Director Joaquim Oliveira | Revista Mensal Esta Revista é parte integrante do Jornal “Audiência Grande Porto” de 15 de Abril, não podendo ser vendida separadamente
now Us Turismo Norte de Portugal
Um novo olhar sobre o Norte A new look over the North
MOSTEIRO DE PEDROSO
O CANTINHO DAS AROMÁTICAS
QUINTA DE LUBAZIM
TABERNA DA VILLA
Memórias com mil anos de história
Um mundo de ervas e plantas
700 anos a produzir vinhos de qualidade
À mesa com aromas e sabores tradicionais
Atelier de Vidro Decorativo, no qual realizamos todos os tipos de trabalho para serem aplicados em painéis; tectos; portas; fachadas & num sem número de outras situações decorativas. VITRAL - Decorativo e/ou Religioso FUSING GRAVURA em Vidro
Decorative Glass Atelier, in which we perform all types of work to be applied in Panels; Ceilings; Doors; Facades & countless other decorative situations. STAINED GLASS - Decorative and/or Religious FUSING Glass Glass ENGRAVING and ETCHING
Largo das Saudades, 25
E-mail: artVITRAL.decor@gmail.com
4430-593 Vilar de Andorinho _ Vila Nova de Gaia – PORTUGAL
Web: http://artvitral-decor.com/
Telf: (+351) 914306308
GPS: 41.1108964,-8.5881435,17
Um novo olhar sobre o Norte
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Á Conversa com
31 Comércio
Tradicional
Dr. Emídio Sousa e a Área Metropolitana do Porto.
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Aromas e Sabores Montalegre exibiu Fumeiro regional.
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Ao encontro do Agricultor Cantinho das Aromáticas é pioneira em agricultura biológica.
13 Restauração
A tradição de regresso com a Mercearia das Flores.
34 Espaços
de Repouso Conforto e bem-estar no Black Tulip Hotel.
37 Especial Folia regressou às ruas no Carnaval de Ovar.
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Taberna da Villa e a tradição da cozinha regional Portuguesa.
16 Produtos
e Produtors
Passeio Minhoto com a Cxperience num Mazda CX-5.
42 WorldRX
Montalegre
Santa Gula e as Compotas e Chuteney’s de fabrico artesanal.
19
Roteiro Vinicola
Festas e Romarias Populares Festa das Fogaceiras levou milhares de forasteiros a Santa Maria da Feira.
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Roteiro Histórico Em visita pelo milenar Mosteiro de Pedroso (VN Gaia)
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Artes & Ofícios A arte de trabalhar o Bronze na Fundição Lage.
A HISTÓRIA do nosso território é outra aposta que fazemos na KNOW’US, pois acreditarmos que ninguém nos pode conhecer de ‘verdade’ se não conhecer a nossa história, a nossa origem e, em particular, o povo desta região Norte de Portugal, o qual está na génese da criação do Condado Portucalense, e, em 1143, na origem do então denominado “Reino de Portugal”, o qual, em 1297, viu definidas as linhas geográficas daquela que é agora a República Portuguesa, o mais antigo Estado-nação da Europa.
Adrenalina e emoções ao rubro com o Mundial de RallycrossRX.
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Quinta de Lubazim á vinte e três gerações a produzir vinhos no Douro.
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Por Terras do Norte
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NOW’US (CONHEÇA-NOS), é o lema desta nova publicação, através da qual esperamos oferecer um novo olhar ao potencial do Turismo no Norte de Portugal. Queremos dar a quem nos visita, não só um maior conhecimento das belíssimas paisagens e dos nossos fantásticos Monumentos, mas também do nosso Povo, os seus seculares costumes e tradições, as suas reconhecidas capacidades de bem receber e de bem servir, sem esquecer as suas artes e ofícios, na produção e transformação de uma infindável variedade de artigos de fabrico industrial ou artesanal, maioritariamente produtos de excelente qualidade.
Red Bull Air Race Febre da Velocidade regressa em Setembro no céu de Gaia e Porto.
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Jet Ski Penafiel e o rio Douro recebem evento Internacional.
47 Receita Sabores da Terra e do Mar à nossa mesa, by Taberna da Villa.
48 Calendário de Eventos Agenda Cultural
Propriedade Um Rochedo na Maré Viva, Unipessoal, Ldª - NIF: 513344586 · Empresa Jornalística nº 223952 · Director e Editor Joaquim Oliveira · Grafismo e Produção: Pedro Cunha (pedritoscunha@gmail.com) · Fotografia Joaquim Oliveira · Colaboradores Pr. Dr. Gonçalves Guimarães (História); Pr. Dr. Artur Villares (História); Daniel Oliveira; David Rafael (Fotografia); AudiênciaGP (jornal); Correio da Feira (Jornal); Pedro Cunha · Impressão PIXARTPRINTING SpA - a Cimpress Company - fundada em 1994 - P.I. IT04061550275 - Via I Maggio, 8 30020, Quarto d’Altino (VE) - Italy · Publicidade Joaquim Oliveira – telf. 914306408 (comercial.knowuscomunicacao@gmail.com) · Sede e Redação Largo das Saudades,25 – 4430-543 Vilar de Andorinho – Vila Nova de Gaia - Portugal · Contactos Telf. (+351) 914306408 – Nº de Registo 126911 · E-mail: geral.knowuscomunicacao@gmail. com · Tiragem 2.500 exemplares · Número de Apresentação em OFERTA
A new look over the North
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NOW’US is the motto of this new publication, through which we hope to offer a new and different way of looking at the potential of Tourism in the North of Portugal. We want to give to those who visit us, not only a greater knowledge of the beautiful landscapes and our fantastic Monuments, but also of our People, their secular customs and traditions, their recognized capacities to welcome and to serve well, not forgetting their arts and crafts, In the production and processing of an endless variety of industrial or craft manufacture articles, mainly products of excellent quality. The divulgation of the HISTORY of our territory is another bet we make in KNOW’US magazine, because we believe that nobody can ‘really’ know us unless they know our history and the roots of a people and, in particular, of the people of this North region of Portugal, which was at the origin of the creation of the Portucalense County, and in 1143, at the origin of the so-called “Kingdom of Portugal”, which in 1297 saw the geographical lines of what is now the Portuguese Republic defined. the oldest nation-state in Europe.
Editor
KNOW’ US
Á CONVERSA COM... DR. EMÍDIO SOUSA
A Área Metropoliana O Grande Porto e o Turismo O TURISMO é um fenómeno em crescendo na área geográfica do Norte de Portugal e que nos aporta uma enorme mais valia económica e de conhecimento. Sendo a zona do Grande Porto a mola capital a todo este despertar, a KNOW’US convidou o Presidente da “Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte” / “Área Metropolitana do Porto”, Dr. EMÍDIO SOUSA, para nos falar de TURISMO e da sua importância para esta região do País.
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now’Us_ Como tema inicial da nossa conversa, queria nos falasse sobre o Turismo e a força que o sector representa para a Área Metropolitana do Porto. Dr. Emídio Sousa_ O Turismo tem sido um dos principais sectores de actividade do nosso território, com especial incidência na zona ribeirinha de Porto/Gaia, um fenómeno que começou a ganhar esta forma espectacular a partir de 2006, potenciado pela opção tomada pelas companhias de aviação ‘low cost’ e em particular pela ‘pioneira’ Ryanair. Hoje, estamos com números completamente avassaladores e, inclusive, ultrapassamos já as previsões do Aeroporto de Sá Carneiro, que era de 9 milhões de passageiros/ano em 2020 e que foi atingido no ano passado. Tudo isto tem muito a ver com a procura e a descoberta deste novo destino, fruto da forte divulgação que tem sido levada
a cabo, quer através da organização e televisionamento de grandes eventos para o Mundo, quer por força do magnífico trabalho que tem vindo a ser desenvolvido através da ‘nossa’ presença em feiras e outros certames internacionais, o que faz com que este território se torne cada vez mais apetecível por parte do turista. A descoberta do Douro, o Vinho do Porto, a hotelaria e restauração, todo este património Histórico e a reabilitação urbana que tem vindo a ser levado a cabo nesta última década pelas Câmaras do Porto e de Gaia, tudo isto tem potenciado esta atracção. A diminuição dos preços das viagens tem possibilitado este quase ‘explosão turística’ e uma maior procura por parte das pessoas à zona Norte de Portugal, da qual todos saem encantados com a simpatia do nosso povo, com a nossa gastronomia, com as nossas paisagens, as nossas praias e a lindíssima orla marítima, com a facilidade com
que a generalidade das pessoas os recebem e com o à vontade com que comunica com eles na mesma língua, são factores que jogam a nosso favor. Aliado a tudo isto temos que ter em atenção outro factor importante, que é o facto dos destinos ‘tradicionais’ de férias estarem a ser afectados por conflitos e instabilidade, o que leva as pessoas a procurar outros em que não tenham que se confrontar com situações deste tipo. K_ Este fluxo turístico ruma somente ao Porto e a Gaia, ou sentem que toda a região da Área Metropolitana do Porto está a beneficiar deste fenómeno? ES_ Toda esta região tem vindo a desenvolver uma atractividade que tem fomentado uma oferta turística significativa! Obviamente que o Porto é o principal pólo de atracção. A marca da nossa região é Porto e penso que não será muito inteligente do ponto de vista estratégico desligarmo-nos dessa marca no
Norte de Portugal. Mas há outros atractivos, como seja o turismo no Douro, o Vinhateiro, o gastronómico e os cruzeiros no Douro, que são nos dias de hoje cada vez mais procurados e apreciados internacionalmente. Em Vila Nova de Gaia também se tem verificado um enorme fluxo turístico, principalmente na sua zona do ‘Cais de Gaia’, nos armazéns de Vinho Porto e na sobranceira ao rio Douro. É claro que há aqui todo um magnífico trabalho associado ao turismo de eventos, à divulgação do nosso magnífico património e da gastronomia aos negócios. Não nos podemos esquecer que o Norte de Portugal, em especial toda esta zona que vai sensivelmente de Braga a Aveiro é fortemente industrial e exportadora, virada para o Mundo, com as empresas e empresários em permanente intercâmbio com outros países, trazendo-nos um turismo de negócios muito forte, potenciado pelas nossas características de industriais e empreendedores. K_. Existem duas zonas distintas dentro da AMP no que diz respeito à facilidade de acesso por parte do turista às mesmas. Temos a zona norte ao rio Douro, bem como Gaia e orla marítima que vai até Espinho, que dispõe da rede de transporte caminhos de ferro e/ou metro, mas quando chegamos a toda esta zona interior (Santa Maria da Feira, São João da Madeira, Oliveira de Azeméis, Arouca, Castelo de Paiva), estamos com um déficit de transporte... ES_. Isto tem a ver com a aposta que o País fez e que foi direccionada às rodovias, às estradas. No nosso caso concrecto, Santa Maria da Feira, o Concelho é atravessado por três autoestradas. Temos onze nós de acesso
às autoestradas, o que faz de nós um dos principais Concelhos do País ao nível de acessibilidade rodoviária... K_ ... reescreveu-se a História, porque Santa Maia da Feira já era o ponto de passagem e de cruzamento dos povos que vinham do Sul, do Interior e do Norte do país... ES_ Não é por acaso que isso continua a acontecer, até porque continuamos a ser ‘esse’ território. O turista que chega ao aeroporto e aluga um carro para conhecer toda esta região, fácilmente se desloca a qualquer lugar, graças à excelente rede viária. No entanto, e já o disse várias
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vezes, a Área Metropolitana do Porto deveria incluir nos seus projectos o objectivo de todos os seus municípios terem acesso ferroviário até ao Aeroporto. Vou dar um exemplo, a ‘linha do Vouga’, que chega a Oliveira de Azeméis, e que poderia ser reabilitada, ou uma outra linha a criar que nos ligasse às Devesas em Gaia, acho que fazia todo o sentido. Vila Nova de Gaia, que é o terceiro maior Município de Portugal
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TEXTO Joaquim Oliveira
FOTOS Joaquim Oliveira
e o maior da AMP em número de habitantes, apenas tem linha de Metro até Santo Ovídio, a qual será a agora prolongada até à zona do Hospital e de Vila D’Este. Mas Gaia vem muito mais para sul, temos os Carvalhos, Pedroso e Grijó, pelo que, acho que fazia todo o sentido termos uma ligação ferroviária que ligasse toda esta parte Sul que está muito ‘desprotegida’ a nível de mobilidade. K_ No seu ponto de vista, tirando este importante aspecto de ‘mobilidade’, no qual há necessidade de investir, quais as outras grandes prioridades que estão a ser realizadas para que o turista possa alargar o seu leque de opções? ES_ Temos duas entidades responsáveis por este tipo de trabalho, o “Turismo Porto e Norte de Portugal” e a ”Associação de Turismo do Porto/Câmara Municipal do Porto”, que estão a desenvolver todo um excelente conjunto de iniciativas que visam uma maior e melhor divulgação e promoção de todo este território. No entanto, penso que o grande factor de união e de pertença da nossa Área Metropolitana, é verdadeiramente o ‘plano de transporte’ e a mobilidade. Precisamos de ter um verdadeiro plano que nos ligue TODOS o mais fácilmente possível ao Porto. Depois, na área do desenvolvimento económico, penso que também há aqui todo um trabalho de conjunto e de atracção do território que deveríamos
fazer. Por isso, os transportes, a promoção do território e desenvolvimento económico, são os temas principais sobre os quais a Área Metropolitana do Porto tem que se concentrar. K_ Quero aproveitar a oportunidade para colocar uma questão um pouco pertinente. Um dia todo este boom vai acabar, ou pelo menos estagnar ao nível do crescimento do fluxo de turistas. Qual é a sua opinião? ES_ Não tenho essa percepção. Nós temos a ideia de que o turismo irá diminuir porque vai acabar a guerra, porque vai haver novas ofertas de destinos apetecíveis, mas julgo que o que faz crescer bastante o turismo é a facilidade de deslocação das pessoas. Hoje em dia as viagens são bastante acessíveis às pessoas e a tendência da oferta é para a aumentar, há uma maior aptidão das pessoas a viajar, porque hoje vivem muito melhor, muitas das tarefas pesadas que tínhamos já são efectuadas por máquinas, por isso vai haver muito mais disponibilidade para o lazer, para as actividades desportivas, para viajar e conhecer outros territórios, pelo que, temos mesmo é que nos preparar para receber esse fluxo turístico.
