Vivacidade edição 100

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“Era incapaz de sair de Rio Tinto. Tenho uma grande ligação à minha terra” Paulo Amado

Entrevistámos o médico ortopedista, um dos mais antigos colaboradores do Vivacidade

> P.28 e 29 Sociedade

Cultura

Política “Há um novo futuro para os meios de comunicação locais”: Entrevista ao Secretário de Estado Pedro Lomba

Parque Nascente: O que se passa num Centro Comercial depois do fecho?

Segurança em Gondomar: “Gondomar é um concelho seguro”, afirma o Comandante Artur Teixeira

25 anos da ARGO: Ficamos a conhecer melhor os artistas e artesãos de Gondomar

> P.14 e 15

> P.23

> P.25

> P.33


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VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Editorial José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário

Caros Leitores, É um grande acontecimento um jornal local ter a sua edição número 100 a ser distribuída nas ruas. Este jornal chega ao número 100. Todos os colaboradores: administrativos, jornalistas, editores, cronistas, acionistas, comerciais, designers e diretores (mais de quarenta pessoas colaboram regularmente e mensalmente com o jornal aos mais diversos níveis) são um enorme exemplo do profissionalismo, abnegação, dedicação, estabilidade, seriedade e respeito pela informação, pelas notícias, pela opinião e pelo resultado final. Temos que fazer aqui uma enorme homenagem aos nossos anunciantes. Sem eles não seria de todo possível a existência e persistência do jornal e apesar de sabermos que anunciar no Vivacidade traz retornos concretos em negócios, também sabemos que há anunciantes cuja principal motivação é apoiar a existência do jornal e para todos é devido o reconhecimento pois são os nossos anunciantes que fazem com que seja possível chegarmos ao número 100. Na mesma linha, merecem também um agradecimento especial os mais de 1.200 comerciantes, que distribuem o jornal e o levam até aos leitores sem qualquer vantagem ou lucro para lá da satisfação de ajudarem o jornal a chegar às pessoas. São um enorme exemplo de cidadania e de apoio da sociedade civil ao Vivacidade. Curiosamente, o conceito original do jornal, espalmado na edição número zero, é muito semelhante ao que produzimos hoje. É semelhante e é muito diferente ao mesmo tempo. Porque, o conceito é basicamente o mesmo. A qualidade de cada artigo ou de cada crónica que publicamos não é muito diferente. Agora, tudo o resto mudou. Temos uma melhor imagem, muito mais forte e com muito maior impacto. Cobrimos hoje uma região que é, em população, mais do dobro da que tínhamos inicialmente. Temos hoje edições com 56 páginas, de forma regular. E o crescimento que tivemos a todos os níveis nunca deixou de ter em conta a qualidade, a verificação cuidada de todas as notícias e a absoluta liberdade de opinião que sempre proporcionamos nas nossas páginas a todos os que nelas escreveram. O respeito absoluto pelos princípios editoriais que promovemos é uma das razões do nosso sucesso. É a independência entre a administração, a direção e a edição; de acordo com o cumprimento da lei, do estatuto editorial e das normas internas e é o conteúdo que é produzido pelos jornalistas, que fazem o seu julgamento independente sobre o interesse informativo e formativo das matérias. Gostaria de terminar este centésimo editorial da mesma maneira que terminei o do número zero. Referindo o princípio básico que tem norteado e vai continuar a fazê-lo enquanto eu andar por aqui, pois a intervenção e os conteúdos deste jornal baseiam-se nas palavras de J. M. Maclean, editor do jornal “Manchester Guardian” que no seu jornal adotou o lema, “os factos são factos, mas a opinião é livre”. É este o princípio que também adotamos desde a primeira edição. n

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org POSITIVO

Sumário: Especial Edição 100 Páginas 4 a 7

Os cemitérios de Rio Tinto reciclam mensalmente cerca de 500 quilos de materiais de cera, plástico e metais dos círios. Os valores angariados com a reciclagem vão reverter integralmente para questões ambientais e sociais da freguesia.

Breves

Página 8

Sociedade

Páginas 10 a 23

Reportagem Vivacidade Páginas 14 e 15

Cultura

Páginas 24 a 26

Destaque

Páginas 28 e 29

Política

Páginas 30 a 38

NEGATIVO

Desporto

Tomo a liberdade de enviar esta fotografia com um aspeto negativo. A limpeza das bermas de algumas ruas de Rio Tinto deixam muito a desejar, como por exemplo a rua Aquilino Ribeiro. Com os meus cumprimentos.

Empresas & Negócios

Páginas 40 a 42 Página 43 e 46

Opinião

Páginas 47 a 51

Lazer

Páginas 52 e 53

Emprego Página 54

Próxima Edição 18 de dezembro

Manuel Ferreira, Leitor do Vivacidade

Chuva mostra caos das linhas de água Bisturi Henrique Villalva

Todos os anos, quando aparecem os primeiros dias de chuva intensa, pré-anunciando a aproximação dos rigores do inverno, tornam-se evidentes as fragilidades dos sistemas das redes pluviais, e do caos reinante nas linhas de água nos centros urbanos. São disso exemplo as inundações localizadas, e os estragos causados pelas inesperadas enxurradas. Os media evidenciam estes fenómenos, sobretudo quando eles ocorrem nas grandes cidades, particularmente em Lisboa e Porto. Mas isto não significa que semelhantes problemas não existam noutros locais, ainda que com menor impacto mediático, salvo quando os estragos são significativos. Ora, o concelho de Gondomar é pródigo em situações desta natureza, relevando a indisciplina e o caos que desde há muitos anos reina quer na rede de águas pluviais, quer nas naturais linhas de

água que, na falta de percursos controlados, galgam estradas, ruas, praças e todo o tipo de espaços públicos e de circulação. Basta percorrer umas dezenas de quilómetros no concelho de Gondomar em dias de maior intensidade pluviométrica para nos depararmos com verdeiros rios nas vias de circulação, ou lagos ameaçadores nas zonas mais baixas ou de concentração de águas. São muitas as causas que nos conduziram a este caos: indisciplina no planeamento urbanístico, inexistência de redes de águas pluviais dimensionadas para as necessidades da natureza, desrespeito pelas linhas de água naturais, com obstrução do seu curso normal, falta de respeito pelos espaços públicos com o desvio de águas de propriedades privadas, etc etc. Ninguém tem a ilusão de pensar que estes problemas se podem resolver de um dia para o outro, sobretudo quando eles são o resultado de erros acumulados ao longo de anos. Mas também não podemos ignorar que compete sobretudo às autarquias minimizar os efeitos deste caos. O “Bisturi” tem aponta-

do sugestões de atuação aos autarcas gondomarenses de acordo com os recursos disponíveis, e em conformidade com as reais possibilidades do próprio município. É por isso que, antes de se pensar em planos de grandes complexidades, ou obras de verdadeira reestruturação da rede de águas pluviais, sugerimos que o executivo municipal faça um levantamento das situações e locais mais críticos de concentração de águas, e procure soluções localizadas que minimizem os prejuízos causados aos cidadãos por estes fenómenos. Em muitos casos a solução destes problemas não exige mais que a construção de pequenos troços de valetas condutoras de águas para os seus cursos naturais. Outros casos exigirão reconstruir passeios ou atravessamentos de vias circulantes para instalação de condutores subterrâneos de maior dimensão. Mas que ao menos se faça o que está ao alcance das emergências, e que se mostre aos cidadãos que alguém está atento ao seu conforto e segurança. É o mínimo que se pode exigir aos nossos autarcas… n

Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873) Redação: Ricardo Vieira Caldas (CP-9828) Pedro Santos Ferreira (TP-1911) Departamento comercial: Serafim Ribeiro Tel.: 910 600 079 Paginação: José Vaz Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 197 4435-778 Baguim do Monte Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redação: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTO Tel.: 910 600 078 / 919 275 934 Colaboradores: Alcina Cunha, Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, António Valpaços, Catarina Martins, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org Facebook: www.facebook.com/ vivacidadegondomar E-mail: geral@vivacidade.org Agenda: agenda@vivacidade.org



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Especial Edição 100 FOTOS EM:

100 EDIÇÕES

José António Macedo (presidente da União das Freguesias de Gondomar/S. Cosme, Valbom e Jovim):

Nuno Coelho (presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte):

Marco Martins (presidente da Câmara Municipal de Gondomar):

“Dar a conhecer o que temos de bom e a nossa evolução é sempre importante. O Vivacidade tem correspondido às expectativas da maior parte da população e é um jornal correto, que mostra o potencial de Gondomar.”

“Tenho com o jornal Vivacidade uma relação muito íntima porque foi criado para fazer oposição à Junta de Baguim do Monte. Com o evoluir do tempo percebi que tornou-se um jornal de referência em Gondomar e até a nível distrital. Não estão presos a amarras políticas e conseguem prestar informação à população de uma forma séria e isenta.”

“O Vivacidade deu nos últimos anos um contributo qualitativo para a informação no concelho e é um projeto de referência jornalística.”


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OBRIGADO

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Joaquim Barbosa (vereador da CDU da Câmara Municipal de Gondomar):

Nuno Fonseca (presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto):

Daniel Vieira (presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova):

“Folhear o Vivacidade mensalmente permite-nos ter uma ideia do que se passa no concelho e faço votos para que continuem assim. Têm feito um bom serviço e procuro sempre o jornal.”

“Cem edições seguidas é um marco importante que traz ainda mais responsabilidade a quem está no projeto. Espero que continuem a ser um projeto independente e informativo que sirva os gondomarenses e que não seja beliscado com conotações políticas.”

“A imprensa regional e local, plural e diversificada, é hoje parte integrante do poder local democrático. O Vivacidade é prova disso, ora como espaço de debate político ora como mostra da atividade intensa das forças vivas do concelho. Na passagem da centésima edição desejo que o Vivacidade continue a ser esse espaço – abrangente – das diferentes opiniões. Aos que todos os meses contribuem para a construção deste espaço de comunicação, em especial aos jovens jornalistas Ricardo e Pedro, formulo votos dos maiores sucessos.”


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Especial Edição 100

“A concorrência é importante

Na nossa centésima edição convidamos o Repórter de Gondomar para entrevistar a administração e a direção que fundou o Vivacidade da Vivacidade S.A., e com o diretor Miguel Almeida, que traçaram o percurso de 100 publicações e desvendaram algumas ideias para o FOTO: PSF

Texto: Rui Gomes

RG – A ideia foi criar um projeto inovador numa área onde havia uma carência informativa? Miguel Almeida (MA) – Inicialmente o Vivacidade nasceu por vontade nossa. Tivemos consciência que havia uma carência informativa latente nas duas freguesias [Rio Tinto e Baguim]. Em 2005, após as eleições autárquicas, percebemos que a campanha eleitoral tinha sido muito mal explorada a nível noticioso, porque as pessoas não tinham noção de quem eram os candidatos. Conversei com o José Pinto e surgiu a ideia de fundar o jornal. Acabamos por convidar várias

> A entrevista realizou-se na redação do Vivacidade pessoas com influência cívica e política nas duas freguesias. O projeto foi entendido e foi assim que nasceu o Vivacidade.

freguesias de Rio Tinto e Baguim do Monte, mas também tínhamos notícias de Fânzeres, Valbom e Gondomar (S. Cosme).

restantes freguesias do concelho e alargamos o âmbito editorial. Hoje cobrimos praticamente todo o concelho de Gondomar. FOTO: PSF

Repórter de Gondomar (RG) – Começando por falar no trajeto do Vivacidade, como é que surgiu a ideia de lançar este projeto de comunicação social regional, centrada inicialmente em Rio Tinto e Baguim do Monte? José Pinto (JP) – Sentimos que havia necessidade de um órgão de comunicação que estivesse orientado para a cidade de Rio Tinto, uma cidade com cerca de 30 mil eleitores, mais de 50 mil habitantes e com um grande número de eventos organizados pelo movimento associativo. Como a informação nem sempre chegava à população procuramos congregar um conjunto de pessoas que uniram esforços numa sociedade anónima, o Vivacidade S.A. Sentimos que havia uma capacidade para criar um jornal nesta região, associado à construção de um projeto inovador. Lançamos um jornal capaz de demonstrar que em Rio Tinto havia uma grande força social, com uma opinião muito forte. Para concretizar este projeto contamos com o apoio das empresas locais.

José Pinto (JP) – Sem nenhuma conexão política, a primeira edição saiu no dia 24 de abril de 2006 [risos]. RG – Nessa altura o jornal já chegava a Gondomar (S. Cosme) e a outras freguesias do concelho? MA – Se pegarmos nas primeiras edições percebemos que 80% da informação era sobre as

RG – Entretanto o projeto foi crescendo e marcou uma posição em Gondomar. Quando é que decidiram alargar o âmbito noticioso? MA – Ainda estivemos quatro ou cinco anos exclusivamente focados em Baguim e Rio Tinto, mas sentimos a necessidade de alargar o nosso âmbito. Percebemos que o Vivacidade devia crescer para as

RG – Essa expansão também obrigou o jornal a remodelar-se. Acabaram por melhorar a paginação e o design do Vivacidade. Hoje sentem que o jornal está implantado? MA – Absolutamente. JP – Temos um feedback muito positivo dos leitores. As pessoas encontram-me na rua e perguntam-me pelo jornal. Nós

colocamos o jornal em 1200 pontos de distribuição e temos quem nos peça para colocar nas caixas do correio, mas os custos de impressão são brutais. No entanto, estamos convencidos que chegamos às pessoas que têm interesse no jornal, porque as pessoas procuram-nos muito nas papelarias e nos cafés de Gondomar. O jornal e a marca têm um grande impacto no concelho. RG – Os jornais locais estão normalmente associados ao poder local. Como é que o Vivacidade lida com isso? MA – Todos temos um partido e um clube, uns assumem e outros não. Independentemente da notícia ser do Partido Socialista, do Partido Social Democrata ou do Bloco de Esquerda, se for um facto nós publicamos. Temos esse dever e penso que as pessoas farão a justiça de não desmentir isto. Não misturamos as coisas, até porque já lidamos com executivos do PSD, Independentes e Socialistas.


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Entrevista ao Vivacidade

e porque torna-nos melhores”

e em abril de 2006. O jornalista Rui Gomes, do mais antigo jornal do concelho, esteve à conversa com José Ângelo Pinto, administrador o futuro. RG – Por vezes, os jornais locais são mais independentes que os jornais nacionais? JP – Também é verdade... MA – Felizmente, nós não temos esse problema. JP – Também não damos oportunidade para que isso aconteça. Nunca tive um telefonema a pedir notícias encomendadas porque as pessoas sabem que isso não resulta.

RG – Quando o Vivacidade surgiu, existiam dois jornais locais, mas hoje existem mais dois novos títulos. Acham que isso afeta ou valoriza o vosso projeto? JP – A concorrência é importante porque torna-nos melhores. Podemos sempre ter mais publicações, mas achamos que a nova concorrência não tem a mesma lógica que nós. Criaram o seu próprio nicho de mercado e esperamos que consigam vingar. O nosso jornal mantém o conceito inicial, com uma boa mistura entre notícias, crónicas e opiniões. MA – A concorrência só nos torna mais fortes. No entanto, acho que já temos jornais a mais em Gondomar, mas os mais fortes hão-de sobreviver.

RG – Que projetos têm para o futuro do Vivacidade? JP – O projeto está definido e estruturado, por isso achamos viável ampliá-lo para outras regiões. A ideia passa por ‘franchisar’ o conceito e a lógica do jornal. Um trabalho criativo pode sempre ser melhorado, mas terá que passar por um crescimento lateral porque o espaço publicitário de Gondomar está a ficar limitado. A existência de muitos projetos pode

dificultar a penetração no mercado publicitário do concelho e por isso estamos a ponderar criar um novo projeto. MA - Até ao final do ano iremos lançar um novo projeto que vai abranger regiões do Douro Sul,

onde não há publicações com estas características. RG – O caminho para a edição n.º 200 está traçado? JP – Não tenho dúvidas que

sim. O jornal está cada vez mais capaz e tem um grande impacto na região. MA – Essa é fácil de responder, claro que sim. n FOTO: PSF

RG – A sobrevivência dos jornais locais passa pelo mercado publicitário. Gondomar aceitou bem o projeto? JP – Tivemos três grandes momentos. No lançamento do Vivacidade contamos com um escasso grupo de anunciantes para pagar as despesas do jornal, mas graças ao dinheiro dos acionistas foi possível manter o jornal. Numa segunda fase começamos a ter um ritmo publicitário consistente e numa terceira fase, com a intervenção da Troika, em 2011, sentimos uma contenção de despesas. Essa contenção obrigou-nos a melhorar a forma como concebemos o jornal e a acrescentar valor aos nossos anunciantes. Hoje continuamos a ter um jornal financeiramente equilibrado.

RG – A administração e a direção do Vivacidade estão satisfeitas com a equipa que mensalmente produz o jornal? MA – Nós damos a cara mas este jornal só é publicado porque temos um conjunto alargado de colaboradores extraordinariamente profissionais. Sem essas pessoas o Vivacidade não existia. JP – A nossa equipa é muito competente e profissional. Os jornalistas estão sempre prontos a dar cobertura aos eventos.

> Na foto: Miguel Almeida, diretor do Vivacidade, José Ângelo Pinto, administrador da Vivacidade S.A., e Rui Gomes, jornalista do Repórter de Gondomar


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Breves 4.º Encontro de Teatro Amador Arte e Ato 2014 A quarta edição do Encontro Amador Arte e Ato, organizada pela Associação Social, Recreativa e Cultural Bem Fazer Vai Avante, arrancou a 15 de novembro com a revista à portuguesa “Somos Nós”, representada pelo Grupo Cultural e Recreativo Rossas, Arouca.

Nos próximos dias 22 e 29 de novembro e 6 de dezembro, são apresentadas novas peças na Escola Dramática e Musical Valboense. O grupo de teatro da Associação Vai Avante encerra o festival com a comédia “Uma Bomba chamada Etelvina”. A entrada é livre.

1.ª Feira Internacional de Segurança e Proteção De 21 a 23 de novembro, o Pavilhão Multiusos de Gondomar vai receber a 1.ª Feira Internacional de Segurança e Proteção (FISPRO). No dia 22 de novembro os ex-secretários de Estado Luís Pais de Sousa, Ascenso

Simões e Lobo D’Ávila participam na 1ª Conferência de Proteção Civil, Segurança e Socorro “Triângulo D’Ouro”, que se realiza na Sala Douro do Pavilhão Multiusos de Gondomar. A entrada é gratuita.

Orquestra “Geração Gondomar” quer integrar crianças e jovens mais vulneráveis A Câmara Municipal de Gondomar e a Associação Três por Quatro assinaram na Escola EB 2,3 de S. Pedro da Cova, um contrato-programa que visa a implementação da Orquestra “Geração Gondomar”. O projeto tem como objetivo a integração social e sucesso educa-

tivo de crianças e jovens mais vulneráveis do ponto de vista social e educacional por via do desenvolvimento cultural. O Orquestra “Geração Gondomar” vai dar formação a 30 crianças/jovens que frequentem os 2.º e 3.º ciclos do Agrupamento de Escolas de S. Pedro da Cova.

Lipor utiliza musicoterapia para reciclar Em busca do desenvolvimento das funções naturais de indivíduos portadores de deficiência, com necessidades educativas especiais, e também para idosos, a Lipor apresentou o Residuosons – um serviço que visa promover a política de redu-

“Neste Natal Compre + Local” A Câmara Municipal de Gondomar vai implementar uma campanha de incentivo ao comércio local durante a época natalícia de 2014. A proposta aprovada por unanimidade na reunião pública descentralizada realizada em S. Pedro da Cova, determinou a realização

da campanha entre os dias 1 de dezembro de 2014 e 6 de janeiro de 2015. Por cada compra no valor de 40 euros efetuada no comércio local será atribuído um cupão. No final da campanha será realizado um sorteio que visa atribuir 20 prémios.

ção, reutilização, reciclagem e recuperação, com base nas técnicas de musicoterapia. O objetivo é obter melhor qualidade de vida dos participantes, fomentando uma maior participação na dinâmica da educação ambiental.

Clube Atlético Rio Tinto festejou 88.º aniversário O Clube Atlético Rio Tinto festejou no dia 7 de novembro o 88.º aniversário. Dirigentes,

sócios e atletas do clube reuniram-se no restaurante O Cardeal, em Baguim do Monte.

Lar de Idosos de Baguim promove almoço de angariação de fundos No dia 30 de novembro, pelas 13h, o Centro Paroquial de Baguim do Monte vai organizar um almoço para a angariação de fundos para o

Lar de Idosos da instituição. O evento vai contar com a animação do Duo Broa de Mel e do Grupo Coral da Catequese de Baguim.

Apoiantes gondomarenses de António Costa festejaram vitória nas primárias Os apoiantes gondomarenses de António Costa, reuniram-se a 8 de novembro, no restaurante O Cardeal, em Baguim do Monte. Num convívio que serviu para festejar a vitória do candidato nas eleições primárias do Partido Socialis-

ta, discursaram Fernando Duarte, da Associação Vai Avante, Nuno Coelho, presidente da Junta de Baguim, Isabel Santos e Renato Sampaio, ambos deputados da Assembleia da República, e Manuel Pizarro, vereador da Câmara Municipal do Porto.

Brit Floyd recordaram Pink Floyd no Multiusos de Gondomar Os Brit Floyd atuaram no dia 14 de novembro, no pavilhão Multiusos de Gondomar, perante milhares de fãs da banda inglesa de Cambridge.

A formação de tributo, composta por 11 elementos, recriou os clássicos de David Gilmour, Roger Waters, Rick Wright, Nick Mason e Syd Barret.

Lipor festejou 32 anos A Lipor – Serviço Intermunicipalização de Gestão de Resíduos do Grande Porto, entidade responsável pela gestão, valorização e tratamento dos resíduos urbanos produzidos pelos oito municípios que a integram (Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Porto,

Póvoa de Varzim, Valongo e Vila do Conde), festejou a 12 de novembro, 32 anos. “Onde quer que estejamos, queremos ser marca de referência na área do ambiente”, disse Aires Pereira, presidente do Conselho de Administração.

Cruz Vermelha de Gondomar visitada por delegação nacional Uma delegação nacional da Cruz Vermelha visitou a delegação de Gondomar e ficou a conhecer as instalações do concelho, acompanhados por Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte. “Esta dele-

gação veio de Lisboa para conhecer os nossos serviços, veículos, efetivos e voluntários. Além disso, estamos a dar a conhecer o concelho de Gondomar, um dos maiores do país”, referiu o autarca, ao Vivacidade.

