Boletim semanal - Ano VI - Edição 09 - 4º Domingo do Tempo Comum
A nenhuma delas foi enviado Elias
Senão a uma viúva que vivia em Sarepta, na Sidônia
IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ
Pascom Nossa Senhora da Glória Dirigente espiritual - Diácono Jorge
Agentes - André Pessôa Flávia Mascarenhas Maria das Graças Luciana Gonçalves Colaboradora - Monica Bezerra
Coordenação - Elydia Sérgio Fadul Jr
Capa - imagem: Elias e a viúva de Sarepta - artista: Draw Close
Pároco - Padre Geovane Ferreira da Silva
IGREJA MATRIZ DE NOSSA SENHORA DA GLÓRIA
LARGO DO MACHADO - RIO DE JANEIRO - RJ
1 - Missa em honra a São Pio Dia 02/01, quarta feira, às 20 h.
4 - Calendário de parede do Sagrado Coração de Jesus Ainda encontra-se disponível na lojinha 2 - Missa pelos Enfermos para a venda. Aproveite! Cada dia No dia de Nossa Senhora de Lourdes, temos um pensamento, uma palavra. 11/02, é dia mundial dos enfermos. Às 9 h e às 18 h, teremos Missa pelos enfermos e, 5 - Bazar depois, aos que precisarem, haverá a Neste Sábado, 29/01, o Bazar irá reabrir. Unção dos Enfermos. Compareça! Horário: 10 h às 17 h. 3 - Rifa de um colchão de solteiro 6 - Creche Monsenhor Franca Ajude a nossa Igreja comprando uma Os colaboradores que ainda não rifa, disponível na lojinha ou secretaria. pegaram o seu carnê, ou aqueles que desejarem colaborar, podem procurar a secretaria. Você sabia que a Caridade é um ato tão bom, que também beneficia aquele que a faz? Alguns benefícios que pessoas relatam: Baixa pressão arterial, melhora autoestima, diminui a depressão, diminui também os níveis de estresse, prolonga a vida, trás mais felicidade e satisfação.
Você sabia que a Caridade não se trata somente de doar ou ajudar em uma instituição em específica, mas ser bom e levar esta bondade ao outro, também, no dia a dia. Ajude o seu próximo sempre que possível. Vá em frente e estenda a mão para alguém que precisa, sua saúde física e mental agradecerão, além das pessoas que você irá ajudar.
Você pode até ler as escrituras, mas pode ser que nunca tenha procurado conhecer sobre a verdadeira missão de Jesus, dos Apóstolos e da Igreja. Pode ser que você não entenda que todos foram chamados a evangelizar. Não pensemos que a evangelização e a caridade são restritas somente aos padres, missionários e ministros da Igreja. Você também é chamado! Viva o seu serviço em sua pastoral, sirva o próximo e busque sempre a semelhança com Jesus em tudo. Sejamos santos, como nosso Pai é Santo!
A vida é fruto da decisão de cada momento. Talvez seja por isso, que a ideia de plantio seja tão reveladora sobre a arte de viver. Viver é plantar. É atitude de constante semeadura, de deixar cair na terra de nossa existência as mais diversas formas de sementes. Cada escolha, por menor que seja, é uma forma de semente que lançamos sobre o canteiro que somos. Um dia, tudo o que agora silenciosamente plantamos, ou deixamos plantar em nós, será plantação que poderá ser vista de longe... Para cada dia, o seu empenho. A sabedoria bíblica nos confirma isso, quando nos diz que "debaixo do céu há um tempo para cada coisa!". Hoje, neste tempo que é seu, o futuro está sendo plantado. As escolhas que você procura, os amigos que você cultiva, as leituras que você faz, os valores que você abraça, os amores que você ama, tudo será determinante para a colheita futura. Felicidade talvez seja isso: alegria de recolher da terra que somos, frutos que sejam agradáveis aos olhos! Infelicidade, talvez seja o contrário. O que não podemos perder de vista é que a vida não é real fora do cultivo. Sempre é tempo de lançar sementes... Sempre é tempo de recolher frutos. Tudo ao mesmo tempo. Sementes de ontem, frutos de hoje, sementes de hoje, frutos de amanhã! Por isso, não perca de vista o que você anda escolhendo para deixar cair na sua terra. Cuidado com os semeadores que não lhe amam. Eles têm o poder de estragar o resultado de muitas coisas. Cuidado com os semeadores que você não conhece. Há muita maldade escondida em sorrisos sedutores... Cuidado com aqueles que deixam cair qualquer
coisa sobre você, afinal, você merece muito mais que qualquer coisa. Cuidado com os amores passageiros... eles costumam deixar marcas dolorosas que não passam... Cuidado com os invasores do seu corpo... eles não costumam voltar para ajudar a consertar a desordem... Cuidado com os olhares de quem não sabe lhe amar... eles costumam lhe fazer esquecer que você vale à pena... Cuidado com as palavras mentirosas que esparramam por aí... elas costumam estragar o nosso referencial da verdade... Cuidado com as vozes que insistem em lhe recordar os seus defeitos... elas costumam prejudicar a sua visão sobre si mesmo. Não tenha medo de se olhar no espelho. É nessa cara safada que você tem, que Deus resolveu expressar mais uma vez, o amor que Ele tem pelo mundo. Não desanime de você, ainda que a colheita de hoje não seja muito feliz. Não coloque um ponto final nas suas esperanças. Ainda há muito o que fazer, ainda há muito o que plantar, e o que amar nessa vida. Ao invés de ficar parado no que você fez de errado, olhe para frente, e veja o que ainda pode ser feito... A vida ainda não terminou. E já dizia o poeta "que os sonhos não envelhecem...". Vai em frente. Sorriso no rosto e firmeza nas decisões. Deus resolveu reformar o mundo, e escolheu o seu coração para iniciar a reforma. Isso prova que Ele ainda acredita em você. E se Ele ainda acredita, quem sou eu para duvidar... Padre Fábio de Melo
