Vivacidade edição 88

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0,50€

Desporto

P.25 e 26

Mercado da Areosa em tribunal

Câmara poderá ter que pagar 4,6 milhões de euros de indeminização a construtora de parque de estacionamento Marco Martins envia para o Ministério Público caso “estranho e mal explicado” do anterior executivo

Gondomarenses vão pagar menos 30% e 40% de IMI em 2014

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Entrevista a André Castro “Nunca vou esquecer o clube da minha terra”

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2 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Editorial Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org

José Ângelo Pinto

Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário

Caros Leitores, Os acessos ao site e à página no Facebook do www.vivacidade.org não param de aumentar. A publicação do jornal físico, replicado no mundo virtual, de forma gratuita e de acesso livre, tem demonstrado a capacidade de rejuvenescer, de atrair novos leitores e de renovar a liderança regional, que temos vindo a assumir na imprensa regional metropolitana do Porto. Esta edição é a primeira, após um longo conjunto, em que o destaque foram as eleições locais; pois as autárquicas dominaram naturalmente os conteúdos do jornal nesse período. Estamos orgulhosos da cobertura verdadeiramente notável e inédita que fizemos das eleições e dos seus resultados; pois não encontramos nenhum outro órgão local de informação que tenha feito um trabalho semelhante e o que nos têm dito é que há publicações a replicarem o modelo que definimos. Ou seja, o Vivacidade é hoje não só um produto estabilizado, maduro, com imensa visibilidade e impacto mas também visto como um modelo a seguir pelas pessoas interessadas em desenvolver novos projetos nesta área. Projetos âncora, que sustentem o desenvolvimento, é o que a região Oriental da cidade da zona metropolitana do Porto precisa, pois tirando um ou outro sinal positivo, claramente insuficiente para poder vir a transformar a região, não parece haver ainda conciliação política para que se possam desenvolver estruturas (obras ou organizações) que levem a que os impactos sejam notáveis. Para isto, é preciso começar a organizar as parcerias certas, que incluam os municípios, as entidades de gestão dos programas e os privados mas que sejam estruturados os princípios dos projetos de tal modo que seja o interesse público completa e absolutamente salvaguardado e protegido. O país não está em condições de promover uma EXPO 2020 na zona oriental do Porto, mas que ia ser um projeto fantástico e com impactos a 50 anos disso não há dúvida. Com a organização política atual dos municípios envolvidos não há espaço para pensarmos nisso?

POSITIVO A LIPOR venceu o Prémio Desenvolvimento Sustentável 2012/2013. A empresa foi vencedora no setor construção, gestão de infraestruturas, transporte e logística, tendo sido também considerada a melhor PME. O prémio distinguiu a Lipor por incluir a sustentabilidade na sua visão de negocio. O Prémio Desenvolvimento Sustentável é promovido pela Heidrick & Struggles e o Diário Económico. A distinção procura reconhecer entidades com as melhores práticas na área da sustentabilidade empresarial.

Sumário:

NEGATIVO Existe, neste momento, uma onda de desrespeito ambiental numa zona de Rio Tinto. Há famílias a abandonarem a habitação e a cidade porque uma estação de serviço tem um serviço de lavagem em funcionamento dentro de uma zona habitacional e várias pessoas frequentam agora hospitais devido à enorme inconsciência ambiental que causam distúrbios vários na saúde pública, por parte da Estação da Repsol de Rio Tinto 1, na Rua Fernão de Magalhães.

Opinião Páginas 32 a 36

Sociedade Páginas 4 e 5, 8 a 18 Breves Página 6 Política Páginas 19 a 22 Desporto Página 24 a 26 Empresas & Negócios Página 27 a 31

Emprego Página 37 Lazer Página 38

Próxima Edição 19 de dezembro

Obrigado, António Barbosa

Paulo Santos Silva

Professor, Historiador e Escritor

Memórias do Nosso Passado A reação do Mosteiro de Rio Tinto perante a sua extinção Como o prezado leitor deve estar lembrado, o venerável Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tinto foi definitivamente extinto como instituição religiosa, passando a abadessa, a prioresa, as monjas e o património da instituição para o Real Mosteiro de S. Bento da Ave-Maria do Porto, mosteiro sob proteção real e que partiu da iniciativa do rei D. Manuel em querer fundar na cidade do Porto uma instituição monástica feminina, recaindo a escolha sobre mosteiros da Ordem de S. Bento. Desde 1518, data do inicio da construção do Real Mosteiro, junto à antiga “Porta de Carros” nas muralhas do

Porto, que a abadessa D. Inês Borges liderou enérgica mas infrutiferamente uma tenaz resistência contra a extinção do seu mosteiro, o de Rio Tinto, desde apelos ao Papa até ao desafiar de ordens para não acolher mais noviças no mosteiro ou mesmo confirmar a apresentação de párocos ou fazer emprazamentos, bastante depois de 1518. Escreve D. Mariana Pinta, monja professa e 13ª abadessa do Real Mosteiro que, no século XVII, que a entrada das monjas vindas de Rio Tinto e de outros três mosteiros se processou solenemente e com imensa alegria. Mas, o facto é que se alegria houvesse, da parte

de D. Inês Borges terá durado muito pouco, pois esta recusou-se a abdicar do seu título de abadessa a favor da nova abadessa de S. Bento de Ave-Maria, gerando um conflito de autoridade que só foi resolvido com a intervenção do próprio monarca, D. João III, com uma compensação de rendas da esmola real e do direito da apresentação da Igreja de Valongo, falecendo a última abadessa de Rio Tinto pouco tempo depois. Rio Tinto este depois disso muito ligado à instituição do Real Mosteiro de S. Bento de Ave-Maria até ao advento do Liberalismo com a famosa Lei de Desamortização, a qual tornou muita gente rica à custa dos bens fundiários e outros dos muitos mosteiros extintos ou em vias de extinção a partir de 1834. Pena que hoje pouco reste da memória e nenhum vestígio físico do antigo mosteiro, mas existe ainda muita da documentação e a vontade de perpetuar a sua memória às futuras gerações da nossa terra.

Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida Redação: Ricardo Vieira Caldas (CP-9828) Pedro Santos Ferreira (TP-1911) Diretor Comercial: Luiz Miguel Almeida Paginação: José Vaz Edição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTO Colaboradores: Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Simões, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org E-mail: geral@vivacidade.org



4 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Sociedade

2005

CMG estuda remodelação do Mercado da Areosa

2007

2008

2009

CMG decide intervenção

mudança para um “mercado provisório”

a obra começa a ter paragens

setembro

agosto

junho

setembro mudança para um “mercado provisório”

Estacionamento do Mercado

pode custar quase 10% do orçamen

A tomada de posse do atual executivo camarário deu-se a 23 de outubro e foi a partir daí que Marco Martins e os restantes vereadores tom milhões de euros que a Câmara poderá ter que pagar à empresa concessionária do estacionamento pago do Mercado da Areosa – Opção Su não se conforma e interpôs, na terça-feira, uma ação ao Tribunal Administrativo, para anular a condenação ao pagamento da indeminiza contornos deste caso. Texto: Ricardo Vieira Caldas

“É mais um caso muito mal gerido e mal explicado e quanto mais mexemos nele piores contornos tem”. É assim que Marco Martins define ao Vivacidade, o imbróglio com que a Câmara se deparou nestes últimos dias quando descobriu que o Tribunal Arbitral decidiu anular o contrato de concessão com a empresa Opção Sublime SA (do grupo ABB) e condenar a câmara ao pagamento de 4,577 milhões de euros à empresa a título de indemnização. O contrato com a Câmara previa a construção e concessão do parque de estacionamento subterrâneo e, alegadamente, a igual concessão de 250 lugares à superfície. Já em 2013, a empresa queixou-se que estava a ter “prejuízos” alegando que a “alteração ao regulamento municipal que restringe o pagamento”, as isenções previstas para cerca de 20 residentes e a “diminuição do número de lugares disponíveis para estacionamento à superfície” estavam na origem do problema. Segundo a concessionária, deveriam ser 250 e não os atuais 200 lugares disponíveis.

Agora, após a decisão do Tribunal Arbitral, a nova Câmara viu-se obrigada a contestar a deliberação interpondo a ação para tentar anular o pagamento. O presidente da Câmara, Marco Martins, considera “estranho” todo este caso já que até faltam alguns dos documentos de reuniões do executivo anterior. O autarca explicou, em conferência de imprensa, que o executivo “vai estar atento, não só na pesquisa de novos elementos sobre este processo, como na remessa para o Ministério Público” já que considera “estranho” o Tribunal Arbitral tomar, em dois meses, uma “decisão tão complexa, a um mês das eleições autárquicas”. Mas, segundo Marco Martins, há ainda outra questão que por esclarecer. A Câmara [ainda liderada por Valentim Loureiro], mesmo concordando com a decisão do Tribunal, “escreveu ao concessionário dizendo que não fez o pagamento dos 4,6 milhões de euros porque não teve dotação orçamental”. O novo executivo descobriu ainda, na semana passada, que a autarquia continuava a pagar uma renda de 3500 euros mensais, do espaço usado, entre 2008 e 2011, para acolher os comerciantes durante as obras no mercado.

O Vivacidade tentou obter uma reação do Grupo Alexandre Barbosa Borges [detentor da Opção Sublime S.A] mas a empresa não se mostrou disponível para prestar declarações. Proposta da reunião extraordinária urgente com voto contra de Maria João Marinho Apesar do restante executivo ter concordado em interpor com uma ação judicial para o Tribunal Administrativo da decisão do Tribunal Arbitral, neste caso do Mercado da Areosa, Maria João Marinho, vereadora da coligação PSD/CDS não se conformou com a decisão e votou contra a proposta. Ao Vivacidade, explica porquê. “Votei contra a proposta de interposição de ação judicial para o Tribunal Administrativo, tendo em conta que a decisão do Tribunal Arbitral foi unânime na sua decisão, de acordo com o árbitro aprovado por unanimidade em executivo camarário. Ressalvo que foi com o voto favorável do atual vice-presidente, Luís Filipe Araújo e do vereador Rui Quelhas e não entendo o porquê deste procedimento, que pode colocar em questão o pagamento

dos vencimentos dos funcionários e demais prestadores de serviços”, afirma a vereadora da oposição. Maria João Marinho diz mesmo que não se deve “em consciência tomar uma decisão que pode levar a um acréscimo de custos, de muitos milhares de euros, por uma decisão política” já que “o valor atribuído pelo tribunal era o que o custo da obra de empreitada, e o atual executivo ao não sancionar esta decisão, o custo para todos os gondomarenses pode ser deveras penoso”. Questionada sobre a ausência de coerência do seu voto com os votos dos restantes vereadores da coligação PSD/CDS, Maria João Marinho afirma: “É a liberdade de expressão democrática”. Orçamento camarário comprometido Ao Vivacidade, Marco Martins confirma que os 4,6 milhões de euros representam “quase 10% do orçamento da câmara” e que, no caso de a Câmara ter de suportar esse custo, vai “bloquear completamente o município” obrigando a um “reajustamento do orçamento” e a uma “diminuição no investimento” que o atual executivo previa para o concelho.