Arquiteto Paulo Merlini conquista 2.º lugar no Archdaily Building Awards 2014 O Gabinete de Arquitetura Paulo Merlini, responsável pelo desenho da Confeitaria Gondodoce, situada na Av. Dr. Mário Soares, em S. Cosme, arrecadou o 2.º lugar do BID’14, Bienal Ibero-americana de Desenho, na categoria Desenho de Espaços

e Interiores. “Temos mais uma série de obras em execução e estamos a trabalhar para que este seja só o início de um percurso que traga ao gabinete e ao município o reconhecimento internacional que ambicionamos”, afirma Paulo Merlini.

Seminário “O Social em Debate IX” O Seminário “O Social em Debate IX” vai realizar-se no dia 27 de novembro, pelas 14h, no auditório da Associação Comercial e Industrial de Gondomar (ACIG). Este

ano, o congresso vai debruçar-se sobre a temática da família. A organização está a aceitar inscrições até ao dia 24 de novembro.

Viagem ao Paleozóico em Rio Tinto Foi inaugurada a 15 de novembro a exposição “Gondomar | Viagem ao Paleozóico”, do projeto “Carlos Dias Tribolites”, no Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues. A expo-

sição de Carlos Dias dá a conhecer alguns dos seres vivos que habitaram a Terra num período entre os 540 e os 250 milhões de anos atrás. A exposição estará patente até 31 de março.



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Sociedade

Património paisagístico e hidrográfico da AMP disponíveis online A Área Metropolitana do Porto (AMP) apresentou, no dia 7 de novembro, em Gondomar, os portais Sítios e Rios. Ambas as plataformas online disponibilizam informação sobre o património paisagístico e hidrográfico da região. A Casa Branca de Gramido foi o local escolhido pela AMP para a apresentação de duas plataformas

amp.pt) inclui dados sobre 166 espaços públicos, disponíveis para a consulta da população residente e

> As plataformas já estão disponíveis online que disponibilizam informação sobre os espaços de lazer e os rios dos municípios da AMP (Paredes está prestes a ser incluído). O portal Sítios (http://sitios.

turistas. Zonas de estadia, jardins, parques de merendas, parques infantis, zonas de recreio ou desporto, cafés ou restaurantes, locais de feira, culto ou festa, percursos e miradouros ficam à distância de um clique,

numa plataforma que permite planear atividades recreativas e traçar percursos consoante o interesse do utilizador. Por sua vez, o portal Rios (http:// rios.amp.pt) destina-se aos interessados pelo património hidrográfico e inclui os rios mais importantes: Douro, Tinto, Torto, Sousa, Paiva, entre outros. “Os portais Sítios e Rios são mais um bom exemplo de integração de trabalhos entre todos os municípios da AMP. Um projeto comum, que identifica os principais pontos paisagísticos e hidrográficos da nossa região na Internet”, afirmou Hermínio Loureiro, presidente da AMP. O autarca salientou em Gramido as principais vantagens a da utilização dos portais num projeto que

classificou como “importante a nível científico e do conhecimento que pode ser consultado por diferentes

jeto “possa continuar a crescer e a desempenhar um papel importante ao nível da informação territorial da

> Marco Martins foi o anfitrião públicos para os mais diversos fins”. Hermínio Loureiro terminou o discurso com um agradecimento a todos os que contribuíram para a elaboração dos portais. O presidente da AMP espera que o pro-

Área Metropolitana do Porto. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, e Lino Ferreira, primeiro-secretário da Comissão Executiva da AMP, marcaram presença na cerimónia. n

Área Metropolitana cria plataforma online para consultar transportes públicos em tempo real A Área Metropolitana do Porto (AMP) disponibilizou uma plataforma online para consultar transportes públicos em tempo real. A ferramenta, com acesso gratuito, permite aceder aos transportes coletivos dos 17 municípios da AMP. “Esta plataforma oferece um novo serviço e dá um contributo importante a todos aqueles que no seu dia-a-dia privilegiam os transportes públicos para se deslocarem na área metropolitana”, afirmou Hermínio Loureiro na apresentação da plataforma mobilidade.amp. A ferramenta, já disponível

nos serviços web e mobile, permite aos munícipes das 17 autarquias da AMP pesquisarem e calcularem, em tempo real, as rotas que utilizam no seu quotidiano. O presidente da AMP frisou ainda que “o Conselho Metropolitano do Porto está a marcar a diferença, concentrando energias para melhorar e otimizar o trans-

porte público”. Lino Ferreira, primeiro-secretário da Comissão Executiva da AMP, deu nota de que “o projeto personifica o verdadeiro espírito metropolitano”. O ex-vereador do Urbanismo da Câmara do Porto, sublinhou a importância da plataforma para a população e destacou a importância dos operadores

da Autoridade Metropolitana dos Transportes do Porto, e de todas as entidades envolvidas com a AMP. Teresa Sá Marques, co-coordenadora do Plano Estratégico de Base Operacional da AMP, realçou que o projeto mobilidade. amp “está diretamente relacionado com as questões da mobilidade

intermodal e adoção de medidas para reabilitar o ambiente urbano”. A professora admitiu que é necessário “pensar nos transportes coletivos e em outros tipos de transportes alternativos”. A plataforma foi apresentada no Coliseu do Porto com quatro exemplos práticos de percursos da AMP. n



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Sociedade

Inaugurada Universidade Sénior de Rio Tinto Foi oficialmente inaugurada, a 30 de outubro, a Universidade Sénior de Rio Tinto (USRT). A Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT) associou-se ao projeto da Junta de Freguesia e acolheu a inauguração da nova unidade. FOTO: RVC

Texto: Ricardo Vieira Caldas MAIS FOTOS:

“O projeto já estava pensado há muito tempo”, começou por garantir Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, em entrevista ao Vivacidade. “Este projeto era uma das necessidades da freguesia”, acrescenta, e, agora é uma realidade. Com mais de 200 inscrições, a USRT inaugurou a 30 de outubro na ESRT e inclui disciplinas como Ambiente e Sustentabilidade, Artes Decorativas, Francês, Inglês, Informática, Internet, Hidroginástica [nas Piscinas Municipais] ou – mais recentemente – História de Rio Tinto. As aulas tiveram início a 3 de novembro e Nuno Fonseca, caracterizou este início como “extremamente positivo.” “Ultrapassou as nossas expectativas. O espaço na ESRT foi recentemente alargado mas verificamos que já não é suficiente para tantos alunos, quer da

escola, quer da universidade, por isso vamos ter novos polos da Universidade Sénior, onde os alunos vão ter aulas”, escalreceu. Centro Cultural de Rio Tinto vai acolher sede da USRT Durante a inauguração da Universidade, Marco Martins, pre-

sidente da Câmara Municipal de Gondomar, revelou que o Centro Cultural irá brevemente reabrir ao público com pelo menos duas finalidades: um posto da Câmara para descentralizar alguns serviços do município e a sede da Universidade Sénior de Rio Tinto. Marco Martins mostrou-se disponível para “apadrinhar” a USRT, numa ceri-

mónia onde também discursou o presidente da RUTIS (Associação Rede de Universidades da Terceira Idade), Luís Jacob, o presidente da Junta de Freguesia, Nuno Fonseca e a diretora do agrupamento escolar, Luísa Pereira. “Infelizmente o Centro Cultural de Rio Tinto esteve fechado durante muitos anos e precisa ra-

pidamente de uma intervenção da Câmara para reabilitar aquele espaço. A minha vontade é reabrir o Centro Cultural o mais rapidamente possível”, explicou ao Vivacidade, o presidente da Junta de Rio Tinto. Universidade Sénior de Gondomar inspirou projeto de Rio Tinto Ao Vivacidade, Nuno Fonseca explicou que a Universidade Sénior de Gondomar foi “um modelo a seguir” para o projeto da Junta. “Obviamente que a Universidade Sénior de Gondomar é um modelo a seguir, porque é uma das maiores do país e porque continua a aumentar o número de alunos e de disciplinas. As duas Universidades partem de duas autarquias e estão vocacionadas para a população. São projetos sociais e que servem para dotar os territórios destes equipamentos. Não há qualquer tipo de rivalidade entre elas e tenho a certeza absoluta que vamos fazer projetos em parceria”, finalizou. n

Portugal é o país com mais Universidades Seniores do mundo Luís Jacob preside a RUTIS - Associação Rede de Universidades da Terceira Idade – e esteve presente na inauguração da Universidade Sénior de Rio Tinto. O Vivacidade esteve à conversa com o dirigente que explicou que Portugal é “alvo de análise de vários países que procuram replicar o modelo” das nossas Universidades Seniores.” guesas que perfazem um total de 234, atribuindo a Portugal o lugar cimeiro no ranking mundial de países com mais instituições deste tipo. “Somos o país com mais Universidades Seniores no mundo inteiro. Temos 234 universidades o que mostra que as pessoas aderiram muito bem a este projeto, que só é possível com a adesão dos nossos cinco mil professores voluntários, coisa que não existe nos outros países”, garante Luís Jacob. “A nível europeu já é normal apostar na educação dos mais velhos e serve para provar que a idade não é um obstáculo. Somos alvo de análise de vários países que procuram replicar o nosso modelo.” acrescenta o presidente da RUTIS. n

FOTO: RVC

Presente na inauguração da Universidade Sénior de Rio Tinto, Luís Jacob, não escondeu a importância do surgimento de mais uma unidade no concelho. “É sempre importante o nascimento de mais uma universidade. Rio Tinto fica agora com duas universidades, uma promovida pela Junta de Freguesia e outra promovida por uma associação. É sempre uma mais valia ter novas universidades, sobretudo em Rio Tinto, que tem uma grande população. A partir de agora os seniores vão ter mais um sítio para poderem aprender, partilhar e combater a solidão”, afirmou em entrevista ao Vivacidade. O conceito das Universidades Seniores já foi acolhido por diversas autarquias e instituições portu-

> Discurso de Luís Jacob, presidente da Rutis, na cerimónia de inauguração da Universidade Sénior de Rio Tinto


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Sociedade

Associações de Pais do Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 3 tomaram posse em ação conjunta As Associações de Pais do Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 3 (AERT3) tomaram posse a 31 de outubro na sede do agrupamento, a Escola Secundária de Rio Tinto. A sessão solene juntou sete das nove associações de pais das escolas que compõem o agrupamento para juntas tomarem posse.

José Alberto Carvalho preside agora a Associação de Pais da escola-sede, a Secundária de Rio Tinto, e a ele sucederam os restantes presidentes das outras associações do agrupamento. Hélia Nogueira, pelo Jardim de Infância de Baguim do Monte, Maria Gabriela Freire, pela EB 1 / Jardim de Infância do Seixo, Elisabete Martins, pela EB 1 / Jardim de Infância de Vale de Ferreiros, Joaquim Cardoso, pelo Centro Escolar de Baguim do Monte e Carla Borjesson, pela EB 23 Frei Manuel de Santa Inês.

A Escola Secundária foi anfitriã nesta tomada de posse para 2014-2015 que contou com presenças como Ana Amorim, secretária da vereadora da Educação da Câmara Municipal de Gondomar, Nuno Fonseca, Junta de Freguesia de Rio Tinto, Dina Mendes, vogal da Junta Freguesia de Baguim do Monte, Jorge Ascenção, presidente da CONFAP, Luísa Pereira, presidente da ESRT e Gabriela Carvalho, presidente do Conselho Geral do Agrupamento. n

Gondomar sobe no ‘ranking’ municipal de 142.º para 73.º lugar Gondomar subiu no “ranking” dos municípios do 142.º lugar, em 2013, para 73ª posição, em 2014, de acordo com o Índice de Transparência Municipal (ITM) divulgado a 10 de novembro e que avalia a informação fornecida pelos 308 concelhos do país aos seus munícipes através da análise das respetivas páginas na Internet. O concelho é, agora, o quarto município entre os 18 que constituem a Área Metropolitana do Porto (AMP), de acordo com os dados difundidos pelo ITM, uma iniciativa da Transparência e Integridade, Associação Cívica (TIAC). Alfândega da Fé, no distrito de Bragança, é a autarquia do País com a melhor classificação no ITM. Em 2013, Bragança ocupava já o segundo lugar [atrás da Figueira da Foz, agora relegada para o 11.º posto]. O ITM afere o grau de transparência de cada município, medido através de uma análise da respetiva página na Internet. A TIAC avalia o volume e o tipo de informação disponibilizados aos munícipes - e à opinião pública, de uma forma

geral - sobre a estrutura da autarquia, o seu funcionamento e atos de gestão, entre outros tópicos. Áreas de elevado risco de corrupção, como a contratação pública e o urbanismo, suscitam uma particular atenção dos autores do ITM. Na elaboração do índice de cada concelho (avaliado entre zero e 100 pontos), a TIAC considera a existência de 76 indicadores possíveis. Estes estão agrupados em sete dimensões: informação sobre a organização, composição social e funcionamento do município; planos e relatórios; impostos, taxas, tarifas, preços e regulamentos; relação com a sociedade; contratação pública; transparência económico-financeira; transparência na área do urbanismo. n


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Reportagem Vivacidade

Parque Nascente: fomos passar a

No Centro Comercial Parque Nascente os dias não acabam quando as portas se fecham, às 24h. Diariamente seguranças, funcionário média de 1 milhão de visitantes por mês. Na reportagem Vivacidade tivemos ainda a oportunidade de assistir à montagem da ilumina FOTO: DR

Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira VÍDEO:

Lima, segurança da Charon, empresa responsável pela proteção de vários centros comerciais do país,

é um dos quatro responsáveis máximos pela vigilância do Parque Nascente. O turno da 1h às 8h é

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regar o material no piso 0. “Somos uma empresa de Braga que já é responsável pela decoração de Natal do Parque Nascente há alguns anos. No Norte do país fazemos a decoração da maior parte dos centros comerciais”, diz Márcio Gomes. A equipa, composta por 10 elementos, desenlaça fios e prepara os materiais para uma madrugada de trabalho nos corredores vazios do shopping. Na ordem de trabalhos do primeiro dia, a prioridade passa por decorar os pilares e começar a decorar gradualmente, sem deixar corredores a meio “para os clientes não notarem o trabalho”, refere o responsável pela decoração. As milhares de lâmpadas LED demoram cerca de uma semana a montar, para em meados de janeiro serem retiradas em poucos dias. Quanto à decoração, altera-se de três em três anos por proposta dos designers da empresa. Este trabalho é coordenado com os seguranças do turno da madrugada, que facilitam a circulação das máquinas e o transporte de materiais. No entanto, a segurança não prevê facilitismo. Sérgio

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Meia-noite em ponto. Os altifalantes do Centro Comercial Parque Nascente anunciam o fecho de portas do maior espaço comercial de Gondomar, o segundo mais visitado do Grande Porto, e assim termina mais um dia de trabalho para os 2.500 funcionários do shopping. Mas será que termina? Meia hora mais tarde, Alzira Pinto é a primeira a falar com o Vivacidade. A funcionária da limpeza começa a madrugada nas casas-de-banho do piso 1. “Começamos a trabalhar à meia-noite. Eu e uma colega limpamos as casas-de-banho e depois passamos para a zona da restauração. Afastamos as mesas e varremos o chão, depois tiramos o lixo dos caixotes e tratamos dos parque infantis. Entretanto a máquina vai lavando o piso enquanto nós limpamos os corredores”, conta ao Vivacidade. Para Cândida Cavaco - familiar do presidente da República, Cavaco Silva - a liderança da equi-

pa de limpeza é uma tarefa diária, desde 2003 [ano de inauguração do Parque Nascente]. “É um trabalho difícil porque temos a obrigação de ter o espaço limpo para que os clientes se sintam confortáveis. Além disso, tenho que coordenar três equipas durante 24 horas, divididas por três turnos”, esclarece. Ao todo são 40 os funcionários encarregues da limpeza do shopping mas durante o Natal a equipa é reforçada para corresponder ao aumento do número de visitantes. Até às duas da manhã, Nelson Oliveira é o responsável pela reparação de avarias e manutenção das áreas técnicas do Parque Nascente. Diariamente há lâmpadas, claustros e balastros a substituir, elevadores que têm de ser verificados e equipamentos a reparar. “Estamos sempre a verificar as áreas técnicas do shopping para confirmar se está tudo normalizado”, afirma o responsável pela manutenção. No entanto, nesta noite Nelson Oliveira não está só. Por volta das 3h30 chega a equipa responsável pela instalação da decoração de Natal, que começa por descar-


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Reportagem Vivacidade

madrugada ao centro comercial

os da limpeza, manutenção e administração interagem para que às 7h [hora de abertura do ginásio] tudo esteja pronto a receber uma ação de Natal, uma época especial em que a procura aumenta consideravelmente o número diário de clientes. FOTO: RVC

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> Limpeza: Cândida Cavaco

> Vigilância: Sérgio Lima

> Manutenção: Nelson Oliveira

> Direção: Jorge Tavares

da sua responsabilidade naquela madrugada. “Ao fim de 11 anos não temos grandes problemas e registamos um progresso significativo no que toca à segurança. Temos muita autonomia aqui dentro e a administração confia em nós”, explica Sérgio Lima. A estratégia inicial para combater o grande número de furtos passou pela contratação de vigilantes “respeitados na noite”, alguns deles dos bairros envol-

ventes. Ao fim de três anos complicados o shopping “foi limpo” e o número de ocorrências diminuiu consideravelmente. “Também tivemos dois focos de incêndio em duas viaturas e um incêndio num aparelho que extrai a gordura da zona de restauração. Em compensação, nunca tivemos um assalto depois do shopping estar fechado e todos os outros centros comerciais já tiveram”, refere.

Depois do fecho do centro comercial há pelo menos uma ronda no exterior e outra no interior do espaço. As portas têm sensores de intrusão que detetam as entradas e saídas e alertam os 28 seguranças responsáveis pela vigilância diurna e noturna do shopping. Ainda antes da abertura do shopping os vigilantes permitem a entrada de novas mercadorias através dos três cais dispersos pelos vários acessos do Parque

Nascente. Por volta das 7h da manhã começa um novo dia com os funcionários das mais de 150 lojas do Parque Nascente a abrirem os espaços comerciais ao público. Jorge Tavares é quem dirige o Parque Nascente “Sou diretor do Parque Nascente desde 2010. Daquilo que consigo perceber, o Parque Nascente vem afirmando-se perante

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os outros shoppings do Grande Porto”, afirma Jorge Tavares. Na opinião do diretor o que diferencia o Parque Nascente dos restantes centros comerciais são as grandes âncoras que possui. Leroy Merlin, Jumbo e Norauto estão desde o início associados ao centro comercial mas a Media Markt (2005), a nova loja da SportZone (2009), Primark (2010), Seaside e o Parque Nascente Health Club (2011) vieram reforçar a diversidade comercial. “Hoje somos o segundo centro mais visitado do Grande Porto e temos uma faturação global crescente. Estamos agora a reforçar a aposta comercial no setor da moda, com lojas como a Kiko e a Inside”, explica o diretor. Entre os vários fatores que marcam a diferença, Jorge Tavares sublinha a “fácil acessibilidade ao shopping, o parque de estacionamento com cerca de 3400 lugares, a ampla zona de restauraçãos e as 12 salas de cinema” do Parque Nascente. A noite dos Óscares é, segundo Jorge Tavares, “uma das noites mais glamorosas do Grande Porto” e também um fator diferenciador para o espaço comercial, a par das 365 noites de animação. O centro comercial pertence ao operador francês Klepierre. O grupo é o “maior senhorio” da Inditex, detentora das lojas Zara, Pull&Bear, entre outras, que “chamam” mais de 12 milhões de visitantes por ano Parque Nascente. n


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Sociedade

São Martinho contagiou Gondomar

Nem o mau tempo parou as várias iniciativas de convívio por todo o concelho Este ano, entre nuvens e períodos de céu aberto, houve verão de São Martinho em Gondomar. Não faltaram iniciativas que levaram os gondomarenses a comer as tradicionais castanhas assadas.

Castanhas assadas e o mês de novembro são uma combinação perfeita que retrata o que se passou um pouco por todo o concelho de Gondomar. Para quem não conhece a lenda, aqui fica um pequeno resumo: num dia de muito frio e chuva, Martinho, um soldado romano, deparou-se com um homem muito pobre, vestido com roupas rasgadas, que lhe pediu uma esmola. Sem nada para dar ao homem, Martinho rasgou metade da sua capa e ofereceu-lha. Nesse momento, a chuva e o mau

> Mega magusto do Centro Social de Soutelo

> O Centro Social de Soutelo pretendia inaugurar um parque infantil

fazemos o magusto. Tudo começou há sete ou oito anos atrás. No início era mais pequeno e com a

ciados num jantar animado pelo grupo folclórico “As Cantarinhas da Triana” e pelo vocalista e teclista “Fernando Ferreira F&F”. Para satisfazer os presentes não podiam faltar as castanhas, o vinho tinto e outros petiscos. O evento contou ainda com a presença de José Fernando Moreira, vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, e Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto. Mas as festas de São Martinho não se ficaram por aqui. Em S. Pedro da Cova, a Associação Recreativa Desportiva de Vila Verde organizou uma iniciativa em que não faltaram castanhas e boa disposição. As Casas da Juventude do concelho também estiveram em festa. Em Rio Tinto foram feitas inúmeras atividades para os mais novos.

infantil novo para os meninos da creche escolar. Conseguimo-lo sem qualquer custo para o Centro FOTO: DR

> Na foto: presidente Jorge Pina discursa no magusto organizado pelo Sport Clube de Rio Tinto adesão das pessoas foi crescendo. Agora até chamamos-lhe Mega Magusto, dado que já está de tal maneira difundido pelas famílias que temos sempre muita gente a participar. O objetivo é mesmo esse. Esta é uma instituição aberta a todos”, afirmou. No mesmo dia, o Centro Social de Soutelo planeava inaugurar um parque infantil destinado às crianças mas a chuva não o permitiu. “Foi uma iniciativa com a ajuda dos pais, dos associados e de algumas atividades com rifas. Conseguimos fazer um parque

Social e será inaugurado quando o tempo permitir, visto que é ao ar livre”, referiu a presidente. A tarde foi passada ao som das crianças e dos respetivos pais que animaram os presentes com músicas originais. Com a barriga cheia os convidados ainda visitaram o Mercadinho de Oportunidades Soutelo Vivo. O espírito de São Martinho também contagiou o Sport Clube Rio Tinto. Na sede do clube realizou-se um jantar com sócios e simpatizante da equipa. O SC Rio Tinto juntou famílias e asso-

As crianças estiveram a colorir castanhas e fizeram trabalhos manuais que acabaram por servir de decoração para a sala. Os convidados trouxeram castanhas e todos juntos tiveram a oportunidade de as assar. As quentinhas, ajudaram a aquecer a tarde fria que se fez sentir. A Casa da Juventude de Gondomar também celebrou o S. Martinho, juntamente com a presença da vereadora do Desporto e Juventude do município, Sandra Brandão. A tarde ficou marcada por um ambiente festivo e de grande satisfação. S. Pedro da Cova não quis ficar atrás e tanto os miúdos como os graúdos juntaram-se na Casa da Juventude para comer castanhas e passar uma tarde de outono. No final do dia, não sobrou nenhuma castanha. n FOTO: DR

tempo desapareceram e o sol surgiu no céu. Foi uma recompensa de Deus a Martinho pelo seu ato de bondade. Assim, é comum ter uns dias de sol em novembro, que ficou conhecido pelo verão de São Martinho. Em Rio Tinto, no Centro Social de Soutelo, realizou-se um Mega Magusto. Sandra Felgueiras, presidente da instituição, confessou ao Vivacidade que o mau tempo não permitiu a mesma adesão de anos anteriores mas ainda assim, muita gente não resistiu às castanhas assadas. “Todos os anos

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Texto: José Pedro Oliveira

> Na Casa da Juventude de Rio Tinto também se celebrou o São Martinho



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Sociedade: Foz do Sousa

Nautilus desenvolve estação interativa portátil

Empresa gondomarense foi principal fornecedora no Plano Tecnológico da Educação Surgiu em 1996 como empresa de mobiliário doméstico e três anos mais tarde foi adquirida pela atual administração que restruturou o modelo de negócio, abandonando o mobiliário doméstico para o escolar. Em 2005, começou-se a integrar a tecnologia em mobiliário e foi a partir daí que se começaram a desenvolver os produtos tecnológicos para a educação. A Nautilus, sediada em Foz do Sousa, é hoje reconhecida internacionalmente pelas estações interativas que desenvolve para os estabelecimentos escolares.

