CONAN O BÁRBARO: RESGATE NO DESCANSO DOS JUSTOS
(por MarcosVOM, fan-fic criada sobre o universo de Conan O Bárbaro, do autor Robert E. Howard). “Saiba, ó príncipe, que naqueles anos em que os mares sorveram Atlântida e os vislumbres de cidades, e à época do surgimento dos Filhos de Aryas, houve uma era inimaginável, durante a qual os reinos de esplendor se espalharam pelo mundo como miríades de estrelas sob o manto azul dos céus... dela surgiu Conan: Bárbaro... de cabelos negros, olhar sombrio e espada em punho...um ladrão, gladiador, salteador, assassino, mercenário e comandante de muitas nações, dono de gigantesca melancolia e jovialidade, e, por seus próprios meios, rei da maior e mais poderosa nação de seu tempo: Aquilônia. Eu, seu historiador, sou o único que posso contar sobre tempos de grandes aventuras!”
Os olhos fitam ao se abrirem um turvo e desfocado teto abobadado, pouco a pouco, começam a se focar. Conan começa, a se mexer, porém cada movimento gera uma dor e um novo pragueja da boca do cimério. Seu corpo possuía algumas ataduras, mas nada grave apenas esfolados. Ao virar a cabeça para o lado, Conan ver passar uma mulher trajando um manto branco e cabelos cobertos por um véu, passando apressadamente carregando toalhas. Conan: '– Mulher, por favor, me diga onde estou.' Diz, com um tom imperativo não proposital. Os olhos da mulher fitam o cimério com medo, mas a boca, aberta, nada diz. Conan: '– Onde estou mulher? É muda ou surda?' A mulher vira e corre bruscamente, nada respondendo ao cimério, que pragueja mais uma vez por não ter sido respondido. Ao tentar seguir a mulher com os olhos, nota que esta em um grande salão de pedra, com janelas pequenas a quais pouco de luz passa. Um número relativo de pessoas estava no local, comendo em mesas ou deitadas em esteiras no chão ao lado de seus pertences, sempre agrupadas, mas o cimério, pelo que notou, estava isolado há uma grande distância. Apesar do local não aparentava nenhum perigo, Conan, instintivamente, toca em sua cintura, buscando sua adaga, ausente. Ao fundo, Conan vê a figura de um homem alto, compleição física ao cimério, rosto típico de um gunderlândes: Robusto e austero, barba e cabelo aparados, trajando uma cota de malha e um manto branco. O trintrilhar das argolas da malha e o impacto forte do calçado ao chão aumentavam a cada passo, aproximando de Conan, que essa hora, já estava sentado. Um estranho temor corria no corpo do cimério, mas, era baixo, já que o homem não portava armas e estava ao lado daquela mulher que correu ao ouvir as indagações de Conan.