AFINAL, DEUS AMA O PECADOR? (SERGIO FADUL) Deus ama o pecador? Então, por isso Ele ama o pecado? Ou por causa do pecado Ele não ama o pecador? Enfim, qual é a verdade? É engraçado como algumas informações são sutis. O homem cria recursos em cima de mentiras, infelizmente, algumas vezes, até mesmo dentro do ambiente da Igreja, distorcendo realidades ou conceitos que santos e doutores da Igreja já discursaram há muito tempo. Existe uma corrente que diz que se Deus odeia o pecado, com certeza Ele odiaria o pecador, ou não o amaria. Mas a grande maioria dos cristãos entendem que Deus, por ser o puro amor e por ser misericordioso, ama a todos, mesmo os mais vis pecadores. Mas, levados por uma realidade parcial e egoísta, alguns homens esquecem-se que também são pecadores. Os grandes santos não se consideraram santos, mas sempre pecadores. E não era uma falsa humildade, pois eles sempre souberam que, se estamos envoltos pelo mal na sociedade, a mínima desatenção levaria ao pecado. Jesus já advertia através da parábola do joio e do trigo sobre a convivência com o mal. Mas o que acontece se quisermos arrancar o joio do meio de nós? E o que é trigo e o que é joio dentro de nós mesmos? Esta última pergunta é essencial, pois devemos saber que a nossa conversão é diária, na medida do nosso conhecer, na compreensão do amor de Deus. E é nas palavras de São Paulo que encontramos uma grande resposta: “Caríssimos, amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus e todo aquele que ama nasceu de Deus e conhece Deus. Quem não ama, não chegou a conhecer Deus, pois Deus é amor.” Portanto, um coração fechado não sabe amar, e _
carrega nele muitas mentiras. E, infelizmente, alguns acham que se não conseguem alcançar algo, outros também não devem, e espalham a mentira, fazendo corromper outros. Mas, para os que creem, devem ter sua mente atenta às pequenas insídias, para que não aconteça que espalhemos ainda mais o erro. Então, sabendo que Deus nos ama e Seu amor é insondável e incompreensível a nós, chegando a nos constranger a Sua misericórdia, tentam, alguns, fazer aceitar a mentira através da polarização, não pelo mistério. E é desta forma que alguns afirmam que Deus ama o pecado. A colocação está errada! Deus ama o pecador, não pecado. Ele é o próprio bem e, em Sua benevolência, espera aquele que se arrepende. Porém, alguns acham poder viver no pecado durante a vida e no seu fim se arrepender. Mas, além de ninguém saber o momento de sua morte, como se arrependerá de algo que sempre quis viver? O arrependimento não é só pronunciar as palavras "eu me arrependo", mas algo que acontece na nossa alma e coração, que nos repele daquele pecado. Como poderemos então o repelir se estaremos impregnados? Deus pode fazer aquilo que Ele bem quer e este também é o entendimento de muitos, que buscam encontrar motivos para viver no erro, sem se esforçar por mudar de vida. Mas, porque o resultado deste querer de Deus deve ser o de perdão, quando pode ser da condenação? Então, a resposta de tudo é a conversão, a mudança dia a dia, a Metanóia. E estejamos preparados, pois quando buscamos a morte para os pecados, é o momento que eles se levantam nos acusando e dizendo que somos indignos de sermos chamados de Filhos de Deus, para nos convencer que não temos solução.