> Na foto: Filipa Silva, diretora de marketing da Nautilus dustriais da Nautilus] pretende que as crianças possam interagir de forma intuitiva com os conteúdos educativos, em múltiplas superfícies, o que permite um extenso leque de possibilidade de seleção de jogos educativos que permitem desenvolver diversas capacidades motoras, cognitivas e linguísticas. Ministério da Educação é o principal cliente da empresa Com 50% da produção direcionada para a internacionalização –

em países como Espanha, França, Itália, Angola, Moçambique e Reino Unido – a Nautilus apostou no Ministério da Educação como principal cliente no mercado nacional. “O nossa principal cliente é o Estado, através do Ministério da Educação e das Câmaras. Na altura do Plano Tecnológico da Educação a Nautilus foi uma grande fornecedora. Instalamos cerca de 10 mil quadros interativos em Portugal”, confirma Filipa Silva. Em Moçambique a aposta é também no setor público mas a empresa sousense está agora virada para o país vizinho.

> As mesas interativas são uma aposta da empresa Filipa Silva garante que a internacionalização “é o futuro” da empresa e que a sua origem veio com o prémio Worlddidac - o prémio mundial com maior prestígio e reconhecimento no setor da educação - alcançado pela Nautilus por três vezes consecutivas. “Ganhámos em 2006, 2008 e 2010. Ao nível da internacionalização, o prémio foi para nós muito importante porque deu a conhecer o nosso nome além-

-fronteiras”, explica. De resto a aposta passará “pela inovação”, garante a diretora, já que o grupo possui ainda um Núcleo de Investigação Tecnológica, cuja equipa está focada no desenvolvimento de ideias para novos produtos. Até agora destacam-se as estações e mesas interativas e o conceito Escola Interativa, que associa a tecnologia à organização e funcionalidade no mobiliário. n FOTO: DR

A Nautilus, uma empresa de Foz do Sousa na área do mobiliário escolar e tecnologia, associou-se à Lusoinfo Multimédia, empresa especializada na conceção e produção de conteúdos educativos multimédia para crianças, para promover o Netboard Portable. O Netpower Portable é uma estação interativa portátil para utilização em pré-escolar dos conteúdos pedagógicos multimédia. “Versatilidade é uma característica deste produto”, garante a empresa, que permite a transformação de diferentes superfícies numa tela interativa, podendo ser utilizado no chão, na mesa ou na parede. Ao Vivacidade, a diretora de marketing da empresa gondomarense, Filipa Silva, explicou o conceito da inovação. “O Netboard permite colocar os conteúdos educativos de uma forma muito mais interativa e agradável para os mais pequenos. O nosso foco é na educação. Nós produzimos mobiliário escolar e tecnologias para a educação”, refere. O produto desenvolvido em Foz do Sousa, Jovim e Castelo de Paiva [as três unidades in-

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Texto: Ricardo Vieira Caldas


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Sociedade

Onda rosa na Secundária de Rio Tinto O mês de outubro é associado, desde a década de 90, à luta contra o cancro da mama, assumindo-se como ‘Mês Rosa’ ou ‘Pink October’. A Escola Secundária de Rio Tinto (ESRT) não se mostrou indiferente à causa e uniu alunos, professores e funcionários numa mancha pela luta contra a doença. Às 10h10 do dia 30 de outubro, hora do intervalo da manhã, a ESRT tinha mudado de cor. Alunos, professores e funcionários vestiram-se de rosa e tiraram uma foto de grupo para encarar a luta pelo cancro da mama. A ideia partiu de Márcia Pacheco, docente da escola e coordenadora da saúde. “Sou coordenadora da saúde e tento dinamizar os temas ligados à área. Este ano vamos ter um ‘flash mob’ e um desfile de moda ligado à prevenção do cancro da pele”, explicou ao Vivacidade. “O objetivo desta iniciativa é sensibilizar a população para o

cancro da mama que mata muitas mulheres em todo o mundo. É importante manter os rastreios e a ESRT tem uma ligação com a Liga Portuguesa Contra o Cancro. Gondomar está também sensibilizado para o mês rosa”, acrescenta Márcia Pacheco. “Este ano conseguimos juntar os alunos, os professores e os funcionários e fizemos uma fotografia na escadaria principal para tentar fazer uma grande mancha rosa que depois vai ser enviada para a Liga Portuguesa Contra o Cancro”, finalizou a professora. n FOTO: RVC

Tarifário andante disponível nas linhas 2, 3 e 21 da Gondomarense O tarifário Andante passou, desde o dia 3 de novembro, a estar disponível juntamente com o tarifário atual, nas linhas 2 (Ermentão/Porto), 3 (Presa de Lebrém/Porto) e 21 (Ponte Real/ Porto) da Gondomarense. Desde a mesma data, a linha 22 alterou também o seu percurso, começando e terminando sempre em Campanhã, com alterações nos horários. Assim, os autocarros da Gondomarense provenientes de Ermentão e da Presa de Lebrém farão transbordo no Miradouro para os autocarros da linha 22 no caso de utilizar o tarifário Andante, ou para as linhas

provenientes de Gondomar no caso de utilizar o tarifário atual. Os autocarros provenientes de Ponte Real farão transbordo nos Carregais e têm ligação ao Porto nos autocarros da linha 22 com tarifário Andante. Estas alterações possibilitarão, também, uma maior frequência nos transportes, com novos horários que podem ser consultados do sítio da Internet da Gondomarense. n


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Sociedade

Ciclovias geram discussão no comércio local

A criação dos 35 quilómetros de ciclovias pela Câmara Municipal de Gondomar para o concelho está a gerar descontentamento em alguns comerciantes do centro de S. Cosme. Os lojistas reclamam mais estacionamento e não compreendem a medida, o município já reuniu com os comerciantes e refere que “está tudo legal”.

“A ciclovia veio piorar o estacionamento nesta zona. Agora só temos estacionamento pago e é muito caro para nós que trabalhamos aqui e temos que estar o dia todo a pôr moedas. Ainda não vi nenhum ciclista a utilizar esta ciclovia”, reclama Verónica Campos, responsável pela loja Probell, na avenida 25 de Abril. Como Verónica, mais comerciantes da mesma avenida reclamam a mesma situação. “Aqui não se justificam as ciclovias porque precisamos de estacionamento para os clientes visitarem as nossas lojas. Se tivéssemos uma alternativa de estacionamento não seria problemático, mas não é o caso. Nem sequer passam aqui bicicletas. Notamos que há clientes que

deixaram de aparecer porque se viram privadas de poder estacionar aqui”, refere Paula Silva, da Boutique Francisco’s. Frederico Abreu, responsável pela Gomomania, confirma já se ter reunido com outros comerciantes e com o presidente da Câmara, Marco Martins, para discutir o assunto. “Já fizemos uma reunião com a CMG para arranjarmos uma alternativa, mas disseram-nos que já não ia ser possível estacionar aqui, independentemente da ciclovia. Isto prejudica o negócio local porque retira-nos estacionamento. Se não tivermos uma alternativa de estacionamento vai ser muito complicado para nós. A ciclovia pode estar aqui desde que haja uma alternativa de estacionamento”, indica Francisco Abreu. “As ciclovias fazem parte de um compromisso eleitoral que está a ser cumprido”, confirmou fonte da Câ-

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

> No total estão previstos 35 quilómetros de ciclovias em Gondomar

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“Há pouca ou nenhuma sinalização vertical adequada às ciclovias” O Vivacidade foi ouvir um profissional, especialista no código da estrada que confirmou algumas “falhas” na sinalização. “É de louvar esta iniciativa da Câmara Municipal de Gondomar que atribuiu algumas benesses aos ciclistas. O projeto ainda não está concluído, mas existem algumas falhas de sinalização e de passagens para ciclistas. Há pouca ou nenhuma sinalização vertical adequada e deveriam haver mais locais para estacionar as bicicletas”, explica Filipe

Rocha, da Escola de Condução de Rio Tinto. O instrutor acrescenta que “há várias sinalizações para indicar início ou fim de ciclovias e há uma sinalização própria que indica a saída de ciclistas. Muitas vezes não se verifica essa sinalização a avisar os condutores, em Gondomar. Em

mas deviam estar melhor sinalizadas. A estrada nacional junto ao rio, na marginal, é um local pouco adequado para criar uma ciclovia”, afirma. “A iluminação das ciclovias também é uma preocupação assim como a sua largura que não cumpre a dimensão mínima exigida e FOTO: PSF

mara Municipal ao Vivacidade e o percurso “ainda não está concluído”. A mesma fonte garante que “Marco Martins já se reuniu com os comerciantes e que os ajudará em tudo o que puder desde que não comprometa a autarquia em mais um processo judicial com a concessionária do estacionamento”. Para colmatar a falta de estacionamento, na Avenida Oliveira Martins, revelou ainda a fonte, “foram criadas duas faixas de estacionamento não pago, algo que não existia antes”.

> Na foto: Filipe Rocha, da Escola de Condução de Rio Tinto Valbom, por exemplo, a sinalização está mal feita porque temos indicações de ciclovias muito dispersas e afastadas”. Contudo, Filipe Rocha acredita que existem condições para a criação de ciclovias em Gondomar. “Gondomar tem essas condições,

devia acompanhar este projeto. Na Avenida da Conduta a sinalização está muito bem feita e esse exemplo devia ter sido seguido na zona do Hospital Escola de Gondomar porque os passeios também são muito largos”, acrescenta por fim o profissional. n


VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100 21

Sociedade

Multiusos teve 5000 pássaros no Ornishow 2014 A 19ª edição do Ornishow Internacional do Douro contou, este ano, com cerca de 5000 pássaros no Multiusos de Gondomar. O evento realizou-se entre os dias 7, 8 e 9 de novembro.

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“Nesta exposição, que já é a maior exposição columbófila do país, temos cerca de 5000 aves expostas. Todos os anos crescemos em quantidade e em qualidade porque temos aqui alguns dos melhores criadores do mundo e conseguimos juntar cerca de 800 ‘diamantes de gould’, o que não é nada fácil”, começa por explicar Amílcar Dias, organizador do evento, ao Vivacidade. Visivelmente satisfeito com o acumular de edições do Ornishow (esta foi a 19ª), o responsável pela exposição admite que ainda é possível “crescer mais um bocadinho”, graças à capacidade do pavilhão Multiusos de Gondomar.

Os ‘diamantes de gould’ continuam a ser a principal atração do evento que reúne os “Mourinhos” da competição na “prova mais importante do país”, segundo Amílcar Dias. O membro do Clube Ornitológico de Gondomar sublinha o crescimento da iniciativa, com a “aposta num maior número de juízes e de expositores, para além de um reforço do número de aves”. Entre as várias categorias a concurso destacam-se os Canários de Cor, Canários de Porte e Aves Exóticas. Ao júri cabe avaliar o pássaro da cabeça até à pata, desde a cor, plumagem, rabo, patas e tamanho do pássaro. Todos os pormenores contam para a classificação final da ave. Apesar das “dificuldades associadas à magnitude do evento”, Amílcar Dias espera realizar a 20ª

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Texto: Pedro Santos Ferreira

> Em 2015, o Ornishow cumpre a sua 20ª edição edição do Ornishow em 2015. “Não depende só de nós, depende da Câmara de Gondomar, mas acredito que vamos continuar no

Geoclube: 25 anos do clube que se tornou associação O Geoclube – Associação Juvenil celebrou, entre os dias 7 e 10 de novembro, os seus 25 anos de existência. O clube da Escola Secundária de Gondomar, que envolveu várias gerações de jovens e que em 2000 se tornou também FOTO: DR

domar em parceria com o Centro Ornitológico do Porto e o Clube Independente Ornitológico de Matosinhos. n

Zumba solidário a favor de Maria do Céu Gondomar acolheu um evento solidário de Zumba, que reverteu para a causa da Maria do Céu, noticiada na edição de setembro do Vivacidade. Texto: José Pedro Oliveira

Maria é uma adolescente que, devido a uma intervenção cirúrgica que previa 99% de sucesso, ficou com 99% de incapacidade. A Just Dance Gondomar organizou o evento ‘Zumba Solidário’ que contou com mais de 700 participantes, superando todas as expectativas. Regina Moreira, responsável pela Just FOTO: JPO

Associação Juvenil, celebrou no início de novembro 25 anos de vida. Entre os dias 7 e 8 de novembro Angélica Perra, presidente da Rede Internacional TDM 2000 Internacional esteve no Geoclube para dar formação sobre gestão de Projetos Internacionais que têm como principal objetivo preparar as candidaturas que se aproximam no início de 2015, nomeadamente no Programa Erasmus+ Juventude em Ação. Já a 10 de novembro, durante a manhã, num auditório com mais de cinco dezenas de jovens houve um momento de partilha de histórias de algumas pessoas que de uma forma ou de outra estão relacionadas com o Geoclube. As histórias estavam relacionadas com verbos que se relacionam com a forma de ser “Geoclubista”: Aprender, Viver, Colaborar, Partilhar, Desenvolver, Crescer e Viajar. À noite os membros da direção reuniram-se para comemorar o aniversário num jantar carregado também ele de histórias sobre estes 25 anos que tantas vidas mudaram em tantos jovens. n

Multiusos de Gondomar”, afirmou o organizador. O Ornishow é organizado pelo Clube Ornitológico de Gon-

Dance Gondomar, explicou ao Vivacidade como tudo começou. “Esta ideia surgiu muito naturalmente, uma vez que a Maria foi colega da minha filha até ao 9.º ano. Já conhecia a família e quando soube do caso fiquei chocada. Queria arranjar forma de a ajudar e como trabalho com alguns instrutores de zumba, achei que seria uma ótima ideia organizar algo que conseguisse juntar o máximo de dinheiro possível, uma vez que a família da Maria necessita de ajuda para a poder receber em casa”, esclareceu. Tudo isto foi possível, acrescenta a organizadora, “graças à boa vontade desta empresa, aos apoios da União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, e de todos os patrocinadores interessados em apoiar esta causa.” A proprietária da Just Dance Gondomar, uma loja de artigos de ballet do concelho, afirmou em jeito de conclusão que “são eventos como este que aproximam os gondomarenses em causas solidárias.” n


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Sociedade

“Espero representar Portugal internacionalmente como miss biquíni ou miss turismo” FOTO: DR

Entrou para o mundo da moda há cerca de um ano num desfile realizado no Multiusos e é precisamente no pavilhão de Gondomar que fala ao Vivacidade. Jéssica Rodrigues tem 18 anos e representou Portugal no ‘Miss European-Team Dance 2014’, que se realizou em novembro na Irlanda. “A oportunidade surgiu num concurso ‘Miss Teenager’ que eu tinha feito. Como fiquei no ‘Top 7’ tive entrada direta para o ‘Miss European’. Fizeram vários castings nas zonas Norte, Centro e Sul, e fiquei entre as primeiras 40 eleitas, depois acabei por entrar nas 15 finalistas. A seguir fomos 10 ao ‘Miss European’, no Casino Estoril. Fizemos um estágio e fomos para a Irlanda. A Irlanda foi o meu primeiro concurso internacional, onde conheci uma nova cultura e outras raparigas” começa por explicar ao Vivacidade a jovem gondomarense. Jéssica Rodrigues estuda atualmente enfermagem em Vi-

seu e integrou o mundo da moda há apenas um ano. “Comecei há um ano no mundo da moda. Tudo começou com desfiles aqui em Gondomar, mais concretamente no Multiusos. Há uma grande competição e temos que dar sempre o nosso melhor. Competimos com pessoas que estão desde pequenas a treinar para aqueles momentos decisivos”, conta. Um momento decisivo que surgiu há pouco tempo quando Jéssica integrou a equipa de representação portuguesa na ‘Miss European-Team Dance 2014’. A vitória individual recaiu sobre Daciana Marques mas a gondomarense espera ainda poder vir a “represen-

tar Portugal internacionalmente como miss biquíni, miss turismo e outros concursos”. “Ser modelo e miss é completamente diferente. Estive a estagiar em Lisboa, depois de um casting e foi aí que percebi que queria seguir neste mundo”, afirma. Para já há que aproveitar as oportunidades que o mundo das passarelas lhe oferece já que a sua “grande paixão” recai sobre a enfermagem. O concurso ‘Miss European’ contou com a participação de 11 países da Europa, com 10 representantes de cada país, onde as candidatas passam uma semana em estágio. n


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Sociedade

“Temos um concelho seguro,

quer na área do socorro, quer na área de segurança” Por altura da 1ª Feira Internacional de Segurança e Proteção, em Gondomar, o Vivacidade quis saber se o concelho é seguro. O Comandante Operacional Municipal, na área do socorro, Artur Teixeira, também Comandante da Polícia Municipal, respondeu afirmativamente à questão garantindo que “Gondomar é um concelho seguro apesar de haver sempre margem para evoluir”. O profissional garante mesmo que o concelho dispõe dos “melhores bombeiros do mundo”. FOTO: PSF

Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira

De um modo geral, as pessoas questionam muito sobre quais as competências da Polícia Municipal. Quais são as principais áreas em que a Polícia Municipal pode intervir? Há áreas que são da exclusiva responsabilidade da PSP, e em alguns casos a Polícia Municipal atua em conformidade com a PSP. Por exemplo, a Polícia Municipal não tem por obrigação fazer a segurança de um evento desportivo, essa competência é da PSP, mas nós atuamos em conformidade e auxiliamos sempre que é necessário. As nossas competências são da área administrativa das comunicações, na segurança de edifícios municipais e na área rodoviária. Estamos aptos a intervir na segurança rodoviária, caso seja necessário. Em Gondomar a cooperação é excelente e nós informamos sempre as forças de segurança da nossa presença.

Com um novo dispositivo municipal, novos veículos e um novo edifício [Parque Tecnológico de Negócios e de Ourivesaria de Gondomar], como classifica os atuais recursos da Polícia Municipal? Temos um concelho seguro, quer na área do socorro, quer na área de segurança. Este desenvolvimento decorre da sensibilidade do presidente da Câmara Muni-

cipal de Gondomar e da própria autarquia. A frota automóvel aumentou, temos mais dois veículos, uma nova central de segurança, que ainda está a ser implementada. Para os gondomarenses é reconfortante saberem que podem contar connosco 24h por dia, através do nosso contacto telefónico [800 200 135 – número verde]. Os melhores bombeiros do mundo estão em Gondomar. Temos cinco corporações de bombeiros, com meios para combater incêndios de grandes dimensões. Reunimos com os comandantes dos bombeiros de dois em dois meses. Gondomar é um caso único a nível nacional no que toca ao investimento nas corporações de bombeiros. Além disso, sei que os presidentes de Junta estão interessados em criar unidades locais de Proteção Civil. Têm planos estratégicos de prevenção para casos de acidentes graves ou calamidades? Sim, fizemos um planeamento alargado a todas as forças de segurança e socorro. Além disso, temos sempre a preocupação de realizar um relatório de avaliação para perceber o que pode correr melhor.

Tendo em conta o surto de legionela que está a ser motivo de receio em Portugal, que medidas podem ser tomadas pela Proteção Civil de Gondomar? Há um número da linha de saúde que deve ser contactado nesses casos. A Proteção Civil tem um caráter multidisciplinar e plurissectorial, por isso não há ninguém em si que encerre a capacidade decisória. A autoridade respon-

mões e Lobo D’Ávila]. Ainda há uma expectativa que o atual secretário de Estado atual venha cá. Esperamos que seja um momento de reflexão sobre a segurança nacional e municipal.

Em relação à Feira Internacional de Segurança que vai ser realizada em Gondomar, qual é o papel da Polícia Municipal na organização do evento? Esta é uma iniciativa muito importante para a região Norte e mesmo para Portugal, que vai trazer a Gondomar um grande conjunto de interessados no setor da segurança. Vamos contar com vários stands institucionais, como a GNR, a PSP e outras forças, que vão dar a oportunidade de contactar diretamente com estas forças. Vamos ter também a 1ª Conferência de Segurança do Triângulo D’Ouro, em que o tema tratado serão os subsistemas da Proteção Civil e da Segurança. Foi intenção do município trazer cá os três ex-secretários de Estado da área de segurança, dos últimos Governos [Luís Pais de Sousa, Ascenso Si-

O evento terá continuidade em Gondomar? Gostaríamos de replicar este evento bianualmente, porque também é realizado em Lisboa. A Proteção Civil tem estado atenta aos avisos meteorológicos. A época de inverno merece uma atenção especial? Como todas as outras. Neste momento está em fase final o nosso plano de prevenção e vamos operacionalizar alguns planos. Apesar da elevada taxa de criminalidade, pensa que Gondomar está mais seguro agora? Julgo que Gondomar é um concelho seguro, apesar de ainda termos margem de progressão ao nível da segurança. A nossa missão tem que ser sempre cumprida, mas temos margem para evoluir. n FOTO: PSF

Essas competências estão bem definidas? Sempre que atuamos sabemos bem a nossa competência. Se chegarmos ao local e encontramos um crime, sabemos que não é da nossa competência. Em casos de flagrante delito estamos autorizados a intervir.

