Glam Magazine - Portugal - 1 Outubro 2014

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Editorial Chegamos a Outubro... O Outono traz muitas novidades, muitos concertos, mais festivais, discos novos. A musica Portuguesa continua a marcar a sua posição e a dominar os concertos em Portugal, com salas esgotadas e uma aceitação por parte do público como não se via desde o “boom” do Rock Português na primeira metade dos anos 80. As semanas da moda marcam o panorama internacional, quer em Milão, quer em Paris. Lisboa abre a sua Moda Lisboa em Outubro e o Porto o Portugal Fashion. O final do mês de Setembro realizou-me, no Porto, mais uma edição da Oporto Fashion Week a que damos destaque nesta edição. A moda Portuguesa inova e conquista o mercado internacional. Jovens criadores e inovadores apresentam artigos únicos que vamos destacar na próxima edição. Mas esta edição marca uma mudança, pequena mas que pode ser enorme na vida da Glam Magazine. A partir de Outubro vamos ter duas 2 edições mensais, a 1 e a 15 de cada mês. Cada vez mais vamos tentar mostrar o que de melhor se faz em Portugal, na música, na moda, na arte e em outras áreas que estamos a explorar. Parcerias com edições internacionais são o nosso objetivo a curto prazo e passar a uma edição de grande tiragem em papel a partir de Janeiro de 2015 a nossa meta final. Estamos abertos a colaborações e participações em diversas áreas, moda, literatura e “streetart”. Esperamos que as mudanças sejam para melhor e aguardamos o feedback. Mais uma vez agradecemos a colaboração de várias entidades e organizações que têm dado o seu apoio para esta e as outras edições estarem disponíveis. Aguardem pelas novidades, até lá vamos continuar por aqui… e até dia 15 de Outubro

Paulo Homem de Melo (CEO & Editor-in-chief / Photografer)

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Ficha técnica Editor Paulo Homem de Melo Direção Sandra Pinho Edição e direção da revista Paulo Homem de Melo Cordenação Mário Duarte Editora moda Paula Fernandes Fotógrafos / Colaboração Paulo Homem de Melo Fotografias Paulo Homem de Melo Porto Lazer E.M. Créditos / Agradecimentos Modtissimo (Associação Selectiva Moda) Cláudia Duarte Presslink Porto Lazer E.M. Casa da Música Vachier & Associados

© Outubro 2014 (edição 1 de Outubro) Glam Magazine Portugal é propriedade da Faceway Multimédia, Lda Faceway Multimédia é uma agência de comunicação registada na ERCS e associada da UAP. Todos os direitos reservados

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Sumário

03 | Editorial 04 | Ficha técnica 05 | Sumário 07 | Porto fashion week 13 | iTechstyle innovation business fórum 15 | Música novas edições 17 | Noites Ritual 21 | NOS em d’Bandada 34 | Rita Redshoes / Casa da Música 38 | Unhas Negras 40 | da fábrica que desvanece….

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Tema de Capa // Porto fashion week Porto fashion week / Modtissimo “Casa cheia” no regresso à alfandega do Porto Fabricantes de tecidos e acessórios, clube dos confeccionadores (adulto e criança) e têxteis inovadores, compõem a vasta oferta do salão MODtissimo, que teve lugar nos passados dias 24 e 25 de Setembro de 2014. Um regresso ao Edifício da Alfândega do Porto, onde os números falam por si, um aumento de 10% no número de expositores, assim como um aumento de 25% no número de visitantes. Sob o mote “Nonsense”, o regresso do salão MODtissimo ao Edifício da Alfândega do Porto traduziu-se num enorme sucesso, marcado sobretudo pelo aumento do número de expositores participantes e pelo aumento do número de compradores estrangeiros e nacionais, que no total passaram dos 5000. A organização havia prometido mudanças radicais e estas traduziram-se numa aposta ganha. A entrada dos compradores foi feita pelas traseiras da Alfândega com vistas para o rio Douro, transportados desde a frente do Edifício por Tuk Tuk’s. O primeiro contacto com a feira foi feito em ambiente de discoteca, com luzes, animadores e muita música. Já dentro do edifício todo o percurso foi alterado obrigando à passagem por todos os pontos da feira, os expositores de tecidos e confecção foram trocados de sala e a configuração das mesmas completamente alterados para que a circulação fosse feita de outra forma. Outubro 2014 / Página 7


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O objectivo principal destas alterações foi inquietar a mentes dos expositores e também dos compradores, fazendo com que estes estivessem alerta para sentirem o MODtissimo de outra perspectiva.

