Boletim semanal - Ano VI - Edição 15 - 2º Domingo da Quaresma
Este é o meu Filho, o escolhido.
Escutai o que Ele diz...
IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ
Pascom Nossa Senhora da Glória Dirigente espiritual - Diácono Jorge
Agentes - André Pessôa Flávia Mascarenhas Maria das Graças Luciana Gonçalves Colaboradora - Monica Bezerra
Coordenação - Elydia Sérgio Fadul Jr
Capa - A transfiguração de Cristo - autor desconhecido
1 - Missa em honra a São Miguel Arcanjo Dia 09/03, quarta feira, às 20 h. 2 - Dízimo Todo segundo domingo do mês é dedicado ao dizimista. Seja um cristão comprometido. Ajude a sua paróquia. Seja um dizimista! 3 - Missa em desagravo ao Imaculado Coração de Maria Com as Filhas de Maria, sábados às 10 h. 4 - Missa pela Vida Quarta feira, 16/03, às 14 h. 4 - Missa com orações pela Árvore Genealógica Quarta feira, 16/03, às 20 h. 4 - Grupo de Oração Todas as terças feiras, às 19:30 h.
5 - Oficina de Oração e Vida Início na quinta-feira dia 10/03. Dois horários: às 9:00 e/ou às 19:00. Não há inscrição, basta comparecer! 6 - Rifa de um colcha de solteiro Ajude a nossa Igreja comprando uma rifa, disponível na lojinha ou secretaria. Esta colcha, além de ser bonita, foi feita com muito carinho, por uma das coordenadoras. 7 - Pastoral do Catecumenato Convida a todos, a partir de 12 anos, que buscam os Sacramentos do Batismo, Eucaristia e/ou Crisma, a participar dos encontros que acontecem às 18:30 h aos domingos, segundas ou terças. 8 - Via Sacra Sextas-feiras às 15 h e após a missa das 19 h. Já se encontra disponível na Lojinha o livro da Campanha da Fraternidade com a ViaSacra.
Pároco - Padre Geovane Ferreira da Silva
IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ
Você sabia que as obras de misericórdia são parte de um alerta que o próprio Jesus fez com relação ao nosso amor ao próximo? E que em nosso juízo pessoal seremos avaliados, também, por nossa realização destas obras? Ah, na quaresma só lembramos, mas as realizações são por toda a vida.
O episódio misterioso da Transfiguração de Jesus sobre um monte elevado, o Tabor, diante de três testemunhas escolhidas por ele: Pedro, Tiago e João, se situa no contexto a partir do dia em que Pedro confessou diante dos Apóstolos que Jesus é o Cristo, “o Filho de Deus vivo”. A Transfiguração é um dos milagres de Jesus nos evangelhos, diferente dos demais pois, neste caso, o objeto do milagre é o próprio Jesus. Tomás de Aquino considerava a Transfiguração como o "maior dos milagres", uma vez que ele complementou o batismo e mostrou a perfeição da vida no céu. A aparição de Moisés e Elias faz alusão à Lei e os Profetas: Moisés um profeta do antigo testamento, instrumento de libertação do povo da escravidão do Egito e, por ele, Deus estabelece os fundamentos da Lei, no antigo testamento. Já Elias é conhecido como o primeiro e maior dos profetas. Sendo assim, representam a Lei e os Profetas.
13/03 - Candida Cavalcante Juliana Lessa Lêda Sanglard Madalena Luzier Olney Garcia 14/03 - Lélia Negreiros Maria Augusta Pereira Maria do Carmo Bernardes Maria Margarida Maia
15 - Heloísa de Paula 18 - Ilíada Figueiredo Maria Alice Werneck Maria Barbosa Canuto 19 - José Nilton Negócio 20 - Elizabeth Fajersztain Norma Suely Santos Paulo Roberto Faria
Nas próximas edições, falaremos um pouco do trabalho que realizamos na Pastoral de Comunicação e passaremos algumas curiosidades para você acessar no site. A PASCOM, ou Pastoral de Comunicação, é uma pastoral recente, promovida pelo então Papa Buscamos incessantemente pessoas que possam ajudar na pastoral, com funções fáceis e que podem favorecer em muito nas atividades de informação da Paróquia, ou na própria evangelização. A comunicação tem diversos níveis que devem ser alcançado e a proposta da pastoral é levar a informação desde o núcleo, até as pessoas que são somente transeuntes na paróquia. Estas camadas diferentes também tem que ser assistidas em todas as suas possibilidades, utilizando diversos canais para o sucesso. Aqui na paróquia utilizamos desde um mural, onde colocamos os cartazes, o site, as redes sociais (Facebook, Instagram, Twitter, Telegram, Whatsapp), além de outros como o ISSUU, podcasts etc. Além disso, o trabalho que fazemos dar assistência às informações diárias é muito importante. Em reflexão do evangelho, por exemplo, buscamos sempre através de uma imagem trazer o entendimento da palavra. Também os Santos do Dia tem sido trabalhado a mais de 4 anos, criando cards para que as pessoas entendam um pouco mais sobre o santo, como a época, imagem, frases deste, data, se é padroeiro de alguma função ou lugar... tudo como se fosse um
card. Hoje colocaremos a imagem do site que vocês podem visitar a qualquer momento em www.nsdagloria.com.br.