K_ No vosso caso concrecto, dado ser também o Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, muto tem sido o trabalho desenvolvido neste sentido. ES_ O nosso concelho é rico em património Histórico e uma referência ao nível cultural, através dos quatro ou cinco eventos de rua que realizamos anualmente. A “Viagem Medieval” (600.000 visitantes em 2016) que ainda agora foi premiado como ‘Melhor Evento Cultural do Mundo’ pela Eventex na Irlanda, o “Imaginarius”, distinguido como “Melhor Evento Cultural de Portugal” pela ExpoEventos em Lisboa, o “Perlim” bateu recordes de visitantes, em 2015 tínhamos tido cerca de 71.000 visitantes e em 2016 tivemos 120.000, com a presença de muito turista estrangeiro, tudo isto fruto da promoção que temos vindo a fazer do nosso território além-fronteiras. K_ A Área Metropolitana do Porto está em força para receber o turista e preparada para continuar a trabalhar esta importante mais valia para o território? ES_ TODOS os dezassete Municípios estão motivados e a trabalhar nesse sentido, até porque sabemos qual o grau de importância que esta tarefa tem para cada um de nós e para o desenvolvimento e crescimento deste território! Agradecemos a amabilidade e disponibilidade do Dr. Emídio Sousa para com a KNOW’US
KNOW’ US
AROMAS E SABORES
Montalegre XXVI Feira do Fumeiro voltou a ser um sucesso! XXVI Feira do Fumeiro has once again been a success!
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ontalegre vestiu-se de gala, para voltar a seduzir os muitos milhares que se aguardavam a este grandioso evento da Capital do Barroso, ansiosos por sentir o cheiro característico dos produtos do Concelho. Os rostos sorridentes dos produtores foram a “imagem de marca” de mais uma edição da “rainha do fumeiro”. Quatro dias de atentado à gula, irresistíveis na XXVI Feira do Fumeiro de Montalegre. Mais de 60 toneladas de fumeiro (alheiras, chouriças, sangueiras, salpicões, presunto) e mais de noventa expositores a darem ‘vida’ àquele que é o maior cartaz gastronómico do Concelho. Foram quatro dias intensos e exigentes, num evento ao qual acorreu gente de todo o País e do Norte da Galiza, novos e velhos, para apreciar, degustar e adquirir produtos de superior qualidade, com um aroma e paladar inigualáveis que vão sendo transmitidos de geração em geração, e que, no final, teve um retorno que compensou a labuta diária de quem teima em
resistir, de quem fica, de quem acredita na ‘sua’ terra e insiste em Montalegre. Para a edição deste ano a organização presentou os milhares de visitantes com um novo espaço, a “Fun Zone”, uma espécie de praça de petiscos, instalada no adaptado pavilhão desporti-
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vo, com animação permanente e concertos de música ao vivo, e que foi um sucesso, principalmente entre os mais jovens, contribuindo assim para elevar o patamar de satisfação por parte de todos os que se deslocaram à XXVI Feira do Fumeiro de Montalegre.
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Montalegre dressed up with their ‘gala’ costumes to seduce the many thousands of people waiting for the realisation of this great event in the Capital of Barroso, eager to feal the characteristic aroma of this famous County products. The smiling faces of the producers were the “brand image” of yet another edition of the “Raínha do Fumeiro”. Four days of gluttony attack, irresistible in the XXVI Feira do Fumeiro de Montalegre. More than 60 tons of smokemeat (alheiras, spicy sausages. ham) and more than ninety exhibitors to give life to the biggest gastronomic poster of the Municipality. It was an intense and demanding four days in an event attended by people from all over the country and north of Galicia, new and old, to enjoy, taste and purchase products of superior quality, with an unequaled aroma and palate that are transmitted from generation In generation, and that, in the end, had a return that compensated the daily toil of those who stubbornly resist, who stays, who believes in ‘their’ land and insists on Montalegre. For this year’s edition, the organization presented the thousands of visitors with a new space, the “Fun Zone”, a kind of snack place, installed in the adapted sports pavilion, with permanent animation and live music concerts , a huge success, especially among the young people, thus contributing to raise the level of satisfaction from all who went to the XXVI Fair of the Fumeiro de Montalegre.
O certame foi oficialmente inaugurado pelo Ministro Adjunto, Eduardo Cabrita, o qual, após ‘cortar a fita’, não poupou elogios à organização do evento e enalteceu a excelência dos produtos em cartaz e que o mesmo é uma verdadeira alavanca para a economia local. «É fundamental apostar em iniciativas como esta que aumenta o potencial de Montalegre e da região. É uma prioridade do governo apostar no interior e no seu potencial económico. São essenciais para o desenvolvimento do país.” Começou por referir o membro do Governo, que aproveitou a oportunidade para dizer, entre outras coisas, que... “Os valores locais, como o fumeiro, em torno do qual se estrutura esta feira, é uma afirmação de competitividade. ... Esta feira é o orgulho da vossa terra e os produtos são uma marca que vale por si.” Na hora de efectuar um ‘balanço final’ à XXVI Feira do Fumeiro de Montalegre, o Presidente da Câmara rejubilou com o frenesim constante que girou à volta
do evento. Orlando Alves fala em missão cumprida: «todos os objetivos, inerentes ao certame, foram cumpridos e largamente ultrapassados. Genericamente, todos os produtores tiveram uma prestação muito boa, na qualidade e na forma como os produtos foram apresentados». O autarca revelou ainda que «foram realizadas boas ven-
TEXTO Joaquim Oliveira
das», suportadas, em parte, pela «ampla divulgação do certame», acrescentando que «estamos satisfeitos e vamos começar a preparar a edição do próximo ano. É assim que se constrói o sucesso das coisas», e, relembrando, «conseguimos promover a terra e o território e consolidar a marca e o destino Montalegre». Em jeito de conclusão
referiu que durante os quatro dias da Feira do Fumeiro «foi estabelecido um aporte (componente financeira) para toda a região que aponta para uma fasquia de aproximadamente três milhões de euros». Satisfação era palavra de ordem geral, tal como se constacta pelas diversas declarações recolhidas no final do presti-
FOTOS Câmara de Montalegre
gioso evento, e, sobre o qual o Vice-Presidente da Câmara Municipal de Montalegre, David Teixeira referiu «Vale a pena sorrir. O carnaval são três dias, mas a feira de Montalegre são quatro e isto diz tudo.» Para a Vereadora da Educação, Fátima Fernandes, o certame «Foi um sucesso retumbante e o mérito é dos produtores. Foi um ano de trabalho, em condições difíceis, que trouxe os frutos. Quando se aposta na qualidade, no conhecimento tradicional, o resultado é este.» Também o Presidente da Associação de Produtores de Fumeiro da Terra Fria Barrosã, Boaventura Moura, o balanço «é o melhor possível. Ultrapassou, de longe, as nossas expetativas e todos os produtores tiveram bom escoamento dos seus produtos.» E assim se deu por encerrada a 26ª edição deste importante evento gastronómico que decorreu na Capital do Concelho de Barroso, Montalegre. Venha a edição 2018! MUNICÍPIO DE MONTALEGRE GPS: N41.824864,W-7.791225
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KNOW’ US
AO ENCONTRO DO AGRICULTOR
O Cantinho das Aromáticas Natural do Porto e formado em Engenharia Agrónoma, LUÍS ALVES é a alma mater deste projecto fundado em 2002, razão pela qual o convidamos a falar sobre os ideais que conduziram à criação do seu ‘Cantinho das Aromáticas’.
O
“Cantinho das Aromáticas” é uma empresa agrícola, situada em plena cidade de Vila Nova de Gaia, que se dedica à produção de plantas aromáticas, medicinais e condimentares, enquanto viveirista e ao ar livre, para secagem
e transformação. Foi a primeira do género em Portugal e é uma das poucas quintas em espaço urbano que pratica Agricultura Biológica em toda a Europa Ocidental. No seu ecossistema agrícola reúne-se uma das maiores colecções privadas de plantas aromáticas, medicinais e condimentares da
Península Ibérica, que pode ser visitado, por qualquer pessoa e em qualquer dos seis dias da semana, e, inclusive assistir e participar em todo o processo que se desenvolve desde a sementeira à realização do produto final. A empresa exporta regularmente os produtos desta marca certificada pela Ecocert Portugal.
LUÍS ALVES. Aos 15 anos comecei a revelar interesse muito particular por plantas e bichos, o que preocupou os meus pais e os motivou a levarem-me a um Psicólogo. Isso viria a revelar-se bastante importante para mim, pois findos os testes psicotécnicos, a recomendação do médico foi o da minha ida para a Escola Agrícola de Santo Tirso, conselho que os meus pais seguiram e que levaram à minha entrada nesse estabelecimento de ensino, onde viria a adquirir uma grande variedade de conhecimentos, quer através da convivência com os colegas vindos de diversos pontos do país, quer através dos ensinamentos transmitidos pelos melhores professores e agrónomos da escola, na qual fui muito feliz. Após completar o 12º ano fui para a ‘Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro’ onde estudei Engenharia Agrícola, curso que viria a concluir em 1996.
“Cantinho das Aromáticas” is an agricultural company, located in the city of Vila Nova de Gaia, which is dedicated to the production of aromatic, medicinal and spicy plants, as nursery and outdoors, for drying and processing. It was the first of its kind in Portugal and is one of the few farms in urban space that practices Organic Agriculture throughout Western Europe. In its agricultural ecosystem there is one of the largest private collections of aromatic, medicinal and spicy plants of the Iberian Peninsula, which can be visited by anyone and on any of the six days of the week, and even watch and participate in the whole process that develops from the sowing to the realization of the final product. The company regularly exports the products of this brand certified by Ecocert Portugal.
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Depois regressei a casa (Porto) e tive a enorme felicidade de estagiar na ‘Fundação de Serralves’, o que me permitiu trabalhar com plantas aromáticas. A mim sempre me fascinou passar no meio rural e ver no muro de uma aldeia uma perfeita farmácia. Ou seja, ter ali dez ou vinte espécies de ervas que ancestralmente utilizávamos para curar os males, para cozinhar, para rezar aos Deuses..., e que, num intervalo de cinquenta ou cem anos, se perdeu a favor da medicina química. Em ‘Serralves’ descobri uma das maiores colecções do país neste género de plantas, pelo que me propus a fazer lá o meu estágio. Aí tive a felicidade de trabalhar com um ‘mestre Jardineiro’ que já lá estava há mais de quarenta anos e que viria a revelar-se num dos maiores professores que tive na minha vida. K. Terminada esta fase, enriquecedora de facto, eis que parte então rumo ao projecto ‘Cantinho das Aromáticas’. LN_ Na ressaca do “Porto-Capital Europeia da Cultura” surgiu a oportunidade de arrendar uma parte aqui da ‘Quinta do Paço’ (Canidelo), na qual viveram Pedro e Inês. Grande parte estava ao abandono, mas como já havia uma relação de amizade com o proprietário, pois trabalhei aqui durante alguns períodos de férias escolares, eu o meu melhor amigo propusemos-lhe o arrendamento de três dos dez hectares, contrato que teremos em vigor até 2024.
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TEXTO Joaquim Oliveira
FOTOS Cantinho das Aromáticas
Aqui nasce o ‘Cantinho das Aromáticas’, nome que surgiu em virtude das pessoas me estarem sempre a dizer que gostavam de ter dez ou quinze ervas de cheiro num cantinho das aromáticas lá de casa... e o nome acabou por ficar. Eu tinha uma colecção muito grande de plantas, provenientes de trocas com outros jardins e botânicos, outras adquiridas nas minhas viagens ao estrangeiro, reunindo uma variedade de mais de 150 espécies, as quais começamos a cultivar aqui. Entre 2002 e 2004 funcionamos através da plantação e venda de plantas aromáticas em vaso. Mas, como era uma actividade muito sazonal, acabei por me deslocar à maior feira de produtos biológicos do Mundo (Alemanha) para ganhar outro tipo de conhecimentos e vim de lá com muitas respostas, a principal das quais nos dizia que das 150 espécies que tínhamos, deveríamos concentrar-nos em apenas meia dúzia delas. Em 2004 começamos então a produzir essas espécies, e, de Janeiro de 2007 a Janeiro de 2013, exportamos regularmente para França seis/sete toneladas de matéria prima a granel, para depois serem vendidas pelo mundo inteiro às indústrias de farmacêutica e cosmética. Isso acabou por nos levar a tomar outra opção. Parar com este tipo de exportação e passarmos a vender saquinhos com os nossos produtos, da nossa própria marca, directamente a lojas da especialidade e supermercados do país, e, iniciar a exportação com este artigo.
Pelo caminho tomamos a melhor decisão da nossa vida, a de abrirmos este espaço ao público e isso tem-se revelado uma enorme mais valia. Lentamente as pessoas começaram a vir até nós, para conhecer os produtos que cultivamos e a adquiri-los directamente ao agricultor.
até nós pelo valor de 1euro. Para isso basta a inscrição prévia no site da CP, tomar o comboio, sair no apeadeiro de Coimbrões (VN Gaia) e depois vir até nós utilizando qualquer outro meio de transporte, ou deslocando-se a pé neste trajecto que dura cerca de doze minutos.
KNOW’US. Mas os vossos produtos não estão só à venda na vossa loja e/ou no vosso espaço online... LN_ Em 2012 substituímos a antiga loja, por aquela que hoje temos, na qual vendemos não só os nossos produtos como também outros os provenientes de pequenas empresas, na maioria dos casos de clientes que nos compram ervas para produzirem o seu produto final. Hoje já exportamos os nossos produtos para diversos países, estamos presentes em diversos supermercados de luxo nacionias, tais como o gourmet do El Corte Inglés, Brio e Miosótis (Lisboa), na Ideal Bio, na Vida Portuguesa e nas ‘novas’ Mercearias.
K. Vocês desenvolvem também outras iniciativas que são desconhecidas do grande público... LN_ Hoje em dia a maioria das pessoas desconhece o desenrolar de todo este processo, por isso organizamos um pequeno ‘passeio’ pela nossa quinta, com cerca de hora e meia de duração, para que fiquem a saber todos os passos desde a plantação ao produto final. Ao sábado à tarde temos aqui uma espécie de feira, com a presença de diversos agricultores biológicos aqui da zona, o padeiro e até uma vendedeira de peixe selvagem, que trazem para aqui os seus produtos para entrega aos clientes que previamente os encomendarem. Também temos aqui uma sala onde damos workshops a grupos de pessoas e a empresas.
