Glam Magazine - Portugal - Agosto 2014

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Editorial Festivais…. O nosso tema de capa mostra isso mesmo, festivais… festivais por todo o lado... Este ano o nosso país esta “invadido”, no bom sentido, por festivais de musica (e não só). A juntar aos chamados “gigantes” dos festivais, surgem os mais diversos festivais em diversos formatos por todo o país e em todas as localidades, desde a pequena aldeia de Cem Soldos em Tomar até aos festivais urbanos de Lisboa e Porto. Vários conceitos inovadores trazem novas vertentes aos festivais, arte, cinema, luz, culinária são alguns dos novos produtos a juntar à música, até agora o objetivo principal dos festivais. Temos festivais para todo o tipo de público, para o mais jovem, surfistas, “dreads”, metal, góticos, etc… Nada falta em Portugal, apesar da dita crise, a assistência dos festivais não esta em crise a julgar pelo presente, bem como pela organização dos mesmos. Como diz a Capicua: “… a gente diverte-se imense…” Em Setembro temos mais… e melhor. Divirtam-se…. Paulo Homem de Melo (CEO & Editor-in-chief / Photografer)

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Ficha técnica Editor Paulo Homem de Melo Direção Sandra Pinho Edição e direção da revista Paulo Homem de Melo Cordenação Mário Duarte Editora moda Paula Fernandes Fotógrafos / Colaboração Paulo Homem de Melo Fotografias Paulo Homem de Melo Taiga (Feira da Buzina) ERP Festival Med / Câmara Municipal de Loulé Humberto Mouco (Câmara Municipal de Lisboa) Créditos / Agradecimentos Primavera Sound SL / NOS Taiga Unipessoal Presslink (Cláudia Duarte) CML CAE Figueira da Foz / Isa Silva Festival Vilar de Mouros / Associação AMA

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Sumário

03 | Editorial 04 | Ficha técnica 05 | Sumário 06 | Festivais de verão 10 | Sahoco 14 | Música // novas edições 18 | NOS Primavera Sound 32 | Stiff Records 35 | Festival Vilar de Mouros 2014 47 | Festival Vilar de Mouros… a história 50 |People like us... // Isa Silva 52 |MUDE / / André Saraiva 54 |Festival Lumina 2014 56 | Mercado Cooletivo // Aveiro 59 | Feira da buzina // Lisboa

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Tema de Capa // Festivais de Verão Festivais de Verão…. O ano de 2014 pode-se dizer que é o ano mais “fertil” em matéria de festivais de Verão. A chamada “época de festivais” teve inicio com o Rock in Rio e para já... termina em finais de Novembro com o Vodafone Mexefest. O tradicional festival/festa Rock in Rio teve lugar logo em finais de Maio de 2014 e terminou a 1 de Junho. Com as suas características únicas e invulgares para um festival, esta edição do Rock in Rio foi igual a tantas outras realizadas nos últimos 10 anos em Lisboa. Dias alternados, que obriga a deslocações próprias, um festival de marcas e produtos em que a música ocupa um lugar no meio de uma autentica festa popular, de brindes e publicidade. O destaque deste ano foi a presença, entre outros, e concerto dos Rolling Stones, sendo o fiasco do festival entregue a Robbie Williams. Um festival que continua a manter os erros do passado com alguns artistas de renome a fazer os seus concertos em playback. De 5 a 7 de Junho o Porto era tomado de assalto pela 3ª edição do NOS Primavera Sound (reportagem completa a partir da página 18). Kim Wilde, Ricks Astley, Lena Dágua, Billy Ocean, Bananarama, foram estes alguns nomes que estiveram entre 13 e 14 de Junho em cascais para mais uma edição do ERP Remember Cascais. Um festival em que se pretende recordar os grandes nomes dos anos 80 e que levou ao rubro todos os que passarem pelo hipódromo municipal transformando-o numa enorme discoteca ao ar livre. O festival teve o seu apogeu na sua segunda noite com o concerto de Billy Ocean, pelos vistos o cantor era o esperado dos cerca de 14.000 visitantes que passarem por Cascais.

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ERP Remeber Cascais

Festival Med

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Entre 25 e 28 de Junho decorreu em Loulé a 11ª edição do Festival Med, organizado pela Câmara Municipal de Loulé. Um dos festivais mais ecleticos do pais, mostrou mais uma vez como se consegue ter sucesso sem recorrer a grandes nomes. Destaque para a Ala dos Namorados que encheram a zona histórica de Loulé e da presença de grandes nomes como Celina da Piedade, Primitive Reason, Gisela João entre outros. O Festival conta já com uma identidade própria que lhe confere destaque nos roteiros dos festivais de verão na Europa. De 26 a 28 de Junho a Ericeira seria palco do maior festival de reggae/dub em Portugal, o Sumol Summer Fest. O mês de Julho “arrancava” com a 16ª edição do Musa Cascais 2014, realizado entre os dias 4 e 5 de Julho. Um festival solidário com alguns nomes da dub music. Um dos chamados “grandes” festivais regressava a Algés no dia 10 de Julho este ano como Nos Alive! Artic Monkeys os grandes cabeças de cartaz a esgotar logo o primeiro dia do festival. Foram 3 dias com o maior cartaz de bandas e não só dos vários festivais de verão. Na semana a seguir a 17 de Julho a praia do Meco registava mais uma edição do Super Bock Super Rock. Mais 3 dias de Meco, sol e Rock ‘n’ roll como era anunciado pelos seus promotores. Com Eddie Vedder como o nome grande no segundo dia, o Super Bock Super Rock foi marcado pelo mau tempo, mau tempo esse que castigou grande parte dos vários festivais deste ano. Na mesma altura, mas junto às margens do rio Douro em Gaia, decorria de 17 a 19 de Julho mais uma edição do Meo Marés Vivas. Um cartaz diverso com os James a marcar o segundo dia do festival num concerto debaixo de uma chuva intensa. Reportagem na integra na próxima edição.

Igualmente durante o mês de Julho acontecia em Oeiras mais uma edição do EDP Cool Jazz. 3, 6, 10, 13 e 26 de Julho foram as datas do festival. Grandes nomes como José James, Suzanne Vega, Gregory Porter entre outros preencheram mais uma vez os Jardins Marquês de Pombal na vila de Oeiras (Reportagem completa na próxima edição). A edição de 2014 do FMM em Sines decorreu este ano de 18 a 26 de Julho. Um excelente cartaz que levou à vila alentejana os melhores nomes da world music. O festival já é uma referencia mundial da World music e comprovou nesta edição essa distinção. A beira alta surgia no roteiro dos festivais de Verão com a 5ª edição do Festival Meda+, na Guarda de 24 a 26 Julho. Capitão Fusto, Linda Martini, Anarchicks entre outros colocaram mais este festival, na rota da música em Portugal. Ao mesmo tempo em Barcelos decorria mais uma edição do Festival Milhões em Festa. De 24 a 27 de Julho passaram pelo Parque fluvial de Barcelos cerca de 60 artistas, destacando a prata da casa, os The Glockenwise entre muitos outros. Entre 25 e 28 de Julho decorreu em Montemor-onovo a 16ª edição do Festival de Lavre. Jorge Palma surgia como o cabeça de cartaz do festival. O dia 31 de Julho de 2014 marcava o regresso do Festival Vilar de Mouros ao alto Minho. (reportagem alargarda a partir da página 35 bem como uma breve história do festival na página 47 desta edição) Na próxima edição teremos o resumos dos festivais do mês de Agosto…

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Sahoco Sahoco é uma marca portuguesa de roupa, calçado e acessórios surgida em 2009 em Leiria. A marca esta presente em cerca de uma centena de lojas em Portugal. A marca esta igualmente presente em algumas lojas na Europa onde já conquistou o seu espaço devido à sua qualidade e inovação de materiais. A Sahoco é uma marca jovem, destinada a um publico mais jovem que procura a simplicidade de linhas mas com a qualidade que a marca procura apresentar. São linhas com energia, cor e estampados vibrantes que fazem esta coleção de verão ser única e atrativa. A aposta da marca em tecidos alegres e flutuantes e nos pequenos pormenores primaveris que invadem esta estação resultaram em pleno, demostrando uma vez mais o sucesso que a marca tem alcançado. Uma coleção ideal para quem gosta de apostar nas cores e em looks leves e descontraídos.