Segundo Manuel Serrão (diretor da Associação Selectiva Moda), “estamos muitos satisfeitos, porque a adesão internacional tem vindo a aumentar. Fechamos esta edição com mais 200 compradores estrangeiros. Curiosamente países, alguns já estavam registados, já sabíamos que vinham, tais como: Rússia, Japão, Colômbia. Estes são países que normalmente não vinham a Portugal e com quem fomos criando laços, participando nas feiras desses mercados, o que fez com que também eles agora tenham interesse em visitar o MODtissimo”. A próxima edição do MODtissimo / Porto Fashion Week vai decorrer nos dias 25 e 26 de fevereiro de 2015 no Edifício da Alfândega do Porto Outubro 2014 / Página 9


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iTechstyle innovation business forum A 4ª edição do iTechstyle Innovation Business Forum foi marcada pelo sucesso e pelo aumento do fluxo de visitantes. Para Helder Rosendo, subdirector geral CITEVE / Coordenador do iTechStyle Innovation Business Fórum, esta foi uma edição sem precedentes. “Uma das melhores edições dos últimos tempos! quer em número de visitantes, quer no espírito e entusiasmo que estes transportavam. Um edição também particularmente simpática, pelo facto de termos apresentado os vencedores do Prémio iNovatêxtil 2014! Um regresso à Alfândega marcado pela diferença e pela criatividade com que a organização desenhou os percursos possíveis aos visitantes!” O iTechstyle Innovation Business Fórum decorreu nos dias 24 e 25 de Setembro de 2014.

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Música // Novas edições

“Art official age” - Prince 30 de Setembro de 2014 marca o regresso de Prince aos discos, com 2 álbuns editados bem como o regresso à casa que o viu “nascer” para a música, a Warner Bros. “Art official age” é o seu regresso a solo, enquanto que “Plectrumelectrum” é o álbum editado com a sua nova banda 3rd Eye Girl. Com mais de 30 álbuns editados, Prince continua a inovar e a cativar a sua legião de fãs. O single de apresentação “Funknroll” é a prova disso, uma mistura de estilos e sonoridades que vão desde Purple Rain, passando pelo abum Parade com distorções de guitarra num estilo R&B bem marcado. Este poderá ser mesmo o disco do ano com uma entrada direta para o primeiro lugar do top R&B da Bilboard nos Estados Unidos. A não perder…. Mesmo!!! Outubro 2014 / Página 15


“Love” - Mónica Ferraz

“Dirty little brother” - The Black Mamba

Depois da estreia a solo com o disco “Start Stop”, num registo completamente diferente do que nos habituou enquanto vocalista dos Mesa, Mónica Ferraz regressa em 2014 com um novo disco de originais. “Love”, o novo álbum, foi editado a 29 de Setembro. Em Outubro é feita a apresentação em Lisboa e no Porto. Vamos lá estar...

Segundo álbum do grupo editado no passado dia 22 de Setembro, conta com as participações de Áurea, António Zambujo, SIlk e Orlando Guilande. A apresentação do disco esta agendada para 18 Outubro (Porto) e 21 de Outubro (Lisboa). O disco foi produzido pelo vocalista/guitarrista Pedro Tatanka, tendo sido gravado entre Lisboa e Nova Iorque

“Songs of innocence” - U2

“PlectrumElectrum” - 3rdeyegirl

Disponível em milhares de dispositivos móveis desde finais de Setembro, oferta da Apple, o novo disco do U2 apenas chega ao formato físico no dia 13 de Outubro. O novo disco dos U2 apresenta uma banda mais adulta que recuou ao final dos anos 70 para se inspirar em Songs of innocence. Desde o inicio envolto em polémica como foi oferecido, vamos aguardar pela receptividade da edição física.

Segundo disco de Prince lançado a 30 de Setembro com a sua banda 3rdeyegirl. Influencias de Jimi Hendrix à mistura com o funky de inicio de carreira de Prince, aliados a som rock dançavel, por vezes a lebrar os tempos de gloria de Hendrix, fazem deste a segunda parte do álbum “Art official age”. A não perder….

