Histórias com coração

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Ilustração de Wendy Edelson

AMOR ENTRE UM RAMO DE FLORES

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Era uma vez um rapaz chamado Simão e uma rapariga chamada Carolina, ambos novos com idades entre os 5 e os 6 anos. Eram namorados e a paixão era tão forte que levava o rapaz a dar todos os dias dez beijos e um ramo de flores.


A rapariga todos os dias esperava pelo seu amado na sua horta, não havia dia em que o Simão faltasse. A horta da Carolina era muito bem composta, tinha um espantalho com ar de ser bom companheiro. Já os corvos tinham um ar muito pesado, já para não falar dos tomates picados e esburacados que lá estavam devido ao seu mau comportamento. Um dia, o Simão foi encontrar-se com Carolina e afagou-lhe de tal maneira o pescoço que a rapariga só podia ficar a adorar cada vez mais o seu doce amado. No dia seguinte, a rapariga em vez de ir à sua horta foi à casa do Simão. O rapaz, ao ver a Carolina, deu-lhe dez beijos e um ramo de flores. Já estava preparado para ir visitar a sua namorada. A rapariga, depois de receber aqueles dez maravilhosos beijos e um ramo de flores, disse ao rapaz: - Escrevi uma quadra para ti, meu amor. Ouve. “És tão querido como as minhas flores, Tão amigo como a minha amiga, E tão bonito como a minha boneca de porcelana. Adoro-te.”

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- Tão giro!!! – Disse o Simão, pasmado com o amor da Carolina por si. – És tão querida!!! No dia seguinte, Carolina foi à horta e esperou pelo seu amado. Passados alguns minutos ele chegou, mas não tinha um ramo de rosas. A Carolina achou estranho da parte dele e perguntou:


- Então e as flores? - Atrasei-me e não as colhi… Desculpas? A Carolina não queria responder, mas o amor era tão grande que acabou por o fazer: - Não faz mal. Eu gosto tanto de ti que não ficaremos zangados por causa de um simples ramo de flores. - Para te recompensar, queres ir passear comigo? Vem lá! E lá foram os dois pelo caminho fora. Ana Costa

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Gráfico de Emma Moe-Dean


Ilustração de Lynette May

UM ROBÔ APAIXONADO

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Era uma vez um robô apaixonado. Esse robô chamava-se Quicas e era azul com alguns risquinhos de ferrugem. A robô por quem ele estava apaixonado chamava-se Tina, era violeta e não tinha ferrugem, era perfeita.


O Quicas era muito envergonhado. Um dia ele decidiu perder a vergonha e foi falar com a Tina, mas a meio do caminho pensou melhor e voltou para trás. Então, ele teve a brilhante ideia de lhe enviar uma carta a dizer o que sentia. Quando a Tina leu a carta ficou pasmada, ela não sabia que o Quicas gostava muito dela como dizia na carta. Lá no fundo eles tinham algo em comum, eram os dois envergonhados. O Quicas pensou que, se convidasse a Tina para dar um passeio no jardim, eles podiam começar a namorar e também podiam casar. E foi isso que ele fez. Começaram a namorar e casaram-se pelo civil. Ao fim de algum tempo tiveram três filhos.

Bárbara Costa

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Ilustração de Nicoletta Ceccoli

Dois países que estavam em guerra tinham um príncipe e uma princesa lindos, mas eles não se podiam ver. A paixão era linda, mas os pais não a aprovavam.