Texto: Canção Nova
Motivado pela simplicidade, o poeta já dizia que simplicidade é querer uma coisa só, e que solução pra vida é quando temos a c o r ag em d e d i z er : " e u q ue r i a o simplesmente"... é ser capaz de reconhecer o úni c o e n ec es s ár i o bem q ue nós pertencemos, geralmente quem quer muita coisa não quer nada, geralmente quem diz que ama muitas pessoas não ama ninguém, por isso o discurso da simplicidade é um caminho seguro, muitas vezes queremos muitas coisas e no ato de querer o muito acabamos nos desprendendo de nós mesmos, porque querer muito é esquecer quem somos, eu sou a simplicidade, uma estrutura que depende de um único querer, no momento que nos preocupamos daquilo que é único, a vida segue com sabedoria, é o mesmo que querer escrever mil cartas ao mesmo tempo, você não tem condições de transcrever várias cartas, como não é possível percorrer mil quilômetros se a gente não der o primeiro passo, é tão fácil dizer que a vida e complicada demais, a vida não é complicada, a gente que complica no momento em que queremos muito, talvez hoje o pior erro tenha sido querer cuidar de todos e acabou não cuidando de ninguém, porque no momento em que a gente multiplica o nosso querer, a gente perde a capacidade de dividir, e as vezes o que a vida pede de nós é a simplicidade, não tem muito o que fazer, o que buscar, e descobrimos isso no momento em que a morte encosta em nós, alguém está morrendo perto de nós, ou a gente está morrendo...
A gente descobre que aquilo que fazíamos antes a gente já não pode mais fazer, não temos mais forças para fazer o que fazíamos antes, quando se é criança chora-se de fome, ou de sede, é a vida simples acontecendo, e quando vamos crescendo vamos multiplicando nossas necessidades e deixamos de reconhecer o que é importante agora, e ai precisamos descobrir uma forma sem esbarrar na morte, de todos os dias ser capaz da simplicidade que hoje precisa viver, aprendendo isso hoje pode-se corrigir a vida, o que é que vc precisa fazer hoje pra que se possa descobrir o valor de uma vida simples, simplicidade é querer uma coisa só, quando alguém esta morrendo ao nosso lado a gente cancela a agenda da gente, deixa tudo de lado, não há compromisso que não possa ser cancelado, porque o essencial é estar ao lado de quem amamos, que esse aprendizado chegue a nos antes que pessoas precisem morrem pra nos conscientizarmos, sabedoria é estar ao lado, ser simples, e não se perder em muitos quereres. Padre Fábio de Melo
13 - Santos Rodrigo e Salomão 14 - Santa Matilde 15 - São Clemente Maria Hofbauer 16 - Santa Eusébia de Hamay 17 - São Patrício 18 - São Cirilo de Jerusalém 19 - São José 20 - Santo Ambrósio de Sena
Origens São Patrício escreveu um livro autobiográfico intitulado "Confissão". Através dele sabemos que Patrício nasceu numa vila que pertencia a seu pai e ficava numa região entre Inglaterra e a Escócia. Ele nasceu no ano 377. Seu pai, Calpurnius, era cristão. E seu avô era padre (nesse tempo, os padres ainda podiam se casar). Porém, apesar da influ~encia religiosa, somente na adolescência é que patrício se interessou pela religião e pelos estudos. Raptado por piratas Aos dezesseis anos, patrício foi raptado por um grupo de piratas irlandeses. Em seguida, foi vendido como escravo. Levado à força para a Irlanda, foi submetido a trabalhos forçados num ambiente terrível, entre pessoas rudes, brutas e pagãs. Tentou fugir duas vezes, sem sucesso. Somente na terceira vez conseguiu a libertação tão sonhada. Busca da fé O jovem Patrício conseguiu embarcar para a Grã-Bretanha. Depois, foi para a França.
Lá, partilhou a vida em vários mosteiros e conseguiu se habilitar para a vida religiosa, que unia o estilo de vida monástico, pela disciplina e oração, e também missionário, caracterizando-se pelo desejo de anunciar o Evangelho aos pagãos. Discípulo e missionário A princípio, o jovem monge patrício a c om p a n h o u um s a nt o cha m a do Germano, que pertencia ao mosteiro de Auxerre. Ambos empreenderam uma grande missão apostólica nas terras da GrãBretanha. Mas o grande desejo de seu coração era evangelizar a Irlanda, aquele povo pagão, que o tinha escravizado. E Patrício entregou a Deus este santo propósito. Deus ouviu seu coração Quando o Bispo responsável pela missão na Irlanda, chamado Paládio, faleceu, o Papa Celestino I convocou justamente Patrício para dar continuidade à missão. Por isso, ele sagrado bispo e viajou para a Irlanda no ano 432. Apóstolo da Irlanda O que aconteceu na vida de São Patrício e na Irlanda nas três décadas que se seguiram, foi simplesmente extraordinário. Tanto que a missão de São Patrício ficou gravada para sempre na História da Irlanda, da Igreja Católica e até mesmo na história da Humanidade. São Patrício fez nada menos do que mudar o destino de um povo através do Evangelho. Sua missão levou à conversão praticamente toda a Irlanda. Tudo isso sem contar com ajuda política e sem jamais usar de violência contra aqueles que preferiam continuar no paganismo. Seu lema era respeitar para ser respeitado.
O respeito é recíproco Por causa da atitude respeitosa de São Patrício, não aconteceu repressão contra os cristãos na Irlanda. O próprio rei, chamado Leogário, percebendo a santidade de Patrício, converteu-se e possibilitou que toda a sua corte se convertesse. A missão de São patrício foi tão eficaz que a fé católica se enraizou na Irlanda. E, de tal forma, que este país se tornou o berço de um grande número de evangelizadores, missionários e Santos.