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Modelo: Ganna Kayun

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Música // Novas edições

“Lullaby and… The Ceaseless Roar” - Robert Plant Robert Plant é atualmente um dos mais carismáticos músicos no ativo. Membro fundador dos Led Zeppelin em 1968, Plant lança no inicio de Setembro o seu novo álbum a solo depois de uma pausa de 4 anos. Abandonando o estilo folk e voltando a redescobrir o rock inglês, Plant juntou-se novamente aos Sensational Space Shifters que o acompanharam entre 2001 e 2007. O disco é em toda a linha um álbum de colaborações e de redescoberta da carreira a solo de Robert Plant. Destaque deste mês, a não perder para quem acredita que o Rock’n’Roll ainda existe. Agosto 2014 / Página 14


“In the lonely hour” - Sam Smith Sam Smith o jovem inglês que com a sua voz soul conquistou o mundo da música. Um disco passional com temas meldicos que encantam e contagiam quem escuta o álbum de estreia deste jovem de 22 anos. O disco inclui o sucesso “Money on my mind”

“I’m bot bossy, I’m the Boss” - Sinead O’Connor Depois do sucesso e fama em finais dos anos 80, Sinead continuou com a sua carreira mais ou menos discreta. Regressa em 2014 com o seu 10º disco de originais. Destaque para “Take me to the Church”

“Royal Blood” - Royal Blood Álbum estreia do duo britânico Mike Kerr e Bem Thatcher, formado em 2013. O álbum é uma mistura de estilos com base no garage rock e no blues. Sonoridade com semelhanças dos Queen of the Stone Age mas influencias dos Led Zeppelin. Em 2013 fizeram as primeiras parte dos concertos dos Artic Monkeys

“La petite mort” - James 6 anos após o seu último discos, a banda de Manchester regressa com um álbum onde pretendem mostrar o seu caminho ao longo de 30 anos de carreira. James que vão dar 2 concertos em Portugal em Novembro após uma passagem em Julho no Festival Marés Vivas onde protagonizaram um dos melhores momentos do festival. Agosto 2014 / Página 15


“Stars” - Collabro Álbum de estreia dos Ingleses Collabro, uma “boys band” que surge no teatro e que se estreia a interpretar covers de alguns dos musicais que marcaram tais como “Les Misérables”, “Moulin Rouge”, “Chess” entre outros.

“The bonés of what you believe” - Chvches Álbum de estreia dos escoceses Chvrches. Álbum pop sintetizado, eletrónico e dançavel. Originalmente editado em 2013 o disco é relançado em Julho de 2014. O grupo estará presente em Paredes de Coura em Agosto

“Terms of my Surrender” - John Hiatt 19º disco de John Hiatt, pianista e cantor norte Americano de Rock, blues, folk, country. Como ele próprio afirma é um disco com todos os estilos musicais. Ao longo da sua carreira de 42 anos, Hiatt venceu vários prémios e é atualmente um dos mais respeitados autores norte-americanos. O álbum é a prova da sua versatilidade.

“With– Metrópole Orkest.” - Laura Mvula Segundo álbum da britânica Laura Mvula. Uma das melhores vozes da atual cena “Smooth jazz”, Laura encantou igualmente quem esteve presente na edição deste ano do Cool Jazz em Oeiras. Um excelente disco com a Metrópole Orkest sob a batuta de Jules Buckley. O disco foi gravado no mítico Abbey Road Studio em Londres Agosto 2014 / Página 16


“Puro” - Xutos & Pontapés (Edição limitada em vinyl) Sobre o ultimo disco dos Portugueses Xutos & Pontapés já muito se disse e escreveu. O álbum já rodou nas dezenas de concertos que a banda efectuou desde o lançamento do disco no inicio de 2014. Pelas mãos da Rastilho Records o disco volta a ser noticia e pelas melhores razões. A editora de Pedro Vindeitinho resolveu em boa hora fazer uma edição limitada a 400 exemplares do disco dos Xutos & pontapés em “black vinyl”. Sem dúvida mais um excelente lançamento da Rastilho records em colaboração com a Sony Music Portugal, que continua a merecer destaque pela sua aposta na musica Portuguesa e no lançamento de edições em vinyl para os puristos do audio, tal qual o nome do álbum dos Xutos & Pontapés, “Puro”. O alinhamento do álbum é exatamente o mesmo da edição em CD. A não perder esta edição limitada, a nº 100 da Rastilho

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NOS Primavera Sound 1º dia (5 Junho) A edição de 2014 do Primavera Sound decorreu no Parque da Cidade do Porto entre os dias 5 e 7 de Junho de 2014. A Glam Magazine – Portugal esteve lá deste o primeiro minuto do festival.

Enquanto os Spoon animavam o festival, junto do palco Super Bock os mais novos aguardavam pelo concerto da Luso/Brasileira descendente Sky Ferreira. Sky subiu ao palco pelas 20.40 e levou ao rubro os milhares de adolescentes que aguardavam a cantora. Numa toada teen-pop Sky conseguir manter o publico sempre ao rubro tendo apresentado ao vivo os temas do seu último disco, cantados em grande parte juntamente com o público que assistia. Pelas 21.45 no palco NOS surgia Caetano Veloso, apontado como um dos cabeças de cartaz para a primeira noite, não foi capaz de motivar o publico presente, um publico mais velho que espera ouvir os clássicos de Veloso, mas que no fundo ouviu praticamente os temas do ultimo disco de Caetano “Abraçaço” de 2012, mas pouco conhecido em Portugal. De volta ao palco Super Bock, pelas 23.30 surgem as irmãs Haim. Talvez uma das grandes revelações neste Primavera Sound; Este, Danielle, Alana e Dash Haim conseguiram uma das melhores atuações da noite, canções Rock, riffles de guitarra e uma boa presença em palco ficaram na memoria de quem assistia ao concerto. Quase a finalizar a primeira noite, no palco NOS o rapper Kendrick Lamar, igual a si próprio, subia ao palco pelas 00.40. Publico jovem dominava a assistência. Um concerto marcado por rimas e um constante grito de revolta junto dos jovens, aqueceram a noite fria de Primavera no parque da cidade. O palco Super Bock trazia pelas 2 da manhã o grupo australiano Jaguar Ma. O grupo liderado por Gabriel Winterfield, apresentou o seu álbum de estreia “Howlin” repetindo assim o sucesso verificado no Festival paredes de Coura em 2013.

