Seminário ABMI Digital & Sinc 2013

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Relatório ABMI A Associação Brasileira da Música Independente (ABMI) reuniu nos dias 18, 19 e 20 de abril profissionais de primeira linha para debater o mercado digital e formas de artistas e selos monetizarem seus conteúdos. O Seminário ABMI Digital & Sync Aprenda a monetizar o seu conteúdo musical teve suas inscrições encerradas em poucos dias e foi um sucesso tanto na análise de Thomas Roth, presidente da entidade, e Luciana Pegorer, diretora-executiva da ABMI e curadora do evento, como para palestrantes, debatedores, mediadores e participantes. Ao todo foram 25 apresentações, entre palestras, mesas redondas e demonstração de serviços. Além disso, houve seis workshops sobre o uso das ferramentas do Youtube e iTunes, e as movimentadas rodadas de negócios. Em resumo, todos concordam que há muito o que ser feito no Brasil, mas que o mercado está em plena expansão, com ótimas perspectivas pela chegada de novos investidores, agregadores e plataformas ao país.

18 de abril Na abertura do Seminário (Sala Arco do Telles), quinta-feira, dia 18 de abril, Luciana Pegorer, fez uma breve abertura, traçando um panorama do evento e atentou para a importância de se aprender a usar os atuais mecanismos de monetização que os meios digitais proporcionam na atualidade. "Temos possibilidade de construir algo novo. Tirem o melhor possível deste evento", finalizou. Na sequência, presidente do conselho da ABMI, o produtor e publicitário Thomas Roth, parabenizou quem conseguiu entrar no seleto grupo do Seminário e adiantou que ali se falaria dos novos tempos para a música, dos modelos de negócios para empresas e artistas sempre levando em consideração o valor da música brasileira e a diversidade que se encontra nela. Finalizando, Marília de Sant'Anna Faria, representando o SEBRAE, falou da necessidade de parcerias e explicou um pouco do projeto Estrombo. Em seguida iniciou-se o dia de debates e palestras.

Panorama da Música - Do Napster ao iTunes (Marcos Chomen) Abrindo o dia de palestras, Marcos Chomen, responsável pela CDBaby, uma das maiores distribuidoras mundiais de produção independente, abordou os caminhos da música na esfera digital. A experiência de 20 anos em Tecnologia da Informação e passagens por grandes empresas como a Cognos e a IBM foi essencial para pensar estratégias de divulgação e monetização para o novo modelo de música vigente. Chomen começou lembrando a época do compartilhamento de arquivos em rede P2P que protagonizou o primeiro grande episódio na luta jurídica entre a indústria fonográfica e as redes de compartilhamento de música na Internet, NAPSTER, onde ninguém sabia direito o que se estava fazendo, mas estava ali a ideia inicial do modelo do que seria a movimentação da música pela internet. E o iTunes chegou para organizar: a música ser consumida e o produtor/músico ser pago pelo seu produto. Chomen avaliou quem escuta e como se consome música hoje, onde os modelos mudam constantemente. "Hoje vivemos uma era impor na música, onde os modelos são muitos. Atualmente se escuta mais música do que antes, em que você assiste, ouve, e fica amigo do seu artista favorito nas redes sociais", disse. Para ele, a grande questão é saber como chegar lá, ser independente de forma inteligente e profissional para aproveitar toda a globalização que a internet proporciona. "A sua música precisa estar no mundo, nos players para streaming e download para você ganhar onde ela estiver tocando, seja no Brasil ou no Japão", avaliou.

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Segundo Chomen, hoje o músico tem a possibilidade de se fazer conhecido, fazer show, vender seus produtos e ganhar dinheiro. Em gráficos mostrou que os produtores independentes são a maioria no mercado (a famosa Calda Longa que diz respeito ao gráfico de vendas, onde a maior procura está nos chamados hits, onde se concentra o mercado de massa, despencando o gráfico até o mercado de nichos, tornando-se a cauda cada vez mais longa, pela quantidade de produtos disponibilizados pelas lojas virtuais, e onde estão os independentes). A palestra seguiu falando de uma indústria digital querendo que esta produção dê certo. E para isso o artista tem de estar antenado a estes mecanismos. Mas antes de tudo, a produção artística tem de estar inserida no processo através de um código barras e com o ISRC (International Standard Recording Code, ou Código de Gravação Padrão Internacional) e fazer parte de uma editora para que seu single ou álbum possa estar em todos os players, com distribuição digital, sincronização, promoção, direitos e análise de todos os processos para atingir o público consumidor e gerar dinheiro existem empresas que cuidam do conteúdo e para gerar todo o processo que são pagos, basta ver aqueles que lhe darão o melhor custo x benefício para o artista. Chomer ainda chamou a atenção de se ter o material físico para o artista, onde o artista tem de estar preparado em todos os níveis. O físico e o digital se complementam antes, durante e depois do show, onde o público pode comprar dos dois lados.

