expediente
Comodoro
José Guilherme Bastiani Vice-Comodoro Administrativo
Roberto Araújo dos Santos Vice-Comodoro Esportivo
Miguel Virgilio Petkovicz Vice-Comodoro de Patrimônio
Julio Luiz Tonidandel Neto
Lara Hausen Mizoguchi jornalismo@x3.esp.br
Marcelo Inho
Jornalista Responsável
Revisão
Flávio Dotti Cesa www.pos-texto.com.br Projeto Gráfico
Lumi Kimura Hinohara Diagramação e Finalização
E-door Editora Paula Miranda de Castro design@rm.art.br Supervisão de Produção
Alexandre Barbosa alexandre@x3.esp.br Contato Comercial
Guilherme Magrinelli – (51) 30611156 guilherme@x3.esp.br Colaboração de fotos
Luis Reis, Iate Clube Guaíba (arquivo pessoal) e X3 Iate Clube Guaíba
(51) 32680397 – i.c.g.@terra.com.br Direção-Geral
X3 Marketing Esportivo (51) 30611156 – x3@x3.esp.br 4 iate clube
Pontos de distribuição:
Restaurante Sashiburi , Chairs Resto & Lounge, Iate Clube Guaíba, Clube Sava, Clube Jangadeiros, Clube Veleiros do Sul, CVC Turismo Barra Shopping, AppleBees Barra Shopping, Fnac Barra Shopping, Loja Trópico Barra Shopping, Loja Billabong, Iaia Bistrô, Riversides, Homem Company , Bistrô Granville, Loja Sul Náutica, Dog Cat Pet Shop, Sport Box, Loja WIN, Confeitaria Itália, Estética Le’s Hair, Top Auto Center, Mega Models, Confeitaria Armelin, Pizza Hut, Ipanema Sports, Travessia Crepe Café, Tokai, Ice & Coffe Pub, San Marino, Via Appia, Videolocadora Miragem, Marina da Conga, Clube Sogipa, Grêmio Náutico União.
editorial
80 anos em 2010!
Foto: Arquivo Pessoal
2010 começou e a esperança de todos nós, mais uma vez, é de que seja um ano de prosperidade e de muita evolução do nosso país. Que tenhamos saúde e felicidade! Neste ano, teremos o tão aguardado aniversário de 80 anos do nosso querido ICG! A X3, empresa que represento na parceria de Marketing Esportivo com o Iate Clube Guaíba, está trabalhando muito com a comodoria do mesmo para termos um evento de 80 anos histórico e cheio de novidades, satisfazendo nossos sócios e também todos os amantes do setor náutico e da Zona Sul de Porto Alegre. Nesta edição temos uma supercobertura do Mundial de Soling, as novidades do ICG para 2010, cobertura do lounge RM em Atlântida (revista coirmã) e muitas informações bacanas que mostram a evidente evolução da Iate Clube Mag. Nesta edição, ao abrir as páginas, vocês vão se deparar com duas das novas ações da revista que vão dar o que falar em breve: o Sorria para o Guaíba e a Expedição Xtreme Project no Lago Guaíba e na Lagoa dos Patos. Aguardem só o barulho que elas vão fazer! Tem ainda as novidades da Zona Sul e a Copa, em que iremos acompanhar todos os passos em um caderno especial. E na próxima edição a publicação irá fazer um ano! Bom, vamos lá porque é hora de pegarmos o barco, a lancha, a pipa. Enfim, vamos pra água! Alexandre Barbosa Diretor da X3 Marketing Esportivo
Nesta capa: Mundial de Soling em Porto Alegre por Marcelo Inho
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O DESTINO
TRAÇANDO O RUMO O primeiro passo para o início de uma navegada é saber aonde se quer chegar. Para quem não sabe aonde quer ir, qualquer lugar serve. A partir daí, planejamento e uma pitada de sorte fazem toda a diferença. Sempre lembrando que normalmente “sorte é o encontro da oportunidade com a competência”. Fotos: Arquivo Pessoal Desde muito cedo desejava navegar (a vela), mas minha família não tinha nenhuma tradição náutica. Então, no outono de 1995, mais precisamente no mês de maio, ganhei de minha namorada o primeiro livro da família Schürmann, que se chamava “Dez Anos no Mar”. Achei tão interessante a narrativa que em 5 dias, mesmo trabalhando em turno integral como gerente de PósVendas da revenda Toyota, criada na 6 iate clube
época há pouco tempo em Porto Alegre, li todo o livro durante os intervalos (meio-dia) e a noite. Nessa época, tinha um cliente que se chamava Sérgio Alberto Neumann e que era bastante exigente quanto a sua Toyota SW4. Já havíamos tido algumas conversas anteriores, quanto a garantia e às características do seu veículo. Era um cliente que se poderia classificar como “durão”, mas um entusiasta
tanto da marca como de tecnologia. Estava sempre ávido por mais informação e suas visitas terminavam invariavelmente na minha sala com uma boa conversa. Desta vez a visita à revenda era para pleitear uma extensão de garantia de um retentor de óleo do diferencial de seu carro. Apesar de estarmos em lados opostos do “balcão”, éramos dois entusiastas da marca.
No meio destas negociações de concessão ou não da extensão de garantia, para descontrair um pouco o ambiente, que estava ficando carregado na sala, comentei a respeito do livro e minha leitura dinâmica, e então, para a minha surpresa, ele comentou imediatamente que o “Vilfredo foi negligente para ter acontecido o problema que ocorreu com o mastro do veleiro no oceano Índico”. Já tinha intimidade o suficiente nessa época para perguntar para o Sérgio quem era ele para contestar o Vilfredo. Foi o que fiz: -Mas Sérgio, quem és tu para fazer um comentário desses? Em vez de receber uma resposta, recebi uma pergunta de imediato: -Tu gostaste do livro? -Sim (meio tonto ainda, pois o livro era lançamento na época e com certeza, pelo comentário, ele também já tinha lido). -Eu estou precisando de alguns tripulantes para levar o meu barco para Ilha Bela no mês que vem. Não quer experimentar uma velejada até lá? Nestas alturas da conversa eu já não
estava entendendo mais nada, pois quando comentei a respeito do livro foi com o intuito de tirar o foco dele da concessão ou não da extensão de garantia. De uma hora para outra estava em minhas mãos a chance de poder dar minha primeira grande navegada (que era um sonho há muito acalentado) num veleiro. Organizei as ideias, tomei um fôlego e fiz as perguntas mais óbvias (pois na época não sabia de nada) que poderia fazer para que o assunto evoluísse para as minhas pretensões de velejar. – Sérgio, tu tens um veleiro? – Sim. – Onde fica Ilha Bela? (imaginem minha cultura náutica na época) – Fica no Litoral de São Paulo. – Sim, mas quanto tempo leva um veleiro para ir de Porto Alegre a São Paulo? – Se tudo correr bem, duas semanas. Parecia que não era real tudo o que estava se passando na minha frente, pois tinha em minhas mãos a possibilidade de experimentar algo que já estava sonhando há muito tempo, que era conhecer um veleiro navegando.