O Primavera Sound arrancou com “Os da Cidade”, no palco NOS. Trata-se de um coletivo constituído por António Zambujo (Voz e violão), Miguel Araújo Jorge (Voz, violão e guitarra eléctrica), Ricardo Cruz (Baixo) e João Salcedo (Piano, acordeão e harmónica). Um inicio muito morno com um grupo que não resultou em palco, num final de tarde agradável enquanto o recinto se organizava com os primeiros visitantes . No palco Super Bock, o cantor brasileiro Rodrigo Amarante iniciava logo de seguida a sua atuação. O cantor carioca apresentou o seu primeiro disco a solo editado em Setembro de 2013 intitulado “Cavalo”. Rodrigo Amarante, de 37 anos de idade, iniciou a sua carreira musical em 1997 como elemento integrante no grupo Los Hermanos onde tocava flauta transversal, tendo desde essa altura evoluindo dentro do grupo até iniciar a sua própria carreira a solo. O som do samba cantado fez-se ouvir no final de tarde no Parque da cidade. Pelas 19.45 o palco NOS apresentava o segundo nome da noite, os Spoon. Banda Americana formada em 1994 por Britt Daniel (vocalista) e constituída por Jim Eno (bateria), Rob Pope (baixo) e Eric Harvey. Um bom concerto com um som que começou a criar o ambiente próprio do festival numa altura que o recinto ganhava vida própria do inicio da noite. Uma boa presença em palco por parte de Britt Daniel. A banda aproveitou a presença no festival para uma pré apresentação do álbum editado no passado dia 5 de Agosto “They want my soul”. Terminava assim a noite de quinta-feira no Primavera Sound. Embora com dois “cabeças de cartaz” seria a noite com menos afluência de publico do Festival.

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Haim

Sky Ferreira

Kendrick Lamar

Spoon Agosto 2014 / Pรกgina 19


Caetano Veloso

Rodrigo Amarante

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2º dia (6 Junho) O segundo dia do festival já contou com os 4 palcos do recinto a funcionar. A juntar ao palco principal NOS e ao palco Super Bock, os palcos ATP e o palco Pitchfork (musica de dança). Pelas 17.00 o palco Super Bock apresentou os HHY & The Macumbas, coletivo de artistas do Porto que recentemente lançaram o seu primeiro trabalho discográfico, "Throat Permission Cut". Logo de seguida no palco ATP os Visions Fortune, coletivo musical criado em Londres com músicos do Peru, seguindo uma sonoridade de Rock Psycadelico com raízes latinas. Ainda o recinto tardava a ganhar movimento, pois a chuva de primavera parecia assustar, os Torto, mais uma banda do Porto, davam inicio à sua atuação no palco NOS, liderados por jorge Coelho, aproveitaram para apresentar o seu disco de estreia. Os Torto são uma banda que se relaciona com o “post-rock” com a mesma agilidade que com a disciplina do improviso e com a sonoridade do jazz. Pelas 18.25 o palco ATP recebia os Follarkzoid, banda surgida em Santiago do Chile que trouxe ao festival o seu “krautrock” e lembrar as bandas experimentais alemãs dos anos 60. Follarkzoid, banda desconhecida dos Portugueses que se deu a conhecer mas que não convenceu os poucos “festivaleiros” que assistiram ao concerto. Logo de seguida o palco Super Bock começava a vibrar com os Midlake, quarteto rock originário do Texas que apresentou uma sonoridade “low-rock” o que se transformou na banda sonora perfeita para um “sunset” no festival. Apresentaram ao publico Português o seu álbum de 2013 “Antiphon”, um misto de country, folk e rock. Enquanto o recinto ganhava forma e publico, o palco ATP via resurgir uma obra prima do rock, Television plays “Marquee Moon”, álbum editado em 1977 dos Television e considerado pela critica um dos melhores álbuns rock da história.

Os Television de Tom Verlaine conseguiram transportar o publico para os anos 70, principalmente os menos novos, que tiveram a oportunidade única de assistir ao concerto que recriou na integra o álbum de 1977. Pelas 20.00 subiam ao palco NOS as Warpaint, grupo Pop/rock experimental de Nova Iorque que foi mais uma das boas revelações da edição deste ano do festival à semelhaça da sua passagem pelo Optimus alive em 2012. As Warpaint já tinham passado em Março deste ano em Portugal onde na Aula Magna (Lisboa) fizeram a apresentação do novo disco. Ao inicio da noite os australianos Pond tomavam de assalto (atrasados) o palco ATP enquanto que o palco Super Bock recebia os Slowdive, grupo formado em 1989 na Inglaterra e sem nenhum disco novo no activo (o mais recente data de 1995), conseguiram encantar o já bastante publico que se encontrava no parque da cidade, pela beleza e magnifica voz de Rachel Goswell que dominou o publico. Enquanto se aguardava o(s) cabeça(s) de cartaz da noite, o palco ATP recebia os Godspeed You! Black Emperor, grupo originário do Canada surgido em 1994 com a sua sonoridade “Post-Rock”. Para muitos o momento alto da noite surge às 22.35 no palco NOS, os norte americanos Pixies regressam a Portugal e aos concertos promovendo o seu novo disco “Indie Cindy” lançado em 2014, 23 anos depois do seu ultimo álbum. Parque da cidade repleto para ouvir Black Francis e a sua banda, num misto de nostalgia e de punk Rock. Não podiam faltar os clássicos dos Pixies com a voz de Francis mais madura e rouca que levou ao rubro os cerca de 25.000 fãs de vários países que foram até ao Porto para assistir apenas e só ao concerto dos Pixies. Enquanto se aguardava pelo segundo grande momento da noite, Trentmoller, musico/produtor dinamarquês conquistava o publico com os seus sons electrónicos multi-facetados com muito rock à mistura e uma voz que seduzia o publico por um lado, e adormecia outros mesmo com a chuva a querer manter toda a gente acordada. Agosto 2014 / Página 21


O palco NOS era tomado de assalto à 1.25 pelos Mogwai, para muitos o segundo grande momento da noite, oriundos de Glasgow, com uma sonoridade “pós-rock” puro e duro como sempre foi característica da banda. Uma boa presença em palco, excelentes efeitos visuais cativaram os resistentes e os fãs que ainda estavam no parque da cidade. O palco ATP fechava a noite com o som pesado dos norte americanos Shellac, enquanto que no palco Pitchfork desenhava-se musica de dança, pesada, dos Darkside e repetitiva do Norueguês Todd Terje. O segundo dia foi um dia intenso, com muito rock progressivo e experimental para aquecer uma noite de Primavera fria e desagradável, sempre com a ameaça de chuva.

