, respeito às pessoas, ao meio ambiente e sobretudo a adequada aplicação dos recursos públicos. O Pará tem sido campeão na agilidade das contratações do PAC, dos R$ 1 bilhão destinados ao estado, já assinamos o equivalente a R$ 370 milhões", ressaltou. O próximo passo, após as assinaturas dos contratos, será a abertura do processo de licitação das obras. A previsão do

Ana Julia Carepa, assinou um total de 16 contratos com a Caixa Econômica Federal CEF, para as obras do Programa de Aceleração do Crescimento PAC

PAC A previsão é que até 2010 sejam investidos em todo o Brasil são mais de R$ 500 bilhões de investimentos pelo governo federal, com pequenas contrapartidas dos Estados e municípios em projetos voltados prioritariamente para o abastecimento e tratamento de água e esgoto, recuperação de mananciais, remoção de áreas de risco e erradicação de palafitas, atendendo as cinco regiões do país. Os recursos são provenientes do Orçamento Geral da União (OGU), do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), do Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT) e do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES). Ao todo, o estado do Pará receberá mais de R$ 1 bilhão. A cidade de Belém receberá R$ 248 milhões em investimentos para aplicação em obras de habitação, saneamento e infraestrutura urbana.

Outros investimentos

A CAIXA e o Governo do Estado assinaram também outros seis contratos (06) na área de saneamento, que beneficiarão as cidades de Belém, Prainha, Capitão Poço, Bagre e Nova Esperança do Piriá. O valor total financiado será de R$ 66 milhões, oriundos do FGTS, que somados a contrapartida do Governo do estado no valor de R$ 8,1 milhões, equivalem a um total investido no valor de R$ 74,09 milhões.

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O Arte Pará 2007

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abertura da 26ª edição do Arte Pará 2007, promovido pela Fundação Romulo Maiorana, aconteceu no Museu do Estado do Pará (MEP). Durante a cerimônia, os organizadores e patrocinadores do Arte Pará entregaram os prêmios simbólicos aos grandes vencedores, que foram: Mariano Klautau e Val Sampaio, com a instalação 'Permanência' (1º lugar, R$ 15 mil); Melissa Barbery, com o vídeo 'A Hora', e Éder Oliveira, com uma série de pinturas sem título (2º lugar, R$ 3.500 cada); aquisições de obras dos artistas Alberto Bitar, Josinaldo Vales, Francelino Mesquita e Victor De La Roque (R$ 2 mil cada); e Menção Honrosa aos artistas CláudioAssunção, Lisa Margussi eAlberto Botelho. O evento contou com a presença de convidados, representantes dos poderes municipal e estadual, artistas e ainda visitantes e curiosos atraídos pela beleza do espaço e seu conteúdo. O maior evento de artes plásticas Norte e Nordeste do país está disponível a visitação nos sete espaços que compõem a programação do festival de arte e que ficarão abertos para visitação gratuita até o mês de novembro: Museu do Estado e Museu de Arte Sacra da EDIÇÃO 70 [OUTUBRO 07]

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Secretaria de Estado da C u l t u r a ( S E C U LT ) d o Governo do Estado do Pará e de seu Sistema Integrado de Museus, o MABE da Fumbel da Prefeitura Municipal de Belém, o Museu Paraense Emílio Goeldi e o Museu de Arte da Universidade Federal do Pará, além das exposições no Mercado de Peixe e no Mercado de Carne do Ver-o-peso.

Autoridades e empresários elogiam iniciativa Para Edilson Moura, secretário de Cultura do Estado, representando a governadora do Estado, Ana Júlia Carepa na abertura do Arte Pará 2007: “É um dos melhores eventos de artes plásticas do Brasil e um importante espaço de exposição, porque dá espaço ao jovem artista, àquele que está saindo da faculdade, àquele que está criando sua própria arte, assim como também abre espaço para o consagrado ser lembrado pelo que já fez e pelo que está fazendo. O Pará possui poucos espaços como esse, e por isso o Arte Pará ganha uma importância ainda maior”, disse ele. O Arte Pará, Ronaldo Maiorana fazendo a abertura oficial da 26ª edição do Arte Pará 2007


Edilson Moura com Mariano Klautau e Val Sampaio, os vencedores do Arte Pará 2007

Balanço ganha o prêmio do salão Arte Pará

portanto, é de importância nacional e como referência para novos e consagrados artistas do Estado. O prefeito de Belém, Duciomar Costa, parabenizou toda a família Maiorana pelo evento, realizado há 26 anos: “As Organizações Romulo Maiorana contribuem todos os dias para que a cidade melhore. Com um evento como esse, a população ganha ainda mais”. Paulo Herkenhoff na abertura do Arte Pará no O empresário Renato Corrêa, Museu do Estado do Pará da rede de Supermercados Nazaré, que há dez anos patrocina o Arte Pará: “O festival é de suma importância para o engrandecimento cultural do Estado. É um momento de unir obras e pessoas, em geral, de classes, gerações e idéias diferentes. Por isso ele cresce a cada ano e se torna cada vez mais importante para a cidade”. O Arte Pará é uma iniciativa da Fundação Rômulo Maiorana, órgão do grupo O Liberal, e conta com o patrocínio da Vale do Rio Doce, Unimed, Marko Engenharia e Supermercados Nazaré.

O prefeito Duciomar Costa e Francelino Mesquita

Aida Bárbara da CVRD premiou Josinaldo Vales

César Neves da Unimed premia Melissa Barbery

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1º Prêmio Pará

Empresarial A

Internacional Consultoria & Eventos realizou uma pesquisa popular entre 4.500 pessoas nas Classes ABCD com idade entre 18 e 50 anos em vários bairros da Grande Belém, além de consultas nos diversos Shopping's Centers e Entidades de Classe, no mês de agosto p.p, para selecionar os empresários que contribuem e participam efetivamente para do desenvolvimento da cidade, e fazem do Estado, um próspero e dinâmico parceiro em busca da

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qualidade total em seus empreendimentos além de proporcionarem a população, melhoria da qualidade de vida em geral. Auferida essa pesquisa, destacaram-se as empresas certificadas com o Primeiro Prêmio Paraense Empresarial: Revista Amazônia a Melhor Revista do Pará; Unimed Belém - Melhor plano de Saúde; Estacon Engenharia-Melhor Engenharia; Construtora Village - Construtora do Ano; Centro Educacional Olimpus - Melhor Colégio de Ensino


e Terapia Familiar; Lav Express-Melhor Lava-Jato; Colégio Jardim Amazônico-Categoria Ensino Infantil; Cemed-Escola de Ensino Profissionalizante; Ana Gabriela Marques da Silva Peres-Destaque Profissional; Brilho e Barulho- Festa Infantil; Agua Mineral Mar Doce-Melhor Água; Zini Imóveis Imobiliaria; Buffet de Caldos; Depil Soft - Centro de Depilação; Churrascaria Rodeio; Oficina Fórmula Veículos, dentre outros. A solenidade de entrega dos Prêmios foi em agradável jantar de confraternização na Churrascaria Rodeio.