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Apesar de minhas primeiras pretensões náuticas estarem nesse momento a ponto de se concretizarem, meu projeto maior nesse instante era o casamento com tudo o que isto implica, inclusive a compra da casa. Isto queria dizer que todos os meus recursos estavam mobilizados para esse objetivo, e naquele momento minhas pretensões náuticas, que seriam ter uma embarcação, se gostasse da primeira experiência e me sentisse bem em navegar, teriam de esperar. Voltando ao convite em si, não poderia me ausentar tanto tempo da empresa, sem um aviso à diretoria e com uma boa antecedência, o que não era o caso. Apesar de minha cultura náutica precária naquela época, sabia que para subir a costa brasileira ele teria de ir primeiro para o sul, mais especifica8 iate clube
mente para a cidade de Rio Grande. Provavelmente o tempo de navegada até esta cidade fosse bem menor para lá. Como nem sempre aparece uma oportunidade dessas e ao mesmo tempo o risco de complicação com a empresa seria bem menor, arrisquei a pergunta: – Para subir para lá vais ter que descer à cidade de Rio Grande antes, correto? – Sim. – E se fizesse parte da tripulação até Rio Grande, quanto tempo seria a navegada até lá? – Uns dois dias. Nesse momento chegou o ponto da cartada final, do tudo ou nada, então lá fui eu: – Sérgio, eu nunca naveguei antes, e além de tudo não posso me ausentar por tanto tempo da empresa sem uma
boa antecedência do aviso para tal. Nem sei se este negócio de velejar é o meu negócio. Já pensou se vou enjoado de Porto Alegre a Ilha Bela? Não achas mais prudente fazermos desta forma? Uma perna menor. Se eu gostar e for um tripulante que mais ajude que atrapalhe, tenho certeza de que irão surgir outras velejadas no teu barco para me convidares. – Tens razão, vamos passo a passo. Vais te preparando que saímos no mês que vem! Quanto à concessão da extensão da garantia, encontramos também um consenso. Ele pagava a peça e eu a mão de obra. Sem dúvida nenhuma esta foi uma das melhores negociações para minha vida pessoal e na época não imaginava que causaria tantas mudanças em minha vida.
Um dos reflexos desta conversa, além de minha primeira navegada, foi o Sérgio ter se tornado um amigo e uma referência para os desafios que tive de superar em relação aos barcos, além de ter se tornado o paraninfo de minha turma de Engenharia. Então, no dia 9 de junho de 1995, em uma sexta à tarde, partimos com destino a Rio Grande no Madrugada. O Madrugada é um veleiro que foi projetado pelo arquiteto naval Argentino German Frers com tamanho de 43 pés, feito no Estaleiro Barcosul em Porto Alegre no final da década de 70 para o empresário carioca Pedro Paulo Couto. Era um barco feito para regatas e, como tal, tinha o seu interior bem espartano. O barco era feito em madeira laminada com um calado de 2 metros e 20 centímetros, com a quilha feita de chumbo do tipo “barbatana”. iate clube 9
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Tinha uns 3 ou 4 “enxovais” de velas completos, incluindo velas de tecidos exóticos. De eletrônicos tinha um GPS Garmin 45 (era um luxo para 1995) e um ecobatímetro da Coester (aquele que era usado em navios que tinha um círculo onde ficavam piscando leds na profundidade em que estava a embarcação). Quanto a piloto automático, nem pensar, pois, conforme o capitão, barco de regata tem de ter tripulação que leve o barco na mão. Apesar de ser o “Madrugada” (e eu nem sabia o que isto significava na época), é claro que a primeira velejada não poderia passar sem uma pane no meio da lagoa à noite (ar nos filtros novos de diesel instalados no dia anterior). Quem resolveria esta pane foi uma pessoa que encontraria novamente 13 anos mais tarde em St. Maarten, pouco antes do início da travessia do Atlântico Norte que fiz no Entre Polos. O Marcelo Aron, que nesses 13 anos, além da experiência acumulada como Skipper profissional, assim como eu, perdeu um bocado de cabelo. É uma pessoa ímpar, pois sempre “viveu” 10 iate clube
veleiros e hoje vive de veleiros. É um amigo “durão”, mas justo e confiável. Uma das coisas que nessa primeira velejada me impressionaram foi o nível de entrosamento dos tripulantes do Sérgio entre si e com o barco. Naquele momento tinha muita vontade de aprender e ajudar (continuo com o mesmo espírito hoje, pois, neste negócio, nunca uma navegada é igual a outra). Fui muito bem aceito por todos, mas são muitas as variáveis para se absorver em um espaço de tempo tão curto. Nessa primeira navegada fiquei muito mais para saco de batatas bem intencionado do que para um tripulante que fez a diferença. Em 24 horas descemos a Lagoa dos Patos, com direito a chegada em Rio Grande com a vela balão em cima. Foi um belo começo na vela. Como depois desta velejada o Sérgio continuou me convidando para fazer outros traslados, pelo jeito meu desempenho como novato foi satisfatório, pois de 1995 a 1997 as navegas no
Madrugada se sucederam. Enquanto navegava, sem saber nem sentir, os conceitos da forma do Sérgio navegar foram sendo absorvidos. Navegar é uma arte, e nenhum comandante navega exatamente igual ao outro, todo mundo tem seu estilo. Depois de navegar muitas milhas (mais de duas mil) com o Sérgio e sua tripulação, fui convidado a ajudar a levar um barco de 51 pés ao Rio de Janeiro. Desta navegada resultaram algumas decisões que mudaram minha vida: 1) Pelas barbeiragens do novo capitão, defini que não navegaria mais com absolutos desconhecidos (no mínimo pegaria informação com quem já navegou com o dito cujo). 2) Estava na hora de ter minha embarcação e traçar meus destinos. Bom, mas aí começa outra das histórias que fazem parte do livro que estou fazendo, que se chama “Onde meus Sonhos já me levaram”. Espero em breve estar concluindo o mesmo.
entrevista
Confraternização em terra e na água Conheça um pouco do empresário Geraldo Sperb, 74 anos, sócio do Iate Clube Guaíba, que começou a velejar quando tinha apenas 10 anos no barco de Leopoldo Geyer, fundador do tão querido clube.
Como é o seu barco?
Para onde gostaria de ir?
Samoa 29 e Lancha magnum 23
África do Sul.
Como começou a velejar?
Com que frequência vai ao Iate Clube?
Em 1946, junto com meu pai, no barco do senhor Leopoldo Geyer.
Semanalmente.
Que barcos já teve? 10 veleiros e cinco lanchas. Para onde já foi de barco? Costa brasileira e argentina.