30 - Santa Jacinta de Mariscotti Santa Martinha 31 - São João Bosco 01 - Santa Verediana 02 - Apresentação do Menino Jesus São Cornélio de Cesaréia 03 - São Brás de Sebaste 04 - São João de Brito 05 - Santa Águeda 06 - São Paulo Miki
A influência da mãe Sua mãe era analfabeta, mas cheia de fé e sabedoria. Era ela a principal fonte de incentivo de Dom Bosco, ela o ajudou a crescer no amor de Deus e na ética cristã. Isto o auxiliou em todos os momentos e fez com que não desistisse, mesmo diante de tantas dificuldades. Dom Bosco, apóstolo desde pequeno Desde menino, João Bosco se sentia chamado a falar de Deus a seus amigos, pois ele enxergava a realidade à sua volta: muitas crianças vindas do campo, na maioria órfãs como ele, em busca de emprego, mas que acabavam na rua passando fome, convivendo com o crime ou explorados por aqueles que buscavam mão-de-obra barata. Quando podia, João Bosco atraía um grupo de meninos e apresentando-lhes uma performance de teatro, de mágica ou de música e, logo depois, dava uma mensagem de fé, de amor, de catequese. Entende-se que tal vocação tenha surgido de Dom Bosco, também chamado de São João um sonho, onde Dom Bosco estava brigando Bosco, foi aclamado pelo Papa João Paulo II com outros meninos e um homem, alguns como o Pai e Mestre da Juventude, nasceu em acreditam ser Jesus Cristo, se aproximou e disse 16 de agosto de 1815 em uma comuna italiana para educar, não com pancadas, mas com chamada Colle dos Becchi, na região de carinho. Piemonte, Itália, perto da cidade de Com sua missão em mente o menino Castelnuovo de Asti. Hoje a cidade se chama manifestou sua vocação sacerdotal. João Castelnuovo Dom Bosco em homenagem a Bosco dizia: Quando crescer quero ser padre ele e contam com apenas 3.036 habitantes. para cuidar dos meninos. Todo menino é bom; Dom Bosco foi padre, educador e criador do se há meninos maus é porque não há quem sistema preventivo em educação. Dedicou cuide deles. toda sua vida a educação e a religião, além Padre Dom Bosco a serviço dos meninos de de se empenhar no desenvolvimento da rua imprensa católica. Em 1835, com 20 anos, entrou para o Morreu no ano de 1888, na cidade de Turim, seminário. Tornou-se padre seis anos depois, Itália, com 72 anos. A beatificação de João em 5 de junho de 1841, quando passou a ser Bosco, aconteceu em 1929, pelo então Papa chamado de Dom Bosco. Logo começou seu Pio XI. trabalho com meninos de rua, evangelizando-os e ensinando a eles uma A infância difícil de Dom Bosco Filho de camponeses pobres e analfabetos, o profissão. pequeno João Bosco ficou órfão de pai aos O trabalho frutificou e em 1846, Dom Bosco dois anos de idade. Por isso, sua infância e pensava em organizar uma associação juventude transcorreram em meio a grandes religiosa, contudo, a disputa pela separação dificuldades, tanto financeiras quanto entre Estado e Igreja na Itália não permitia familiares. Uma grande marca de sua uma ordem em moldes religiosos. A solução personalidade era a persistência na busca dos veio com a ideia de se criar uma organização objetivos. Quando menino, era muito de cidadãos que se dedicavam às atividades determinado nos estudos, mas sem ter meios educativas, tudo em moldes civis que para tanto, chegou a mendigar para serviriam como uma associação de cidadãos continuar estudando. João Bosco trabalhou aos olhos do Estado e como uma associação como sapateiro, ferreiro, carpinteiro, alfaiate de religiosos perante a Igreja. e, quando conseguia um tempo livre, Dom Bosco então conseguiu um terreno no estudava música, uma de suas grandes bairro de Valdocco, em Turim. Mudou-se aptidões. para lá e fundou a obra que mudaria a vida
de muitos meninos, oferecendo a eles moradia, segurança, diversão, catequese e profissionalização. Chamou este local de Oratório São Francisco de Sales. Assim começou a maravilhosa obra dos oratórios festivos de Dom Bosco. A grande obra dos Salesianos Vendo os frutos desse trabalho, muitos colaboradores se juntaram a ele para trabalhar na missão de evangelizar e dar um futuro a adolescentes e jovens desamparados. Em 1855 Dom Bosco deu o nome de Salesianos a seus colaboradores. Os primeiros salesianos fizeram os votos religiosos de castidade, pobreza e obediência. Em 1859 fundou a Congregação Salesiana, com a missão de cuidar dos meninos. O nome Salesiano foi uma homenagem a São Francisco de Sales, o santo da delicadeza no trato com as pessoas. Salesianas para cuidar das meninas Maria Mazzarello, juntamente com sua amiga Petronilla, fundou uma oficina de costura para meninas. O projeto deu certo e logo em 1863 a organização passou a acolher meninas órfãs. Vendo o trabalho de Maria, Dom Bosco fundou em 1972 o Instituto das Filhas de Maria Auxiliadora, que teriam a missão de cuidar das meninas. Maria, mais tarde, foi canonizada e passou a ser chamada de Santa Maria Domingas