Dinamismo Além de viver uma vida santa, que tocava os corações, São Patrício era um homem de grande visão e dinamismo. Ele fundou incontáveis mosteiros pelo país. Com isso, a Irlanda se tornar um centro que irradiava a fé e a cultura. De lá partiu um grande número de monges missionários. Estes, peregrinaram por muitas terras estrangeiras anunciando o Evangelho. Alguns exemplos mais famosos são os apóstolos Donato, Columbano, Willibrordo, Galo, Tarásio entre tantos outros.
Mitos cristãos Enquanto outros países tem como ídolos e mestres reis e ditadores que empreenderam guerras e mortandade, a Irlanda passou a ter seus mitos culturais nos monges e missionários evangelizadores e suas histórias de milagres, graças e heroísmo cristão. Este é um efeito direto que a enculturação do Evangelho levada a temo por São Patrício. Morte São Patrício faleceu no dia 17 de março do ano 461, na cidade de Down. Hoje, a cidade se chama Downpatrick (Cidade de Patrício) em sua homenagem. Há Séculos, o dia 17 de março é feriado nacional, quando se celebra o dia de São Patrício, a conhecido como a glória da Irlanda. Existem hoje na Irlanda mais de duzentos santuários construídos em honra a São Patrício, padroeiro do país. Oração de São Patrício Enfrentando a resistência e as armadilhas do paganismo na Irlanda, São Patrício compôs e rezou esta oração por sua proteção e eficácia na missão: “Cristo comigo, Cristo em minha frente, Cristo atrás de mim, Cristo em mim, Cristo abaixo de mim, Cristo sobre mim, Cristo à minha direita, Cristo à minha esquerda, Cristo quando me deito, Cristo quando me sento, Cristo quando me levanto, Cristo no coração de cada um que pensa em mim, Cristo na boca de cada um que fala de mim, Cristo em todo olho que me vê, Cristo em todo ouvido que me ouve. Amém!”
Manifestemos uns para com os outros a bondade do Senhor Considera de onde te vem a existência, a respiração, a inteligência, a sabedoria, e, acima de tudo, o conhecimento de Deus, a esperança do reino dos céus e a contemplação da glória que, no tempo presente, é ainda imperfeita como num espelho e em enigma, mas que um dia haverá de ser mais plena e mais pura. Considera de onde te vem a graça de seres filho de Deus, herdeiro com Cristo e, falando com mais ousadia, de teres também sido elevado à condição divina. De onde e de quem vem tudo isso? Ou ainda, – se quisermos falar de coisas menos importantes e que podemos ver com os nossos olhos – quem te concedeu a felicidade de contemplar a beleza do céu, o curso do sol, a órbita da lua, a multidão dos astros e aquela harmonia e ordem que se manifestam em tudo isso como uma lira afinada? Quem te deu as chuvas, as lavouras, os alimentos, as artes, a morada, as leis, a sociedade, a vida tranquila e civilizada, a amizade e a alegria da vida familiar? De onde te vem poderes dispor dos animais, os domésticos para teu serviço e os outros para teu alimento? Quem te constituiu senhor e rei de todas as coisas que há na face da terra?
E, porque não é possível enumerar uma a uma todas as coisas, pergunto finalmente: quem deu ao homem tudo aquilo que o torna superior a todos os outros seres vivos? Porventura não foi Deus? Pois bem, agora, o que ele te pede em compensação por tudo, e acima de tudo, não é o teu amor para com ele e para com o próximo? Sendo tantos e tão grandes os dons que recebemos ou esperamos dele, não nos envergonharemos de não lhe oferecer nem mesmo esta única retribuição que pede, isto é, o amor? E se ele, embora sendo Deus e Senhor, não se envergonha de ser chamado nosso Pai, poderíamos nós fechar o coração aos nossos irmãos? De modo algum, meus irmãos e amigos, de modo algum sejamos maus administradores dos bens que nos foram concedidos pela graça divina, a fim de não ouvirmos a repreensão de Pedro: “Envergonhai-vos, vós que vos apoderais do que não é vosso; imitai a justiça de Deus e assim ninguém será pobre”. Não nos preocupemos em acumular e conservar riquezas, enquanto outros padecem necessidade, para não merecermos aquelas duras e ameaçadoras palavras do profeta Amós: Tomai cuidado, vós que andais dizendo: “Quando passará o mês para vendermos; e o sábado, para abrirmos nossos celeiros?” (cf. Am 8,5). Imitemos aquela excelsa e primeira lei de Deus, que faz chover sobre os justos e os pecadores e faz o sol igualmente levantarse para todos; que oferece aos animais que vivem na terra a extensão dos campos, as fontes, os rios e as florestas; que dá às aves a amplidão dos céus, e aos animais aquáticos, a vastidão das águas; que proporciona a todos, liberalmente, os meios necessários para a sua subsistência, sem restrições, sem condições, sem fronteiras; que põe tudo em comum, à disposição de to d o s el es , co m a b u n d â nc ia e generosidade, de modo que nada falte a ninguém. Assim procede Deus para com as suas criaturas, a fim de conceder a cada um os bens de que necessita segundo a sua natureza e dignidade, e manifestar a todos a riqueza da sua bondade. Santo Gregório de Nazianzo De pauperum amore (Séc. IV)
Pilatos se perguntava: “O que é a verdade?” (Jo 18, 38), ora que ele estava na presença de Cristo, a Verdade em Pessoa. A questão da liberdade, para nós cristãos, está ligada à questão da verdade. Este tema é mais importante do que parece. Além disso, muitas vezes é ambíguo falar de “libertação” se não esclarecemos primeiro o nosso conceito de “liberdade”. Para isso, é preciso saber sobre que “tipo de liberdade” estamos falando. O “direito à liberdade das pessoas” faz parte da Declaração Universal dos Direitos Humanos: “Todo ser humano tem direito à liberdade de pensamento, consciência e religião; este direito inclui a liberdade de mudar de religião ou crença e a liberdade de manifestar essa religião ou crença, pelo ensino, pela prática, pelo culto e pela observância, em público ou em particular” (Declaração Universal dos Direitos Humanos, 1948, art.18.)
