EDIÇÃO #002 ▪ outubro 2013
PONTO DE FUGA MAGAZINE
EU SOU UMA FUGA
JOANA FERNANDES PÁG. 4
FUGAS
FREIXO DO MEIO
&
I TERTÚLIA PdF PÁG. 16 e 18
DESAFIOS PdF As fotos vencedoras
PONTO DE FUGA MAGAZINE
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EDITORIAL
Após o lançamento da primeira edição da PdF Magazine, tornou-se evidente que o projecto tem uma aceitação muito boa por parte dos Fugas. Como em qualquer iniciativa que nasce de forma espontânea, nem tudo correu da melhor forma. Contudo, as lições foram aprendidas e o resultado da motivação para continuar com esta ideia está aqui, na 2ª edição da PdF Magazine. Durante a preparação desta edição fomos confrontados com a dramática notícia sobre a perda de um elemento desta comunidade que tem vindo a crescer em torno da paixão pela Fotografia. A partida do Celino terá sido prematura e muito ficou por dizer e partilhar mas parte de si irá continuar no tempo, não apenas naqueles que tiveram oportunidade de o conhecer mas também através das suas fotografias. Nesse sentido, decidimos prestar uma pequena homenagem nesta Magazine ao mesmo tempo que endereçamos as nossas condolências à família do Celino.
SUMÁRIO EU SOU UMA FUGA: JOANA FERNANDES
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DESAFIOS PdF
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RIBEIRA DO FREIXO DO MEIO
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I TERTÚLIA PdF
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SAÍDAS NOCTURNAS
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Nesta edição também desafiámos a Joana Fernandes para dar a conhecer um pouco mais sobre si mesma e a sua relação com a Fotografia e o Ponto de Fuga. Na secção “Eu sou um Fuga” iremos desafiar os fugas a apresentarem-se e a partilharem algumas das fotografias com mais significado para si próprios. A Joana foi um desafio interessante mas também estimulante para continuarmos a fazer dessa secção também um espaço que os Fugas sintam ser deles. Obrigado Joana! No desafio da capa para esta edição tivemos várias participações, da qual resultou a selecção da fotografia “Garfismos” da Helena Sousa. O processo de selecção da fotografia foi realizado através da atribuição de pontos a cada foto, por parte do Pedro Vilhena, Célia Ferro, João Barnabé e João Caeiro e Miguel Lemos. A foto com mais pontos somados foi selecionada para a capa. Este será o sistema de seleção usado no futuro, sendo que o júri para cada edição será anunciado juntamente com o tema. Por fim, esta edição conta também com reportagens sobre as saídas de campo à Ribeira do Freixo do Meio e as saídas nocturnas realizadas por alguns Fugas, incluindo ainda a reportagem sobre a I Tertúla do PdF, realizada na Casa da Zorra. A Equipa Editorial
EDIÇÃO #002 ▪ outubro 2013
PONTO DE FUGA MAGAZINE
FICHA TÉCNICA COORDENAÇÃO: Célia Ferro, João Barnabé, João Caeiro, Miguel Lemos, Paula Serrão, Pedro Vilhena PAGINAÇÃO: João Barnabé, Miguel Lemos REDAÇÃO: Célia Ferro, João Barnabé, João Caeiro, Miguel Lemos, Paula Serrão, Pedro Vilhena
EU SOU UMA FUGA
PONTO DE FUGA MAGAZINE Contacto: pontodefuga.news@gmail.com © Ponto de Fuga, 2013 Todos os direitos reservados
JOANA FERNANDES
PÁG. 4
FUGAS
FREIXO DO MEIO
&
I TERTÚLIA PdF PÁG. 16 e 18
DESAFIOS PdF As fotos vencedoras
PONTO DE FUGA MAGAZINE
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EXPOSIÇÃO PONTO DE FUGA A exposição tem lugar na Casa da Zorra, que para quem não conhece, é um lugar inteiramente ligado às artes (cinema, dança, fotografia, etc etc), situado na Rua Serpa Pinto, em Évora. A exposição tem lugar de 18 a 29 de novembro. A sala onde decorre a exposição suporta cerca de 25 a 30 fotografias, em formato 20x30, pelo que se houver mais de 30 participações, o Pedro terá que escolher apenas as melhores. Caso não haja 30 participações, será alargado, a quem já fez a sua participação, a possibilidade de colocar na exposição mais fotos, dependendo