Rodrigo Hühn recebendo o 1º Prêmio Paraense Empresarial outorgado à Revista Amazônia

Médio; Super Pop - A melhor Aparelhagem de Som; Dj Juninho E Dj Élison - Os Melhores Dj's de Aparelhagem;Teorema Pré-Vestibular -Melhor Curso Pré-Vestibular; Walter Guimarães - Melhor Colunista; Drª Rita Paranhos - Categoria Psicologa

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E-mail: serpan@amazon.com.br

Sérgio Pandolfo

TROVAS AINDA:

CÍRIO/MULHER

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utubro é mês do Círio de Nazaré, a festa maior dos paraenses. Por isso que dedicamos quatro trovas a esse magno evento. As outras quatro têm como temática prima a mulher. O Círio é massa de gente, o Círio é onda de fé; é romaria de crente na Virgem de Nazaré Acorda, vem vindo a corda puxando a berlinda santa do Círio, como um horda, em meio ao povo que canta

Com a rudeza da centelha a turma ressabiada diz da mulher: qual abelha, ou dá mel ou ferroada. Hom' é mulher-dependente dela se vale prá tudo assim me quedo fruente de seu amor e não mudo

Salve ó Mãe de Nazaré, padroeira do Pará ergamos louvor à fé e ao amor que ela nos dá São dois milhões de romeiros este ano na procissão do Círio, são promesseiros que vêm pela devoção Vê-se claro como dia nem carece muito apuro: mulher e fotografia só se revelam no escuro.

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Olhos vivos, boca linda, um sorriso divinal; e que dizer, moça, inda, desse teu ar sensual? *Médico e escritor – SOBRAMES



Camillo Vianna

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O BOI DO CÍRIO

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ão faz muito tempo, carro com foguetes compunha a grandiosa procissão do Círio de Nossa Senhora de Nazaré, eleita, por decisão unânime da Assembléia Legislativa, Padroeira do Estado do Pará e maior autoridade administrativa, merecendo regalias e honras prestadas a Chefe de Estado, com presença em atividades oficiais guardada por Cadetes da Polícia Militar paraense em uniforme de gala e aclamada pelo povo como Defensora da Amazônia. Por ordem de simbolismo, a Corda vem no coração e na mente dos fiéis logo depois da Berlinda. E tudo começou quando o carro que a conduzia atolou logo no início do Boulevard

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Castilhos França, quando não havia nem paralelepípedo, nem asfalto e a solução foi atrelar uma corda e os acompanhantes, não se sabe bem porque, deram início a uma das mais impressionantes demonstrações de fé e amor à Maria. Durante longo tempo, as mulheres iam de um lado e os homens de outro segurando a corda, todos descalços, ora cantando, ora rezando com enorme devoção até a chegada ao Largo de Nazaré, hoje Praça Santuário, onde a imagem é colocada em nicho para visitação. A carroça dos foguetes era puxada por parrudo boi, levando a bordo mestre fogueteiro, oriundo, assim como os artefatos, da antiga Vigia, atualmente, Vigia de Nazaré, onde teria sido realizado o primeiro Círio. O acréscimo de Nazaré foi decidido em plebiscito realizado nos tempos atuais. Tudo corria na Santa Paz do Senhor naqueles idos de 40, até a passagem pelo Boulevard, ao lado do antigo galpão MosqueiroSoure, todo gradeado pela companhia inglesa Amazon River Steam Navigation, responsável pela navegação nos rios da Amazônia. Exatamente nesse ponto, o mestre vigiense resolveu soltar um foguete de rabo, possível precursor dos modernos lançamentos espaciais. A peça deu uma subida elegante e, em seguida, retornou à base, vamos dizer assim, papoucando bem debaixo da carroça, dando um enorme susto, não só no boi como em todos os promesseiros que iam apinhados na frente, dos lados e atrás da carroça, abrindo um enorme claro, num espaço que anteriormente mal permitia a movimentação dos pés dos devotos. Sem poder jurar pela Luz Divina, o autor ainda estava lá


na hora da contagem do pessoal que subiu de qualquer maneira em um único pé de Fícus benjaminae existente na calçada que margeava a baía de Guajará e entre mulheres, velhos e crianças, bateram em 100 ou 200 os que impulsionados por força milagrosa conseguiram abrigo nos galhos da pequena árvore. Os que não conseguiram espaço, pularam as grades, ou, não se sabe como, conseguiram atravessá-las. Os leitores compreenderão pequeno exagero quanto ao número dos que se asilaram na árvore e atravessaram as grades. Tomado por forte emoção, houve cristão que afiançou haver acontecido a explosão de uma bomba deixada pelos mariners durante a Segunda Guerra Mundial e oriunda da Base Aérea de Val-de-Cães sob comando dos aliados americanos.

Por essas e outras é que o boi foi definitivamente abolido do cortejo, permanecendo somente a tradicional corda. Quanto ao povaréu que participou do Círio deste Ano da Graça do Nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo de 2007, técnicos calcularam em 2 milhões e tal, só comparado à Procissão realizada no México, em honra à Nuestra Señora de Guadalupe, la Morenita, Padroeira dos Conquistadores espanhóis. Mais modernamente, a Pretinha é considerada Padroeira de toda a América Latina. Os Círios vem se multiplicando em todo o interior do Pará, até mesmo em pequenas localidades rurais, como é o caso do Círio da Passagem do Furo do Boto em Abaetetuba, às proximidades de Belém, sendo praticamente impossível ter conhecimento de quantas manifestações cirianas são realizadas, sejam elas terrestres, fluviais ou mistas. O de Afuá, na Ilha do Marajó, apresenta interessante peculiaridade: inicia com sobrevôo de avião de pequeno porte que conduz o Prefeito, o Presidente da festa e o Padre que conduz a Santa que é entregue aos promesseiros para o percurso fluvial, encerrando-se com a parte terrestre. São realizados, igualmente, em vários Estados brasileiros, em Cayene, na antiga Guiana francesa e em Portugal.