Alguém disse: “Só há liberdades”. Há, de fato, vários tipos e níveis de liberdade humana: liberdade social, liberdade política, liberdade de religião, liberdade de opinião, liberdade de consciência, liberdade de fé, liberdade de ação, liberdade dos costumes, liberdade de expressão, liberdade econômica... Alguns autores destacam três tipos principais de liberalismos atuais, inspirados em diferentes escolas: o liberalismo filosófico, o liberalismo político e o liberalismo econômico. Estes três têm em comum a defesa das liberdades de ações individuais, em suas próprias esferas e de acordo com suas respectivas inspirações, diante dos perigos da manipulação por poderes ditatoriais e absolutistas. Queremos falar aqui da liberdade e da graça da libertação a partir da perspectiva da antropologia teológica, em relação com nossa vida de fé e na vida espiritual. Mas também com a preocupação de uma vivência como cristãos numa cultura envolvente, cada vez mais inclinada a um individualismo isolado e fechado, no que toca ao comportamento. O filósofo existencialista luterano Soren
Kierkegaard, no século XIX, considerou a angústia de uma forma original, como um chamado, uma possível “porta” para a liberdade interior. Em seu tratado “O Conceito de Angústia”, ele escreve: “A angústia é a realidade da liberdade porque é a sua possibilidade. Ela é o que permite o pecado, e por isso anda de mãos dadas com a liberdade. Na ausência de liberdade, nenhum pecado pode ocorrer e sem angústia, nenhuma liberdade é possível. A angústia é aquele estranho momento em que nada acontece, mas tudo está sendo preparado” ( Soren Kierkegaard, O Conceito de Angústia.)
Nunca podemos conceber a liberdade como um fato estabelecido. A liberdade não pode ser confundida com um pedido de “licença”, ou seja, fazer o que você quiser, sem limites. Esta pseudo liberdade nos permitiria de nos autodefinir a partir de nossa própria essência, como afirma Jean-Paul Sartre, em sua concepção ateia da liberdade (Jean-Paul Sartre, O ser e o nada, Paris, 1943)
A pessoa humana é um ser livre A liberdade humana tem sido tema de debate entre os filósofos desde o surgimento da filosofia. Parece que os gregos teriam “inventado” o conceito de liberdade, especialmente no plano da vida moral e política. No pensamento platônico e aristotélico, a liberdade é considerada em referência ao “Bem” e ao “Ser”. Porém, nestas filosofias “clássicas”, especialmente na de Aristóteles, encontramos o significado de uma liberdade que é constitutiva da pessoa humana e que faz parte ontologicamente da sua essência: o homem é um ser livre. É somente nos séculos IV e V que a questão do “livre-arbítrio” aparece claramente com Sto. Agostinho de Hipona, que escreveu “O Tratado sobre o Livre-Arbítrio”. Este tema agostiniano se tornará uma característica essencial na antropologia de Santo Tomás de Aquino, o que influenciará profundamente a concepção da liberdade no Ocidente. Só mais tarde surgiram os conceitos de “liberdade de razão” (Descartes no século XVII) e “consciência” (Reforma nos séculos XVI e XVII). Posteriormente, surgiu o conceito de “liberdade social”, assim como o de “liberdade interior”. O Cardeal Ratzinger em 1968, escreveu: “Se o Platonismo nos dá uma ideia da verdade, a fé cristã dá-nos a verdade como caminho; é somente se tornando um caminho que ela se torna também a verdade do homem” (Cardeal Ratzinger, Fé Cristã Ontem e Hoje, 1968.)
contribuir para distorcer e corromper as pessoas que lá vivem? Sto. Agostinho escreve: “Na lei temporal dos homens nada existe de justo e legítimo que não tenha sido tirado da lei eterna” (Sto. Agostinho, O livre-arbítrio, Livro I, cap. VI, 15.)