Artur Teixeira é, desde maio, o Comandante Operacional e Comandante da Polícia Municipal de Gondomar. Foi oficial miliciano na tropa e esteve em funções na Junta de Governação Civil do Porto durante dois anos. Durante seis anos foi também adjunto de operações do Comando Distrital de Operações do Porto e cumpriu igualmente a função de diretor do departamento da Proteção Civil na Câmara Municipal do Porto.

sável pela saúde teria que liderar um processo relacionado com esse caso, contando com o apoio necessário da Proteção Civil. Mas ainda não temos relatos de nenhum caso desses em Gondomar.

> A Polícia Municipal e a Proteção Civil estão agora no Parque Tecnológico de Gondomar


24 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Cultura

Novembro é mês de teatro em Rio Tinto

A 15ª edição do Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto já arrancou. Durante o mês de novembro, a sala de espetáculos recebe quatro grupos convidados pelo Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto, responsável pela organização e peça de encerramento do festival. FOTO: PSF

Texto: Pedro Santos Ferreira

O 15.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto começou no início do mês de novembro, com a peça “Azul Longe nas Colinas”, de Dennis Potter, encenada pelos In Skené – Grupo de Teatro Amador de Gondomar. A sala de espetáculos do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto teve lotação esgotada, naquele que foi considerado “um dos melhores arranques de festival dos últimos tempos”, segundo Alberto Mendes, presidente

do Dramático de Rio Tinto. “Quando acaba um festival começamos logo a pensar no próximo. Tentamos sempre chegar a

novembro com tudo a correr às mil maravilhas”, explica ao Vivacidade. O dirigente da associação de Rio Tinto admite que a cobrança de

bilhetes chegou a ser equacionada mas para já a entrada no salão de espetáculos do Drámatico de Rio Tinto continua a ser livre. “A ideia nunca avançou. Optamos por vender umas rifas nos dias dos espetáculos e quem quiser dá o seu contributo. A nossa obrigação é fazer teatro”, diz Alberto Mendes. Francisco Nogueira, encenador do grupo de teatro residente, espera começar já no final do 15.º Festival

a preparar a próxima peça do Grupo de Teatro Renascer do Dramático de Rio Tinto. “Em 2015 vamos ter uma nova peça que vai estrear na 16ª edição do Festival”, refere o encenador. Este ano, o Festival celebrou uma parceria oficial com a Junta de Freguesia de Rio Tinto e conta com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar. A entrada é livre, todos os sábados às 21h45. n

O que falta ver: 22 de novembro - “A Fuga”, pelo Grupo de Teatro TEIA – Alvarim Tondela 29 novembro - “Mãos à Obra Porto”, pelo Grupo de Teatro Renascer do Dramático de Rio Tinto

Liga de Amigos do Museu Mineiro quer salvar a Zorra de São Pedro da Cova A Liga de Amigos do Museu Mineiro de São Pedro da Cova lançou uma campanha de angariação de fundos para o restauro e conservação da Zorra n.º 53. Ao Vivacidade, Daniel Vieira fala numa “grande adesão” à causa. Texto: Pedro Santos Ferreira MAIS FOTOS:

A primeira iniciativa no âmbito da campanha “Salvem a Zorra” realizou-se no dia 15 de novembro, no auditório da Escola Profissional

de Gondomar. Cerca de 230 pessoas deram o seu contributo solidário para a requalificação e conservação da Zorra n.º 53 e lotaram a sala para assistir ao espetáculo musical. Pelo palco passaram os Acoustic Soul, QuarTASTO, Leonel Aguiar e os Vox Populi, num

Liga de Amigos do Museu Mineiro. Ao Vivacidade, Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, faz um balanço “positivo” da primeira iniciativa e sublinha a “grande adesão” da população.

“A Junta de Freguesia nunca recebeu um único apoio para o atual Museu Mineiro, mas estamos com esta iniciativa com o objetivo último de recuperação do património mineiro, designadamente do cavalete do poço de S. Vicente”, conclui o autarca. n FOTO: PSF

FOTO: PSF

evento por uma causa maior. O desafio lançado pela Liga de Amigos do Museu Mineiro de São Pedro da Cova prevê um conjunto de iniciativas com o objetivo de angariar fundos para o restauro da Zorra, uma viatura de plataforma e caixa aberta construída em 1932, que servia de transporte de carvão entre as Minas de São Pedro da Cova e a Estação Central Geradora de Massarelos. “No dia 14 de dezembro vamos realizar uma caminhada que parte do Museu Mineiro de S. Pedro da Cova e vamos ter uma aula de zumba. Na inscrição para a caminhada atribuímos uma t-shirt com a imagem da Zorra. Para 2015 também já temos várias atividades planeadas”, diz Micaela Santos, da


VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100 25

Cultura

ARGO apoia artesãos gondomarenses há 25 anos Em 2014, a Associação Artística de Gondomar (ARGO) celebra 25 anos de apoio aos artistas e artesãos gondomarenses. Na sede social da associação entrevistamos o presidente Albertino Valadares. FOTO: PSF

Texto: Pedro Santos Ferreira

Nova sede é projeto adiado enquanto houverem “outras prioridades” Albertino Valadares mostra-se satisfeito com a sede da ARGO, apesar de admitir que um novo espaço próprio “seria interessante”, sobretudo em Gondomar. “Seria bom termos essa representatividade no

Cova e Rio Tinto, bem como parcerias com associações do concelho. “Além disso, fazemos todos os anos duas exposições no Auditório Municipal de Gondomar, nas Festas do Concelho ou no Natal”, acrescenta o pintor. Com um total de 160 associados “pagantes” [em números ultrapassa os 600 associados] a ARGO organiza as exposições “Artistas.Gondomar” [a decorrer na Casa Branca de Gramido], “Cer.ta.me”, “Arte.Erótica”, “Prémio Fotografia” e “Prémio Cartune”. As mostras têm em média cerca de 10 mil visitantes, um número que atesta a “boa adesão dos gondomarenses”, segundo Albertino Valadares. “Tivemos um prémio “Arte. Erótica” em que tínhamos uma tela

com um tecido de veludo vermelho e as pessoas mexiam no tecido e deixavam a sua marca, que ficava em forma de dedos no tecido. Isso também é erotismo, o sentir. Sempre soubemos separar erotismo de pornografia”, afirma o pintor. O artista considera a arte “um dom que nasce com as pessoas” e destaca as obras de Júlio Resende, Zulmiro de Carvalho e Aurélio Mesquita como referências máximas da qualidade da cultura gondomarense. “Com a ARGO ficamos a conhecer melhor os artistas e artesãos de Gondomar. Antigamente eles existiam mas não estavam identificados, hoje já sabemos onde eles estão e quem podemos chamar para um determinado tipo de arte”, refere

centro do concelho, mas temos outras prioridades e não tencionamos endividar-nos para ter uma nova sede”, sublinha o dirigente. Recorde-se que recentemente a ARGO ficou sem a galeria “Arte no Parque”, situada no piso 0 do Centro Comercial Parque Nascente. “A galeria dava preferências a artistas gondomarenses e sócios da ARGO mas deixou de existir porque o shopping precisou daquele espaço. Estamos a ver se conseguimos um novo expositor”, conclui o pintor. n FOTO: PSF

“A ideia surgiu em 1987 e durante dois anos existiu uma comissão coordenadora que tratou de tornar a ARGO uma associação legalizada. A escritura foi feita a 31 de outubro de 1989”, começa por contar Albertino Valadares, presidente da Associação Artística de Gondomar desde 2006. A coletividade com sede junto ao Pavilhão Gimnodesportivo Municipal de Fânzeres celebra este ano o 25.º aniversário do projeto que começou em casa de Aurélio Mesquita, numa reunião de artistas gondomarenses. O pintor, acompanhado por Albertino Valadares, António Pacheco, Manuel Cruz, Luísa Cruz, Manuel Araújo, entre outros artistas gondomarenses. “Na altura só existia a “Agroindústria” que era a única exposição de pintura em Gondomar. Foi aí que decidimos fundar uma associação que desse mais dignidade e condições aos artistas”, diz Albertino Valadares. Perante incentivos dos artistas locais nasceu a ARGO. Atualmente a Associação Artística de Gondomar tem várias colaborações desenvolvidas com a Câmara Municipal de Gondomar, as Juntas de Freguesia de Fânzeres, S. Pedro da

o presidente da ARGO. Em 2015 a ARGO volta a organizar as exposições “Cer.ta.me” e “Arte.Erótica”.

Exposições a decorrer: Até 22 de novembro, sábados das 10h30 às 13h e das 14h30 às 17h30 – “25 Anos ARGO”, Exposição de Fundadores Criativos da Associação Artística de Gondomar, na Galeria Rui Alberto, Foz do Sousa 22 a 29 de novembro – “Eco Presépios”, na CEA Quinta do Passal Até 30 de novembro, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 18h – Exposição Coletiva de Artes Plásticas “Artistas.Gondomar” 2014, na Casa Branca de Gramido Até 31 de janeiro - “As Minas, a ARGO e a Fotografia”, no Museu Mineiro de S. Pedro da Cova Até 20 de dezembro – “Pintura de Fernando Neves”, na ARGO, Fânzeres


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Cultura

Grupo Etnográfico da Escola Preparatória de Rio Tinto festejou 20.º aniversário No dia 16 de novembro, o Grupo Etnográfico da Escola Preparatória de Rio Tinto festejou a rigor o 20.º aniversário no palco da sala de espetáculos do Grupo Dramático e Beneficente do Rio Tinto. Ao evento não faltou folclore.

Em 1994, Francisco Carvalho, professor de educação física, decidiu reunir um grupo de docentes que formaram o Grupo Etnográfico da Escola Preparatória de Rio Tinto, para “aprender um pouco de folclore no fim das aulas”, conta Maria Eduarda Barros, a atual presidente da direção do grupo. Ao Vivacidade, a dirigente recorda que no início a ideia “não passava de uma brincadeira” até que as pessoas “começaram a gostar do folclore”. “Aos poucos os membros do grupo foram trazendo outras pessoas e acabou por surgir a nossa primeira atuação,

no Pavilhão Gimnodesportivo Municipal de Fânzeres”, diz Maria Barros. Atualmente, o Grupo Etnográfico da Escola Preparatória de Rio Tinto conta com 40 pessoas mas está em constante remodelação, graças à grande mobilidade da colocação de professores. “Quando chegamos a setembro reformulamos o grupo quase na íntegra. No entanto, agora que conseguimos formar uma direção temos mais estabilidade”, admite a dirigente. Para celebrar os 20 anos de vida, o grupo preparou um espetáculo comemorativo na sala de espetáculos do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto e convidou o Grupo de Danças e Can-

tares do Centro Social de Soutelo e a Associação Folclórica “Cantarinhas da Triana”, para uma tarde de folclore e muita animação. Na assistência estiveram dezenas de pessoas, com destaque para a presença de Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto. “Visto esta gente toda e não é um trabalho fácil” Manuela Lemos está na associação há 18 anos e é responsável pelo guarda-roupa e cenários dos espetáculos organizados pelo Grupo Etnográfico da Escola Preparatória de Rio Tinto. A ex-professora de Educação Visual e Tecnológica, confessa ter uma “aptidão especial” e encara a tarefa como um

FOTO: RVC

Texto: Pedro Santos Ferreira

desafio permanente. “Visto esta gente toda e não é um trabalho fácil. Estou sempre a ajustar tecidos e a costurar novas roupas”, explica ao Vivacidade. Entre as roupas e os cenários

Manuela Lemos dedica muitas horas ao grupo e antevê uma “nova vida” para os próximos anos. “Agora temos muitos membros e professores aposentados, o que deu uma nova vida ao grupo”, conclui. n

Pintura e arraiolos em exposição na Biblioteca de Gondomar Foi inaugurada, a 5 de novembro, a exposição de pinturas e arraiolos dos alunos da Universidade Sénior de Gondomar. A exposição vai estar patente na Biblioteca Municipal de Gondomar, até ao dia 29 de novembro. FOTO: PSF

Na inauguração marcou presença o presidente da União das Freguesias de S. Cosme (Gondomar), Valbom e Jovim, José António Macedo que elogiou os trabalhos dos alunos e agradeceu à Biblioteca Municipal pela disponibilidade em acolher os trabalhos. O autarca enalteceu ainda a qualidade dos trabalhos dos seniores de Gondomar. “Temos muitos trabalhos práticos e cer-

ca de 20 disciplinas práticas. O trabalho de Arraiolos é muito minucioso e demora muito tempo a ser concluído, tal como a pintura. Eram trabalhos que os alunos não sabiam fazer e aprenderam na Universidade Sénior de Gondomar, o que significa que estamos já num patamar elevado de aprendizagem e de ensino”, referiu José António Macedo. n



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Entrevista: Paulo Amado

“Era incapaz de sair de Rio Tinto. Tenh

Reconhecido internacionalmente pela especialidade na cirurgia do pé e tornozelo, o médico ortopedista Paulo Amado nunca pensou em a Boavista, em Rio Tinto, e, mais tarde, formou-se na Faculdade de Medicina da Universidade do Porto. Atualmente, é membro da direção d toramento em Santiago de Compostela, onde se tornou mestre. Na edição número 100 do Vivacidade, entrevistamos o médico que nos acom Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira

um pouco mecânico, porque lida com muitos parafusos [risos].

Como surgiu o gosto pela medicina? Curiosamente, a minha primeira opção foi arquitetura, o que não tem nada a ver com medicina. Os meus pais chegaram a dizer que eu era carniceiro porque entrei nas ciências da natureza e já gostava de fazer cirurgias. Sempre pensei na ortopedia,

Já passou por vários hospitais. Como começou a sua carreira? Comecei no Hospital São João, depois fundei o Hospital da Feira e depois dediquei-me exclusivamente à medicina privada. Já tinha o meu consultório em Rio Tinto e fui convidado para dirigir a ortopedia do Instituto CUF, onde estive mais dois anos, até ser convidado para ir para o

Clube Atlético de Rio Tinto e Sport Clube de Rio Tinto “Devo ter sido dos poucos que fui médico dos dois clubes ao mesmo tempo. Sou favorável à união destes dois clubes e quase que consegui instituir essa união. Julgo que os dois clubes vão ter grandes dificuldades de sobreviver se continuarem separados. Na brincadeira cheguei a sugerir o nome Sport Atlético de Rio Tinto [risos].”

porque é um misto da construção dos ossos e da medicina. Um ortopedista é especial, porque esta é uma especialidade muito cirúrgica e porque o ortopedista é

Hospital-Escola da Universidade Fernando Pessoa, em Gondomar. Esse foi um projeto que falhou a toda a medida e depois fui para o Hospital Lusíadas, na Boavista.

Quando é que começaram a surgir convites internacionais? Eu dedico-me muito à investigação científica e sou um dos cinco membros europeus do Comité Internacional da Cirurgia do Pé e Tornozelo, o único português. Isto envolve ir a muitos congressos, o que me agrada muito. Na ortopedia é conhecido pelas cirurgias de tornozelos e de pés... Desde o início que tive um gosto em particular pela medicina desportiva e comecei a minha carreira no Arsenal do Bessa, que era um clube satélite do Boavista FC. Depois fui para o SC Salgueiros, onde estive 12 anos, e depois estive mais 12 anos no Leixões SC. Em Gondomar, também fui médico das equipas SC Rio Tinto e do Clube Atlético de Rio Tinto. Devo ter sido dos poucos que fui médico dos dois clubes ao mesmo tempo. Sou favorável à união destes dois clubes e quase

que consegui instituir essa união. Julgo que os dois clubes vão ter grandes dificuldades de sobreviver se continuarem separados. Em junho deste ano, fui impulsionado pelo vice-presidente do Vitória Sport Clube para ser o diretor clínico da equipa médica. O que falhou na fusão do Sport Clube de Rio Tinto e do Clube Atlético de Rio Tinto? Recordo-me que consegui juntar no meu antigo consultório os dois ex-presidentes dos clubes, que eram amigos fora dos relvados. O Atlético de Rio Tinto é um clube com um património histórico importante e o Sport Clube de Rio Tinto tem uma situação desportiva muito importante, mas o património histórico é menor. Na brincadeira cheguei a sugerir o nome Sport Atlético de Rio Tinto [risos]. Acho que era uma mais valia para a cidade, que merecia FOTO: RVC

ter um clube na 2ª divisão. Ao dividir-se os patrocínios pelos dois clubes é muito mais difícil atingir este patamar. Eu continuo a defender esta ideia. Recentemente foi à televisão falar da lesão que atormentou Cristiano Ronaldo no Mundial do Brasil. A lesão já está ultrapassada ou o craque português ainda pode ter problemas? É verdade, cheguei a ir comentar a lesão do Cristiano Ronaldo em vários canais televisivos, por altura do Mundial de Futebol. Curiosamente não me enganei muito no destino dele. É uma lesão crónica da qual ele ainda não se livrou, mas está muito melhor agora.

> O ortopedista exerce a sua profissão em Rio Tinto e no Porto

É irreversível? É uma tendinose crónica do tendão roteleano e caso ele fosse operado obrigava-o a parar vários meses, o que é muito com-


VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100 29

Especial Edição n.º 100

ho uma grande ligação à minha terra”

abandonar Rio Tinto, a sua terra natal. Nascido a 1 de setembro de 1960, o profissional começou o seu percurso académico na Escola da da Sociedade de Ortopedia, do Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos e espera, em março de 2015, apresentar a sua tese de douompanhou praticamente desde o início e quisemos saber mais sobre o seu percurso profissional e a sua opinião sobre os media locais.

A legionela é motivo de preocupação nacional. Os portugueses devem estar preocupados com esta bactéria? Sou membro da direção do Colégio da Especialidade da Ordem dos Médicos e os casos de legionela têm sido uma preocupação nossa. Contudo, acreditamos que já se descobriu a fonte da bactéria, que está relacionada com a emissão de gotículas contaminadas por legionela. Penso que o caso já está a ser controlado pelo Ministério da Saúde, que reagiu em tempo útil e controlou a fonte emissora. Ainda vamos ter mais casos de contaminação? Até agora já temos oito mortes [na altura do fecho de edição]

mas provavelmente ainda vão morrer mais pessoas que já estão contaminadas. No entanto, sabendo qual é a fonte emissora, a disseminação já pode ser mais controlada.

Porque é que é tão importante para si esta ligação à terra que o viu nascer? Dizem que santos da terra não fazem milagres mas se calhar ajudam [risos]. Conheço muitas pessoas aqui de Rio Tinto e que vêm ao meu consultório. Procuro preservar a raiz e mantenho algumas ligações a várias associações da freguesia. Recentemente também tive o prazer de ser convidado pelos órgãos autárquicos para ser o representante da região e de Rio Tinto. Considera que a cidade evoluiu nestes últimos anos? Sim. Já estive ligado ao movimento Rio Tinto a Concelho, mas acho que neste momento isso não faria sentido porque a realidade é completamente diferente. Hoje o importante é unirmos em vez de separarmos. Rio Tinto e Baguim do Monte têm uma identidade

muito própria que é preciso manter. No que diz respeito à imprensa local, considera que têm cumprido o seu dever? Acho que a imprensa local espelha o desenvolvimento da cidade. O Vivacidade está presente em todos os cafés e quiosques de Gondomar e tem um papel muito importante na divulgação de tudo o que se passa no concelho. Já cheguei a ler jornais locais de outras terras que dão notícias de âmbito nacional e creio que não é essa a função dos jornais locais. Também julgo que os jornais locais devem procurar diferenciar-se, porque neste momento há jornais a mais em Gondomar. Como colaborador do Vivacidade, tem leitores que não perdem uma crónica sua? Por acaso tenho, quer no aspeto positivo, quer no aspeto negativo. Por vezes, nas minhas crónicas fujo à saúde restrita e por vezes entro em aspetos polí-

Nunca deixou de estar ligado a Rio Tinto. Tenciona manter sempre essa ligação? Sim, isso é muito importante. Eu era incapaz de sair de Rio Tinto, a não ser que fosse por uma causa extraordinária, porque tenho uma grande ligação à terra. Metade das pessoas que vêm a esta clínica vêm de fora de Gondomar e julgo que o meu nome já está associado a Rio Tinto. As pessoas já sabem que têm o consultório em Rio Tinto e preferem vir aqui? Exatamente. Cheguei a ter um caso em que um colega de Lisboa disse a um doente para vir a Rio Tinto, porque não sabia em que

ticos, o que suscita algumas reações. Mas tenho muitos doentes que esperam pelos meus artigos e vão acompanhando as minhas crónicas. Que balanço faz do percurso do Vivacidade nas primeiras 100 edições? Acompanhei a evolução do jornal e acho que nunca perderam a identidade inicial. Muitos dos colaboradores, como eu, mantêm-se desde o início. Penso que o Vivacidade foca-se no interesse da população e isso é essencial. Eu que tenho a mania que sei tudo o que se passa em Gondomar, por vezes sou surpreendido ao ler o Vivacidade. Como é que imagina este jornal nos próximos anos? Espero que não saiam do contexto inicial e que tenham muitas mais edições. O Vivacidade está presente nos grandes eventos do concelho e espero que tenham uma presença ainda maior junto da população. n FOTO: RVC

plicado para um atleta como o Cristiano Ronaldo. No entanto, ele está ao mais alto nível e tem marcado muitos golos.

FOTO: RVC

“Não me enganei muito no destino do Cristiano Ronaldo. É uma lesão crónica da qual ele ainda não se livrou, mas está muito melhor agora.”

sítio é que eu estava a trabalhar no Porto, mas tinha a certeza que eu estava em Rio Tinto.

> Paulo Amado é especialista em cirurgia do pé e tornozelo


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Política

Criado Provedor Municipal de Gondomar A Câmara Municipal de Gondomar aprovou por unanimidade, a 12 de novembro, a constituição do Provedor Municipal de Gondomar. Na reunião pública camarária de 12 de novembro, realizada no auditório da Junta de S. Pedro da Cova, foi aprovada, por unanimidade, a constituição do Provedor Municipal de Gondomar. A figura tem por função “garantir a defesa e prossecução dos di-

reitos, liberdades, garantias e interesses legítimos dos particulares e pessoas coletivas perante os órgãos e serviços municipais assegurando, através de meios informais, o controlo da transparência e da boa administração e do respeito pela imparcialidade,

proporcionalidade, igualdade, justiça e legalidade da atividade administrativa municipal”. De acordo com o Estatuto aprovado, o Provedor Municipal exercerá a sua atividade “com independência e autonomia e as suas funções com imparcialidade face aos ór-

gãos municipais, partidos políticos ou movimentos de cidadãos”. Município quer abrir 10 novos espaços do cidadão Na reunião foi ainda aprovada da minuta de protocolo com a AMA, IP (Agência para a Modernização Administrativa) que

visa a instalação de 10 estruturas de prestação de serviços de atendimento digital assistido aos cidadãos e às empresas do Município. A criação dos novos Espaços Cidadão não colide com a readaptação da atual Loja do Cidadão. n

correto porque no pavilhão onde a suposta homenagem foi feita não se encontravam nem antigos atletas nem antigos dirigentes, por falta de conhecimento ou por desleixo de quem a organizou; Jaime Fernando Pinto Mirancos Francisco da Silva Jesus Serafim da Silva Jesus José Alfredo da Silva Costa

Ao abrigo do Artigo 26. da Lei da Imprensa, o Vivacidade esclarece: 1 - A referência aos “garotos de rua”, como indicam os autores do direito de resposta, corresponde a uma afirmação do atual presidente do Juventus da Triana Futebol Clube, José Abreu; 2 – As informações introduzidas na caixa de texto “Homenagem lembrou Manolito e referên-

cias do clube”, foram igualmente confirmadas pelo presidente do Juventus da Triana Futebol Clube; Quaisquer esclarecimentos adicionais deverão ser confirmados com a fonte oficial da notícia, José Abreu.