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Por que gosta daqui? Pela confraternização em terra e na água.
expedição xtreme
ilhas de abandono Uma parceria entre a X3, ICG e a Revista Iate Clube vai levar você a conhecer lugares históricos, com grande potencial turístico, pouco conhecidos e na maioria das vezes abandonados há muito tempo. Será que a pouco mais de 4 anos da Copa, e com uma imensidão de turistas que virão a Porto Alegre, não conseguiremos dar opções legais e que estão aqui, na nossa cara? Os turistas virão só ver os jogos e depois tchau? Texto: Alexandre Barbosa Fotos: Marcelo Inho
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O projeto que estamos aqui iniciando, nomeado de Expedição Xtreme Project e que conta com o apoio oficial da Secretaria de Turismo do Governo do Rio Grande do Sul, visa mostrar ao público, alertar autoridades, mudar a cultura do próprio povo local (que é o que menos acredita nas nossas belezas), estabelecer discussões saudáveis e que virem atitude sobre lugares lindíssimos e com grande potencial turístico que temos aqui, mais perto que imaginamos. Nosso primeiro passo antes de avançar Lagoa dos Patos adentro com a nossa expedição (nas outras edições da Iate Clube) foi visitar a Ilha do Presídio e a Ilha da Pólvora, duas ilhas dentro de Porto Alegre distantes cerca de 8km uma da outra e que “ainda” fazem parte de um cenário pouco agradável. Apesar de estar em Porto Alegre, a Ilha do Presídio é atrelada ao município de Guaíba. A expedição comandada pelo navegador Marcelo Lopes e integrantes da X3, mais o fotógrafo profissional Marcelo Inho, saiu por volta das 11h30min da manhã do ICG, no dia 27 de fevereiro, em um belo dia de sol em direção à Ilha do Presídio. Esse início de história poderia e ainda pode ser o mesmo de milhares de turistas que, se ao chegar em
em Porto Alegre tivessem esse roteiro à disposição e, claro, se a Ilha do Presídio não estivesse do jeito que vimos quando chegamos por lá. Nosso objetivo da expedição foi incentivado pela Secretaria de Turismo do Estado, porque com este trabalho traremos sugestões, ideias e dados concretos sobre cada local que iremos visitar, sempre dispostos a somar! Para início de conversa, depois de uma tranquila e curta navegada, ao chegar na Ilha, nos deparamos com a grande dificuldade de atracar o veleiro, uma tarefa para poucos, eu diria. Segura galho de árvore, cuidado com as pedras, enfim... uma tarefa nada segura e de muito risco ao barco e às pessoas. Ao chegar na Ilha vemos o assustador local em que se encontra, uma montoeira de lixo que não dá a mínima vontade de entrar. Além do lixo, gatos, aranhas e ratos são como se fossem mato. O que vou falar agora não é uma contradição, mas se olharmos em volta da Ilha, as belezas naturais e de arquitetura impressionam, tem até cactos com flores coloridas. Diríamos que o local é de um apelo natural incrível, um local que se urbanizado e com um projeto sério de turismo náutico seria um grande sucesso (vide exemplos fora do Brasil).
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Segundo Jarbas Cruz, colaborador da Associação Amigos do Meio Ambiente (AMA), existe um projeto de restauro dos prédios que estão na ilha, visando criar um “memorial” das diferentes fases que a ilha já presenciou. “Tudo está sendo pensado em função da Educação Ambiental que o local naturalmente proporciona. Os dois focos: Educação Ambiental e Patrimonial, diga-se de passagem, são as duas exigências que o Estado fez para que acontecesse a cedência do local ao município de Guaíba”, explica Cruz. Até a primeira quinzena de março 2010 o projeto estará sendo apresentado à LIC - Lei de Incentivo a Cultura. Se for aprovado, será iniciada a captação de recursos: “O que imaginamos que não será tarefa fácil, mas já temos algumas empresas contatando para conhecer o projeto, pois não é só a Copa 2014 que
poderá alavancar dividendos, trata-se de um projeto sustentável com ou sem Copa”, acredita. A questão que fica é se, com Porto Alegre como sede da Copa do Mundo de 2014, vai ser possível mostrar para os turistas as belezas das ilhas. Para Jarbas, se depender do esforço da associação, sim. “É pertinente salientar que um projeto desta magnitude tem que ter o apoio tanto do meio privado como dos governos, nos atrevemos em afirmar que se trata de uma ‘parceria público-privada’ com dimensões não só locais ou regionais, trata-se de um projeto com projeção estadual e nacional”, diz. “A Ilha das Pedras Brancas é um lugar único, singular e com um ‘entorno’ de belezas naturais que poucos lugares do mundo possuem. A verdade é que a grande maioria das pessoas não conhece e por não conhecer não valoriza”, defende.
Algumas informações • • •
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Qualidade da água em volta da Ilha: Boa; Para chegar de barco: nenhum trapiche mas um calado não tão ruim, uma aventura bem perigosa; Levar turistas? Hoje em dia, recomenda-se que se fique somente ao largo da Ilha, o desembarque trará muitos riscos, por causa principalmente da quantidade do lixo, de bichos e higiene zero.
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Histórias da ilha “A Ilha do Presídio, que foi depósito de pólvora nos tempos do Império e já se chamou das Pedras Brancas, serviu como laboratório de pesquisa da peste suína na década de 1950 e hospedou prisioneiros a partir de 1956, completou no mês passado 26 anos de abandono. Em 4 de abril de 1983, o governador Jair Soares mandou fechar a prisão. Desde então, a área, de 4,5 mil metros quadrados, foi tomada pela vegetação e virou alvo de vândalos e pichadores. O lugar onde aguardaram pela liberdade presos políticos como o ex-prefeito da Capital Raul Pont, o ex-deputado estadual Carlos Araujo e o juiz João Carlos de Bona Garcia, durante a ditadura militar (1964-1985), espera que lhe deem um destino. Não submergirá fisicamente, como um Titanic de pedra, apesar de estar há anos à deriva.”
“Os restos das barras de ferro ainda são visíveis na entrada da prisão. Nos dois extremos da ilha, também conhecida como Pedras Brancas, duas guaritas continuam em pé, apesar de quebradas. As pichações espalhadas lembram a todo momento datas recentes marcadas a tinta. Contrastam com o clima passadista e austero da prisão, ainda claramente identificável, com suas paredes grossas, grades deterioradas e minúsculas janelas no teto das 10 celas. Agora há silêncio entre aquelas paredes, quebrado unicamente pelo som do vento e da água batendo nas pedras. Um poço fedorento e esquecido em meio à vegetação parece ter acumulado tristezas, e não desejos, de prisioneiros que conviviam com falta de higiene, espaço, água e comida, e excesso de sujeira, piolhos e muquiranas. Outro inimigo eram as cheias do Guaíba, que lotavam a cadeia de água. Na penumbra das celas, sem nada para fazer, uma centena de homens aglomerados pensava a toda hora em fugir. E as fugas ocorriam. Uma delas foi a do apenado Julio de Castilhos Pitinelli, que escapou boiando em duas panelas, em 1983. Sem plano de fuga, a tática era obter uma sensação efêmera de liberdade: ir para a enfermaria, de acordo com relato do próprio Pitinelli, entrevistado por Zero Hora no ano de sua fuga histórica. A técnica para se machucar era colocar o braço apoiado em dois tamancos, calçado que utilizavam. Aí, um companheiro de cela pulava no meio. O membro se quebrava.”