a Obstáculos internos à nossa liberdade, ou até onde ir em nosso (legítimo) desejo de liberdade? Teríamos a liberdade de escolher o bem que queremos, assim como o mal quando este nos parece bom ou agradável? A liberdade é a capacidade de agir de acordo com os seus desejos e a sua vontade, de acordo com os meios à sua disposição, sem ser impedida pelo poder dos outros? Em Carmen, de Georges Bizet, no final do século XIX, uma das óperas mais representadas do mundo, o personagem principal declara: “O que eu quero é ser livre e fazer o que eu gosto”... “ter o universo como meu país e por lei a minha própria vontade”. O fato de podermos fazer o que queremos, como queremos e quando queremos é, em última análise, a ausência de limites à nossa liberdade pessoal. Isto não seria, sejamos bem realistas, o fechar-se numa forma de escravidão dos seus próprios sonhos, desejos e ilusões? A filosofia de Jean-Jacques Rousseau, no século XVIII, afirma: “Não há liberdade sem lei” (Jean-Jacques Rousseau, O Contrato Social, 1762). Esses limites da lei, no próprio interesse da liberdade, permitem evitar a tirania, os conflitos e a escravidão. É por isso que o homem, segundo Rousseau, deve recorrer a “um contrato social” e deve ser regido por leis. No entanto, a concepção de liberdade de Rousseau, que não é cristã, embora se diga “crente”, também tem seus limites, especialmente quando afirma que “o homem nasce naturalmente bom, mas é a sociedade que o corrompe” (Idem, Emílio – ou Da Educação, 1762). Contudo, mesmo que não se possa subscrever inteiramente a ideia de Rousseau (trabalhada nos princípios da educação com seu único aluno: Emílio), pode-se ao menos colocar-se hoje a mesma questão: como educar uma criança de forma saudável se a sociedade em que ela vai crescer vai
O homem e a mulher de hoje precisam realmente ouvir novamente e acreditar na afirmação de Cristo: “Se o Filho vos libertar, sereis, realmente, livres” (cf. Jo 8, 36). Uma afirmação que nos lembra que a pessoa humana não pode, apenas pelos seus próprios meios naturais, gozar sozinha da sua liberdade primordial. Ninguém pode “se auto libertar” a si mesmo. “Fascinada pela pura tecnologia, a razão sem a fé está destinada a perder-se na ilusão da própria onipotência” (Bento XVI, Caritas in Veritate, nº 74)
A ideia moderna de uma liberdade absolutizada, situada na vontade pessoal, sem relação com a verdade, ignora o fato de que a própria liberdade deve ser libertada das limitações que lhe advêm do pecado. Escrito entre os séculos VI e IV a.C., a sabedoria do Livro Bíblico de Jeremias declarou: “Maldito o homem que confia no homem, que faz da carne a sua força, mas afasta seu coração do Senhor! Ele é como cardo na estepe: não vê quando vem a felicidade” (Jr 17, 5-6).
Fostes chamados à liberdade; mas que essa liberdade não se transforme em pretexto para a carne Se nosso conceito de liberdade e libertação interior não é iluminado e compreendido pela graça de Cristo, nossas faculdades da razão e da vontade se encontram enfraquecidas. Nesse sentido, é comum hoje constatar que o exercício da razão como uma apreensão racional da realidade, é muito frequentemente substituído pela influência da sensibilidade (o que ressentimos). A pessoa não é tanto guiada pelo que ela é, mas pelo o que ela sente.
A razão muitas vezes vem depois, mas como se fosse atrelada e apenas como uma capacidade de justificar esta reação inicial: “Vá para onde seu sentimento o leva”. Assim, o que é ressentido é trazido para governar indevidamente acima da reflexão e do discernimento. Como podemos ver, portanto, o sentimento ou a intuição da liberdade não são conclusivos nem suficientes, especialmente se não forem consideradas as questões morais envolvidas. Por exemplo, um pai de família alienado pelo álcool pode se imaginar agindo de acordo com a sua própria liberdade e vontade, e assim, causar sérios danos à sua família. Mesmo um homem sadio de espírito é capaz de ter sérias ilusões sobre a sua própria liberdade. “Vós fostes chamados à liberdade, irmãos. Entretanto, que a liberdade não sirva de pretexto para a carne, mas, pela caridade, colocai-vos a serviço uns dos outros.” (Gl 5, 13) Muitas vezes, quando ouvimos esses versículos paulinos na Liturgia, ou quando os lemos em nossa Bíblia, compreendemos frequentemente a expressão “a carne”, reduzida apenas ao corpo “erotizado”. Precisamos despertar a nossa atenção para uma compreensão mais profunda, como explicou o Papa Bento XVI: “A palavra ‘carne’ na linguagem de S. Paulo é expressão da absolutização do eu, do eu que quer ser tudo e tomar tudo para si mesmo. O eu absoluto, que não depende de nada nem de ninguém, parece possuir realmente, de modo definitivo, a liberdade. Sou livre se não dependo de ninguém, se posso fazer tudo o que quero. No entanto, precisamente esta absolutização do eu é ‘carne’, ou seja, é degradação do homem, não é conquista da liberdade: o libertinismo não é liberdade mas, ao contrário, falência da liberdade.” (Bento XVI, Discurso à Comunidade do Pontifício Seminário Maior Romano, 20 de fevereiro de 2009)
É a concepção de Deus que encontramos no filósofo Jean-Paul Sartre, quando ele diz: “Não mais reconheci aquele que minha alma aguardava: eu precisava de um Criador, davam-me um Grande Patrão”! (0 Jean-Paul Sartre, As palavras, 1973). Como é triste que Sartre tenha sido tão pouco (ou mal) evangelizado! Esta concepção de Deus e, ao mesmo tempo da nossa liberdade diante Dele, como Seus filhos, é totalmente desprovida da ideia de um “Deus que nos ama” e que quer a nossa felicidade. “Deus demonstra Seu amor para conosco pelo fato de Cristo ter morrido por nós
quando éramos ainda pecadores” (Rm 5, 8). De fato, Deus, em Sua transcendência e alteridade, nos dá precisamente “acesso a nós mesmos” e ao nosso próprio mistério de liberdade. “Como o nosso Criador nos ama, a nossa dependência consiste em estar no espaço do Seu amor. E nesse caso essa ‘dependência’ significa precisamente liberdade.” ( Bento XVI, Discurso à Comunidade do Pontifício Seminário Maior Romano, 20 de fevereiro de 2009)
Deixemos aqui claro que o Novo Testamento não trata a questão da liberdade apenas em uma dimensão de justiça e libertação social. Mas a interpretação bíblica deve ser entendida como uma libertação humana integral, libertação esta, obtida através da redenção de Cristo, que se desdobra em todas as realidades da condição humana.
“Para quem se submete ao Senhor e a Ele serve, a fonte da liberdade não está na reforma das instituições, mas no Senhor.” (Charles Biber, Vocabulário Bíblico, artigo sobre Liberdade.)