K. Pelo caminho vocês têm ganho alguns Prémios Internacionais... LA_ Há três anos consecutivos que ganhamos prémios da “Great Taste Awards” e Prémios Nacionais de Agricultura nas categorias, sala, ervas aromáticas e condimentos, o que nos permite ser já uma marca emblemática. Este ano o cantinho faz quinze anos e vamos celebra-los ao longo da próxima Primavera e Verão com todos aqueles que queiram vir até nós. A este propósito devo referir a excelente parceria que estabelecemos com a CP, através da qual qualquer pessoa oriunda de Aveiro, Guimarães, Braga, Porto..., pode utilizar este meio de transporte para chegar
K. Quais os vossos objectivos neste futuro próximo? LA_ Vamos continuar a trabalhar para ter ainda maior qualidade nos nossos produtos, chegar a novos mercados, e, no capítulo técnico, queremos prosseguir com o nosso trabalho de investigação, através de parcerias com a Faculdade de Ciências do Porto e com outras entidades académicas.
CANTINHO DAS AROMÁTICAS Rua do Meiral 508, 4400-501 Canidelo Vila Nova de Gaia Telefone: (+351) 22 77 10 301 www.cantinhodasaromaticas.pt GPS (41º07’30.00”N; 8º38’40.82”W)
KNOW’ US
RESTAURAÇÃO
Taberna da Villa À mesa com aromas e sabores tradicionais At the table with traditional flavors and aromas A “TABERNA DA VILLA” surgiu em 2012, fruto da concretização de um sonho antigo dos irmãos Carla e Alexandre Barros... o de terem um pequeno espaço de restauração, no qual pudessem divulgar e partilhar os aromas e os sabores que preenchem as suas memórias.
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KNOW’US foi ao encontro de Alexandre Barros, para que ele nos contasse um pouco da história que levou ao aparecimento da “Taberna da Villa”. K. Fala-nos um pouco sobre como vos surgiu a ideia de entrar nesta área de negócio. Alexandre Barros_ A ideia surgiu a partir da vontade que eu e a minha irmã tínhamos em abrir um pequeno espaço de restauração, já que ambos gostávamos e estávamos habituados a comer bem e com qualidade. As nossas sogras e a nossa Avó eram excelentes cozinheiras e os aromas dos pratos por elas realizados sempre alimentaram o nosso gosto por comida. Esta casa tinha sido tinha sido nos nossos bisavós, passou para os nossos avós e quando ficou vaga, achamos que este seria o local ideal para abrir-
KNOW’ US Magazine · Abril 2017
“TABERNA DA VILLA” appeared in 2012, fruit of the realization of an ancient dream from brothers Carla and Alexandre Barros ... to have a small restoration space, in which they could disclose and share the aromas and flavors that fulfill their memories, with all those who enjoy traditional Portuguese cuisine. The dream has come true and, five years later, this cozy restaurant is already a reference point in Vila de Canelas, in the City of Gaia and, thanks to its excellent ranking in the ‘Trip Advisor’ portal, by tourists coming from different parts of the world with the desire of discover aromas and enjoy a meal with palate and homemade cooking in a family environment.
mos o nosso espaçozinho. No ar pairava ainda aquele cheirinho à comida que a nossa Avó fazia, o que convidava a adaptar o espaço a um ambiente mais familiar e confortável, de cozinha mais tradicional, e, só não se chamou ‘casa da avó’ porque era um nome já bastante vulgar. K. Rapidamente surgiu alternativa para o nome... AB_ Sim. Este espaço trazia-nos excelentes memórias, pelo que, o
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nome da empresa surgiu na hora, ‘Cofre de Memórias’. Tínhamos um cofre que ia cá ficar e na memória o facto de termos vivido aqui a nossa infância. Quando chegou a hora de decidir, vai fazer cinco anos em Maio, a novidade eram as ‘tavernas’ e ficou a Taberna com B para ser diferente. Mantivemos alguns apontamentos de antigamente na decoração, com alguns bancos corridos nas mesas de refeição e os banquinhos lá fora junto às mesas de pedra que estão debaixo da ramada. ‘Taberna da Villa’, porque estamos na Vila de Canelas e em Vila Nova de Gaia, aglutinando assim um nome que não se queria muito extenso em termos de marketing, mas que ainda acabou por ter um diminutivo, o que leva as pessoas a dizer que vão comer à «Taberna».
K. No início nunca imaginaram que o vosso espaço viria a ser tão apelativo, e, inclusive, a figurar numa posição de tôpo nestes três últimos anos na tabela do «Trip Advisor». AB_ Tínhamos plena consciência de que estávamos fora dos grandes centros, Gaia e Porto, mas acreditávamos que nestas coisas quando se faz com dedicação, bem, com qualidade e se oferece um produto algo diferente, sem pensar só em números, que as coisas acabariam por nos sorrir. A nossa entrada no «Trip Advisor» foi feita por sugestão de um cliente e amigo, que já era
utilizador da plataforma noutros sectores. Tem-se revelado uma excelente aposta e é a forma de pudermos chegar a um tipo de cliente um pouco diferente, que de outro modo não chegava cá directamente, através do boca-a-boca, que é a nossa melhor publicidade, gratuita, mas que custa bastante conquistar. Com o Trip Advisor começamos a registar a chegada de muitos clientes estrangeiros, pessoas que estão alojadas em diversas unidades hoteleiras de Gaia e do Porto, mas que gostam de ver quem está na cabeça da lista e quer conhecer coisas novas. Acabam por vir à descoberta do
TEXTO Joaquim Oliveira
nosso espaço e temos tido casos de pessoas que, estando ao longo de uma semana de visita aqui a Gaia e ao Porto, acabam por vir aqui quase todos os dias. K. Que tipo de menú vos solicitam os Turistas? AB_ O turista quando cá chega pede sempre o nosso conselho em matéria de opções, de especialidades, seja peixe ou carne. Nós temos sempre a excelente opção do polvo (super tenro), nas carnes também estamos à vontade, temos as cataplanas (pratos tipicamente Alentejanos e Algarvios) em duas opções, a ‘Cataplana à Taberna’, que é uma cataplana que leva mariscos e carne, e, a ‘Cataplana de Tamboril com Gambas’. Os pratos tradicionais da nossa região, tais como as ‘Tripas’ e os ‘cozidos’, fazem também parte do nosso leque de ofertas. No início e por opção, abrimos
sem a tradicional ‘francesinha’, criando nós um ‘Bife à Taberna’, que não era mais do que um bife mais alto, de boa qualidade, coberto com queijo e fiambre gratinado, ovo, batata frita e o molho. Com o passar do tempo fomos também motivados a incluir a ‘francesinha tradicional’, já que se trata de um prato que o cliente procura, e que considero como sendo um prato de desejos. K. Tendes a escolher produtos nacionais para a tua cozinha? AB_ Sim, absolutamente. Temos um fornecedor de produtos Alentejanos, tais como os queijos, as azeitonas, os enchidos, os azeites, as carnes de porco, desde as plumas às bochechas de porco preto, que é um prato muito conceituado que aqui fazemos e que faz as delícias dos nossos clientes. Os vinhos vêm de diversas zonas do país e procuramos adquirir produtos típicos e diferenciados, mas
FOTOS Taberna da Villa
vai tudo do nosso gosto pessoal e da nossa ligação ao Alentejo, o que leva a um tipo de cozinha um pouco diferenciado. K. Falamos de Turismo e de turista, o que pensas deste boom que estamos a viver a esse nível? AB_ Desde que as ‘low cost’ começaram a voar para o Porto, era lógico acreditar que o nosso turismo cresceria, mas creio que ninguém pensava que fosse crescer tanto em tão pouco tempo. Nós, apesar de estarmos um pouco distantes do centro de acção do turista, também acabamos por tirar benefícios deste crescimento. O turista acaba por procurar alternativas de transporte que os tragam até nós e saem daqui dizendo que vão voltar e voltam, sinal de que foram bem servidos e que gostaram do que comeram e do que pagaram! TABERNA DA VILLA Rua Delfim Lima, 2668 4410-226 Canelas (VN Gaia) Tel. (+315) 22 712 1146 / Mob. (+351) 917 468 494 (Encerra à Segunda-Feira) www.tabernadavilla.pt GPS: GPS: N 41º 5’ 9.784’’ // W 8º 35’ 52.159’’
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KNOW’ US
PRODUTOS E PRODUTORES
Santa Gula
Sabores de confecção artesanal
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orria o ano de 2004 quando, numa pequena cozinha do Porto e sob o lema inovação e excelência, nasceram produtos de confecção artesanal, destinados a novos conceitos de alimentação, com a marca “SANTA GULA”. A criteriosa selecção de frutas e vegetais frescos de origem Por-
Handmade flavors tuguesa, complementadas com especiarias de todo o Mundo, são a génese da manufacturação de uma excelente gama de compotas e chuteney’s (43), dividida por cinco diferentes ‘linhas’ de produtos, que a nova equipa de gestão, composta por Filipe Costa, Pedro Cavadas e Jorge Porto, pretende fazer chegar aos quatro cantos do Mundo através das marcas ‘Santa Gula’ e ‘Ekkanessi’ (mercado Internacional).
KNOW’US_. No ano de 2016 deu-se a entrada de uma nova equipa de gestão na empresa... Dr. Filipe Costa_ Assim foi de facto, mas por mero acaso. Quando esta oportunidade de negócio me surgiu, de imediato me lembrei de uma conversa que tinha tido com o meu sobrinho Pedro Cavadas, o qual há já algum tempo andava a estudar as possibilidades de entrar neste ramo de negócio. Esta empresa tinha boa imagem no mercado e o Pedro já a conhecia de nome, pelo que, de imediato encetamos negociações com vista à sua aquisição, processo que viria a ficar finalizado no Verão passado. Depois viemos para cá conhecer os ‘segredos’ do negócio, e, ao mesmo tempo, fazer logo um pequeno stock de produtos, para os começamos a colocar no mercado em Setembro/Outubro. K. Qual a reacção verificada ao reaparecimento dos produtos ‘Santa Gula’? FC_ Está a ser excelente. Todos têm manifestado uma fantástica receptividade ao regresso e à nova imagem da marca ‘Santa Gula’. Temos uma linha de produtos top, premium, que não são massificados, nem podem ser até pela sua própria natureza de produção artesanal. É com enorme agrado que temos registado o regresso de antigos e de novos clientes. O nosso objectivo é aparecer ainda com mais força nos grandes centros, em lojas gourmet e lojas especializadas, tais como as novas ‘mercearias’ de venda de produtos de qualidade, bem como a entrada numa grande
It was 2004 when, in a oPorto small kitchen and under the motto of innovation and excellence, handmade products were born, destined to new concepts of food, with the brand “SANTA GULA”. The careful selection of fresh fruits and vegetables of Portuguese origin, complemented with spices from all over the world, are the genesis of the manufacture of an excellent range of jams and chuteney’s (43), divided by five different product lines, that the new management team, composed by Filipe Costa, Pedro Cavadas and Jorge Porto, intends to reach the four corners of the world through the brands ‘Santa Gula’ and ‘Ekkanessi’ (international market).
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superfície de venda e também a participação numa feira Internacional. Pedro Cavadas. Nós fizemos questão de dar à prova os nossos produtos, quer na ‘Pop Up’ que integramos no Arrábida Shopping, quer na ‘Porto.com’ e no ‘Fórum da UE-CPLP’ que se realizou em Santa Maria da Feira (Europarque), pelo que, o nosso grande desafio agora é o de fazermos chegar os nossos produtos ao cliente final através dos locais certos de venda. K. O vosso envolvimento vai bem para lá da área de fabrico. Vocês vão ao produtor escolher e adquirir as matérias primas e depois dão total acompanhamento ao lojista. PC_ Sim. A minha profissão (Engenheiro Agrónomo) faz com que eu tenha bom conhecimento sobre produtos e possa exigir qualidade aos produtores, o que, aliado ao facto das receitas existentes na casa serem de excelente qualidade, nos garante a venda de magníficos produtos. Em ralação ao cliente final, optamos sempre pela visita presencial, para que vejam e provem os nossos produtos e a partir daí possam decidir sobre a comercialização dos mesmos. K. A matéria prima que utilizam na base dos vossos produtos é de origem quase cem por cento Nacional. PC. A nossa primeira escolha são os produtos cultivados em Portugal, os quais acompanho a par e passo e que nos permite ter ‘produtos do dia’. Quando se trata dos que não existem de origem
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FOTOS Joaquim Oliveira
Nacional, escolhemos entre o que de melhor há no mercado. K. A dinamização que estão a empreender numa empresa que já tinha boa reputação de qualidade, vai conduzi-los a um mercado mais alargado. Será possível manter o mesmo nível de qualidade? PC_ A marca ‘Santa Gula’, ‘Ekkanessi’ para o mercado Internacional, tem um nível de qualidade que vamos continuar a oferecer ao nosso cliente, seja ele de que nacionalidade for. Se a nossa projecção no mercado crescer para outros níveis de produção, e, esperamos ver esse dia chegar, então decidiremos sobre quais as medidas a tomar para ‘alargar’ a empresa, mas privilegiando sempre a nossa imagem de marca, a qualidade! K. Vocês têm no mercado 43 produtos divididos por CINCO diferentes linhas. Querem explicar ao nosso leitor a diferença existente entre eles?