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Noites Ritual Noites Ritual O Festival Noites Ritual voltou para mais uma edição, aquele que é um dos festivais com mais tradição no Porto. Nos dias 19 e 20 de Setembro regressou não aos Jardins do Palácio de Cristal como estava programado mas sim ao Pavilhão Rosa Mota devido à instabilidade atmosférica, em simultâneo com a realização da Feira do Livro do Porto. Duas noites de música Portuguesa e que regressou ao modelo de entrada livre, que durante alguns anos não aconteceu. Blind Zero e David Fonseca foram os protagonistas destas 2 noites a que se juntaram mais 2 nomes seleccionados dos 16 projectos dos Rituais Emergentes cujas actuações tiveram lugar na Estação de Metro da Trindade e São Bento entre 14 e 30 de Agosto. Segundo a organização o objectivo é propocional o "lançamento de novos projectos musicais do distrito do Porto" Assim na sexta-feira tivemos a atuação dos The crawlers e no sábado o arranque da noite foi da responsabilidade da banda O Incrível Homem Bomba. Os Blind Zero liderados por Miguel Guedes fizeram a sua 3ª apresentação no festival (1998, 2009 e 2014) enquanto que David Fonseca regressou pela 2ª vez depois de ter estado em 2007 no evento. Noites Ritual surgiu em 1992 e ao longo destes 22 anos deu a conhecer ao Porto mais de 250 artistas

O dia 19 arrancou com os The Crawlers grupo da Maia que iniciaram a sua atuação com "Round Square" e "Take It The Next Level", temas do primeiro EP da banda, proseguindo o concerto com os êxitos do disco de estreia "No Rest For The Vicious". Esta primeira noite e apesar do mau tempo teve casa cheia. A celebrarem duas décadas de carreira, os Blind Zero numa retrospetiva da vida da banda, trouxeram a publico temas de toda a sua discografia. Exemplo disso são os temas "I See Desire", "Recognize", do primeiro EP da banda, "Tree", "Slow Time Love" e "Daily Matters". A banda cantou euforicamente para o público portuense que correspondeu e encantou os Blind Zero ao entoar a canção de parabéns, no final do concerto, onde o bolo esteve presente. Ao longo do concerto dos Blind Zero foram porjetadas fotografias que ilustram a carreira do grupo ao longo destes últimos 20 anos. Foi o culminar de vários concertos comemorativos que a banda realizou nos últimos 2 meses em vários locais de Portugal. A segunda noite do festival iniciou-se com os Portuenses O Incrível Homem-Bomba, banda que tal como os The Crawlers, foi escolhida na segunda edição do concurso realizado “Noites Emergentes" A banda apresentou os seus êxitos de rock blues e trouxe a palco alguns convidados. "Mito" e "Esquimó" foram as primeiras da noite, seguindo-se "Homofiguração". E como por trás de um incrível homem, há sempre uma incrível voz de mulher, Ana Alvarez surgiu em palco para acompanhar o grupo em "Olá e Boa Noite". Elísio Donas trouxe o "Gato Mitch" e para terminar, a banda fez uma ode à "Rainha Macabra".

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Blind Zero

O Incrível Homem Bomba

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David Fonseca aterrava a sua nave espacial pelas 23.30h como ele próprio fazia questão de afirmar nas redes sociais. 5000 pessoas no pavilhão Rosa Mota, lotação esgotada, aguardavam o regresso às noites ritual do cantor. David Fonseca iniciou o seu concerto com "I need to Stop for a Minute", seguindo-se "Armageddon" e "It´s Just a Dream". O cantor voltou à cidade do Porto com a "Seasons Tour". Segundo ele voltou à cidade que diz “se divertir como mais nenhuma sabe”. Numa noite cheia de luz e cores e num pavilhão visivelmente animado, onde o publico presente conseguia cantar mais alto que David Fonseca, "A Cry For Love" foi um dos temas de maior sucesso enquanto que Elton John foi, recordado numa versão totalmente revista e transformada de "Rocket Man", tema incluido no seu primeiro disco, que agradou todos os presentes. No final e com um telefone recriou o tema “Vídeo killed the Rádio Star” em medley com o seu tema “The 80’s” onde dançou, correu, e saltou mesmo para o publico num momento único que agradou aos fãs de todas as idades que estavam no pavilhão. Um final de noite que agradou aos presentes e terminando com chave de ouro o encerramento das Noites Ritual.