Exemplo estrangeiro “Há vários exemplos de ilhas-presídio que se tornaram pontos turísticos importantes e preservados. Um deles fica em Marselha, na França. A prisão da Ilha D’If foi construída entre 1524 e 1531. Serviu de inspiração para o escritor Alexandre Dumas, que usou o local como palco para o romance O Conde de Montecristo. No século 19, a prisão foi fechada, reabrindo em 1890 como museu. Hoje, é passeio obrigatório para quem viaja à cidade do sul francês. Mais conhecida é a prisão de Alcatraz, na Califórnia (Estados Unidos), que operou entre 1934 e 1963 e encarcerou o chefão da máfia Al Capone. Virou parque nacional em 1972. Anualmente, recebe 1,3 milhão de turistas.”
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Fonte: http://ilhapedrasbrancas.blogspot.com
Marcas do esquecimento
Divulgação Delta do Jacuí
ilha da pólvora Depois da visita à Ilha do Presídio e da volta ao Iate Clube Guaíba por volta das 14h, trocamos de embarcação e rumamos para outra Ilha muito pouco conhecida de todos nós, cidadãos da capital gaúcha, a Ilha da Pólvora, localizada a pouco mais de 1km do Cais do Porto e da Usina do Gasômetro. Muito pouco para uma ilha que não é conhecida pela população de Porto Alegre. A estrutura da Ilha é composta por três prédios, o Paiol da Pólvora, a Casa da Guarda e a Casa da Chácara, todos inaugurados no século 19. Transformada em ruínas com o passar do tempo. Foram feitas duas reformas nos últimos 15
anos, com recursos do Pró-Guaíba, para virar um atrativo turístico e acomodar um museu, fatos que não prosperaram, voltando a Ilha a ficar abandonada. Apesar de vários materiais inteiros, como as lâmpadas, e as escadas da Casa de Guarda permanecerem novas, o estado de abandono é visível. Há cerca de 10 meses, em um evento de lançamento do marco inaugural do Turismo Náutico, foi ventilada a possibilidade de a área ser cedida para a Atun RS (Associação do Turismo Náutico do Rio Grande do Sul), para ali ser implementado o escritório administrativo da entidade, entretanto até o momento isso não se concretizou.
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SECRETARIA ESPORTIVA
icg news Por: Miguel V. Petkovicz
PoLO RS de VELA ADAPTADA Seguem no ICG os treinamentos e avaliação dos atletas da vela adaptada que se iniciaram em 2009. Dentre eles, serão escolhidos os representantes do Rio Grande do Sul na seletiva de vela adaptada que ocorrerá em São Paulo no começo de abril. Este evento irá definir os atletas brasileiros que irão participar do IFDS Disabled Sailing World Championship, em Medemblik (Holanda), de 6 a 14 de julho. O campeonato mundial de vela adaptada terá regatas de flotilha das classes 2.4 metros, SKUD 18 e Sonar. Desde já, torça e apoie nossos atletas. Veja nas fotos abaixo o registro da regata de vela adaptada de que eles participaram na 55ª Feira do Livro de Porto Alegre.
Carlos Eduardo
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Miguel V. Petkovicz
Novos Participantes Estamos em permanente seleção de deficientes físicos interessados em velejar nos barcos 2.4mr do Polo RS Vela Adaptada. São necessárias a cada candidato a avaliação positiva e indicação de aptidão a este esporte por parte de seu médico e a participação do dia/aula de experimentação (em datas e grupos a combinar). Veja as fotos de uma aula experimental nas águas do nosso Guaíba. Mais informações em www.fevers.com.br e/ou www.iateclubeguaiba.com.br Sec esportiva ICG: E-mail: icgesportiva@terra.com.br | Fone: 3268038
ICG nos campeonatos Sul-Americano 2009 e Mundial 2010 de Soling Entre os dias 9 e 12 de dezembro, ocorreu em Colonia Del Sacramento, no Uruguai, o 2009 South American Championship da classe Soling, com participação de 18 equipes e 6 países (Argentina, Áustria, Brasil, Estados Unidos, Itália e Uruguai). Após 1.200km rebocando o Soling BRA13 (chamado carinhosamente de ICG ONE por alguns sócios do ICG), a tripulação formada por Guilherme Alfonsin (proa), Marcio Coutinho (meio) e Miguel V. Petkovicz (timão) participou das 6 regatas da série, disputadas nas águas do Rio da Prata (com ventos acima de 25 nós nos últimos dias). Obtiveram uma 16ª colocação (somente um ponto atrás do 15° colocado, o AUT130) e 3° lugar na Classic (barcos construídos antes de janeiro de 1970, sendo o primeiro troféu da tripulação que começou a participar junta em regatas no final de outubro/2009). Nossos atletas participaram de um emocionante “pega” entre o ITA13, AUT130 e BRA13 no último popa (vento de 15 nós) e
de perna de chegada em través da regata 2, onde o BRA13 perdeu a 14ª colocação na perna de chegada, tendo os três barcos chegado dentro do intervalo de 5 segundos entre o 14 ao 16º colocados. Tiveram de abandonar a regata 4 por quebra de moitão da vela grande e afrouxamento do eixo do leme na regata 3. A tripulação do ICG ONE em Colonia contou com o apoio da equipe de terra formada por Denise Dariva, Jorge Romero filho e Marcos Spadetto, sendo que estes últimos também auxiliaram a comissão de regatas a partir da regata 3 em diante. Antes de retornar ao ICG, os tripulantes Guilherme e Miguel cruzaram de soling o Rio da Prata (39 milhas náuticas e 8 horas de navegada de Colonia del Sacramento – Uruguai, a San Izidro – Argentina) como tripulantes dos USA853 e AUT130 respectivamente, em uma inesquecível navegação com outros 8 solings pelos canais, rotas do Buquebus e cascos soçobrados do Rio da Prata.
Marcos Spadetto Arquivo ICG
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SECRETARIA ESPORTIVA
SNIPE - ICG NO BRASILEIRO De 22 a 29 de janeiro de 2010 ocorreu nas águas de Jurerê, em Santa Catarina, o 61° Campeonato Brasileiro de Snipe, promovido pelo Iate Clube de Santa Catarina – Veleiros da Ilha e SCIRA Brasil. Os nossos atletas Juliano Mallmann (timoneiro) e João Pedro da C. Castro (proeiro), com o barco 9821, estiveram representando o ICG neste campeonato que contou com 67 participantes. Nossa dupla de atletas, que competiu junta pela primeira vez, teve de superar uma quebra de equipamento e abandono logo na primeira regata e vendaval de nordeste, com rajadas de mais de 20 nós em Jurerê. Mesmo assim obtiveram uma emocionante 32ª colocação na quarta regata da série, terminando o Campeonato na 55ª colocação geral e 33° na categoria sênior. “O resultado numérico do campeonato não foi bom, mas sem dúvida foi uma grande participação e acúmulo de experiência”, definiu Juliano ao retornar do campeonato. Foi a segunda competição de Juliano fora do RS. Já para o primeiro semestre de 2010, a flotilha Snipe do ICG irá contar com o apoio de um treinador contratado pelo clube para os treinamentos da flotilha ICG de SNIPE com vistas ao Brasileiro de 2011, que será disputado em Porto Alegre. Parabéns aos nossos atletas da classe Snipe que participaram deste campeonato.