Branding : a arte de construir marcas (Marcos Hiller) Marcos Hiller, autor do livro "BRANDING: a arte de construir marcas", iniciou a palestra falando da importância de se trabalhar a marca na era da informação digital. E para isso, o melhor é estudar o ser humano que hoje consome de acordo com o imaginário de consumo. "Vivemos na era da informação, mas pode-se dizer que vivemos na era do excesso, onde existem marcas diversas que nem sempre sabemos a procedência. E o mundo digital ajuda a modelar e a modular a nossa percepção de compra", avalia. O palestrante defende a ideia de que hoje o mundo é interligado por uma ordem mercantil (não mercadológica) em que o consumo é simbólico que vai além de um processo de troca. Por isso quando se compra o iPhone, se está comprando e se inscrevendo no imaginário de consumo que denota elementos de inovação. A conclusão é que o consumo de hoje é simbólico. Outra afirmação do palestrante diz respeito ao consumo da sociedade contemporânea ser paradoxal: quanto mais inovação, menos tempo temos existe a cultura do excesso e o elogio à moderação. Hiller aponta que a marca hoje ajuda a compor o estilo e é muito mais do que um rótulo. O perfil , a característica de cada pessoa hoje está definida pelas marcas que se utiliza no dia a dia: desde o refrigerante, o sapato e a música que se escuta traça a personalidade de uma pessoa. Por isso existe mercado para todo tipo de produção (de novo a ideia da Calda Longa). Daí a importância de se trabalhar fortemente a marca. Por onde as marcas andam? Qual é a lógica do futuro? Estas indagações estiveram também na palestra que buscou explicar como a marca é importante se ter uma filosofia de gestão com foto na marca. Hiller segue a linha de que a marca está no centro de todas as ações que criam valor para o negócio.

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Apesar da comunicação off line ainda ser forte e crescente no Brasil, (90% é investido nela) a indústria on line vem dando sinais de que será uma saída para se fazer comunicação segmentada para as pessoas on line. A oferta de aplicativos hoje é mais forte do que nunca: cerca de 500 mil aplicativos com mais 10 bilhões de downloads. Nos EUA os aplicativos funcionam melhor do que um anúncio impresso. A lógica é fazer a marca girar por todos os caminhos. Transportando para a área musical, a "marca musical" tem de ter um diferencial para estar no dia a dia das pessoas, tornando-a mais humana e posicioná-la de modo certo (como eu quero ser reconhecido na mente do meu ouvinte consumidor). "O melhor caminho para posicionar seu produto é encontrar seu "point of difference" (o diferencial) da sua marca. Então, seja relevante para ter sucesso", finaliza Hiller.

Monetizando letras de música na web ( Darryl Ballantyne, Mohamed Moutadyne e Robert Singerman (Lyricfind)) O licenciamento de letras de música de forma legal foi o assunto que os empresários Darryl Ballantyne, Mohamed Moutadyne e Robert Singerman, da Lyricfind, explanaram para os presentes no Seminário ABMI Digital & Sync. Os palestrantes tomaram por base o trabalho desenvolvido na empresa para explicar o funcionamento deste serviço que em 2013 deverá pagar mais de 3 milhões de dólares em royaltes pelo uso das letras. E a previsão é triplicar este número nos próximos anos. As letras impressas de canções passaram décadas em relativa obscuridade, relegadas a capas de discos e partituras. E até agora não representavam fonte significativa de receita. Mas a era digital oferece uma chance de reavaliar seu valor, segundo os fundadores da Lyricfind. O objetivo do sistema foi criado para atender um conteúdo das letras de música que não era explorado como negócio. E ainda permite a sincronização da letra com a música onde o usuário pode acompanhar linha por linha proporcionando uma nova maneira de interagir com a música em seu aparelho (celular, tablets, etc). O licenciamento de obras para internet permite construir um banco de dados sobre cada obra. E para o usuário do serviço é fácil identificar a música com base na letra. A pergunta "Que música é essa?" é a base do funcionamento do aplicativo.

Uso da música em Mobile (Paulo Lima e Diogo Paiva (iMúsica)) Diogo Paiva e Paulo Lima, da iMúsica, se revezaram para falar um pouco da história dos celulares no brasil como forma de explicar o desenvolvimento do uso mobile, onde o mercado de voz e imagem veio crescendo de acordo com as mudanças nos aparelhos, através de um serviço de valor agregado entre as operadoras , produtos e plataformas do segmento como a Offdeck e OTT. Além disso, falouse do uso do mundo White Label - serviços gerenciados pelas operadoras e as que utilizam a plataforma Offdeck que tem marca e gestão próprias e são negociadas com as operadoras de telefonia. Diogo traçou uma linha do tempo sobre o uso de celulares. Explicou que com o tempo os celulares ficaram cada vez mais atrativos para o uso de conteúdo mobile. Ai entra em cena o modo operante de processamento dos arquivos, que pode ser via gravadoras, artistas indie e editoras. Depois desse acordo, se trabalha as plataformas para moblie, onde os pagamentos desse conteúdo são feitos via editora ou diretamente ao artista que detém a obra.

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Explicaram que a tecnologia para esta finalidade tem uma plataforma robusta para a entrega de codecs em formato de áudio o que se torna uma engenharia complexa. A gestão editorial e promoções em conjunto com editoras, operadora, gravadoras e artistas. são exemplos deste tipo de formato no mercado: oi diversão e downloads, ideasmusik, claro ideias, tim music são as mais conhecidas. Para o consumidor, as plataformas são adequadas para cada tipo de cliente e aparelho, que pode ser via assinatura ou um modelo de negócios "white label". As vendas desses produtos estão dentro da "interface de venda" que pode ser via sms, wap, simcard, URA (Unidade de Resposta Audível) e web. Diogo falou da distribuição da iMusica, que tem mais de 45 milhões sons de chamada vendidos com mercado ainda em crescimento. Um bom exemplo foi o som de chamada customizado que gerou em 2012 cerca de 46 milhóes para a indústria fonográfica.