Paulo Homem de Melo

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David Fonseca Outubro 2014 / Pรกgina 20


NOS em D’bandada O D’Bandada voltou mais uma vez à cidade do Porto, com o apoio e a organização da NOS este ano. No passado dia 13 de Setembro decorreu aquela que se pode chamar da primeira edição do NOS em D’Bandada. 4 anos depois do seu inicio, o Porto voltou a assistir a um final de tarde e noite a um conjunto de cerca de 60 concertos espalhados pelos mais diversos pontos da cidade e todos com entrada gratuita. Inserido na programação o evento apresentou igualmente o Best of 22ª Curtas Vila do Conde. Os espaços foram os mais diversos, a saber, Armazém do Chá, Ateneu Comercial do Porto, Café au Lait, Casa do Livro, coreto da Cordoaria, Edifício AXA, Elétrico, Era uma vez em Paris, Estúdio Sá da Bandeira, Maus Hábitos, Passeio das Virtudes, Passos Manuel, Pátio da Reitoria, Plano B, Praça dos Leões, Praça dos Poveiros, Rádio, Rua Cândido dos Reis e o varandim da Torre dos Clérigos. O cartaz, diverso e bastante completo, contou com a presença dos seguintes artistas: Ana Cláudia, Baba Mongol, Backwater & the Screaming Fantasy, Best of 22ª Curtas Vila do Conde, Blacksea Não Maya, Bruno Pernadas, Cabra Cega, Capicua, Cavalheiro, Celeste-Mariposa, Charanga, Claiana, Cows on Trees, Curtinhas Vila do Conde, D'Alva, Dealema, Dear Thephone, DJ Kitter, DJ Maboku & DJ Lilocox, DJ Marfox, DJ Pedro Tenreiro, Duquesa, Ekco Deck, Ermo, Fachada, Francis Dale, Gala Drop, Ghuna X, HHY & The Macumbas, Hitchpop, Holy Nothing, J -K, Lasers, MAP, Mind da Gap, Miguel Araújo, Niagara, Nice Weather for Ducks, Nitronious, Norberto Lobo, Orquestra Jazz de Matosinhos com Manuela Azevedo, Old Jerusalem, Pulso, PZ, Quelle Dead Gazelle, Real Combo Lisbonense, Ricardo Ribeiro, Rita Campos Costa, Rita Carmo, Rita Redshoes, Sampladélicos, Solar Corona, Spark, Stray, Surveillance, Tar Feather, Throes & The Shoe, Time for T, Walter Benjamin, White Haus e You Can't Win Charlie Brown.

Foram 10 horas de música na “baixa do Porto” que transformaram por completo a cidade, tendo-se verificado um “São João” fora do tempo, ou como alguém disse, um “São João de musica”. É também de descobertas que se faz o NOS em D'Bandada. Para isso, Henrique Amaro, director artístico do festival, convidou “fazedores ou curadores” para se juntarem à festa. Foram eles Casa da Música, Maus Hábitos, Bodyspace, Filho Único, Lovers & Lollypops, Monster Jinx, Porta Jazz, Príncipe da Turbina e Tiago Pereira. Daí ter resultado uma oferta tão ecléctica desta edição, como as sonoridades tão díspares entre o afro beat de DJ Marfox, DJ Maboku, Dj Lilocox e o colectivo Black Sea Não Maya (editora Príncipe, associada à Filho Único) e a delicadeza pop de Ana Cláudia (cujo disco de estreia será editado em breve pela Nos Discos). O evento teve inicio pelas 16 horas no espaço Maus Hábitos e com a presença em palco de Old Jerusalém. Por ser o primeiro e ainda por ser cedo foi o concerto que contou com menos público. Old Jerusalém numa toada acústica iniciava, e bem, a maratona musical que se adivinhava. Pela mesma hora no pátio da reitoria e com a colaboração da Fundação Casa da Musica, a Orquestra Barroca dava inicio à sua apresentação, enquanto que à porta do Estúdio Sá da Bandeira, talvez o local mais pequeno do evento, a “fila” para assistir ao concerto de Ricardo Ribeiro já dominava a Rua de Sá da Bandeira. No outro extremo do mapa dos eventos, Miguel Araújo “movimentava” centenas de pessoas no seu concerto no eletrico, impedindo muitas vezes do mesmo avançar. Estando 2 concertos programados para o eléctrico, o atraso foi considerável devido à grande afluência de público para ouvir Miguel Araújo.