QUANDO O AMOR... (GIBRAN KHALIL GIBRAN)
Acenar, siga-o, ainda que por caminhos ásperos e Amassa-o, até deixa-lo macio; e então submete íngremes e quando suas asas o envolverem, ao fogo para que se transforme em pão no renda-se a ele ainda que a lâmina escondida sob banquete sagrado de Deus. suas asas possa feri-lo. Todas essas coisas pode o amor fazer para que E quando ele falar a você, acredite no que ele diz, você conheça os segredos do seu coração, e com ainda que sua voz possa destroçar seus sonhos, esse conhecimento se torne um fragmento do assim como o vento norte devasta o jardim. coração, da vida. Pois, se o amor o coroa, ele também o crucifica. Se o ajuda a crescer, também o diminui. Se o faz subir às alturas e acaricia seus ramos mais tenros que tremem ao sol, também o faz descer às raízes e abala a sua ligação com a terra. Como os feixes de trigo, ele o mantém íntegro. Debulha-o até deixa-lo nu. Transforma-o, livrando-o de sua palha. Tritura-o, até torna-lo branco. _____ Pastoral da Comunicação - Igreja Matriz de Nossa Senhora da Glória Pároco - Padre Geovane Ferreira Silva Coordenação – Sérgio Calado Fadul Jr Agentes participantes no boletim: Elydia / Maria das Graças www.nsdagloria.com.br pascomnsdagloria1@gmail.com Instagram/nsdagloria Twitter/nsdagloriarj www. issuu.com/pascomnsdagloria Facebook/Matriz.de.Nossa.Senhora.da.Gloria A Voz da Glória: (21) 99443-1022 (só para o boletim) Secretaria (21) 3251-4511 ou (21) 3251-5929
04/08/2019 - Edição 36 - Ano 3
AVISOS PAROQUIAIS Missa em honra a São Padre Pio, dia 07/08, quarta-feira, às 20 h. Novena de Nossa Senhora da Glória, início dia 06/08, terça-feira, às 18 h. Oficina de Oração e Vida, início dia 06/08, terça-feira às 09:00 e às 19:00. Oficina de Oração e Vida para Jovens, início dia 19/08, segunda-feira, às 19 h. Asilo Padre Motinha, visita ao asilo dia 10/08, sábado às 09 h. Necessitamos de doações. Encontro Vocacional - Você já pensou em sua vocação? Venha participar do nosso Encontro Vocacional no dia 10/08, sábado, a partir das 09:30 h no salão Monsenhor Franca. Cerimoniários - Inscrições abertas. Mais informações na secretaria paroquial.
Pastoral do Turismo convida a todos para a Peregrinação à Basílica de Aparecida com o Cardeal Dom Orani Tempesta na cidade de Aparecida - SP nos dias 30 e 31/08. Mais informações na secretaria paroquial. Catequese de adultos - Inscrições abertas. Mais informações na secretaria paroquial. Um cristão agradecido se torna dizimista comprometido. Venha ser dizimista. A pastoral do dízimo se encontra no final da igreja para fazer a sua inscrição ou durante a semana na lojinha dos artigos religiosos. Carnês da Obra - Os carnês estão sendo distribuídos na secretaria paroquial. Por favor, ajude-nos. Cantinho Amigo - Estará aberto neste domingo. Teremos churrasco e muito mais
QUANTO MAIS DOAMOS, MAIS TEMOS (LILIAN PACHLER) Na matemática subtrair é ter menos e somar é ter mais. Simples assim. Mas, na vida é bem diferente. Recebi uma doce mensagem de uma jovem chamada Yasmin. “Estou indo a um asilo dar aula de inglês para um idoso de 96 anos. Ele é cultíssimo e sonha em aprender inglês”. Yasmin é um nome de origem persa e quer dizer jasmim, flor muito perfumada, originária da Ásia, utilizada na confecção de fragrâncias e perfumes. Está na essência do nome dela exalar um aroma agradável e é certamente isso o que ela faz em seu ato solidário. Duas coisas fizeram meu coração bater: ver uma moça linda interessada em compartilhar amor e conhecimento dentro de um asilo, e esse senhor que, caminhando para o fim do seu ciclo, é capaz de encontrar um brinquedo novo neste imenso parque de diversões, que ele conhece há quase um século: a vida. O encontro de duas gerações. Ela, recém_____
formada, cheia de sonhos e talentos, com a vida toda pela frente. Ele, cheio de histórias para contar, muita experiência na bagagem e ainda assim curioso, sedento, aberto ao desconhecido, trazendo sabiamente graça aos seus dias. O sim deles lhes traz as recompensas por si só. A vontade de aprender rende ao senhor horas agradáveis ao lado de uma moça muito especial e a disponibilidade dela de ensinar faz com que o coração dessa jovem transborde de alegria. Temos a ideia de que solidariedade é uma via de mão única, um ato de bondade com o próximo, e, muitas vezes, nos esquecemos que o que fazemos pelo outro fazemos por nós mesmos. Ao doar nos sentimos preenchidos. Há quem doe dinheiro por falta de tempo. Há quem doe tempo por falta de dinheiro. Há quem doe abraços e sorrisos. Independentemente do que doamos, o que importa é que nos traz alegria.
A FESTA ESTÁ CHEGANDO!!! Dia 15 está chegando! Festa da nossa padroeira, Nossa Senhora da Glória... E você? Já se preparou? Já ajudou? Como? Quer ajudar nas barracas? Quer fazer uma doação de material, ou de valores? Veja com nossos coordenadores como ajudar...