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Como os seus pais não os deixavam namorar, eles fugiram. E houve um lindo casamento. Foi assim que aconteceu:


A Espanha e a França estavam em guerra. Foi uma das guerras mais violentas da história, em que morreram muitas pessoas. Foi uma tristeza essa guerra que durou muitos anos. Num lindo dia de Primavera, o príncipe e a princesa encontraram-se perto do palácio de França. Apesar de gostarem um do outro, foram embora dali. A princesa voltou para o palácio e o príncipe foi para Espanha. Como não podiam namorar, ele tentou fugir mas foi descoberto pelas tropas reais que o levaram de imediato para dentro. No dia seguinte, quando todos dormiam, ele fugiu no coche dele para o palácio onde estava a princesa. Bem depressa deu com o quarto dela, perguntou-lhe se queria fugir e ela, como já sabia o motivo, aceitou. Foram no coche para um palácio em França e embarcaram num barco voador, onde tinham arrumado as suas coisas assim: no fundo do porão puseram o coche e os cavalos e o resto das coisas nos seus devidos lugares. Içaram as velas e levantaram voo. Quando passavam por cima do palácio de um e do outro deixaram uma mensagem. Os reis deram ordens de que procurassem algo que lhes pudesse dar informações para descobrir onde eles estavam e o que tinha acontecido. Os guardas procuraram e apenas encontraram uma mensagem que dizia:

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“Só voltamos quando a guerra acabar e pudermos casar.” Só que havia um problema, os reis não estavam dispostos a acabar a guerra. Mas no fim de duas semanas deram ordens para que a guerra acabasse porque tinham muitas saudades dos filhos. Logo de imediato, o príncipe e a princesa voltaram.


Agora só faltava decidir onde seria o casamento. Como os dois reis queriam que o casamento fosse nos seus reinos, o príncipe e a princesa decidiram casar em Portugal. Havia muitos convidados que traziam lindíssimos coches. O menu era muito variado e tinha pratos de vários países. Os noivos estavam vestidos a rigor e os seus pais prometeram que nunca mais iria haver guerra ou conflitos. Viveram felizes para sempre e ficaram conhecidos como os salvadores da guerra. Bernardo Sérvulo

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Ilustração de Jana Magalhães

O AMOR DA CLARA E DO TIAGO

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Certo dia, um rapaz chamado Tiago encontrou uma rapariga. Não era uma rapariga qualquer para ele porque era muito bonita. O Tiago pensou estar a sonhar porque ela foi ao pé dele e perguntou-lhe:


- Como é que tu te chamas? - Eu chamo-me Tiago. E tu? - Eu chamo-me Clara. O Tiago, para saber mais coisas sobre a Clara, perguntou: - Queres brincar comigo? - Pode ser. – Respondeu a Clara. E a Clara, depois de uns minutos, perguntou: - Mas brincar ao quê? - Tenho uma ideia! – Exclamou de repente o Tiago. - Que ideia é que tens? – Perguntou a Clara. - Eu tenho quatro balões e podemos usar dois. O que achas? - Pode ser. Os balões eram de formas diferentes, o do Tiago era redondo e o da Clara era em forma de um coração. Depois de brincarem com os balões, o Tiago assobiou para a Clara: - Clara, queres namorar comigo? - Sim, sim, quero sim. – Respondeu ela. - Vamos passear para celebrar o nosso namoro. – Afirmou o Tiago, contente. E depois seguiram a sua vida feliz.

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Carina Carrilho - 5º A


Ilustração de Patrícia Alves

A PRINCESA ENFEITIÇADA

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Era uma vez uma princesa muito bonita, de cabelos loiros e muito compridos. Um dia, quando estava a passear num bosque, viu uma caixa muito esquisita. Ela abriu-a e afastou-se de imediato, não sabia o que era, mas lá de dentro saiu um pó brilhante que a


