“Se o Senhor não me desse uma ajuda, no silêncio da morte estaria!" Sl 93 (94) Informativo semanal da Paróquia São Sebastião de Amparo - SP | Ano 2 - Nº 076 - 31 de outubro a 06 de novembro de 2015
“QUEM ACREDITA EM MIM, MESMO QUE MORRA, VIVERÁ” (Jo 11,25)
Palavra do Padre por Pe. Carlos Roberto Panassolo, pároco “Deus, que ressuscitou Jesus dentre os mortos, também dará vida aos nossos corpos mortais, pelo Espírito que habita em nós.” (Rm 8,11) Nascemos para ressuscitar, essa é a grande verdade que nós católicos trazemos conosco e professamos a cada domingo na santa liturgia da missa: “Cremos ... na ressurreição dos mortos e na vida eterna”. Na cruz e ressurreição de Jesus Cristo a morte foi destruída. “Assim, somos a Igreja peregrina neste mundo; outros que já passaram desta vida, estão se purificando; outros enfim, gozam da glória, contemplando a Deus” (cf. missal romano). A comemoração dos fiéis defuntos na Igreja teve início no século XIV. É uma data reservada para a “memória e reflexão”, para contemplar de onde viemos e para onde caminhamos. Diante de um mundo onde cada vez mais se fala da morte como fim, ponto final, castigo para alguns e descanso para outros, somos chamados a contemplá-la como um momento importante da vida, um momento de passagem a ser respeitado e compreendido. Em Cristo Jesus contemplamos a vida como Dom precioso e único, que deve ser bem vivido e compartilhado, e do qual a morte faz parte como um fato inevitável, mas que não nos assusta, porque é precisamente a meta em função da qual vivemos. A morte é a passagem para a eternidade, a certeza da ressurreição que transforma ausência e dor em esperança, pois em Cristo Jesus somos salvos. Neste dia de silêncio e oração, recolhimento e encontro, visitamos os túmulos de nossos familiares, amigos e conhecidos. Ao visitar o túmulo, visitamos mais do que o local onde sepultamos o corpo de uma pessoa querida. Visitamos e levamos conosco flores como sinal da nossa esperança certa em Cristo Jesus Crucificado e Ressuscitado, no qual nos encontraremos novamente com aqueles que nos precedem na casa do Pai. Pensar nos ausentes também nos chama a atenção para a importância de viver bem o tempo que nos é dado na terra. É um bom momento para nos perguntarmos se somos o perfume das flores ou os espinhos na vida de nossos irmãos que ainda estão conosco, e então buscar o diálogo e a convivência que poderão ser o santo remédio para muitos de nós. Não deixe para amanhã o bem que pode fazer hoje. Levamos velas e as acendemos enquanto recitamos orações, sinal da Luz maior que trazemos conosco, Cristo Jesus Ressuscitado, Luz que vence as trevas, Vida que vence a morte. Luz que, pelo dom da oração, chega aos corações dos que mais precisam para que possam caminhar cada vez mais ao encontro de Cristo. Devemos ser para nossos irmãos em vida, aqui entre amigos, a luz da graça e da ternura, da coresponsabilidade e da partilha. Não deixe o abraço ou o carinho de hoje para depois.