SCIRA BRasil
Novos Materiais Recebemos em fevereiro/2010 um bote de 4,3 metros e um motor 25hp novos para apoio nas atividades da vela adaptada no Polo RS. Agradecemos à CBVA (Confederação Brasileira de Vela Adaptada) e FGV (Federação Gaúcha de Vela) pelos novos materiais enviados e o contínuo apoio que nos tem dado.
Escola de Vela Vento Sul A escola de Vela Vento Sul convida você para conhecer o mundo encantador do iatismo. As aulas ocorrem nas quartas e sextas à tarde ou aos finais de semana, em turmas destinadas a crianças (a partir dos 7 anos), adolescentes e adultos. Próximas turmas: 10/3/2010 e 13/3/2010. Mais informações: Fone: 32680380 – Sec. Esportiva | E-mail: icgesportiva@terra.com.br
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parador rm beach A beira da praia de Atlântida recebeu uma atração a mais nesse verão. Assim como no ano passado, o RM Beach, parador promovido pela RM foi um sucesso, com DJ’s e muitas mordomias para os convidados. Ideal para relacionamento, network e entretenimento, ficou aberto por cinco finais de semana. Otávio Conci, Michael Paz e Guilherme Bohnen
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clube em foco
Fotos: Arquivo ICG
Visando à comodidade dos associados, o clube adquiriu um novo flutuante de 25 metros para lanchas. No dia 19 de fevereiro, a Sra. Eliane dos Santos, esposa do Dr. Roberto, comemorou seu aniversário em residência na praia de Floripa, com a presença de sua família e amigos, entre eles, Enio Wildner e esposa e Julio Martini e filhos. O comodoro José Guilherme Bastiani encontra-se em viagem com seu barco Aventura, desde dezembro de 2009. Agora ele está em Angra dos Reis, com previsão de retorno em março de 2010.
Com as altas temperaturas em Porto Alegre, as piscinas do ICG estavam lotadas no verão. A criançada fez a festa!
Seguindo o espírito de embelezamento da fachada do clube, o ICG está fazendo obras na calçada para continuar a ciclovia já existente na Avenida Diário de Notícias.
Nascimentos •
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No dia 26 de janeiro, nasceu a filhinha Laura, do casal de sócios Maira e Pedro (Ventum II). Daqui a pouco é mais um Optimist na água com Laura no leme para, quem sabe, competir pelo nosso querido clube. Desejamos sucesso para Laura e os novos pais. Lorena Brandalise, filha do sócio Fabio Brandalise e Juliana Brandalise, nasceu no dia 11 de fevereiro de 2010. Parabéns aos papais!
Na próxima edição traremos a cobertura do 80º aniversário do Iate Clube. Esperem pela comemoração, que vai ser cheia de surpresas! 26 iate clube
Viagem do Easy Going
O Easy Going, um veleiro Fast 345 equipado com todos os dispositivos de segurança para mar aberto, está com viagem pela costa do Brasil com data marcada. Com saída do clube prevista no dia 5 de março, a tripulação composta por Joel Raymundo( capitão) , Maira (esposa), Luis Antonio (12 anos) e Marco Antonio (2 anos) segue primeiramente para Florianópolis. Dali, vão para Porto Belo, São Francisco do Sul, Paranaguá, Ilha Bela, Ubatuba, Parati e Angra dos Reis. Em julho, participam do Cruzeiro Costa Leste, que parte do Rio de Janeiro até Recife. Depois correm a Refeno (Recife – Fernando de Noronha). A partir daí, inicia-se a viagem de retorno, previsto para março de 2011.
Parabéns! Fevereiro Agamenon Bueno Oliveira - 12/02/1963 Alexandre Pacheco Ness - 06/02/1974 Alfredo Leite - 07/02/1938 Astelio José Bloise dos Santos - 20/02/1944 Clodio Bernardes Rubim Silva - 08/02/1955 Denise Maria Hartmann Moreira - 05/02/1964 Fabio Zwarnieski Fernandes - 27/02/1971 Jaime Roberto Pohlmann - 21/02/1967 João Batista Pires - 20/02/1958
João Pedro dos Santos Wolff - 04/02/1968 José Gabriel Silva - 08/02/1944 Juarez Frees - 22/02/1956 Lenio Teixeira de Oliveira Filho - 01/02/1961 Manuel Jesus Buj - 03/02/1945 Marcelo Nunes dos Santos - 14/02/1981 Marcos Spadetto dos Santos - 22/02/1968 Marcus Becker Rostirolla - 26/02/1969 Rodolfo Luis Bustos - 13/02/1971
Março Alfredo Halim Rihan Filho - 04/03/1978 Atila Bohle Vasconcelos - 31/03/1977 Daniel Ramon Munoz Apolinario - 29/03/1962 Fernando Gadret - 30/03/1959 Igor Volpatto da Silva - 31/03/1980 Juliano Mallmann - 12/03/1975
Julio César Martini - 04/03/1967 Lucas Lorenz e Silva - 19/03/1988 Luiz Antonio Bandeira Fraga - 16/03/1952 Mateus Baur da Silva - 21/03/1979 Sérgio Dávila Maffazioli - 14/03/1965 Tiago Duarte Barbosa - 04/03/1975
Abril Antonio José Correa Viana - 13/04/1929 Carlos Roberto Braga Nazário - 16/04/1946 Cézar Mello de Mattos - 05/04/1956 Eno Albuquerque Araújo - 08/04/1934 Firmo Pizzato - 16/04/1931 Gervásio Silva Carvalho - 05/04/1947 Haroldo Gonçalves da Cunha - 04/04/1937 Jorge Marçal da Silva Pacheco - 24/04/1948 Julian Ricardo Mayer - 12/04/1982 Juliano Ryzewski - 15/04/1975 Julio Cesar Fiori - 29/04/1960 Julio Luiz Tonidandel Neto - 05/04/1959
Julio Paulo Dickie - 25/04/1947 Luiz Carlos Golin - 25/04/1955 Miguel Virgilio Petkovicz - 17/04/1966 Paulo Décio Alves - 03/04/1952 Reinaldo Roesch da Silva - 03/04/1949 Ricardo de Assis Garcias - 14/04/1955 Ricardo Giacomelli - 02/04/1964 Rodolfo Muller Filho - 10/04/1940 Sergio Cyrano da Paixão Schmitz - 19/04/1935 Sergio José Radzki - 13/04/1946 Zilton Gomes da Silva - 09/04/1951
Na edição passada, faltou o aniversário do Sr. Mauro J. Braun, no dia 5 de janeiro. Parabéns! iate clube 27
eventos de vela
Sílvio Ávila/Divulgação VDS
Mundial de Soling em Porto Alegre Entre os dias 7 e 12 de fevereiro, Porto Alegre foi sede do Mundial da classe Soling de 2010. Vinte tripulações do Brasil – sendo duas do Iate Clube Guaíba –, Alemanha, Argentina, GrãBretanha e Estados Unidos participaram da competição. Texto: Lara Mizoguchi
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Foi a terceira vez que o Brasil sediou o Mundial de Soling. Em 1978, a competição aconteceu no Rio de Janeiro e os brasileiros Gastão Brun, Vicente Brun e Roberto Martins saíram vitoriosos. Em 2004, foi a primeira vez que o clube Veleiros do Sul sediou a competição, e os argentinos Gustavo Warburg, Hernan Celedoni e Maximo Smith foram os campeões. Quem conquistou o título do mundial deste ano, também disputado no Clube Veleiros do Sul, foi a Alemanha, com a tripulação composta por Roman Koch, Maxl Koch e Gregor Bornemann. Os argentinos Gustavo Warburg, Hernan Celedoni e Maximo Smith ficaram com a segunda colocação, e os brasileiros Cícero Hartmann,
Flávio Quevedo e André Renard garantiram o terceiro lugar. Agora, os alemães fazem parte do seleto grupo dos bicampeões mundiais de Soling. “Foi um campeonato incrível. Principalmente esta última regata. Hoje tivemos boas condições de navegação, com um vento perfeito, tudo ajudou”, comemorou o agora bicampeão mundial Roman Koch. “A disputa foi bastante técnica, em muitos momentos estivemos lado a lado com a tripulação do Gustavo. A vitória aconteceu por detalhes, acredito que fomos precisos e acertamos mais. Contamos, sim, com a sorte, mas quando você trabalha bem, a sorte te ajuda, assim, estivemos com ela”, completou.