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O ARTESÃO DO CÍRIO por Garibaldi Nicola Parente

Círio de Nazaré, padroeira dos paraenses, não é apenas um ritual da devoção do povo católico à Santa Milagrosa, é um vasto sistema cultural de comunicação simbólica consolidado por operantes atividades religiosas, festivas e profanas… e que têm como fonte motriz e articuladora a fé inquebrantável nos poderes milagreiros da Virgem Protetora. Participar do Círio é um meio de purificar-se através da promessa custe o que custar. Ela condensa sensorial e sensitivamente significados diversos mediados pelas noções de salvação, respeito, reverência, sentimentos e dedicação espirituais. Neste sentido as relações dos devotos com o Círio estão inseridas nas condições sociais e culturais. Todo e qualquer sacrifício vale o

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esforço, por isso, não existe acaso, a única explicação para esta espécie de magia celestial reside no milagre confirmado na realidade ante a benevolência da Santa, resplendor etéreo de uma graça alcançada ou a alcançar. Para “passar” o Círio convergem pessoas de muitos lugares. Os “romeiros” são devotos vindos do interior em inúmeras caravanas de espetacular energia enaltecedora da fé e com a virtude de contribuir para que o clima da festa seja mais alegre e o intercambiamento social aproxime e atualize uma rede de relações de natureza simbólica para maior renovação do imaginário social no acontecimento e

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suas representações valorativas nesse tecido de identidades e tradições. Dentre os romeiros ponho em destaque a importância dos artesãos de miriti vindos de Abaetetuba. Estão perfeitamente integrados ao Círio e à festa nazarena. Seus brinquedos postos à venda constituem signos culturais entrelaçados simbolicamente aos elementos estruturantes da grande procissão. Representam uma certa transferência da prática da vida cotidiana do artesão e seu mundo para o mundo ritualístico operado no cortejo, portanto, os brinquedos de miriti são representações identitárias do grupo social referentes à própria coletividade nas dimensões lúdicas, festivas, mágico-religiosas e estéticas. As peças artesanais confeccionadas na polpa leve e macia do miriri são variadas, citamos algumas: O tatuzinho não morre cavando. Ele penetra na terra com suas mãos hábeis para construir o próprio abrigo protetor. Seus hábitos são noturnos, somente sai da toca para passear e alimentar-se de pequeninas estrelas vindas do céu. Ele sabe muito bem que tudo passa pela terra. O soca-soca significa a união do homem e da mulher no trabalho de criar condições para alimentar a família. Colhido o milho soca-se no pilão para dar aos pintinhos. Colhido o arroz, no pilão retira-se a casca. Ralada a mandioca para fazer a farinha, retira-se a crueira que após socada no pilão faz-se um gostoso mingau para repor as energias perdidas. Quem planta colhe e quem colhe apronta e quem apronta se alimenta e soca-soca e soca-soca com a mão de pilão para perpetuar a criação. No pilão tudo se reduz em tudo. A cobra-que-mexe simboliza a cobra-grande do fabulário amazônico ou mais especificamente a mãed'água transfigurada no brinquedo em reverência sonhadora aos encantos do fundo do rio. A mãe-d'água é mãe por ser protetora dos encantos e defensora dos rios e suas fortunas aquáticas. Esses atributos da cobra-mito contribuem para h u m a n i z a r o relacionamento do


Círio de Nazaré 2007

Feira do miriti

homem e a natureza da qual retira parte do seu sustento. A pesca descomedida pode enfurecer a cobra-grande e com o seu poder agressivo provocar redemoinhos vorazes, sorvedouros da canoa e do pescador sem consciência preservativa. A canoa de mantimentos expressa o resultado da labuta dos ribeirinhos na sua faina diária para ganhar o pão de cada dia. Na canoa leva diversos produtos à feira da cidade – pato, galinha, roletes de cana, rasas de açaí,

alqueire de farinha, potes de mel e outros produtos extraídos da natureza. A pombinha é emblema da alma conciliada com a paz e com o céu. Tudo se acalma diante do espírito sadio quando a mente atribui à fertilidade os princípios da renovação, da pureza na simplicidade do amor alado na moderação como sapiência do bem-viver. O aviãozinho é figura da inspiração poética. O céu se abre à imaginação criadora, ao engenho, ao talento. Porém clama por uma atenção, tomar tento para se evitar as ambições desmesuradas, as aventuras insensatas. O ímpeto de lançar-se alto demais pode transformar-se em vaidade sentimental e até em perversão. A liberação do ser do ego terreno deve ser o desejo moderado de se voar somente nas asas do amor divino. Os bailarinos exprimem a sublimação da liberdade ordenada pelo ritmo cujo movimento relaciona-se com as forças criadoras da natureza que organizam o mundo em harmonia cósmica, representam a união entre a terra e o céu. Na dança os dançarinos manifestam uma linguagem aventurada que atinge rumos que vão além da simples palavra. Dois corpos se unem numa só alma ondulante, expressão de liberação, de libertação estética, emotiva, religiosa, mística e superação viajeira – viagem da vida para atravessar com segurança entre as vagas dos perigos mundanos. Enfim, Nossa Senhora de Nazaré está presentificada nos brinquedos do artesão, nos seus traços significantes e na razão de sua beleza, do seu encanto onde o aquém se entalha no sonho do além.

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A economia regional no âmbito do Círio por Anete Costa Ferreira

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o início de Setembro de cada ano, Belém começa a viver o frenesi dos preparativos para comemorar a maior festa religiosa do Brasil ou quiçá do mundo - o Círio de Nossa Senhora de Nazaré. A procissão no segundo domingo de outubro – arrasta como um rio – uma multidão de fieis, estimada em dois milhões de pessoas que no trajeto de quatro kilometros e sob um sol inclemente caminha orando ou cantando, homenageando a padroeira dos paraenses.Acidade das mangueiras torna-se um autêntico caldeirão humano uníssimo na fé e no amor a Virgem de Nazaré. O culto à Virgem de Nazaré, em Belém do Pará segundo os elementos pesquisados data do início do século XVIII. Há um manancial de história e lenda, mas o certo é que um homem simples, chamado Plácido de Sousa foi o responsável direto por esse culto. Os registros indicam que nos finais de Outubro de 1700, às margens do igarapé Murucutu, no sul do Estado, onde o seu gado saciava a sede, eis que surpreso, encontra uma imagem pequenina sobre umas pedras lodosas. Apanha-a e leva-a para sua casa, porém no dia seguinte o lugar estava vazio e a imagem no seu local de origem. Propalada a descoberta