Mazzarello. Sua obra, em conjunto com o Oratório São Francisco de Sales, socorreu milhares de crianças meninas carentes e proporcionaram formas de educação e aprendizado profissional. A obra de Dom Bosco se espalha pelo mundo A obra de Dom Bosco não se conteve apenas na Itália, em 1875 foram enviados os primeiros Missionários Salesianos para a América do Sul. Em seguida, enviou salesianos ao Brasil para fundar o Colégio Santa Rosa em Niterói, RJ, e o Liceu Coração de Jesus em São Paulo. Ambos com a mesma missão de resgatar e formar adolescentes, nos moldes do Orátorio São Francisco de Sales. A congregação se espalhou pelo mundo e se tornou uma das maiores da Igreja Católica. Dom Bosco vai para o céu Dom Bosco faleceu aos 72 anos, em 31 de janeiro de 1888. Deixou a Congregação Salesiana espalhada por vários países. Logo sua fama de taumaturgo (intercessor de milagres), de educador da juventude, de defensor da Igreja Católica e de apóstolo da Virgem Auxiliadora se espalhou pelo mundo. Com tantos atributos o Papa Pio XI, que era
amigo de Dom Bosco, canonizou-o na Páscoa de 1934 e consagrou sua celebração anual no dia 31 de Janeiro. Legado para a humanidade Hoje, no Século 21, a herança de Dom Bosco continua atual. Seu amor pelos jovens e sua sabedoria pedagógica ainda não foram superados. Dom Bosco é o grande santo Mestre e Pai da Juventude. Sua obra salvou milhares de jovens e seu pedido de que Os jovens sejam amados, mas que eles próprios saibam que são amados, ainda é levado por todo o mundo. A medalha de Dom Bosco Por tudo isso, usar uma medalha de Dom Bosco significa mostrar um grande ideal: o do amor à juventude, e de esperança por mundo melhor. Veja como o pensamento dele ainda condiz com a realidade do mundo atual: Basta que sejam jovens para que eu os ame. Prometi a Deus que até meu último suspiro seria para os jovens. O que somos é presente de Deus; no que nos transformamos é o nosso presente a Ele. Ganhem o coração dos jovens por meio do amor. A música dos jovens se escuta com o coração, não com os ouvidos. Oração a São João Bosco Oh! Pai e mestre da juventude, São João Bosco, que tanto trabalhastes pela salvação das almas, sede nossa guia em buscar o bem da nossa e a salvação do próximo, ajudai-nos a vencer as paixões e o respeito humano, ensinai-nos a amar a Jesus Sacramentado, a Maria Santíssima Auxiliadora e ao Papa, e obtende-nos de Deus uma santa morte, para que possamos um dia achar-nos juntos no Céu. Assim seja.
(Imagem): São João Bosco, ao lado de São Domingos Sávio e das crianças de rua (artista desconhecido)
Estimados irmãos e irmãs, bom dia! No Evangelho da Liturgia de hoje vemos Jesus que inaugura a sua pregação (cf. Lc 4, 14-21): é a primeira pregação de Jesus. Ele vai a Nazaré, onde cresceu, e participa na oração na sinagoga. Levanta-se para ler e, no rolo do profeta Isaías, encontra a passagem relativa ao Messias, que proclama uma mensagem de consolação e libertação para os pobres e oprimidos (cf. Is 61, 12). No final da leitura, «os olhos de todos estavam fixos n'Ele» (v. 20). E Jesus começa assim: «Hoje cumpriu-se esta escritura» (v. 21). Reflitamos sobre este hoje. É a primeira palavra da pregação de Jesus citada no Evangelho de Lucas. Pronunciada pelo Senhor, indica um “hoje” que atravessa todas as épocas e permanece sempre válido. A Palavra de Deus é sempre “hoje”. Começa um “hoje”: quando lês a Palavra de Deus, na tua alma tem início um “hoje”, se a compreenderes bem. Hoje. A profecia de Isaías remontava a séculos, mas Jesus, «pelo poder do Espírito» (v. 14), torna-a atual e, sobretudo, levaa a cumprimento, indicando o modo de receber a Palavra de Deus: hoje. Não como uma história antiga, não: hoje. Fala hoje ao teu coração. Os concidadãos de Jesus impressionaram-se com a sua palavra. Não obstante enevoados pelos preconceitos, não acreditem nele, percebem que o seu ensinamento é diferente daquele dos outros mestres (cf. v. 22): intuem que em Jesus há algo mais. O quê? Há a unção do Espírito Santo. Às vezes acontece que os nossos sermões e os nossos ensinamentos permanecem genéricos, abstratos, não comovem a alma nem a vida do povo. E porquê? Porque lhes falta a força deste hoje, aquilo que Jesus “enche de significado” com o poder do Espírito é o hoje. Hoje fala-te. Sim, às vezes ouvimos palestras impecáveis, discursos bem construídos, mas não comovem o coração e por isso tudo permanece como antes. Também muitas homilias – digo isto com respeito, mas com tristeza – são abstratas, e em vez de despertar a alma, fazem-na dormir. Quando os fiéis começam a olhar para o relógio – “quando acabará isto?” – adormecem a alma. A pregação corre este risco: sem a unção do Espírito empobrece a Palavra de Deus, cai no moralismo ou em conceitos abstratos; apresenta o Evangelho com distância, como se estivesse fora do tempo, longe da realidade. E este não é o caminho. Mas uma palavra na qual a força do hoje não pulsa, não é digna de Jesus e não ajuda a vida das pessoas. É por isso que aqueles que pregam, por favor, são os primeiros a ter que experimentar o hoje de Jesus, para o poder comunicar no hoje dos outros. E se quiser dar palestras, conferências, que o faça, mas noutro lugar, não no momento da homilia, onde deve transmitir a Palavra de maneira a comover os corações. Prezados irmãos e irmãs, neste Domingo da Palavra de Deus, gostaria de agradecer aos