Direito de Resposta Ao abrigo do Artigo 24. da Lei da Imprensa, Jaime Mirancos, Francisco Jesus, Serafim Jesus e José Costa, exercem através desta carta o direito de resposta sobre a notícia do Vivacidade “Juventus da Triana Futebol Clube: “São 40 anos de muita luta e crescimento””, publicada na edição 98, setembro 2014. 1 - A Juventus da Triana foi fundada há 40 anos por quatro

jovens trabalhadores com idades entre os 14 e 17 anos e não por garotos de rua, como por lapso ou ignorância é referido no artigo; 2 - No rectângulo (caixa) introduzido no artigo acima referenciado fala-se numa homenagem ao nosso querido e grande obreiro deste clube, Manolito, e a atletas e antigos dirigentes. Aqui, mais uma vez, o artigo não está

Vivacidade, Gondomar, 23 de outubro, 2014 n



32 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Política

Gondomar integra

Associação Internacional das Cidades Educadoras O concelho de Gondomar vai estar ligado a mais 478 cidades em todo o mundo para “proclamar e reclamar a importância da educação”. O projeto liderado pela vereadora Aurora Vieira pretende “pensar a cidade com a sensibilidade de educar” e entra em vigor em janeiro de 2015. Texto: Ricardo Vieira Caldas

recente é a Orquestra Geração D’Ouro”, continua a autarca. A vereadora e o presidente da Câmara, Marco Martins, estiveram presentes no XIII Congresso Internacional das Cidades EducaFOTO: RVC

“O projeto do município de Gondomar para se integrar na Rede de Cidades Educadoras começou na campanha eleitoral”, explica a vereadora da Câmara Municipal ao Vivacidade. “Este ano organizamos a educação criando momentos de lazer, mas com momentos de aprendizagem, com a intencionalidade de desenvolver o contexto do nosso concelho. As atividades passaram sempre por dar a conhecer as instituições de Gondomar e o nosso concelho”, acrescenta Aurora Vieira. “Esta integração procura co-

locar a educação de Gondomar num patamar ainda mais positivo. Além disso, para os que têm mais dificuldades temos vários programas que procuram criar condições para o sucesso. O exemplo mais

> Na foto: Aurora Vieira, vereadora da Educação da CMG

doras, que decorreu de 13 a 15 de novembro em Barcelona, com o objetivo de agilizar o processo de integração. “O congresso da Rede de Cidades Educadoras é o culminar de um ano de projetos emblemáticos a nível nacional. Agora vamos ter um posicionamento mais internacional. A inscrição entra em vigor em janeiro de 2015”, refere Aurora Vieira. Gondomar passa a estar ligado a uma rede nacional e internacional que vai trazer “boas práticas e conhecimento” ao município. Na Área Metropolitana do Porto pertencem atualmente à rede internacional os municípios de Paredes, Porto, Santo Tirso, São

João da Madeira e Trofa. Gondomar assumirá a integração em janeiro do próximo ano. Questionada sobre o porquê da integração nesta rede ser feita só agora, a vereadora responde: “Este executivo só está cá há um ano. A única coisa que sei é que o anterior executivo considerava a inscrição muito cara e nós não achamos que seja caro [cerca de 700 euros] e achamos que tem grande utilidade, até porque temos condições ideais para integrar esta rede. Somos um dos poucos municípios do norte a integrar esta rede”, conclui Aurora Vieira. n

Autarcas exigem conclusão da variante à EN 222 Autarcas de Gondomar, Castelo de Paiva e Santa Maria da Feira reuniram-se para definir uma estratégia comum para a obra variante à EN 222, uma acessibilidade que vai estabelecer uma ligação rápida à A32 em Canedo/Feira. FOTO: DR

Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Gonçalo Rocha, presidente da Câmara Municipal de Castelo de Paiva, Emídio Sousa, presidente da Câmara Municipal de Santa Maria da Feira, acompanhados por Rui Vicente, presidente da Junta de Freguesia da Lomba, reuniram este mês para definir uma estratégia reivindicativa junto do Governo para que possa ser concluída “o mais rápido possível”, a obra da variante à EN 222, uma acessibilidade de dezenas de quilómetros que visa estabelecer uma ligação à A32 em Canedo/ Feira. Os autarcas já contactaram o secretário

de Estado do Desenvolvimento Regional, alertando o governante para a necessidade e importância da via da estrutura rodoviária, cuja execução o Governo interrompeu nos limites da fronteira de Pedorido, Castelo de Paiva. Recorde-se que a Comunidade Intermunicipal do Tâmega e Sousa considerou recentemente que a concretização do Itinerário Complementar 35 (IC 35) deve merecer prioridade elevada, devendo integrar o Plano Rodoviário Nacional até 2020, bem como a ligação da variante EN 222 à A32 Falta agora uma dezena de quilómetros para concluir a EN 222. n


VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100 33

Política: Entrevista ao Secretário de Estado Pedro Lomba

“Há um novo futuro para os meios de comunicação locais” Por altura da sua centésima edição, o Vivacidade entrevistou uma das forças máximas responsáveis pela Comunicação Social no Governo Português para saber o que pensa o Estado sobre estes órgãos de comunicação. O Secretário de Estado Adjunto do Ministro Adjunto e do Desenvolvimento Regional, Pedro Lomba, admite que podemos estar perante um “novo futuro para os meios de comunicação locais”. Texto: Ricardo Vieira Caldas

O jornal Vivacidade cumpre este mês a sua centésima edição.

A publicação mensal tem pautado o seu percurso com notícias mensais de cultura, desporto, política e sociedade, além de manter uma opinião livre feita por colaboradores locais e na-

cionais. Que importância atribuí a um jornal como o Vivacidade? A força da imprensa vive do pluralismo e da vivacidade local e regional. É, por exemplo, signiFOTO: DR

ficativo que o Vivacidade tenha uma tiragem superior à de alguns órgãos nacionais [10 mil exemplares]. E é também significativa toda esta longevidade, sem dúvida uma marca da nossa imprensa local mais forte e resistente. No panorama nacional, atingir a centésima edição é significativo no mercado dos media? Significa deter já um estatuto de instituição de referência. Não por acaso, nós queremos promover o mais possível iniciativas de valorização cultural da nossa imprensa mais antiga. Tendo em conta que os media nacionais atravessam uma fase menos boa, o futuro passa pelos meios de comunicação locais? A diminuição da cobertura em órgãos nacionais de conteúdos locais parece-me o aspeto mais significativo. Diria por isso que há um novo futuro para os meios de comunicação locais que forem capazes de produzir conteúdos com inovação e interesse. Na sua opinião, quais as vantagens e desvantagens de um jornal local? A grande vantagem é a proximidade e da cobertura de conteúdos que mais nenhum órgão consegue produzir. As desvantagens estão sem dúvidas ligadas à escala mais reduzida desta imprensa. Acredita que os jornais locais têm uma elevada dependência dos municípios? Aqueles em que essa dependência existe, sabem que para merecerem a confiança do público precisam de reforçar as suas garantias económicas e editoriais de autonomia. Penso que é um caminho que acontecerá naturalmente.

O jornal Vivacidade é uma publicação gratuita e subsiste apenas com o volume publicitário alcançado mensalmente. O consumo noticioso passará pelas publicações gratuitas impressas e online ou pelos conteúdos pagos? Os estudos já apontam para uma subida acelerada das receitas geradas no online. Temos ainda muitas incertezas à nossa frente sobre o modelo de negócio que irá vingar na era digital. Mas os passos que estão a ser dados apontam para o reforço do marketing e publicidade digital. Ao nível local, o Facebook assume-se também, cada vez mais, como uma ferramenta de divulgação na imprensa. O Vivacidade atingiu recentemente os 3000 seguidores. A imprensa deve adaptar-se cada vez mais às novas tendências tecnológicas e informativas? Absolutamente. E o novo regime de incentivos à imprensa que estamos a criar e visa incentivar cada vez mais a adaptação às novas tendências tecnológicas e informativas. Em que medida o Governo pretende estimular a imprensa local? O Governo irá aprovar um novo modelo de incentivo à imprensa local que terá os seguintes eixos prioritários: formação, empregabilidade qualificação de jornalistas e profissionais dos media; desenvolvimento de parcerias tecnológicas e comerciais; desenvolvimento digital dos media, reconversão tecnológica das rádios; incentivo ao jornalismo independente; fomento da literacia mediática e digital; promoção da leitura nas escolas; gestão dos incentivos num contexto efetivamente regional [através da participação das CCDR’s]. n


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Política

Orçamento camarário de 69 milhões aprovado para 2015 As Grandes Opções do Plano e Orçamento Municipais de Gondomar foram aprovados, a 29 de outubro em reunião do executivo camarário, com um valor global de 69 milhões de euros. A votação levou três abstenções do PSD-CDS e um voto contra do vereador da CDU. Texto: Ricardo Vieira Caldas

De acordo com a Câmara Municipal de Gondomar (CMG), “este orçamento é, na verdade, o primeiro documento provisional das receitas e despesas do município efetivamente produzido na totalidade pelo atual executivo, e traduz uma profunda alteração na sua estrutura – adaptado à nova estrutura e organização dos serviços da Câmara Municipal –, possibilitando uma melhor identificação das despesas e receitas por centros de custos, o que, também, se traduz numa maior responsabilização, no que se refere à sua aplicação.” O orçamento e os Planos para 2015 seguem agora para discussão e aprovação na Assembleia Municipal. Fortes preocupações ambientais para 2015, refere CMG Os cerca de 69 milhões de

euros previstos nos documentos “privilegiam a melhoria da qualidade de vida dos gondomarenses, pois aliam preocupações de ordenamento e requalificação do espaço público a um modelo de vida mais sustentável pela forte presença de preocupações ambientais”, indica o comunicado da Câmara enviado às redações. CDU diz que documentos “não favorecem transparência” nem “contemplam medidas estruturantes para o concelho” A posição da CDU sobre as Grandes Opções do Plano e Orçamento Municipais para 2015 é clara. “A organização dos documentos votados, ao contrário do que é sugerido na sua apresentação, não favorece nem a transparência nem a, prometida, democraticidade dos órgãos”, indica o documento divulgado à Comunicação Social. “A pretensa aproximação à contabilidade analítica, com verbas dispersas pelas diversas unidades orgânicas, dificulta a verifica-

ção objetiva por parte dos eleitos em minoria, não permitindo uma comparação fácil com orçamentos anteriores. Ainda assim, é possível verificar que, ignorando os contributos da CDU, este Orçamento e Planos para 2015 não contemplam medidas estruturantes para o concelho, nomeadamente medidas potenciadoras do desenvolvimento do turismo, mas também medidas que visem o aproveitamento das potencialidades da floresta, da paisagem, da história mineira do concelho ou do projeto do Polis; ou ainda o planeamento de parques urbanos, ou o avanço do Centro cívico de Rio Tinto, por exemplo”, lê-se ainda no documento. A coligação aponta ainda o dedo ao “fraco investimento na cultura, que aparece desfavorecida em relação a outras rubricas de ocupação dos tempos livres” e ao “excesso de despesa em publicidade, ou propaganda - quase 500 mil euros - que se traduz assim num dos maiores ‘projetos’ municipais”. n

CDU analisa primeiro ano de mandato como tendo “muita parra e pouca uva” FOTO: RVC

Poucos dias após o voto contra o Orçamento de 2015, a CDU fez uma análise do primeiro ano de mandato do executivo de Marco Martins. Reconhecendo o diferente “contexto político-legal em que se iniciou este mandato autárquico”, com as agregações de freguesias e muitas outras mudanças no panorama autárquico, a coligação diz haver “muita parra e pouca uva” ao fim de um ano de gestão camarária. Algumas críticas às opções políticas no concelho como, por exemplo, com a criação de uma nova imagem de marca, a CDU refere que

“algumas das medidas necessárias e urgentes para o desenvolvimento sustentado do concelho estão longe das metas eleitorais, designadamente a criação de emprego onde não se vislumbram, apesar de ter sido reiterado pelo presidente da Câmara, os 1000 postos de trabalho criados”. A coligação reconheceu algum trabalho como por exemplo com a “rede viária, onde são visíveis melhorias, também no turismo, foi feito um esforço positivo para criar alguns instrumentos de divulgação, mas falta o que divulgar”. “Outras prioridades apresentadas para

este primeiro ano como a remodelação da Avenida da Conduta, da feira da Belavista ou Mercado da Areosa, a construção de parques infantis, não se concretizaram; tal como o desenvolvimento do projeto do Centro Cívico de Rio Tinto, ou a recuperação e requalificação cultural e ambiental do património mineiro de S. Pedro da Cova – que a remoção dos resíduos perigosos, fruto de uma longa luta da CDU e do povo de S. Pedro da Cova, tornou ainda mais urgente”, reproduz ainda o documento do partido enviado às redações. n



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Política: S. Pedro da Cova

Nuno Melo de visita a Gondomar

para observar remoção dos resíduos perigosos em S. Pedro da Cova O eurodeputado Nuno Melo esteve de visita a S. Pedro da Cova no dia 7 de novembro. O objetivo foi conhecer o Museu e antigo Complexo Mineiro e visitar a zona de remoção dos resíduos perigosos que arrancou a 2 de outubro. Texto: Ricardo Vieira Caldas MAIS FOTOS:

Nuno Melo visitou, a 7 de novembro, o local em S. Pedro da Cova onde a 2 de outubro arrancou a remoção de cerca de 88

resíduos industriais provenientes da Siderurgia Nacional depositados, entre maio de 2001 e março de 2002, em escombreiras de antigas minas. Momentos antes, Nuno Melo teve ainda a oportunidade de conhecer o Museu Mineiro e visitar o Cavalete do Poço de S. Vicente.

durante alguns anos o problema de S. Pedro da Cova à Assembleia Municipal. O Estado recusava simplesmente a deposição de resíduos perigosos em S. Pedro da Cova, porque tinha análises que consideravam os resíduos inertes, isto quando eu tinha em minha posse análises que provavam que a população estava perante resíduos perigosos”, afirmou Nuno Melo no final da visita. “Felizmente foi possível reconhecer a existência destes

Eurodeputado não acreditava “que o problema fosse resolvido” “Não acreditava que este problema fosse resolvido porque levei

resíduos como perigosos. Quando cheguei ao Parlamento Europeu ainda não havia conhecimento desta situação e fiz questão de a dar a conhecer. Foram requeridas informações ao Governo português e foram feitas novas análises no terreno que provaram mais uma vez que estávamos perante resíduos perigosos” acrescentou o eurodeputado do CDS-PP que disse sentir “uma sensação de dever cumprido.” n

FOTO: RVC

FOTO: RVC

mil toneladas de resíduos perigosos. Marco Martins, presidente da Câmara de Gondomar, e Emídio Gomes, presidente da Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte (CCDR-N), acompanharam o eurodeputado. No local, o eurodeputado do CDS-PP assistiu de perto à saída dos camiões que estão a levar de Gondomar para o Centro Integrado de Recuperação, Valorização e Eliminação de Resíduos Perigosos (CIRVER) na Chamusca os


VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100 37

Política

CDU de Gondomar quer população “mais ativa” na discussão do PDM

Redução das tarifas nos lugares de estacionamento pago “bem encaminhada”

apesar da decisão camarária para a sua revisão remontar a fevereiro de 2004”, lê-se no comunicado da CDU de Gondomar. Relativamente ao território, os comunistas consideram que o PDM em vigor corporiza uma política de ordenamento centrada na expansão urbana e sugerem a requalificação das áreas urbanas que promovam a sustentabilidade económica, social, cultural e ambiental do concelho. n FOTO: ARQUIVO VIVACIDADE

Em comunicado enviado às redações, a CDU de Gondomar considerou que o PDM “merece uma discussão e um debate alargado, que não se esgota na discussão na reunião de Câmara, nem no período obrigatório de discussão pública”. Assim, os comunistas estão já a preparar um conjunto de debates sobre o PDM de Gondomar, em sessões “abertas à comunidade” e promovidas “quer em zonas urbanas, quer rurais”, podendo começar já em janeiro, refere António Valpaços, deputado da Assembleia Municipal gondomarense. Joaquim Barbosa, vereador da Câmara de Gondomar, considerou “escasso” o período de discussão pública e lamentou o atraso na revisão do PDM. “Estamos em 2014 e a alteração do plano continua a ‘marca passo’,

FOTO: ARQUIVO VIVACIDADE

A CDU de Gondomar quer a população local “convidada a participar ativamente” na preparação do Plano Diretor Municipal (PDM) no que considera ser “uma oportunidade para reorientar o ordenamento do território” no concelho.

O valor das tarifas de lugares de estacionamento pago em Gondomar poderão, em breve, ser mais reduzidas.

Está em curso um processo judicial contra a Câmara Municipal de Gondomar por parte da empresa concessionária do estacionamento pago em Gondomar, garantiu ao Vivacidade fonte da autarquia. O processo deriva da ausência de colocação, por parte do município, de “medidas de sinalização ou barreiras físicas para impedir

estacionamento em zonas não concessionadas”. “O estacionamento pago foi uma decisão do anterior executivo e contestado pelo atual”, explicou a fonte. “Esta Câmara já reuniu por três vezes para renegociar a concessão e haver redução de tarifas. A questão está bem encaminhada”, revela a mesma fonte. n


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Política

Orçamento Participativo atribui parque de jogos para Fânzeres A Escola EB 2,3 de Fânzeres vai ter um parque de jogos renovado como resultado da votação para o Orçamento Participativo de Gondomar. No final de outubro, foi anunciado pela Câmara Municipal que a proposta que conseguiu reunir mais votos [119] foi a da reabilitação do parque de jogos da EB 2,3 de Fânzeres, seguida da construção

de um parque infantil, que reuniu 46. O presidente Marco Martins confirmou, ao Jornal de Notícias, “ser possível concretizar os dois projetos mais votados”, no primei-

ro semestre de 2015, salvaguardando que “serão realizadas todas as obras que seja possível fazer até que a verba de 200 mil euros [atribuída pelo município para o orçamento] seja esgotada”.

O Orçamento Participativo em Gondomar foi uma promessa eleitoral do Partido Socialista, tendo em vista “a aproximação aos cidadãos, envolvendo-os nas escolhas respeitantes ao destino do Municí-

pio e facilitando a sua participação nos momentos públicos de decisões”. O número de propostas apresentadas para o Orçamento Participativo de Gondomar foram 22. n

Moradores do bairro da Gandra, em S. Pedro da Cova, querem obras urgentes Os moradores do bairro municipal da Gandra, em S. Pedro da Cova, pediram ao executivo, na reunião pública de 12 de novembro, medidas “urgentes” para pôr fim aos “mares de água” que “entram casa dentro”, falando em “perigo para a saúde”. “Telhados que permitem a introdução de águas da chuva, porque para além de terem telhas partidas têm as traves mestras rachadas”, foi o “principal problema” apontado por Altamiro Araújo, morador do bairro, que tomou a iniciativa de interpelar a Câmara de Gondomar na reunião pública. Segundo a agência Lusa, o morador, que foi também presidente de uma comissão de moradores atualmente desativada, tomou a palavra no período destinado ao

público numa reunião de câmara descentralizada que decorreu nas instalações da junta de freguesia de São Pedro da Cova, sucedendo-se intervenções de quase uma dezena de moradores do mesmo bairro. Altamiro Araújo aproveitou a presença do executivo camarário para apresentar uma proposta: a criação de um grupo de trabalho constituído por um engenheiro da autarquia e um técnico “com conhecimentos sobre os trabalhos a efetuar”, integrando depois, “em

conjunto com a Segurança Social e o Centro de Emprego”, moradores do bairro que “se encontrem em situação de desemprego” para “assumirem os trabalhos a levar a cabo”. Na prática, segundo a Lusa, o morador sugeriu que a câmara fornecesse material e projetos para que os moradores pusessem mãos à obra. “Temos lá muita gente desempregada que é da arte. Recebiam subsídio à mesma e trabalhavam

ali. Com ajuda conseguíamos”, descreveu à agência, à margem da reunião. Em resposta às queixas e pedidos de ajuda, o presidente da Câmara, o socialista Marco Martins, disse “compreender a situação”, mas acrescentou que uma intervenção em 2015 lhe parece “difícil” por “falta de verba”. Perante a insistência dos moradores que contaram ter entregado na autarquia “há dez anos” - ou seja quando esta era liderada por

Valentim Loureiro - “um relatório com fotografias e identificação dos problemas casa à casa”, Marco Martins disse ter encontrado, quando foi eleito em setembro, um projeto para demolição do bairro e edificação de três blocos de habitações. “Deixámo-lo na gaveta porque não nos pareceu correto”, disse o autarca que, à margem da sessão, em declarações à Lusa revelou que esta ideia custaria oito a nove milhões de euros. n



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Desporto

Tabela Classificativa de Futebol/Futsal

Juvenis do SC Rio Tinto mediram forças com equipa alemã

Campeonato Nacional de Séniores - Série C

No dia 30 de outubro, os juvenis do Sport Clube Rio Tinto defrontaram a equipa alemã do Buxtehuder SportVern e sairam derrotados por 0-1, no Estádio Cidade de Rio Tinto. Texto: Pedro Santos Ferreira

A equipa de juvenis do SC Rio Tinto foi derrotada pelo Buxtehuder SportVern, de Hambur-

go (Alemanha), por 0-1, em jogo amigável realizado no Estádio Cidade de Rio Tinto. O jogo foi organizado pelo departamento de formação do clube gondomarense que desafiou o conjunto alemão a defrontar o SC

Rio Tinto, no âmbito de uma visita à cidade do Porto. Ao Vivacidade, Alexander Inácio, do Buxtehuder SportVern, considera “muito positiva” a visita a Portugal. “Adoramos estar aqui e temos feito alguns jogos-treino FOTO: PSF

com equipas do Porto e arredores, isto enquanto aproveitamos para visitar a cidade”, refere Alexander. O porta-voz do clube de Hamburgo deu também a conhecer o percurso de um clube com mais de 100 anos de história. “Para nós o futebol é um desporto importante, mas também temos uma equipa feminina de andebol que joga na primeira divisão alemã. No futebol a equipa sénior subiu este ano para a 4ª divisão alemã, o que também é bom para nós”, conclui. Sandra Brandão, vereadora da Cultura e Desporto da Câmara Municipal de Gondomar, recebeu a comitiva alemã e salientou a importância do intercâmbio cultural dos jogadores. n

Gondomar Cultural quer subida de divisão para voleibol feminino A equipa está formada e treinadores e responsáveis permitiram a entrada de quatro novas jogadoras. Os seniores femininos do Gondomar Cultural ambicionam uma subida de divisão para esta época. Texto: Ricardo Vieira Caldas

rença e a restante equipa vai manter-se.” “Acreditamos que este ano podemos subir de divisão”, afirma a responsável. “Temos tido uma equipa irregular graças à sucessiva

entrada e saída de atletas. Muitas atletas tiveram que sair para fora do país. Este ano conseguimos manter e reforçar o plantel”, conclui Marina. n

Pontos Equipa 24 Salgueiros 08 21 Cinfães 19 Sousense 15 SC Coimbrões 12 Sobrado 11 FC Pedras Rubras 10 Moimenta da Beira 10 Gondomar 9 Lusitânia Lourosa 7 Sp. Espinho

Próximos Jogos Jornada 11 30 Novembro Gondomar - Sp. Espinho Sousense - Sobrado

Divisão Pro-Elite Nacional - AF Porto P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

Pontos Equipa 26 SC Rio Tinto 25 Oliv. Douro 25 S. Martinho 20 Vila Meã 19 Gens 18 Rebordosa 18 Valadares de Gaia 17 Aliados de Lordelo 16 Lixa 16 Leça 15 AD Grijó 13 Varzim B 12 Serzedo 12 Perafita 11 Paredes 10 UD Valonguense 9 Candal 8 Aliança de Gandra 7 Padroense 3 S. Pedro da Cova

Próximos Jogos Jornada 12 23 Novembro S. Pedro da Cova - Gens Oliv. Douro - SC Rio Tinto FOTO: RVC

Atualmente na segunda divisão do Campeonato Nacional de Seniores Femininos, a equipa do Gondomar Cultural pretende esta época subir de divisão. Quem o diz é José Santos e Marina Sousa, presidente do clube e responsável pela equipa, respetivamente. “Os nossos objetivos são subir de divisão no andebol e no voleibol. A equipa de voleibol foi reforçada este ano e temos esperanças de subir de divisão”, inicia José Santos. “Este ano começamos com o gira-vólei e em 2016 queremos ter mais equipas de formação para o voleibol feminino. Também temos uma equipa de voleibol masculina, mas tem objetivos diferentes porque joga na Liga INATEL.”, acrescenta o presidente.