Branding (rádios customizadas) - Pedro Salomão (rádio ibiza) Marketing sensorial foi o mote que Pedro Salomão , da Rádio Ibiza, iniciou sua palestra, em que procurou exemplificar como uma empresa que faz o serviço de customização musical deve atuar ao trabalhar a identidade musical do cliente. que são principalmente moda, lojas, restaurantes que procuram este diferencial. "A primeira ação é estudar profundamente o cliente - quase uma análise comportamental - com a finalidade de entender tudo que for relevante para traduzir em música", disse. Ou seja, transformar essa enxurrada de informações em experiências musicais para que consumidor que frequenta o estabelecimento faça o reconhecimento sensorial , associando a marca ao playlist sugerido. Isso gera a construção de um novo mercado para este tipo de ação, que é o de cuidar da da memória sensorial, já que cada trabalho exige uma listagem exclusiva de músicas. Outro destaque da palestra foi o olhar para o mercado musical a todo instante, encontrando novidades musicais e associando-as ao serviço funcionando como um olheiro de gravadora. Paulo deixou claro que os fonogramas usados são de gravadoras independentes , em sua maioria, e que o programação com a playlist customizada que deixam nas lojas é pago por sincorinização de fonograma, que através de um software se sabe onde e quantas vezes a música foi tocada.

Estratégias de promoção na WEB - Dick Huey (Toolshed USA) Dick Huey , da Toolshed (EUA), falou de como utilizar plataformas para conseguir promoções na web e das possibilidades de artistas conseguirem êxito em suas ações. O exemplo foi de um case de sucesso da jovem cantora norteamericana Daria Musk , que depois de 10 dias conseguiu 590 fãs no google+ , e rendeu matéria na revista Billboard sobre este feito. Tudo começou através de uma estratégia de promoção via internet em que utilizando o hangout recurso inovador que permite conversar em vídeo com 10 pessoas. "Isso é aproveitar as potencialidades da nova rede social, o Google Plus", disse Dick.

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Outras plataformas não são esquecidas. O palestrante disse que tudo tem de estar no seu lugar, e aprender a usá-las da forma correta tem grandes chances de obter sucesso. Ele mencionou Facebook, Twitter, Youtube, Instagam , Foursquare, Bandpage, Google +, entre outras. Mas não é só isso. O artista tem de estar conectado a todos eles e ainda ter um site onde tudo se encontre com a ideia de se tornar uma plataforma interativa. Desta forma o artita conseguirá atingir um número maior de fãs e gerar mailing list próprio. O estudo de colocar o artista nas redes e em seu site deve seguir um padrão para que tudo se conecte ao olhar de quem procura sobre mais do artista. O estudo deve ser minucioso, que vai desde a ideia de escolher as imagens para as redes sociais , até o conteúdo estratégico a ser usado em cada plataforma. "O intuito é criar superfans, onde eles interajam muito com as plataformas do artista", diz Dick.

Perguntas e respostas - Mediador: João Bernardo Caldeira O primeiro dia terminou com todos os palestrantes respondendo às questões do público presente, com mediação do jornalista João Bernardo Caldeira. Seguem alguns pontos interessantes: - 50% do que é vendido no total através do meio digital é de material da indústria independente Paulo Lima - Sempre procuro olhar para o "lado b", para usar o fonograma e gerar conteúdo novo, gerando novos cases de trabalhos, uma garimpagem de todos os lados - Pedro Salomão - Não existe como mensurar se os "likes" irão ser traduzidos em público em shows e compras, mas isso virá certamente da combinação do trabalho da internet e off line, isso irá fazer com que o êxito seja real - Dick Huey - As gravadoras independentes desburocratizaram o mercado, usando e criando estratégias diferentes. Vamos fazer o artista acontecer, tocar, com a ação independente, usando as ferramentas atuais, que antes não havia, e assim ter as obras tocadas , veiculadas, e fomentar esse trabalho de formas alternativas. A gente tem de protejer quem está fazendo o novo mercado, que está em transição e nós temos que nos unir para que ninguém da cadeia produtiva da música seja prejudicado - Pedro Salomão

19 de abril A sexta-feira, dia 19 começou com oito representantes de agregadores expondo suas marcas e falando sobre as oportunidades abertas para músicos e selos ganharem dinheiro com a distribuição digital, na Sala Arco do Telles. Depois, eles fizeram um debate mediado por Fábio Silveira, do selo Deck, e que teve a participação de Charles Caldas, diretor da Merlin, que ainda deu uma palestra no sábado à tarde, no auditório.. James Lima, country manager Brazil da Believe Digital: Lima destacou que sua empresa é a única com presença física em todos os países da Europa, além de outros países e que está abrindo escritórios na América Latina, tendo o Brasil, como base para a América Latina. Um dos objetivos é levar a música brasileira para o exterior, inclusive fazendo relançamentos e reutilização de catálogos. "O lançamento digital não é tão diferente do físico", afirmou Lima. A Believe tem como clientes 450 selos dos mais diversos gêneros.