das vagas. O custo de cada foto é de 12€. Os custos já têm impressão, montagem e suporte incluídos. Este valor será transferido para a Célia Ferro, assim que o Pedro decidir se a foto enviada por cada um tem ou não qualidade para a exposição. Por outras palavras, só ficam inscritos na exposição quando a vossa foto for aceite e quando tiverem pago o custo da mesma. Outra vertente desta exposição é o carácter social da mesma. Vamos doar as fotos à APCE, que irá realizar um leilão com as fotos que não forem vendidas durante a exposição para arrecadarem mais fundos. Por isso, quem decidir participar deverá ter em atenção que a sua foto não pode ir para casa, uma vez que ela será doada à APCE. Podem sempre comprá-la de volta. Os lucros arrecadados com o leilão e com as vendas na Zorra,
serão divididos 70% para a APCE, que irá realizar o leilão, e 30% para a casa da Zorra, que irá acolher o nosso evento. Os critérios de selecção das fotos serão definidos pelo Pedro, mas posso já adiantar que há alguns que não vão poder fugir: Formato 20x30 com excelente qualidade Foto da vossa autoria Só os membros do PDF podem participar Pagar 12€ pela foto Doar a foto à APCE Sugiro que comecem a fotografar muito e bem! Comecem a enviar as vossas fotos para o Pedro decidir sobre se estão ou não aptas para participarem. A recolha das fotos e os pagamentos serão feitos até 28 de outubro, porque depois precisamos enviar as fotos para impressão e precisamos divulgar e organizar a exposição. Se estiverem interessados, comecem já porque as fotos podem não passar nos critérios de selecção do Pedro e será necessário fazerem novas fotos!
ATÉ SEMPRE CELINO
ATÉ SEMPRE CELINO “Durante a nossa vida: Conhecemos pessoas que vem e que ficam, Outras que, vem e passam. Existem aquelas que, Vem, ficam e depois de algum tempo se vão. Mas existem aquelas que vem e se vão com uma enorme vontade de ficar...” Charles Chaplin Os colegas do Ponto de Fuga enviam as sentidas condolências à família e aos amigos do Celino.
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EU SOU UMA FUGA
JOANA FERNANDES
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Joana Fernandes, é quanto basta.
Termino com Ansel Adams:
Diz-me o Pedro “se gostas de ler vais gostar de escrever”, não é bem assim. Mas que posso eu partilhar com vocês relativamente ao que nos juntou, a fotografia?
“Existe gente demais fazendo somente o que lhes disseram para fazer. A maior satisfação que podemos obter da fotografia está na realização do nosso potencial individual, na percepção única de algo e em sua expressão por meio da compreensão dos instrumentos. Tire proveito de tudo: não se deixe dominar por nada, a não ser por suas próprias convicções.”
Frequentei dois workshops, iniciado e avançado, e o fascínio pela fotografia, desde então, não parou. Se sou metódica, se pratico o suficiente, se leio manuais, se uso tripé, se sou rigorosa na edição, não, não sou.
Joana.
As minhas fotos acontecem pela forma seguinte, pegar na máquina, caminhar, observar e é interessante porque não olho da mesma forma, e quando tiro a foto o que fica é a minha forma de olhar, é a minha interpretação, o meu sentir. E o processo continua no computador, porque há sempre novidades, surgem detalhes que não vi ao clicar, e é mágico. Chega o momento da criatividade, dissecar, transformar, aprofundar o que quero ver e se..... for melhor assim? E aquele detalhe? Vai sózinho ou deixo que este o acompanhe? Comecei a imprimir as minhas fotos, já o deveria ter feito antes, é o culminar de todo o processo, e, descobri que aguça a autocrítica, as fotos estão ali, fisicamente, posso tocálas, são reais. Olhares congelados no tempo. Naquele dia vi assim, senti daquela forma. Neste momento, a fotografia é isto para mim, como poderá ser amanhã ou depois, não sei, não estou muito interessada em saber, só quero mesmo sentir a magia e depois transformá-la a meu gosto.