Mariana Sousa, por sua vez, acredita que a subida será este ano mais fácil porque o Gondomar Cultural fez “a contratação de quatro jogadoras que marcam a dife-

P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Liga SportZone - Futsal P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14

Pontos Equipa 28 Benfica 27 Sporting 22 SC Braga 16 Burinhosa 16 Leões Porto Salvo 15 AD Fundão 15 Cascais 14 SL Olivais 13 Modicus 10 Boavista 10 Póvoa Futsal 7 Belenenses 6 Rio Ave 3 Unidos Pinheirense

Próximos Jogos Jornada 11 8 Dezembro Sporting - Unidos Pinheirense



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Desporto

SC Rio Tinto lidera na divisão Elite Pro-Nacional O Sport Clube Rio Tinto está na liderança da divisão Elite Pro-Nacional e mantém a distância de um ponto para o CF Oliveira do Douro. No dia 23 de novembro disputa-se a liderança do campeonato.

A liderança da divisão Elite Pro-Nacional da Associação de Futebol do Porto está entregue ao SC Rio Tinto, que lidera a competição com um ponto de avanço sobre o Clube de Futebol Oliveira do Douro, com o melhor registo ofensivo do campeonato: 19 golos marcados e apenas sete golos sofridos. Ao Vivacidade, Jorge Pina, presidente do clube, faz um balanço “muito positivo” do primeiro terço do campeonato e espera chegar a dezembro na condição de líder. “Fico muito contente por obter este resultado no primeiro ano de mandato à frente do clube e penso

que é uma grande alegria para todos os riotintenses. No entanto, não fico surpreendido porque o grupo está cada vez mais unido e trabalha duro para alcançar estes resultados e construir uma grande equipa”, afirma o dirigente. Pina não acusa a pressão de existir apenas uma vaga para o lugar de acesso ao Campeonato Nacional de Seniores e considera “um estímulo” a primeira posição do campeonato. Para o presidente do SC Rio Tinto a liderança “resulta de um reforço do meio-campo, setor em que foi necessário apostar na contratação de jogadores jovens que vieram acrescentar qualidade ao plantel”. O título de “campeão de inverno” está ao virar da esquina mas

FOTO: DR

Texto: Pedro Santos Ferreira

FOTO: DR

apesar da boa primeira parte do campeonato, Jorge Pina prefere não assumir o ataque à subida de divisão. “Ainda não queremos colocar essa fasquia

porque é cedo para decidir. A única promessa que fazemos é continuar a lutar pela vitória com os pés bem assentes no chão até porque o SC Rio Tinto nunca esteve em primeiro lugar à 12ª jornada do campeo-

VIVACIDADE 20/11/2014

> A última vitória do SC Rio Tinto foi contra a AD Grijó

nato”, refere o presidente. No próximo dia 23, o SC Rio Tinto desloca-se a Oliveira do Douro para defrontar o segundo classificado com o objetivo de consolidar a liderança do campeonato. n


VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100 43

Empresas & Negócios

Lamp Space, Pedro Sousa e Zeik Joyas brilham em apresentação Os Cabeleireiros Pedro Sousa associaram-se uma vez mais à Zeik Joyas e uniram esforços para uma apresentação conjunta da empresa de ourivesaria. A exibição foi, desta vez, num showroom especial onde não faltou brilho: a loja de candeeiros Lamp Space, em Rio Tinto. FOTO: TIAGO D’OLIVEIRA

FOTO: TIAGO D’OLIVEIRA

> A animação do evento ficou a cargo do DJ Pedro Miguel “O Pedro Sousa sugeriu fazer esta iniciativa, porque temos uma nova coleção com muitas peças e todas elas diferentes. Além disso foi interessante juntar o brilho das joias ao brilho dos candeeiros. Também achei interessante fazer uma sessão fotográfica da coleção aberta ao público”, explicou Valter Gouveia, da Zeik Joyas, ao Vivacidade. As modelos convidadas para a apresentação desfilaram dos Cabeleireiros Pedro Sousa até à loja de candeeiros e o resultado foi “bastante satisfatório”. “Tivemos uma passerelle, por onde as modelos desfilaram e em breve vamos ter novos eventos, com outros temas e feitos noutros moldes, mas a ideia é continuar” concluiu Pedro Sousa que promete voltar “a brilhar” já em 2015. n

FOTO: TIAGO D’OLIVEIRA

Filipe Alves é estreante nas parcerias com os Cabeleireiros Pedro Sousa. O proprietário da Lamp Space - uma loja de candeeiros localizada no mesmo edifício dos cabeleireiros – achou “a iniciativa interessante e uma forma de divulgar a empresa”. “As peças de adereço e decoração são da minha empresa. Estamos na rua da Cavada Nova há 19 anos e temos este espaço há cerca de um ano. Serve de mostra aos nossos produtos”, indicou Filipe Alves. O objetivo da apresentação foi associar uma sessão fotográfica com joias da empresa Zeik, aos penteados Pedro Sousa e utilizando o espaço da Lamp Space. A animação ficou a cargo do DJ Pedro Miguel da empresa PM – Animação de Eventos.

> A iniciativa foi organizada pelos Cabeleireiros Pedro Sousa, a empresa Zeik Joyas e a empresa Lamp Space


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Empresas & Negócios

Consumir tinteiros e toners compatíveis, pode permitir obter poupanças de 80% O negócio de Amadeu Esteves começou em Baguim do Monte mas foi há poucos meses que o empresário decidiu mudar-se para Rio Tinto. O estabelecimento que dirige trata da área dos consumíveis informáticos como tinteiros e toners mas Amadeu possui com a esposa, em paralelo, um negócio de arranjos de roupa.

> Na foto: proprietários da loja SAE e Cristyna “Trabalhei numa empresa e trato da compra de tinteiros e toners para umas largas dezenas de impressoras e cheguei ao ponto de estabelecer um negócio. Ao mesmo tempo criamos um negócio de arranjos de rou-

pa e miudezas e temos, em paralelo, este negócio de tinteiros. É uma área com pernas para andar”, confessa ao Vivacidade Amadeu Esteves. A SAE – Consumíveis Informáticos, está há alguns meses ins-

talada no Centro Comercial de Rio Tinto, na Venda Nova, e para além da venda de tinteiros contém também serviço de fotocópias e impressões a preços reduzidos. “Esta loja é mais central e não tem comparação com a loja de Baguim do Monte. Nesta zona existia uma oferta muito reduzida nesta área”, explica Amadeu ao Vivacidade. Tinteiros a menos de dois euros No negócio dos tinteiros “há muito por onde poupar”, esclarece o empresário. “Um tinteiro de 5ml que custe 20€, significa que 200 tinteiros são

4 mil euros. O tinteiro reutilizado já pode custar de 2€ a 7€ e maior parte das vezes trazem mais tinta do que o tinteiro original”, acrescenta. Na Soares Alves & Esteves existem tinteiros a partir de 1,46 euros e toners a partir de 8,63 para marcas como HP e Canon, por exemplo. “Não tenho aqui todos os produtos, mas temos uma grande variedade. Inclusivamente arranjamos tambores para várias máquinas. No entanto, o nosso objetivo não e vender os toners originais, apesar de também os termos”, afirma Ama-

deu. O profissional gere também, em conjunto com a esposa, a Loja Cristyna, no mesmo Centro Comercial, que trata de arranjos de roupa, retrosaria, lingerie, roupas de criança, miudezas e estampagem personalizada. Este último serviço é, aliás, muito recente e permite estampar bonés, roupas, canecas e outros materiais. “Estou a pensar em oferecer uma caneca personalizada com o clube e a fotografia de pessoa, em compras superiores a 25 euros”, concluiu Amadeu Esteves. n

MultiÓpticas

escolha do consumidor pelo segundo ano consecutivo O prémio é baseado no grau de satisfação dos consumidores que distingue os melhores em cada setor. A MultiÓpticas foi eleita, a 3 de novembro, “Escolha do Consumidor”, um prémio da ConsumerChoice, que chega pelo segundo ano consecutivo, com base na avaliação do grau de satisfação de consumidores em relação a produtos e serviços de vários setores, em teste real e comparando a performance das principais marcas em cada uma das categorias. Rui Borges, CEO da MultiÓpticas, conta que “ser premiado
novamente com este galardão é a confirmação de que a qualidade é uma
constante na MultiÓpticas. Para além de um extremo orgulho, este prémio
é ainda uma responsabilidade acrescida, sobretudo porque é um resultado
baseado nas opções de consumo dos clientes do nosso setor, o que significa uma obrigação

de estar à altura, e até superar, os fatores que levaram a essa preferência”. A “Escolha do Consumidor” promove publicamente as empresas que possuem serviços e produtos com elevado grau de satisfação e aceitabilidade junto dos consumidor e ajudando, assim, os novos consumidores a fazer uma compra informada relativamente a um produto ou serviço. n


VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100 45

Empresas & Negócios VIVACIDADE 20/11/2014

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA AREOSA – RIO TINTO FUNDADA EM 12/09/1922

INSTITUIÇÃO DE UTLIDADE PÚBLICA

INSIDHERLAND marca presença no Aeroporto Sá Carneiro

A marca portuguesa criada pela arquiteta gondomarense Joana Santos Barbosa em 2012, vai estar no Aeroporto Francisco Sá Carneiro de 24 a 30 de novembro.

ASSEMBLEIA GERAL ELEITORAL CONVOCATÓRIA De acordo com os estatutos, e, nos termos das alíneas a) Artigo 39º, consubstanciado no ponto nº 2, alínea a) do Artigo 62º, convoco todos os Senhores Associados da Associação de Bombeiros Voluntários da Areosa – Rio Tinto, no pleno uso dos seus direitos, para reunirem em Assembleia Geral Eleitoral, que terá lugar no próximo dia 28 de Dezembro de 2014, entre as 9.30 horas e as 12 horas, na Rua dos Marques s/n Rio Tinto, com a seguinte Ordem de Trabalhos:

Ponto Único: Eleições dos Corpos Sociais para o Triénio 2015/2017 2º - Informações.

Rio Tinto, 13 de Novembro de 2014

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(Amadeu José Branquinho Mota)

SEDE: RUA DOS MARQUES, 4435-466 RIO TINTO SERV. EMERGÊNCIA: 112 TELEFONES 229732009 / 229732010 – FAX: 229730024

A INSIDHERLAND vai estar presente na Mostra de Mobiliário e Iluminação de Gondomar a convite da Câmara Municipal de Gondomar. A exposição na Loja Interativa do Aeroporto Francisco Sá Carneiro estará patente de 24 (da parte da tarde) até ao dia 30 de novembro. “Sendo a INSIDHERLAND uma marca que atua no setor do mobiliário de luxo em nichos de mercado internacionais, o convite para expor peças num local estratégico como o Aeroporto Sá Carneiro, permite mostrar a um público vasto criações integralmente produzidas à mão por mestres artesãos da zona norte do País, especialmente de Gondomar”, afirma Joana Santos Barbo-

sa, fundadora da empresa. A INSIDHERLAND é uma marca portuguesa que aposta em recursos tradicionais e fabrico 100% português. A empresa criada em 2012, pela arquiteta gondomarense Joana Santos Barbosa, dedica-se ao design, produção e comercialização de mobiliário, iluminação, estofo e acessórios com design exclusivo, estando internacionalmente posicionada em mercados estratégicos de decoração de alto luxo. Todas as peças da marca são desenhadas pela arquiteta e feitas por artesãos e joalheiros locais que em conjunto com o olhar criativo da autora transformam objetos em peças de arte únicas. n


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Empresas & Negócios

Saber é Poder no centro de estudos de Baguim do Monte O centro de estudos Saber é Poder surgiu em 2011, em frente ao Centro Paroquial de Baguim, e mudou-se em setembro para a Rua dos Afonsos, em frente à farmácia de Baguim. O projeto de Lígia Castro e Ricardo Castro quer diferenciar-se pela forte relação com os alunos e pelas atividades ao ar livre, realizadas na Quintinha do Saber é Poder. Em 2011, Lígia Castro e Ricardo Castro criaram um centro de estudos em Baguim. O gosto pelas crianças e a falta de oportunidades no mercado de trabalho levaram o casal a pôr mãos à obra e iniciar um projeto que começou com um aluno. “No ano letivo seguinte já tínhamos a sala cheia. Aí percebemos que era necessário um espaço maior e viemos para as novas instalações em setembro deste ano”, começa por apontar Lígia Castro. Nas novas instalações, com três salas de estudo e um espaço de lazer, o Saber é Poder tem em permanência um professor para cada sala e mantém uma relação de proximidade com os alunos, sem descurar os trabalhos de casa, os testes e a preparação para as provas de avaliação.

“Tentamos compensar o trabalho que fica por fazer. Mesmo que os alunos sejam muito bons numa matéria, o problema da colocação dos professores pode baixar as notas. Temos tido bons resultados e uma grande melhoria nas notas dos nossos alunos”, afirma Ricardo Castro, fundador do Saber é Poder.

Com uma média de 10 a 15 alunos por sala, o centro de estudos tem um psicólogo e várias atividades como zumba, karaté e capoeira à disposição dos alunos. “Neste espaço temos condições para ter atividades para os alunos relaxarem. Na parte de baixo do edifício temos uma área de lazer

> Na foto: Lígia e Ricardo Castro

VIVACIDADE 20/11/2014

ASSOCIAÇÃO HUMANITÁRIA DE BOMBEIROS VOLUNTÁRIOS DA AREOSA – RIO TINTO FUNDADA EM 12/09/1922

INSTITUIÇÃO DE UTLIDADE PÚBLICA

ASSEMBLEIA -GERAL ORDINÁRIA CONVOCATÓRIA

e na parte de cima fica a área de aprendizagem”, refere Lígia Castro. A responsável pelo Saber é Poder salienta o “feedback positivo” dos pais, que estão em contacto com o desenvolvimento dos alunos. “Temos uma forte relação com as crianças e procuramos fazer atividades ao ar livre na Quintinha Pedagógica, junto às piscinas municipais de Baguim”, refere. Para os alunos com necessidades educativas especiais, o centro disponibiliza métodos diferentes e um apoio personalizado que as escolas nem sempre oferecem. “Os pais sabem que podem contar connosco. Estamos sempre disponíveis durante a semana e mesmo ao fim-de-semana, em situações excecionais”, conclui. O Saber é Poder dispõe de vários pacotes, cujo preço varia

consoante as necessidades dos alunos. “Sempre que possível fazemos atividades ao ar livre” Ricardo Castro, mentor do projeto, é responsável pelas atividades ao ar livre na Quintinha Pedagógica. “Sempre gostei de cavalos e faço criação. Um dia decidi levar os alunos a fazer equitação e como já tínhamos um espaço próprio, começamos a fazer atividades ao ar livre. Os alunos acabaram por envolver-se e agora não querem outra coisa”, explica ao Vivacidade. O centro de estudos está disponível para a organização de festas de aniversário, aulas de equitação, e serviços de kidsitting e babysitting, para os pais que trabalham até mais tarde. n

EPG participa em mais um encontro Europeu A Escola Profissional de Gondomar participou, de 19 a 25 de outubro, no 4.º encontro do projeto ‘Europe through our eyes’, inserido no Programa Comenius que teve lugar em Bialystok, na Polónia. FOTO: DR

Ao abrigo do artigo 35º alínea h) e dando cumprimento à alínea b) do nº 2 do artigo 39º, dos Estatutos, convocam-se os Associados da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários da Areosa – Rio Tinto, no pleno uso dos seus direitos, para uma Assembleia-Geral Ordinária, que terá lugar no próximo dia 28-11-2014, pelas 21h15m, na Rua dos Marques, Rio Tinto, com a seguinte ordem de trabalhos: ORDEM DE TRABALHOS: 1º - Analisar, discutir e votar Plano e Orçamento para o ano de 2015, bem como o Parecer do Concelho Fiscal. 2º - Informações.

Rio Tinto, 03 de Novembro de 2014

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral

(Amadeu José Branquinho Mota)

Nota : A Assembleia-geral, reunirá à hora marcada na convocatória se estiverem presentes mais de metade dos Associados com direito a voto. Se, à hora marcada para a Assembleia-geral, não se verificar o número mínimo de presenças previstas no parágrafo anterior a Assembleia-geral reunirá em 2ª convocatória, 30 MINUTOS depois, com qualquer número de Associados SEDE: RUA DOS MARQUES, 4435-466 RIO TINTO SERV. EMERGÊNCIA: 112 TELEFONES 229732009 / 229732010 – FAX: 229730024

O encontro contou com a presença de escolas de seis países Europeus: Polónia, Itália, Espanha, Bulgária, Alemanha e Portugal. Em representação portuguesa esteve a Escola Profissional de Gondomar, com quatro dos seus alunos e uma professora. Este encontro proporcionou dias de experiências e aprendizagens, que permitiram não só a descoberta de uma nova cul-

tura, língua, gastronomia e paisagem, mas também o contacto com as outras nações e culturas. Neste encontro os participantes cooperaram em diferentes workshops relacionados com jogos pedagógicos sobre os países parceiros, a impressão de documentos, dança e visitaram museus e locais ricos em História. n


VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100 47

Opinião: Vozes da Assembleia da República Medida Estímulo Emprego

Margarida Almeida PSD “O Vivacidade que nasceu como um jornal local, tem, hoje, uma área de intervenção concelhia pela sua afirmação jornalística. Parabéns pelo sucesso!”

