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INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL vs. PC BUILDER
by PCGuia
A inteligência artificial veio para ficar. Explorei a sua capacidade para criar um conceito de um computador pessoal e/ou respectivo modding e de como este seria executado, na realidade.
ONDE GERAR IMAGENS?
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Existem várias plataformas onde podem criar imagens com recurso a IA, umas mais avançadas e outras mais simples. Para o meu dia-a-dia, o Canva e o NightCafe têm sido suficientes. Se quiserem algo acima da média, a minha sugestão é o Midjourney. Para todos estes sistemas, a qualidade dos prompts ou das keywords faz toda a diferença. Como exemplo, para este artigo usei as instruções «desk computer case» e «inspired by Marvel».
O Desafio
Depois de ver as sugestões das várias IA e absorver as suas ideias de computador de secretária (foi engraçado ver que um deles foi mesmo uma secretária), começou a procura por componentes que poderiam transformar tudo em realidade. Sobretudo nas sugestões do Spider-Man, o formato de uma caixa vertical tornou-se evidente e foi essa a minha decisão.
Hardware
Em termos de caixas em formato vertical a mais sonante é a NZXT H1. Lembra, sem dúvida, uma XBOX Series X, tem vidro temperado, múltiplos furos para refrigeração, fonte de alimentação e dissipador a água incluído. Isto limita-nos a escolha de uma motherboard a um modelo mini-ITX, mas como o lado gamer bate mais forte, a ASRock Z790M-ITX/WiFi acaba por ser uma boa opção: toda em preto, é compatível com RGB e com os mais recentes processadores Intel. A memória RAM também tinha de ser de baixo perfil e, dado que o RGB destas não se vê, a minha sugestão passa pelas Corsair Kit 32GB (2 x 16 GB) DDR5 5600MHz Vengeance Black CL36, que têm um padrão muito interessante nas chapas de refrigeração. Já a placa gráfica, como a podemos ver através do vidro temperado, algo na linha da Asus GeForce RTX 4090 ROG Strix Gaming OC 24GD6X DLSS3, que tem as cores necessárias e RGB, é a cereja no topo do bolo.
Modifica O
Para a pintura da caixa, escolhi azul em todo o interior e laterais, vermelho na base, assim como nos pés e no topo. Na frente, onde fica o vidro temperado, fica uma impressão 3D da cara do nosso aracnídeo preferido, pintada com as mesmas tintas da caixa. Tal como na sugestão, a malha vermelha em 3D seria extendida às duas laterais, cobrindo muito levemente as perfurações da refrigeração. Os spray Montana 94 continuam a ser os meus preferidos para estas pinturas, também pela facilidade em encontrar os tons exactos que procuramos. Por menos de quinze euros, incluindo verniz de finalização e fazem toda a diferença.
Os sistemas de inteligência artificial são capazes de nos colocar fora da zona de conforto de formas muito criativas e, com isso, aprender coisas que fogem ao normal.
Interior
As sugestões que me fizeram lembrar o Venom foram muito fortes para dar ênfase aos imensos cabos, tudo um pouco caótico, mas com um certo sentido. Para que ficasse tudo perfeito no interior, e mesmo com muito trabalho manual, a minha escolha recaiu em cabos modulares em vermelho e azul: encontrei no Etsy vários criadores de versões à medida. Para dar um pouco de luz, juntaria uma fita LED ARGB, perto do painel de vidro, configurada para um modo que iluminasse lentamente, simulando uma cidade durante a noite (alguns programas referem estes modos como ‘City Light’ ou ‘Stars at Night).
EM TODA A HORA, EM TODO O LADO
A luta por optimizar a minha produção de conteúdos continuou durante o mês de Abril. Descobri ferramentas super úteis para a disponibilização, organização, conversão e identificação de ficheiros, que são magníficas e relativamente simples de utilizar, agora que já compreendo um bocadinho mais sobre “homelabbing”. A primeira delas, o Syncthing, está disponível para todos os sistemas operativos e permite criar um conjunto de ficheiros sincronizados numa rede local, ou remotamente, entre todos os dispositivos. Esta sincronização acontece por P2P, como os ficheiros torrent, de forma segura e utilizando muito poucos recursos. Desta forma, criam uma pasta de ficheiros a que querem ter sempre acesso: no meu caso, é perfeito para partilhar ficheiros de trabalho entre os vários equipamentos, como templates, guidelines de conteúdos ou até exemplos de e-mails. Se a vossa ideia for a de fazer backups, sugiro o Kopia.