FESTA DA PADROEIRA 2019 06 a 14/08 - Novena de Nossa Senhora, na missa das 18 h 15/08 - Horário das Missas 07 h - 08 h - 09 h - 10 h 11 h - 12 h - 13 h - 14 h 15 h - 16 h - 17 h 18 h (solene) - 20 h Após a missa solene das 18 h com Dom Orani Tempesta, haverá a procissão pelas ruas do bairro 17 e 18/08 - Quermesse com barracas no estacionamento com comidas típicas e apresentação de várias bandas católicas Horário da quermesse Sábado de 11 às 22 h Domingo de 08 às 22 h
VENHA CELEBRAR CONOSCO!
A Voz da Glória – 04/08/2019 – Página 02
SANTO DA SEMANA (Elydia – Canção Nova) 04 – São João Maria Vianney 05 – São Apolinário 06 – São Justo e São Pastor 07 – São Sisto II e companheiros mártires 08 – São Domingos de Gusmão 09 – Santa Teresa Benedita da Cruz 10 – São Lourenço 11 – Santa Clara
São Domingos de Gusmão
Neste dia lembramos aquele que, ao lado de São Francisco de Assis, marcou o século XIII com sua santidade vivida na mendicância e no total abandono em Deus e desapego material. São Domingos nasceu na Espanha, e pertencia à alta linhagem dos Gusmão. O pai, Félix de Gusmão, queria entusiasmá-lo pelas armas; mas o menino preferia andar com a mãe, Joana de Aza, grande esmoler, e com clérigos e monges. Antes de Domingos nascer sua mãe sonhou com um cão, que trazia na boca uma tocha acesa de que irradiava grande luz sobre o mundo. Mais do que sonho foi uma profecia, pois Domingos de Gusmão, de estatura mediana, corpo esguio, rosto bonito e levemente corado, cabelos e barba levemente vermelhos, belos olhos luminosos, não fez outra coisa senão iluminar todo o seu tempo e a Igreja com a Luz do Evangelho, isso depois de se desapegar a tal ponto de si e das coisas, que chegou a vender todos os seus ricos livros, a fim de comprar comida aos famintos. Homem de oração, penitência e amor à Palavra de Deus, São Domingos acolheu o chamado ao sacerdócio e ao ser ordenado (em 1203 em Osma, onde foi nomeado cônego). Em 1204, Domingos seguiu para Roma a fim de obter do Papa licença para evangelizar os bárbaros na Germânia. No entanto, o Papa Inocêncio III orientou-o para a conversão dos Albigenses que infestavam o Sul da França com suas heresias. Assim, Domingos fez do sul da França, o seu principal campo de ação. Quando os hereges se depararam com a verdadeira pobreza evangélica de São, muitos aderiram à Verdade, pois nesta altura já nascia, no ano de 1215 em Tolosa, a primeira casa dos Irmãos Pregadores, também conhecidos como Dominicanos (cães do Senhor) que na mendicância, amor e propagação do Rosário da Virgem Maria, rígida formação teológica e apologética, levavam em comunidade a Véritas, ou seja, a verdade libertadora.” São Domingos de Gusmão, rogai por nós!