cobriu. Estava com muito medo, não sabia o que fazer, e em segundos transformou-se. Da cintura para cima ficou princesa e da cintura para baixo ficou dragão. Passou dias a chorar e, quando passava por alguém, todos fugiam dela com medo. Sozinha e sem amigos, a única coisa que a alegrava era os livros. Onde ela ia levava sempre os livros. Já não tinha casa e, por isso, tinha que dormir, comer e viver no bosque. Numa manhã, bem cedo, ela ouviu cavalos a correr. Foi logo ver o que se passava, andou devagarinho com medo que alguém a visse e tivesse medo dela. Foi então que viu um cavaleiro alto, de cabelo loiro, vestido com uma armadura, e que levava consigo o seu capacete de ferro. Ficou encantada com a sua beleza quando o viu, mas tinha medo que ele fugisse. Ele ouviu uma voz doce e fininha, olhou e viu-a. Achou-a tão bonita que foi ter com ela, só depois viu que era metade dragão e perguntou-lhe como ficara assim. Depois de ter ouvido o que lhe tinha acontecido, ele não resistiu à sua doçura e beijou-a. Logo a seguir, ela transformouse em princesa. Tinha-se acabado o feitiço. Ele deu-lhe uma rosa e ela sorriu, depois pegou nela e levou-a no seu cavalo. Foram-se embora e viveram felizes, felizes para sempre no seu castelo. Daniela Caldeira

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Ilustração de Sara Vieira

A LUA E O SOL Quando uma noite a Lua estava olhando para o céu, reparou ao longe numa luz muito brilhante. Não sabia que luz era aquela, tão diferente das luzes das estrelas que tinha à sua volta.

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Todas as noites, os seus olhos procuravam aquele pontinho brilhante, não olhava para mais nada a não ser para ele. E na sua cabeça só existia um pensamento, descobrir o que era. Mas um dia, quando se ia deitar, aquele pontinho brilhante ficou enorme. Os seus raios de luz, brilhantes, eram enormes. Só podia ser o Sol e ficou apaixonada diante de tanta beleza.


Também aconteceu o mesmo ao Sol. Apaixonou-se por uma luz que, embora não fosse muito brilhante, de vez em quando mudava de forma. Nunca tinha visto coisa tão bonita. O Sol e a Lua tinham o mesmo desejo: encontrar-se. Queriam ficar frente a frente a olhar um para o outro, contar tantas coisas maravilhosas das suas vidas, e principalmente demonstrar o amor que sentiam um pelo outro. Um dia algo aconteceu. A Lua e o Sol juntaram-se num só, foi maravilhoso. Embora por breves minutos, foi muito bonito. Não queriam que aquele momento acabasse, ambos sabiam que tinham de continuar separados por muitos e muitos anos. Deolinda Martins

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Ilustração de James Browne

ANJOS APAIXONADOS Um dia, dois anjos estavam a passear numa bela floresta e um deles disse:

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- Este passeio está a ser maravilhoso. – Disse o Gerónimo. - Pois está. – Disse a Anabela. - Mas… Que flor é aquela? – Perguntou o Gerónimo.


- Não sei. – Respondeu a Anabela. - Olha, está a mexer-se. Mas que pó é aquele? – Perguntou a Anabela. E, de repente, eles foram minimizados como os Minimeus. - Oh, não! O pó é mágico como a rainha dos anjos. – Disseram em conjunto. - Já sei, aquela flor é uma violeta encolhedora amigável. – Disse o Gerónimo. - Chama-se violeta encolhedora amigável porquê? – Perguntou a Anabela. - Porque há a violeta encolhedora amigável e a violeta encolhedora inamigável. – Explicou o Gerónimo. - Mas o que faz a violeta encolhedora inamigável? – Perguntou a Anabela. - Torna-nos muito antipáticos. – Explicou o Gerónimo. - Isto de estarmos em mini é romântico… - Disse a Anabela. E eles apaixonaram-se e viveram felizes para sempre. Diogo Carrilho

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Ilustração de Evelina Oliveira