PC_ Podemos começar pela ‘Linha Amarela’ (acompanhamentos) que tem o maior número de referências disponíveis. São produtos destinados ao enriquecimento de um prato e não para comer à colher. Dão para acompanhar um queijo, um bife, peixe, legumes... tal como se pode ler na etiqueta de venda dos nossos frascos, onde damos a nossa sugestão sobre como e onde usar cada um deles, informação também disponível no nosso site. Temos a ‘Linha Verde’, para as conservas em frasco de produtos hortofrutícolas - em azeite, álcool ou vinagre, tais como as ameixas ou os pickles doces, artigo que é inovador no mercado. A ‘Linha Vermelha’ é a dos tempêros e está disponível em frasco, para utilização tanto ao confeccionar o prato de carne como após, e, em garrafa, para misturar nos vinagretes ou molhos de salada. ‘Linha Azul Claro’ é a das compotas. Aqui destacamos um produto, a ‘compota americana’. Como está proibida a vinificação da “Uva Americana”, vamos então tentar recuperar um pouco da tradição popular Portuguesa através desta alternativa viável. A nossa ‘Linha Azul Escuro’ é a dos escabeches. É mais uma tradição que se perdeu um bocado em Portugal, mas que queremos recuperar. Nesta linha temos o ‘Bacalhau’, o ‘Salmão’ e o ‘Frango’, com uma característica que os diferencia e que reside no facto de lhes adicionarmos uma compota de frutos tropicais para que, de alguma forma, se possa contrabalançar a acidez natural dos escabeches. SANTA GULA– EKKANESSI Transformação e Comércio de Produtos Alimentares, Lda Rua Dr. Eduardo Santos Silva, nº 261 - Fracção B .. 4200-283 Porto .. Portugal Tel / Fax + 351 225 400 343 e-mail: info@santagula.com Web: www.santagula.com GPS: N 41º 10’ 42.701” // W 8º 35’ 12.991”
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ROTEIRO VINÍCOLA
Quinta de
Lubazim 700 anos a produzir vinhos de qualidade
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700 years producing quality wines
as margens de um rio doiro, crucificado entre o calor do céu que de cima o bebe e a sede do leito do rio que debaixo o seca, erguem-se os muros do milagre. Em íngremes socalcos, varandins que nenhum palácio aveza, crescem as cepas...” (Miguel Torga in Portugal), há vinte e três gerações (!), das castas; Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Amarela,
Alicante Bouchet, Syrah, Tinta Roriz e 42 outras variedades que irão dar corpo aos famosos néctares produzidos por uma das mais antigas quintas do Alto Douro, a QUINTA de LUBAZIM, com as marcas ‘Quinta de Lubazim’ e ‘Lupucinus’, numa propriedade com uma área de 90 há, situada na margem direita do Rio Douro, e na depressão existente entre a Serra da Lousa e o cume da Bulfata, a cerca de 100 metros de altitude.
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De origem que remonta a tempos anteriores à independência de Portugal, o seu nome provém de um resto da velha toponímia pré-nacional, pois trata-se de um genitivo muito claro de um nome pessoal. Era muito usado antes de 1140 e já́ após a Nacionalidade, Lupucinus (diminutivo de Lupus) aludindo a uma “villa” Lupucini, representada através dos tempos pela notável Quinta do Lubazim, pertença da família Castro desde os anos 1300.
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Origem e História_ Falar da QUINTA de LUBAZIM, obriga a que se faça, no mínimo, uma breve resenha à sua história através destes quase sete séculos de existência. Tudo começou quando D. João I agraciou João Gomes como o Senhorio de Lubazim, no Alto Douro, pelos seus feitos na batalha de Aljubarrota em 1385; uma sua filha veio a casar com Gonçalo Vaz de Castro, neto do Meirinho-Mor de El-Rei, tendo a Quinta de Lubazim ficado na posse dos Castros até aos dias de hoje. No primeiro foral, dado por D. Afonso II em 6-XII-1218 a Vilarinho, é traçado o limite do concelho, surgindo a sudoeste o cume da Bulfata e a foz de Lobazim “et per losa de Bolfata, et per foz de Lobazim, et deinde usque inTarfon”. Entre o Séc. XIII e XVI já a Quinta do Lobazim pertencia aos ascendentes dos atuais proprietários, sendo de destacar na época de D. João I (Séc. XIV), Pedro Lourenço de Castro, fidalgo galego casado com Dona Brites de Meneses de Catanhede. A pedra de armas é em granito e esquartelado: no primeiro quartel as armas dos Castros com treze arruelas; no segundo quartel as armas dos Sousas esquartelado;
For the love of Douro wine that, at twenty-three generations (!), the castes; Touriga Nacional, Touriga Franca, Tinta Amarela, Alicante Bouchet, Syrah, Tinta Roriz and 42 other varieties, give body to the famous nectars produced by one of the oldest estates of Alto Douro, the QUINTA de LUBAZIM, with the brands ‘Quinta de Lubazim’ and ‘Lupucinus’, on a property of 90 hectares, located on the right bank of the Douro River, and in the depression between the Serra da Lousa and the summit of Bulfata, about 100 meters high. Originally dating back to Portugal’s independence, its name comes from a remnant of the old pre-national toponymy, as it is a very clear genitive of a personal name. It was widely used before 1140 and after the Nationality, Lupucinus (diminutive of Lupus) alluding to a “villa” Lupucini, represented through time by the notable Quinta do Lubazim, belonging to the Castro family since the 1300s. In the last decades, the new generation of the Castro family chose to stop selling their products to other manufacturers and to launch their own brands, resulting in the appearance of the already nationally and internationally recognized and awarded ‘Quinta de Lubazim’ and ‘Lupucinus’.
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no terceiro as armas dos Mesquitas, e no quarto as dos Pereiras. Este conjunto pertence ao Séc. XVIII com ornatos barrocos em cantaria. A 6 de Janeiro de 1884 nasceu em Vilarinho de Castanheira, Manuel de Castro Pereira Teixeira Lobo Pizarro, doutor em direito pela Universidade de Coimbra, e que, em 1905, se viria a casar com Dona Corina Vilhena de Moura Carvalhais Pegado, resultando desse matrimónio o nascimento de três filhos, sendo o primogénito António Manuel Alexandre Sebastião Pegado de Castro Pereira da Gama Lobo Pinto Pizarro, e o último Dona Maria Manuela do Céu de Castro Pereira Pizarro, que faleceu com 9 anos na Quinta do Lobazim em 04/10/1916. Por morte de seu pai, em 1944, António de Castro Pizarro com apenas 38 anos tomou-se o décimo quinto Senhor da Quinta do Lobazim. A construção da barragem da Valeira na década de 60 (Séc. XX), a jusante, submergiu muitas das vinhas existentes na encosta do rio, pelo que foram os mais jovens herdeiros obrigados a fazer terraplanagens em cotas superiores, para aí plantarem novas vinhas. Apesar da belíssima relação que tinham os Ingleses, há já vários séculos, a nova geração dos Castro optou por parar com a venda dos seus produtos a outros fabricantes e a lançar as suas QUINTA DE LUBAZIM Largo do Rossio, 25 5360-323 Vila Flor - Portugal Telf./Fax: +351 278 516 830
FOTOS Quinta de Lubazim
Prémios mais recentes_ 2015 – Medalha de Ouro Decanter World Wine Awards - Quinta de Lubazim Grande Reserva Tinto 2012 International Wine Challenge – Lupucinus Grande Reserva Tinto 2011 International Wine Challenge - Lupucinus Selection Tinto 2013 Wines of Portugal Challenge - Quinta de Lubazim Grande Reserva Tinto 2012 2015 – Medalha de Prata International Wine Challenge - Quinta de Lubazim Grande Reserva Tinto 2012 Wines of Portugal Challenge - Lupucinus Selection Branco 2013
Outros Prémios_ Wines of Portugal Challenge - Lupucinus Selection Tinto 2012 Wines of Portugal Challenge - Quinta de Lubazim Grande Reserva Tinto 2012 Wines of Portugal Challenge - Lupucinus Selection Tinto 2012 2014 – Medalha de Prata Wines of Portugal Challenge - Quinta de Lubazim Grande Reserva Tinto 2012 Wines of Portugal Challenge - Lupucinus Reserva Tinto 2011 Wines of Portugal Challenge - Lupucinus Reserva Tinto 2011
próprias marcas, daí resultado o aparecimento das já Nacional e Internacionalmente reconhecidas e premiadas “Quinta de Lubazim “ e “Lupucinus”. Tendo casado, faleceu em 1985
deixando filhos; o tempo e a História última desta antiga Quinta fica por contar, alguém a contará mais tarde, pois o pergaminho da vida que houver a historiar está-se a desenrolar.
E-mail: geral@quintadelubazim.com Website: www.quintadelubazim.com GPS: N41.2408919,-8.449364,9 KNOW’ US Magazine · Abril 2017
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FESTAS E ROMARIAS POPULARES
Festa das Fogaceiras Secular tradição ainda é o que era Secular tradition is still what it was
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nualmente, a 20 de Janeiro, Santa Maria da Feira (VFR) veste-se a rigor para receber as várias dezenas de milhar de visitantes ‘locais’ e forasteiros que literalmente invadem o centro histórico da cidade para participarem na secular ‘Festa das Fogaceiras’, incontornável
festividade que mantém viva a tradição de promessa feita a São Sebastião, à 512 anos, pelo então Conde do Castelo, Rui Vaz Pereira a São Sebastião. Na sua origem, um surto epidémico, e, no cumprimento do voto, os ofertantes incorporavam-se numa procissão e seguiam até à Igreja onde as fogaças eram benzidas, divididas em fatias e posteriormente repartidas pelo povo.
Every year, on January 20, Santa Maria da Feira (VFR) dresses up to receive the several tens of thousands of ‘locals’ and outsiders who literally invade the historical center of the city to participate in the secular ‘Festa das Fogaceiras’ , An unforgettable feast that keeps alive the tradition of promise made to Saint Sebastian, 512 years ago, by the then Count of Castelo, Rui Vaz Pereira to São Sebastião. In its origin, an epidemic outbreak, and, in fulfillment of the vote, the bidders were incorporated in a procession and followed to the Church where the fogaças were blessed, divided in slices and later distributed by the people.
Com sol ou sem ele, dia 20 é sinónimo de feriado municipal, de festa e tradição. Este ano não foi excepção. Pouco mudou. Na sexta-feira, às 10h30 iniciou-se o Cortejo Cívico que juntou 290 pequenas fogaceiras trajadas a rigor. Milhares de pessoas, que o frio não afugentou, fizeram questão de se deslocar ao centro histórico e formaram uma espécie de corredor humano entre os Paços do Concelho e a Igreja Matriz. A música esteve a cargo da Banda Musical de São Tiago de Lobão e da Sociedade da Banda Musical de Souto. Presentes estiveram também os Bombeiros Voluntários de Santa Maria da Feira. Pelas 11 horas, deu-se início à Missa Solene e a afluência era tal que a Igreja Matriz não foi capaz de suportar tantas pessoas. E para essas, uma solução. A organização do evento transmitiu em tempo real, num ecrã gigante instalado junto à escadaria desse espaço religioso, toda a cerimónia presidida pelo Bispo Auxiliar do Porto, Dom António Augusto de Oliveira Azevedo. Pelas 15h30, o centro histórico de Santa Maria da Feira encheuse de feirenses e forasteiros para assistir à Tradicional Procissão das Fogaceiras que, após a cerimónia oficial frente ao edifício da Câmara Municipal, saiu da Igreja Matriz, percorreu várias ruas, regressando depois ao ponto de partida. Forasteiros fazem questão de visitar Santa Maria da Feira Enquanto a Procissão não se iniciava, falámos com várias pessoas presentes na zona centro histórico. António Rocha (São Vicente Pereira, Ovar) ... “Todos os anos venho cá. É uma festa com muita tradição e sempre muito bonita. Gosto muito da Procissão”, afirmou. Capitolina Costa (Nogueira do
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Cravo, Oliveira de Azeméis) aproveita o facto de estar reformada para dar um passeio e apreciar a bela tradição santamariana. “É uma festa muito bonita e com muita tradição.”, enquanto o casal Francisco e Filomena Pinto (Espinho), veio para “provar a Fogaça” e “ver a Feira”. Texto: Marcelo Brito – Correio da Feira Após o final da “Festa das Fogaceiras” a KNOW’US falou com o Presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira – Dr. Emídio Sousa: K_ O que representa este evento para o município? São 512 anos de história, é a festa icónica do Concelho, o feriado Municipal e aquele que representa verdadeiramente o dia de unidade entre toda a nossa comunidade, o espírito e o ser Feirense. Este é um património que não queremos de forma alguma perder, pois representa uma mistura de civil e de religioso, tendo muito a ver com períodos muito conturbados da nossa história, principalmente o período do Jacobinismo, quando o Estado da altura tentou terminar com algumas tradições religiosas e que o povo da Feira muito inteligentemente soube contornar, transformando a procissão num misto de civil e religioso, o que levou a que o cortejo saia do edifício da Câmara e termine na Igreja. Em 1940 esta tradição foi recuperada pelas autoridades civis, altura em que a Câmara decidiu assumir histórica e definitivamente a sua organização, assim sendo até aos dias de hoje. É o momento em que as Juntas de Freguesia, Associações e Colectividades sobem à Cidade ‘sede’, para tomarem lugar no cortejo/procissão perante os
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TEXTO Marcelo Brito - CF
FOTOS Joaquim Oliveira
olhares duma multidão oriunda de todos os pontos do concelho e de diversos pontos do país. Além disso esta celebração tem tido uma importância crescente junto da nossa extensa comunidade emigrante, o que leva a que este dia seja já celebrado no Brasil, na Venezuela, na África do Sul e, mais dia menos dia, até mesmo em algumas cidades europeias, pois os feirenses estão espalhados pelos quatro cantos do mundo. Este é o grande momento da nossa comunidade. Tivemos mais de 300 crianças a participar na procissão, levando à cabeça o símbolo principal da ‘Festa das Fogaceiras’, a Fogaça, numa ligação que nos permite acreditar na passagem do testemunho às gerações mais novas, traduz-
indo assim o grande simbolismo deste evento e esta grande ligação ao concelho. K_ Qual o balanço final que faz à festa do Município? Muito bom! Nós temos vindo a tratar do evento como um dos momentos altos da programação cultural do território, a “Festa das Fogaceiras” não é apenas o ‘dia 20’, este é apenas o ponto alto, pois há todo um programa envolvente que decorre ao longo do mês de Janeiro e que terminou no dia 28 com um grande espectáculo no Europarque, um memorável concerto protagonizado pelas quatro Bandas Filarmónicas do concelho, que encheu por completo o auditório. Ponto alto das celebrações é também a atribuição de ‘Medalhas de Mérito’ a individualidades que se distinguiram no nosso território, este ano uma honra que coube, entre outros, ao Bispo D. Florentino Andrade Silva, naquele que cada vez mais se afirma como o ‘dia do Município Feirense’. SANTA MARIA DA FEIRA Principais vias de acesso: A1 / IC1 – A29 / IC2 / A47 / A32 GPS: 40º 56’ N 8º 32’ O
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ROTEIRO HISTÓRICO
Mosteiro de
Pedroso Memórias com mil anos de história
O
Memories with a thousand years history
MOSTEIRO de PEDROSO é um monumento que se presume seja tão antigo como a criação do Estado-Nação de Portugal. Apesar de se desconhecer a data exacta da sua fundação, ela é presumivelmente anterior ao século X, tendo o Dom Abade de Pedroso recebido Carta de Couto de D. Afonso Henriques em 1128. Ligado à ‘Ordem de São Bento’,
o Mosteiro de Pedroso pode inclusive ter sido fundado entre o ano 867 e 1046, de acordo com diversos textos existentes. Originalmente foi construído em estilo Românico, mas acabou por perder grande parte da sua identidade em virtude das diversas obras realizadas ao longo do tempo. Da edificação original conservou-se apenas a fachada lateral, onde ainda existe um escudo, a pia baptismal no seu interior e o torreão medieval
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adossado na fachada. A ausência de obras acabou por deixar o Mosteiro em ruínas, até que em 1930 se verificou a reconstrução total da Igreja, o que acabou por transformar profundamente a escala e volumetria do antigo templo. Apesar disso o Mosteiro de Pedroso ainda assume o valor simbólico de um mosteiro beneditino, facto que levou o Governo de Portugal a classificálo como ‘Monumento de Interesse Público’ em 2014.