SE PUDERES
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MINIMALISMO
CAVALO
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PONTO DE FUGA MAGAZINE
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DESAFIO CAPA PdF MAGAZINE
CONTRASTES
TEMA
GARFISMOS Helena Sousa
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Flower - Fábio Coradinho
Porto, a cidade invicta - T. Cascalho
Depois da chuvada - Fátima Moreira
Património Genético - A. Gaspar
Na Janela - Breno Teixeira
Contrastomates - Joana Antunes Extra-concurso* Rua de Reguengos - Paula Serrão
QUERES SER O AUTOR DA CAPA DO PRÓXIMO MÊS? Para cada edição da PdF Magazine será lançado um desafio mensal subordinado a um tema. A equipa editorial irá seleccionar a foto que considera que representa melhor o tema proposto e que servirá de capa à edição seguinte. Outras fotos poderão ser também publicadas na secção Desafios. O tema do próximo desafio para a Capa da PdF Magazine é o “OUTUNO”. Envia a tua foto para mdslemos@gmail.com, até às 24:00 do dia 10 de Novembro. Mais informações sobre este desafio serão disponibilizadas no grupo Ponto de Fuga. * As fotografias extra-concurso não são avaliadas para efeitos do desafio de capa.
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DESAFIO DESAFIO #13
Light Graffiti
NÃO HÁ RAIO QUE A PARTA Joaquim Mendes
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OS PdF
ARCO-ÍRIS DE IDEIAS Paula Serrão
ERASMUS BY NIGHT Miguel Lemos
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DESAFIO DESAFIO #14
O que fotografo com paix達o
SARA Carla Fernandes
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OS PdF
ASCENSOR Eugénia Valentim
CONTOS DE AMOR HESSE Helena Sousa
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DESAFIO DESAFIO #15
A tua companheira
GLAMOROSA Miguel Lemos
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OS PdF
AFINAL HAVIA OUTRO Paula Serr達o
DE NOITE E DE DIA Carla Fernandes
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FUGA
RIBEIRA DO FREIXO DO MEIO Eram uma vez duas meninas, Paula Serrão e Célia Ferro, que não se conheciam pessoalmente e decidiram fazer uma saída fotográfica ao desconhecido pelas terras da Herdade Freixo do Meio, perto de Foros de Vale Figueira, Lavre. A aventura simples de final de sexta-feira à tarde, do dia 5 de Julho, foi divulgada no ponto de fuga e outros três meninos, Manuel Roque, Pedro Vilhena e Tito Concha, decidiram ir ver a bela ribeira, que a menina Paula afirmava vivamente ser algo de extraordinário. Um certo final de tarde tórrido lançaram-se à aventura e, seguindo as indicações da expert no local, Paula Serrão, começaram a caminhar de encontro à ribeira. Passou o 1º km e a Paula continuava a afirmar que era já ali e os meninos continuaram… mais 1 km e é já ali depois daquele monte e passou mais 1 km e mais outro e os 5 meninos a torrar debaixo de 36 graus, cheio de fome, sede, pó e cansaço. Sim, porque alguém levava bifanas para nós e não as deu até chegarmos ao local! Finalmente quando o desespero já reinava começaram a ouvir o som da água. Acho que nunca me senti tão feliz por ver água em toda a minha vida!!! Claro que depois descobrimos que a Paula nunca lá tinha estado antes e não fazia a menor ideia do que íamos encontrar! Obrigada Paula! Se bem que a pena dela foi bem paga e mais que paga, carregou a Cookie ao colo durante quilómetros! A miúda é bem esperta! Foi a única que teve direito a lugar sentado… Posso adiantar que após quilómetros, sede, fome e cansaço encontrámos o nosso oásis. O local é lindo, calmo, fresco, isento de presença humana (excepto a nossa) e encheu-nos as medidas por completo. Pelo menos a nós porque às nossas máquinas nem por isso… pouco fotografámos dada a hora adianta. Depois SÓ fizemos mais 3 ou 4 kms para regressarmos aos carros. Claro que como somos todos muito inteligentes (excepto naquela tarde, mas todos nós temos momentos menos bons!!!) agendámos nova ida ao local para a próxima sexta…