pregadores e anunciadores do Evangelho que permanecem fiéis à Palavra que comove o coração, que permanecem fiéis ao “hoje”. Oremos por eles, para que vivam o hoje de Jesus, o suave poder do seu Espírito, que vivifica as Escrituras. Com efeito, a Palavra de Deus é viva e eficaz (cf. Hb 4, 12), muda-nos, entra nas nossas vicissitudes, ilumina a nossa vida quotidiana, consola e traz ordem. Lembremo-nos: a Palavra de Deus transforma um dia comum no hoje em que Deus nos fala. Portanto, peguemos no Evangelho, cada dia uma pequena passagem para ler e reler. Levai o Evangelho no bolso ou na bolsa, para o ler em viagem, a qualquer momento, lendo-o calmamente. Com o tempo descobriremos que estas palavras são para nós, para a nossa vida. Ajudar-nos-ão a aceitar cada dia com uma perspetiva melhor e mais serena, porque quando o Evangelho entra no hoje, enche-o de Deus. Gostaria de vos fazer uma proposta. Nos domingos deste ano litúrgico é proclamado o Evangelho de Lucas, o Evangelho da misericórdia. Por que não o ler também pessoalmente, na íntegra, um pequeno trecho por dia? Um pequeno trecho. Familiarizemo-nos com o Evangelho, trar-nos-á a novidade e a alegria de Deus! A Palavra de Deus é também o farol que guia o percurso sinodal, que teve início em toda a Igreja. Enquanto nos esforçamos por nos escutar uns aos outros, com atenção e discernimento – porque não é fazer uma pesquisa de opinião, não, mas discernir a Palavra – escutemos juntos a Palavra de Deus e o Espírito Santo. E que Nossa Senhora obtenha para nós a constância de nos nutrir com o Evangelho todos os dias. Foto: Vatican News - reprodução a partir do vídeo Texto: Vaticano - Angelus 23/01 - Papa Francisco
Foto de Jovens Conectados
Queridos irmãos e irmãs! No ano passado, refletimos sobre a necessidade de «ir e ver» para descobrir a realidade e poder narrá-la a partir da experiência dos acontecimentos e do encontro com as pessoas. Continuando nesta linha, quero agora fixar a atenção noutro verbo, «escutar», que é decisivo na gramática da comunicação e condição para um autêntico diálogo. Com efeito, estamos a perder a capacidade de ouvir a pessoa que temos à nossa frente, tanto na teia normal das relações quotidianas como nos debates sobre os assuntos mais importantes da convivência civil. Ao mesmo tempo, a escuta está a experimentar um novo e importante desenvolvimento em campo comunicativo e informativo, através das várias ofertas de podcast e chat audio, confirmando que a escuta continua essencial para a comunicação humana. A um médico ilustre, habituado a cuidar das feridas da alma, foi-lhe perguntada qual era a maior necessidade dos seres humanos. Respondeu: «O desejo ilimitado de ser ouvidos». Apesar de frequentemente oculto, é um desejo que interpela toda a pessoa chamada a ser educadora, formadora, ou que desempenhe de algum modo o papel de comunicador: os pais e os professores, os pastores e os agentes pastorais, os operadores da informação e quantos prestam um serviço social ou político. Escutar com o ouvido do coração A partir das páginas bíblicas aprendemos que a escuta não significa apenas uma perceção acústica, mas está essencialmente ligada à relação dialogal entre Deus e a humanidade. O «shema’ Israel – escuta, Israel» (Dt 6, 4) – as palavras iniciais do primeiro mandamento do Decálogo – é continuamente lembrado na Bíblia, a ponto de São Paulo afirmar que «a fé vem da escuta» (Rm 10, 17). De fato, a iniciativa é de Deus, que nos fala, e a ela correspondemos escutando-O; e mesmo este escutar fundamentalmente provém da sua
graça, como acontece com o recém-nascido que responde ao olhar e à voz da mãe e do pai. Entre os cinco sentidos, parece que Deus privilegie precisamente o ouvido, talvez por ser menos invasivo, mais discreto do que a vista, deixando consequentemente mais livre o ser humano. A escuta corresponde ao estilo humilde de Deus. Ela permite a Deus revelar-Se como Aquele que, falando, cria o homem à sua imagem e, ouvindo-o, reconhece-o como seu interlocutor. Deus ama o homem: por isso lhe dirige a Palavra, por isso «inclina o ouvido» para o escutar. O homem, ao contrário, tende a fugir da relação, a virar as costas e «fechar os ouvidos» para não ter de escutar. Esta recusa de ouvir acaba muitas vezes por se transformar em agressividade sobre o outro, como aconteceu com os ouvintes do diácono Estêvão que, tapando os ouvidos, atiraram-se todos juntos contra ele (cf. At 7, 57). Assim temos, por um lado, Deus que sempre Se revela comunicando-Se livremente, e, por outro, o homem, a quem é pedido para sintonizar-se, colocar-se à escuta. O Senhor chama explicitamente o homem a uma aliança de amor, para que possa tornar-se plenamente aquilo que é: imagem e semelhança de Deus na sua capacidade de ouvir, acolher, dar espaço ao outro. No fundo, a escuta é uma dimensão do amor. Por isso Jesus convida os seus discípulos a verificar a qualidade da sua escuta. «Vede, pois, como ouvis» (Lc 8, 