Pixies

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Midlake

Warpaint

Slowdive

Trentemoller Agosto 2014 / Pรกgina 23


Television performing “marquee Moon”

Mogwai

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3º dia (7 Junho) O terceiro dia do Nos Primavera Sound prometia. Era esperada a maior enchente dos 3 dias de festival, com os cabeças de cartaz, The National, assim fazia prever o que acabou por acontecer. Mas seria um dia com algumas boas surpresas. Sem ameaça de chuva embora com uma temperatura bastante baixa para a época, o terceiro dia arrancava pelas 17.00h no palco Super Bock com os espanhóis Refree (alter ego de Raul Feràndez). Às 17.25 os ingleses Eaux tomavam conta do palco ATP na sua toada indie pop. O palco principal arrancava às 17.55h com os Portugueses You Can’t Win Charlie Brown, colectivo formado por Afonso Cabral, Salvador Menezes, Luís Costa, David Santos, Tomás Sousa e João Gil. O grupo, e talvez por ser muito cedo, não conseguir cativar os poucos festivaleiros que se encontravam no Parque da Cidade ao final da tarde desse sábado. Os britânicos Hebronix apresentavam-se no palco ATP enquanto que o rock alternativo de Lee Ranaldo, ex-guitarrista dos Sonic Youth, e acompanhado dos The Dust, animava o palco Super Bock. Pelas 20.00h o palco NOS era ocupado pelos Neutral Milk Hotel, sendo a primeira enchente deste terceiro dia. Público jovem aguardava a banda americana de folk music que recorre a objectos diversos e invulgares em palco. Bizarros, divertidos e ao mesmo tempo estranhos levaram ao publico um concerto que rapidamente conquistou os presentes. Lamentavelmente a banda não permitiu a recolha oficial de imagens. À mesma hora uma das grandes supresas da noite apresentava-se no palco ATP, Yamantaka // Sonic Titan, coletivo originário do Canada mas inpirados nas tradições e cultura do Japão numa mistura indie/pop europeia e asiática. Pinturas faciais japonesas marcaram a presença em palco do grupo que conquistou um publico mais adulto. Pelas 21.05h o 4º palco (Pitchfork) iniciava a sua atividade com o Canadiano Mas Ysa. A musica eletronica começava assim no palco Pitchfork.

Pelas 21.25h o rock americano regressava ao palco Super Bock com John Grant que com os seus ritmos e riffles conquistaum publico adulto e sedento de rock. Numa noite bastante diferente da anterior, o rock parecia reinar. Os Espanhóis Standstill, grupo formado em Barcelona, apresentavam o seu punk rock no palco ATP, enquanto que no palco NOS se preparavam “lugares” para receber os americanos The National. Pelas 22.30h a banda de Matt Berninger surgia em palco para o delírio de um parque da cidade completamente cheio para ouvir os The National. Muitos dos presentes vieram apenas e só para o concerto dos The National. Sem duvida que os The National foram o grande nome da 3ª edição do Primavera Sound. Foi um concerto onde a banda apresentou o seu ultimo álbum, lançado em Novembro de 2013, mas também onde mostraram ao publico Português temas dos seus anteriores discos. Ao longo de praticamente 2 horas o publico manteve-se sempre presente. Por “culpa” dos The National, 3 excelentes nomes ficaram para segundo plano, no palco Pitchfork as americanas Dum Dum Girls que mereciam mais destaque, Charles Bradley com o seu funky/soul no palco ATP que fez vibrar os poucos que “fugiram” dos The national. Charles Bradley merecia mais e um palco maior; St.Vincent, uma das grandes revelações desta edição do Primavera Sound que teve o “azar” de começar a sua atuação ainda durante o concerto dos The National. St. Vincent regressa a Portugal no final de Novembro, mostrou que é atualmente uma das melhores vozes indie pop. Pelas 00.25h o post-rock voltava ao palco ATP com os Slint, banda norte-americana formada em Louisville. O ambiente “final de festa” já se notava no parque da cidade quando surge um dos grandes momentos da noite e um final de festival que marcou quem ficou no Parque da cidade depois do concerto dos The National. Pelas 1.20 da manhã no palco NOS, o grupo americano !!! (chk chk chk) sobe ao palco e a animação, o ritmo e a dança tomou conta das últimas horas do festival. Agosto 2014 / Página 25


Sempre com um ritmo constante, interagindo com o publico, dançando e animando, Nic Offer encerrou com chave de ouro a 3ª edição do festival. A noite terminaria ainda no palco ATP com o “one man band” Ty Segall e com os americanos Clound Nothings e o DJ espanhol Pional no palco Pitchfork pelas 4 da manha. Um terceiro dia de festival, com boas revelações com uma variedade musical mais completa e diferente. Com uma assistência superior a 70.000 pessoas, o festival consolidou o seu sucesso e mais uma vez prova que já é uma referencia da musica alternativa na Europa. Fica a promessa da organização que no próximo ano teremos a 4ª edição com mais e melhores bandas. Lá estaremos em 2015!!!

You Can’t Win. Charlie Brown Agosto 2014 / Página 26


Yamantaka

The National

St.Vincent

Lee Ranaldo & The Dust Agosto 2014 / Pรกgina 27


Neutral Milk Hotel

John Grant Agosto 2014 / Pรกgina 28


!!! (chk chk chk)

Charles Bradley

Refree Agosto 2014 / Pรกgina 29


Desde a sua primeira edição, o Primavera Sound, agora NOS Primavera Sound, sempre aproveitou de uma forma excelente o Parque da cidade do Porto para a realização do Festival. Um verdadeiro anfiteatro natural, uma excelente distribuição de palcos, um cenário de beleza única principalmente no final de tarde. Dentro da cidade mas longe dos tradicionais festivais urbanos como o Rock in Rio ou o Nos Alive!, o Primavera Sound beneficia igualmente pela data da sua realização, ainda em plena primavera. As flores surgem como o aliado natural das festivaleiras. Aliado à localização, o festival já é um marco no calendário europeu de festivais sendo ponto de encontro de diversas pessoas oriundas de vários pontos da Europa. Em geral é um festival que sabe aproveitar o local da sua realização e consegue criar um ambiente de “paz” e “descontração”.

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Stiff Records "The World's Most Flexible Record Label" Este era o lema da editora britânica Stiff Records. Fundada em 1976 por Dave Robinson e Andrew Jakeman (conhecido por Jake Riviera) ambos já ligados à musica desde finais dos anos 60. A editora nos seus moldes originais funcionou entre 1976 e 1985. Em 2007 foi reativada embora mantendo uma linha bastante diferente da original. Criada no inicio do “boom” do punk Rock, a Stiff assinou com nomes como Nick Lowe, the Damned, Lene Lovich, Wreckless Eric, Plummet Airlines, Elvis Costello, and Ian Dury O seu primeiro disco editado (BUY1) foi o single “So it goes” de Nick Lowe editado a 14 de Agosto de 1976, tendo vendido cerca de 10.000 cópias. Em Novembro de 1976 é editado o primeiro “punk”, “New Rose” (BUY6) dos The Damned, tornando-se um sucesso de vendas. A editora sempre usou um marketing agressivo com slogans que ficaram para sempre marcados no panorama discográfico britânico, tais como "The World's Most Flexible Record Label"; "We came. We saw. We left", "If It Ain't Stiff, It Ain't Worth a Fuck", e ainda "When You Kill Time, You Murder Success" Em 1977 a Stiff assina com Wreckless Eric, Ian Dury, e Elvis Costello, tendo as vendas aumentado consideravelmente, estando a distribuição assegurada pela Island e EMI. Robinson e Riviera nunca se deram muito bem pelo que em 1978 Riviera abandona a editora levando Elvis Costello, Nick Lowe e os Yachts para a Radar Records que tinha acabado de criar. Em 1979 Robinson assina contrato com os Madness, editando o single “One step beyond” (BUY56), que se tornaria o maior sucesso comercial da editora quer na Inglaterra bem como no resto do mundo, ajudando a Stiff a manter-se por mais alguns anos.