POR: CÉLIA FERRO
de jipe é claro!!! Após as belas fotos que tirámos o pessoal aderiu em massa e juntámos um grupo enorme no dia 12 de julho: David Rebocho, Carla Fernandes, Breno Fortuna e filho, Pedro Vilhena e a sua Isabel, Manuel Roque, Paula Serrão, Fátima Moreira, Tito Concha e Célia Ferro. O Sr. David Rebocho deu-nos a honra da sua presença e a mulher quase que lhe colocava as malas à porta. Por outro lado, o Sr Breno Teixeira achou que iria pouca gente e decidiu levar o agregado familiar todo, entre os quais o terramoto, o maremoto e a brisa mas à ultima da hora achou que tanto desastre natural junto seria um erro, levou apenas o terramoto (ou seria o maremoto???). O nosso teacher nem parecia o mesmo! Sabem porquê? Levou a Isabel e ela tomou conta dele!!! A Fátima foi pela primeira vez a uma saída nossa e, apesar de eu pensar que nunca mais a apanharia em nada do género, é a primeira a voluntariar-se para ir a qualquer lado connosco (vá-se lá saber porquê!!!)! Há que lhe dar valor por isso, veio meter-se no meio de gente louca… por fotografia é claro! Por fim falta mencionar a Paula Serrão, a Célia Ferro (EU, caso não tenham notado), Manuel Roque e Tito Concha! Acho que não vale a pena dar-lhes mais destaque uma vez que conseguiram ganhar o protagonismo todo na primeira saída… nem que fosse por comerem tanto pó! Claro que na 2ª saída também comemos pó, porque alguém teve a triste ideia de abrir o vidro do jipe… mas pelo menos comemos pó sentados num jipe com o AC ligado! É outro nível!
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Célia Ferro
Paula Serrão Breno Teixeira
Manuel Roque
Fátima Moreira
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I TERTÚLIA PdF Como surgiu a ideia de uma tertúlia PdF? O mote foi lançado pelo Alexandre Gaspar, a propósito de uma foto vencedora do desafio “a sensualidade”. A imagem em questão, intitulada ‘do teu nu eu nu me visto’, terá levado o Alexandre a questionar-se sobre as fronteiras da fotografia. O Gasparov, descrito pelo Pedro Vilhena, como um homem enigmático, de longos cabelos e linguarejar próprio, sentiu necessidade de balizar o conceito de fotografia e de perceber quando passa a fotomanipulação, criação multimédia… Dizia o Alexandre que precisava de perder os preconceitos sobre esta questão, apesar de já ter perdido alguns nos workshops ministrados pelo Pedro, onde tal temática já tinha sido levantada. Num post, questionou-me sobre o que pensava sobre o assunto, enquanto autora da polémica imagem. No meu ver a fronteira existe, claro, no entanto, nunca me tinha questionado sobre tal. Faço manipulações como forma de expressar as histórias que pretendo contar. Gosto de criar ‘realidades’ fotográficas, que vão além do que a fotografia pura consegue expressar. Admiro o período do surrealismo, do René Magritte, do Salvador Dali, onde o abstrato, o irreal e o inconsciente se combinam, libertando-se das exigências da lógica e da razão. Gosto de ir além consciência quotidiana e procuro exprimir o que me vai no inconsciente, nos sonhos… Mas a questão pairava no ar… A Paula Serrão também expressou a sua opinião no que respeita a montagens fotográficas. Escrevia ela num post que “a fotografia é aquilo que tu queres que seja, se queres um instante da tua vida, clicas e já está; se queres contar uma história que não existe, montas várias imagens…”. O Breno Teixeira chegou a questionar se uma animação deixava de ser um filme pelo simples fato de ser uma animação. O que importa para este ‘fuga’ é a mensagem que se transmite. E eis que o Breno toca na essência do que viria a ser a 1.ª tertúlia PdF: “Que tal debatermos este assunto ao redor de uma mesa a saborear um belo jantar?” As campainhas logo soaram nas cabecinhas dos ‘fugas’ que aceitaram prontamente a ‘happy hour’ do Breno, tão
POR: HELENA SOUSA