18): faz-lhes esta exortação depois de ter contado a parábola do semeador, sugerindo assim que não basta ouvir, é preciso fazê-lo bem. Só quem acolhe a Palavra com o coração «bom e virtuoso» e A guarda fielmente é que produz frutos de vida e salvação (cf. Lc 8, 15). Só prestando atenção a quem ouvimos, àquilo que ouvimos e ao modo como ouvimos é que podemos crescer na arte de comunicar, cujo cerne não é uma teoria nem uma técnica, mas a «capacidade do coração que torna possível a proximidade» (Francisco, Exort. ap. Evangelii gaudium, 171). Ouvidos, temo-los todos; mas muitas vezes mesmo quem possui um ouvido perfeito, não consegue escutar o outro. Pois existe uma surdez interior, pior do que a física. De fato, a escuta não tem a ver apenas com o sentido do ouvido, mas com a pessoa toda. A verdadeira sede da escuta é o coração. O rei Salomão, apesar de ainda muito jovem, demonstrou-se sábio ao pedir ao Senhor que lhe concedesse «um coração que escuta» (1 Rs 3, 9). E Santo
Agostinho convidava a escutar com o coração (corde audire), a acolher as palavras, não exteriormente nos ouvidos, mas espiritualmente nos corações: «Não tenhais o coração nos ouvidos, mas os ouvidos no coração» [1]. E São Francisco de Assis exortava os seus irmãos a «inclinar o ouvido do coração» [2]. Por isso, a primeira escuta a reaver quando se procura uma comunicação verdadeira é a escuta de si mesmo, das próprias exigências mais autênticas, inscritas no íntimo de cada pessoa. E não se pode recomeçar senão escutando aquilo que nos torna únicos na criação: o desejo de estar em relação com os outros e com o Outro. Não fomos feitos para viver como átomos, mas juntos. Foto de Vatican News
A escuta como condição da boa comunicação Há um uso do ouvido que não é verdadeira escuta, mas o contrário: o espionar. De fato, uma tentação sempre presente, mas que neste tempo da social web parece mais assanhada, é a de procurar saber e espiar, instrumentalizando os outros para os nossos interesses. Ao contrário, aquilo que torna boa e plenamente humana a comunicação é precisamente a escuta de quem está à nossa frente, face a face, a escuta do outro abeirando-nos dele com abertura leal, confiante e honesta. Esta falta de escuta, que tantas vezes experimentamos na vida quotidiana, é real também, infelizmente, na vida pública, onde com frequência, em vez de escutar, «se fala pelos cotovelos». Isto é sintoma de que se procura mais o consenso do que a verdade e o bem; presta-se mais atenção à audience do que à escuta. Ao invés, a boa comunicação não procura prender a atenção do público com a piada foleira visando ridicularizar o interlocutor, mas presta atenção às razões do outro e procura fazer compreender a complexidade da realidade. É triste quando surgem, mesmo na Igreja, partidos ideológicos, desaparecendo a escuta para dar
lugar a estéreis contraposições. Na realidade, em muitos diálogos, efetivamente não comunicamos; estamos simplesmente à espera que o outro acabe de falar para impor o nosso ponto de vista. Nestas situações, como observa o filósofo Abraham Kaplan [3], o diálogo não passa de duólogo, ou seja um monólogo a duas vozes. Ao contrário, na verdadeira comunicação, o eu e o tu encontram-se ambos «em saída», tendendo um para o outro. Portanto, a escuta é o primeiro e indispensável ingrediente do diálogo e da boa comunicação. Não se comunica se primeiro não se escutou, nem se faz bom jornalismo sem a capacidade de escutar. Para fornecer uma informação sólida, equilibrada e completa, é necessário ter escutado prolongadamente. Para narrar um acontecimento ou descrever uma realidade numa reportagem, é essencial ter sabido escutar, prontos mesmo a mudar de ideia, a modificar as próprias hipóteses iniciais. Com efeito, só se sairmos do monólogo é que se pode chegar àquela concordância de vozes que é garantia duma verdadeira comunicação. Ouvir várias fontes, «não parar na primeira locanda» – como ensinam os especialistas do oficio – garante credibilidade e seriedade à informação que transmitimos. Escutar várias vozes, ouvir-se – inclusive na Igreja – entre irmãos e irmãs, permite-nos exercitar a arte do discernimento, que se apresenta sempre como a capacidade de se orientar numa sinfonia de vozes. Entretanto para quê enfrentar este esforço da escuta? Um grande diplomata da Santa Sé, o cardeal Agostinho Casaroli, falava de «martírio da paciência», necessário para escutar e fazer-se escutar nas negociações com os interlocutores mais difíceis a fim de se obter o maior bem possível em condições de liberdade limitada. Mas, mesmo em situações menos difíceis, a escuta requer sempre a virtude da paciência, juntamente com a capacidade de se deixar surpreender pela verdade – mesmo que fosse apenas um fragmento de verdade – na pessoa que estamos a escutar. Só o espanto permite o conhecimento. Penso na curiosidade infinita da criança que olha para o mundo em redor com os olhos arregalados. Escutar com este estado de espírito – o espanto da criança na consciência dum adulto – é sempre um enriquecimento, pois haverá sempre qualquer coisa, por mínima que seja, que poderei aprender do outro e fazer frutificar na minha vida.