O Mercado da Areosa nos dias de hoje Pouco passava das 14h30 de uma sexta-feira e nem um cliente circulava nos corredores do novo edifício do Mercado da Areosa. O dia seguinte, sábado, seria o mais rentável para os comerciantes do mercado. O rés-do-chão é o piso da excelência para as vendas e, ainda assim, são apenas quatro os espaços que abrem diariamente – apesar do regulamento obrigar os comerciantes a abrirem o espaço também durante a semana. No piso 1, Deolinda Moreira, responsável por um café com esplanada, explica ao Vivacidade que “o negócio é péssimo”. “Se me falta algum cliente habitual, eu dou por ela, por isso os clientes dão para contar pelos dedos. Isto morreu ao nascer porque as pessoas abrem os espaços quando querem. Nunca se viu um café fechar às 19h. No palco que seria para eventos, até hoje não vi lá ninguém. Este espaço com esta esplanada era para poder funcionar”, explica revoltada a septuagenária. Apesar de tudo, “há uma certa esperança” para o café, porque o atual presidente da Câmara “prometeu uma remodelação” no


VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

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Inquérito de rua

2010

2011

2013

Assembleia Municipal aprova adjudicação da construção e concessão do parque subterrâneo, por 3,5 milhões de euros, por um período de 35 anos

abre novo mercado e parque de estacionamento; comerciantes deixam mercado provisório

16 de maio

fevereiro

setembro

empresa reclama prejuízos

CMG aprova minuta do compromisso arbitral

30 de maio

18 de agosto

assinatura do contrato

convite, para o exercício da função de Árbitro, ao Dr. João Quintela Cavaleiro

setembro

22 de agosto

início das obras

o da Areosa

A CMG aprova o Regulamento e Arbitragem

26 de agosto foi proferido Acórdão Sentença

nto da Câmara

Maria de Fátima Pereira peixeira, 66 anos “Eu era catraia quando o espaço [do antigo mercado] foi inaugurado e a minha avó fundou isto. Quando me falaram no mercado novo eu até achei uma coisa bonita e fui umas das pessoas que mais apoiei. Só que acho que não gastavam tanto dinheiro e punham-nos o mercado conforme ele era. Puseram-nos aqui e ninguém gosta disto. Estou aqui sozinha de terça a sábado, das 8h às 18h e as minhas colegas vão governar a vida para outro lado. Estamos aqui a gramar o mel e o fel. ”

maram conhecimento de um caso que, o próprio presidente da Câmara considera “estranho”. Em causa estão 4,6 ublime, SA – para repor o equilíbrio económico financeiro desta, já que a mesma reclama “prejuízos”. A Câmara ação. A autarquia também já fez saber que o Ministério Público vai receber uma participação para analisar os mercado. No espaço ao lado do café, Maria Morais, proprietária da frutaria, espera, ansiosa, com o marido, a entrada de clientes na loja. “A obra que foi feita foi a pior coisa que puderam fazer. Estávamos melhores nos contentores do rés-do-chão do que aqui. Não vem aqui ninguém e estou com ideias de deixar o espaço no final do ano porque não dá para as despesas”, comenta. Quanto ao estacionamento pago, a comerciante lamenta tudo o que foi feito até agora. “O estacionamento pago correu com a freguesia toda! Tinha duas freguesas que vinham durante a semana e deixaram de vir porque foram multadas. Ontem nem um cliente tivemos.” No ramo das flores, a crise é a mesma. Sónia Silva, florista, de 46 anos diz que diariamente atende “muito

poucos clientes”. “Isto piorou. Parece mais um centro comercial do que um mercado. Foi-nos prometido um espaço exterior e para este espaço virão serviços. Nós nunca devíamos ter vindo para aqui. O grande erro do Valentim foi ter feito isto”, lamenta. Reconversão e revitalização do Mercado da Areosa “suspensa” Marco Martins, ainda em campanha eleitoral, prometera para o Mercado da Areosa, uma “reconversão e revitalização” para devolver o comércio ao local. Agora, após a descoberta do caso do estacionamento, o presidente da Câmara explicou ao Vivaci-

dade que esse assunto está “suspenso”. “A nossa ideia era avançar com isso já em 2014. Esta questão não prejudica mas enquanto não houver uma decisão definitiva vamos ter que suspender tudo isso até porque pode o Tribunal decretar o encerramento da praça, que integra a concessão”.

Augusta da Glória 75 anos “Há 55 anos que venho aqui. Moro na Giesta e gostava mais do mercado velho do que gosto agora. Estava tão bem como estava.”

Maria Fernanda Pereira peixeira, 60 anos “Na intenção deles [Câmara] fizeram muito bem mas, na verdade, o mercado como estava era muito melhor. Já vendo há 50 anos e tenho seis ou sete clientes por dia. O problema é que obrigaram as pessoas a vir para aqui todos os dias e as pessoas não vêm. Não está certo também as pessoas terem que pagar o estacionamento.”


6 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Breves 13º Aniversário Associação Moradores de Santa Bárbara

I Aniversário da banda juvenil da BSCRT A Banda São Cristóvão Rio Tinto (BSCRT) irá celebrar no dia 8 de dezembro, pelas 15h00 no Centro Cultural Amália Rodrigues, em Rio Tinto, o primeiro aniversário da Banda Juvenil da BSCRT. Ao Vivacidade,

Daniel Ribeiro, presidente da Banda São Cristóvão, reforça a importância da criação da primeira Banda Juvenil de Rio Tinto, “que tantos frutos tem dado e está agora prestes a completar um ano de existência”.

Geoclube recebe acreditação de Serviço Voluntário Europeu

A Associação Moradores de Santa Bárbara celebrou no dia 10 de novembro o 13º aniversário. Dezenas de pessoas celebraram a ocasião no conjunto habitacional que contou com a presença de Marco Martins, presiden-

te da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara de Gondomar e Daniel Vieira, presidente da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova.