O inicio da década de 80 foi o melhor período a nível comercial da editora com o seu primeiro nº1 "Hit Me with Your Rhythm Stick" (BUY38) de Ian Dury bem como um conjunto de álbuns de sucesso. Simultaneamente alguns discos obscuros marcavam a vida da editora, a titulo de exemplo o álbum “The Wit & Wisdom of Ronald Reagan” (ABRA1), que vendeu 30000 cópias não tinha nada gravado nos 2 lados do LP. Em 1983 a Island Records adquire 50% da Stiff e Robinson fica a gerir as 2 editoras pois na altura a situação financeira da Island não era das melhores. Foi com Robinson que a Island sai do vermelho editando Frankie Goes to Hollywood, “Legend” de Bob Marley, e “The Unforgettable Fire” dos U2. Em 1983 os britânicos The Pogues assinam pela Stiff, lançando em 1984 o single “Dark Streets of London” (BUY207) mas os Madness desaparecem do universo de Robinson, ultimo single editado em 1985 “One better day” (BUY201) Em 1985 Robinson fica apenas com a stiff e consegue manter a editora por mais 12 meses que sobrevive do sucesso dos The Pogues. Em finais de 1985 a Island torna-se a maior acionista da Stiff vendendo-a posteriormente à ZTT, detida pela Warner Music Group, que atualmente detem os direitos das edições da Stiff Em 2007 a ZTT resolve reativar a Stiff com os The Enemy. São editados novos trabalhos de alguns artistas originários da Stiff tais como Wreckless Eric, Henry Priestman, Any Trouble, e Chris Difford. Novos artistas são igualmente lançados A Stiff continua no ativo tendo em 2012 editado o seu ultimo nº 1 single “Bom Bom” de Sam & The Womp O chamado “back catalogue” da editora é constituido por 150 singles e mais de 50 albuns lançados em finais dos anos 70 e inicio dos anos 80 nas áreas do pop, punk e rock.

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Festival Vilar de Mouros O Festival Vilar de Mouros regressou novamente em 2014 à aldeia que lhe deu nome em 1971. A edição deste ano, foi organizada pela Fundação AMA Autismo, tendo como objectivo angariar fundos para a construção do primeiro Edifício Multifuncional pensado e adequado à valorização e apoio da pessoa com Perturbações do Espectro do Autismo (PEA) e suas famílias. A totalidade do lucro do Festival Vilar de Mouros será aplicada a 100% na construção deste edifício pioneiro em Portugal. Este projecto é já apelidado como sendo “o primeiro grande evento de Economia Social”, pois está a ser desenvolvido por uma instituição de Solidariedade Social sem fins lucrativos. Esta edição de 2014 pretendia acima de tudo relembrar a primeira edição ocorrida em 1971 e trazer de volta a nostalgia do Festival Vilar de Mouros, depois de alguns anos sem se realizar. A própria história do festival mostra-nos as várias dificuldades ao longo destes 43 anos em manter o festival todos os anos. Depois da edição inicial em 1971 foi recuperado em 1982, depois em 1996 e entre 1999 e 2006 conseguiu manter a continuidade anual. Os próximos 4 anos do Festival de Vilar de Mouros, terão a Fundação AMA Autismo, a Autarquia de Caminha e a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, a cargo da organização, em parceria pro bono com a agência MSTF Partners. No final da edição deste ano já foram asseguradas as datas para a edição de 2015. Apesar do regresso, o publico não correspondeu ao Festival. O evento, sem um grande nome em destaque e com um cartaz anunciado apenas 1 mês antes do mesmo, não conseguiu mobilizar os festivaleiros para dar vida à aldeia de Vilar de Mouros como em anteriores edições. Vamos esperar pela edição de 2015 se a situação se inverte e se Vilar de Mouros entra mais uma vez no circuito dos festivais de verão.

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Vilar de Mouros voltou em 2014… mas infelizmente o publico não… No primeiro dia do regressado festival estima-se que apenas 3000 pessoas estiveram presentes no Festival. Uma primeira noite que anunciava os UB40 como cabeça de cartaz, ou melhor como alguma critica fazia questão de referir o que restava dos UB40. O recinto abriu às 18 horas e apenas algumas dezenas de pessoas fizeram questão de estar presentes quando os Youth Culture Soundsystem, no palco secundário estavam a atuar. Grande parte dos primeiros presentes eram habitantes da aldeia, todos eles, cerca de 1000 com direito a entrada livre no festival. O palco principal viu chegar pelas 19.30h os Capitão Fausto que perante a assistência de cerca de 2 centenas de pessoas fizeram questão de afirmar o orgulho de estar presente no regresso do mitico festival. O impacto do interregno foi demasiado notório nesta edição. Os Trabalhadores do Comercio foram a segunda banda a atuar nessa noite mas não conseguiram cativar a pouca audiência que se encontrava no recinto. O ponto alto do concerto foi a recuperação do clássico “Chamem a Policia” com a voz de Marta Ren mas mesmo assim o interesse pelo grupo foi muito reduzido.

Miguel Guedes em entrevista falou num “novo início” e referiu ainda “Foi um hiato muito grande. É pena que esteja pouco público, mas Vilar de Mouros merece mais do que um recomeço pífio. Sabemos que este é o ano zero”. Depois de um grande momento de Rock, pelas 23 horas subiam ao palco os madrilenos La Union que este ano comemoram os seus 30 anos de careira. “Lobo hombre en Paris” é o tema (mais) conhecido do grupo, ou talvez o único... de resto um concerto que parecia saído de um bar de uma qualquer praia do sul de Espanha com ritmos sintetizados e um vocalista, Rafa Sánchez, a tentar recriar John Travolta no filme Saturday Night Fever. Sem duvida o pior momento da noite e do festival. Para finalizar o primeiro dia esperavam-se os UB40, ou melhor 3 dos elementos originais. Com o recinto mais composto as expetativas eram grandes e acabaram por ser cumpridas. A voz de Ali Campbell transportou os presentes para os anos 80 ao som dos temas clássicos da banda, cantados e dançados pelos festivaleiros. De salientar a excelente secção de metais do grupo e com uma sonoridade semelhante à formação original.

Pelas 21.30h os Blind Zero sobem ao palco para o grande concerto da noite. Miguel Guedes e a sua banda estão a comemorar este ano 20 anos de carreira e mostraram aos presentes porque são uma das melhores bandas de rock nacional ao vivo. “Shine on” abriu o concerto que contou com a participação de Marta Ren naquele que seria o ponto alto do concerto dos Blind Zero com o tem “high and low”. Os Blind Zero já tinham passado pelo festival em 2001.