Conclus O
O exercício de pensar como é que podemos levar uma modificação (ou montagem) do zero ao resultado final é uma forma muito inteligente de treinar as nossas capacidades criativas, neste mercado que se começa a tornar muito repetitivo. A isto, junta-se o quão divertida é a aventura de criar imagens por IA e o quão improváveis são alguns resultados.
Outra ferramenta para quem produz muitos conteúdos, e os quer arquivar de forma mais eficiente, é o Tdarr. Com este software é possível definir rotinas e automatismos do tipo condicional, que avaliam os ficheiros e actuam se necessário. No meu caso, tenho uma zona de arquivo morto (cold storage) com ficheiros já publicados e que, só num caso de catástrofe, posso vir a reutilizar. Para poupar espaço em disco, o Tdarr avalia a resolução e o bitrate e faz transcoding para um formato que ocupa menos, com uma perda de qualidade mínima. Assim, posso utilizar vários computadores como nodes e distribuir trabalho e recursos que estejam parados, executando a tarefa mais rápido.
Até ao próximo mês!
Começa a ser complicado testar este tipo de relógios e, até mesmo, encontrar diferenças entre os modelos de várias marcas, num dado intervalo de preços. São todos muito iguais, têm as mesmas funcionalidade, as mesmas formas de usar e características: sensores de batimentos cardíacos, acelerómetros, giroscópios e por aí fora. O Redmi Watch 3 é mais um daqueles modelos que a Xiaomi já só lança por lançar, sem que haja propriamente uma grande novidade.
Durante quase um mês de utilização, fica na retina o facto de ser bastante leve - passou muitas vezes despercebido e fez-nos duvidar se estava mesmo no pulso. Usámo-lo entre sessões de ginásio e surf, mas percebemos que, com a água, o ecrã (AMOLED de 1,75 polegadas) não se dá lá muito bem, pois as gotas assumem-se como dedos e interagem com a interface, sem que queiramos. Depois, mesmo com o modo de ligar o ecrã de forma automática activado, quando levantamos o braço, nem sempre respondeu, o que se tornou uma situação bastante chata, sobretudo quando precisávamos de ver tempos de descanso, no ginásio.
A bracelete em silicone também nos deu problemas: não foi muito prática de fechar, pois não deslizou de forma suave no pulso para ficar bem presa - houve atrito com a entre as duas partes da bracelete.
Em termos de bateria, os doze dias prometidos pela Xiaomi são para esquecer: no máximo, o Redmi Watch 3 esteve uma semana sem ir à carga.
Finalmente, uma funcionalidade curiosa: podemos atender chamadas e falar directamente para o relógio - pode optar por esta alternativa, se quiser passar por parvo no meio da rua, por exemplo.
O Redmi Watch 3 não tem nada de extraordinário, mas cumpre minimamente o que se pede a um modelo deste tipo - o preço é um pouso desajustado: o ideal seria um valor a rondar os oitenta euros.
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BOSE QUIETCOMFORT EARBUDS II 4,5
Os mais recentes earbuds topo de gama da Bose trazem algumas diferenças em relação ao modelo antecessor. As mais imediatas são ao nível do design: são mais pequenos, assim como a caixa de carregamento, e confortáveis. Os QuietComfort Earbuds II trazem várias pontas de silicone, o que permite um encaixe perfeito nas orelhas e fazem com que os auscultadores não caiam facilmente. Quando falamos de som, a qualidade é muito boa, embora tenha sido preciso fazer uma actualização, pois, inicialmente, o áudio não era reproduzido correctamente. Quando utilizamos estes auscultadores para fazer chamadas, videochamadas ou podcasts, a nitidez da voz é excelente. Sempre que ouvimos música ou vimos uma série, os baixos são potentes, sem serem exagerados; já os graves e os médios são bem definidos.