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ituado na União de Freguesias de Pedroso e Seixezelo (V.N. de Gaia), o MOSTEIRO de PEDROSO está ligado à Ordem de São Bento e, de acordo com a crónica escrita pelo Monge Beneditino Frei Luís de São Tomás (1574/1651) e publicada no livro em ‘dois tomos’, “A Beneditina Lusitana”, editados em 1644 e em 1651, o Mosteiro de Pedroso terá sido fundado nos inícios do século XII. Contudo, outros documentos e estudos recolhidos e publicados por Frei João do Apocalipse, dizem que a fundação da Igreja que viria a dar origem ao mosteiro é anterior à invasão muçulmana, logo, anterior a 711. Outros textos referem que o mosteiro terá sido fundado no ano 867 por doação de D. Gondezinho. Apesar de existir um vasto e diversificado leque de dados, fontes documentais referem que foi fundado na passagem do Século X para o Século XI, com base na escritura de doação com data de 24 de Fevereiro de 1046, onde Trastina Pinioliz afirma que, juntamente com seu esposo,
Ederónio Alvitiz, tinham edificado o Mosteiro de Pedroso. Este mosteiro, originalmente construído em estilo Românico, perdeu grande parte da sua identidade em virtude das diversas obras realizadas ao longo do tempo. Após a expulsão dos Jesuítas de Portugal (1759), a propriedade foi retalhada e vendida, mas a Igreja permaneceu como Matriz da Freguesia de Pedroso, enquanto os restantes edifícios e terreno passaram à posse de particulares. Em 1803 foi erguido um muro a separar a Igreja da Casa Conventual e crê-se que o claustro terá sido demolido nessa altura. Da edificação original conservou-se apenas a fachada lateral, onde
The ‘Mosteiro de Pedroso’ is a monument that is presumed to be as old as the creation of the Nation-State of Portugal. Although the exact date of its foundation is unknown, it is presumably prior to the tenth century, when Dom Abade de Pedroso received the ‘Letter of Couto’ from D. Afonso Henriques in 1128. Linked to the Order of St. Benedict, the ‘Mosteiro de Pedroso’ may even have been founded between 867 and 1046, according to various texts. Originally it was built in Romanesque style, but ended up losing much of its identity due to the various works carried out over time. From the original building only the lateral facade was conserved, where still exists a shield, the baptismal font in its interior and the medieval tower adosado in the facade. The absence of maintenance works eventually left the Monastery in ruins, until the total reconstruction of the Church verified in 1930, which ultimately transformed the scale and volumetry of the old temple. Despite this, the ‘Mosteiro de Pedroso’ still assumes the symbolic value of a Benedictine monastery, which led the Portuguese Government to classify it as a ‘Monument of Public Interest’ in 2014.
TEXTO Joaquim Oliveira
Jornal dos Carvalhos, Suplemento, in BELEZA, José Domingues da Rocha (1991) Monografia de Pedroso, 15 de outubro de 1991, p. 4.
ainda existe um escudo, a pia baptismal no seu interior e o torreão medieval adossado na fachada. A ausência de obras acabou por deixar o Mosteiro em ruínas, até que em 1930 se verificou a sua reconstrução total, a qual foi “motivada por necessidade de culto e assistência à paróquia da antiga Igreja monacal, a reconstrução da Igreja transformou profundamente a escala e volumetria do antigo templo”, refere uma declaração paroquial. O Mosteiro de Pedroso acolheu no seu seio o ‘abade comandatário’, Frei Pedro Julião, o qual viria, em 1276, a ser nomeado Papa João XXI. Este facto acabaria por ser determinante na hora da escolha do nome da via que serve o Mosteiro de Pedroso, a qual toma o nome do Papa português. O Governo de Portugal classificou, entretanto, o Mosteiro Beneditino de Pedroso como ‘Monumento de Interesse Público’, em portaria assinada a 6 de Maio de 2014 pelo então secretário de Estado da Cultura, José Barreto Xavier, e na qual se acrescenta ainda que “da maior parte das estruturas conventuais, incluindo o claustro, já não existem vestígios visíveis”. “Apesar das profundas transformações sofridas ao longo dos tempos, o conjunto do Mosteiro de Pedroso ainda assume o valor simbólico de um mosteiro beneditino de
fundação anterior à própria nacionalidade, conservando de alguma forma a unidade edificada da igreja e edifícios complementares, integrados num notável enquadramento agrícola e florestal”, lê-se no DR, o qual acrescenta que, “ do conjunto arquitectónico conservam-se a igreja, algumas dependências agrícolas, a casa da quinta, cujo núcleo mais arcaico será ainda da fundação medieval, completada com uma empreitada quinhentista e outra do século XX, e uma reduzida área de cultivo, resultado do desmembramento do mosteiro”. Desta forma, e de acordo com a Lei de Bases do Património Cultural, de 2001, reconheceu-se o carácter matricial do bem, o seu interesse simbólico ou religioso, bem como o testemunho notável da sua história, o seu valor estético, técnico e material intrínseco, bem como a sua concepção arquitectónica e paisagística. Resumo realizado com revisão do historiador Pr. Dr. Artur Villares MOSTEIRO DE PEDROSO Morada: Largo do Mosteiro 4415-271 Pedroso – Portugal Concelho de Vila Nova de Gaia e Distrito de Porto .. PORTUGAL Telefone: (+351) 227842042 GPS: 41°3’43’’N, 8°33’30’’W
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FOTOS Joaquim Oliveira
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ARTES & OFÍCIOS
Fundição de Bronze
D’arte Lage O saber e a arte de trabalhar no Bronze The knowledge and the art of working the Bronze
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Fundição de Bronze d’Arte LAGE Lda., é um dos ateliers mais emblemáticos de Portugal e de Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia) em particular, graças à enorme reputação que os trabalhos aqui realizados têm granjeado ao longo de quase quatro décadas, e, que apreciamos e fotografámos em diversos locais de Portugal e do Mundo, como Espanha, França, Bélgica, USA e Timor-Leste. Criada por Fernando da Silva Lage em 1978, a empresa viria a
reestruturar-se em 1997, após a entrada do filho Fernando António para a gerência, registandose então uma renovação dos métodos de trabalho, através da aposta na utilização de novos materiais no processo de moldagem e de novos equipamentos, bem como na adopção de novos processos técnicos. Fruto da enorme qualidade do seu produto final, a “Fundição de Bronze d’Arte LAGE” é uma das maiores e das mais procuradas do ramo em Portugal, razão pela qual a KNOW’US foi tentar conhecê-la e saber um pouco mais sobre os meandros deste ofício.
The “Fundição de Bronze d’Arte - LAGE Lda., is one of the most emblematic ateliers in Portugal and from Oliveira do Douro (Vila Nova de Gaia) in particular, thanks to the enormous reputation that the works carried out here have garnered over almost four decades, which we appreciate and photograph in several places of Portugal and in the World, such as in Spain, France, Belgium, USA and Timor-Leste. Founded by Fernando da Silva Lage in 1978, the company was to be restructured in 1997, after the arrival of his son Fernando António to management, with a renewal of working methods, through the use of new materials in the Molding process adding new equipment, as well as with the adoption of new technical processes. As a result of the enormous quality of its final product, the ”Fundição de Bronze d’Arte LAGE” is one of the largest and most sought after in Portugal, which is why KNOW’US went there to know a little more about the intricacies of this handcraft.
KNOW’US_ Há quantos anos está o senhor Lage neste ramo de indústria e como nasceu este seu projecto pessoal? Fernando Lage_ Eu iniciei-me aos 13 anos como aprendiz de moço de serralharia na ‘Fundição José Castro Guedes do Museu Teixeira Lopes’. Quando essa casa fechou, pouco tempo depois do 25 de Abril de 74, decidi começar a trabalhar por conta própria. Montei um barraco neste terreno e instalei a minha oficina. Com o decorrer dos anos e fruto do trabalho, da dedicação e da minha vontade de vencer, o negócio foi crescendo e por aqui me tenho mantido, com maior ou menor dificuldade, ao longo destes quase 39 anos. K_A estatuária é a sua actividade principal? FL_ Sim, tem sido toda a minha vida de trabalho. Desde que me estabeleci tenho-me especializado nessa área e hoje temos trabalhos realizados por nós espalhados um pouco por todo o lado. Por exemplo, na Ilha da Madeira quase todas as estátuas/monumentos que lá estão expostas foram produzidas por nós... (K)_ ...como por exemplo a muito visitada estátua a Cristiano Ronaldo ...sim, mas essa é apenas uma das muitas que fizemos para a
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Madeira, onde a obra mais emblemática é mesmo o ‘Monumento à Autonomia’. Já trabalhamos para países, tais como Espanha, Bélgica, França, para a América, mas aqui levanta-se um outro problema, já que o produto final é bastante pesado e o seu transporte é difícil. No entanto, já tivemos algumas encomendas em que estes factores não obstaram a que fossem feitas por nós, como é o caso de duas peças de grandes dimensões para Timor-Leste, a estátua do ‘Papa João Paulo II’, que está na zona de Taci Tolo, a oeste de Díli, e, a ‘Caravela’, que é acompanhada de oito figuras também em bronze – o navegador, o padre, o porta-estandarte, dois marinheiros e três timorenses, um trabalho que foi realizado para perpetuar os 500 anos sobre a chegada dos Portugueses à ‘praia de Lifau’ (1515), e que são dois dos ex-líbris da nossa empresa. Em Portugal Continental temos obras espalhadas um pouco por todo o lado, tal como em Montalegre, onde temos várias peças, como por exemplo a “Chega dos Bois”, na Maia, para onde fizemos uma elaborada “Banda de Música”, em Castelo de Paiva, onde se encontra a estátua de grandes dimensões do “Anjo de Portugal” que protege e homenageia as pessoas que desapareceram na
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TEXTO Joaquim Oliveira
FOTOS Bronzes LAGE
molde, através do qual se realiza a fundição da peça ou peças, passo importante em todo este processo. O bronze é derretido a alta temperatura no ‘cadinho’ e depois é vertido em estado líquido para dentro dos moldes, os quais estão já colocados dentro de ‘caixas’ realizadas em aço, restando depois aguardar pela sua solidificação para se dar início a outra fase importante em todo este processo. As caixas são depois abertas e as peças retiradas dos moldes e, dependendo das dimensões daquilo que estamos a produzir, são depois soldadas entre si, tipo um ‘puzzle’ que é fabricado e montado até atingir a sua forma final. O processo conclui-se no acabamento, através da aplicação de ‘patine’ sob o cobre. K_Esta é uma arte que tende a desaparecer? FL_ Creio que não. A maioria das fundições do bronze encontram-se em Gaia e estou convencido que continua a ser um sector que tem o futuro assegurado, pois haverá sempre a necessidade de se homenagear uma terra ou uma personalidade através da estatuária.
tragédia ocorrida na ponte sobre o rio Douro há alguns anos, no Porto, com “O Cubo’ que está na Praça da Ribeira, isto só para mencionar algumas das muitas obras que produzimos ao longo destas quase quatro décadas. K_O mais comum dos mortais quando tira uma foto a uma estátua ou a um monumento em ‘bronze’, não faz a mínima ideia do trabalho que se encerra numa obra dessas. FL_ Aqueles que possam pensar que este é um produto de fácil
execução estão enganados, pois é um processo muito moroso, trabalhoso e fundamentalmente manual. K_Será que nos pode descrever, sumariamente, todo este processo? FL_ Quando as pessoas ou entidades nos encomendam um trabalho, primeiro temos que recorrer a um ‘escultor’ para que faça a peça em barro, depois o ‘formista’ reproduz a peça em gesso e, de seguida, esse trabalho em gesso vai dar origem a um
K_No seu caso concrecto, um dia destes haverá um ‘novo’ desafio a enfrentar, o da sucessão, acha que a mesma está assegurada? FL_ Acredito que sim. No meu caso pessoal, creio que a continuidade estará assegurada, pelo menos durante a geração do meu filho, Fernando, que é sócio da empresa desde 1997 e que sempre trabalhou aqui comigo. Depois... o futuro o dirá. FUNDIÇÃO DE BRONZES DE ARTE LAGE, LDA Rua Clube Futebol Oliveira do Douro, 120 4430-420 Oliveira do Douro .. Vila Nova de Gaia Tef.: (+351) 22 782 38 52 / Fax.: (+351) 22 787 80 93 E-mail: fundilage@sapo.pt www.fundicaolage.com GPS: N 41º 6’ 55.375” // W 8º 35’ 17.592”
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COMÉRCIO TRADICIONAL
Mercearia das Flores A tradição está de volta The tradition is back A “Mercearia das Flores” nasceu em 2012, a partir de uma ideia comum das Joanas: a de dar a conhecer produtos Portugueses regionais e biológicos de qualidade.
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a famosa ‘Boroa de Avintes’ às conservas, dos queijos ao mel, compotas e doces conventuais, dos azeites aos vinhos, sem esquecer os enchidos e as cervejas artesanais, é grande a diversidade de
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produtos que podemos encontrar neste renovado conceito de ‘mercearia’, onde também tem lugar a degustação dos artigos para venda a todos quantos a visitam, e que, ao longo destes cinco anos de actividade, tem granjeado honrosas menções nos tabloides nacionais e Internacionais...