Comissão Europeia dá dois meses para remoção de resíduos tóxicos em S. Pedro da Cova Bruxelas deu, esta quarta-feira, dois meses a Portugal para limpar definitivamente as “elevadas quantidades” de resíduos tóxicos

nas minas desativadas de S. Pedro da Cova, com a ameaça de recorrer para o Tribunal de Justiça.

José António Macedo eleito Presidente do Conselho Geral da RUTIS O Conselho Executivo da Universidade Sénior de Gondomar elegeu José António Macedo como novo Presidente do Conselho Geral da RUTIS (Associação Rede de Universidades da Terceira Idade), na VII Reunião Magna do Conselho Geral, realizada no dia 18 de Outubro de 2013, no salão Moinho de

Vento em Almeirim. A eleição do autarca advém do reconhecimento por parte de todas as Universidades Seniores que integram a Rede de Universidades da Terceira Idade, no que diz respeito ao trabalho desenvolvido na Universidade Sénior de Gondomar e no seio da RUTIS.

Os Centros Escolares da Venda Nova e de Baguim do Monte foram formalmente inaugurados pela Câmara Municipal de Gondomar nos dias 15 e 18 de outubro, respetivamente. Com um custo total superior a sete milhões de euros, as obras foram comparticipadas pela União Europeia e são agora local de estudo para uma comunidade escolar de praticamente meio milhar de alunos.

Dia Nacional do Pijama celebrado em Gondomar Mais de 140 mil crianças, de todo o país, incluindo de Gondomar, foram, no dia 20 de novembro, de pijama para a escola. A título de exemplo, o Infantário e Jardim de Infância ‘A Fisga’ foi uma das escolas que participou, unindo-se à causa e celebrando de igual forma o Dia da Convenção Internacional dos Direitos da Criança.

I Encontro de Dança Fame No dia 14 de dezembro, o Grupo Dança Fame, que faz parte do Grupo Folclórico e Etnográfico de São Pedro da Cova, irá organizar no Auditório da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova o I Encontro de Dança Fame. A

iniciativa vai trazer a Gondomar as atuações de oito grupos de dança, nomeadamente o grupo Fame, Dance Movemente, Dance 4U, Dance to Impress, Teenager, Cram’s Five C e Diversidade. A entrada é gratuita.

Oficinas Sazonais de Natal 2013 Associações de Pais do Agrupamento de Escolas de Santa Bárbara tomaram posse

A Câmara Municipal de Gondomar, através do Centro de Educação Ambiental (CEA) da Quinta do Passal, irá organizar as Oficinas Sazonais de Natal 2013, promovidas no âmbito do Plano de Educação Ambiental do CEA, com o objetivo de proporcionar às crianças e jovens entre os 6 e os 14 anos, uma ocupação de qualidade na interrupção letiva do Natal e

sensibilizar os participantes e as suas famílias para a adoção de boas práticas ambientais. As Oficinas vão realizar-se nas instalações do CEA da Quinta do Passal, junto ao Polis de Gondomar – Valbom, nos dias 18, 19, 20, 23, 26, 27 e 30 de Dezembro 2013 e 2 e 3 de Janeiro de 2014, entre as 8h30 e as 18h. As inscrições são diárias e limitadas às vagas predefinidas.

Campanha ‘Reciclar Conhecimento’

O Salão Nobre da Junta de Freguesia de Fânzeres recebeu, no dia 15 de novembro, os representantes das Associações de Pais do Agrupamento de Escolas de Santa Bárbara para tomarem posse. Na cerimónia marcaram presença e discursaram a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Gondo-

mar, Aurora Vieira, o presidente da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, Daniel Vieira, o presidente da Federação das Associações de Pais do Concelho de Gondomar, Jorge Ascensão, o presidente do Conselho Geral do Agrupamento, António Martins e a diretora do agrupamento, Susana Sistelo.

No âmbito do programa “Semana Europeia de Prevenção de Resíduos 2013” e em parceria com a LIPOR, um grupo de jovens e professores da Escola EB 2,3 de Rio Tinto vai, de 16 a 24 de novembro, promover uma campanha denominada de ‘Reciclar Conhecimento”. O objetivo é sensibilizar a população para “prolongar a vida dos produtos, produzir menos resíduos e preservar o ambiente”. Para isso, basta entregar no ‘Aventura Dinâmica’ [Av. da Conduta, junto à Rotunda da Kasadek] ou nos postos assinalados com cartaz LIPOR, o suporte de conhecimento que já não quer como, por exemplo, livros, CDs, DVDs, BD, revistas, etc.



8 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Sociedade

‘Verão de São Martinho’ vivido a rigor no concelho

Castanhas assadas e jeropiga fazem as delícias dos gondomarenses Foi perante um dia de sol de novembro, que o Centro Cultural e Desportivo dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Gondomar (CCD) organizou mais um magusto no Pavilhão Multiusos de Gondomar que juntou cerca de 500 pessoas num almoço onde as castanhas foram as principais protagonistas. Mas não foi só em Gondomar que se viveram os magustos. FOTOS: DR

Segundo reza a lenda, num dia frio e tempestuoso de outono, um soldado romano, de nome Martinho, percorria o seu caminho montado no seu cavalo, quando deparou com um mendigo cheio

e ao vento quando, de repente, como por milagre, o céu se abriu, afastando a tempestade. Os raios de sol começaram a aquecer a terra e o bom tempo prolongou-se por cerca de três dias. Desde essa altura, todos os anos, por volta do dia 11 de novembro, surgem esses dias de calor, a que se passou a chamar “verão de S. Martinho”.