O melhor é que podemos controlar e equalizar o som, ao nosso gosto, através da aplicação Bose Music. Este é um dos pontos fortes da marca, que conseguiu ter uma app que funciona muito bem, o que nem sempre acontece com outros fabricantes de produtos áudio. O cancelamento activo de ruído (ANC) é o grande destaque destes earbuds e consideramos que, neste momento, são talvez os melhores do mercado, a este nível. O único senão é ser impossível desligar totalmente o ANC. Os QuietComfort Earbuds II tem uma bateria que dura seis horas e, se usarmos a caixa totalmente carregada, a autonomia chega às dezoito horas, sem necessidade de a ligar à corrente; só é pena que, pelo valor pedido, não exista carregamento wireless. Apesar de serem um pouco caros, estes Bose são uma boa escolha para quem procura uns earbuds com qualidade e um excelente cancelamento de ruído, até porque é possível encontrar promoções que baixam significativamente o PVP destes auscultadores. MAFALDA FREIRE bose.com €319
iROBOT ROOMBA i8 COMBO 5
Depois do J7 Combo, o primeiro aspirador robô da iRobot com uma esfregona que rodava para cima, quando estava em modo de aspiração, chegou a hora de o best seller i7 receber a capacidade de lavar o chão - e, com isto, muda de nome para ‘i8 Combo’. Contudo, o sistema de lavagem do chão é diferente do automático, usado no J7; no caso do i8 Combo, o utilizador tem de alternar entre o depósito de aspiração e o de lavagem do chão, consoante o que quiser fazer. O sistema do i8 não é tão cómodo como o do J7 Combo, mas funciona como pretendido. De resto, o i8 Combo é semelhante ao i7, com uma câmara de mapeamento na parte de cima e um pouco mais alto que o J7. Até ao lançamento do J7, o i7 foi o melhor aspirador robô que a iRobot criou: tem todas as coisas que são, realmente, necessárias num dispositivo deste tipo, como uma boa potência de aspiração e um software bem concebido. Para o i8, a iRobot pegou nessas características e acrescentou a possibilidade de também lavar o chão. irobot.pt €799
4.5
Para dar maior versatilidade aos seus aspiradores, a Dyson lançou o Pet Grooming Kit que, como o nome deixa antever, é um acessório perfeito para escovar os pelos soltos do seu animal de estimação. Este conjunto é composto por uma cabeça em forma de cardadeira, composta por 364 cerdas (pontas) finas, com uma inclinação na extremidade de 35 graus, permitindo assim uma maior eficácia a agarrar os pêlos soltos. Depois de escovar, basta largar o botão para retrair as cerdas, permitindo assim que os pêlos sejam removidos e imediatamente aspirados. Para completar este conjunto, a cabeça está acoplada a uma mangueira extensível e flexível (que pode atingir um metro de comprimento), equipada com um adaptador na extremidade oposta que permite a sua utilização em praticamente todos os principais aspiradores da Dyson, sem esquecer o Outsize e o Digital Slim.
Relativamente à sua utilização, a parte de escovar foi perfeita, embora preferíssemos que o botão/haste só precisasse de ser premido no momento de aspiração do pêlo recolhido. Quando ligado o aspirador (neste caso, um Dyson V15 Detect), foi essencial utilizá-lo no modo ‘Eco’, mais silencioso, para que os animais mais receosos pelo ruído aceitassem a ideia de o seu pêlo ser “aspirado”. GUSTAVO DIAS dyson.pt | €60
Sonos Era 300 5
Com o objectivo de criar a melhor experiência de áudio espacial com um só elemento, a Era 300 da Sonos promete revolucionar o mercado das colunas inteligentes, embora já existam soluções de peso. A marca conseguiu reunir, num equipamento relativamente compacto, um total de seis altifalantes, dois woofers direcionados para os lados (de modo a criar um efeito estereofónico convincente) e quatro tweeters (dois laterais, um frontal e um superior), aos quais se juntam painéis difusores que orientam o som para uma experiência mais envolvente. Esta solução obriga a que a coluna tenha um design invulgar, como se tivesse sido inspirada numa ampulheta, com a secção central mais estreita que as extremidades frontal e traseira. Cada altifalante é alimentado por um amplificador (de classe D), o que lhes confere uma maior precisão e uma maior eficiência energética. O facto de um dos tweeters estar virado para cima permite que a Era 300 tenha certificação Dolby Atmos, com o processo de configuração através da aplicação móvel Sonos a determinar qual o melhor posicionamento da coluna, para uma experiência mais eficaz.
A qualidade do som é excelente, demonstrando toda a sua versatilidade, com a perfeita reprodução das vozes e de todos os instrumentos de frequências mais agudas, devidamente acompanhados pelas frequências baixas dos instrumentos de repercussão. Já para uma biblioteca de áudio mais electrónica, talvez seja necessário ajustar as definições na app para evitar uma batida mais efusiva para o gosto dos seus vizinhos, como me aconteceu. Destaque final para a capacidade de reprodução de áudio via Wi-Fi e Bluetooth, esta última uma novidade em dispositivos Sonos, bem como a partir de outros equipamentos (como um gira-discos) através do opcional adaptador jack para USB-C (custa 25 euros). GUSTAVO DIAS sonos.com | €499