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pessoas acorreram ao local, considerando ser o achado um milagre. Ladainhas, rezas, romarias e promessas foram aumentando em torno da imagem. Em 1728, quando uma epidemia de bexiga assolou a cidade de Belém, propiciou o aumento de devotos que imploravam curas. Alcançados os pedidos os Fé atingiu contornos elevadíssimos. Em 1746, nova epidemia da mesma doença ceifou muitas vidas, e em 1749 é o sarampo que faz muitas vítimas, a fé aumentou estratoficamente. Em 1788, Frei Caetano Brandão reitera o pedido feito por D. João Evangelista em 1782, à rainha D. Maria I para a realização de uma festa pública, segundo o ritual litúrgico. Por sua vez a 14 de Setembro de 1790 o Papa dava a permissão, ressaltando que seria de acordo com a tradição portuguesa. Porém, Plácido de Sousa nada assistiu, pois faleceu a 31 de Maio de 1790, deixando como seu sucessor o vereador da Câmara Municipal de Belém, António Agostinho, que continuou a tarefa de Plácido. O governador D. Francisco de Sousa Coutinho que assumiu o cargo em Junho de 1790, adotou as providencias para a realização do evento religioso. Buscando equilibrar a situação económica do povo paraense e amealhar valores para ajudar na construção da Ermida, em 3 de Julho de 1793(Baena, Compéndio das Eras), determina que se “estabelecesse uma feira geral nos fins de setembro de cada ano nos dias em que costuma festejar Nossa Senhora de Nazaré e no Largo da Ermida. E que o ato se fizesse público através de Editais. Pediu a confraria que dali em diante devesse solenizar a festa no seu orago com novena, missa


Círio de Nazaré 2007 cantada e procissão”. Em seguida “oficializou a data de 8 de Setembro para a realização da romaria e abertura da feira noArraial de Nazaré”, ressaltando que: “dela podiam participar livremente agricultores, inclusive os índios”. Deu ciência a todos os municípios, através de circular da sua decisão. A Circular (Arthur Vianna) ordenava que: “em fins de Agosto de cada ano, deviam chegar a Belém todas as canoas que tivessem subido ao comércio do sertão: que os diretores providenciassem de modo a ser facultado a oito ou dez indivíduos, de um e outro sexo, nas povoações grandes, e a quatro ou seis, nas povoações pequenas, o embarque para a capital, afim de virem a feira de Nazaré vender seus produtos e dos outros que lhes dessem incumbência de vende-los”. O governador garantiu: “agasalho a todos os produtos, em barracas anteriormente preparadas”. Adiantou ainda que: “ as índias solteiras só deveriam vir em companhia de seus pais e as casadas junto com seus maridos”. Visando enriquecer o encontro (Castro Nery – Maravilhas do Pará), diz: “Os marchantes de Marajó e Caviana ofereceram belos exemplares de gado vacum e xerimbabos. Os caçadores de Mocajuba e Cametá apresentaram amostras curiosas de pato-anão, mutum (peru do Pará), e tartaruga de várias espécies. Os plantadores de Mazagão e Macapá expuseram grossos balaios de cacau e castanha”. Vários agricultores ofereceram o “guaraná de frutinhas vermelhas, a salsaparrilha de relevância medicinal, o cajuru e ainda o urucu cuja tinta era apreciada pelas elegantes e também servia aos paraenses como

t e m p e r o . N a s barraquinhas eram encontradas cuias de Santarém pintadas de uxuá, cerâmica marajoara, rolos de fumos de Acará, escovas toscas de piaçava, vassoura de baça, paneiros e tipitis, cestas tecidas com a fibra de palmeira inajá e as poderosas fibras de tucum que dizem, nem o pirarucu é capaz de vencer”. Finalmente na noite de 7 de setembro de 1793 foi realizada a trasladação da imagem da Ermida para a Capela do palácio do governo. E na tarde seguinte realizou-se o primeiro Círio de Nossa Senhora de Nazaré com grande cortejo, além da população “destacavam-se 1.932 soldados, seguidos pelos vereadores da Câmara Municipal de Belém, demais autoridades e pelo palaquim a cujos lados iam o governador e o vigário. Ao centro iam cavaleiros fidalgos, trajando casacão preto de três bicos e formavam alas para dar passagem as seges – palaguins, na almofada das quais, com manto de tafetá roupetilha e vasquinha de veludo alaranjado, as grandes damas paraenses ondulavam à mercê dos solavancos”. Antecedendo a romaria “ia um esquadrão de cavalaria com seus clarins; a imagem da santa seguia no colo do sacerdote paraense Dr. José Monteiro de Noronha, em carro puxado por juntas de bois”. Após a chegada á Ermida, o sacerdote Noronha colocou a imagem em seu nicho e rezada a missa solene, o governador inaugurou a primeira feira de produtos agrícolas regionais. Segue-se a parte profana “no arraial onde barracas simples, rústicas vendem brinquedos, pratos regionais, bebidas e sorvetes. No largo durante as duas semanas, bandas militares executam marchas para deleite dos ouvintes ou passantes. Num parque de diversão as mais variadas brincadeiras para crianças e adultos, enchem as noites e as tardes domingueiras de alegria contagiante”. Na atualidades o mesmo clima de fé envolve os devotos, e após a chegada a Basílica segue o famoso almoço do Círio na mais autentica gastronomia paraense considerado o auge maior da festa de confraternização que se conhece na face da Terra. *Representante da Pará+, em Portugal. EDIÇÃO 70 [OUTUBRO 07]

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anos da

Fotos Cláudio Santos/Ag. Pa

Governadora, Ana Julia Carepa, passou em revista à tropa da Policia Militar e presidiu a solenidade onde uma homenagem aos policiais militares mortos neste ano, no exercício de suas funções e a garantia da contratação de mais pessoal para Polícia Militar (PM) foram os destaques na cerimônia de comemoração de 189 anos da corporação, na Aldeia Cabana. A governadora e o comandante geral da PM, coronel Luiz Cláudio Ruffeil, entregaram, na ocasião, para 56 pessoas que contribuíram com a PM, a medalha de ordem do mérito “Coronel Fontoura”. A medalha, a mais alta honraria da PM do Pará, foi entregue a secretários de Estado e

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dirigentes do governo, além de personalidades e comandantes militares e policiais que se destacaram no último ano. “Com essas homenagens e esta cerimônia , estamos celebrando, além do aniversário da Polícia Militar, a formação de uma polícia cada vez mais cidadã, que entende o valor da pessoa humana”, disse Luiz Cláudio Ruffeil. O coronel destacou, também, a integração das forças que compõem o Sistema de Segurança Pública do Estado, incluindo a Polícia Civil, o Corpo de Bombeiros e o Departamento de Trânsito (Detran), num trabalho que, apontou, tem obtido melhores resultados no combate à criminalidade e garantia da