V

de fome e frio. O soldado, conhecido pela sua generosidade, tirou a sua capa e com a espada cortou-a ao meio, cobrindo o mendigo com uma das partes. Mais adiante, encontrou outro pobre homem cheio de frio e ofereceu-lhe a outra metade. Sem capa, Martinho continuou a sua viagem ao frio

Coincidência ou não foi mesmo em dia de sol, a 16 de novembro, que o CCD organizou o seu magusto anual, no Multiusos de Gondomar. Mais de 30 mesas compunham a Sala D’Ouro num convívio com os trabalhadores da Câmara e algumas entidades convidadas.

[postos de trabalho] fará tudo o que for possível”. “Contem connosco”, finalizou. No magusto marcaram também presença algumas entidades como quase todos os vereadores da Câmara e presidentes de Junta, assim como o administrador e colaboradores da Águas de Gondomar.

tiva (ACGITAR) promoveu uma vez mais o magusto em Atães, Jovim. Em clima de “festa popular” não faltou a tradicional fogueira e os mais corajosos saltaram-lhe mesmo por cima, numa noite caracterizada por muita animação e convívio. Ao mesmo tempo mas noutra FOTO: RVC

FOTO: PSF

O Multiusos de Gondomar recebeu, mais uma vez, o Magusto organizado pelo CCD

Perante cerca de 500 pessoas, Guilherme Cruz, presidente da direção do CCD, discursou naquela que foi a sua despedida do cargo. Falou do objetivo do evento que é, no fundo, reunir os trabalhadores da Câmara já que “no dia a dia nem sempre é possível conviver” entre todos. “É com muito orgulho que saio ao fim de seis anos de mandato porque tive uma equipa excelente. Isto não é obra de uma só pessoa”, despediu-se, falando da situação financeira equilibrada do CCD e fazendo um pedido ao novo presidente da Câmara, Marco Martins. “Naquilo que for possível, continue a olhar por esta instituição. Temos uma falha, que é a falta de uma sede social”. O presidente da Câmara, presente no magusto, também discursou e começou por responder a Guilherme Cruz. “O tempo em que se dizia sim a tudo, no momento, acabou. Vamos analisar a situação e não vai ficar esquecido”, referiu Marco Martins. O presidente aproveitou a ocasião para explicar à plateia que a situação de alguns dos trabalhadores da Câmara que tinham visto os seus contratos rescindidos há cerca de um mês poderão “ter alguma esperança” porque “a Câmara já deliberou e, no que der para salvar

Alguns sócios e simpatizantes do SCRT juntaram-se para comer castanhas

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

Em Jovim e Rio Tinto também não faltaram castanhas No mesmo dia em que o CCD juntava centenas de pessoas em Gondomar, a Associação Cultural Geral Independente dos Trabalhadores Amadores e Recrea-

freguesia, o Sport Clube de Rio Tinto organizava um magusto na sua recém-inaugurada sala Multiusos, no Estádio Cidade de Rio Tinto. Ao som do Duo Broa de Mel, os sócios e simpatizantes do clube juntaram-se e conviveram enquanto comiam castanhas e bebiam jeropiga.


VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

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Sociedade: 14.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto

“As palmas do público são o nosso cachê”

Desde o dia 2 de novembro que o teatro regressou a Gondomar. Está a decorrer o 14.º Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto, organizado pelo Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto, que se irá prolongar até ao último sábado de novembro com a estreia de uma nova revista à portuguesa, protagonizada pelo grupo residente. Texto: Pedro Santos Ferreira

O Festival de Teatro da Cidade de Rio Tinto é já uma tradição de novembro na freguesia. Durante cerca de um mês, o Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto (GD-

BART) anima as noites de sábado com peças de teatro de grupos convidados e com a peça final, a cargo do grupo de teatro residente. Satisfeito com a duração do Festival, Alberto Mendes, presidente do Grupo Dramático, afirma que a iniciativa “já se tornou uma tradição” e confessa ter dificuldade em

distinguir os atores amadores do Festival de Teatro dos atores profissionais. “Só não são profissionais porque não ganham dinheiro”, diz com entusiasmo. A 14.ª edição do Festival tem como principal novidade a estreia de uma nova revista à portuguesa, no encerramento do Festival. EnceFOTO: PSF

nada por Francisco Nogueira e interpretada pelo GDBART, a revista “Mãos à Obra Porto” será o momento mais aguardado do festival, no dia 30 de novembro. “O 14.º irá superar o 13.º Festival. Só não temos mais pessoas a visitar-nos porque não podemos alargar a sala, mas o sucesso está garantido”, afirma Francisco Nogueira. “Os grupos que aqui vêm são grupos de referência e quase que se oferecem para participar. Temos conseguido manter a qualidade do Festival graças a uma grande equipa responsável pela organização”, refere. Apesar da 14.ª edição ser realizada apenas na sala de espetáculos do Dramático, Francisco Nogueira admite que numa próxima edição não está colocada de parte a hipótese de voltar a ter três palcos em

simultâneo. Nos dias 23 de novembro e 30 de novembro sobem ao palco o Grupo Dramático e Recreativo da Retorta e o Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto, respetivamente. Os espetáculos têm início às 21h45 e a entrada do público é gratuita.