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Cavalheiro Outubro 2014 / Pรกgina 22


Old Jerusalém

Real Combo Lisbonense

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Capicua Outubro 2014 / Pรกgina 24


Ainda pela tarde na reitoria seguiam-se os concertos com o timbre da Casa da Musica agora com o Quinteto de Metais, Orquestra Sinfónica. Pelas 17 horas os Backwater & The Screaming Fantasy subiam ao palco do espaço Maus Hábitos, mais composto e já com “filas” para entrar. O Café au Lait abria as suas portas às 17 horas para a apresentação dos Cavalheiro, uma banda que se mostrou à altura do evento e uma boa revelação. (B) Fachada, no seu já habitual estilo, e que tinha previsto 2 concertos, provoca a segunda invasão no Estúdio Sá da Bandeira pelas 17.30. Pelas 18 horas o cartaz começa a ser mais completo e os espaços ganham vida e gente, muita gente mesmo criando as primeiras lotações esgotadas que se manteriam até ao final da noite. Dear Telephone seguiam-se no Café au Lait, Ermo no espaço Maus Hábitos e Surveillance abriam o espaço Rádio. Na Praça dos Poveiros pela mesma hora dava-se inicio ao primeiro grande concerto ao ar livre com os Real Combo Lisbonense. Praça cheia para ouvir a banda de Lisboa que apresentou durante hora e meia um conjunto de canções que “mexeu” com o publico de várias idades que assistiam ao concerto. Canções de época recriadas, e bem, por este coletivo que tem muito para apresentar e que garante o sucesso. Pelas 19 horas mais uma grande enchente com os Nice Weather For Ducks no espaço Maus Hábitos. Lotação esgotadíssima, “filas” de centenas de metros para entrar para assistir aquele que foi um dos melhores concertos do evento. Uma vista com a cidade ao fundo, uma luz de final da tarde e um concerto que resultou em pleno no espaço, com um publico que estava ali mesmo para ouvir a banda. Pela mesma hora os Hitchpop marcavam presença no espaço Rádio seguindo-se nesse mesmo espaço até às 23 horas o Best of 22ª edição Curtas Vila do Conde.

Pelas 20 horas os White Haus tomavam conta do palco no Café au Lait, espaço completamente esgotado enquanto que Ricardo Ribeiro fazia a sua segunda apresentação no Passeio das Virtudes, confirmando o sucesso da sua primeira apresentação durante a tarde. A jovem revelação do fado conquistava publico mais velho mas com muitos jovens a renderem-se à voz genial de Ricardo Ribeiro. Foi igualmente um dos grandes momentos quer pela música de Ricardo, quer pelo espaço ao final do dia. Pelas 21 horas vários concertos acontecem ao mesmo tempo no evento. Monster Jynx aquecem o ambiente na Praça dos Poveiros para uma noite de hip-hop, Solar Corona no Plano B abre o espaço para a noite de eventos, Tiago Chagas e os seus Time for T conquistam o publico que na cordoaria “cerca” o coreto, espaço muito interessante e bem conseguido ao ar livre que acaba por servir como complemento ao palco instalado na Praça dos Leões. Os Time for T mostraram mais uma vez que a musica é o seu território e que o seu sucesso em Portugal e Inglaterra é fruto de muita dedicação à banda Meia hora depois, Ana Cláudia, uma excelente voz pop a reter, apresentava-se num repleto Era Uma Vez Em Paris num espaço interessante que pecou por ser demasiado pequeno para os nomes que lá passaram. Walter Benjamin no Atneu, naquelo que foi igualmente um dos melhores concertos da noite, com um conjunto de convidados especiais e que encheu o espaço, belíssimo por sinal. Pelas 22 horas os Baba Mongol e o seu jazz alternativo abriam os concertos na Casa do Livro, Claiana no espaço Maus Hábitos, Ghuna X no Plano B, Lasers no Café au Lait e na Praça dos Leões, Capicua chegava para aquele que seria o maior concerto da noite, o concerto que marcou esta edição do NOS em d’bandada.