Ana Julia Carepa passou a revista na tropa da Policia Militar

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segurança do cidadão paraense. “As ações de segurança agora são aplicadas num esforço conjunto, que levam em conta a dimensão do Pará”, afirmou. Ana Júlia Carepa fez questão de ressaltar o empenho dos policiais militares num trabalho árduo e quase nunca recompensado, especialmente levando-se em conta o reduzido efetivo de que a força dispõe hoje. A governadora comentou sobre os concursos públicos que estão selecionando 1,7 mil novos policiais e 100 oficiais e a retirada, dos gabinetes e funções burocráticas, de policiais militares que estão sendo colocados, agora, nas ruas, para defender a população. A governadora lembrou, ainda, a recente parceria firmada com o governo federal, por meio do Ministério da Justiça, que garantirá a aplicação de ações do Programa Nacional de Segurança Pública (Pronasci) no Estado. Dentre elas, estão o oferecimento de uma bolsa de capacitação profissional para policiais de baixa renda e o financiamento habitacional para servidores da corporação. “Precisamos agir com parceria e temos esse apoio do governo federal”, disse. A frota de veículos da PM também vai receber reforço no próximo mês, com a incorporação de 35 novas viaturas e 40 motocicletas, que serão destinadas para os municípios de Belém e Marabá, no sudeste paraense. Além disso, o governo do Estado vai receber do governo federal um helicóptero Esquilo, para

reforçar o combate ao narcotráfico e a crimes ambientais no território paraense e em Estados vizinhos. O helicóptero fez parte da frota usada pela Força Nacional de Segurança durante os Jogos PanAmericanos realizados no Rio de Janeiro, neste ano. Desfile A cerimônia de comemoração dos 189 anos da PM foi encerrada com o desfile das tropas que compõem a corporação. Antes, passaram pela Aldeia Cabana, que estava lotada para prestigiar o evento, integrantes de diversos programas sociais desenvolvidos pelo órgão, como o projeto de Equoterapia, que atende 63 crianças com deficiência física e mental, e o Programa de Resistência às Drogas e à Violência, que beneficia mais de 300 jovens. Em continência à governadora, desfilaram, em seguida, encerrando a solenidade, os pelotões que compõem a PM, dentre eles o Batalhão de Polícia Ambiental (BPA), o Batalhão de Polícia de Choque e, pela primeira vez neste evento, o Corpo Militar de Saúde. “É importante comemorar a data de uma força policial tão importante e valorosa com a PM, mas o mais importante mesmo é aproveitar momentos como este para reforçarmos o nosso objetivo, que é de fornecer à população policiais cada vez mais treinados e qualificados para oferecer o melhor serviço”, finalizou a governadora.

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ProUni vai oferecer 180 mil bolsas em 2008

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Programa Universidade para Todos (ProUni) , do governo federal , tem como meta o oferecimento de 180 mil bolsas de estudo em 2008. Neste ano, o ProUni ofertou 163 mil bolsas nos dois processos seletivos ocorridos . A renúncia fiscal estimada pela Receita Federal , referente ao ano de 2007, foi de R$126 milhões. No total, o ProUni conta com cerca de 1.400 instituições de educação superior participantes, presentes em todos os Estados do País. Trata-se de uma evolução significativa para a iniciativa, institucionalizada há dois anos, quando foram oferecidas 112 mil bolsas e contava com 1.142 instituições de ensino superior abrigando estudantes beneficiados pelo programa. Todos os indicadores relativos ao ProUni têm sido positivos. Uma das principais críticas ao programa, a de que ele prejudicaria o nível de ensino das faculdades, não se confirmou. O Exame Nacional de Desempenho dos Estudantes (Enade), de 2006, apontou que os bolsistas do ProUni tiveram desempenho superior aos demais em 14 das 15 áreas do conhecimento avaliadas. Conforme o secretário de Educação Superior, Ronaldo Mota, "os resultados do Enade demonstram que o ProUni não só atinge um grande contingente de alunos, m a s q u a l i f i c a a e d u c a ç ã o s u p e r i o r. Invariavelmente, os beneficiários do ProUni têm apresentado rendimento acadêmico superior aos não-bolsistas". O ProUni foi criado pelo governo federal em 2004, e institucionalizado no ano seguinte. A iniciativa concede

bolsas de estudos integrais e parciais a estudantes de cursos de graduação e seqüência i s de formação específica, em instituições privadas de ensino. Em contrapartida, os estabelecimentos recebem isenção de alguns tributos. O programa Universidade para Todos é dirigido aos estudantes egressos do ensino médio da rede pública ou da rede particular na condição de bolsistas integrais, cuja renda familiar per capita máxima é de três salários mínimos. A seleção dos candidatos é feita pelo Enem - Exame Nacional do Ensino Médio. COTAS - O programa reserva também um percentual de bolsas ofertadas aos afrodescendentes, indígenas e pessoas com deficiência. Os professores também possuem critérios diferenciados de participação no programa, conforme a política do MEC de incentivo à formação dos docentes e qualificação da educação básica pública. PNAD - A última PNAD - Pesquisa Nacional de Amostragem por Domicílios, do IBGE, revelou ainda que houve crescimento no número de alunos do 3º grau da rede particular de ensino, de 2005 para 2006: 13,2%. EDIÇÃO 70 [OUTUBRO 07]

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Prêmio

Direito

Humanos 2007 A

Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República (SEDH) está com inscrições abertas para candidatos e indicações ao prêmio Direitos Humanos 2007. Os interessados devem acessar a página da SEDH na internet (www.sedh.gov.br), onde está disponível o regulamento e a ficha de inscrição / indicação para ser preenchida e enviada por e-mail. Poderão ser indicadas ações de pessoas físicas e jurídicas. O prazo final para as inscrições é 5 de novembro. O nome dos vencedores será conhecido em dezembro, mês de comemorações da Declaração Internacional dos Direitos Humanos – . A cerimônia de entrega acontece tradicionalmente no Palácio do Planalto, com participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O prêmio, composto por uma escultura e um certificado, é concedido pelo Governo Federal a pessoas e organizações cujos trabalhos na área dos direitos humanos sejam merecedores de reconhecimento e destaque por toda a sociedade. “O prêmio Direitos Humanos procura contemplar as ações mais importantes da sociedade em busca do avanço da cidadania em nosso país”, afirma Erasto Fortes Mendonça, coordenador geral de Educação em Direitos Humanos da SEDH. Na avaliação de Mendonça, o prêmio tem ainda o objetivo de estimular a todos aqueles que atuam nesta área a continuarem com seus trabalhos.