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The “Mercearia das Flores” was born in 2012, based on a common idea of the Joanas: to make Portuguese regional and biological quality products known. From the famous ‘Boroa de Avintes’ to the canned fish, from cheeses to honey, jams and convent sweets, from olive oils to wines, not forgetting sausages and handcraft beers, there is a great diversity of products that can be found in this renewed concept of ‘grossery’, where all the visitors can also taste the products and buy afterwards, and which, over these five years of activity, has earned honorable mentions in national and international tabloids ...
K_ Gostaria de começar por saber como surgiu a ideia de criar este espaço? Joana Osswald_ Foi por mero acaso. Eu (Joana Osswald) e a Joana Oliveira conhecemo-nos em encontros entre os nossos maridos, amigos de infância. Eu era bolseira da Fundação de Ciência e Tecnologia e como via um pouco difícil prosseguir a minha carreira de investigação após concluir o meu ‘pós-off’, rapidamente comecei a procurar uma alternativa de que gostasse. A Joana também tinha terminado o trabalho que tinha com a família na produção de azeite em Vila Flôr e estava a pensar em arranjar outra actividade que a colocasse mais perto do Porto. Das conversas que tínhamos, ambas chegamos à conclusão que gostávamos de criar o nosso próprio negócio, de preferência fazendo algo pela promoção dos pequenos produtores e dos seus artigos de qualidade e daqui surgiu a ideia de abrir um pequeno espaço onde as pessoas tivessem também oportunidade de provar as conservas os azeites. Depois foi começar a recolher informações sobre produtores de outros artigos, tais como queijos, enchidos, vinhos e outros, o que fomos fazendo através da visita a diversas feiras e de contactos pessoais.
K_ A localização ideal seria o Porto... JO_ Sim. Queríamos que a loja se situasse no Porto, perto do centro histórico e foi com esse objectivo em mente que andamos à procura. Quando aqui passamos vimos que o espaço estava vazio e através dos vidros verificamos que tinha um chão que nos encantava. A loja estava devoluta e a partir daí iniciamos todo o processo que nos levou ao aluguer da mesma. A fase seguinte foi a realização das obras necessárias à sua remodelação, ao que se seguiu a sua decoração. Toda a parte de móveis e concepção do
espaço foi feita por uma amiga nossa, a Arquitecta Luzia Gama, enquanto a parte gráfica ficou a cargo do meu marido que é designer. E entre os quatro foi fácil criar uma imagem que nos agrada e que agrada a quem nos visita. K_ Entretanto foi preciso escolher o nome do espaço. JO_ Mercearia fazia todo o sentido e foi relativamente fácil escolher o resto, até porque estávamos na rua das Flores, daí a ‘Mercearia das Flores’. K_ Aqui encontramos uma união de dois conceitos à moda
TEXTO Joaquim Oliveira
antiga, a ‘mercearia’ com o ‘tasquinho’. Quais os tipos de produtos a que dão preferência para venda? JO_ Escolhemos com especial preferência produtos regionais e/ou biológicos. Desde as conservas, aos queijos, o mel e os doces conventuais, os azeites e os vinhos, as compotas e a charcutaria. Para acompanhar, mandámos vir o pão artesanal fresquinho que chega quase todos os dias de Trás-os-Montes, bem como a melhor Broa d’Avintes, vinda do outro lado do rio. Temos imensos outros produtos na calha, mas não temos espa-
ço para expor tudo. Os produtos que temos para venda são todos de origem Portuguesa, de qualidade, e que, de alguma forma, sejam novidades no mercado, tais como a pasta de azeitona, as amêndoas torradas com flor de sal que fazemos aqui mesmo na mercearia, que as pessoas gostam muito e que servimos como aperitivo para um cálice de Porto. Também temos um espaço dedicado aos chás e ás tisanas, de origem Continental e Açoriana, e também às ervas aromáticas, que no nosso caso são provenientes do ‘Cantinho das Aromáticas’ de Gaia.
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FOTOS Mercearia das Flores
K_ Como funciona o tasquinho / área de degustação? JO_ Aqui na ‘Mercearia da Flores’, o cliente pode escolher das prateleiras para lhe ser servido à mesa, ou então seguir as sugestões do nosso menu de comida de mão, onde temos uma variedade de saladas, tostas, sandes, queijos, charcutaria e o copo de vinho, bem como a cerveja Sovina servida à pressão, um produto fabricado cá no Porto pelos pioneiros na cerveja artesanal Portuguesa. Neste momento também comercializamos a cerveja ‘Letra’, produzida artesanalmente por um grupo de jovens estudantes formados em Biotecnologia pela Universidade do Minho, num conceito que achamos interessante e diferente. Na ‘Mercearia das Flores’ privilegiamos a qualidade da prestação de um serviço que, mesmo sendo despretensioso, cative o maior número de clientes possível.
MERCEARIA DAS FLORES Mercearia das Flores Rua das Flores, 110 .. 4050–263 Porto .. Portugal tel: +351 222 08 32 32 geral@merceariadasflores.com www.merceariadasflores.com GPS: N 41º 8’ 38.533’’ // W 8º 36’ 48.366’’
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ESPAÇOS DE REPOUSO
Hotel
Black Tulip Charme e encanto ao serviço do Turismo em Gaia Charm and spell at the service of Tourism in Gaia
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“Hotel Black Tulip” em Vila Nova de Gaia, ‘herda’ do passado a edificação que deu corpo à primeira unidade hoteleira de 4 estrelas construída nesta Cidade. A chegada de nova gerência trouxe a remodelação e a aposta num espaço ainda mais elegante e moderno. Inaugurado
em 2104, o ‘BLACK TULIP’ dispõe de noventa e dois quartos de decoração sóbria e, créme de la créme, o ‘Restaurante Telhados’, a sala de restauração na qual o cliente pode aliar a excelente qualidade dos produtos confeccionados na cozinha do hotel à magnífica paisagem que lhe é possível vislumbrar sobre Gaia e Porto, e que se esbate no horizonte deste Atlântico que banha
as nossas costas. Localizandose bem perto da zona de acção turística Gaia/Porto, a pouco mais de dois minutos da estação de Metro mais próxima (D. João II) e a 21km do Aeroporto Internacional do Porto, eis-nos chegados ao “Hotel Black Tulip”, um espaço elegante e moderno que está de regresso ao mercado para competir com os seus principais concorrentes.
The “Black Tulip Hotel” in Vila Nova de Gaia, ‘inherits’ from the past the building that gave birth to the first 4-star hotel built in this city. The arrival of a new management brought the remodeling and the bet in an even more elegant and modern space. Opened in 2104, the ‘BLACK TULIP’ has ninety-two rooms of sober decoration and, crème de la crème, the ‘Restaurant Telhados’, the dining room in which the client can combine the excellent quality of the products made in the hotel kitchen to the magnificent landscape that you can glimpse on Gaia and Porto, and that fades on the horizon of this Atlantic that bathes our coasts. Located close to the Gaia / Porto tourist action zone, just over two minutes from the nearest subway station (D. João II) and 21km from Porto International Airport, we arrived at the “Hotel Black Tulip”, an elegant and modern space that is returning to the market to compete with its main ‘rivals’.
K. Doutor Rogério, o local deste espaço hoteleiro é o mesmo, mas o conceito por vocês introduzido conferiu-lhe nova roupagem e o Black Tulip ‘voltou’ para se afirmar como espaço de referência na cidade. Rogério Ribeiro (Director Hotel Black Tulip)_ Na realidade, quando tomamos conta destas instalações, que por sinal estavam em muito mau estado, tivemos que efectuar uma remodelação total, pois queríamos devolver-lhe todo o esplendor e o nível que tinha tido no passado, ou seja, fazer com que voltasse a ser o melhor ‘4 estrelas’ desta cidade. No Hotel Black Tulip temos 92 quartos com padrões altos, seis excelentes salas de reuniões, uma sala de restauração fantástica, o balcão de recepção disponível 24 horas por dia e também um balcão de Turismo ao dispor do cliente, pelo que, estamos de regresso ao mercado para competir com os nossos principais concorrentes. K. O turismo tem vindo a crescer cada vez mais em Vila Nova de Gaia, o que tem o Black Tulip de diferente para oferecer? RR_ A jóia da coroa do hotel é o ‘Restaurante Telhados’ situado no 12º andar. Ao almoço é possível vislumbrar uma paisagem
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imensa que abrange Gaia, Porto e termina no mar, o que, aliado à boa qualidade da nossa cozinha, de onde saem pratos tradicionais Portugueses e também da gastronomia internacional, fazem a delícia de qualquer dos nossos clientes. Agrada-me que o cliente saia satisfeito do restaurante e é isso que temos conseguido. K. Qual a nacionalidade de origem dos vossos clientes? RR_ Estamos a receber clientela de origem Chinesa, Russa, Israelita, toda uma diversa panóplia de nacionalidades que nunca tinha tido. Anteriormente a base dos nossos grupos era de origem Espanhola, Francesa e Italiana, mas agora não, agora recebemos turistas de todas as nacionalidades. K. E qual o feedback que recebe desses ‘novos’ turistas em relação ao que os trouxe até nós? RR_ A opinião que tenho é a de que ficam encantados. Dizem que é um local agradável e com a dimensão quase perfeita. Não é uma cidade muito grande, não se perdem, não precisam de andar horas e horas para visitar os seus monumentos e têm a noção de que num dia ou dois conseguem conhecer muito sobre esta zona
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TEXTO Joaquim Oliveira
FOTOS Hotel Black Tulip
de Gaia/Porto. Mas nota-se que depois vão embora com vontade de regressar para conhecer ainda mais e os que regressam continuam ainda mais encantados com tudo o que os fez regressar. K. É, portanto, um tipo de turista que acaba mesmo por regressar até nós. RR_ Volta, e é isso mesmo que tenho registado. Há aqui muita coisa que os atrai, diferentes do que existe em qualquer outro lugar do Mundo. Quando chegam a casa vão contar o que viram, o que comeram, os locais onde dormiram e o modo como foram tratados aos familiares e aos amigos e esse é um factor importante para o ‘seu’ regresso. K. Em Gaia, e não só, estamos a assistir a um ‘boom’ ao nível de implantação de unidades hoteleiras. O que pensa sobre esta situação? RR_ Eu penso que vai ser bom para as nossas cidades, mas temos que ser cautelosos. Os hotéis
trabalham muito bem de Abril a finais de Novembro. Em época alta toda a gente vende, mas na época baixa nota-se a acalmia na procura e quantos mais hotéis abrirem mais se irá sentir esse efeito. No entanto, é impensável pensar que um hotel pode funcionar a 100% todo o ano, pois há sempre manutenção a realizar e é na época baixa que aproveitamos para o fazer, para que possamos repor e manter os nossos padrões de qualidade. K. O facto de estarem um pouco fora do ‘centro’ de toda a acção turística é, de algum modo, obstáculo à vinda de ainda mais clientela? RR_ Nem por isso. Temos a estação de metro (D. João II) a pouco mais de dois minutos de distância, pelo que grande parte dos nossos clientes já chegam até HOTEL BLACK TULIP Av. da República, nº 2038 4430-195 Vila Nova de Gaia .. PORTUGAL Tel.: +351 223 748 020 // Fax: +351 223 748 021 E-mail: geral@hotelblacktulip.pt Website: www.hotelblacktulip.pt GPS: N 41º 7’ 14.952’’ // W 8º 36’ 22.608’’
nós vindos directamente do aeroporto utilizando esta importante rede viária. Os clientes trazem viatura própria acabam por a deixar no nosso parque e viajam depois de metro para os locais que pretendem visitar, pelo que nos encontramos perfeitamente integrados neste raio de acção. K. Qual a mensagem que deixa ao turismo e ao turista que nos visita? RR_ Gostava realmente que o turista ficasse satisfeito com a nossa hotelaria. Penso que alguns hoteleiros também estão a apostar muito no preço e se calhar estamos a exagerar nesse sentido, o que nós não fazemos, até porque não acho justo. O cliente tem que chegar e pagar o preço justo por um quarto num cinco, quatro ou três estrelas. Estamos a atravessar uma fase magnífica, mas é preciso que se pratique uma maior lógica de preços, para que o cliente venha mais vezes até nós e não o contrário, pelo que é preciso haver consenso e não defraudar a expectativa do cliente. Aqui no “Hotel Black Tulip” temos uma política de preços que julgamos ser justa e cativadora de antigos e novos clientes.
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ESPECIAL
Carnaval de Ovar Manteve alto padrão
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At the table with traditional flavors and aromas
cidade de Ovar voltou a encher-se de foliões oriundos dos mais diversos locais, para festejar mais uma edição do ‘Carnaval Vareiro’, evento que ocorre quase ininterruptamente desde 1950, e que, ao longo dos tempos, se tornou na maior manifestação cultural e turística desta cidade do Distrito de Aveiro, e, um dos maiores e mais criativos do género em Portugal. Este ano o programa da 65ª edição do ‘Carnaval de Ovar’ voltou a ser bem diverso. A aposta no
engrandecimento do evento levou a organização a alargar ainda mais o leque de ofertas, tendo por objectivo a captação de uma faixa de público ainda mais diversa. Nesse sentido a autarquia, através do sector do Turismo, promoveu ainda mais eventos paralelos, tais como o (Re)nascimento do Entrudo, um espectáculo de música, performance e construção de artefactos, levado a cabo pela “Trigo Limpo Teatro Acert” com a participação de cerca de 250 pessoas da comunidade, a Caminhada Nocturna, o desfile da Chegada do Rei, o Carnaval Sénior, o
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Carnaval das Crianças, o Baile de Máscaras, a Festa na Aldeia, os 30 anos do Axu Mal, a Noite da Farrapada, a Noite Mágica, os espectáculos do Espaço Folião e de Samba, o Desfile Noturno das Escolas, e, as muito interessantes Visitas Guiadas à Aldeia do Carnaval, um espaço único em território Nacional. Mas são os ‘Grandes Corsos Carnavalescos’ o enorme pólo de atracção de todo este extenso programa de festa, pelo que, nos dias 26 e 28 de Fevereiro e, apesar da teimosia de S. Pedro, cerca de 2000 figurantes, representando os 24 Grupos e Escolas de Samba locais, desfilaram ao longo da Avenida Sá Carneiro, oferecendo aos cerca de 35000 visitantes e ‘in-locco’, um magnífico espectáculo de criatividade. Os temas trazidos ao corso pelos
The city of Ovar has once again been filled with revelers from many different places, to celebrate yet another edition of the ‘Carnival Vareiro’, an event that has taken place almost uninterruptedly since the 1950s and has, over time, become the largest cultural manifestation and tourist of this city of the District of Aveiro, and, one of the biggest and most creative of the sort in Portugal. The “Grandes Corsos Carnavalescos” is the great pole of attraction of this extensive party program, so that on February 26th and 28th, and in spite of the stubbornness of St. Peter’s, some 2,000 elements of the 24 Groups and local Samba Schools, paraded along the Avenida Sá Carneiro, offering to about 35,000 visitors and ‘in-locco’, a magnificent spectacle of creativity, joy, animation, vividness, color and movement.