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Capitão Fausto

Trabalhadores do Comércio Agosto 2014 / Página 38


Blind Zero

AlI Campbell / UB40 Agosto 2014 / Pรกgina 39


Marta Ren / Blind Zero Agosto 2014 / Pรกgina 40


O segundo dia do Festival prometia muito... Um dos momentos mais esperados do 2º dia era os José Cid sobe ao palco pelas 19 horas e recorda que The Stranglers. O grupo inglês regressou passados está mais gente presente nesse dia do que em 1971 32 anos ao mítico espaço do Vilar de Mouros. no concerto do Quarteto 1111. O concerto, cheio de êxitos da banda, qual best-off, José Cid apresentou um concerto divido em 2 foi um dos mais aclamados da noite, revelando que partes distintas. a música é geracional e intemporal. Na primeira apresentou o seu álbum de 1978 na Os êxitos “Golden Brown” e “Always the Sun” foram integra, “10.000 anos depois entre Vénus e Marte”, fortemente entoados, tocados a meio do set o que um dos mais aclamados trabalhos do artista, fortificou ainda mais o concerto que infelizmente estando mesmo no top dos melhores álbuns de apenas durou 1 hora. rock progressivo de todos os tempos. De referir o apoio declarado da banda à causa da associação AMA. A segunda parte foi um revisitar de clássicos de José Cid, acompanhado pela sua Big Band, uma O final da noite termina com o grande concerto do hora e meia do melhor de José Cid que contou com dia, Pedro Abrunhosa consegue parar a chuva e a participação em palco dos seus companheiros do animar o publico num concerto coeso em que Quarteto 1111, Tozé Brito, Mike Sergeant e Michel chama primeiro os fotógrafos ao palco e depois o Silveira. próprio publico é convidado a dançar junto do Uma audiência composta por pessoas de todas as artista. idades que vibraram, cantaram e dançaram ao som Duas horas de concerto que fizeram esquecer a de José Cid. A noite prometia. parca assistência da primeira noite. Pelas 21.00h e debaixo de uma chuva intensa os Portugueses Blasted Mechanism subiam ao palco, grupo que já tinha passado pelo festival em anos anteriores. Mais uma vez o grupo apresentou um excelente concerto não desanimando todos aqueles que mesmo debaixo de chuva não arredaram pé durante 1 hora de concerto, apesar da chuva soube a pouco…

Neste segundo dia e segundo dados da organização cerca de 10000 pessoas passaram pelo festival.

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Blasted Mechanism Agosto 2014 / Pรกgina 42


José Cid

Tozé Brito / Quarteto 1111

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The Stranglers

La Union Agosto 2014 / Pรกgina 44


3º e ultimo dia do festival. Para ultimo dia do festival era esperada a maior enchente do mesmo. Cerca de 15000 pessoas sugundo a organização marcaram presença no recinto. Contrastando com primeiro dia, este terceiro dia arrancava em peso pelas 19.30h no palco principal com The Legendary Tigerman. Mais uma vez Paulo Furtado soube mostrar aos presentes o que é Rock’n’Roll. Uma interação com o publico levou parte dos presentes para cima do palco para acompanhar o Homem Tigre no seu concerto. Mais uma vez contou com a presença em palco de João Cabrita no saxofone e que tem acompnhado o The Legendary Tigerman nos seus últimos concertos. Paulo Segadães na bateria marcou igualmente presença em palco. Os Deolinda, mais uma estreia no festival subiam ao palco 1 hora depois e contaram com a ajuda do The Legendary Tigerman em palco. Pela 4º vez na história deste festival, os Xutos & Pontapés sobem ao palco. O grande nome da noite aguardado por alguns milhares de pessoas que se encontravam no festival. Os êxitos da banda bem como os temas do mais recente álbum “Puro” levaram ao rubro todos os fãs da banda num noite em que a chuva insistia na sua presença.

Para encerrar a noite os germânicos Guano Apes mostraram o seu rock mais pesado e mais uma vez puderam comprovar porque Portugal é o pais com maior numero de fãs a seguir à Alemanha. Clássicos como “Open Your Eyes”, “Big in Japan” e “Lords of the Boards” fizeram o publico cantar e dançar neste final de festa. No final do festival a organização reconhece que os seus objectivos ficaram alèm das expetativas mas que regressa já em 2015 para um cartaz com mais e melhores nomes. Em declarações à imprensa, Marco Reis o diretor do festival afirmou "Esta semana já estive a trabalhar no festival do próximo ano. Este foi o ano zero de Vilar de Mouros. A preocupação foi dar garantias às pessoas e aos patrocinadores que o festival tinha regressado. Para o ano o objetivo vai ser trazer público. Vamos tentar encher o recinto", Fica a promessa… lá estaremos no próximo ano.

Tricky era o nome que se seguia no alinhamento mas apesar das suas qualidades artísticas e musicais o concerto foi um autentico flop. Pode-se dizer que o artista estava no local errado, à hora errada e com o set errado.

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Pedro Abrunhosa Agosto 2014 / Pรกgina 46


Festival Vilar de Mouros / A história…. Criado em 1965 por António Augusto Barge, médico da localidade mas a trabalhar no Porto, o Festival de Vilar de Mouros assumiu-se nos primeiros anos como um evento de divulgação da música popular do Alto Minho e da vizinha Galiza. Três anos mais tarde, em 1968, o festival congregou música da Banda da Guarda Nacional Republicana, fado e cantores de intervenção tais como Zeca Afonso, Carlos Paredes, Luis Goes e Adriano Correia de Oliveira, Quinteto Académico + 2, Shegundo Galarza e alguns grupos de folclore da região. A 7 e 8 de Agosto de 1971, foi realizado um festival de música com um formato até então impensável para a época, existindo porém plena liberdade de expressão entre todos aqueles que participaram no Festival de 1971, o que leva a ser considerado pela crítica nacional e internacional como o Woodstock português. Entre as 30.000 pessoas que assistiram ao festival encontravam-se muitos “hippies” oriundos de vários pontos da Europa, tendo sido montado um grande acampamento. Na sua edição original, o Festival foi organizado igualmente por António Augusto Barge, tendo apresentado um alinhamento musical variado, cobrindo as áreas de música tradicional, fado, pop e rock. Entre os artistas que actuaram destacam-se algumas que estão na origem do rock português e outros, estrangeiros, tais como Manfred Mann e Elton John, já conhecido mas antes dos seus sucessos posteriores a essa altura. Quem por lá passou no primeiro Festival de Vilar de Mouros, conta com saudade e emoção, o espírito vivido naquele ano, onde jovens conviveram uns com os outros em pleno clima de paz, amor, e liberdade, e a ouvir os primeiros grupos de rock portugueses, esses sim, os verdadeiros "pais" do rock português.

Fica na memória, os milhares de jovens, “hippies”, e excêntricos portugueses, bem como muitos estrangeiros que naquele ano de 1971, estiveram em Vilar de Mouros, por entre um clima de liberdade, diversão, e actos livres e sinceros de “contra-cultura” do regime, na esperança de expressar uma nova vida e ideia, o que contraria o que dizem daquela época. Por entre um cigarro de erva ou uma viagem de LSD, souberam deixar a sua marca na história da cultura e música portuguesa, deixar bem claro que através de imagens, testemunhos, e filmes, que a juventude da época não estava desligada ou limitada da informação e acontecimentos que mudaram o mundo, e essa prova está no genuíno festival desse ano de 1971. Tozé Brito, elemento do Quarteto 1111 que esteve em Vilar de Mouros em 1971, focou um aspecto importante, "Estávamos na prè-história dos festivais, o Woodstock tinha sido dois anos antes e nunca se tinha visto nada assim em Portugal. Foi um momento mágico de liberdade controlada. A PIDE estava por lá mas não interferiu. Sentia-se o cheiro da marijuana, vi pessoas a tomarem banho nus no rio e a polícia não fez nada para impedir. " O cheiro a marijuana em 1971 é capaz de ser um pouco exagerado... porque cheiro a sério houve, mas em 1982, por ocasião do segundo festival a sério no local, com a presença dos U2 e dos Jáfumega que deram um concerto memorável. Seria nesse ano o grande regresso do Festival. Acontecia com nomes para além dos referidos, dos The Stranglers, Durutti Column, A Certain Ratio, Echo & The Bunnymen, GNR entre muitos outros.