Neste ano, o prêmio contemplará 10 categorias Instituído em 1995, o prêmio Direitos Humanos chega a sua 13ª edição consecutiva. Neste período foram agraciadas diversas pessoas e instituições. Entre as personalidades que já receberam o prêmio estão: Herbert de Souza, o Betinho, o cardeal emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns e a novelista Glória Perez, entre outros. Das ONGs contempladas estão: a Central Única de Favelas, o Fórum em Defesa

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dos Direitos Indígenas, a Comissão Pastoral da Terra, entre outras.

Conheça as 10 Categorias do Prêmio Direitos Humanos 2007 1 – Santa Quitéria do Maranhão: erradicação do subregistro de nascimento; 2 – Dorothy Stang, compreendendo a atuação na qualidade de defensor de direitos humanos, conforme definição da Declaração sobre o Direito e o Dever dos Indivíduos, Grupos e Instituições de Promover e Proteger os Direitos Humanos e as Liberdades Fundamentais Universalmente Reconhecidos, da Organização das Nações Unidas; 3 – Enfrentamento à violência, compreendendo a atuação relacionada à garantia do direito à segurança pública e ao enfrentamento à tortura e a outras penas ou tratamentos cruéis, desumanos ou degradantes, à violência institucional e às situações de violência e de maus tratos a grupos sociais específicos; 4 – Enfrentamento à pobreza, compreendendo a atuação relacionada à garantia dos Direitos


10 – Educação em Direitos Humanos, compreendendo a atuação relativa à implementação dos princípios, objetivos e linhas de ação do Plano Nacional de Educação em Direitos Humanos.

Quem está apto a concorrer ao Prêmio? Na categoria Instituições, todas as instituições de qualquer cidade do Brasil poderão se inscrever ou ser indicadas, inclusive as instituições públicas. Na categoria Pessoa Física qualquer pessoa poderá concorrer ao Prêmio desde que preencha os critérios estabelecidos no Regulamento, disponível neste site.

Quais os requisitos para concorrer ao Prêmio? Ter um histórico de atuação na área de direitos humanos; Ter desenvolvido ações relevantes no período de 2004 a 2007, na área para a qual irá concorrer.

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Econômicos e Sociais consignados por pactos internacionais; 5 – Igualdade de gênero, compreendendo a atuação na promoção da igualdade e no enfrentamento à discriminação relacionada a gênero; 6 – Igualdade racial, compreendendo a atuação na promoção da igualdade e no enfrentamento à discriminação relacionada à raça; 7 - Garantia dos Direitos das Pessoas com Deficiência, compreendendo a atuação em relação ao Decreto-lei 5296 de 2 de dezembro de 2004 que regulamenta as Leis n°s 10.048, de 8 de novembro de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade; 8 – Garantia dos Direitos da Criança e do Adolescente, compreendendo a atuação relacionada à implementação do Estatuto da Criança e do Adolescente, Lei n° 8.069/90; 9 – Garantia dos Direitos da Pessoa Idosa, compreendendo a atuação relacionada à implementação do Estatuto do Idoso conforme Lei nº 10.741/03;

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Seminário debate a política mineral do Pará

Fotos: Eunice Pinto/Ag Pa

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Na mesa oficial, o vice-governador do Estado, Odair dos Santos Corrêa, o secretario da Sedect, Maurílio Monteiro, o diretor do Departamento Nacional da Produção Mineral -DNPM, Miguel Antônio e o secretário da Fazenda, José Raimundo Trindade

seminário "Políticas Públicas, Sociedade e Setor Mineral Paraense" organizado pelo governo do Estado, no auditório Computer Store, via Secretaria de Estado de Desenvolvimento, Ciência e Tecnologia (Sedect), Secretaria da Fazenda (Sefa) e demais órgãos governamentais teve como finalidade discutir, junto à sociedade, a busca por uma política pública efetiva para o setor. Para o titular da Sedect, Maurílio Monteiro, o evento é uma forma de compensar a ausência histórica de políticas públicas para o setor. Segundo Maurílio, as questões social e ambiental não podem ficar fora do debate. "Os excluídos têm pressa e querem ser incluídos neste contexto", afirmou. De acordo com a deputada Bernadete Ten Caten, o Estado não tem uma política de ações organizada para o setor mineral. "A proposta deste

seminário é integrar o Estado, o mercado produtor mineral e a sociedade na busca de soluções para estes problemas. Este seminário não tem a pretensão de ser o dono da verdade, porém alguns itens não poderiam ficar de fora na busca de soluções, como: revisão da lei Kandir, a construção de políticas estruturantes de sustentabilidade, o aumento da CFEM, o controle social e a verticalização da produção". O evento debateu soluções a partir da formaçào de três grupos de trabalho, que debateu os temas "Política Estadual de Mineração", "Legislação Mineral e Ambiental" e "Impactos Sociais e Econômicos da Compensação Financeira pela Exploração Mineral" (CFEM). Aconteceu também uma mesa-redonda sobre uma política mineral para o Estado do Pará. Compuseram a mesa de abertura o vice-governador do Estado, Odair dos Santos Corrêa, o secretario da

Wellington Alves ValenteConsultor jurídico da Associação do Municipios Mineradores do Estado do Pará Ammepa EDIÇÃO 70 [OUTUBRO 07]

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O seminário, bastante concorrido, teve a participaçãode autoridades e representantes das entidades mineradoras


Miguel Antonio Nery, diretor geral do Departamento Nacional de Produção Mineral DNPM

Maurílio Monteiro, Secretario da Sedect

José Raimundo Trindade, secretário da Fazenda

Sedect, Maurílio Monteiro, o diretor do Departamento Nacional da Produção Mineral (DNPM), Miguel Antônio, secretário da Fazenda, José Raimundo Trindade, dentre outros. As propostas e sugestões vão ser organizadas num

documento, que contribuirá para a formulação de uma nova política para o setor e que vá além da relação do Estado com as grandes mineradoras: que atinja também milhares de pequenos produtores, sobretudo em setores como brita, areia, pedra, argila e barro.