“DISCURSO DE ÓDIO”: UM PRETEXTO PARA A MORDAÇA Aqueles que, noutros tempos, defendiam irrestritamente a liberdade de expressão, são os mesmos que querem agora, com o poder nas mãos, suprimir qualquer expressão que não seja do seu agrado. Tanto o Antigo como o Novo Testamento contêm passagens em que somos advertidos a odiar algo, como o mal, mas não o nosso irmão. Estamos familiarizados, talvez até demais, com a expressão “odiar o pecado mas amar o pecador”. Este aforismo corre o risco de nos deixar com a impressão de que o nosso pecado é algo que flutua por aí, totalmente independente de nós, que nos mantemos puros como a neve suave. Mas não existe pecado sem pecador. Mais do que isso, há pecadores que fazemos bem em evitar ou, pelo menos, em tratar de forma cautelosa. Quando Aristóteles trata da ira, que é em si uma coisa boa, ele fala sobre controlar ou não nossa reação apaixonada ao que é perigoso ou errado. Nós normalmente exageramos. Mas não nos irarmos com coisas más é um vício. Algumas coisas devem despertar em nós a ira. O ódio é a resposta emocional ao nosso reconhecimento de que há algo de específico errado com o mundo. Diz-me o que odeias e dirte-ei quem és. E se me dizes que nada odeias porque não há nada de errado no mundo, fico então com uma imagem ainda mais clara do que és — incuravelmente ingênuo. Dito isto, estou interessado neste fenômeno relativamente novo a que se chama “discurso de ódio”. Poucas coisas são potencialmente mais perniciosas, sobretudo quando os governos e as instituições começam a defini-lo ou a fazer cumprir a sua proibição. O “discurso de ódio” e a liberdade de expressão estão claramente em conflito um com o outro. As pessoas que em outros tempos estavam interessadas em explorar as fronteiras da liberdade de expressão — ao ponto de se poder dizer praticamente qualquer coisa com impunidade — são as mesmas que agora, que controlam a cultura, querem suprimir qualquer expressão que não seja do seu agrado. A liberdade de expressão, que tinha como objetivo afirmar a verdade das coisas, já não é permitida. A verdade ameaça a sociedade. Mas, afinal de contas, de onde veio esta questão do “discurso de ódio”? A sua origem está no esforço, agora em larga medida bem-sucedido, de derrubar a estrutura moral da sociedade. De forma geral, esta transformação foi levada a cabo através do uso perspicaz da conversa a respeito de “direitos”. Aquilo a que antes se chamava, por razões racionais, uma desordem ou um vício começou por ser tolerado, depois finalmente transformou-se em um “direito”. Mal se torna um “direito”, qualquer pessoa que lhe chama de pecado ou de mal torna-se automaticamente ______
(PADRE JAMES SCHALL)
um difamador e violador da dignidade e do orgulho humano. É aqui que entra em cena o “discurso de ódio”. Uma vez que a lei afirma agora que ambos os arranjos maritais são “iguais”, deixamos de ter a liberdade de afirmar que não o são. As pessoas sentem-se magoadas se lhes disserem que aquilo que fazem é, ou não é, um casamento. A afirmação de que não é ganha estatuto de desordem cívica que deve, a fim de prevenir tumultos, ser proibida. Podemos acabar ostracizados ou até presos por afirmar aquilo que é verdade e dar argumentos nesse sentido. A liberdade de expressão, que tinha como objetivo afirmar a verdade das coisas, já não é permitida. A verdade ameaça a sociedade. A linguagem humana tem um propósito. Serve para definir, e depois nomear, aquilo que designa realmente. Se começarmos a usar a mesma palavra para duas realidades diferentes, temos de passar a deduzir pelo contexto a realidade a que nos referimos. Se casamento passa a designar tanto a relação entre macho/fêmea e macho/macho, a realidade a que a palavra se refere não muda. Uma coisa não é a outra. Quando esta situação se torna universal, percebemos que temos de providenciar espaços onde as pessoas sejam protegidas de ouvir até mesmo algo que questione a retidão das suas escolhas ou da lei civil que agora reivindica jurisdição sobre todo o nosso discurso. Um dos aspectos mais odiosos das sociedades totalitárias era a montagem de “postos de escuta”, ou o hábito de levar as crianças a revelar o que os seus pais diziam em privado. Este mesmo fenômeno já está acontecendo entre nós. Agora está disfarçado como uma forma de proteger as vítimas do ódio daqueles que se recusam a aceitar o novo regime de “direitos” que insiste ser a sua lei a única e a mais elevada a vigorar. Ao discutir o direito, Santo Tomás de Aquino perguntava se devemos ter uma lei que proíba todos os vícios. Inicialmente parecia uma boa ideia, mas na verdade é uma ideia terrível. O Aquinate compreendia que dar tal poder ao Estado implicaria um conhecimento divino e acabaria com a liberdade de errar que nos permite projetar o nosso próprio destino. O Doutor Angélico sabia que alguns vícios tinham de ser reprimidos, caso contrário estaríamos num estado de guerra constante. Mas dar poder ao Estado para nos livrar de todos os vícios equivaleria a dar-lhe poder absoluto, um poder que muitos políticos cobiçam. Os cidadãos perderiam então esse espaço de liberdade e de inteligência em que podem tomar as suas próprias decisões. As “leis de ódio” se originam, em última análise, do esforço do Estado moderno para alterar a natureza humana. (Retirado do Blog do Padre Paulo Ricardo)
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