10 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Sociedade

Mais de 4000 aves “invadiram” Gondomar

Vários milhares de aves tomaram conta do Pavilhão Multiusos de Gondomar, de 8 a 10 de novembro, naquele que foi o 18.º Ornishow Internacional do Douro. A ornitologia assumiu o destaque na exposição que marca também uma competição dos criadores de aves. Texto: Ricardo Vieira Caldas

posição é sempre valiosa seja para o concelho como para as pessoas

que vêm de fora”, explica Alexandre. FOTO: RVC

António Rosa, o ‘Mourinho dos Gold’ foi mais uma vez o campeão das aves nesta edição do Ornishow, em Gondomar. Com 46 prémios em diversas categorias, destaca-se o melhor ‘diamante de Gould’. Para a organização, na pessoa de Amílcar Dias, esta foi a “maior exposição” de aves alguma vez organizada em Gondomar como, aliás, “tem sido hábito”. “Tem vindo sempre a crescer. É mais um ano de crescimento. Por estranho que possa parecer, olhando às circunstâncias económicas do país,

este ano foi o ano em que mais crescemos em número de expositores e de aves. Este ano temos mais mil aves do que no ano passado”, refere o organizador. São 4300 aves, todas em competição e há algumas, mais raras, que apenas se expuseram para o Ornishow. Já Carla Costa, visitou pela primeira vez a exposição. “Vim porque nunca tinha visto. Sou daqui e acho isto interessante. Há pássaros aqui que nunca vi”, refere. No Ornishow, quem nunca falta é Alexandre Brito, criador de aves e fundador do Clube de Canários de Postura de Valongo. “Estou aqui como criador e sócio n.º um. Venho todos os anos. Esta ex-

Clínica de Gondomar completa três décadas de existência “Muito trabalho, muito prazer e um local onde a vida dos gondomarenses se tornou mais fácil.” É assim que António Rodrigues de Sousa, responsável pela Clínica de Gondomar, caracteriza os últimos 30 anos desta instituição. A Clínica de Gondomar não quis deixar passar a data em branco e organizou no dia 26 de outubro um encontro com staff e convidados para celebrar o aniversário e homenagear fundadores e acionistas. Foi a 24 de outubro de 1983 que a primeira Clínica de Gondomar surgiu no mapa. O seu

responsável, António Rodrigues de Sousa, recorda esse momento com emoção. “O esforço foi muiFOTO: RVC

to grande mas penso que valeu a pena. Em termos de realização pessoal e em termos de facilitar a vida dos gondomarenses e da criação de emprego”, refere ao Vivacidade. “Hoje é um dia especial para a Clínica de Gondomar”, afirma, no dia de celebração de aniversário.“À época em que a clínica abriu não havia nenhum sítio onde as pessoas tivessem médico em permanência e a Clínica de Gondomar é uma instituição que sempre se preocupou em servir e levar um bocadinho mais além as capacidades e a oferta aos utentes”, explica António Rodrigues de Sousa que

admite que “Gondomar hoje em dia já tem um grande serviço de saúde” mas que “a clínica continua a ser essencial”. “A prova é que, felizmente, os utentes continuam a dirigir-se à clínica e penso que ainda somos um ponto de referência na área da saúde no concelho”, atesta. Hoje, com aproximadamente 80 médicos e 120 funcionários a clínica dispõe de 50 consultórios em S. Cosme e S. Pedro da Cova. A cerimónia - que incluiu alguns discursos, a entrega de lembranças a alguns dos convidados e um bolo de aniversário dos 30 anos da Clínica de Gondomar -

contou com a presença de diversos profissionais de saúde da empresa, acionistas, entidades e com o presidente e as vereadoras da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, Aurora Vieira e Sandra Brandão, respetivamente. Num discurso breve, na sus primeira cerimónia pública após a tomada de posse, Marco Martins agradeceu o convite à Clínica e felicitou a instituição. “É com muito gosto que estou aqui para dar os parabéns e incentivar quem há 30 anos investiu no concelho, contratou gente do concelho e trabalhou para o concelho”, afirmou o presidente da Câmara.



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Sociedade

Porto Noivos 2013: Casar ainda está na moda Durante os dias 16 e 17 de novembro o Pavilhão Multiusos recebeu a exposição Porto Noivos 2013, que contou com a presença de 35 expositores de quintas, hotéis e vestidos de noiva. As principais novidades foram os novos vestidos de noiva para 2014 e um desfile realizado por jovens casais de Gondomar. para completar os 10 anos de exposição no Porto”. O organizador admite que a feira de Gondomar é a “mais difícil em termos de angariação de expositores”, no entanto não deixa de sublinhar uma das principais características da feira. “Aqui temos menos público mas há mais pessoas a fazer negócio”, conclui Hélder Raimundo. Durante os dois dias passaram pelo Multiusos cerca de duas mil pessoas, que provaram que casar ainda está na moda.

Na foto: Henrique Raimundo, responsável pelo Porto Noivos

V

A exposição Porto Noivos passou novamente pelo Pavilhão Multiusos nos dias 16 e 17 de novembro. Durante dois dias foram apresentadas as últimas tendências para os casais que planeiam dar o nó. Vestidos de noiva, quintas e hotéis foram apresentadas por 35 expositores, que contaram com a presença de empresas de Gondomar.

“Cerca de 50% dos expositores são empresas do concelho de Gondomar”, explica Hélder Raimundo, responsável pela organização do Porto Noivos. “Este ano tivemos a apresentação dos novos vestidos de noiva para 2014 e organizámos um desfile com os noivos de Gondomar, com casais que deram o nó nos últimos anos”, refere. Apesar do número de casamentos nos últimos anos ter diminuído, Hélder Raimundo garante que o Porto Noivos estará de regresso a Gondomar em 2014, “até