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Marcelo Inho
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Marcelo Inho
Foi uma disputa acirrada. Desde o início, os barcos da Alemanha e da Argentina ficaram lado a lado. As quatro vitórias da equipe alemã, conseguidas nas nove regatas disputadas, foram fundamentais para que chegassem ao título. Os atletas apontaram algumas dificuldades da competição, principalmente, a irregularidade do vento: “As condições para velejar não me parecem nada fáceis, o vento muda bastante, de direção e de intensidade, tornando a raia desafiadora”, explicou Roman Koch, timoneiro alemão. A equipe brasileira formada por Hartmann, Quevedo e Renard foi a mais regular entre as tripulações brasileiras. “Chegamos até a final com uma pequena chance de ganhar o título, mas sabíamos que seria muito difícil. A gente
se preparou psicologicamente e também com novos equipamentos para o barco”, conta Hartmann. A equipe contou com recurso do Bolsa-Atleta, que utilizaram para comprar velas novas e melhorar o barco. “Isso nos ajudou no Mundial”, acredita. “O Campeonato mostrou velejadores bem qualificados. Acho que faltou um pouco de ousadia de nossa parte em certas regatas. Mas no âmbito geral foi bom”, afirma Cícero, vice-campeão mundial em 2007. Em outras três ocasiões, o Brasil conquistou o campeonato: com Gastão Brun, Vicente Brun e Roberto Martins, em 1978 (no Brasil), Gastão Brun, Vicente Brun e Steven Bakker, em 1981 (na Itália) e George Nehm, Marcos Pinto Ribeiro e Lucio Pinto Ribeiro, em 2007 (na Argentina).
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eventos de vela
ICG PARTICIPA DO MUNDIAL por Miguel V. Petkovicz
Embalada pela participação no sulamericano em Colônia, a tripulação do BRA13 participou do Campeonato Mundial de Soling acompanhada de outro soling do ICG: o BRA15, tripulado por Ricardo Machion (proa), Julio Martini (meio) e Samuel Albrecht (timão). O BRA15 ficou em 15° e o BRA13 em 19° lugar, em uma semana de regatas com ventos médios a fracos, do meio ao final da tarde, variando bastante de direção em alguns dias. “É o efeito Colônia de Sacramento e Rio da Prata, Uhh Uhh!!”, disse Guilherme ao cruzar a linha de chegada da regata 7, em referência ao fato de ter ultrapassado espetacularmente
o GBR161 na curta perna de traves, entre o gate e a linha de chegada, e também pelo resultado das regatas 2, 4 e 5. Ao que acrescentaram respectivamente Márcio e Miguel: “Só nos falta treinar mais” e “BRA13 ativar!”. Fica agora o desafio de trazermos mais barcos soling ao ICG para serem tripulados pelos colegas velejadores de outras flotilhas do clube (Laser, Snipe e oceano) que estão se entusiasmando com os resultados dos solings do ICG nas disputadas regatas de que participaram ultimamente, além de incrementar o treinamento e preparação da flotilha para o sulamericano 2010 em Punta del Este, em novembro próximo.
Classificação final dos cinco primeiros colocados 1º Roman Koch/Maxl Koch/Gregor Bornemann (GER 300) - 21 pontos 2º Gustavo Warburg/Hernan Caledoni/Maximo Smith (ARG 32) - 25 pontos 3º Cícero Hartmann/Flávio Quevedo/André Renard (BRA 09) - 33 pontos 4º Daniel Glomb/André Gick/Geison Mendes (BRA 86) - 39 pontos 5º Guilherme Roth/Carlos Trein/Roger Lamb (BRA 73) - 43 pontos
Premiação especial • José Lúcio Glomb Trophy (tripulação sul-americana mais bem colocada)
Gustavo Warburg, Hernan Celedoni e Máximo Smith • Paul Elvstom Trophy (timoneiro mais bem colocado com 28 anos ou menos) Kadu Bergenthal • Geert Bakker Trophy (prêmio pela contribuição à classe Soling) Marcos Pinto Ribeiro • KC1 Classic Trophy (barco mais bem colocado construído antes de 1º de janeiro de 1980) Cícero Hartmann, Flávio Quevedo e André Renard
Informações Técnicas do Barco Tripulantes 3 Peso do Barco 1.035kg Comprimento 8m15 (26,7 pés) Linha d’água 6m10cm Largura 1m90cm Calado 1m30cm Mastro 9m30cm Área Vélica Mestra e Genoa 23,70m²
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Marcelo Inho
Especial Ibiza
UM PARAÍSO, UM SONHO Ibiza, na Espanha, é um dos lugares mais desejados do planeta. É um lugar que todos querem conhecer, já conheceram ou apenas viram fotos lindíssimas nas principais revistas do mundo ou imagens espetaculares nos canais de televisão. Falar de Ibiza parece ser fácil. Já que o que mais ouvimos desse paraíso é que existem praias maravilhosas e que as baladas são as melhores do mundo. Texto e Fotos: César Maia
É por lá que muita gente bonita, famosa e personalidades do mundo do cinema e da moda estão sempre circulando. Ibiza é famosa por isso. Mas também pela natureza, pela cor das águas das praias e por todo o glamour e badalação existentes nessa verdadeira Ilha da magia. E é sobre magia que quero falar para vocês. Tive a oportunidade de passar uma semana em Ibiza em setembro, mês que já é considerado de temporada baixa. Nosso objetivo era conhecer as praias. Vi que uma semana seria pouco, já que a ilha possui entre 50 e 60 praias. É grande, com grandes montanhas, estradas de barro e pedra, e em algumas o acesso é bem difícil. Estudamos bem os lugares e decidimos visitar pelo 34 iate clube
menos umas 15 praias, aquelas em que eu constatei que a natureza estava mais que presente. E as baladas? Meu objetivo eram as praias, mas fui na Disco Amnésia. Presenciei Roger Sanches, Laid Back Lucke, num set eletrizante de house. Bom, nem preciso dizer mais, simplesmente alucinante. Alugamos um carro, que achei que era ideal para essa supertrip. Aliás, carro é obrigatório para quem vai para lá. Sem ele, não vale a pena nem ir, porque as principais praias e as mais lindas requerem um carro para conhecê-las. Pegamos nosso “Panda” e fomos desbravar a Ilha da Magia. O frio na barriga era imenso e a expectativa de dar de cara com o primeiro paraíso não tinha explicação.