popular no Rio de Janeiro, onde o ‘chopinho’ virou costume no final do expediente. A Florbela Vitorino ouviu falar em ‘happy hour’ e foi logo correr a ler os 400 post para trás para se encaixar na dinâmica da coisa. Não deixou de expressar a sua opinião... Dizia ela: “Fotomontagem sempre existiu. As máquinas analógicas tinham um botãozinho para soltar o rolo que se pressionava simultaneamente quando se corria a patilha para disparar nova imagem. Fiz algumas brincadeiras na altura. Agora existem as aplicações para fazer isso. É uma questão de opção. Contudo, continuo a achar que existe uma fronteira (discutível) entre fotografia e arte gráfica. Na minha opinião, quando se começa a fazer corte e colagem, passamos para a arte gráfica, também de excelentes e interessantes resultados.” E foi assim que se concretizou o que viria a ser a 1.ª de muitas tertúlias PdF, espero. No dia 12 de setembro, no excelente espaço cultural da casa da Zorra, tive o belo prazer de conhecer pessoalmente tão ilustres fugas, Carla, João Caeiro, Gasparov, Florbela Vitorino, Fátima Moreira, Bruno Serranito e como não podia deixar de ser, o ilustríssimo mestre Pedro Vilhena, o único que eu já conhecia. Foi um excelente serão, que teve como música de fundo, o ‘Lisbon Story’ do Wim Wenders, que passava no terraço da Zorra. Falou-se de tudo um pouco. Gostei especialmente da conversa com o Serranito, sobre o método Estivill, que ensina bebés a dormir bem, lol, tudo a ver com a fronteira da fotografia. E entre clicks e bebidas reconfortantes, a companhia coroou este belo encontro de ‘fugas’. Falámos sobre a fronteira da fotografia? Humm, deixem ver… Acho que o Alexandre lá tentou puxar o assunto… E como nota de rodapé aqui vos deixo um pequeno texto para refletir, de Vilém Flusser, 1983, exposto na Fundação Eugénio de Almeida: “O propósito das imagens é dar significados ao mundo, mas elas podem tornar-se opacas para ele, encobri-lo e até mesmo substituí-lo. Podem constituir um universo imaginário que não faz a mediação entre o ser humano e o mundo, mas, ao contrário, aprisiona as pessoas.”
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Foto por: Jo達o Caeiro
Foto por: Jo達o Caeiro
Foto por: Jo達o Caeiro
Foto por: Florbela Vitorino
Foto por: Florbela Vitorino
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FUGA
SAÍDAS NOCTURNAS
Foto por: Célia Ferro
Foto por: Fátima Moreira
Foto por: José Rodrigues
Foto de Grupo por Célia Ferro
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SABIAS
QUE
No século 19 surgiu a primeira modelo de moda? O seu nome era Virginia Oldoini, Condessa de Castiglione (22 março 1837 – 28 novembro 1899), uma musa para muitos e amante de
outros. Conhecida pela sua excentricidade e gosto por vestidos exuberantes e fatos de fantasia. De origem nobre italiana, viaja para Paris com o intuito de pedir auxilio na unificação de Itália.
POR: PAULA SERRÃO
Durante este período, teve um escandaloso caso com Napoleão III que lhe deu notoriedade e acesso ao fotografo da corte imperial. Seguiu-se a separação marital de Francesco Verasis, Conde de Castiglione. Virginia dirigia o fotógrafo Pierre-Louis Pierson de forma a registar as imagens que idealizava: comprava vestidos, criava personagens e cenários, e colocava-se em poses bastante ousadas para a altura. Criou um registo de mais de 700 fotografias, gastou a sua fortuna pessoal e chegou a endividar-se para sustentar o seu ego e obsessão pelo registo
DIVULGAÇÕES EXTERNAS outubro
2 e 3 de novembro
Foto.grafar: 5 Passeios na Cidade
Reportagem: 2 dias de Arraiolos - Prova de Orientação
Mais info em:
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https://www.facebook.com/ asuaexperiencia
https://www.facebook. com/events/57195107 9507654/?fref=tseven ts/571951079507654/
fotográfico das suas personagens em vestidos luxuriosos. Os seus últimos anos foram passados num apartamento em Place Vendôme. As cortinas do apartamento estavam sempre fechadas e as paredes decoradas com panos pretos, para não se ver o declínio da idade, saindo de casa apenas durante a noite.