FOTOS: PSF

Texto: Pedro Santos Ferreira

FOTOS: PSF

FOTOS: PSF

Esquema de Fraude Fiscal lesa Estado em 30 milhões de euros

Núcleo duro estava centrado em Gondomar mas passava por Lisboa e Algarve No início do mês de novembro a Polícia Judiciária do Porto deteve sete suspeitos de esquema de fraude fiscal e branqueamento de capitais. Os detidos controlavam várias lojas de compra e venda de ouro e estabelecimentos de penhores à margem do Fisco. Um esquema de fraude fiscal envolvendo a compra, venda e exportação de ouro foi desmantelada no início do mês pela PJ do Porto, que fez 115 buscas e sete detidos. A operação “Glamour” resultou em centenas de quilos de ouro apreendidos em cofres de bancos. Segundo a PJ, o esquema estava

centrado em Gondomar mas passava por Lisboa e terminava no Algarve. Estão em causa indivíduos que direta e indiretamente controlavam várias redes de lojas de compra de ouro e estabelecimentos de penhores. O grupo dominava ainda um esquema de exportação para Espanha, de ouro derretido e

já transformado em barras. O esquema funcionava à margem do Fisco e com declarações abaixo das quantidades e valores reais. Só em 2012, os detidos terão lesado e Estado em 30 milhões de euros em IVA e IRC. A cadeia de estabelecimentos prestamistas “Credital”, com lojas

de norte a sul do país, está agora na mira das autoridades. Pedro O., residente em Gondomar mas com atividade conhecida também em Lisboa, será o líder e principal mentor do circuito de fraude fiscal. O restaurante “Margem D’Ouro” deverá ser um dos negócios colocados em nome de testas

de ferro. O restaurante terá sido adquirido no início do mês de outubro por uma sociedade unipessoal com sede no restaurante “Dubai”, na marginal do Douro, onde trabalha um dos principais colaboradores de Pedro O. O restaurante terá sido adquirido por 1,5 milhões de euros.



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Sociedade

“Em Portugal é completamente normal ser considerado um espertinho em contornar a lei.” É luso-americano desde 2002 mas vive no Porto há mais de 20 anos. Best-seller em 11 países de obras como “Goa ou o Guardião da Aurora”, “A Sétima Porta”, “O Último Cabalista de Lisboa”, Richard Zimler já foi galardoado com vários prémios literários. Jornalista, escritor e professor, Zimler é natural de Nova Iorque e apresentou a sua mais recente obra intitulada de ‘Sentinela’, a 12 de novembro, na Biblioteca Municipal de Gondomar. O livro, um policial, apresenta “um Portugal contemporâneo, um país traído por uma elite política corrupta, que sofre sob o peso dos seus próprios erros históricos”. O Vivacidade tentou conhecer melhor o autor vencedor do Herodotus Award para o melhor romance histórico e a ‘Sentinela’, o policial de que tanto se fala. FOTOS: PSF

Texto: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

Não escreve desde 2010. Porque o faz agora? O livro demorou-me dois anos e meio a ser feito. Leva-me muito tempo a fazer um romance.

Porque quis escrever um policial? Quando começo um livro, começo-o com uma ideia ou uma imagem e a ideia inicial para este romance era escrever sobre um policia daí que se transformou num romance policial.

Então quis tentar mostrar aos leitores uma parte positiva do transtorno? Sim. Pela primeira vez quis falar sobre a realidade e não escreveu um romance histórico... Uma vez que surgiu esta ideia de um polícia com este transtorno fazia mais sentido a história ser atual ao invés de criar um romance histórico. Na narrativa o Henrique Monroe [narrador] tem dois filhos, o salário dele foi cortado e ele e a esposa estão muitos preocupados. E por isso, sendo um romance atual, era uma consequência natural da personagem central do livro explorar a crise económica em Portugal neste momento. A própria escrita deste livro diferencia-se dos seus livros escritos

até agora? Eu escrevi este livro na primeira pessoa, por isso tenho que encontrar uma voz e um estilo de escrita apropriado para o narrador. A voz do ‘Último Cabalista de Lisboa’ do século XVI tinha que ser muito diferente da voz de um polícia de Lisboa em 2012, obviamente. Para mim não é propriamente uma decisão artística, é uma decisão de senso comum. O Henrique Monroe é um português atual? Sim, em parte sim, mas é uma história muito específica e ele é um

chamada de atenção para Portugal? Eu acho que já estamos acordados. Monroe é estrangeiro e tem uma perspetiva diferente de Portugal e por isso ele podia chegar a conclusões que não são óbvias para os portugueses. Por exemplo, ele chega à conclusão que em Portugal o sistema de filtragem está completamente avariado. O aparelho político deveria rejeitar as pessoas mais egoístas, corruptas e ineficientes, mas em vez disso permite-lhes chegar ao topo. O sistema político devia promover pessoas mais generosas, inteligenFOTO: RVC

Algum desse seu tempo, passou-o a tentar perceber como é o dia-a-dia da Polícia Judiciária, tendo acompanhado agentes e investigadores. Tentou, através de depoimentos, produzir um livro o mais aproximado possível da realidade? Penso que sim. Essa foi a minha intenção. Quando comecei o projeto, não tinha a mais pequena ideia de como era o trabalho diário de um polícia. Obviamente tinha uma ideia produzida pelos programas televisivos, como por exemplo CSI e outros. Mas suspeitei que o trabalho dos polícias na televisão muito pouco tivesse a ver com a realidade e confirmei isso fazendo entrevistas a dois agentes da Polícia Judiciária.

