Quem é essa mulher? – Gláucia Grigolo

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Gláucia

GRIGOLO

Sou eu, a madrasta

É a minha mãe

É a minha bisnonna italiana

É a filha mulher, a fraquejada

É você, que não é mãe

A quem dedico

Dedico este livro a todas as madrastas que amam e que construíram relações de afeto. Para aquelas que não amam seus enteados, porque amor não pode ser uma obrigação. Dedico às mulheres cujas histórias não estão na história.

A quem agradeço

Agradeço às mulheres que me fazem quem eu sou. Isadora, que me permitiu exercer a madrastidade. Leandro, meu amor, por me escolher para ser a madrasta da sua filha.

Sobre o que é

Este livro é sobre histórias familiares e diversos modelos de família. Sobre reconexões, sobre novas e velhas formas de amor.

Sobre a vida de algumas mulheres que aprenderam a ressignificar sentimentos, emoções e relações.

Sobre como me descobri madrasta.

Escrevo a partir do meu lugar de madrasta de uma criança que hoje tem dez anos e de como construímos nossa relação familiar.

Escrevo do ponto de vista de uma mulher ítalo-brasileira que descende de famílias cujas histórias também foram contadas por homens.

Todas as histórias deste livro são reais.

Para quem é

É para mulheres que, assim como eu, se sentiram sozinhas no mundo estigmatizado da madrastidade ou da maternidade.

É para madrastas, padrastos, mães e pais que exercem estas funções no mundo.

Para filhos e filhas, enteados e enteadas repensarem o papel de suas madrastas e padrastos.

É para quem quer reconsiderar o modelo de família definido pelo patriarcado.

Este livro existe para ouvir a voz daquelas mulheres que por muito tempo foram coadjuvantes em seus núcleos.

Existe para valorizar o lugar das mulheres nas árvores genealógicas das famílias.

Sumário

1. Carta da Mari para a Gláucia 15

2. Introdução 17

3. Sou eu 19

4. ITA e seu primeiro par de sapatos 23

5. Eu, a madrasta 29

6. NINA e suas duas mães 35

7. É você, que não é mãe 43

8. ELIZA , minha nonna 47

9. É aquela que acolhe 53

10. MARCELE, sua filha e as madrastas 59

11. A mulher do pai 63

12. SHIRLEI, a mulher do pai do Luca 69

13. A mãe marginal 73

14. MILENA , a mãe de duas meninas pretas 77

15. É aquela que ouve violências 85

16. RAFAELLA , a ex-madrasta 89

17. A filha mulher, a fraquejada 93

18. ISADORA , a minha enteada 99

19. A filha do pai 105

20. ANA PAULA , a madrasta do Cícero e mãe do Bem 111

21. A mãe bônus 115

22. CATERINA , minha bisnonna italiana 119

23. A árvore genealógica da enteada 127

24. Agradecer e agradecer 129

25. Final 133

26. Álbum de memórias 135

O mundo está precisando ser maternado. Várias mulheres estão recebendo este chamado para maternar o mundo. As pessoas estão doentes, tristes. Precisamos trocar as nossas medicinas, no sentido de fazê-las circularem no mundo.

para a Gláucia

Uma vez ouvi falar que a internet é uma grandessíssima festa do tamanho de alguns Maracanãs lotados.

Tem gente de todos os jeitos, conversa para todos os gostos.

A gente entra e precisa encontrar a nossa turma: foi assim que conheci a Gláucia.

Piano, piano – como diria o pessoal na terra onde ela vive enquanto escreve este livro –, nos conectamos.

Através do Somos Madrastas, projeto que criei para acolher madrastas, nossas angústias se tornaram compartilhamentos, acolhimento e gentileza.

Eu desejo viver em um mundo em que as prateleiras de livros sobre casamentos reconstituídos sejam do mesmo tamanho daquelas dos livros de cozinha – talvez seja utópico, mas eu escolho sonhar.

E foi caminhando pela minha utopia que vi a Gláucia chegar, se unir a mim e passamos a andar juntas.

Este livro chega para aconchegar, para incluir.

E este é meu grande desejo para todas as madrastas de todos os cantos do mundo, porque quanto mais amor, mais amor.

Beijos carinhosos e toda a minha admiração,

Escritora e Educadora Parental, criadora do @somos.madrastas, madrasta do Augusto e do Vicente, mãe da Flora e do Martim

15

Não se meta, ela não é sua filha.

UMA
DAS FRASES QUE OUVI
41

© Gláucia Grigolo 2021

Capa © Paula Albuquerque 2021

Capa, projeto gráfico e editoração: Paula Albuquerque

Revisão: Marisa Naspolini

Fotografias: Cristiano Prim (Gláucia Grigolo na capa); Gerusa Ansiliero (página 21); acervo familiar (capa, páginas 25, 33, 56 e Álbum de memórias); Paula Albuquerque e Unsplash / Anne Lambeck, Annie Spratt, Antoine Pluss, Deb Dowd, Insung Yoon, Jessica Felicio, Neven Krcmarek, Mehdi Sepehri, Paulo Brandão, Pawel Czerwinski, Vincent van Zalinge, Yoann Siloin (capa e páginas Uma das frases que ouvi)

1a edição, 2021

ISBN 978-65-00-30357-5

Esta é uma obra intelectual devidamente registrada na Câmara Brasileira do Livro, nos termos e normas legais da Lei n.9.610/1998 dos Direitos Autorais do Brasil. Conforme determinação legal, a obra não pode ser plagiada, utilizada, reproduzida ou divulgada sem a autorização de seus autores.

Este livro foi composto em Adobe Caslon Pro, PT Sans e Aerotis, quando era inverno no Brasil e verão na Itália. 2021.

FLOW.PAGE/GLAUCIAGRIGOLO

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