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Era uma vez um menino que andava sozinho porque a sua amiga se tinha ido embora. Então, ele sentava-se todos os dias no ramo de uma árvore a pensar nela, como estaria e se tinha novos amigos. Depois teve uma ideia, mandar uma carta. Pegou numa pena e começou a escrever tudo o que tinha para lhe dizer. Nesse momento


percebeu que o que sentia por ela não era amizade, mas sim amor, e antes de fechar a carta escreveu o que sentia por ela. Depois pegou numa pomba e num cordel, enrolou a carta e prendeu-a na pata da pomba, largou-a e viu-a voar para lá das montanhas. Tinha esperança que ela chegasse ao destino. E lá ficou ele, sentado no ramo da árvore, com um cobertor e uma pena na mão. Hugo Barradas

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Ilustração de Octavia Monaco

O AMOR ESPERA POR NÓS Era uma vez uma menina chamada Elisabete. Muito alta, tinha duas madeixas de cabelo muito compridas.

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Não falava com ninguém, pois as pessoas fugiam dela por ser como era. Uma vez, num dia de chuva com nuvens, viu um rapaz e foi amor à primeira vista. O problema é que o rapaz era pequeno e ela grande, mas mesmo assim se apaixonaram.


Nesse mesmo dia falaram. Ele disse: - Eu amo-te e sei que toda a gente diz que és gigante, mas eu gosto de ti como és e vou trepar pelas tuas madeixas do cabelo até à tua cara. Vou beijar-te e ficar como tu, gigante para ficar à tua altura. E ela concordou mas sabia que era um amor impossível. Ele começou a trepar pelos seus cabelos e chegou à cara da Elisabete. Disse-lhe depois daquele cansaço todo: - Consegui. Eu adoro-te, vou beijar-te e seremos felizes para sempre. Minha querida! - Sim, eu estou tão contente! Finalmente vou ser feliz depois de todos estes anos de sofrimento! Beijaram-se e depressa ele se tornou gigante como ela. Viveram felizes para sempre. Lídia Anselmo

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Ilustração de Laqua Parla

UMA HISTÓRIA ENCANTADA

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- Como é que eu lhe vou dizer isto? Será assim? As palavras não rimam. Olha, ela vem aí!

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O dia estava super romântico, o Leonardo andava no jardim a dizer a si mesmo:

A Mariana vinha quase a chegar e o Leonardo pensou:


- Ai, ela vem aí! Ai, ai, ai… A Mariana disse: - Para que me chamaste? - Porque te queria dizer uma coisa. E essa coisa é… Cá vai: queres namorar comigo? É que eu não conseguia aguentar mais tempo! - Mas claro! Eu também ia perguntar isso. – Disse a Mariana, sorrindo sem parar. Um dia depois, a Elisabete (uma amiga do liceu) viu-os a passear de barco, agarradinhos um ao outro. Qual não foi o espanto da Elisabete ao ver que estava uma gaivota com os filhotes no seu ninho, muito elegante, e a vela do barco tinha um grande coração vermelho. Espero que tenham gostado desta história encantada sobre o Leonardo e a Mariana. Madalena Carita

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Ilustração de Rachelle Anne Miller

UMA HISTÓRIA DE ENCANTAR

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Era uma vez o João e a Idalina que viviam muito felizes na sua nova casa. Tinham dois quartos, uma casa-de-banho em cada quarto e ainda outra, um jacuzzi, uma piscina, uma cozinha muito grande, duas salas e um grande quintal. Era uma grande casa, mas um pouco vazia.


Então, foram às compras: uma máquina de lavar loiça, roupa, um novo guarda-fatos, tantas coisas que as maiores tinham de vir numa carrinha de mobiliário. A casa iria ficar mais cheia. E, um dia, a Idalina ficou grávida. Todos receberam a notícia. Os pais ficaram muito felizes por saberem que iam ter um filho ou uma filha. Passou um dia e outro e outro e outro e… Até que a mãe disse: - Temos de decidir o nome para o nosso filho ou filha. Amanhã vou fazer um exame e, pelo que o médico me disse, já dará para ver o sexo. - Está bem. – Respondeu o marido. – Amanhã veremos. Um dia mais tarde… - É menina. – Gritou a mãe cheia de orgulho. E então, o pai ajoelhou-se aos pés da sua mulher, tocou-lhe na barriga e disse: - Esta nossa filha irá chamar-se Maria. A mãe concordou. E todos viveram felizes: o João, a Idalina e a futura filha, a Maria. Maria Fernandes

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Ilustração de Ana Oliveira

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O SAPO E A PRINCESA Há muitos, muitos anos, num reino distante, havia um príncipe esbelto e perfeito. No entanto, tinha um grande defeito, era muito vaidoso.