O Governo considera prioritário a continuação da adoção de medidas ativas de emprego que incentivem a contratação de desempregados e promovam o reforço da sua empregabilidade, em alinhamento com o Compromisso para o Crescimento, Competitividade e Emprego. Esta prioridade resulta da importância relevante que as medidas ativas de emprego têm vindo assumir no combate ao desemprego, em particular no combate ao desemprego de longa duração. Na verdade, os estudos de avaliação realizados sobre este tipo de medidas demonstram o seu papel positivo na promoção de oportunidade de (re)inserção profissional de pessoas em situação de desemprego, contribuindo para acelerar esses processos, num quadro em que se exige que as entidades empregadores beneficiárias destes apoios assegurem a criação líquida de emprego. Neste contexto, foram criadas várias medidas de apoio que, para além de fomentarem a

cessidade de continuar o caminho de racionalização das medidas ativas de emprego, que surge a presente Medida Estímulo Emprego, de modo a aumentar a eficácia e eficiência dos apoios à contração no processo de ajustamento do Mercado de Trabalho através da integração dos apoios financeiros subjacentes ao Estímulo 2013 e ao Apoio à Contratação via reembolso da TSU dirigidos à contratação de desempregados numa única medida. De realçar que na nova Medida é reduzido ou eliminado, para alguns grupos de destinatários, o período mínimo de inscrição no Instituto do Emprego e da Formação Profissional. O Estímulo Emprego contínua a traduzir-se num apoio financeiro aos empregadores privados, com ou sem fins lucrativos, que celebrem contratos de trabalho a “termo a certo” ou “sem termo” com desempregados inscritos no serviço público de emprego. A nova medida simplifica o apoio financeiro conce-

dido, deixando de estar indexado ao montante da retribuição mensal do trabalhador, embora não podendo ultrapassar determinados montantes do IAS, como sucede nas medidas Estímulo 2013 e Apoio à Contratação via Reembolso da TSU. Por outro lado, a majoração que pode ser atribuída vai beneficiar um maior leque de tipologias de públicos, como as vítimas de violência doméstica, os ex-reclusos, os toxicodependentes em processos de recuperação e os beneficiários de rendimento social de inserção, atentas às suas especificidades e à sua maior vulnerabilidade de inserção na vida ativa. Porém, a concessão deste apoio está condicionado ao cumprimento do requisito da criação líquida de emprego no empregador. Finalmente, a nova Medida introduz novas alterações ao nível de procedimento administrativo que visam agilizar e tornar mais eficiente o mesmo procedimento. n

esfera, sem ingerências da intervenção política, que, devem ficar as questões de corrupção e outros crimes possam ter estado ligados à aplicação deste programa. Contudo, independentemente do que se vier a apurar, não podemos ficar indiferentes à iniquidade de uma medida que discrimina imigrantes em função do dinheiro que possuem, ou não. Mal surgiram as notícias sobre este caso de corrupção logo se agitaram algumas santas almas para esclarecer que outros países têm colocado em prática planos deste idênticos. É simplesmente ridícula, para não dizer outras coisas, a forma como se invoca o exemplo de outros países para dar cabimento àquilo que a realidade nos mostra ser um erro. O que o governo promoveu foi a venda pura e simples de direitos de cidadania e livre circulação no espaço europeu

em troca de: transferências de capitais acima de mil milhões de euros; realização de investimentos geradores de dez postos de trabalho; ou compra de casas acima de 500 mil euros. Criamos assim dois tipos de imigrantes aqueles que, por serem pobres têm de suportar as maiores tormentas até conseguir obter qualquer garantia de permanência entre nós e aqueles que tendo muito dinheiro podem dedicar-se livremente à lavagem do mesmo, a partir do nosso país, a troco de uma inversões de capital nada exigente. Num momento em que diariamente se assiste à tragédia da morte em pleno mar de milhares de migrantes pobres quando tentam alcançar solo europeu, uma medida como esta redunda, no mínimo, num exercício de mau gosto. Nem mesmo o argumento da atração de investimento e criação de emprego,

insistentemente acenado pelo Governo, salva os “vistos Gold”. Os números não enganam: apenas três dos vistos concedidos se ficaram a dever ao investimento em projetos geradores de emprego tudo o resto deve-se apenas à compra de casas. Este episódio arrisca-se a ficar para sempre como o triste epílogo da história da venda de um país aos pedaços. É lamentável que Pedro Passos Coelho e Paulo Portas não tenham a lucidez que teve Miguel Macedo e não percebam que este Governo acaba de perder completamente a autoridade que governar exige e não se demitam também. Diante de um escândalo, como este, que abala, de forma grave, a confiança dos cidadãos no Estado e a imagem de Portugal essa era a única saída digna! Quanto ao senhor Presidente da República, só me resta perguntar se ainda respira. n

nista. Sem a recusa do secretário-geral do Partido Comunista da União Soviética, Mikhail Gorbachev, de apoiar militarmente o regime leste-alemão (ao contrário do que a URSS fizera noutras alturas, utilizando tanques contra diferentes povos do Leste Europeu) este ficou impotente face à vontade popular. Devemos, 25 anos depois, algum respeito a esse comunista russo que soube ver para lá dos muros e das ideologias e soube perceber que regimes corruptos, em que os burocratas do suposto partido dos trabalhadores usufruíam das regalias e liberdades que sonegavam ao povo, não poderiam sobreviver àquilo que é uma fatalidade da história: não

se pode enganar toda a gente durante o tempo todo. E recordemos que, só na RDA e portanto esquecendo a Polónia, a Checo-Eslováquia, a Hungria, a Roménia e todas as outras nações oprimidas pelo comunismo na Europa, morreram mais de 1300 pessoas a tentar fugir ao regime. Recordemos também que o muro foi construído para impedir que os alemães de Leste pudessem procurar uma vida mais digna do que a miserável que tinham debaixo do comunismo, com mais de 3,5 milhões de fugas para o Ocidentes antes da construção do Muro - já que não podiam votar nas urnas, diz-se, votavam com os pés. E recordemos por fim que, nova-

mente só contando com a RDA, existiram mais de 200 mil presos políticos, aprisionados pela polícia secreta que chegou a empregar 2,5% da população, para garantir o controlo totalitário do país das “notáveis realizações nos planos económico, social e cultural” (cito o Avante). A RFA acabaria por literalmente comprar a liberdade a cerca de 34 mil destes presos, trazendo-os para o Ocidente e para a liberdade. Talvez conte como notável realização económica. Vinte e cinco anos depois não esqueçamos, pois, que haverá sempre quem queira esconder uma ditadura atrás de palavras mansas - até porque há 40 anos derrotámos a nossa. n

contratação de certos tipos de desempregados com maiores dificuldades de reinserção profissional tais como: jovens até aos 30 anos, desempregados com idade mínima de 45 anos, beneficiários de prestações de desemprego, que integram famílias monoparentais, casais ou pessoas em união de facto em que ambos estejam desempregados e vítimas de violência doméstica, também permitiram reduzir o esforço contributivo associada à contratação através do reembolso das contribuições sociais obrigatórias suportadas pelo empregador. Tendo em conta, a necessidade de conferir uma maior racionalidade, simplificação e potenciação da eficácia das diversas medidas ativas de emprego, em particular os apoios à contratação, procedeu-se à harmonização dos diversos apoios que previam o reembolso da TSU numa única medida designada por «Apoio à Contratação via Reembolso da TSU». É neste contexto, onde impera a ne-

O desgoverno “Gold”...

Isabel Santos PS “Informação, cidade e cidadania, num abrir e fechar de olhos. Parabéns. Venham muitas vezes mais 100 edições.”

O debate do Orçamento do Estado 2015 acabou reduzido a um penoso exercício de arrastamento do Governo e da sua linha política de sobre-austeridade. Quando Jean-Claude Juncker se prepara para apresentar, até ao Natal, um pacote para o investimento público no valor de 300 mil milhões, a maioria PPD/PSD-CDS/PP persiste em repetir a receita da recessão, insensível a um país que se agita num incontornável desejo de mudança que se confirma a cada nova sondagem. No meio do estado de desgaste em que o Governo se encontra - ainda sob o efeito das ondas de choque provocadas pelos recentes problemas na justiça e na educação - somos confrontados com o caso dos “vistos Gold” cuja dimensão ainda está bem longe de ser cabalmente conhecida. A investigação judicial está em curso e é nessa

Muros

Michael Seufert CDS-PP “Parabéns Vivacidade! Cem edições de verdadeiro serviço público fazem vontade que chegues rapidamente às mil!”

O ano de 2014 é particularmente feliz quanto às efemérides. Já celebrámos em abril os 40 anos da Revolução dos Cravos e não devemos esquecer em novembro os 25 anos da queda do Muro de Berlim. Ou como lhe chamou o Partido Comunista, numa recente edição do Avante, a “chamada queda”. Para o PC, a queda do muro foi orquestrada pelo imperialismo contra o povo alemão, a RDA foi o primeiro estado antifascista alemão (o que quer que isso queira dizer) e a reunificação alemã foi uma anexação. Notável. Notável sobretudo quando o primeiro responsável pela queda do Muro e essencial abençoador da reunificação foi um comu-


48 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal Pelo emprego com direitos, salários e defesa das funções sociais do Estado

Diana Ferreira PCP “Parabéns ao jornal Vivacidade pela sua centésima edição. Que o jornal mantenha o seu caráter local e assim reflita a realidade vivida pela população de Gondomar.”

Mais de 37 anos de políticas de direita implementadas por sucessivos governos do PS e PSD (ora com, ora sem CDS); 28 anos passados da integração capitalista na (agora) União Europeia; depois dos PEC’s do PS e três anos após a assinatura, por estes três partidos, do dito Memorando – um autêntico Pacto de Agressão contra os trabalhadores e o povo português, a soberania e a independência nacionais – a realidade do país é de recessão, retrocesso social, destruição de Serviços Públicos e funções sociais do Estado, num autêntico ajuste de contas com as conquistas emancipadoras de Abril. A consequência das

opções políticas de PS, PSD e CDS estão bem à vista: um rumo de declínio, que corta nos salários, reformas, pensões e prestações sociais; que ataca a Escola Pública, a Saúde e outros serviços públicos, com o claro objetivo de abrir, cada vez mais, as portas para que o privado se instale; que privatiza setores estratégicos para a economia nacional, descapitalizando o Estado e entregando o património que é de todos ao capital estrangeiro; que aumenta os impostos sobre os rendimentos do trabalho, ao mesmo tempo que favorece a banca e os grandes grupos económicos; que impõe impostos que vão taxar da mesma forma

o milionário e o desempregado. Um caminho de empobrecimento e de agravamento da exploração e das desigualdades que resultou em mais de um milhão e 400 mil desempregados e dois milhões e 800 mil portugueses na pobreza, empurrando ainda mais de 300 mil para a emigração. É urgente romper com as políticas de direita e inverter este rumo, que beneficia os grandes grupos económicos e financeiros à custa do empobrecimento da grande maioria dos portugueses. Uma rutura que está nas mãos dos trabalhadores e do povo, nas lutas que têm travado e nas que, corajosamente, continuarão a travar, defendendo

direitos laborais e sociais, também eles conquistados através da luta. Assume, assim, especial importância a Marcha Nacional convocada pela CGTP-IN, de 21 a 25 de Novembro, que percorrerá o país e que terá expressão no Porto, dia 22 (sábado), às 15h, na Praça da Batalha. Impõe-se a derrota deste Governo, das políticas de direita e de todos os seus executantes e a construção de uma alternativa patriótica e de esquerda, que retome os valores de Abril para o futuro de Portugal. A participação de todos e de cada um na ação de luta do próximo dia 22 será mais um passo nessa direção. n

A Unicer e o país, o péssimo e o exemplar

Catarina Martins BE “A democracia constrói-se com informação e liberdade. A imprensa local é essencial. Parabéns Vivacidade.”

Pires de Lima era ainda CEO da Unicer e, numa das linhas de produção da fábrica de Leça do Balio, 3 trabalhadores estavam há um ano com contratos mensais e sem um dia de férias. Pires de Lima foi para o governo e os três trabalhadores continuaram a assinar contratos mensais durante mais um ano, sem nunca gozarem férias. São 23 contratos de trabalho em dois anos e dois anos a trabalhar sem gozar um único dia de férias. Numa das empresas mais conhecidas do país e a casa do Ministro da Economia. Os 3 trabalha-

dores foram dispensados, que é a palavra que se usa para o despedimento de trabalhadores sem vínculo, a 20 de Julho. O seu pecado talvez tenha sido fazerem perguntas. Mas os contratos ao dia, ao mês, os falsos temporários e recibos verdes, continuam. Só em Leça do Balio, estarão mais de 50 trabalhadores nas linhas de produção da Unicer em situações destas. Aumentam também os estagiários, principalmente nas tarefas administrativas. Vários métodos, uma regra: precariedade máxima, salários mínimos. Os trabalhadores com

vínculo da empresa são alvos a abater. E de facto, quase 1000 já rescindiram contrato. Chamam-lhes “rescisões amigáveis”, escondendo as intimidações sobre trabalhadores com 20, 30 e mais anos de trabalho. E quando não há rescisão, não desistem. Um dos trabalhadores foi despedido com a declaração de extinção do seu posto de trabalho, feita de forma ilegal e para logo o entregar a um outsourcing especializado no abuso laboral. Na Unicer, como no país, está em curso um ataque violento aos direitos de quem trabalha. Substituem-se

trabalhadores com vínculo por trabalhadores precários, abusando de uns e de outros. E se este é o péssimo cenário do país, há também algo de exemplar a ocorrer. Os trabalhadores da Unicer de Leça do Balio pararam por completo a produção em greves sucessivas pela reintegração do trabalhador despedido ilegalmente. Todos a lutar pelos direitos de um. Todos a lutar pelos direitos de todos. Todos recusando baixar a cabeça e fazer auto-estrada ao abuso. Todos a serem resistência. Todos a construírem dignidade. n

Primeiras notas sobre o Orçamento de Estado 2015

José Luís Ferreira PEV

O Governo apresentou recentemente na Assembleia da República o Orçamento de Estado para 2015 e sem prejuízo de uma análise mais detalhada ao conjunto de documentos que o integram, podemos desde já adiantar que, estamos diante de um Orçamento que, nos seus traços essenciais, nas suas linhas orientadoras, se confunde com os anteriores orçamentos apresentados por este Governo PSD-CDS, ou seja de um orçamento de austeridade que vai continuar a empobrecer os portugueses. Há contudo uma grande diferença entre este Orçamento e os anteriores, é que este Orçamento de Estado não esteve sujeito a quaisquer condicionantes

externos. Ora, tendo sido elaborado sem a sombra da Troika e mantendo o Governo as mesmas politicas de austeridade, significa que o Governo andou estes três anos meio a mentir aos Portugueses quando dizia que quando a Troika fosse embora, o Governo iria “mudar a agulha” e “mudar a agulha” seria repor tudo aquilo que o Governo retirou aos portugueses nestes últimos anos. Afinal a Troika foi embora, mas as politicas ficaram, a agulha não mudou e os portugueses dão agora voltas à cabeça para tentar perceber o que terá dado ao Sr. vice-primeiro-ministro Paulo Portas, para se lembra de colocar um relógio a andar para trás. Afinal a

troika foi embora e o relógio não parou. A única leitura possível é que este Governo PSD-CDS pretende transformar em definitivos, os cortes que foram sempre apresentados, pelo próprio Governo, como provisórios. Depois, temos um Governo que neste orçamento não encontra espaço para acabar com a sobretaxa de IRS, que não encontra espaço para aliviar a pressão fiscal das famílias portuguesas, mas que encontra espaço para baixar os impostos das grandes empresas em sede de IRC, o que nos mostra em quem estava o Governo a pensar quando elaborou este orçamento e quais são as preocupações deste Governo, que consegue baixar os

impostos das grandes empresas, mas que só consegue devolver 20% do que retirou aos funcionários públicos, ficando a devolução dos restantes 80% para quem vier a seguir, numa espécie de “quem vier atrás que apague a luz”. Estamos assim diante de um Orçamento que insiste nas políticas de austeridade e na imposição de sacrifícios à generalidade das pessoas, que não vem resolver nenhum dos nossos problemas e que vai continuar a empobrecer as famílias portuguesas. Assim e de forma responsável, “Os Verdes” não têm outra alternativa senão o voto contra este Orçamento que é mau para o país e que é mau para os portugueses. n

pelo acesso à informação pública, que promova uma cidadania informada, participativa e próxima. Premeiam por isso a eficácia das organizações e sistemas, a Justiça assertiva nos seus tempos e nas suas deliberações, em suma, a responsabilização ética e funcional de todos os agentes públicos. Entendem que o combate e a vigilância da corrupção das instituições públicas pressupõe uma sociedade civil alerta e interventiva, e que a transparência deve ser o âmago de todas as ações do Estado. O ITM mede o grau de transparência de cada município através de uma análise da sua página na Internet.

A TIAC avalia a quantidade e o tipo de informação disponibilizados aos munícipes sobre a estrutura da autarquia, o seu funcionamento e os atos próprios de gestão. Áreas com elevado risco de corrupção, como a contratação pública e o urbanismo, suscitam uma particular atenção dos autores do ITM. Foram apenas 365 dias de uma nova equipa, dinâmica, empreendedora e responsável, que elevou o concelho 69 lugares neste ranking. E se num ano temos estes resultado, no final do mandato deste executivo, não tenho dúvidas que Gondomar será muito mais! n

Gondomar + Transparente

Joana Resende PS “Congratulo o nosso jornal Vivacidade pela sua centésima edição. Que continue a celebrar o serviço público que cumpre.”

Ao longo do último ano, tenho feito, nesta pequena crónica, vários elogios ao novo executivo da Câmara Municipal de Gondomar. Verdade que, pertencendo ao mesmo partido político e tendo feito campanha ao lado deste grupo, muitos podem considerar as minhas opiniões pouco imparciais. Mas ao longo deste tempo, não sou eu apenas que as exprime, e por várias vezes a comunicação social acompanha-as. No passado dia 7 de novembro foi a vez de uma organização não governamental, a TIAC – Transparência e Integridade, Associação Cívica, que tem como missão combater a corrup-

ção, corroborar daquilo que venho a escrever mensalmente nesta crónica. Gondomar subiu no “ranking” dos municípios do 142.º lugar, em 2013, para a 73.ª posição, em 2014, de acordo com o Índice de Transparência Municipal (ITM), e que avalia a informação fornecida pelos concelhos do país aos seus munícipes, analisando as páginas de Internet respectivas. E na escala da Área Metropolitana do Porto, Gondomar é agora o 4.º município entre os 18 que a constituem. O TIAC é um grupo de cidadãos que trabalha por uma sociedade justa e uma democracia real e com qualidade em Portugal. Lutam


VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100 49

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal Fiabilidade

Pedro Oliveira CDS-PP “Neste momento marcante relevo o bom “vício” editorial do Jornal Vivacidade de garantir voz às diferentes sensibilidades políticas do concelho. Continuem e parabéns!”

Na altura em que escrevo este artigo fala-se, “à boca desarmada”, que o PS decidiu, não só suspender as conversas com a maioria tendentes à obtenção de um acordo reformador do IRS, como “rasgar” o acordo alcançado o ano passado sobre a reforma do IRC. Diz-se que o Partido Socialista deixou de concordar com mais um abaixamento da taxa de IRC no próximo ano, emergente do subscrito acordo. Enfim, suspender conversas ou, a continuarem, não se alcançar o tão desejado acordo reformador por razões de convicção ou mesmo de mera estratégia política, é sempre aceitável, independentemente das responsabilidades que possam ser assacadas aos intervenientes pela

secundarização votada aos lídimos interesses do país. Agora, “rasgar” unilateralmente um acordo, formalizado e em plena execução, porque se entendeu oportuno duvidar da eficácia dos concernentes parâmetros, ou só porque foi subscrito pela equipa dirigente entretanto corrida do poder no partido parece-me, no mínimo, muito exagerado. O pressuposto essencial da ação de um partido político com fundadas aspirações de poder, é a fiabilidade das respectivas propostas eleitorais e a coerência quotidiana da intervenção dos seus dirigentes. As inopinadas alterações de conteúdo de tais regras inquinam de forma dramática a credibilidade destes agentes lançando o desânimo

na comunidade que visam servir. Na verdade como podem os portugueses confiar num partido político que transige tão facilmente com as “emoções” do momento, esquecendo, atirando para as calendas, os seus compromissos com o país, aquilo que convencionou com os cidadãos? Não é a mudança de opinião que censuro pois há sempre espaço para fazer melhor, para arrepiar caminho naquilo que se nos apresenta como estruturante. Censuro é a forma autista, enviesada, com que o PS decidiu manifestar o seu novo posicionamento na matéria, fazendo-o à absoluta revelia do acordo que garantiu honrar com os partidos da maioria. Se for para a frente com este equívoco, estará

necessariamente o PS a segredar aos portugueses a noção de que as suas próximas propostas eleitorais não são para levar a sério, mais não passando de meros engodos eleitorais para aceder ao poder, mas que uma vez este alcançado, tudo será feito no mesmo caminho da austeridade em que nos encontramos, por ventura de “punhos” bem mais cerrados que a ligeira abertura que a atual maioria já nos começa a proporcionar. Clamo portanto para a clarividência dos portugueses e dos gondomarenses em especial, para que se não deixem enfeudar neste populismo cansativo, obtusamente redundante e assaz prevaricador dos seus interesses. n

Por uma outra política de água - retomemos a gestão de um bem essencial à vida e cujo usufruto é um direito fundamental de todos

António Valpaços CDU “Em boa hora surgiram! Parabéns pelo vosso trabalho!”

Acentuam-se e intensificam-se os elementos associados à ofensiva contra a Água enquanto bem público, desencadeada mais formalmente a partir de 1993, e que visa sem rodeios, por mais desmentidos e jogos semânticos sobre «privatização»/«concessão», a entrega a privados de um apetecível filão de negócio do interesse das grandes multinacionais do setor. Infelizmente o nosso concelho é dos exemplos mais elucidativos de que como é errada a opção de privatizar/concessionar o bem público que é a água. Quando a Câmara de Gondomar concessionou a exploração e gestão dos Serviços Públicos Municipais de Abastecimento de Água

e Saneamento do Município, a CDU afirmou que a solução encontrada não traria benefícios para o concelho e para os utilizadores desses serviços públicos essenciais. O facto da Câmara de Gondomar já ter revisto por diversas vezes o contrato de concessão com a empresa Águas de Gondomar, que só tem beneficiado a concessionária, demonstra que, ao contrário do que se afirma, a gestão privada não é mais eficaz que a gestão pública. Desde o início de 2002 que os utentes pagam uma pesada fatura pelo abastecimento público de água e drenagem de águas residuais, que não é justificada pela qualidade dos serviços oferecidos. A concessionária tem feito o

que lhe apetece, adiando os prazos de conclusão dos investimentos previstos no plano inicial e cometendo ilegalidades graves, sem que a concedente use os seus poderes de fiscalização. Exemplo recente desta linha do ”quero, posso e mando” foi a imposição de forma súbita aos munícipes dos lugares da Sousa, Jancido e Compostela tarifas referentes a ramais, câmaras e ligação que assumem uma natureza de escândalo público, dado que se situam entre 1.700 e 2.758 euros. Atente-se que os valores em causa são superiores, na sua globalidade, aos montantes cobrados nas restantes freguesias do concelho, designadamente, aqueles que foram

cobrados na freguesia de São Pedro da Cova. Estamos perante uma opção cega e economicista com um impacto profundamente negativo no agravamento das condições de vida das famílias dos lugares referidos, sobretudo numa altura de grave crise económica e financeira como a que se vive no nosso país. É tempo de dizer basta! A defesa da água enquanto bem público assim o exige! A Câmara de Gondomar não pode uma vez mais, subordinar o interesse público aos interesses privados e às suas prioridades, é hora de retomar a gestão de um bem essencial à vida e cujo usufruto é um direito fundamental de todos. n

Privatizar a STCP só vai piorar ainda mais a vida dos gondomarenses

Rui Nóvoa BE “Aproveito para felicitar o jornal Vivacidade. Tenho-me empenhado para que as minhas crónicas contribuam também para o êxito deste importante espaço de informação que chega a milhares de leitores do nosso concelho. Bem haja e vamos lá que já não falta muito para a edição 200.”