Nesta edição, vou contar pra vocês um pouco da minha visita a três lindas praias: Cala Moli, Cala Tarida e Cala Salada. Para quem não sabe, “Cala” é como se fosse uma pequena baía, praia pequena cercada por morros, característica da maioria das praias de Ibiza. Curvas sinuosas, curtas e perigosas. Muito verde nas estradas. Natureza presente total. Foi quando nós demos de cara com a praia Cala Moli. Um lugar que possui uma energia imensa. Cercada por dois morros pequenos, o chão é praticamente de pedra. Existe pouca areia e é fina. Caminhar rápido é complicado, porque existem milhares de pedras pequenas no chão. Mas com a magia do lugar, nos sentimos como se estivéssemos caminhando nas nuvens. Algo inexplicável. É uma praia perfeita para descansar. Em 2008, a Prefeitura de Sant Josep devolveu a ela seu estado original, sem muitos bares, existindo agora somente um restaurante. Está situada a 10 km de Sant Josep, entre Cala Tarida e Punta des Llosar. Esta praia, com a entrada
em forma da letra “U”, se caracteriza pela tranquilidade e beleza natural, com dimensões reduzidas. As pessoas buscam descansar e curtir a beleza do lugar. Do lado esquerdo, me surpreendi com uma pequena caverna. Claro que tive que ir lá e enxergar toda beleza desse lugar magnífico. E que visão! Saímos de Cala Moli, nosotros y nuestro coche “Panda”, e fomos em direção a Cala Tarida. Uma linda praia, porém já com outra característica. Mais urbanizada, com mais casas, restaurantes, a areia já era bem fininha. O tempo ficou nublado, mas a emoção era a mesma. A sensação que tive era de que toda aquela urbanização protegia a praia. Era tudo bem cercado. Dessa parte da Ilha, Cala Tarida é considerada a praia mais larga. Ela parece ser dividida por uma grande rocha, de fácil acesso. Do lado direito, a areia se estende até chegar às águas cristalinas, enquanto do lado esquerdo da rocha são mais profundas e com muitas ondas.
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Especial Ibiza
Nela se pode praticar e ter aula de mergulho e também jogar um vôlei de praia. Como chegar nela? Somente de carro também. Ela é considerada uma praia de família, a praia Das Famílias. No outro dia, pegamos nosso amigo “Panda” e fomos dar sequência a esse verdadeiro encontro com o paraíso. Saímos em direção a Cala Salada. Mas como assim “Salada”? Como toda salada é boa pra saúde, essa praia não podia ser diferente. Para mim, foi aquela com que mais me identifiquei de todas. Pois para chegar nela existe um pouquinho de aventura pelo caminho. Estacionamos o carro e fomos em direção à beira da praia. Quando chegamos,
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já sentimos aquela energia forte no ar, algo parecido quando chegamos em Cala Moli. É impressionante a sensação quando se chega em uma das praias. Sempre pensava que algo muito lindo eu ia ver pela frente. Dito e feito. Cala Salada me surpreendeu. Ao chegar, no lado esquerdo da praia, vi que tinha muita pedra, e um morro bem próximo, já delimitando a área. A água oscilava entre o azul e o verde. Já no meu lado direito havia um outro morro, porém com rochas menores na frente, onde enxerguei várias pessoas caminhando sobre elas e indo em direção a um outro lugar. Bem, lá fomos nós!
Mochila nas costas, e ainda bem que fui de tênis. Subi essas pequenas rochas e lá no canto direito enxergava uma pequena prainha. A água verde e cristalina se via de longe. As pedras escuras davam um contraste magnífico. Só que para chegar lá tinha que caminhar sobre as rochas, nas quais também descobri pequenas cavernas. Tipo uns 15 minutos caminhando. E entre subidas e descidas senti aquele clima de aventura. Íamos costeando a praia pelas rochas e me surpreendia a cada segundo a beleza do lugar. Sobre as rochas, se tinha uma visão ampla de toda a praia, de ambos os lados. Porém sentia que o lado direito era mágico. Fomos subindo e descendo rochas, e nos aproximando cada vez mais da pequena praia que meio que se escondia ali.
Pelo caminho, nos deparamos com várias “garagens” de barcos. Algo bem original do lugar mesmo. Com portas de madeiras, postes de taquaras, bem “roots”, como sempre falo de um lugar com características desse tipo. Bem, depois de passar por garagens, cavernas, subidas e descidas, conseguimos encostar em areias finas. Tirei meu tênis e comecei a sentir ainda mais a magia daquele lugar. O sol brilhava muito e já me preparava para um lindo dia de praia, ou um lindo dia no paraíso. Cala Salada é uma das praias preferidas dos moradores e de muitos proprietários de pequenos barcos da Ilha. É uma das mais procuradas no verão de Ibiza por sua beleza.
Realmente fiquei fascinado com essas praias, com sua beleza, preservação e tranquilidade. Quero poder um dia voltar lá e conhecer mais, pois tenho certeza de que existem ainda mais paraísos escondidos na Ilha. Na próxima edição, falarei sobre outras três praias que conheci. Prepare-se para ver imagens de Cala Benirrás, Port de Sant Miguel e outras que fiz “em busca da Xamena perdida”.
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Modelos: Fernanda Libório Camila Rocha Produção de Figurino: Valéria Adami Cabelo e Maquiagem: Cris Rocha Assistente de Fotografia:Vitor Saquette Tratamento de Imagem: Airton Figueira Fotógrafo: Elias Eberhardt
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eventos
Natal dos Funcionários
No dia 19 de dezembro, Comodoria, Conselho Deliberativo, prestadores de serviço e associados estavam presentes na comemoração natalina do Iate Clube Guaíba, no Galpão Crioulo. Além de um delicioso churrasco, presentes e sorteios fizeram parte da comemoração. Confira as fotos! Fotos: Arquivo ICG
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zona sul e a copa
zona sul se prepara para a copa Nem começou a Copa do Mundo da África do Sul e o Brasil já se prepara para o Mundial de 2014. Estádios sendo reformados, trânsito alterado, obras iniciadas. Porto Alegre, uma das 12 cidades-sede brasileiras, também já está pensando – e agindo – para o tão esperado evento. Fotos: Ivo Gonçalves e Divulgação PMPA
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José Fortunati, secretário da Secretaria Extraordinária da Copa de 2014 (Secopa), afirma que “para a cidade, a Copa do Mundo não é apenas um mês cheio dos maiores jogos que o mundo do futebol pode oferecer, mas a oportunidade de gerar o desenvolvimento e as transformações de que ela tanto precisa”. Justamente por esse motivo, ao receber a confirmação de que a capital gaúcha seria uma das sedes dos jogos, a Secopa intensificou seu trabalho técnico de preparação: uma relação de ações prioritárias foi definida para seis grandes eixos trabalhados para o evento: Infraestrutura e Sistema Viário Circulação e Transporte; Cultura e Divulgação; Paisagem Urbana e Meio Ambiente; Esporte e Turismo e Segurança e Saúde.
