"Andando na linha"

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Andando na l inha S explicar. A família recebeu uma multa de mil reais e um puxão de orelha: dirigir no Brasil é só a partir dos 18 anos. As regras, também chamadas de normas, estão em todas as partes: na escola, dentro de casa, em uma partida de futebol ou no jogo de videogame. Elas servem para organizar a convivência entre as pessoas e evitar bagunça.

Dó, ré, mi, fá “O mundo seria um caos sem as regras”, disse Ana Luiza Almeida, 10. Ela faz parte do coral do Instituto de Educação Musical (IEM) há três anos e conhece bem as normas para ser uma boa cantora. Nada de mascar chicletes e balançar as pernas, para não perder a concentração. Pode até parecer estranho, mas Ana Luiza contou que é necessário. “Imagina se estamos cantando e engolimos o chiclete? Vamos engasgar, perder a afinação e a postura”. QUEBRANDO AS REGRAS

Marcele Vitória, 11, está no IEM há cinco anos, a mais

Raul Spinassé / Ag. A TARDE

As regras estão por toda parte, mas dá para respeitá-las sem chateação

Catharine, 10, não gosta de usar o bibico do Colégio da Polícia Militar

4e5

PAULA MORAIS

1, 2, 3 ndo marcha cortar os

m os precisa in n e m as s O 15 dias, e a d a c a s ar cabelo devem fic s a in n e m o saias das s. Essas sã o lh e jo s o gio da abaixo d as do Colé m r o n s a algum da Bahia. r a it il M ia disse Políc eida, 10, lm A e in r a sta é Cath ue não go q e d a ic n u que a ú ele chapé u q a , o ic bib o uso do regra sa seria a s E “ . m ro mar desse”. ria, se pu ra ti u e e no qu ra entrar a p io r á r O ho a-se 45. Engan h 2 1 é io colég ula a que a a s n e p m ,é e qu a verdade N . o d e c ”. Nada começa em forma r a r t n e “ o para ta. Esse é ie d m o c r ares. a ve ções milit u r t s in s s a velha da turma. Conhece as nome d e as regra u q e s is d . regras de cor e até sabe como Catharine á punição h e u q e s evitá-las. “Eu escondo o são muita saída. “Só a é o g lo chiclete debaixo da língua”. ia ou Mas o diá advertênc a r e g e v a Não é sempre que isso rdem algo gr as eles pe M . ” o ã s n acontece. É que Marcele acha m suspe ando fica u q a h c fi que algumas normas são do pontos na retirados o ã s e o chatas e podiam ser revistas. mais de castig não têm o d n a u q “Cumprir as regras é colégio o. essencial no nosso cotidiano. pontuaçã a PM e Mas algumas podem ser a Tenente d ciplinar d is d r o d a quebradas, e isso não faz mal son coorden ia, Ander r á im r p a ninguém”. escola um e que há Ela falou que chegar Alves diss do o to para to n e m la atrasada um dia na aula é u g re é as que ele fugir de uma norma que pode colégio, m pender da idade. de ser conversada. Já beber e aplicado a s na s os aluno o m a r a p e dirigir, por exemplo, não tem m ao “P r do chega n a u Q . a nenhuma explicação. “Não é ras”. escolinh em as reg b a s já , o só uma questão de regra, aí é 6º an educação também”.

Lúcio Távora / Ag. A TARDE

em cinto de segurança ou carteira de motorista. Este mês, a Polícia Rodoviária Federal (PRF) encontrou um menino de 11 anos dirigindo um carro numa estrada do estado de Santa Catarina. O pai estava no banco do carona e contou que deu o volante ao filho porque sentiu dores nas costas. Não adiantou

SALVADOR, SÁBADO, 17 DE AGOSTO DE 2013

As gêmeas Clara e Cecília, 10: regras trouxeram paz aos jogos de totó no colégio

Como uma regra vira lei? Não são todas as pessoas que seguem a mesma regra, porque isso depende de onde moram, da idade ou do diálogo, por exemplo. Mas algumas regras viram leis e devem ser cumpridas, pois as punições podem ser graves, como a prisão. O advogado Fabrício Rebelo disse que a diferença entre norma e lei é que a primeira nem sempre atinge todo mundo. “As regras são comportamentais, fazem sentido a depender de como é cada pessoa. Mas as leis de um país servem a todos”. Quem faz as leis do nosso País são os deputados federais e senadores. Eles votam um projeto e enviam ao presidente, que pode dizer sim ou não.

1x0 para o diálogo A hora do

intervalo d a escola é sempre um a diversão. As irmãs C e Cecília Gra lara njo, 10, nã o tinham dúvidas so bre isso até o jogo de to ser motivo tó de confusã o no Colégio Miró. Clara explicou qu e as regras estavam se não ndo cumpri das por alg estudantes uns . “Quem p erdia com gols deveri c in co a dar a vez ao outro colega. Ma s isso não acontecia, mais velho e os s também furavam a A solução v fi la”. eio da turm a de Cecília Eles convers . aram com a direção d colégio sob o re o motivo dos desentendim entos e de cidiram qu regras deve e as riam ser re p ensadas pa evitar confu ra são. Cecília contou que lista com o a que é ou n ão permitid foi colada o perto do jo go e todos concordara m com a d ecisão. “Fiz um envelo e m os pe de suge stões para qualquer u que m pudesse dizer o que achava. A c onfusão dim inuiu”.

Dá para fazer juntos Ter horário para dormir, tomar banho ou assistir a televisão. Essas regras são normais na maioria das casas. Mas e quando você se sente incomodado? A psicóloga infantil Lívia Barros contou que as normas podem ser conversadas antes de ser estabelecidas. “Os pais devem pensar nas regras para dentro de casa, sim. Mas elas devem ser dialogadas com os filhos, para que todos fiquem felizes com o resultado”. Então vai a dica: não gostou? Converse e diga o que incomoda.


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