Certo dia estava o príncipe a gabar-se da sua beleza quando uma mendiga toda mal vestida lhe pediu uma esmola. O príncipe logo tratou de afastar a mendiga, todo incomodado, mal sabia ele que a mendiga era uma fada. Tão zangada ficou que transformou o príncipe num sapo, feitiço esse que só desapareceria se o coração do príncipe se tornasse humilde e bondoso e se alguém o beijasse e se apaixonasse tal como era. Com o passar dos tempos, o então príncipe e agora sapo correu metade do mundo à procura de alguém que se apaixonasse por ele. Mas quem quereria dar um beijo a um sapo verde e viscoso? Certamente ninguém! Um certo dia, já muito cansado, entrou num palácio e viu um belo lago para onde logo saltou para descansar. Mal tinha começado o descanso, apareceu uma princesa muito zangada a dizer para sair do seu lago. O pobre sapo lá pediu à princesa que o deixasse descansar, pois estava muito cansado, mas a princesa não quis saber e pegou no sapo e jogou-o para o mais longe que conseguiu, não queria bichos feios no seu lago. O sapo ficou muito triste, mas mesmo assim não se zangou com a princesa e, quando se preparava para ir embora, uma

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criada da princesa pegou nele e acariciou-o, dizendo-lhe que também a ela a princesa maltratava. O sapo, então, com pena da


pobre criada, tentou consolá-la. Esta, de tal modo agradecida, deu um beijo ao sapo com muito carinho. Nesse momento apareceu um grande clarão e o sapo voltou a transformar-se em príncipe, que logo pediu à criada que fosse com ele para o seu reino, onde acabaria por casar com ela sendo sempre um príncipe justo, humilde e sem qualquer vaidade. E foram felizes para sempre. Maria Ribeiro

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Ilustração de David Zabay Caballero

O JOÃO Era uma vez um menino chamado João, ele não gostava

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nada de ir à escola. Dizia que a escola era aborrecida e que não estava lá a fazer nada, nadinha, nicles.


Todas as manhãs era a mesma coisa, a mãe já se começava a fartar daquele comportamento: - João, vá, levanta-te. Tens que te despachar porque hoje vais ter teste de Matemática, estou à tua espera lá em baixo para tomarmos o pequeno-almoço. – Ralhava-lhe a mãe, destapandoo dos lençóis e cobertores que o cobriam até ao pescoço. - Já vou, mãe. – Dizia ele ainda muito dorminhoco, tapando-se novamente. Mas naquele dia o João teve uma surpresa. Ele sabia que tinha ido uma aluna nova para a sua turma, não a tinha conhecido porque foi num daqueles dias em que fingiu estar doente. Não sabia que ela era tão bonita. O João ficou de boca aberta, até estava maluco. Na aula de Matemática a professora apresentou-os e de seguida deu o teste. Ele não percebia patavina daquilo mas a aluna nova disse-lhe o teste todo. Nos dias seguintes era precisamente o contrário: - Rápido, mãe. Despacha-te! O João e a Clara, a nova aluna, tornaram-se muito amigos. E quando eram mais velhos, namoraram, casaram e tiveram dois filhos, o João Júnior e a Clara Júnior. E viveram felizes para sempre. Ricardo Neto

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Ilustração de Oreli Gouel

O DIA DE AMOR Era uma vez uma menina e um menino que decidiram fazer uma surpresa um ao outro, foi no Dia dos Namorados.