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Nice Weather for Ducks

Time for T

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Uma enchente nunca vista esperava Capicua para um concerto que a cantora se emocionou pela presença de milhares de pessoas e por ser um concerto na sua cidade. Uma mão cheia de convidados completaram aquele foi o maior concerto do evento mas que mostrou uma Ana Matos muito emocionada que em determinadas alturas não ajudava a atuação. Muita interatividade com o publico e no final autógrafos, fotografias e beijos foram uma constante entre o publico e Capicua e já com a Orquesta de Jazz de Matosinhos em palco.

Pelas 23 horas, no Rádio os Quelle Dead Gazelle apresentavam-se ao publico, ao mesmo tempo os Tar Feather surgiam no espaço Café au Lait e os Throes + The Shine conquistavam com o seu pop eletronico o espaço Maus Hábitos.

Pelas 23.15 os HHY & The Macumbas surgiam na cave do Plano B com a sua originalidade habitual mas que infelizmente não conseguiram esgotar o espaço. As alternativas eram muitas e Rita Redshoes dava o seu concerto pelas 23.30 ali mesmo ao lado no Era Uma Vez Em Paris repleto de fãs que vibraram Pelas 22.15h Duquesa (alter-ego de Nuno Rodricom o concerto acústico e intimista que Rita gues, vocalista dos Glockenwise) tomava de proporcionou e que no final foi interrompida pelas assalto o Coreto da Cordoaria apresentando na batidas dos Djs da Rua Galerias de Paris que mesma linha dos Time for T um concerto que aproveitaram o evento para criar as suas própras cativou as milhares de pessoas que se animações. encontravam na Cordoaria. Uma voz melódica, Por essa altura (Alex) D’Alva chegava ao Coreto, canções simples, românticas, mas muito bem (B) Fachada fazia a sua segunda apresentação da conseguidas. noite desta vez no Atneu, os MAP na Casa do Livro e no palco da Praça dos Leões outro grande Bruno Pernadas, elemento do coletivo Real Combo momento da noite esperado por milhares de Lisbonense, mas seguindo uma carreira a solo, pessoas, a Orquestra Jazz de Matosinhos com chegava ao Passos Manuel pelas 22.30h, espaço Manuela Azevedo. Num concerto único, Manuela que rapidamente esgotou criando muita confusão Azevedo mostrou que o Jazz também pode e deve na entrada junto ao Coliseu. Centenas de pessoas ser uma expressão musical importante junto do tentavam conseguir um lugar para os “cabeças de publico. Clássicos apresentados em conjunto com cartaz” do espaço, os You Can't Win, Charlie Brown uma das melhores orquestras de jazz do norte. que só iriam atuar pela 1 da manhã. Uma grande voz a ecoar pela noite do Porto, um Os Cabra Çega pela mesma hora apresentavam-se grande momento numa noite que já ia longa e que no varandim da Torre dos Clérigos, Francis Dale, o publico insistia em ocupar as ruas do Porto. mais uma excelente voz soul Portuguesa tomava Do outro lado do mapa dos eventos os Mind da o lugar antes de Rita Redshoes no Era Uma Vez Gap subiam ao palco confirmando o sucesso junto Em Paris, Norberto Lobo no Atneu e a Praça dos do publico mais jovem que já tinha levado ao Poveiros recebia os Dealema, grupo de hip-hop de rubro os Dealema no concerto anterior. Os Mind Leça que encheu a praça e que conquistou o da Gap não ficaram atrás. publico mais jovem da noite. Foram 3 horas de hip-hop, muito Freestyle e Perto da meia noite os Gala Drop aqueciam a sala rimas, primeiro com os Dealema e depois com os no Passos Manuel e os Celeste/Mariposa portuenses Mind da Gap. encerravam o ciclo de concertos do maus Hábitos. Charanga tomava o seu lugar no Varandim dos Clérigos , os Ekco Deck no Rádio e os Holy Nothing no Café Au Lait.

