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SALVADOR DOMINGO 21/4/2013
SALVADOR DOMINGO 21/4/2013
ENSINAR E
ENCENAR
O grupo infantil, criado em 2010, reúne músicos formados nas universidades federais da Bahia e do Paraná
Criado por músicos que desenvolvem pesquisas científicas nas áreas de educação musical e etnomusicologia, o Canela Fina põe a teoria em prática
Texto PAULA MORAIS paula.morais@grupoatarde.com.br Foto MARGARIDA NEIDE margarida.neide@grupoatarde.com.br
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E é assim, unindo teoria e prática, que o Canela Fina trabalha com a musicalização infantil, tanto nos cursos quanto nos palcos. O objetivo, dizem em coro, é despertar o gosto musical na criança, desenvolvendo coisas como a sensibilidade rítmico-musical, a memória, a coordenação motora, a concentração e a atenção. “Em nossos shows, contamos histórias com músicas e conteúdos que as crianças possam compreender. Se falamos sobre um instrumento, por exemplo, ele ganha destaque. E as letras dialogam com elas”, conta Carla. Já a musicalização em sala de aula,segundoela,segueumaoutrarotina. “Geralmente, iniciamos com uma música de boas-vindas e seguimos, então, com atividades de socialização, relaxamento e movimento do corpo”.
Q
uatro pares de sapatos coloridos misturados a dois ou mais batuques que tornam rítmicos os passinhos para lá e para cá, além de uma pitada de canela a gosto. Esta é a receita ainda utilizada por Kamile Levek, 29, Carla Suzart, 28, Angelita Broock, 30, e Diogo Flórez, 25, desde a formação do grupo infantil Canela Fina, em 2010. A fórmula que faz o Canela Fina funcionar começou ainda em sala de aula e foi, quase tudo, sem querer. Todos os integrantes são formados no curso de música pelas universidades federais da Bahia e do Paraná e, atualmente, desenvolvem pesquisas científicas nas áreas de educação musical e etnomusicologia.
Kamile e Angelita moravam em Curitiba e promoviam atividades musicais para bebês – musicalização infantil. Quando chegaram a Salvador, em 2006, perceberam que aqui esses exercícios só eram realizados com crianças a partir de 4 anos. A experiência teórica musical contribuiu para que pudessem recomeçar o projeto. Hoje, ocursotambémcomportaturmascomidade até 10 anos.
SALA DE AULA E PALCO Foi entre o aprendizado teórico da faculdade e os cursos para crianças, ainda em sala de aula, que o Canela Fina surgiu. “Pegamos a parte mais teórica e adaptamos para o show, que é, na verdade, uma grande aula prática. O que surge m sala reproduzimos no palco”, diz Angelita.
SHOW DO GRUPO CANELA FINA Livraria Cultura (Salvador Shopping), hoje (21), às 17h. R$ 15 (meia)
Bruxa, mágicos ou bailarinas. Os integrantes se caracterizam a depender da história que pretendem contar. Além disso, apresentam novos instrumentos e timbres diferentes às crianças. Hoje (21), o Canela Finafazshow,às17h,naLivrariaCulturado Salvador Shopping. No palco, uma viagem intergaláctica. “É sobre a história de um garoto chamado Pepi, que ficou cansado de viver na Terra e conseguiu viajar para outro planeta dentro de uma nave espacial”, conta Kamile. O cenário vai ser composto por materiais recicláveis,projeçõesefantoches.Oobjetivo, segundo ela, é aumentar a percepção cognitiva da criançada. Para o Dia das Crianças, em outubro, o grupo já adianta que um DVD será gravado no Teatro Vila Velha. O projeto foi aprovado em um edital e inclui também oficinas de musicalização para a garotada das comunidades carentes. “O tema ainda é segredo”, brincam. «
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