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Emmanuel Zunz, diretor da One RPM: Zunz destacou que a One RPM foi criada por ele há três anos para o mercado brasileiro como um selo para suprir a carência de distribuição digital no país. Segundo ele, o mercado digital global cresceu 12% em 2012 e no Brasil, 83%. "Com a entrada de novos serviços no Brasil a possibilidade é de mais crescimento. Mas falta estatística no mercado digital brasileiro". Entre seus objetivos estão mudar o foco para o apoio ao artista. A One RPM trabalha com todos os gêneros musicais e, embora ainda não tenha descartado o CD, está engajada na campanha "Digitalize-se". Pretende identificar os gostos do cliente para recomendar os artistas de acordo com suas preferências. Felippe Llerena (Music Post): "Um sonho antigo está sendo realizado, que é a criação da Associação Brasileira de Distribuição Digital, que será um local para lançar negócios no mundo digital" Segundo Llerena, a Music Post criará uma ferramenta que repassa relatórios completos aos artistas. Ele agradeceu às empresas que estão vindo para o Brasil, mas ressaltou: "Todo mundo quer o conteúdo da música brasileira, mas faltam canais no exterior para difundir a música brasileira para o mundo". Paulo Lima, diretor executivo e comercial da IMusica Corp: "Nós distribuímos conteúdo com foco grande nas operadoras e temos contratos com todos os grandes player. Somos um agregador de música brasileira. Somos uma fábrica digital". Para ele, a indústria da música nunca esteve tão bem. "Não se fala mais em pirataria, mas em preços corretos e leis de direitos autorais. O Brasil será top5 em dois anos, pois vem dobrando o seu faturamento ano a ano. Mas ele ressaltou a importância de se construir metadados. Marcos Chomen, responsável pelo desenvolvimento da CDBaby: Ele explica que sua empresa é uma loja online que vende CDs de artistas independentes. "Nosso foco é distribuição e ferramenta na internet para o artista vender". Durante sua apresentação Chomen citou a banda Velhas Virgens, que lançou uma cerveja com um código para o fã baixar seu álbum na internet. Segundo ele, com R$ 100 o artista consegue subir um álbum no site da CDBaby. "O Brasil tem 300 mil bandas independentes. Quantas estão distribuindo para o mercado digital? O artista precisa acreditar que a música digital vende". Scott Cohen, co-fundador e vice-presidente da The Orchard: Cichowski destacou que a sua empresa é uma distribuidora de música, com foco em marketing, divulgação e conhecimento do mercado. Ele disse que The Orchard é a nona no Top 10 do Itunes e frisou a importância de se analisar a contabilidade, interpretando picos e baixas nas vendas. "Conhecemos vídeo e é o que fazemos, mas não basta ter presença no Youtube. É preciso estar interligado ao Facebook e ao Itunes também". Ele ainda afirmou estar muito empolgado com metadados e que vê o Brasil com um processo semelhante ao que aconteceu em outros países. "Vejo o mercado explodindo, com androids, smartphones, banda larga. Sem pensar em pirataria". Eric Namour, representante da C.I. para o desenvolvimento de negócios nos territórios latinos da América e Europa: "Conectividade é a palavra-chave para a gente", disse Namour, explicando que a C.I. não é um agregador, cuida de catálogos, arquivos e entrega de conteúdos para Spotfy, Youtube. "Focamos em dados, busca de dados. Mas não temos direito sobre nenhuma música, os direitos são seus". Ele acrescenta que a C.I. faz gerenciamento da informação e foi criada para dar poder para os independentes. "Trabalhamos com labels e agregadores e só fazemos negócios diretamente".

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Mauricio Bussab, diretor da Tratore: Fundada em 2002, a Tratore só trabalha com música independente brasileira e ainda faz distribuição de CD. Mas ele frisa: "O CD não vai acabar, o CD já acabou. O que há é um mercado de entusiastas do CD", afirmou. Ele informou que a Tratore tem 2.600 produtos, com 32 mil faixas no total e que está criando um selo chamado Raiz Música para venda de música de raiz brasileira, com gravações exclusivas, como a congada, por exemplo. "Não vai vender muito, mas para a gente é um grande negócio"", informou. Charles Caldas, diretor-executivo (CEO) da Merlin: "Estamos há cinco anos em 35 países e a Merlin é uma agência de direitos que trabalha para os seus 597 sócios. Os ganhos vão para os sócios. Vivemos um tempo frágil com este mercado com apenas três majors. Será muito mais difícil combatê-las. Elas querem encher cada vez mais o cesto de músicas e aumentar o seu poder. Elas não gostam do fato de o mercado digital estar crescendo, pois controlar a mídia fica mais difícil. Elas não gostam dos serviços abertos, o mercado livre".Ele ainda comparou em sua palestra o mercado brasileiro ao australiano: "Há dois anos não havia serviço de streaming e agora há 12".

Financiamento pela "galera" Ainda na sexta, Pedro Seiler falou da sua experiência muito bem-sucedida com o site Queremos.com, que conseguiu, por intermédio de crowdfunding - ou financiamento pela "galera", trazer ao Brasil shows de artistas alternativos do mundo todo. "O site é uma ferramenta para quem produz shows, com uma relação direta com o público. A gente poderia ganhar mais, mas não é o dinheiro que move a gente", disse Seiler, ao ser elogiado pela ética com que trabalha. Ele também comentou sobre a abertura de um mercado novo, nos Estados Unidos, e revelou que já há propostas de Portugal, Inglaterra, Noruega e Espanha (Madri e Barcelona). "Uma coisa é fazer no Rio, outra em outra cidade, e estamos aprendendo ainda. E outra mais diferente ainda é fora do país".

Música para jogos eletrônicos Em seguida, a Sala Arco do Telles recebeu Mark Frieser, diretor executivo (CEO) da Sync Exchange, que entrevistou Alex Hackford, diretor artístico da Playstation Sony. Foi exibido um trecho do Pro Fifa Soccer, com um jogo do Santos e "Neymar" e "Ganso" dançando na comemoração de um gol ao som de "Ai, se eu te pego", de Michel Teló. "O bom de ter música em game é que você é tocado muitas vezes e não só no seu país. O mercado brasileiro é emergente", disse Frieser. "Em jogos, a música se encaixa de forma diferente de um filme, normalmente representa o país ou o local em que se passa. A música que conheço daqui é por DJs e temos interesse em apoiá-la na Playstation", afirmou Hackford. "São de 40 a 100 horas de jogo para o usuário e o artista tem de dividir a música para ser usada também em peças promocionais. É importante que ela provoque sensações no jogador e transmita a atmosfera e a região que está sendo ilustrada", explicou o diretor da Playstation. "Meu interesse é conhecer bandas para serem lançadas junto com os jogos... E os próximos três anos haverá oportunidades sem precedentes para o Brasil. Patrocinaremos a próxima Copa e estou trabalhando no próximo jogo a ser lançado e haverá uma região no Brasil. Por isso estou aqui", concluiu Hackford.