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Folheto do Festival Vilar de Mouros de 1971

U2 / Bom Vox (1982)

The Stranglers (1982) Agosto 2014 / Pรกgina 48


A 31 de julho de 1982, a música começou ao som dos Heróis do Mar, Echo & The Bunnymen e The Stranglers, enquanto que no dia seguinte o concerto ao piano juntou, entre outros, a Orquestra Sinfónica e Vitorino de Almeida António Vitorino de Almeida que na altura colaborou com a organização recorda em entrevista ao jornal i em 2012 "Foi um festival emocionante. O público reagia muito, porque não estava habituado a este tipo de concertos. E como metia todo o tipo de música, era como que ecuménico, misturava tudo"

Para Vitorino de Almeida, essa "loucura" que se desejava acabou por dar lugar, nessa mesma edição, a uma "guerra" entre duas "facções". "De um lado, estava quem queria manter esta linha de festival, mítico. Do outro lado, os que queriam o negócio”, refere. A 3ª edição do festival só viria a realizar-se em 1996 entre os dias 9 e 11 de Agosto. Contou com nomes como The Stone Roses, Xutos & Pontapés, Madredeus, Primitive Reason, Kussundolola entre outros.

Em 1982, por entre convidados tão diferentes como Jafumega, grupos folclóricos ou os Pauliteiros de Miranda, atuou, a 3 de agosto, uma banda irlandesa…. U2.

Entre 17 de Agosto e 22 de Agosto de 1999 teve lugar a 4ª edição do festival, desta vez com um recinto aumentado e um maior número de palcos e por lá passaram entre outros Pretenders, Silence 4, Eagle Eye-cherry entre outros. "Foi uma aposta minha. Aconselhei-me com várias Entre 1999 e 2006 o festival realizou-se todos os pessoas, porque procurava uma banda anos. internacional boa e barata. Dei a indicação para serem contratados pela Câmara de Caminha e foi Em Julho de 2003 foi apresentado o livro sobre o um sucesso total", conta Vitorino de Almeida. Festival Vilar de Mouros da autoria de Fernando Zamith intitulado “Vilar de Mouros 35 anos de A banda chamava-se U2 e ainda hoje é a grande Festivais” referência dos festivais de Vilar de Mouros. Para assistir aos concertos daquele dia, o público Em 2007 o festival foi cancelado devido a uma pagou 400 escudos, enquanto que o passe geral discordância entre as partes envolvidas na (chamado de assinatura) para todos os organização. espetáculos ficava por 1.300 escudos. Após oito anos de interregno, o Festival de Vilar de Mouros regressou no ano de 2014. António Barge, o médico que idealizou e organizou o festival de Vilar de Mouros de 1971, participou igualmente na organização da edição de 1982 e celebrizou, no seu lançamento, a frase: "Loucura. Loucura controlada. Sem medicamentos, nem coisas do género".

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People like us… // Isa Silva Isa silva…. Nascida no verão de 1966 , desde sempre manifestou interesse em desenhar e criar histórias. Sendo filha única, era a maneira que encontrava na altura para quebrar a solidão. Frequentou a Escola de Artes de António Arroio, onde nasceu o seu amor pela escrita. Na sua segunda vida, como gosta de salientar, redescobriu a fotografia, o desenho e fortaleceu a sua relação com a escrita. Atualmente conjuga estas 3 paixões, como gosta de afirmar, com a atividade de designer gráfica e webdesigner. Amante das redes sociais desde os seus primórdios, é conhecida por “Marciana”. Muito curiosa a respeito dos porquês da vida, é uma pessoa que dispensa o banal, esquece as regras e aprecia o diferente. Autora do livro de poesia ilustrada “O lado oculto da Marciana”, lançado em 2011. Conta ainda com a participação em 3 antologias de textos. Tem ilustrações espalhadas em diversos livros, blogs e trabalhos escolares. Em 2013 fez a sua estreia no teatro como figurinista na peça para a infância “A lua que queria ser quadrada”. O seu projeto atual e em exposição até 31 de Agosto no CAE (centro de artes e espectáculos) da Figueira da Foz chama-se “Square Faces”, caras coloridas sempre em formato quadrado. A sua obra pode ser vista igualmente no site que criou www.isasilva.com

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Exposição “Square faces”

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MUDE // André Saraiva André Saraiva, artista de origem portuguesa, iniciou a sua carreira nos anos 80 do século XX, nas ruas de Paris, quando começou a pintar os seus graffiti nas paredes da cidade. No início dos anos 90, Saraiva criou um alter-ego, “Mr. A”, uma personagem alegre, enérgica e longilínea, de cabeça redonda e grande sorriso, que começou a invadir montras, estações de metro, caixas de correio e edifícios devolutos das cidades europeias. À medida que as viagens de Mr. A atingiram uma escala mundial, ocorreram mudanças subtis na aparência e na indumentária (uma cartola, olhos em forma de X, asas e até a sua projeção no feminino) que deram profundidade à personagem de Saraiva. Nunca perdendo a sua linguagem gráfica de origem, André Saraiva tem vindo a explorar outros territórios artísticos, nomeadamente a instalação, a pintura, a serigrafia, a direção criativa da revista L’Officiel Hommes e, mais recentemente, edição, a curta-metragem e o vídeo. André Saraiva é na atualidade uma das figuras cimeiras do grafitti mundial e um artista global para quem a arte é um bem de consumo, entretenimento e prazer. Proprietário do night-club Le Baron, em Londres, Nova Iorque, Tóquio e Paris, e de Hotel Amour (Paris), tem colaborado com as principais marcas multinacionais, como por exemplo, Louis Vuitton, Levi’s, Moet & Chandon, Chloé, Chanel, Belvedere, Fendi, Cartier ou Givenchy, sendo um exemplo de como a linguagem marginal, irreverente e transgressora do graffiti foi sendo apropriada pelo sistema e pelas instituições. O resultado é um universo de objetos e produtos onde a sua linguagem irónica, descomprometida e sexual, por vezes subversiva, de cores vivas e contrastantes, faz a diferença. Isso não significa que tenha deixado as ruas, onde continua a deixar a sua marca através dos Love graffiti.

A sua obra tem vindo a ser reconhecida e exposta em vários museus e galerias de arte contemporânea com exposições a solo onde é possível ver segmentos do seu trabalho, como os Dream Concerts ou as arquiteturas da sua Andrépolis. Destaque para Palais Tokyo (Paris), Maison Kitsuné (Tóquio), Museum of Contemporary Art (Los Angeles), Circle Culture Gallery (Hamburgo), Anonymous Gallery (Cidade do México). Em Lisboa no MUDE a exposição de André Saraiva, patente até 30 de Setembro de 2014, com quase 200 peças, é pensada e desenhada como uma grande instalação no piso 3. As diferentes expressões artísticas em que tem trabalhado surgem em complementaridade, de modo a sublinhar o seu desenho e dando a conhecer a sua obra que aprofunda a linguagem pop e é devedora das noções de espectáculo, arte com um sentido lúdico e contaminação entre a arte erudita e a arte pop do pós-modernismo. Acompanha a exposição um catálogo profusamente ilustrado, com ensaios de Bárbara Coutinho, Glenn O’Brien e Olivier Zham. André Saraiva pintou ainda sete pranchas de surf brancas, desenhadas e produzidas pelas empresas portuguesas Semente, Polen, Micasurfboards, X -Cult, Jobsite, SPOSurf, Ahua e que integrarão de futuro o espólio do MUDE.