grupos da ‘Categoria Carnavalesco’ foram muito apreciados pelas diversas faixas etárias de público, graças à magnífica diversidade, criatividade, animação e vivacidade que transmitiram. No final, o júri do desfile teve que encontrar um vencedor, tarefa que não terá sido nada fácil, com a mesma a recair nos “Vampiros Grupo de Carnaval”, que nos divertiram às voltas do tema, fabrico do célebre “Pão-de-Ló de Ovar”. Na ‘Categoria Passarelle’ também não faltou alegria, diversidade, cor e movimento. Os temas apresentados pelos diversos grupos transmitiam ao público muita cor e movimento, através da criatividade e diversidade de trajes, tendo a vitória final sorrido ao grupo “Joanas do Arco da Velha”. Mas Carnaval sem Samba ... não é Carnaval! Muita música, alegria, cor, calor e dinamismo, foram os excelentes argumentos utilizados pelas diversas ‘Escolas de Samba’, para convidar todos os presentes a sentirem de forma ainda mais intensa a folia desta grande festa, pelo que, também aqui tudo voltou a estar ao melhor nível nesta 65ª edição do ‘Carnaval de Ovar’. No final o júri teve que somar pontos e encontrar um grupo vencedor, tendo a melhor pontuação recaído na “Escola de
TEXTO Joaquim Oliveira
Samba Costa de Prata”. Após o final deste intenso mês de Carnaval, a palavra é do Presidente da Câmara Municipal de Ovar ... “este reconhecimento público é mais que justo e merecido, dado que a presente edição do Carnaval de Ovar foi um êxito, tendo sido possível atingir o objectivo de afirmar e projectar nacional e internacionalmente Ovar Capital do Carnaval.” referiu Salvador Malheiro. Breve História do Carnaval de Ovar_ Nas tardes de ‘Domingo Gordo’ e na terça-feira seguinte, populares percorriam de forma desorganizada as ruas do centro de Ovar fantasiados de Charlot, de arlequim e columbinas, de noivos e noivas, de piratas, de polícias, de reis, de tudo e de nada. No início da década de 50 e apesar de se manter a desorganização, os festejos de carnaval já se haviam estendido ao sábado e à segunda-feira, havendo inclusive grupos de bairro organizados. Em 1952 surge o primeiro festejo de Carnaval de Ovar organizado por um grupo liderado por José Maria Fernandes da Graça, Aníbal Emanuel da Costa Rebelo e José Alves Torres Pereira, com o objectivo de institucionalizar uma festa que, apesar de uma longa história, continuava a ser marcada pelo improviso e pela
espontaneidade. A partir daqui tudo passou a ser mais artificial do que era, mas mais organizado e, quiçá, mais bonito. De ano para ano esta “vitamina de alegria” foi aumentando em termos de adesão popular. Um facto contribuiu, em 1954, para a nacionalização do evento: a ida dos carros vareiros ao corso do Porto, na terça-feira de entrudo, para participar no corso carnavalesco do Clube Fenianos. Foi aí, pela primeira vez, que o resto do país reparou que numa vila do distrito de Aveiro se realizava uma grande festa de carnaval. Com o decorrer dos anos, a tradição foi-se adaptando à época e em 1961 surge pela primeira vez uma mulher como a rainha do Carnaval, e, em 1963, o corso passa a sair em dois dias. Em 1968 surgem os grupos organizados,
FOTOS Joaquim Oliveira
que não vão tardar a substituir os dos bairros típicos. Em 1982 apareceu a primeira escola de samba, a «Costa de Prata», e com ela chegou também a «brasileirização» do carnaval de Ovar. Foi essa a pedra de toque rumo aos tempos modernos. À «Costa de Prata», seguiram-se a «Charanguinha» (1985), a «Juventude Vareira» (1986), a «Mangueira» (1989), o «Kan-Kans» (1990), o «Império Ovarense» (1993) e muitas outras. Ao nível do ritmo, das roupas das participantes, do desfile em geral, tudo tem caminhado na direcção do carnaval do Rio. A 30 de Novembro de 1998, foi constituída pela Câmara Municipal a Fundação do Carnaval. «Os grupos, esses, são, ainda, a ligação ao espírito inicial. Mas, vindo de fora ou germinando no seu interior, o ritmo e a cor de todos são cada vez mais canarinhos. Dizem os espertos na matéria que se trata de recuperar o que, há cinco séculos, levamos para o lado de lá do Atlântico e que os nossos irmãos brasileiros desenvolveram, enriqueceram e viraram neste mexer envolvente, absorvente e trepidante. (…) Carnaval, que, cada vez mais, bumba, zabumba, trepida e pandeira… como rebolam as cadeiras da brasileira.» (A. Hugo Colares Pinto) OVAR Localização GPS: N 40.85928179689865 //
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-8.625136613845825 Principais vias de acesso: Autoestrada A29 e Estrada Nacional 109
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POR TERRAS DO NORTE
Mazda CXperience Em “Passeio Minhoto”
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o âmbito do conceito Mazda Cxperience, a Mazda Motor de Portugal voltou a convidar os proprietários dos ‘crossovers’ da marca – Mazda CX-3 e CX-5, para
um encontro cultural e gastronómico, em forma de passeio automóvel, desta feita para partirem à descoberta de um pouco do extremo ocidental Norte de Portugal. O denominado “Passeio Minhoto” decorreu no passado dia
8 de Abril com a presença de quase trinta viaturas, tendo os participantes iniciado o dia com um meeting de boas vindas nas magníficas instalações do Axis Hotel de Ofir. A partir daqui o grupo alinhou-se pelas margens do Cávado,
TEXTO Joaquim Oliveira
rio minhoto cujo curso nos iria acompanhar em diversos momentos desta fantástica Cxperience, trilhando percursos de estrada e ‘fora de estrada’, para se deslumbrar com as paisagens que nos iriam conduzir a... Bracara Augusta ou Cidade dos Arcebispos. BRAGA foi então o local escolhido para a primeira paragem deste ‘Passeio Minhoto’, com todos os participantes a serem convidados a participar no momento cultural do evento, a visita guiada à SÉ da Capital do Minho. Para muitos foi a descoberta da beleza arquitectónica e da história que se encerra dentro magnífico e emblemático monumento religioso, enquanto para outros foi uma nova oportunidade de revisitar esta edificação, cuja origem remonta ao Séc. XI, e que, por estes dias, se veste para celebrar o advento da Páscoa.
Após este importante momento a caravana seguiu então rumo ao Restaurante Abadia D’Este, no Bom Jesus, para o almoço, durante o qual os participantes tiveram nova oportunidade de se ficarem a conhecer um pouco melhor e de conviver entre si. Findo este intervalo retemperador, o “Passeio Minhoto” voltou então às margens do Cávado para que ficássemos a conhecer a beleza que encerra a Praia Fluvial de Adaúfe. As águas límpidas e cristalinas, os velhos Moínhos, a paisagem... um belo postal que a maioria não perdeu a excelente oportunidade para registar em fotos e/ou em vídeo para memória futura e partilhar com os amigos na melhor das oportunidades. E foi com o Cávado de fundo que a viagem prosseguiu até ao seu ponto final, a Pousada Convento de Amares, onde os participan-
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FOTOS David Oliveira
tes a esta edição da ‘Cxperience’ tiverem oportunidade para se deslumbrar com as magníficas paisagens e magnificência deste acolhedor espaço e, de permeio, encerrarem a jornada com um belo lanche. Não podemos terminar, sem agradecer à Mazda Motor de Portugal o convite dirigido à KNOW’US para participar neste “Passeio Minhoto” aos comandos de um fantástico Mazda CX-5.
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WORLDRX MONTALEGRE
FIA WorldRX Montalegre há dez anos a espalhar ‘magia’
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oi há dez anos atrás (2007) que tivemos a estreia do Circuito Automóvel de Montalegre com uma prova pontuável para o Campeonato Europeu de Rallycross e, daí para cá, o espectáculo das potentes máquinas tem espalhado magia dentro e fora das fronteiras da capital do Barroso.
O traçado e as infraestruturas do circuito evoluiram com o decorrer dos anos, em 2017 terá mesmo uma nova bancada para ajudar o recinto a oferecer ainda mais espaço e condições às largas dezenas de milhar de visitantes que ali se deslocam para vibrar com as emoções de uma modalidade que, entretanto, também evoluiu com a criação, em 2014, do ainda mais intenso e frenético Campeonato Mundial
de Rallycross – FIA (WorldRX). Tal como acontecia nesse ‘longínquo’ 2007, o Rallycross mantém-se como uma das mais prestigiadas e mais espectaculares, senão mesmo a mais espectacular modalidade a nível Internacional, graças ás ultrarápidas e preformantes máquinas que nela competem, bem como ao facto de que, desde a sua criação em 2014, ter aportado às suas fileiras um leque cada
TEXTO FOTOS Município de Montalegre Município de Montalegre
vez mais alargado de nomes sonantes de outras disciplinas do desporto automóvel, tais como o actual Campeão em título, Mattias Ekstrom, Timo Scheider (Campeões da DTM), Sebastien Loeb e Petter Solberg (ex. Campeões Mundiais de Ralis), Tanner Foust e Ken Block, a par com muitos outros nomes ‘criados’ ao longo dos anos nesta disciplina. Em 2007 a vitória na categoria principal foi alcançada por Lars Larsson (Skoda Fabia). Em 2008 a prova realizar-se-ia no EuroCircuito de Lousada, mas a partir de 2009 terminava a rotatividade e Montalegre voltava a assumir a organização da prova internacional de Rallycross em Portugal. Assim em 2009 a ‘caravana’ regressou e desta feita a vitória na classe ‘Rainha’ coube a Andreas Eriksson (Ford Fiesta). A presença da modalidade manteve-se por mais dois anos, com as vitórias a serem obtidas por Michael Jernberg (Skoda Fabia) e por Tanner Foust (Ford Fiesta). Novo ano de interregno, tendo-se mesmo verificado a não vinda da modalidade a Portugal e, em 2013, novo regresso a Montalegre, desta feita para ficar, num acordo agora estendido até 2022. O ano de regresso marcou também a última presença do Europeu em território Português, tendo nesse ano a vitória ‘principal’ sido alcançada por Liam Doran (Citroen DS3). A partir de 2014 abriu-se uma nova página na modalidade e um novo desafio para a Cidade de Montalegre e para todos os envolvidos com a organização deste evento, a realização de uma jornada pontuável para o ‘jovem’ Campeonato Mundial de RallycrossRX. Se até aqui as emoções já eram fortes, a partir de então a modali-
dade ganhou ainda mais visibilidade na Europa e pelo Mundo fora, principalmente através da chegada e/ou regresso de ainda mais nomes sonantes, o que tem levado um cada vez maior número de adeptos às provas. Nesse ano de 2014 a vitória entre os ‘SuperCars’ viria a pertencer a Petter Solberg (Citroen DS3), com o ex. Campeão Mundial de Ralis a repeti-la em 2016. Filho de peixe também sabe nadar e em 2015 foi de Johan Kristoffersson (VW Polo) a vitória. Tal como se pôde perceber pelo
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acima descrito, a principal categoria (SUPERCAR) da modalidade é a que mais atrai o muito público que segue a modalidade ao vivo ou através da televisão/ internet, em virtude das viaturas envolvidas terem potências na ordem dos 600cv/cada e capazes de ir dos 0 aos 100kms/h em pouco mais de UM segundo! Em Montalegre haverá também oportunidade para termos a categoria que agrupa as viaturas de “duas rodas motrizes” (SUPER1600), na qual já tivemos alguns Portugueses a ter o doce prazer de subir ao pódio. Quem sairá vencedor da edição de 2017 da jornada do Campeonato Mundial de RallycrossRX em Montalegre á algo que não poderemos dizer por antecipação, o que podemos é dizer que vai ser, certamente, mais uma jornada plena de adrenalina e fortes emoções, tal como aliás se verificou já na prova inaugural da temporada, que se disputou em Barcelona e, na qual, a luta pela vitória na ‘final’ foi vivida de forma intensa por todos quantos assistiam à prova, in-locco ou através dos ecrãs de televisão ou computador, opondo um ‘rookie’ na modalidade, Timo Scheider (Ford Fiesta RXS) a Mattias Ekstrom (Audi S1 EKS RX quattro), com vantagem final a pertencer ao Campeão em título, mas ficou a sensação de que muitas «linhas» ficaram por escrever, o que faz antever a chegada de mais e maiores confrontos já em Montalegre, onde, entre os próximos dias 21 e 23 de Abril prossegue o WorldRX.
HORÁRIOS E LISTAS DE INSCRITOS www.altasrotacoes.com http://www.portugalrx.com/ GPS: 41.83, -7.78
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RED BULL
AIR RACE
Red Bull
Air Race De regresso ao Porto / Gaia Portugal é o 6º destino do calendário de 2017
A
mais importante competição Internacional de Aviões regressa a 2 e 3 de Setembro de 2017 às paisagens do Douro. O Porto e Vila Nova de Gaia integram assim, 10 anos depois da estreia, o calendário da Red Bull Air Race World Championship – desta vez com ainda mais animação. A etapa desta competição em solo nacional ficou na história do desporto Português, com o recorde de público que ultrapassou um milhão de espectadores nas margens do Porto e de Vila Nova de Gaia.