O governo do PSD/CDS não descansa enquanto não entregar os transportes públicos aos seus amigos, assim, se nada fizermos para contrariar esta medida todos ficaremos a perder. É verdade que têm aumentado os tempos de espera nas paragens e diminuído várias carreiras mas, é bom que todos saibam de que a culpa não se deve aos trabalhadores. O governo não autoriza a contratação de novos motoristas o que deteriora o serviço pois, para garantir o mínimo de qualidade seriam necessários pelo menos mais 100 motoristas. O que tal não acontece e faz com que todos

os dias, muitos autocarros fiquem estacionados nas garagens, sem utilização, o que faz com que os horários não sejam cumpridos. O que é preciso é melhorar a oferta pública de transportes contribuíndo assim, de forma mais eficaz para retirar os automóveis das ruas, conseguindo assim, a redução de emissão de gases poluentes. Gondomar é um dos seis concelhos onde funcionam há décadas a rede de transportes públicos, da STCP, e desde janeiro de 2011, a linha do Metro até Fânzeres. Por isso, a Câmara de Gondomar não pode deixar de responder com força e determinação, ao pro-

grama de desmantelamento público que PSD/CDS puseram em marcha. É a própria lei das autarquias (lei nº 75/2013) que indica como competência dos municípios criar, construir, e gerir redes de transportes (art.33º). Mas não é apenas a lei que exige a intervenção da Câmara de Gondomar para salvar a STCP da destruição anunciada, trata-se também de salvaguardar a mobilidade da população de Gondomar, os direitos dos trabalhadores de transportes públicos e ainda, não menos importante, o património da STCP é que a interligação dos seis concelhos abrangidos pelo transporte

público rodoviário de passageiros é um facto histórico. É por isso absolutamente necessário que, a Câmara se empenhe na melhoria dos circuitos, das carreiras e dos horários da STCP e mobilize os outros municípios contra a destruição/privatização do transporte público de passageiros. Quanto ao Metro, a extensão em 5,6 quilómetros da linha azul até Valbom teria ganhos muito significativos, em termos ambientais e não só. Apenas com a aventura dos SWAPS na STCP e no Metro gasta-se muito mais do que os 200 milhões de euros desta obra. É de avançar, a mobilidade é um direito. n


50 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Opinião

Só uma grande coligação pode tirar o país da crise

Manuel Teixeira Jornalista e Professor Universitário “Aceitei, há 10 anos, participar no desafio de lançar o “Vivacidade”. Parecia-me uma ousadia e uma aventura. Mas acreditei nas pessoas. Conhecia o seu talento e persistência. O resultado está à vista: um jornal que deve orgulhar todos os gondomarenses.”

FOTO: DR

Posto de Vigia

1 – É praticamente garantido que as eleições legislativas não serão antecipadas. Assim, os portugueses deverão ir às urnas no início do próximo outono, mais ou menos daqui a dez meses. É igualmente quase certo que o PS deverá ser o vencedor. Mas poucos acreditam que António Costa obtenha uma maioria absoluta, vendo-se assim obrigado a fazer uma coligação. Com estes dados, a grande questão que começa já a colocar-se é esta: Com quem deve coligar-se o PS? Deve António Costa escolher simplesmente quem estiver mais disponível para o apoiar, satisfazendo-se com a maioria aritmética? Deve excluir os partidos à direita do PS e favorecer os que estão à sua esquerda? Deve privilegiar um acordo alargado com os partidos da atual maioria? 2 – Dir-se-á que é ainda muito cedo para discutir este tipo de

problemas, pois aparentemente só faz sentido falar de coligações depois de conhecidos os resultados eleitorais. Mas não é irrelevante ter ideias claras sobre os cenários pós-eleitorais. Como não é irrelevante que essas mesmas ideias sejam dadas a conhecer aos eleitores antes das eleições, de forma a que ninguém tenha de passar um cheque em branco

a quem quer que seja. Ora, todos os estudos de opinião dizem que os portugueses defendem que o próximo primeiro-ministro deve fazer tudo por tudo para formar um governo com uma larga base de apoio partidário. Só assim será possível convencer a União Europeia a flexibilizar as suas exigências quanto aos prazos para amortização da nossa dívida. O

mesmo se pode dizer quanto à redução das taxas de juro a que o país está sujeito. 3 – É neste quadro que a retórica política e a luta partidária pré-eleitoral assumem particular relevância entre as diversas forças partidárias. A linguagem abrasiva, as acusações gratuitas e sem fundamento, ou os ataques pessoais entre dirigentes só servem para criar crispações que limitarão, no período pós-eleitoral, as necessárias aproximações entre partidos. António Costa sabe muito bem que, sozinho o seu partido não conseguirá resolver os problemas que afligem o país. E sabe, igualmente, que o dinheiro não cai do céu, e a União Europeia não irá tornar-se numa espécie de Santa Casa da Misericórdia para os portugueses. Só mesmo com um grande consenso nacional e uma coligação alargada será possível ultrapassar a crise… n

Uma consumidora rececionou uma cobrança do Hospital referente a serviços prestados em 2009. Questiona qual o prazo durante o qual é possível serem efetuadas cobranças de taxas moderadoras.

André Regueiro Jurísta da DECO

para apresentar sugestões ou reclamações sobre o Serviço Nacional de Saúde. Cada distrito tem um gabinete do utente, na sede da sub-região de saúde, nos centros de saúde e nos hospitais.

Para apresentar uma reclamação, pode ainda utilizar o Livro de Reclamações que é obrigatório em todos os locais onde há atendimento público. A sua existência deve ser divulgada aos utentes de FOTO: DR

Segundo a lei que define o regime de cobrança de dívidas pelas instituições do Serviço Nacional de Saúde, “os créditos prescrevem no prazo de três anos, contados da data da cessação da prestação de serviços que lhe deu origem”. Há ainda que ter em atenção que o prazo de prescrição destes créditos começa a correr a partir do último ato de assistência ao lesado, importante se estivermos perante um utente sujeito a um tratamento prolongado. Assim, a consumidora não deverá pagar a taxa moderadora relativa aos cuidados recebidos em 2009. Porém, como precaução, deverá reclamar tal facto formalmente. Para o efeito, pode recorrer ao gabinete do utente

forma visível. O reclamante será sempre informado da decisão sobre a reclamação. Salientar ainda que, se utilizar uma unidade de saúde privada, portanto serviços que não estão integrados no Serviço Nacional de Saúde, pode também a apresentar a sua reclamação. Estas unidades de saúde são obrigadas a ter um regulamento interno autorizado pelo Ministério da Saúde, entidade que também atribui a licença de funcionamento. O regulamento interno e a tabela de preços devem ser afixados em local visível ou estar acessíveis para a consulta dos utentes. Nestes, os respetivos créditos de estabelecimentos de assistência ou tratamento prescrevem no prazo de dois anos. n

Para qualquer pedido de informação ou apoio para resolução de conflitos de consumo e situações de sobre-endividamento, dirija-se à DECO (deco.norte@deco.pt) ou ao Gabinete de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar. A autarquia dispõe de um protocolo de colaboração com a DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor e presta apoio gratuito aos munícipes. Contactos: gac@cm-gondomar.pt | Telefone: 224 660 536 (ext. 2036)


VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100 51

Opinião

A Saúde o nosso bem mais precioso... com o nosso corpo e a nossa mente, isso será a melhor definição de saúde. Ter uma doente que ainda esta semana, num misto de frieza e depressão, procurando de algum modo ajuda para a saúde que não tem, nos diz que se encontra em fase de reativação do cancro da mama, que possui

de mau prognóstico. Olhar para aquela mulher, ainda jovem, em que o destino já está traçado e tanto eu como ela, sabemos o desfecho final, como avistando a meta da vida, deixa-nos plenamente frustrados, mas não vencidos. Por outro, lado encontro naquela mulher, de um modo

deixando nos deprimir por coisas, muitas delas supérfluas, não dando verdadeiro valor à vida e que para tal, temos de viver bem

há cerca de sete anos e que agora descobrimos metástases ósseas, significando um aumento do estadio da doença, preocupante e

egoísta, sei, forças para tornar os meus problemas pessoais, fúteis e mesmo ridículos perante alguém que trocava, sem qualquer hesi-

tação, a situação dela pela minha, ou de todos nós. É pena não pensarmos mais nisso, acho mesmo curioso, a preocupação de muita “gentinha” andar a inventar problemas aos outros, quando não olham para si mesmo, desvalorizando a sorte que têm em estarem vivas e com saúde. Pensem que podem não ter outra oportunidade e que esta doente cuja história vos contei, trocava sem pensar duas vezes, com alguém que se encontra de mal com a vida, mas sempre como uma solução, possível no horizonte, opção essa que ela não tem. Vivam o dia a dia, se possível de bem com vós próprios e com o mundo. Façam rastreios no médico de família, pois a solução para muitas doenças, não está propriamente no tratamento mas na profilaxia, ou seja, descobrir a doença numa fase controlável e com tratamento possível. Esta é e será por muito tempo, a situação com o cancro... Vivam em saúde Até breve, estimados leitores… n

riedade é muita. Embora por vezes haja a tentação por escolher uma peça com cores garridas, lembre-se que as cores neutras como o branco, o preto, o cinza, o castanho ou o caramelo são mais fáceis de conjugar com as roupas que tem no armário e cansam menos. A regra é a mesma para os padrões. Quando mais simples for a peça, mas versátil vai ser. Se a ideia é que durem alguns anos dentro do

armário, as de padrão animal, por mais suave ou marcado que sejam, são sempre uma melhor aposta do que as de padrão geométrico. Para quem sente que tem volume a mais e que os casacos de pêlo agravam a situação, sugiro que, primeiro de tudo, apostem em casacos de pêlo curto e simples, neutros e o mais escuro possível. Tenham também atenção ao comprimento. Se, por exemplo, o problema é o volume abdominal, o casaco deve ser mais comprido que a zona crítica, pois não deve usar o casaco cujo comprimento termine na zona a disfarçar. Apostem em decotes em “V” ou “U”, demarquem bem a cintura e equilibrem sempre o look entre a parte de cima e a parte de baixo. Um saldo alto é sempre bem-vindo, coloca-nos sempre mais elegantes. Agora é só experimentar, experimentar e experimentar, até acharmos a nossa peça perfeita! n

FOTO: DR

Poderão os estimados leitores, achar pelo título desta crónica, que abordaremos um tema algo banal e já do conhecimento geral, tal como a “saúde, um bem precioso”. No entanto, quando as histórias da vida me passam diariamente no consultório, penso como somos às vezes egoístas,

Viva Saúde Paulo Amado Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Diretor Clínico da CLINICA RIO TINTO + Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do Hospital Lusíadas Porto.

Como usar peças com pêlo

Alcina Cunha Consultora de Imagem “Os meus parabéns ao jornal Vivacidade. Cem edições já foram, que venham mais cem...”

FOTO: DR

Viva Moda

Tendência vem, tendência passa, mas as peças de moda em pêlo falso continuam por cá! Continuam por uma boa razão. Elas têm um charme próprio, uma personalidade difícil de resistir que concede uma produção extra ao nosso visual nestes dias tão cinzentos. Por essa razão, tornaram-se quase que obrigatórias no nosso guarda-roupa. Já não as vejo como tendência, mas sim como básicas. Como tal, a escolha da peça perfeita que vai completar e enriquecer o nosso guarda-roupa tem que ser feita com coerência, e aqui a frase “pouco, mas com qualidade” tem que estar presente, para não corrermos o risco de passarmos de um look luxuoso, para um look “piroso”. Hoje conseguimos encontrar as mais variadas peças em pêlo, desde malas, pochetes, brincos, saias, sapatos e por aí adiante, mas os casacos, os coletes e as estolas

têm e continuaram a ter o papel principal. Havendo equilíbrio, conjugam-se com tudo. Porque não deixar um pouco de lado as skinny jeans e conjugar antes com um vestido mais fluido, uma saia lápis, ou mesmo com umas pantalonas? Pode-se surpreender com os indetermináveis looks que pode criar e o quão bem vai sentir-se neles. Nas cores e nos padrões a va-


52 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Lazer RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE Chef João Paulo Rodrigues

* docente na Actual Gest

Petit Gateaux c/ Gelado Baunilha

VIVA PREVENIDO

Controle a diabetes No dia 14 de novembro assinalou-se o Dia Mundial da Diabetes. Esta doença tem vindo a tornar-se um dos maiores problemas de saúde a nível mundial. Em Portugal, a prevalência estimada de diabetes e “pré-diabetes” na população entre os 20 e os 79 anos é de 34,9%. A diabetes caracteriza-se pelo aumento anormal do nível de açúcar no Elisabete Castro sangue. A longo prazo, e quanMédica, Interna de Medicina Geral e Familiar na Unidade de do não tratada adequadamente, pode originar complicações de Saúde Familiar de Fânzeres saúde graves como ataques car“Parabéns ao Jornal Vivacidade díacos, insuficiência renal, propela sua centésima edição – que blemas de visão, amputações, continue a bem informar a cidade entre outras. Dos vários tipos de de Gondomar!”

diabetes, a de tipo 2 é a mais frequente e pode ser prevenida e controlada com um estilo de vida saudável. Procure controlar o seu peso através da prática de exercício e da ingestão de uma dieta saudável. Lembre-se que somos aquilo que comemos e que é essencial encontrar um equilíbrio entre a energia que consumimos e a que gastamos para que não ganhemos peso. É importante adequar as quantidades e proporções de alimentos colocados no prato: os legumes devem ocupar meio prato, a outra metade deve ser dividida a meio para os cereais (arroz, massa,

batata, leguminosas ou eventualmente pão, não os misturando) e para as proteínas (peixe, carne ou ovo). Não salte refeições e faça pequenas merendas entre as 3 refeições principais e uma pequena ceia antes de deitar. Prefira os cozidos e grelhados e consuma mais peixe do que carne (optando por carnes brancas). Evite alimentos pré-cozinhados, fast-food, bebidas açucaradas, doces e qualquer tipo de açúcar. Estes conselhos aplicam-se a todos com ou sem diabetes, mas procure o seu médico em caso de dúvida ou para uma orientação mais pormenorizada.

Ingredientes: 220g Chocolate culinária 220g Manteiga 5 Ovos 5 Gemas 100g Açúcar 90g Farinha Branca Neve

ANEDOTA Uma adolescente foi à missa de sábado confessar-se: - Padre, eu dormi com o meu namorado. - Isso é pecado, minha filha. Reza dez ave-marias. A adolescente levantou-se, deu uns passos e voltou de novo ao padre. - Posso rezar vinte, senhor padre? - Porquê, minha filha? - É que a gente vai passar este fim-de-semana fora...

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Bater os ovos com as gemas e o açúcar na batedeira até duplicar. Em banho-maria derreter o chocolate com a manteiga. Junte o chocolate e a farinha ao preparado dos ovos com a ajuda de uma colher de pau delicadamente. Unte formas individuais (tipo queques) com manteiga e polvilhe com farinha. Colocar no forno a 200º durante 6 a 7 minutos. Servir com uma bola de gelado de baunilha

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SOLUÇÕES:

Preparação:

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AGENDA CULTURAL VIVACIDADE Exposições:

Festas e Festivais:

21 a 23 de novembro – FISPRO – 1ª Feira Internacional de Segurança e Proteção, no Pavilhão Multiusos de Gondomar

15 de novembro a 31 de março – “Viagem ao Paleozóico” – Exposição de Carlos Dias, no Centro Cultural de Rio Tinto Amália Rodrigues Até 22 de novembro, aos sábados – “25 Anos ARGO”, exposição fundadores criativos da Associação Artística de Gondomar, na Galeria Rui Albero, Foz do Sousa 22 a 29 de novembro, segunda a sábado – “Eco Presépios”, na CEA Quinta do Passal Até 23 de novembro – Resende | Fragmentos do Acervo1m, no Lugar do Desenho – Fundação Júlio Resende Até 28 de novembro, terça a sábado – Ilustração Anabela Dias, na Biblioteca Municipal de Gondomar

29 a 30 de novembro – II Festival Nacional de Bandas de Música, no Pavilhão Multiusos de Gondomar Música: 29 de novembro, das 10h30 às 11h30 – Música com Bebés e Papás, na Casa Branca de Gramido

Até 29 de novembro – Pintura dos alunos da Universidade Sénior de Gondomar, orientados pela Dr.ª Dília Graziela, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Literatura:

Até 30 de novembro, das 9h30 às 12h30 e das 14h às 18h – Exposição coletiva de artes plásticas “Artistas Gondomar 2014”, na Casa Branca de Gramido

Até 13 de novembro – “Ao Encontro de... Bernardino Machado”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

Até 20 de dezembro – “Pintura de Fernando Neves”, na ARGO – Associação Artística de Gondomar

Teatro:

Até 31 de janeiro, de terça a sábado – “As Minas, a ARGO e a Fotografia”, coletiva de fotografia, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova Até 31 de janeiro, de terça a domingo – Júlio Resende | Serigrafias, na Casa Branca de Gramido

22 de novembro, às 21h30 – “Às Noveh30 há Poesia! Poetas Castelhanos”, pela Contracorrente – Fábrica Teatral, no Centro Social de Soutelo Até 29 de novembro, sábados às 21h30 – XV Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto, no Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto Até 6 de dezembro, sábados às 21h30 – 4.º Encontro de Teatro Amador Arte e Ato 2014, na Escola Dramática e Musical Valboense


VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100 53

Lazer O VIVACIDADE ERROU Na edição n.º 99 do Vivacidade: - Na notícia “Baguim Fashion trouxe a moda a Gondomar”, da página 11, onde se lê “Os premiados foram: Clara, a mais jovem concorrente com apenas 12 anos”, devia ler-se “Os premiados foram: Lara Castro, a mais jovem concorrente com apenas 11 anos”. - Na notícia “Universidade da Grande Idade de Rio Tinto abre portas a seniores com vontade de aprender”, da página 14, onde se lê “Rancho Folclórico de Rio Tinto”, devia ler-se “Associação Folclórica Cantarinhas da Triana”.

VIVA TEC

LELO e ZEZINHA

A resolução de um processo jurídico, a conquista de um título ou investimentos numa formação académica vão marcar o início de uma nova etapa.

Respostas financeiras positivas, sorte nos negócios e emoções fortes. Se estiver disponível um encontro poderoso vai despertar uma paixão.

Prepare-se para mais sucesso na carreira. As responsabilidades também vão aumentar.

Pendências do passado poderão ser mais bem resolvidas neste mês. O trabalho e o quotidiano poderão ser reformulados.

Poderá vir a mudar de casa, de equipa de trabalho ou de ambiente, o que favorecerá a construção de novas amizades e relacionamentos estáveis.

Esta fase será fértil e criativa. Um forte sentimento de paixão poderá inspirar planos de longo prazo para a vida íntima.

Fase de pensar como pode ganhar mais dinheiro e brilhar no trabalho. Aproveite este período para avaliar ambições, planejar uma viagem e decidir novos rumos.

Uma proposta de trabalho virá ao encontro dos seus objetivos. Aproveite para aproximar-se da sua missão e descobrir talentos que você nem sabia que tinha.

Decisões firmes movimentarão a sua vida íntima. Vários planetas vão incentivar novas conversas para a realização dos seus desejos.

Amplie as comunicações, divulgue o seu trabalho e atraia novas oportunidades. No amor também vai ter surpresas.

As finanças prometem estabilizar, equilibrar o orçamento e atrair oportunidades para aumentar a receita.

Boas notícias financeiras vão despertar o seu espírito de guerreira. Aproveite para ir à luta e promover as mudanças desejadas no estilo de vida.

A missão Rosetta é mais um grande passo para a humanidade

Assistimos em novembro ao “acometar” da sonda Philae no cometa 67P/Churyumov-Gerasimenko, pela primeira vez na história. O coroar da missão Rosetta foi testemunhado pela humanidade que assistiu aos festejos da Agência Espacial Europeia, que envolve vários centros espaciais espalhados pela Europa. A equipa responsável pelo projeto festejou efusivamente a conclusão da primeira fase da maior aventura espacial de sempre (a Rosetta está no espaço desde 2004), que cumpriu o objetivo ao lançar a sonda Philae. O primeiro passo está dado mas surgem agora novos desafios: estudar a cauda do cometa, averiguar a água que o corpo celeste possui e perceber se o líquido é semelhante ao da Terra; a análise da composição do gelo e da poeira na superfície do corpo celeste pode oferecer novas pistas sobre a formação do Sistema Solar e da origem da vida na Terra. Trata-se também da primeira vez que uma nave está tão próxima de um cometa, uma operação comparável à complexidade técnica da chegada à Lua. O módulo Philae está a cerca de 22 quilómetros da nave espacial “mãe” e já são conhecidas as primeiras fotografias tiradas ao cometa 67P/CG. Contudo, nos últimos dias surgiram algumas dificuldades relacionadas com a estrutura irregular do cometa, que tem dificultado a captação de energia solar do robô Philae, mas a agência espacial francesa CNES já garantiu que apesar do contratempo o módulo está em permamente contacto com a sonda Rosetta e que a missão mantém-se. O mundo tecnológico está de olhos voltados para o espaço à espera de mais um grande passo para a humanidade.


54 VIVACIDADE NOVEMBRO 2014 ESPECIAL EDIÇÃO 100

Emprego Profissão

Op. Call Center

Profissão

Marceneiro

Nº Oferta

588469972

Nº Oferta

588490619

Duração Experiência Freguesia

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) associada a cada oferta de emprego. Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

Centro de Emprego de Gondomar Telefone 224 662 510 R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420 - 225 Gondomar E-mail: cte.gondomar@iefp.pt

Profissão Nº Oferta Duração Experiência

Obrigatório fluência em francês Gondomar

Duração Experiência

Tempo completo. Contrato a termo Com experiência.

Freguesia

Fânzeres

Profissão

Empregado de armazém

Profissão

Vendedor

Nº Oferta

588496644

Nº Oferta

588482176

Duração Experiência

Tempo completo. Contrato a termo Acondicionar materiais, cargas e descargas;

Duração Experiência

condução de empilhador; carta de conduçao Freguesia

S. Pedro da Cova

Tempo completo. Contrato sem termo Com experiência na área de madeiras e derivados. Medida Estímulo Emprego.

Freguesia

Valbom

Profissão

Envernizador

Profissão

Cozinheiro/a

Nº Oferta

588468479

Nº Oferta

588476853

Duração Experiência

Tempo completo. Contrato a termo Com experiência em envernizar à pistola

Duração Experiência

Tempo completo. Contrato a termo Com experiência no mínimo de 1 ano em cozinha regional

Freguesia

Fânzeres

Freguesia

Rio Tinto

Carpinteiro

Profissão

Desenhador

Profissão

Torneiro mecânico

588493084

Nº Oferta

588493540

Nº Oferta

588462509

Tempo completo. Contrato a termo Conhecimento de trabalhos com madeira

Duração Experiência

Rio Tinto

Tempo completo. Contrato a termo Com experiência em Autocad, PHC Advanced,

Duração Experiência

Solidworks - Formação técnica do cenfim

para recuperar paletes Freguesia

Tempo completo. Contrato a termo

Freguesia

Rio Tinto

Tempo completo. Contrato a termo Com experiência mínima de 2 anos (torno e fresa)

Freguesia

S. Pedro da Cova

Profissão

Gestor Comercial

Profissão

Engenheiro eletrónico

Profissão

Outros trabalhadores não qualificados

Nº Oferta

588490611

Nº Oferta

588493548

Nº Oferta

588490638

Duração Experiência

Tempo completo. Contrato a termo Com experiência na área do mobiliário. Co-

Duração Experiência

nhecimentos de inglês, francês e espanhol. Freguesia

Fânzeres

VIVACIDADE 20/11/2014

Tempo completo. Contrato a termo Com experiência em sistemas eletromecâni-

Duração Experiência

cos; fluência inglês Freguesia

Fânzeres

Tempo completo. Contrato a termo Com experiência em tarefas relacionadas com a área de fabrico de móveis

Freguesia

Fânzeres




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