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Capicua

Francis Dale

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Walter Benjamim

HHY & The Macumbas

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Duquesa Outubro 2014 / Pรกgina 30


Meia noite e meia PZ e os seus “croquetes” assaltava o Atneu, mais uma vez completamente esgotado para assistir a este peculiar artista da cidade do Porto. O Varandim dos clérigos recebia pela 1 da manhã os Sampladélicos enquanto o Armazém do Chá recebia entre outros os Niagara, DJ Maboku & DJ Lilocox e Blacksea Não Maya DJs que terminaria o seu live set pelas 4.30h Para finalizar a noite dos grandes concertos, os You Can't Win, Charlie Brown pela 1 da manhã chegam entre muito calor ao Passos Manuel. Sala cheia, centenas de pessoas à porta para aquele que era um dos mais esperados concertos da noite. Como sempre os You Can't Win, Charlie Brown não desiludiram os fãs apesar do calor na sala, não era propriamente a melhor temperatura para o concerto.

Durante 10 horas o centro do Porto encheu-se com cerca de 250 mil pessoas em “D´Bandada”. A organização a cabo da NOS e com a Porto Lazer / CMP como parceiros acreditam que a aposta foi ganha e que a cidade ganhou protagonismo. Aquando da apresentação do evento, o presidente da autarquia, Rui Moreira, explicou que, não sendo esta uma iniciativa nova, "identifica-se muito" com a visão que o executivo tem do Porto: "temos festa na cidade, temos animação na cidade e o princípio da gratuitidade". Em comunicado, a Câmara do Porto admite que "os números, embora aproximados e de difícil apuramento, foram calculados com base em estimativas de ocupação dos espaços", tendo ainda em conta que "terá ocorrido várias vezes fenómenos de renovação de públicos" que poderão, portanto, ter ultrapassado o quarto de milhão de pessoas. A forte adesão popular à quarta edição da D'Bandada motivou a renovação da aposta da Porto Lazer do evento para 2015, que poderá ser acompanhada de uma possível expansão "mais para a zona da Ribeira ou da Câmara Municipal", de acordo com o diretor de comunicação do festival, Pedro Moreira da Silva, de modo a acompanhar "o seu crescimento constante".

Sandra Pinho

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Rita Redshoes

You Can’t Win Charlie Brown

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Manuela Azevedo & Orquesta Jazz de Matosinhos Outubro 2014 / Pรกgina 33


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Rita Redshoes / Casa da Música O novo album de Rita Redshoes, “Life is a Second of love” foi o mote para um concerto duplo realizado no passado dia 27 de Setembro na Casa da Música no Porto. Foram 2 sessões seguidas, e esgotadas, de um concerto que marcou o regresso de Rita à Casa da música depois de, em 2012 ter igualmente apresentado 2 sessões com lotação esgotada o espectáculo “The Other Women”. Foi ainda o regresso ao Porto depois do concerto de apresentação do novo álbum realizado em Maio no Hard Club e uma breve passagem no NOS em d’Bandada. Para este concerto na Casa da Música, Rita Redshoes além de apresentar os temas do seu novo disco incluiu temas dos seus álbuns anteriores bem como duas músicas do projeto “The other woman”. Sem aviso prévio, a cantora entra na sala junto ao público. Sentando-se ao lado do piano, de harpa em punho, inicia o concerto com o tema “Waves of Emotion”, do seu segundo álbum. O início do concerto faz-se numa toada intimista antes de subir ao palco. No final do tema inicial um simpático Olá saúda o publico. Após este início intimista Rita sobe ao palco onde faz desfilar entre novos temas do novo álbum, clássicos dos seus anteriores dois discos. Em background vêm-se fitas brilhantes, suspensas, colocando o cenário em concordância com o visual da cantora. Dá-se inicio à apresentação do novo álbum com os temas “No matter what”, “Broken Bond” e o melodicamente dançável “White Lies”. Os grandes êxitos da cantora são também revisitados como o tema de sonoridade folk “You Should Go” e o sucesso “The Beginning Song”, seguidos pelos mais recentes “Blood Deal” e “In This White Room”.