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Encerramento O último dia de seminário reuniu pela manhã no auditório o jornalista, produtor e roteirista Leonardo Dourado, administrador da Telenews e conselheiro da Associação Brasileira de Produtores Indepentes de TV (ABPI-TV); Gerson de Souza, presidente da Abragames; Ricardo Villas, diretor musical da TV Brasil, e Márcio Mazzeron, diretor do canal de Music Box Brazil. O debate sobre sincronização em ficção foi conduzido pelo jornalista Rodrigo Fonseca, do jornal O Globo. Leonardo Dourado: "A música no audio-visual padece do mesmo problema: o orçamento sempre fica para o fim. Precisamos trilhar o caminho juntos e entre os desafios estão ter uma plataforma comum e pensar com músicos produtos que interessem aos canais para que a trilha sonora não seja mais o último item do orçamento, mas um dos primeiros". Gerson de Souza: "Há uma dificuldade achar músicos para criar para games. Muitos jogos se tornam ícones por causa da música. No exterior há uma certaq tabela de preços, mas qualidades e valores variam muito". Ricardo Vilas: "A situação da música na TV atualmente é desanimadora. Está limitada a espaços como Luciano Huck, Faustão, Raul Gil e a horários que ninguém vê. A música muitas vezes é vista apenas como uma ilustração. E no Brasil é um conteúdo cultural importantíssimo. Antes as emissoras tinham suas próprias orquestras, mas para cortar custos passaram a contratar um produtor para comprar trilhas, que tem a estética americana pop. A TV Brasil se abriu para a produção independente na música e a televisão precisa dar esse passo, com a regionalização de seus conteúdos". Márcio Mazzeron: "A Music Box Brazil é o primeiro canal exclusivamente para a música brasileira. Temos a melhor música do mundo. A regionalização é o grande desafio nosso. Há pouca oferta e muita demanda. Estamos abertos a todos os músicos e selos para exibirmos shows, clipes e filmes".

Promoção Web (Redes Sociais/Youtube) Desfalcado da produtora Adriana Pena, fundadora da Predileta, que teve dengue, o jornalista Beto Feitosa entrevistou Guilherme Viotti, fundador da Matanay, e Fábio Silveira, gerente internacional e de Novos Negócios da gravadora Deck. O segundo debate do dia 20 abordou as estratégias, as ferramentas utilizadas, os aplicativos criados e os cases de sucesso de suas empresas. Guilherme Viotti: "Para as majors a internet é complementar, mas para o independente é fundamental. Então é preciso descobrir quais as ferramentas que funcionam, gaste tempo pensando, esteja presente nas redes sociais. Você está brigando pelo espaço com todo mundo, se criar algo diferente terá destaque. Outro dia me perguntaram se rede social substitui site. Creio que não, o Myspace, por exemplo, definhou, deixou de ser referência, já o site ou blog é a sua casa, você controla". Fábio Silveira: "Quando parar de usar o rádio para promover sua música? A divulgação em rede social é para todo mundo. É precisoencontrar formas diferentes de trabalhar, saber com que público você quer falar. No facebook você está em contato com todo mundo, no site o tráfego é infinitamente menor do que era antes".

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Parceria Pleimo e IMusica Ulises Gasparini, gerente comercial da iMusica, e Henrique Portugal, tecladista do Skank e sócio da Pleimo, plataforma para músicos independentes. As duas empresas se uniram com o objetivo de apoiar os independentes. "É difícil achar empresário para divulgar o seu trabalho e a tecnologia vem conversando muito pouco com o artista, principalmente no campo da remuneração. Dinheiro na música é do artista", afirmou Portugal.

Sincronização em Publicidade O último debate do Seminário no auditório, mediado pela jornalista Márcia Elena, fundadora da Kappamakki Digital, reuniu o presidente da Warner Music no Brasil, Sergio Affonso Fernandes; Paulo Calia, produtor e sócio da YB Music; Marcelo Falcão, diretor da Universal Music Publishing, e Thomas Roth, presidente da Lua Music e da ABMI. O assunto: sincronização em publicidade. Marcelo Falcão comentou um pouco sobre seu trabalho: "A gente trata da obra musical. Muitas vezes a música já vem escolhida pela agência e temos de responder rápido sobre a liberação da música". Para ele o futuro da web é se tornar TV. Thomas Roth falou sobre os tipos de músicas que são usadas pela publicidade, trilha original ou obra consagrada. Ele ressaltou que a música se desgasta numa campanha, por isso precisa ser bem paga. "A vida do independente não é tão fácil. Há vários recursos, mas é loteria", disse. Paulo Calia explicou que a YB é metade gravadora, metade produtora. "Há ferramentas, mas as agências não têm tempo de pesquisar música. O produtor musical acabou nas agências, então fazemos uma consultoria". Calia deu um caminho para os músicos que buscam a publicidade: "Muitas vezes usa-se música instrumental, que tem boa vantagem sobre música com letra". Sérgio Affonso Fernandes destacou que a campanha publicitária se beneficia do produto do artista, que fica atrelado à marca, por isso um trabalho de marketing é fundamental para que ele não fique tão estigmatizado. "Lançamos novos músicos nacionais e internacionaios em campanhas. Tem o caso do Sigue Sigue Sputnik (banda inglesa de new wave dos anos 80), que fez um anúncio para a Semp Toshiba e gravou a música no álbum. Els só ganharam destaque no Japão e no Brasil. O Whitesnake ninguém conhecia e só veio para o Rock in Rio (o primeiro, de 1985), por causa dos anúncios da Holywood".