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Festival Lumina 2014 Cascais recebe, de 12 a 14 de Setembro, a 3ª edição do LUMINA - Festival de Luz, festival único, que coloca Portugal na rota do que mais avançado se faz no mundo dos espectáculos multimédia, instalações de luz, interactividade e projeções vídeo mapping. Num percurso de 3 quilómetros pela vila de Cascais, será possível admirar 26 obras e intervenções artísticas de 40 artistas provenientes de 11 países: Canada, Holanda, França, Finlândia, Eslovénia, Uk, Alemanha, Polónia, Áustria, Macau, Portugal. Durante 3 noites, artistas nacionais e internacionais transformam o espaço urbano e natural de Cascais numa verdadeira tela a céu aberto, apresentando grandiosos espetáculos de luz e cor, video mapping, projeções multimédia gigantes, esculturas luminosas e instalações que irão interagir com o público numa experiência única. Fachadas de edifícios, praças, a baía, a praia, os jardins… tudo servirá para propor uma visita alternativa, num compasso de luz, sombra e cor, convidando os visitantes a serem protagonistas activos numa viagem que os colocará numa rara relação de envolvimento com o espaço público. Depois dos sucessos de 2011 e 2013 (edição que contou com mais 500 mil visitantes), o LUMINA deste ano tem um programa ambicioso, nunca perdendo de vista um dos pilares que caracterizam o projecto, o da eficiência energética. Sob a criação e direcção artística de Nuno Maya e Carole Purnelle do atelier OCUBO.com - referência internacional nas áreas de video mapping e projecções interactivas, com projectos realizados no mundo inteiro - o LUMINA é uma das mais inovadoras experiências culturais. Eleito como Melhor Evento Cultural na Gala dos Eventos 2014, e incluído no Top 10 dos Festivais da Luz da Europa, pelo The Guardian

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Mercado Cooletivo O Mercado Cooletivo está de volta à cidade de Aveiro no próximo dia 13 de Setembro. O Mercado Cooletivo apresenta ideias e bancas de negócio inovadoras e originais, compostas por projectos em ascensão dando assim ao público a oportunidade de conhecer novos trabalhos de upcycling, artesanato, joalharia, DIY, ilustração, bem como ainda encontrar peças únicas junto dos coleccionadores e vendedores de vintage/segunda mão. Traz entre os seus vendedores negócios de 1ª e 2ª mão, peças única que não se encontram em lojas ou centros comercias. São artistas, empreendedores e criativos que encontram no conceito DIY (do it yourself ) um modo de vida.

O Molifest é um evento cultural gratuito que pretende dinamizar Aveiro, contribuindo para a diferenciação da sua agenda cultural e para a promoção do seu turismo. A cidade é o palco principal onde, posicionados em diversos locais, os artistas e músicos deverão convergir em sintonia com os seus participantes para o palco principal. Agrega-se e recupera-se, assim, o espírito Aveirense; ruas e pessoas movem-se e vivem à volta daqueles que foram, em tempos, os principais meios de subsistência da região, a ria e os seus moliceiros.

Esta edição conta também com as sonoridades envolventes do DJ SPIRIT OF 69.

O Molifest 2014 terá início às 15h do dia 13 de Setembro e incluirá 4 atuações sequenciais ao ar livre, com duração de 30 minutos cada, entrada gratuita e em diferentes ruas e praças da cidade. Com término às 18h, o Molifest 2014 contribuirá, assim, para a animação do mais recente projeto da Cidade - Artes no Canal.

Para os mais destemidos... a equipa Aveiro Slackliners convida a caminhar sobre as várias linhas de Slackline e assistir a performances incríveis na Praça do Mercado Manuel Firmino e no Canal Central...

Ainda no mês de Setembro o Vagaragens convidou o Mercado Cooletivo para integrar o Festival de bandas de garagem em Vagos que se vai realizar no dia 20 de Setembro.

Nesta edição, o Mercado Cooletivo Aveiro, funde-se de novo com o Festival Molifest, que completará o programa musical do mesmo com um concerto às 16h.

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Feira da Buzina A Feira da Buzina tem como formato o “Car Boot Sales”, conceito de mercado muito em voga em Inglaterra,e onde os vendedores utilizam a bagageira do carro como expositor de vendas. Este mercado provou nas 3 anteriores edições que é um excelente programa de domingo para não só visitar como vender o que quiser. Nas 3 edições participaram mais de 170 bagageiras com uma enorme variedade de produtos: velharias, antiguidades, móveis vintage, candeeiros design novos, produtos do Alentejo, almofadas, quadros, e mais mil coisas para descobrir, tal como se quer num bom fleamarket. A 1ª edição foi no Parque de Estacionamento da APL na Doca de Alcântara (Doca do Espanhol). A 2ª e 3ª edição tiveram lugar no Parque do Arco Cego, em Lisboa, e devido às suas características arquitectónicas, é o local eleito para as próximas edições. A Feira está aberta ao público entre as 11h e as 19h e a entrada é livre. Na área lounge já contou com a presença das carrinhas ‘A Frigideira do Bairro’, ‘Lisboa on Wheels’, gelados ‘Santini’, Hamburgueria, Focaccia in Giro, Yonest e o Pátio Ambulante. Nas próximas edições a organização tem previsto ter sempre variedade e qualidade. Na vertente social, a feira tem uma parceria com a Associação REMAR para estar presente com venda de móveis. É solicitado aos visitantes para trazerem tudo o que quiserem dar a quem precisa e a distribuição fica a cargo desta associação e da Partilha Constante. Estas duas associações estarão sempre presentes em todas as futuras edições.

Na terceira edição, e em parceria com a WHO, estreou um novo espaço dentro da Feira da Buzina, o BUZINA’RTE, um espaço destinado em exclusivo a artistas das mais diversas áreas, onde os criadores deram a conhecer as suas obras bem como a possibilidade de compra das mesmas. Na 4º edição esta previsto inaugurar a zona PICNICA. Trata-se de uma área que pretende oferecer ao público uma experiência no mundo da gastronomia, com a possibilidade de degustação e compra de uma enorme variedade de produtos alimentares concentrados num único mercado, envolto num ambiente relaxado, divertido, com boa música e uma programação paralela, capaz de envolver o público nesta temática. A Taiga, responsável pela organização pretende convidar empresas e particulares que queiram dar a conhecer os seus deliciosos produtos, testar novos sabores, contactar os clientes diretamente, divulgar ou lançar novas marcas. Pode participar qualquer pessoa que queira ‘limpar’ a arrecadação, que faça produtos gastronómicos de qualidade, que mostre peças de uma nova coleção, ou até lançar um novo produto original. Um mercado onde se pode encontrar de tudo, com numa mistura de vintage, retro, roupas, acessórios, arte, artesanato, gastronomia e muitas outras curiosidades.

A nível cultural, conta com a Agência de Talentos WHO que é responsável pela consultoria de arte e ativação de artistas.

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