Durante todo o ano de 2009, a Secretaria, juntamente com os demais órgãos da Prefeitura, trabalhou na consolidação da candidatura da cidade, prestando informações e esclarecimentos ao comitê organizador da Copa. Além disso, recepcionou comitivas de inspeção da FIFA e elaborou projetos e eventos de divulgação da cidade, como a participação na organização do jogo entre Brasil e Peru disputado em abril, válido pelas Eliminatórias da Copa de 2010. O projeto Embaixadores da Copa e a exposição “Os Gaúchos nas Copas”, em exibição na Usina do Gasômetro, também foram realizados. Modificações em toda a capital poderão ser vistas. Assim, a Zona Sul, que abriga o Beira-Rio, estádio oficial
de Porto Alegre para o mundial, também receberá muitas obras. A Avenida Tronco e a duplicação da Avenida Beira-Rio são algumas das obras esperadas (veja mais no box). Mas não é só o trânsito que receberá alterações. Projetos visando a melhorias no Guaíba já estão em andamento. “Em relação ao meio ambiente e qualidade de vida, temos o Programa Integrado Socioambiental, o Pisa”, cita Fortunati. O grande investimento trará grandes benefícios à população, entre eles, a reurbanização da região da foz do Arroio Cavalhada. “Com isso teremos a ampliação da capacidade de tratamento de esgotos da cidade dos atuais 27% para 77%”, explica.
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zona sul e a copa
POA Convention, entidade que visa a fomentar o turismo em Porto Alegre e região metropolitana, principalmente por meio de eventos, criou uma diretoria para a Copa do Mundo 2014. Composta por Lourdes Fellini – Agência Fellini Turismo –, Alexandre Barbosa – X3 Marketing Esportivo –, Eduardo Fett – Hotel Everest – e Carlos Sanches – Hotel Deville, a diretoria representará o POA Convention no maior evento de futebol do planeta.
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Entre as principais obras teremos Construção da Avenida Tronco: A via, que une a avenida Carlos Barbosa à Icaraí, será uma nova alternativa de deslocamento à Zona Sul. Durante a Copa, receberá o tráfego de veículos que normalmente utilizariam as ruas próximas ao estádio e deverão ter o trânsito interrompido durantes os jogos. O projeto compreende a realização da obra viária e todo o conjunto de ações de desenvolvimento urbano que irá modificar o atual cenário habitacional da região. Duplicação da Beira-Rio: A duplicação da avenida em toda a sua extensão contará com nova ponte sobre o Arroio Dilúvio e viaduto sobre a avenida Padre Cacique. A Beira-Rio está organizada em quatro trechos. Preveem-se as construções de uma segunda ponte sobre o arroio Dilúvio e de um viaduto ligando as avenidas Pinheiro Borda e Edvaldo Pereira Paiva. A previsão de conclusão da obra é o primeiro semestre de 2012. Corredor de ônibus da Padre Cacique: Construção de corredor de ônibus na avenida Padre Cacique e instalação de um terminal intermodal junto ao complexo Gigante para Sempre. Ampliação do corredor da 3a Perimetral até a Juca Batista: Estão previstas cinco obras de arte que agilizarão o trânsito da III Perimetral. A construção de um viaduto no cruzamento com a avenida Bento Gonçalves e de passagens de nível nos cruzamentos com as avenidas Plínio Brasil Milano, Cristóvão Colombo e Farrapos e com a rua Anita Garibaldi. Ciclovia: Constituição de ciclovias em Porto Alegre de acordo com o Plano Diretor Cicloviário nas principais vias da cidade. Criação de um novo modal de transporte ligando os estádios com as principais vias urbanas e de acesso à cidade. Implantação de parte do Plano Diretor Cicloviário e ciclovia conectando os dois estádios ao Centro Histórico pela orla do Guaíba. Além disso, estão previstas a Subestação da CEEE, Delegacia do Turista, Avenida Vicente Monteggia; Requalificação da orla do Guaíba, Portal no Gigante para Sempre: transporte público qualificado, entre outras.
Além disso, a volta da balneabilidade de grande parte das praias do Guaíba retomará a relação da população com o Guaíba, além do desenvolvimento turístico da região com a qualificação desses espaços. O turismo náutico também ganhará com a Copa. “Podemos destacar que o projeto do Cais do Porto prevê um terminal fluvial, do Pontal do Estaleiro, que também tem condições
de abrigar um terminal, da marina do Internacional e de ter a possibilidade de construir outros terminais fluviais, tanto para transporte de passageiros como turísticos”, explica. E quem ganha com isso são os portoalegrenses: “Encaramos a Copa do Mundo como uma belíssima oportunidade para qualificar a cidade e deixar um legado de desenvolvimento para a população”, acredita o secretário.
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Fotos: Divulgação
Paseo Zona Sul
A partir de agosto de 2010, a Zona Sul de Porto Alegre terá o seu primeiro Lifestyle Center, o Paseo Zona Sul. Lojas, escritórios, restaurantes e alternativas para entretenimento estarão distribuídos em mais de 7 mil m². Além disso, haverá um mirador, palco, telão multimídia e um espaço que disponibilizará água quente para o chimarrão que todo gaúcho gosta de tomar. O Paseo Zona Sul, que se localizará na Wenceslau Escobar, ainda possuirá telhados verdes, separação de lixo, reaproveitamento da chuva, pisos drenantes e reciclagem de materiais.
Colegial de Surf
A X3, empresa com sede no Iate Clube Guaíba, realizará o Colegial de Surf em Torres. Voltado para alunos das escolas gaúchas, possui também a categoria open. Sete passagens internacionais, 5 trips nacionais farão parte da premiação. Além disso, mais de 30 mil reais – pranchas, mochilas, camisetas e bermudas, óculos, tênis e acessórios – estarão em jogo por etapa do campeonato que promete sacudir o litoral gaúcho. No evento, que tem patrocínio da Gol, Von Zipper, Kuston, Piá, Trópico e Rio Surf, ainda haverá o lançamento do filme Still Filthy.
Escola de Skate
A Central de Escolas, projeto da X3 Marketing Esportivo, está iniciando suas atividades. Com aulas de skate, kitesurf, windsurf, stand up paddle, vela e wakeboard, é direcionado para crianças, jovens e adultos. Com aulas práticas e teóricas, a Escolinha de Skate se iniciará na segunda quinzena de março, no Ipanema Sports. Inicialmente, as aulas serão ministradas por Guilherme Gnomo, às segundas e quartas-feiras, com horários pela manhã e tarde. Aproveite!
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