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Hélio R. Titan

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A Amazônia pode sumir em sete anos

epois de um breve afastamento em compor artigos á essa conceituada revista, eis que estou de volta, trazendo-me grande alegria em ser lido novamente pelos fãs de PARÁ+. Nesse artigo pretendo enfocar na realidade atividades de pesquisas das chamadas Organizações Não Governamentais, as ONGS, sendo as participantes: Instituto Socioambiental, Greenpeace, Instituto Centro de Vida, Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia, The Nature Conservancy, Conservação Internacional, Amigos da Terra - Amazônia Brasileira, Imazon, e WWF-Brasil. É de importância frizar caros leitores, que a opinião do articulista é um pouco diferente dos resultados obtidos por referidas entidades, assim como não posso referir a capacidade e finalidade política, verdadeiramente saudáveis em suas defesas pelo meio ambiente da Amazônia! O Pacto Nacional (assim chamado) propõe a redução do desmatamento na Amazônia a zero até 2015, adotando-se um sistema de metas anuais. Estima-se que sejam necessários investimentos da ordem de R$ 1 bilhão por ano, de fontes nacionais e internacionais, para se compensar financeiramente aqueles que promoverem efetiva redução do desmatamento na Amazônia e também para se pagar serviços ambientais prestados pela floresta. Mapa das queimadas

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A ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; e os governadores Blairo Maggi (Mato Grosso) e Waldez Góes (Amapá), entre outras autoridades, participaram do evento. “Isso é apenas o começo, mas é um bom começo, e algo interessante. Estamos construindo um plano nacional com responsabilidades comuns, porém diferenciadas”, afirmou a ministra Marina Silva. “É um movimento legítimo, importante para ajudar os governos federal e estadual e outros setores para cumprir um desejo da sociedade.” Estamos presentes para apoiar com firmeza o programa que viabilize o fim do desmatamento na Amazônia, com o desenvolvimento de fundos que possam contribuir de forma importante para o desenvolvimento de atividades que mantenham a floresta em pé”, afirmou o economista Luciano Coutinho, do BNDES. De acordo com a proposta, os incentivos econômicos serão direcionados para reforçar a gover nança da floresta (monitoramento, controle e inspeção; promoção de licenças rurais e ambientais para propriedades rurais; criação e implementação de áreas protegidas e terras indígenas), otimizar o uso das áreas já desmatadas e compensação financeiras para atores sociais responsáveis pela conservação da floresta (povos indígenas, comunidades locais, populações tradicionais e produtores rurais). De acordo com as ONGS, “um dos principais desafios a ser enfrentado é garantir políticas públicas que incorporem o fim do desmatamento dentro de um programa social, ambiental e econômico”. É necessário ir além dos instrumentos de controle e de ordenamento, promovendo a revisão e a reorientação dos incentivos financeiros que historicamente são canalizados para práticas predadoras. Até 2006, aproximadamente 17% da floresta amazônica foi destruída. As altas taxas de desmatamento estão provocando uma redução acelerada da biodiversidade local, o que afeta diretamente a vida de milhões de pessoas que dependem da floresta para sobreviver. O desmatamento é também uma fonte significante de emissões de gases do efeito estufa, que contribui para o aumento do aquecimento global. Cerca de 80% das emissões brasileiras vem do desmatamento e das queimadas,

Criação da Academia Imperial de Medicina, atual Academia Nacional de Medicina


principalmente da Amazônia, deixando o Brasil como o quarto maior poluidor do clima do mundo. Destruir a Amazônia pode provocar seca prolongada em diferentes regiões no Brasil e reduzir a produtividade agrícola brasileira, provocando um grande impacto econômico e social no país. A chuva que é produzida na Amazônia é importante não apenas para a região. Ela ajuda na geração de energia, na produção de alimentos e no abastecimento de água no centro, sul e sudeste brasileiro. Assim sendo, o desmatamento não traz desenvolvimento econômico ou melhoria na qualidade de vida da população local. Municípios com altas taxas de desmatamento na Amazônia, onde a criação de gado domina o uso da terra, têm índices de desenvolvimento humano abaixo da média regional e nacional. De acordo com as ONGS envolvidas na proposta, o lançamento da iniciativa do pacote não é o fim, mas o início de um grande debate nacional em soluções consistentes e duradouras para acabar com o desmatamento na Amazônia. Os detalhes técnicos, econômicos e institucionais do Pacto Nacional em defesa do desmatamento zero e pela valorização da floresta deve se tocado em conjunto com os governos estaduais da região e o governo federal, além de representantes dos produtores rurais, organizações ambientalistas, movimentos sociais, povos indígenas e

comunidades tradicionais da Amazônia. Caros leitores: O articulista para ser sincero, já virou São Tomé, a respeito do assunto, em decorrência de muito “bla-bla-bla” e também muito besteirol que de repente estoura meus ouvidos, dando como exemplo a heresia do efeito estufa transformar a Amazônia em um cerrado. Tenho minha opinião própria acerca do assunto, e não é necessário conhecer geodésica, climatologia, ou tão pouco metereologia. Prestem atenção amigos leitores que minha idéia é pura lógica! Com o aquecimento global, os gelos andinos derreterão em grande escala, trazendo correnteza abaixo um imenso caudal hídrico, inundando a planície sem dó nem piedade! Ou não é assim? Será que o amalucado “futurólogo” americano Herman Khan tinha razão? *Medico Escritor Cosmologo Historiador; Membro da Sociedade Brasileira de Cosmologia

Entrega em domicílio DE TERÇA À DOMINGO

Pariquis, 1981-B (entre Serzedelo e Padre Eutíquio ) EDIÇÃO 70 [OUTUBRO 07]

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Apenas um em cada quatro publicitários, um em cada três engenheiros e um em cada dois administradores faz carreira a partir do título que escolheu e perseguiu. Precisamos voltar a perguntar aos nossos filhos: “O que você vai ser quando crescer?”.

A Escolha da Profissão

por Tom Coelho

“Antigamente publicitário era aquele que tinha largado o curso de jornalismo. Hoje, publicitário é o cara que largou o curso de publicidade.” (Eugênio Mohallem)

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ma análise do Censo de 2000 do IBGE feita pelo Observatório Universitário indicou a correlação entre a profissão exercida e o curso superior realizado pelos profissionais. Enquanto 70% dos dentistas, 75% dos médicos e 84% dos enfermeiros trabalham na mesma área em que se formaram, apenas 10% dos economistas e biólogos e 1% dos geógrafos segue o mesmo caminho. Exame atento de outras profissões ainda nos indicará que apenas um em cada quatro publicitários, um em cada três engenheiros e um em cada dois administradores faz carreira a partir do título que escolheu e perseguiu. É evidente que faltam vagas no mercado de trabalho. O emprego formal acabou. Se nas décadas de 1960 e 1970 o paradigma apontava como colocação dos sonhos um cargo no Banco do Brasil, na Petrobras ou em outra empresa pública; nos anos de 1980 experimentamos o boom das multinacionais e empresas de consultoria e auditoria, que recrutavam os universitários diretamente nos bancos escolares; e na década de 1990 o domínio de um s e g u n d o i d i o m a , d a microinformática e a posse de um MBA eram garantia plena de uma posição de destaque, nada disso se aplica hoje. As grandes empresas têm diminuído o número de vagas disponíveis e são as pequenas companhias as provedoras do mercado de trabalho atual. Ainda assim, a oferta de trabalho é infinitamente inferior à demanda – e, paradoxalmente, muitas posições deixam de ser preenchidas devido à baixa qualificação dos candidatos. Assim como todos os produtos e serviços concorrem pela preferência do consumidor, os profissionais também disputam as mesmas oportunidades.