Foto de Canção Nova
A capacidade de escutar a sociedade é ainda mais preciosa neste tempo ferido pela longa pandemia. A grande desconfiança que anteriormente se foi acumulando relativamente à «informação oficial», causou também uma espécie de «info-demia» dentro da qual é cada vez mais difícil tornar credível e transparente o mundo da informação. É preciso inclinar o ouvido e escutar em profundidade, sobretudo o malestar social agravado pelo abrandamento ou cessação de muitas atividades econômicas. A própria realidade das migrações forçadas é uma problemática complexa, e ninguém tem pronta a receita para a resolver. Repito que, para superar os preconceitos acerca dos migrantes e amolecer a dureza dos nossos corações, seria preciso tentar ouvir as suas histórias. Dar um nome e uma história a cada um deles. Há muitos bons jornalistas que já o fazem; e muitos outros gostariam de o fazer, se pudessem. Encorajemo-los! Escutemos estas histórias! Depois cada qual será livre para sustentar as políticas de migração que considerar mais apropriadas para o próprio país. Mas então teremos diante dos olhos, não números nem invasores perigosos, mas rostos e histórias de pessoas concretas, olhares, expetativas, sofrimentos de homens e mulheres para ouvir. Escutar-se na Igreja Também na Igreja há grande necessidade de escutar e de nos escutarmos. É o dom mais precioso e profícuo que podemos oferecer uns aos outros. Nós, cristãos, esquecemo-nos de que o serviço da escuta nos foi confiado por Aquele que é o ouvinte por excelência e em cuja obra somos chamados a participar. «Devemos escutar através do ouvido de Deus, se queremos poder falar através da sua Palavra» [4]. Assim nos lembra o teólogo protestante Dietrich Bonhöffer que o primeiro serviço na comunhão que devemos aos outros é prestar-lhes ouvidos. Quem não sabe escutar o irmão, bem depressa deixará de ser
capaz de escutar o próprio Deus [5]. Na ação pastoral, a obra mais importante é o «apostolado do ouvido». Devemos escutar, antes de falar, como exorta o apóstolo Tiago: «cada um seja pronto para ouvir, lento para falar» (Tg 1, 19). Oferecer gratuitamente um pouco do próprio tempo para escutar as pessoas é o primeiro gesto de caridade. Recentemente deu-se início a um processo sinodal. Rezemos para que seja uma grande ocasião de escuta recíproca. Com efeito, a comunhão não é o resultado de estratégias e programas, mas edifica-se na escuta mútua entre irmãos e irmãs. Como num coro, a unidade requer, não a uniformidade, a monotonia, mas a pluralidade e variedade das vozes, a polifonia. Ao mesmo tempo, cada voz do coro canta escutando as outras vozes na sua relação com a harmonia do conjunto. Esta harmonia é concebida pelo compositor, mas a sua realização depende da sinfonia de todas e cada uma das vozes. Cientes de participar numa comunhão que nos precede e inclui, possamos descobrir uma Igreja sinfónica, na qual cada um é capaz de cantar com a própria voz, acolhendo como dom as dos outros, para manifestar a harmonia do conjunto que o Espírito Santo compõe.
Mensagem do Papa Francisco para o LVI Dia Mundial das Comunicações Sociais Roma, São João de Latrão, na Memória de São Francisco de Sales, 24 de janeiro de 2022.
[1] «Nolite habere cor in auribus, sed aures in corde» ( Sermo 380, 1: Nova Biblioteca Agostiniana 34, 568). [2] Carta à Ordem inteira: Fontes Franciscanas, 216. [3] Cf. «The life of dialogue» , in J. D. Roslansky (ed.), Communication. A discussion at the Nobel Conference (NorthHolland Publishing Company – Amesterdã 1969), 89-108. [4] D. Bonhöfffer, La vita comune (Queriniana – Bréscia 2017), 76. [5] Cf. ibid., 75.
ESCUTAI!
Naquela noite de sábado, quando, mais uma vez, fui convidada para participar do grupo de oração, diferente das outras vezes, eu disse “sim” e fui, mesmo sem estar interessada em participar de uma experiência de fé e sem acreditar que algo interessante pudesse acontecer naquele lugar. Era uma capelinha bem simples e antiga, que fica ao lado do cemitério da pequena cidade onde eu nasci. Mas Deus, que costuma ir sempre além de nossas expectativas, concedeu-me a graça de viver uma das experiências mais importantes de minha vida, justamente naquela noite e naquele lugar. Ajudada pelos cânticos, testemunhos e pregação da Palavra, descobri que Jesus, Aquele que ouvi dizer que havia morrido há muito tempo, na verdade estava vivo e podia interagir comigo. Senti Sua presença e Seu amor tocar-me profundamente. Saí transformada daquele lugar. Não sabia explicar com palavras o que aconteceu, mas tinha certeza de que aquela alegria, leveza e toda experiência que eu acabava de viver não poderia ficar só comigo; eu precisava proporcioná-la a outras pessoas. Recordo-me que, desde criança, eu pensava em fazer algo bom, capaz de tornar o mundo melhor, e falei sobre isso com Jesus já naquele primeiro encontro. Mais tarde, vim a perceber que o desejo de fazer o bem ao próximo já era um dos sinais da minha vocação. O certo é que, depois daquela noite, eu queria que minha família, meus amigos e todas as pessoas do mundo soubessem, o quanto antes, que Jesus estava vivo e continuava realizando o impossível em nossos dias. A presença de Deus transbordava em meu ser e, quanto mais eu ia tomando consciência do Seu amor, mais me sentia chamada a fazer alguma coisa concreta para correspondê-Lo. Diz a Palavra que “o amor de Deus é tão forte que nos constrange”, e eu estava experimentando exatamente isso. Já parou para pensar que, antes mesmo da sua existência, Alguém já o amava tão profundamente que deu a vida por você? “Antes que te formasse no ventre de tua mãe Eu te conheci e antes que de lá saíste Eu te santifiquei…” (Jr 1, 5). Tomar conhecimento disso gera uma enorme gratidão e, no mínimo, desperta-nos a sermos melhores neste mundo. Recordo-me de um filme que assisti há vários anos e que marcou minha vida nesse sentido: “A corrente do bem”. A ideia principal do longametragem é a de proporcionar aos outros o bem que recebemos; assim, os atos de bondade vão se multiplicando rapidamente entre as pessoas. Tudo começa com um menino, cuja tarefa escolar dizia que para o mundo ser melhor era preciso começar por ele. Portanto, deveria fazer três coisas boas naquele dia. Então, o garoto inicia, sem grandes pretensões, a corrente do bem com três metas: ajudar uma velhinha a atravessar a rua, comprar um lanche para um