Chaves Bíblicas do Novo Testamento sobre o Tema da Liberdade “O Espírito do Senhor está sobre mim, porque Ele me consagrou pela unção para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar a libertação aos presos e aos cegos a recuperação da vista, para restituir a liberdade aos oprimidos e para proclamar um ano de graça do Senhor.” (Lc 4, 18-19) “Se permanecerdes na Minha palavra, sereis verdadeiramente Meus discípulos e, conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará.” (Jo 8, 31-32) “A criação em expectativa anseia pela revelação dos filhos de Deus. De fato, a criação foi submetida à vaidade — não por seu querer, mas por vontade daquele que a submeteu — na esperança de ela também ser libertada da escravidão da corrupção para entrar na liberdade da glória dos filhos de Deus. Pois sabemos que a criação inteira geme e sofre as dores de parto até o presente.” (Rm 8, 19-22) “Tomai cuidado, porém, para que essa vossa
liberdade não se torne ocasião de queda para os fracos.” (1 Cor 8, 9) “O Senhor é o Espírito, e, onde se acha o Espírito do Senhor, aí está a liberdade.” (2 Cor 3, 17) “É para a liberdade que Cristo nos libertou. Permanecei firmes, portanto, e não vos deixeis prender de novo ao jugo da escravidão.” (Gl 5, 1).
Duas referências básicas nos Documentos da Igreja sobre a Liberdade Cristã a)A Constituição pastoral do Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes “Estabelecido por Deus num estado de santidade, o homem, seduzido pelo maligno, logo no começo da sua história abusou da própria liberdade, levantando-se contra Deus e desejando alcançar o seu fim fora Dele. [...] O homem encontra-se, pois, dividido em si mesmo. E assim, toda a vida humana, quer singular quer coletiva, apresenta-se como uma luta dramática entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas. Mais: o homem descobre-se incapaz de repelir por si mesmo as arremetidas do inimigo: cada um sente-se como que preso com cadeias. Mas o Senhor em pessoa veio para libertar e fortalecer o homem, renovando-o interiormente e lançando fora o príncipe deste mundo (cf. Jo 12, 31), que o mantinha na servidão do pecado.” (Concílio Vaticano II, Gaudium et Spes, nº 13) “É só na liberdade que o homem se pode converter ao bem. Os homens de hoje apreciam grandemente e procuram com ardor esta liberdade; e com toda a razão. Muitas vezes, porém, fomentam-na dum modo condenável, como se ela consistisse na licença de fazer seja o que for, mesmo o mal, contanto que agrade. A liberdade verdadeira é um sinal privilegiado da imagem divina no homem. Pois Deus quis ‘deixar o homem entregue à sua própria decisão’ (Eclo 15, 14), para que busque por si mesmo o seu Criador e livremente chegue à total e beatífica perfeição, aderindo a Ele. Exige, portanto, a dignidade do homem que ele proceda segundo a própria consciência e por livre adesão, ou seja movido e induzido
pessoalmente desde dentro e não levado por cegos impulsos interiores ou por mera coação externa. O homem atinge esta dignidade quando, libertando-se da escravidão das paixões, tende para o fim pela livre escolha do bem e procura a sério e com diligente iniciativa os meios convenientes. A liberdade do homem, ferida pelo pecado, só com a ajuda da graça divina pode tornar plenamente efetiva esta orientação para Deus. E ‘cada um deve dar conta da própria vida perante o tribunal de Deus, segundo o bem ou o mal que tiver praticado’ (cf. 2 Cor 5, 10).” (Ibidem, nº 17) b) A encíclica de S. João Paulo II, Veritatis Splendor S. João Paulo II inicia sua Encíclica Veritatis Splendor com estas palavras: “A verdade ilumina a inteligência e modela a liberdade do homem, que, deste modo, é levado a conhecer e a amar o Senhor” (S. João Paulo II, Veritatis Splendor, 1993). Deus criou, pois Deus é livre! E Ele nos criou à Sua imagem e semelhança, razão pela qual a liberdade humana é um dom recebido “no princípio”! Sobre a relação entre Dignidade e Liberdade: “A dignidade do homem exige que ele proceda segundo a própria consciência e por livre adesão, ou seja, movido e induzido pessoalmente desde dentro e não levado por cegos impulsos interiores ou por mera coação externa. O homem atinge esta dignidade quando, libertando-se da escravidão das paixões, tende para o fim pela livre escolha do bem e procura a sério e com diligente iniciativa os meios convenientes. (Ibidem, nº 42) À luz destes textos magistrais, podemos considerar e resumir três elementos essenciais e básicos da liberdade:
a 1) A pessoa humana é um ser criado livre! A liberdade é um Dom Além disso, esse dom torna possível uma “criatividade” à imagem do Criador, uma “liberdade criativa”, que por sua vez suscita
uma dinâmica, um sentido para a nossa vida. Segundo S. Gregório de Nissa, Bispo no século IV, irmão de S. Basílio de Cesareia: “A liberdade é uma das manifestações da imagem de Deus na natureza humana […] O homem tornou-se como Deus e abençoado, porque recebeu a liberdade” (S. Gregório de Nissa, Discurso sobre os Mortos).