Faz questão de afirmar que gosta muito do Porto e agradece o facto dos dois concertos estarem esgotados. Vindo novamente para junto do público, Rita senta-se ao piano para cantar “Minimal Sounds”, tema escrito em conjunto com o seu irmão. O eco da sua voz entranha-se lentamente no espaço da sala que fica rendida à sua voz. “Está uma caloraça”, diz antes de cantar o mítico “Somewhere Over The Rainbow”, numa versão melodicamente muito sua, e levando a audiência ao rubro num aplauso entusiasta quando transita suavemente para outro dos seus sucessos, “Dream On Girl”. Num concerto com bastante interatividade, Rita Redshoes vai falando com o publico sempre que apresenta um tema, quer seja do seu novo disco, quer seja um mais antigo, por sinal os temas de maior agrado do público. Seguem-se dois temas anteriormente interpretados pela artista no espetáculo “The Other Women”, que apresentou há dois anos atrás igualmente na Casa da Musica (onde a própria diz sentir-se em casa); uma canção de Joni Mitchell, cantora que sempre marcou a sua carreira e outra de Nina Simone, que fala da coragem das mulheres e que reacende o lado mais rock & roll da cantora . Entra o ritmo frenético de “Women Snake”, um dos pontos altos do concerto onde conta a história que deu origem à música, que foi escrito depois de ter estado nas mãos de uma curandeira, supostamente em Africa, e que a livrou da morte segundo as suas próprias palavras. Seguiram-se os sobejamente conhecidos “Choose Love” e “Captain of My Soul”, que fez com que a audiência se levantasse acompanhando a cantora na sua interpretação. È nesse ritmo que a banda é apresentada e que a cantora se despede e sai do palco.

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Alguns minutos depois regressa ao palco para o habitual encore. “Hey Tom” e “There’s No Sky Above Our Heads”, tema que encerra o novo álbum e no qual a artista convida o público a sentar-se perto do seu piano, completam o lado intimista do espetáculo e ditam a derradeira despedida, como ela própria disse, resolveu oferecer este “miminho” ao publico do Porto. Foram cerca de 90 minutos de excelente música. Um concerto que pecou apenas por saber a pouco, ficando com vontade de ficar na sala para assistir ao segundo concerto. Como sempre Rita Redshoes não desiludiu ao vivo e a Casa da Musica foi o palco perfeito para este seu concerto. Esperamos pelo próximo….

Sandra Pinho

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Unhas Negras Uma Festa Punk! Uma Co-Organização Squatter Factory e Oliva Creative Factory (10/10 - São João da Madeira) / Infected Records DIY (11/10 - Lisboa). O Unhas Negras nasce com o intuito de se tornar numa plataforma fundamental de celebração e de promoção de artistas do género musical Punk Rock. Através das mais variadas performances, com especial incidência na vertente musical de Punk Rock, o Unhas Negras estimulará e apoia a interactividade entre vários profissionais relacionados com a indústria discográfica musical e estabelecerá uma ponte entre agentes, representantes, produtores, editores, investidores e os próprios artistas que ainda possam estar numa fase inicial da carreira. O Unhas Negras pretende, assim, promover o potencial artístico e impulsionar o lançamento de jovens criativos que (ainda) não obtiveram o devido reconhecimento. No projeto só interessa uma coisa: “dar voz aos artistas que se desunham para vingar no meio profissional da música. Seja-lhes feita justiça.”

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da fábrica que desvanece à baía do tejo “da fábrica que desvanece à baía do Tejo” é um lugar de encontro. Uma residência artística desenhada e concebida pela Casinfância, entidade cultural sem fins lucrativos, e que ocorre entre Maio e Agosto de 2014, do qual resultou a exposição inaugurada a 13 de Setembro. Contando com um leque de 6 artistas e um campo de intervenção, o território da Antiga Companhia União Fabril, atual Baía do Tejo, na cidade do Barreiro. Segundo os mentores da residência, “O projeto não busca restituir memórias ou legitimar um passado, mas sim trabalhar sobre a fonte do pensamento genuíno. Interessa-nos sobretudo estudar, descobrir, lançarmo-nos num território vasto e repleto de signos, marcas de uma história e de um tempo. Todo o lugar tem o seu tempo e este continua o seu próprio caminho, onde a fábrica se evapora desenham-se seis intervenções, num gesto transversal que se revela à luz dos dias de Setembro”. Exposição 13 de Setembro a 11 de Outubro De quarta-feira a sexta-feira às 17h De sábado a domingo às 10h30 e às 17h Todas as visitas são acompanhadas por um guia. Entrada Gratuita No próximo número vamos destacar os 6 artistas participantes na instalação

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