E n g e n h e i ro s q u e g e re n c i a m e m p re s a s , administradores que coordenam departamentos jurídicos, advogados que fazem estudos de viabilidade, economistas que se tornam gourmets. Uma autêntica dança das cadeiras que leva à insegurança os jovens em fase pré-vestibular. Há quem defenda a tese de que adolescentes são muito imaturos para optar por uma determinada carreira. Isso me remete a reis e monarcas que com idade igual ou inferior ocupavam o trono de suas nações à frente de grandes responsabilidades, diante de uma expectativa de vida da ordem de apenas trinta anos... O que falta aos nossos jovens é preparo. Um aparelhamento que deveria ser ministrado desde o ensino fundamental através de disciplinas e experiências alinhadas com a realidade, promovendo um aprendizado prazeroso e útil, despertando talentos e desenvolvendo competências. Um ensino capaz de inspirar e despertar vocações. Ensino possível, porém distante, graças à falta de infra-estrutura das

instituições, programas curriculares anacrônicos e, em especial, desqualificação dos professores. Em vez disso, assistimos a estudantes com dezessete anos de idade, onze deles ou mais na escola, que às vésperas de ingressar no ensino superior sequer c o n s e g u e m e s c o l h e r e n t re P s i c o l o g i a e Comunicação Social, entre Arquitetura e Educação Física, entre Veterinária e Direito. A escola e a família devem propiciar ao aluno caminhos para o autoconhecimento e descoberta da própria personalidade e identidade. Fornecer informações qualificadas e estimular a reflexão, exercendo o mínimo de influência possível. Muitos são os que direcionam suas carreiras para atender às expectativas dos pais, aos apelos da mídia e da moda, à busca do status e do sucesso financeiro, em detrimento da auto-realização pessoal e profissional. E acabam por investir tempo e grandes somas de dinheiro numa formação que não trará retorno para si ou para a sociedade. Orientação vocacional não se resume aos testes de aptidão e questionários. Envolve conhecer as diversas profissões na teoria e na prática. Permitir aos estudantes visitarem ambientes de trabalho e ouvirem relatos de profissionais sobre os objetivos, riscos, desafios e recompensas das diversas carreiras. Tomar contato com acertos e erros, pessoas bem sucedidas e que fracassaram. Provocar o interesse e, depois, a paixão por um ofício. Precisamos voltar a perguntar aos nossos filhos: “O que você vai ser quando crescer?”. A magia desta indagação é que dentro dela residem os sonhos e a capacidade de vislumbrar o futuro. Aliás, talvez também devamos colocar esta questão para nós mesmos, pais e educadores... Formação em Publicidade pela ESPM, Economia pela USP, especialização em Marketing pela Madia Marketing School e em Qualidade de Vida no Trabalho pela USP, é consultor, professor universitário, escritor e palestrante. Diretor da Infinity Consulting, Diretor Estadual do NJE/Ciesp e VP de Negócios da AAPSA.

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UTILIDADE PÚBLICA

r a p m i l Como seu nome na

? a s a r Se

Existem quatro maneiras de o seu nome ficar sujo na Serasa, saiba como proceder em cada um dos casos abaixo: ·Devolução de cheques sem fundos ·Anotação de títulos protestados ·Anotação de ação judicial (execução de título judicial e extrajudicial, busca e apreensão de bens, falência e concordata) ·Anotação de dívida vencida (pendência bancária ou financeira) ·Ação de execução fiscal federal

Devolução de cheques sem fundos Ocorre quando uma pessoa emite um cheque sem fundos e este é devolvido duas vezes pelo Banco. Neste caso, deve-se: · procurar a agência do banco indicado como apresentante da ocorrência de cheque sem fundos; · solicitar ao banco informações sobre o número, valor e data do cheque; · verificar nos canhotos de cheques em seu poder para quem foi emitido o cheque. Procurar a pessoa ou a empresa para regularizar o débito e recuperar o cheque; · de posse do cheque, preparar uma carta, conforme orientação do gerente da sua conta no banco.

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Junte à carta o original do cheque recuperado. Recolher no banco as taxas pela devolução do cheque e protocolar uma cópia dos documentos entregues ao banco. A carta deve ser entregue no banco em que a pessoa possui conta; · a regularização no Cadastro de Emitentes de Cheques sem Fundos (CCF), do Serasa, é feita pelo Banco Central. O banco em que a pessoa mantém a conta-corrente envia ao Banco Central todos os documentos comprobatórios de que a situação foi regularizada; · a regularização de cheques sem fundos só ocorre após o Banco do Brasil enviar o comando específico para a Serasa, por meios magnéticos. O tempo de espera é de, no mínimo, 10 dias úteis.


Como limpar o nome no SPC? O SPC (Serviço de Proteção ao Crédito) é um banco de dados das associações comerciais, presentes em todos os estados brasileiros. Nessas associações, são mantidos cadastros de consumidores que não quitaram seus débitos. Para limpar o nome no SPC - no caso de cheque sem fundos protestado - a primeira providência é procurar a agência do banco que apresentou a ocorrência. Solicite ao banco informações sobre o número, valor e data do cheque. Verifique no seu canhoto para quem foi emitido o cheque, procure a pessoa ou a empresa para regularizar o débito e recuperar o cheque. Em seguida, de posse do cheque, prepare uma carta, conforme orientação do gerente da sua conta no banco. Junte à carta o original do cheque recuperado. Recolha no banco as taxas pela devolução do cheque e protocole uma cópia dos documentos entregues ao banco. A carta deve ser entregue no banco em que a pessoa possui conta. A regularização na base de dados do SPC vai acontecer depois que o Banco do Brasil (responsável pela atualização do arquivo do CCF) enviar os documentos para o SPC.

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