2) Mas desde as origens da história humana, a queda original, chamada “pecado” das origens, o “mal” entrou no mundo Para S. Gregório de Nissa, o tema da queda de nossos primeiros pais é interpretado como uma “provação e perversão da liberdade”, um “abuso” como diríamos hoje. O homem descobre dentro de si uma divisão: “Realmente não consigo entender o que faço; pois não pratico o que quero, mas faço o que detesto” (Rm 7, 15). Mas este mal está lá apenas por “acidente”! É bom nos lembrarmos que este mal não pertence à natureza das coisas que Deus criou e que quis desde o princípio. Entretanto, a pessoa humana descobre o drama de um mal que “alienou sua liberdade” e que se reflete em toda a vida individual e coletiva, exigindo uma luta muitas vezes dramática, entre o bem e o mal, entre a luz e as trevas. 3) A liberdade humana pode se tornar participante da Missão de Cristo, na criatividade do Espírito Santo A liberdade original foi bem concedida, ela é certamente uma liberdade “acidentada, ferida”, mas “não destruída”. É por isso que a pessoa humana, criada por amor, à imagem de Deus, deve procurar trabalhar na obra de semelhança com o seu Criador. Assim, nosso conceito de liberdade não pode ser reduzido a uma simples aceitação: “Sim, eu aceito, eu quero ser livre!”. Mas, no plano de Deus, a nossa liberdade recebida, perdida e redimida, é capaz de gradualmente se tornar uma poderosa fonte de criatividade!
S. Francisco de Assis, orando diante da Cruz na Igreja de S. Damião de Assis, ouviu Cristo dirigir-lhe estas palavras, que resumem um chamado e um envio em missão: “Vai, reconstrói a minha igreja que está caindo em ruínas”. Como para Francisco, teremos que adentrar nesse trabalho! Às vezes nos é dito que há muito trabalho a ser feito nas novas comunidades! Sim, como aconteceu em todas as renovações da história da Igreja: entre os primeiros monges, na construção de abadias, de catedrais, depois os primeiros hospitais, as escolas, etc. Sem nunca forçar, frustrar ou retirar nada, Cristo nos propõe uma “liberdade para a missão”. Pela Sua liberdade, o ser humano não é mais obrigado a construir o seu “mundo próprio”, mas, com Cristo e Nele, construir o “Reino de Deus” ! É então associado a um desígnio maior do que o seu. E poderá entrar, então, na escuta da sua própria vocação e “liberdade missionária”: “Vós fostes chamados à liberdade, irmãos” (Gl 5, 13). O Cardeal Urs Von Balthasar escreveu, após a Segunda Grande Guerra Mundial: “É por isso que não devemos mais permanecer neste estado intermediário de angústia... mas dar um salto na fé, na esperança e na caridade, oferecendo o nosso ‘sim’ a Deus, abandonando nossa diferença protetora... e participar da infinita liberdade de Deus, não mais apoiando-se em nós mesmos” (Cardeal Urs Von Balthasar, O cristão e a angústia, 1942.)
Se o Cardeal Balthasar pôde fazer essa constatação logo após a Segunda Guerra Mundial, o que ele teria a nos dizer e nos aconselhar, após esse tempo de pandemia que o mundo atravessou? O Catecismo da Igreja Católica afirma: “Quanto mais o homem fizer o bem, mais livre se torna. Não há verdadeira liberdade senão no serviço do bem e da justiça” (Catecismo da Igreja Católica, nº 1733) Diácono Georges Bonneval - Sementes do Verbo
Queridos irmãos e irmãs, buongiorno ! O Evangelho da Liturgia deste segundo domingo da Quaresma narra a Transfiguração de Jesus (cf. Lc 9, 28-36). Enquanto ora em um alto monte, ele muda de aparência, seu manto se torna resplandecente e resplandecente, e na luz de sua glória aparecem Moisés e Elias, que falam com ele sobre a Páscoa que o espera em Jerusalém, ou seja, sua paixão, morte e ressurreição. As testemunhas deste acontecimento extraordinário são os apóstolos Pedro, João e Tiago, que subiram ao monte com Jesus. Nós os imaginamos com os olhos bem abertos diante desse espetáculo único. E, certamente, deve ter sido assim. Mas o evangelista Lucas observa que “Pedro e os que estavam com ele estavam pesados de sono ”, e que “ficavam acordados” e diziam a glória de Jesus (cf. v. 32). A sonolência dos três discípulos parece ser uma nota discordante. Os mesmos apóstolos adormecem também no Getsêmani, durante a oração angustiada de Jesus, que lhes pediu que vigiassem (cf. Mc 14,37-41). Essa sonolência em momentos tão importantes é surpreendente. No entanto, se lermos com atenção, veremos que Pedro, João e Tiago estão dormindo antes do início da Transfiguração, ou seja, enquanto Jesus está em oração. O mesmo acontecerá no Getsêmani. Esta é evidentemente uma oração que continuou por a lgum tempo, em sil ênci o e concentração. Podemos pensar que no início eles também estavam orando, até que o cansaço prevaleceu. Irmãos, irmãs, esse sono inoportuno talvez se pareça com muitos dos nossos que chegam em momentos que sabemos serem importantes? Talvez à noite, quando gostaríamos de orar, para passar algum tempo com Jesus depois de um dia de correria e estar ocupado. Ou quando é hora de trocar algumas palavras com a família e não temos mais forças. Gostaríamos de estar mais despertos, atentos, participativos, para não perder oportunidades preciosas, mas não podemos, ou administramos de alguma forma, mas mal. O forte tempo da Quaresma é uma oportunidade nesse sentido. É um período em que Deus quer nos despertar de nossa letargia interior, dessa sonolência que não deixa o Espírito se expressar. Porque – tenhamos isso em mente – manter o coração desperto não depende só de nós: é