Os workshops da Sala do Ouvidor, do dia 19 de abril, foram de extrema importância para saber como trabalhar a obra musical no iTunes, com Kim Jansen; e para saber um pouco sobre a indústria de games no Brasil, com Gerson de Souza (da Abragames). O dia seguiu com o debate com membros da UBC e ABRAMUS explicando como as editoras de música trabalham a sincronização das obras. Finalizando, Marisa Gandelman (da UBC) explicou em linhas gerais sobre o funcionamento dos direitos de execução pública.

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20 de abril Ferramentas - Promoção no iTunes (Kim Jansen) Kim Jansen trabalha na Biscoito Fino e cuida diretamente da plataforma iTunes, uma das mais concorridas no cenário digital. Colocar um produto musical no iTunes necessita de estratégias direcionadas especialmente para ele. O primeiro passos é saber a antecedência ideal para o envio do material (todas as informações sobre o artista e o produto), que geralmente é de três ou quatro semanas antes do lançamento oficial do projeto. Uma boa dica é agregar o lançamento do CD com o álbum no iTunes. Kim iniciou falando dos agregadores, que faz a transferência de dados do conteúdo da gravadora para o iTunes, em que trabalha com arquivos wave xlsx, e foto 1500x1500 com resolução de 72 dpi. Como são ações de marketing casadas, definir prazos e prestar atenção a eles é de extrema importânicia. No iTunes há vários botões que funcionam como poderosas ferramentas a serem utilizadas, como o iTunes LP (onde o produto fica rodando na página principal do iTunes). Para fazer parte o projeto tem de ter exclusividade e ter o "algo a mais" para apresentar ao iTunes uma boa opção é fazer um making off do trabalho do artista. O iTunes LP funciona como um hotsite dentro do iTunes, por isso ele é tão concorrido. Outra boa alternativa de divulgação no player é ter um banner rotativo, onde a ideia é sugerida ao iTunes e a decisão fica por conta da própria equipe. Se a ideia passar pelo crivo do iTunes, a visibilidade do artista aumenta consideravelmente. Kim deu o pulo do gato: Para isso é bom vender a ideia de versões exclusivas (pelo menos uma faixa onde só será possível de conhecer via iTunes). O palestrante falou também da pré venda (pré order) pelo iTunes. Há de se ter também um diferencial para esta ferramenta: o "instant grant" que funciona a partir do momento que se compra o album e o consumidor ganha uma faixa grátis e a mesma é enviada via download. De novo aqui, tem de se ter a ideia de disponibilizar algum material antes de todos, antes do album ser lançado em outros lugares. Single of the week (single da semana) é uma outra estratégia de se ter destaque na página do iTunes. O próprio iTunes movimenta esta ferramenta com o conteúdo recebido de vários artistas, que geralmente não fazem parte do mainstream. Isso movimenta o conteúdo do iTunes ao mesmo tempo que serve de plataforma de lançamento de novos artistas no player. Falou-se da importância de se ter no site da empresa (no caso da Biscoito Fino) as redes sociais interligadas com o iTunes, como Twitter, Facebook, Instagram e blog - com direito ao botão do iTunes em todos eles, o que torna uma ótima alternativa para movimentar o artista dentro da rede - não esquecendo de colocar o botão de compra física e digital do iTunes. Ou seja, quanto mais disseminar, melhor para as pessoas conhecerem o produto dentro do iTunes. Gift Card é outra ferramenta do iTunes que foi lembrada por Kim. São cartões físicos para compras com ganho de créditos, como se fosse um cartão de telefone. Fora do brasil é vendido em lojas, farmácias e lojas de conveniência. Boas alternativas de uso do Gift Card é poder coloca-lo na venda direta para o cd, atrelar ao ingresso, vender nos shows. Mas infelizmente ele ainda não existe no Brasil.

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Fora o iTunes, outras lojas estão chegando: deezer (serviço de streaming) spotfy (streaming), Rhapsody, Rdio, entre outros. "A diversidade é bom para o mercado. Como a receita de música digital ainda é pouca, a premissa é que nos próximos 5 ou 10 anos sejam incorporados de vez no modelo de consumo de música por aqui" , diz Kim, que finaliza dando outra dica: "Para o iTunes quanto mais coisa pra vender, e isto é oferecer uma gama de coisas em conjunto, se agrega valor, e se torna melhor para a venda e para conseguir seu artista na página principal do iTunes".

A indústria da games no Brasil (Gerson de Souza) A Abragames esteve no Seminário para falar sobre a indústria de games no Brasil. Gerson de Souza , gerente executivo da empresa, trabalhou na Inglaterra dentro da indústria de games, e agora no Brasil está construindo passo a passo a cultura de produção de games e implementar essa vertente no mercado nacional. Gerson deu um panorama da área de games no Brasil, entre parcerias, exportação e mão de obra, e como a industria está se desenvolvendo e precisando de gente nova no setor. Ele explicou que a indústria de games se explica como outra qualquer, ondse existem fabricantes, publishers, distribuidores e varejistas até chegar ao consumidor. Só que os publishers faltam no mercado nacional. Os principais pontos foram: - o mercado está aumentando em cursos e especializações; - é uma indústria em transição, como na música (que está se adaptando ao sistema digital); - tem perspectiva de faturar cerca de 82 bilhões até 2017 em todo mundo; - o mercado de produção e de consumo está cada vez mais forte no Canadá, por conta de estímulos econômicos que fazem a diferença (o governo dá subsídios diversos para implantação do setor). O empresário falou em especial da distribuição digital, da nova geração de moblies (telefones e tablets) que estimulam o aumento de produção. Atentou para as vendas de consoles e vendas de jogos físicos que estão queda no mercado. Um dado importante mencionado foi que nos EUA as vendas de mídia física dos jogos e consoles vem diminuindo, ao passo que e a venda digital aumenta a cada ano. Esta demanda crescente é explicada por conta do surgimento de novos modelos de negócios e a evolução constante dos smartphones, que fazem as empresas se adaptarem à nova demanda. Atualmente os jogos estão em "nuvens" e os negócios ganharam outra proporção com jogos via streaming.