N apresentação do evento o Diretor Geral da Red Bull Air Race GmbH, o austríaco Erich Wolf, não escondeu o seu entusiasmo perante uma das mais sonantes novidades da décima temporada do Campeonato do Mundo; “Estamos muito animados com o regresso da Red Bull Air Race a Portugal, que é uma das etapas preferidas do público e dos pilotos. Estamos especialmente orgulhosos por trazer de volta ao rio Douro e, a todo este cenário único, esta corrida de alta velocidade a baixa altitude e estou certo que cada piloto e cada equipa tudo farão para aqui serem
coroados perante os aplausos de milhares de fãs”. Para o Presidente da Câmara Municipal do Porto, Dr. Rui Moreira, “a Red Bull Air Race é um evento consensual e transversal que toca públicos muito diversificados. É, por isso, uma grande conquista para a cidade voltar a receber em festa esta prova que traz um enorme retorno económico direto à cidade, à região e a Portugal. Do ponto de vista político é também muito significativo que tenha sido possível voltar a encontrar consensos entre os promotores, as autarquias, a Entidade
TEXTO Joaquim Oliveira
de Turismo Porto e Norte de Portugal, o Turismo de Portugal e a CCDRN que a tornam, não apenas possível mas sobretudo sustentável”. Já o Presidente da Câmara Municipal de Vila Nova de Gaia, Dr. Eduardo Vítor Rodrigues, considera que “a Red Bull Air Race traz a Vila Nova de Gaia e ao Porto a centralidade mundial através de um espetacular evento internacional. O cenário único do Douro e das suas margens, vividas por gente genuína e apaixonada, acrescenta-lhe a magia desta região”.
FOTOS Red Bull Air Race
Dr. Melchior Moreira, Presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, acrescenta que “os números estão aí para confirmar a potencialidade turística de um destino: quase 7 milhões de dormidas no final de 2016 e a importância cada vez mais crescente deste setor para a economia nacional. Nem questiono a importância que os grandes eventos internacionais assumem nestes resultados. Somos hoje reconhecidamente um palco de grandes eventos internacionais que nos trazem um retorno imensurável. Ter no
nosso território a Red Bull Air Race é a garantia de uma excelente promoção turística que vai muito além dos milhares de espetadores que se esperam nas margens do Porto e de Vila Nova de Gaia: são as imagens que serão difundidas pelo mundo, as impressões que os visitantes vão levar, a dinâmica da qual todo o destino acabará por usufruir, a certeza que quem nos vai visitar agora vai querer voltar noutra altura do ano, a atividade turística que se estenderá muito para lá dos dois municípios envolvidos… este é o trabalho do Turismo do Porto e Norte de Portugal”.
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TEXTO CM Penafiel
JET SKI
FOTOS CM Penafiel
Europeu de JetSki e Motas de Água
O
Penafiel e o rio Douro recebem festa Internacional
cais de Entre-os-Rios / PENAFIEL, acolherá de 22 a 25 de Junho dois dos mais importantes eventos internacionais de motonáutica, a segunda e última etapa do Campeonato da Europa de JetSki e Motas de Água (Aquabike), e também uma jornada do Campeonato do Mundo de Juniores, em estreia em Portugal, contando com a participação global de cerca de 80 pilotos oriundos de 14 Países. Esta tripla jornada das maiores provas do desporto em jet ski e motos de água, irá proporcionar três dias de intensa competição, com participantes vindos da Áustria, Alemanha, Croácia, Espanha, França, Hungria, Inglaterra, Itália, Noruega, Polónia, Portugal, Rússia, Suíça, e Suécia. Para Antonino de Sousa, Presidente da Câmara Municipal de Penafiel, “Penafiel vai ser uma vez mais notícia pelas melhores razões, dentro e fora do País. Vamos receber milhares de visitantes para assistir a dois dos mais importantes eventos
internacionais de motonáutica. O palco da prova será Entre-os-Rios, um espaço único, singular e extraordinário para a prática de desportos náuticos. Este evento vai permitir dar ainda mais visibilidade à nossa região e fortalecer a nossa aposta neste espaço como destino turístico. Vamos continuar a trabalhar para atrair cada vez mais eventos de escala nacional e internacional.” Esta última etapa do Campeonato da Europa, onde se irão consagrar os Campeões da modalidade em 2017, e, o Campeonato do Mundo de Juniores, será organizada pela Federação Portuguesa de Motonáutica, com o apoio da Câmara Municipal de Penafiel, do Turismo Porto e Norte, da Fundação INATEL, do IPDJ e da Fundação do Desporto. O programa começa na quinta-feira (22), com o habitual registo dos participantes. Na sexta-feira (23), de manhã, decorrerão as verificações técnicas e treinos livres das diversas categorias em competição. A partir das 16h00 terão lugar os
treinos cronometrados e a luta pela discussão da ‘pole position’. À noite decorrerá um espectáculo musical. Sábado (24) iniciam-se, a partir das 9h00, as 10 primeiras mangas de todas as classes e, às 14h30 as corridas da segunda manga, agora com menos uma classe, ficando o Freestyle para o grande espetáculo noturno a partir das 21h30, juntamente com o Parallel Slalom, extracampeonato. Domingo (25), a partir das 11h00 e depois das 14h30 decorrerão as últimas mangas, através das quais se irão encontrar os vencedores do Grande Prémio de Portugal e os Campeões da Europa, estando a cerimónia de entrega de prémios marcada para as 16h30 de domingo. A primeira prova do calendário do Europeu Aquabike inicia-se a 19 de Maio, na Croácia, na cidade de Zadar, ficando a grande final para Entre-os-Rios.
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RECEITA DO MÊS
Receita do mês
Espetada Terra Mar By Taberna da Villa RECIPE of the MONTH - Espetada ”Terra Mar” by Taberna da Villa
U
ma deliciosa receita para a confecção de um prato, para duas pessoas, onde se alia um misto de ingredientes da terra (carne) e mar (gambas), é o desafio gastronómico da KNOW’US para um almoço ou jantar ‘especial’.
A
delicious recipe for a two person dish, which combines a mixture of ingredients from the land (meat) and sea (prawns), is the gastronomic challenge of KNOW’US for a ‘special’ lunch or
dinner.
Receita:
Recipe:
_6 Nacos de Carne de Novilho _6 Gambas 25/30 _6 Lulas _Colocar três peças de cada em dois espetos de metal _Vai tudo a grelhar durante 10/12 minutos, dependendo do gosto de cada um. _Batata frita com casca _Orégãos frescos do Alentejo _Salada Tropical com alface, manga, uvas, morangos, tomate cherry e kiwi. _Molho à Chef, com azeite de oliva; vinagre balsâmico; orégãos; vinho do porto; alho; louro; alecrim; malagueta e flôr de sal.
_6 ‘nacos’ of calf beef _6 prawns 25/30 _6 cuttlefish _ Put three pieces of each on two metal skewers _ It will all grill for 10/12 minutes, al gusto of each person _Shelled potato chip, cut in slices _ Fresh oregano from Alentejo (Portugal) _Tropical salad with lettuce, mango fruit, grapes, strawberries, cherry tomato and kiwi. _ Chef’s Sauce, with Olive oil; Balsamic vinegar; Oregano; Port wine; Garlic; Blond Rosemary; Chilli and Salt flower.
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CALENDÁRIO DE EVENTOS
ALIJÓ
ALICAÇA
(13 e 14 de Maio) Horário | todo o dia
FESTA DA RAINHA SANTA MAFALDA (2 de Maio)
local: Terreiro de Santa Mafalda GPS: 40.928.541,00 -8.246.908
Local | Aeródromo da Chã GPS | 41.32765 -7. 459008
ROTA DA MAÇÃ DE MONTANHA
FESTA DA SENHORA DA LAJE
Local | Armamar GPS | 41.109498 7.692530
(5 a 14 de Maio)
Local | Sé, Igreja de Santa Cruz, Igreja de S. Victor, Instituto Monsenhor Airosa e Igreja de Adaúfe. GPS | 41.549ºN 8.426ºW
local: Merujal - Urrô GPS: 40.876.833 -8.303.362
(1 de Abril a 31 de Outubro) Horário| 09h00-17h00
FESTIVAL DO ÓRGÃO DE BRAGA Horário | consultar programa específico
(3 de Maio)
ARMAMAR
BRAGA
BARCELOS
FESTA DAS CRUZES (1 a 3 de Maio)
BRAGANÇA
FEIRA DAS CANTARINHAS E FEIRA DO ARTESANATO (2 a 7 de Maio) Horário | 09h00
AROUCA
PAIVA FEST
Horário | 09h00-24h00
Local | Teatro Municipal Sá de Miranda, Cinema
Local | Centro Histórico de Barcelos
Verde Viana e Escola Superior de Educação de
GPS | 41°31’53,38”N 8°37’09.59”W
Viana do Castelo GPS | 41.695491 -8.828677
(20 a 23 de Abril)
Horário | dias 20 a 22: 09h00-24h00; dia 23: 09h00-16h00 Local | Arouca GPS | 40°57’11.21”N 8°10’38.31”W
CABECEIRAS DE BASTO
CONTRACENA – II FESTIVAL DE TEATRO DE CABECEIRAS DE BASTO (4 a 7 de Maio) Horário | 21h30 Local | Casa da Juventude de Cabeceiras de Basto, Praça Arcipreste Francisco Xavier de Almeida Barreto nº 2 GPS | 41.51294784 -7.98823535
CAMINHA
VILA PRAIA EM FLOR (28 de Abril a 1 de Maio) Horário | 10h00-19h00 Local | Praça da República, Vila Praia de Âncora GPS | 41°48’44.01 N 8°51’46.54 W
FAFE
FEIRAS FRANCAS (16 e 17 de Maio)
Horário | consultar programa específico Local | Parque da Cidade, Travessa do Parque da Cidade GPS | 41°27’06.77”N 8°10’26.60”W
FREIXO DE ESPADA À CINTA
MIRANDELA
MURÇA
PERCURSO PEDESTRE CAMINHOS DO DOURO - PELA CALÇADA DE ALPAJARES
FESTIVAL GASTRONÓMICO DO CABRITO
FEIRA DO AZEITE, DO VINHO E PRODUTOS REGIONAIS
Praça do Município
Horário | consultar programa especifico
5370-288 Mirandela
Local | Pavilhão da
GPS: N 41.485292,-7.1844816,17
Escola E b 2,3 e Secundária de Murça
(30 de Abril)
Horário | 09h00 Local |Poiares GPS | 41°3’26.35”N 6°51’30.42”W
FELGUEIRAS
VII EDIÇÃO SABORES IN – GASTRONOMIA & VINHOS (12 de Maio a 4 de Junho)
(8 a 23 de Abril)
MOIMENTA DA BEIRA
ROMARIA DE “SÃO TORCATO” (14 de Maio)
Horário | 09h00-24h00 Local | Cabaços, Moimenta da Beira
GPS | 41°22’ 3”N 8°11’ 51”W
FEIRA DE SANTA CRUZ (1 a 3 de Maio)
Horário | consultar programa específico Local | Cidade de Lamego GPS | 41°05´44.15”N 7°49´06.54”W
MAIA
BIENAL DA MAIA 2017 (6 de Maio a 30 de Setembro) Horário | 09h00-23h00 Local | Fórum da Maia, Rua Eng.º Duarte Pacheco GPS | 41°14’02.87”N 8°37’22.13”W
MELGAÇO
FESTA DO ALVARINHO E DO FUMEIRO DE MELGAÇO (28 a 30 de Abril)
Horário | dias 28 e 29: 10h00-02h00; dia 30: 10h00-20h00 Local |Largo do Mercado Municipal GPS | 42°06’55.4”N 8°15’40.4”W
PESO DA RÉGUA
LOVE TILES DOURO GRANFONDO (5 de Maio)
Horário | todo o dia Local | Peso da Régua
MONDIM DE BASTO
II TRAIL FISGAS DE ERMELO LAMEGO
GPS | 41.4055 -7.4539
GPS | 41.025425 -7.573168
Horário | consultar programa especifico Local | Restaurantes aderentes do concelho
(5 a 14 de Maio)
(30 de Abril)
Horário | 09h30
GPS | 41.16227854 -7.79186048
PORTO
QUEIMA DAS FITAS (7 a 13 de Maio)
Local | Ermelo (partida) e Praça do Município (meta) GPS | 41°21’37.7”N 7°53’21.6”W; 41°24’39.6”N
Horário | consultar programa especifico
7°57’09.5”W
Local | Cidade do Porto GPS | 41.159374 -8.628892
TABUAÇO
VIANA DO CASTELO
DOURO GRANFONDO
PÁSCOA DOCE
Horário | 09h00-18h00
Horário | consultar programa específico em:
Local | Tabuaço
www.cm-viana-castelo.pt
GPS | 41°07’00.0”N 7°34’09.7”W
Local | Cidade de Viana do Castelo
(7 de Maio)
(1 a 30 de Abril)
FESTA DAS ROSAS EM VILA FRANCA (12 a 15 de Maio) Horário | 09h00 Local | Vila Franca, Viana do Castelo GPS | 41.682424 -8.738285
GPS | 41.692895 -8.828655
VILA FLOR VALENÇA
FESTIVAL GASTRONÓMICO SABORES D’ALDEIA
XX FESTIVAL SWR BARROSELAS METALFEST (28 a 30 de Abril)
(28 a 30 de Abril)
Horário | 17h00-05h00 Horário | 12h00-24h00
Local | Avenida de S. Paulo da Cruz, Barroselas
Local | Coroada, Fortaleza
GPS | 41.643.836 -8.686.147
VII MILHA MARCELO DE AZEVEDO (30 de Abril)
Horário | consultar programa especifico Local | Avenida Marechal Carmona, Vila Flor GPS | 41°18´30.86”N 7°09´15.68”W
GPS | 42°01’41.90’’N 8°38’47.61’’W
VILA NOVA DE GAIA
FEIRÕES
(6 de Maio a 30 de Setembro) Horário | 10h00-13h00 Local | Praça da República – Viana do Castelo GPS | 41.693657 -8.828289
FEIRA DO FUMEIRO (21 a 25 de Abril)
Local: Avenida das Árvores – Praia da Granja São Félix da Marinha GPS: 41.038439, -8.645675
IBÉRICA CARNES, empresa Luso-Espanhola, apresenta uma variedade exclusiva de carnes bovino maduradas, a partir 30 até 90 dias, sejam vazias inteiras ou em outros cortes ou peças, como o famoso "Chuleton", Entrecot, T-Bone ou Tomahawk, entre outros cortes ou peças maduradas, frescas e congeladas.
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IBERICA CARNES SL Avda.Beniparrell, 18 | 46460 Silla | Valencia, Espanha Telefone +34 961 412 643 | Telemovel +34 677 735 177 e-mail: ibericacarnes@gmail.com | Facebook: https://www.facebook.com/iberica.carnes
now Us Largo das Saudades,25 4430-543 Vilar de Andorinho Vila Nova de Gaia - Portugal Telf. (+351) 914306408 E-mail: geral.knowuscomunicacao@gmail.com