uma graça e deve ser pedida. Os três discípulos do Evangelho mostram isso: eles eram bons, haviam seguido Jesus até a montanha, mas por suas próprias forças não conseguiam ficar acordados. Isso também acontece conosco. No entanto, eles acordaram precisamente durante a Transfiguração. Podemos pensar que foi a luz de Jesus que os despertou. Como eles, também nós temos necessidade da luz de Deus, que nos faz ver as coisas de outra maneira: atrai-nos, desperta-nos, reacende o desejo e a força de rezar, de olhar para dentro de nós e de dedicar tempo aos outros . Podemos vencer o cansaço do corpo com a força do Espírito de Deus. E quando não conseguimos superar isso, devemos dizer ao Espírito Santo: “Ajuda-nos, vem, vem, Espírito Santo. Ajuda-me: quero encontrar Jesus, quero estar atento, desperto”. Peça ao Espírito Santo que nos tire desse sono que nos impede de orar. Neste tempo quaresmal, depois do trabalho de cada dia, nos fará bem não apagar a luz do quarto sem nos colocarmos na luz de Deus. Para rezar um pouco antes de dormir. Vamos dar ao Senhor a chance de nos surpreender e despertar nossos corações. Podemos fazê-lo, por exemplo, abrindo o Evangelho e deixando-nos maravilhar pela Palavra de Deus, porque a Escritura ilumina os nossos passos e inflama o coração. Ou podemos olhar para Jesus crucificado e admirar o amor sem limites de Deus, que nunca se cansa de nós e tem o poder de transfigurar nossos dias, dar-lhes um novo significado, uma luz nova e inesperada. Que a Virgem nos ajude a manter o coração desperto para acolher este tempo de graça que Deus nos oferece. Foto: Vatican News Texto: Angelus 13/03 - Papa Francisco
o nosso próximo nas suas necessidades corporais ou espirituais. Quantas são? As obras de misericórdia são catorze: sete corporais e sete espirituais, conforme são corporais ou espirituais as necessidades que se socorrem.
7 Obras de misericórdia corporais
As obras de misericórdia são inspiradas na vida de Jesus e nas instruções espirituais que ele deu aos seus discípulos A Igreja Católica frequentemente fala sobre a prática das “obras de misericórdia”. Mas quais são as obras espirituais de misericórdia, afinal? O Catecismo da Igreja Católica explica que “as obras de misericórdia são as ações caridosas pelas quais vamos em ajuda do nosso próximo, nas suas necessidades corporais e espirituais”. (CIC 2447) Em particular, as obras de misericórdia baseiamse na vida de Jesus e nas instruções que deu aos seus discípulos. As bem-aventuranças são um grande exemplo desse tipo de ensinamento. Bem-aventurados os que têm um coração de pobre, porque deles é o Reino dos céus! Bem-aventurados os que choram, porque serão consolados! Bem-aventurados os mansos, porque possuirão a terra! Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão saciados! Bem-aventurados os misericordiosos, porque alcançarão misericórdia! Bem-aventurados os puros de coração, porque verão Deus! Bem-aventurados os pacíficos, porque serão chamados filhos de Deus! Bem-aventurados os que são perseguidos por causa da justiça, porque deles é o Reino dos céus! O Catecismo de São Pio X destaca a importância imprescindível das obras de misericórdia em seu capítulo IV, intitulado, precisamente, “Das obras de misericórdia”: Quais são as boas obras de que se nos pedirá conta particular no dia do Juízo? As boas obras de que se nos pedirá conta particular no dia do Juízo são as obras de misericórdia. Que se entende por obra de misericórdia? Obra de misericórdia é aquela com que se socorre
As obras de misericórdia corporais são: Dar de comer a quem tem fome; Dar de beber a quem tem sede; Vestir os nus; Dar pousada aos peregrinos; Assistir aos enfermos; Visitar os presos; Enterrar os mortos.
7 Obras de misericórdia espirituais As obras de misericórdia espirituais são: Dar bom conselho; Ensinar os ignorantes; Corrigir os que erram; Consolar os aflitos; Perdoar as injúrias; Sofrer com paciência as fraquezas do nosso próximo; Rogar a Deus por vivos e defuntos. A Oitava obra O Papa Francisco propôs a adição de uma oitava obra em sua mensagem para a celebração do Dia Mundial pelo Cuidado da Criação. Como obra de misericórdia espiritual, o cuidado da casa comum requer ‘a grata contemplação do mundo’, que ‘nos permite descobrir qualquer ensinamento que Deus nos quer transmitir através de cada coisa’. Fonte: Aletéia
ESPAÇO DAS CRIANÇAS Deus se manifesta diante de nós Mas os homens preferem ficar sós Diante do esplendor, o sono No despertar, o engano Mas o milagre se faz presente Mesmo que o homem esteja ausente (SCFJ)
PENSE E RESPONDA VOCÊ SABE O QUE É TRANSFIGURAÇÃO? E O QUE OS DISCÍPULOS FAZIAM NESTA HORA? COMO OS DISCÍPULOS AGIRAM AO DESPERTAR? DE QUEM FOI A VOZ QUE SURGIU EM MEIO ÀS NUVENS?
VAMOS PINTAR?
DECIFRE A MENSAGEM A
B C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V W X
Y
Z
A B C D E F G HIJ K L M N O P Q R S T U V W XY Z
EIX O MEU FILHO AMADO
DESCUBRA OS SETE ERROS EM OUTRO MOMENTO, O PAI SE MANIFESTA PELO FILHO. NA TRANSFIGURAÇÃO ELE CONFIRMA. QUAL FOI ESTE MOMENTO? DESCUBRA OS ERROS ENTRE AS DUAS IMAGENS
DESCOBRINDO AGORA TEMOS AS OBRAS DE MISERICÓRDIA CORPORAIS
IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ
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