NO BRASIL Segundo Gerson, por aqui há o circulo vicioso que vai de desde a cobrança tributária alta até as poucas opções de consumo. Buscam-se alternativas, mas o ambiente local é mais propício à pirataria, que alimenta o mercado de forma ilícita e por conta disso a indústria brasileira de games se desenvolve a passos curtos. Mas mesmo assim existe um mercado nacional crescente, no consumo e na produção. O fortalecimento do mercado interno se deve à economia nacional que é crescente hoje o acesso à internet (banda larga) contribui muito para o avanço são os novos jogadores que fazem das redes sociais como o Facebook sua plataforma de jogos. E por conta disso a faixa etária dos consumidores cresce. Estes são alguns dos fatores que aquecem a indústria de games no Brasil, que é o 4º maior mercado no mundo atualmente em número de jogadores e consumidores.

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A Música na indústria de games A musica tem a função de dar o molho adequado ao que se vê na tela do computador ou do celular ou da TV. Como no cinema, o intuito é traduzir o momento da cena em música. Mas com os games algumas propriedades podem ser diferentes, como a função de interatividade com o público: o jogador sente a mudança, pois a música muda no segundo em que ultrapassa uma fase, por exemplo. "A música cria uma atmosfera no game, proporciona uma sensação de espaço, representando o ambiente" , afirma Gerson.Aqui a trilha sonora não serve apenas como "plano de fundo" de um game, mas narra cada etapa de um game, sendo a história contata praticamente pela música. Gerson deu dicas pra quem quer trabalhar na área: - estudar composição - focar no entendimento da estetica musical de games - preparar um excelente portfolio No mercado brasileiro é comum os compositores de trilhas se debruçarem em todas as etapas do trabalho, ao contrário dos projetos internacionais, onde há um profissional para cada função. "E por aqui não existem cursos específicos, mas o avanço está sendo grande nos últimos anos", diz. Um bom exemplo da importância dessa indústria no mundo hoje são os concertos exclusivos somente com músicas de games e os eventos internacionais que hoje estão premiando esta vertente , como no Grammy e a British Academy Games Awards Bafta, que cada vez mais faz o reconhecimento do trabalho da indústria de games dentro do mercado musical. No Brasil temos o festival Game Music Brasil que premia o segmento.

Debate: O Papel da Gestão Coletiva de Direitos Profissionais da UBC (Ney Tude) e ABRAMUS (Ricardo Melo e Gustavo Viana) debateram sobre o papel das sociedades autorais presentes em vários setores de arrecadação. O debate foi mediado por André Agra (ABMI) e trouxe a questão do ambiente de negócios na área musical, da sincronização do que é executado nos veículos de comunicação e como isso é mensurado para os autores e compositores. Entre os principais tópicos abordados, o mecanismo de captura de execuções da música em rádios e tvs foi o assunto mais relevante do debate. Os debatedores exemplificaram através de gráficos como se divide o ambiente de negócios que vai do titular de direito até a sociedade autoral: o intercâmbio de negócios e técnico (treinamento, sistemas, padronização e otimização) e o intercâmbio de dados (contratos, obras, fonogramas, cue-sheets). Ambas concordaram que grande parte deste processo é feito de forma que o dinheiro chegue de forma justa a cada parte - e em última instância ao detentor da obra. Explicaram como funciona o principal escritório de arrecadação, o ECAD, e como as sociedades arrecadadoras agem entre elas para melhorar o serviço de arrecadação no Brasil.

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Alertaram para a importância de todos os setores agirem de forma correta, pagando os direitos autorais para que toda a engrenagem funcione corretamente, o que não acontece hoje com o que se é exibido nas TVs (incluindo os canais a cabo). Outro ponto em comum foi a importância do ISRC (código padrão internacional de fonogramas desenvolvido para facilitar o intercâmbio de informação sobre gravações e simplificar a sua administração) e do Cue Sheet (documento usado para registrar todas as obras musicais executadas dentro de filmes, novelas, seriados, programas e desenhos) para todo o processo de arrecadação e do modelo de gestão coletiva dos direitos utilizado pelas sociedades em questão. Segundo as duas sociedades, a execução de obras no exterior é feita através de acordos entre sociedades dos países. Mas que nem sempre conseguem esse acordo por conta de uma legislação diferente da utilizada no Brasil. Mas que é sempre importante o autor avisar à sua sociedade arrecadadora que sua obra está sendo executada no exterior para que se possa estudar a melhor forma de obter a arrecadação. Segundo Ney Tude, da UBC, falta uma maior participação das gravadoras e artistas para avisar onde sua obra está sendo executada ou mesmo para onde foi enviada. E Gustavo Vianna, da Abramus, finalizou dizendo que na gestão coletiva não tem como funcionar sem uma interatividade com o autor ou gravadora. Terminaram o debate em uníssono sobre a escolha da sociedade que melhor pode representar o autor das obras: as diferenças entre uma sociedade e outra é mínima, mas na hora de escolher o melhor que o autor faz é saber o que cada uma oferece de serviços que possam ir de encontro ao pensamento do futuro associado.