faminto e sorrir para alguém triste. As pessoas que receberam estes gestos ficaram surpresas e quiseram retribuir, mas o menino logo ensinava a lição: faça o bem a outra pessoa. E assim os atos de bondade iam ganhando forças e se multiplicando pelo mundo afora, mudando a vida de muita gente. O filme continua, mas eu volto a falar da realidade. O fato é que, quando eu menos esperava, descobri que Deus me amou primeiro e estava, agora, me chamando a ser mais um elo na corrente do bem que Ele iniciara com Sua Paixão, Morte e Ressurreição: “Não foste vos que me escolhestes, mas eu que vos escolhi…” (Jo 15,16). Sentia- me fortemente chamada! Era preciso descobrir por onde começar a caminhar. Foi aí que tive a graça de conhecer a Comunidade Canção Nova e dar início à descoberta vocacional que me levou a pertencer a esse carisma. Para minha alegria, encontrei muitas pessoas que também haviam sido chamadas – embora em lugares e situações diferentes – para o mesmo fim: corresponder ao amor de Deus, promovendo o bem na vida das pessoas que o Senhor nos envia a cada dia, seja pelos meios de comunicação, seja nos encontros que realizamos e em tudo que fazemos, mesmo as atividades mais simples do dia a dia. Certamente, a gratidão é o que nos move, pois não existe momento no relacionamento com Deus em que o amor que eu recebo seja o amor que eu mereço. E quanto mais experimento isso, mais tenho a certeza de que a corrente do bem que Ele começou – enviando Seu Filho ao mundo para pagar o preço dos nossos pecados – não pode parar em mim nem em você. Já percebeu que o bem que você recebe pode ser multiplicado e atingir muitas outras pessoas, principalmente as que estão ao seu lado? Tenha a coragem de ser “elo” no dia de hoje. Escolha fazer o bem sem esperar recompensas. Na verdade, o mundo torna-se melhor quando eu e você nos tornamos melhores. Optar pela bondade é seguir o exemplo de doação do próprio Deus, tornando-nos canais para levar Seu amor a tantos corações sedentos por este mundo afora. Dizer “sim” ao seu chamado é corresponder à vocação para a qual Jesus nos criou. Talvez sua vocação aconteça aí mesmo onde você está ou pode ser que Deus o chame a deixar tudo e partir. O mais importante, no entanto, é discernir seu chamado e ter a coragem de dizer “sim” sem medo. É Ele mesmo quem garante Sua proximidade e assistência àqueles que aceitam o desafio de seguir Seus passos: “Permanecei em Mim que eu permaneço em vós” (Jo 15,4). Portanto, coragem! Digamos “sim” com alegria e gratidão ao chamado de Deus nesse dia, considerando que Ele nos amou primeiro. Estou unida e rezo por você! Dijanira Silva - Canção Nova
Certa vez, um rapaz estava cheio de problemas e, para completar, perdeu o emprego. Estava meio perdido. Ficou sabendo de um sábio e o procurou. Ao encontrá-lo, cerrou os punhos e disse-lhe em alta voz: - Implorei a Deus para que dissesse algo, mas ele não me respondeu! Por que isso? O velho levou-o calmamente até a sombra de uma árvore próxima. Os dois sentaram-se e o sábio falou ao rapaz. Mas falou com voz tão baixa que o moço teve de se aproximar para ouvi-lo. - Não entendi, disse ele. O senhor podia repetir? O sábio disse as mesmas palavras, mas em um tom ainda mais baixo, como um cochicho. Então o rapaz chegou ainda mais perto e se inclinou, quase encostando o ouvido na boca do velho. E pediu que ele repetisse mais uma vez. O sábio disse: - Deus nos fala sempre. Mas, para entendê-lo, precisamos estar pertinho dele, e ter silêncio interior.
Todos nós queremos ouvir a voz de Deus, como resposta aos nossos problemas e anseios. Ele nos fala. Mas a sua voz nos vem baixinho e só a ouvimos se estivermos em silêncio e bem pertinho dele. “O Senhor disse ao profeta Elias: ‘Sobe o monte (Horeb) e permanece ali, diante de mim’. Elias obedeceu. Primeiro veio um vento impetuoso e forte, que desfazia as montanhas e quebrava os rochedos. Mas o Senhor não estava no vento. Depois do vento, houve um terremoto. Mas o Senhor não estava no terremoto. Passado o terremoto, veio um fogo, mas o Senhor não estava no fogo. Depois do fogo, ouviu-se o murmúrio de uma leve brisa. Nesta hora, Deus falou a Elias: ‘Que fazes aqui, Elias?’ Ele respondeu: ‘Estou ardendo de zelo pelo Senhor, Deus dos exércitos, porque os israelitas abandonaram tua aliança...” (1 Rs 19, 11-14).
A Pastoral de Comunicação da nossa paróquia, tem buscado diversas formas de alcançar as necessidades e curiosidades dos fiéis. E uma das formas é trazer ao conhecimento várias orações que são cotidianas, mas, por falta de prática e costume, esquecemos com o tempo. Se vocês, por acaso, acessarem o nosso site (www.nsdagloria.com.br), verão que lá temos 70 tipos de terços para rezarmos. Além do terço mariano, temos o da Misericórdia, Libertação, de São José, da Chama do Amor, etc. Mas, também, em outra página do nosso site, trazemos as orações tradicionais, dentro da possibilidade, inclusive, em latim. Além disso, também dispomos de uma biblioteca virtual razoável, com livros de diversos temas dentro da religião. Temos até grandes livros como Legenda Aurea, e a mais nova versão, composto por só mulheres santas. Tem grandes tomos com instruções teológicas e muito mais. Se você tem uma ideia e quer contribuir com a Pastoral, envie para este email, que nós responderemos: pascomnsdagloria1@gmail.com. Para esta matéria estamos trazendo uma oração antiga e muito linda: o VENI CREATOR, ou, em português, Vinde Espírito Criador.
Vinde Espírito Criador, a nossa alma visitai e enchei os corações com vossos dons celestiais.