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- Então, o que é que queres fazer? – Perguntou o menino. E a menina respondeu:


- Podemos ir dar uma volta à beira-mar ou, se tu quiseres, podemos ir dar uma volta a um jardim cheio de flores. – Disse a menina. E assim foi. Quando chegaram ao jardim, estava um grande repuxo mesmo no centro daquela imensidão de bonitas flores. Mas, mesmo assim, não deixaram de se encantar pelas papoilas e pelos malmequeres. O menino colheu uma flor e deu-lha, depois disse: - Toma, é para ti. Espero que gostes. - Oh, é tão bonita! Obrigada. – Disse a menina. Começaram a olhar um para o outro, aproximaram-se e deram um beijo como se não houvesse amanhã. Depois foram passear e sentaram-se num banco a desfrutar, a olhar para o céu e a ver os pássaros voar e as folhas das árvores a bater intensamente. - É o amor! – Disseram os dois ao mesmo tempo. Rodrigo Costa

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Ilustração de Bryan Collins

A HISTÓRIA DE AMOR ENTRE A JOANA E O JOÃO

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Numa solarenga manhã de Abril, João ia a sair à porta de casa para ir buscar o jornal e um maço de tabaco como sempre. Apareceu-lhe uma menina à frente, a Joana, a gritar e a chorar, a dizer:


- Socorro! Acabaram de me roubar a mala e eu tinha lá a minha carteira com cartões de crédito e dinheiro! – Gritou a Joana, esbracejando e chorando ao mesmo tempo. Mais tarde ele quase nem se lembrava de a ter agarrado, foi um reflexo, e acalmou-a dizendo para contar o que tinha acontecido. Ela começou: - Ia eu a passear ao lado do “Xico dos frangos” quando apareceu um homem vindo de não sei de onde e me tirou a mala. – Descreveu ela, ainda soluçando. Depois, o João perguntou-lhe como era o homem e ela disse que era alto e musculado, tinha calças azuis, ténis, uma blusa vermelha com capuz, que trazia posto, e uma arma semiautomática. Em seguida, o João fez uma espécie de raio-x aos arredores e encontrou um homem que possuía as características descritas pela Joana. Foi logo a correr atrás do bandido, com os seus dotes para o boxe, judo e karaté. Chegando a uma esquina, viu o ladrão e aplicou um golpe de karaté que o deixou K.O. O João saltou para o pé da Joana com a mala na mão. - Vais ter de me recompensar. – Gracejou. E a Joana ripostou: - E que tal um encontro no jardim municipal? – Sugeriu. - Concordo. – Disse o João. – Pode ser às cinco da tarde?

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- Claro que sim! – Concordou a Joana.


E lá foram os dois para casa, todos contentes por terem feito uma nova amizade. Quando chegaram a casa puseram-se a pensar: - Mas será que não é preciso levar-lhe uma prendinha? – Pensaram eles, raciocinando. – É sempre melhor prevenir que remediar… Chegado o momento do encontro, lá estava a Joana no jardim, à espera do João com a prenda-surpresa escondida atrás das costas. Quando o João chegou, a Joana perguntou: - Que queres fazer, João? – Interrogou a Joana cheia de vergonha. - Não sei, dá tu uma sugestão… - Respondeu o João. Ficaram naquele impasse mais de um quarto de hora, até que o João, mais decidido que o Alberto João Jardim a criticar o José Sócrates , lhe “espetou” um beijo na bochecha, mais repenicado do que uma folha de couve. Ela corou que nem uma rosa na Primavera. Depois deste feito entregaram as prendas um ao outro e, a partir daí, no encontro seguinte seguiu-se o pedido de namoro feito pelo João. Ela aceitou. Foi amor à primeira vista até à idade de casarem. Tiago Galiza

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Ilustração de Peter Carnavas

Y|Å


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