Direitos de execução pública (Marisa Gandelman) Marisa Gandelman, Diretora Executiva da UBC, apresentou um panorama geral do funcionamento do sistema de gestão coletiva de direitos sobre execução pública. O que é uma sociedade autoral, a importância da gestão coletiva, o direito de autor e conexos, as relações com as sociedades fora do Brasil, quem paga, como paga, quem e como se recebe. Marisa mostrou uma conclusão para um melhor entendimento sobre o assunto: - tradicionalmente entendemos os negócios da música relacionados a dois grandes ramos de utilização: a execução pública e a reprodução. - Tradicionalmente entendemos a reprodução como o ato através do qual são produzidas cópias para serem ofertadas comercialmente ao público - tradicionalmente execução publica diz respeito às apresentações ao vivo, à transmissão por rádio e tv e outros meios de comunicação em massa, ou a execução de música gravada em locais de frequência. Um tópico importante foi o mapeamento dos direitos autorais no Brasil - dos direitos dos intérpretes e autores , dos direitos conexos , e da cobrança de fonogramas através da gestão publica. E lembrou da importância da criação de um escritório central para administrar os direitos dos fonogramas dos autores e intérpretes, em 1973. Marisa alertou que novos direitos na era digital é uma questão ainda em construção, por isso ainda é um problema para as sociedades de arrecadação pelo fato de que os direitos ainda se misturam entre direito mecânico e de execução pública. Por fim, concluiu: "A gestão coletiva é a alternativa, e uma questão a evoluir" .

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Palestra: A recuperação do mercado (relatório IFPI) Domingos Silva Neto, o Depa, da Som Livre discorreu sobre o mercado musical baseado no relatório da IFPI (Federação Internacional da Indústria Fonográfica). O relatório, publicado em fevereiro de 2013, mostra que a indústria fonográfica cresceu em 2012. E o crescimento foi impulsionado pelas vendas digitais. Segundo Depa, a tendência do mercado digital é crescer cada vez mais com a chegada dos novos agregadores, com ampliação da malha tecnológica no país (rede 4G) e com o desenvolvimento de novos hardwares que facilitarão o acesso do consumidor às mídias digitais. A grande dúvida que ainda paira no ar é se os serviços de streaming e de download conviverão ou se o crescimento de um implicará no enfraquecimento do outro. Hoje, há um equilíbrio entre essas duas formas de consumo da música digital.

Palestra: Crowley Broadcast Paul Smith, CEO da Crowley Broadcast Brasil, explicou detalhadamente como a Crowley faz a monitoração eletrônica das rádios no Brasil e como transforma essas informações em dados confiáveis. Aproveitou o espaço e produziu um pequeno manual aonde o 'planejamento' e 'divulgação' são as chaves para um artista monetizar satisfatoriamente seu conteúdo. Com dados extraídos dos relatórios produzidos pela Crowley, Paul Smith destacou o crescimento das rádios na web e sua relevância no mercado. Claudio Menezes entrevista o DJ Memê Em bate papo descontraído, Claudio Menezes (Rádio Ibiza) questionou o DJ Memê sobre os DJs ajudam a divulgar músicas e artistas novos. A conversa fluiu agradável e bastante informativa, passando por pontos importantes: o processo de garimpagem de músicas novas, como s próprios artistas podem mandar seus materiais aos DJs, como os DJ transformam aquelas músicas, etc.

Workshop BRTrax - Como ter sua música sincronizada na programação de TV (ou passo a passo da sincronização em programação de TV) Rafael Pissurno, da BRTrax, é o responsável pela sincronização em vários de programas de televisão (BBB, Estrelas, Prêmio TIM). Em seu workshop, Rafael mostrou algumas plataformas disponíveis para fazer a sincronização e fez com a plateia alguns exercícios de escolha de trilhas para diferentes cenas. Falou, ainda, sobre a importância de um bom banco de dados à disposição do diretor musical numa produção audiovisual.

Workshop: Negócios na Internet e Marketing Digital Alexandre Neves atua há mais de 20 anos na área de tecnologia. Foi executivo de grandes empresas e criador do grupo Emprelink. Com seu amplo conhecimento, discorreu sobre as grandes oportunidades de negócios na internet. E falou ambém sobre como o Marketing Digital pode ser ferramenta das mais eficazes para um artista (ou selo) independente.

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O Mercado Norte Americano de Música Workshop: Ferramentas do Youtube Gian Uccello, consultor de negócios e marketing na área digital para artistas e selos independentes, deu uma verdadeira aula sobre o Youtube e suas ferramentas poderosas. Ilustrou com cases de sucesso e ensinou passo a passo as várias possibilidades de promoção dentro da rede social mais acessada no Mundo. Durante o resto do dia, várias empresas tiveram 30 minutos para se apresentarem aos participantes do Seminário. Tempo suficiente para apresentarem seus negócios, responderem as dúvidas da plateia e apontarem caminhos. As plataformas e empresas que se apresentaram foram: Spotify, Nonkia Music, Google Play, Rdio, Muve, Deezer, Naxos Music Library, Pleimo, DJBrazil, BRTrax, SGF ABMI. O evento deixou todos os participantes muito satisfeitos. Além das dicas preciosas, vários negócios foram fechados durante o Seminário. Passaram por lá: executivos de pequenos selos (brasileiros e internacionais), executivos de grandes gravadoras (inclusive das majors), empresários, advogados, artistas, jornalistas, proprietários de estúdios de gravação, donos de escolas de música, professores de música, músicos profissionais e amadores, etc. A ABMI mais uma vez realizou um evento único. Que venha o Seminário de 2014!

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