Padre Antonio Queiroz, C. Ss. R. - A12
Vós sois chamado o Intercessor de Deus excelso dom sem par, a fonte viva, o fogo, o amor, a unção divina e salutar. Sois o doador dos sete dons e sois poder na mão do Pai, por Ele prometido a nós, por nós seus feitos proclamai. A nossa mente iluminai, os corações enchei de amor, nossa fraqueza encorajai, qual força eterna e protetor. Nosso inimigo repeli, e concedei-nos a vossa paz, se pela graça nos guiais, o mal deixamos para trás. Ao Pai e ao Filho Salvador, por vós possamos conhecer que procedeis do Seu amor, fazei-nos sempre firmes crer. Glória ao Pai, Senhor, Ao Filho que ressuscitou Assim como ao Consolador. Por todos os séculos. Amém! Texto: Sérgio Fadul
A caridade é uma das formas de mudar o mundo a partir de nós mesmos. Sabe quando pensamos em como seria bom viver em uma sociedade sem conflitos, guerras, indiferenças ou desigualdades? Essa reforma pode começar dentro de nós. No texto de hoje, queremos te inspirar a refletir sobre o real significado da caridade. Também vamos mostrar 20 gestos práticos e simples para praticar no dia a dia. Vamos lá? Para começar, te convidamos às reflexões: O que é caridade? A caridade é uma forma de expressão fraternal e espiritual. A base dela é a compaixão com nossos irmãos. Somos contagiados a viver uma vida de troca e amor com o próximo. O objetivo da caridade é fazer o bem para o próximo? Não apenas. A caridade é uma troca. Mais do que tornar o mundo um lugar, somos contagiados pelo bem. Ou seja, também evoluímos como pessoas quando a caridade está nas raízes da nossa história. A nossa vida passa a ser mais iluminada e plena quando praticamos a caridade. Caridade é doação? A caridade pode ser entendida sim como uma doação, mas não necessariamente material. Mais do que uma ação pontual, ela representa um modo de viver a vida, no qual a nossa inspiração é Jesus Cristo. Uma ação em específico não nos torna uma pessoa caridosa, mas a maneira como agimos sim. Por exemplo, podemos não estar em condições financeiras de realizar uma doação material, mas a nossa atenção, a nossa escuta, o nosso respeito, o nosso cuidado e a maneira como enxergamos nossos irmãos nos tornam pessoas caridosas. Portanto, podemos entender a caridade com uma base em nossas vidas. Ela é uma virtude que molda quem somos. Exemplo que demonstram o real significado da caridade Podemos citar vários exemplos inspirados, como: Santa Teresinha: padroeira das vocações, Santa Teresinha nos deixou o exemplo da simplicidade e do amor. Para ela, cada pequeno momento do dia era uma oportunidade para exercer a própria vocação; Madre Teresa de Calcutá: dedicou mais de 40 anos a servir a Deus por meio da ajuda aos mais necessitados. Sua missão era cuidar dos “mais pobres dos pobres”; Marcelino Champagnat: suas obras de caridade foram voltadas especialmente para jovens e crianças, contribuindo com a evangelização e educação.
Tipos de caridade para praticar no dia a dia Ÿ Ligar para alguém que passa por um momento difícil; Ÿ Ensinar algo que você gosta, como cozinhar por exemplo; Ÿ Cantar ou tocar para crianças e idosos; Ÿ Ajudar na arrecadação, produção e distribuição de alimento aos mais necessitados; Ÿ Ajudar no ensino de matérias básicas para crianças e adolescentes; Ÿ Fazer compras para alguém que não pode sair de casa; Ÿ Ajudar na evangelização de crianças e jovens; Ÿ Escrever cartas para pessoas em dificuldade; Ÿ Criar e distribuir currículos; Ÿ Compartilhar conhecimentos da própria profissão com quem está procurando um emprego; Ÿ Contribuir com projetos de assistência a pessoas mais necessitadas, como ribeirinhos e povos marginalizados; Ÿ Respeitar e defender todas as formas de diferenças; Ÿ Ser gentil no dia a dia, como em um bom dia, uma palavra amiga ou um sorriso; Ÿ Ouvir atentamente quem está próximo; Ÿ Combater atitudes ruins, como preconceitos, disseminação de informações falsas e outros; Ÿ Interceder junto a Deus por nossos irmãos e rezar para eles; Ÿ Elogiar características que você admira de pessoas ao redor; Ÿ Dar um abraço caloroso e sincero; Ÿ Encorajar as pessoas, dando suporte para que elas também alcancem seus objetivos; Ÿ Agradecer cada pequeno gesto que também fazem por você. Provincial Marista Imagem: Mundo Mensagens
Ÿ
ESPAÇO DAS CRIANÇAS Jesus, o Cristo, filho de José, Não foi aceito pelo povo seu Também Elias, o profeta da fé Sofreu muito nas coisas que viveu Mas à viúva e a Naamã, por Yaveh Um grande sinal ele nos deu (SCFJ)
PENSE E RESPONDA QUEM ERA A VIÚVA DE SAREPTA? O QUE ELIAS PEDE PARA ELA? QUEM ERA NAAMÃ? O QUE ACONTECEU COM ELE? POR QUE O POVO DE NAZARÉ REJEITOU JESUS? O QUE ELES PENSARAM EM FAZER COM JESUS?
VAMOS PINTAR?
DECIFRE A MENSAGEM A
B C
D
E
F
G
H
I
J
K
L
M
N
O
P
Q
R
S
T
U
V W X
Y
Z
A B C D E F G HIJ K L M N O P Q R S T U V W XY Z
NOSSO SUSTENTO VEM DE DEUS
DESCUBRA O CAMINHO PARA ELIAS
RACIOCINANDO VAMOS LIGAR ATÉ A MESA, AS COISAS QUE A VIÚVA USOU PARA FAZER O PÃO?