O narrador deste livro – Henrique Monroe – tem um transtorno psicológico [transtorno dissociativo de identidade] e comecei o livro com o objetivo de explorar como é que este transtorno afeta a vida dele e da sua família. Quando li sobre esta condição mental surgiu-me logo a ideia de um policia que aproveita este alter ego muito perspicaz e muito sensível para falar das vantagens e desvantagens de ele ter o transtorno.

polícia diferente. Os procedimentos que ele segue no livro são os procedimentos da PJ. Acabou por utilizar a sua formação como jornalista? Exatamente, era um trabalho jornalístico. Pretende tornar este livro numa

tes, sensíveis e competentes. Infelizmente essa gente está excluída. As pessoas falam de medidas específicas mas não falam de coisas básicas, como o problema da moral. E explica como é que se consegue resolver esse problema? Não. Eu não sou político e este livro é um romance. Eu tenho respos-

ta para Monroe, que no livro dá a sua resposta. Mas na minha opinião este problema é responsabilidade de todos nós. Como é que Miguel Relvas conseguiu ser ministro?! Num sistema que funcionasse bem ele teria sido excluído. Obviamente o sistema não está a funcionar. “Portugal – disse ele, abrindo os braços como se abraçasse o país inteiro – é o país onde as regras não passam de sugestões.” Esta frase, retirada da Sentinela’ traduz o livro, na sua opinião? Na minha opinião, o português é especialista em contornar a lei e em quebrar as regras. Em Portugal é completamente normal ser considerado um espertinho em contornar a lei. No que diz respeito a Gondomar, é a sua primeira apresentação de um livro? Não, esta é a minha segunda apresentação de um livro em Gondomar. Estive aqui há um ano. É importante esta interação com o público? Sou um defensor da descentralização e ter bibliotecas em todos os concelhos, para mim é muito importante. Nos Estados Unidos há várias bibliotecas locais. É um recurso maravilhoso para a população.



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Sociedade

Vai Avante adquire com mais uma viatura para apoio social

Inauguração da carrinha marcada pelo pedido de um Centro de Dia para a associação A Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante, de São Pedro da Cova, já pode alargar o apoio na área social em Gondomar. O dia 7 de novembro marcou a inauguração de uma nova viatura adquirida com o apoio da Câmara Municipal de Gondomar para uma das maiores associações do concelho.

Após a inauguração oficial da nova viatura de apoio social, seguiram-se os discursos na sala polivalente do Vai Avante. Fernando

Duarte, presidente da instituição, agradeceu o apoio da Câmara Municipal para a aquisição da carrinha que, segundo disse, servirá para “apoio domiciliário”. “Temos muitas pessoas a solicitar o nosso serviço e não fechamos a porta a ninguém”, referiu. O presidente da direçãoo do Vai Avante desejou “boa sor-

te” ao novo executivo camarário e aproveitou para fazer um pedido diretamente ao presidente. “Nós em S. Pedro da Cova não temos um centro de dia e o que pedia era uma reunião urgente para encontrarmos uma solução para a uma escola centenária que está hoje abandonada”, pediu, referindo-se a uma escola de

FOTOS: RVC

Haverá um Centro de Dia para S. Pedro da Cova?

FOTOS: RVC

A rua Manuel Alves Vieira, em São Pedro da Cova, foi estreita para acolher as várias viaturas de apoio social que a Associação Vai Avante expôs para receberem ‘uma nova irmã’. A Banda Musical de S. Pedro da Cova uniu-se à causa e animou a cerimónia com a sua atuação. De seguida, perante várias dezenas de gondomarenses, cumpriu-se o protocolo tendo a viatura sido devidamente inaugurada pelo presidente da Câmara, Marco Martins e batizada pelo padre da paróquia.

S. Pedro da Cova. Marco Martins respondeu ao pedido referindo que o mesmo iria “ser analisado para, se for possível, assumir esse compromisso”. “Conte connosco, obviamente que iremos ajudar a apoiar as instituições de solidariedade social”, acrescentou. Na cerimónia discursaram também o presidente da

União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, Daniel Vieira e o presidente da Assembleia Geral do Vai Avante, Mário Gonçalves. Daniel Vieira afirmou que “esta carrinha prova que o Vai Avante está a crescer” e Mário Gonçalves reforçou, admitindo que a associação “tem mais por onde se expandir”.


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Sociedade

Que futuro para o caminho de Midões? Chegou a ser um dos caminhos de ferro mais utilizados entre 1880 e 1932, quando as minas de Midões exploravam carvão, mas é hoje um espaço abandonado onde a natureza vai avançando sobre o terreno. O percurso de 7km que liga Jancido a Covelo tem futuro incerto, mas na opinião de Isidro Sousa é um espaço “que é preciso requalificar porque oferece algum perigo”. Texto: Pedro Santos Ferreira

Abandonado durante o inverno e percorrido durante o verão, o percurso do caminho de ferro de Midões é hoje um projeto eternamente adiado. Os planos de reaproveitamento do espaço remontam a 1980, data em que surgiram os

primeiros projetos para o percurso de Midões. Do projeto oficial da Câmara Municipal de Gondomar constam instalações museológicas relativas à fundição, minas, construção de um parque de campismo e de percursos de passeios pedestres ou a cavalo, mas o percurso de 7km que liga Jancido a Covelo nunca chegou a sair do papel. Segundo Isidro Sousa, presi-

percurso em cerca de 1km até à Estrada Nacional 108, onde se pretendia criar um posto de turismo e um parque de estacionamento. Contudo, a reestruturação não chegou a ser concretizada. De acordo com o Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal de Gondomar, “este Executivo Municipal e o Pelouro do Turismo, tomaram conheci-

mento da situação e estão a avaliá-la, sendo certo que está identificada a necessidade de regularização do terreno, bem como a construção de uma pequena ponte para que o trajeto possa vir a ser marcado e usado para pedestria.” O futuro do caminho de Midões continua assim incerto, mas a Câmara de Gondomar garante que existe “interesse no percurso”. FOTOS: RVC

FOTOS: RVC

dente da União de Freguesias da Foz do Sousa e Covelo, o espaço “podia impulsionar o desenvolvimento económico da freguesia caso fosse requalificado”. “É um espaço agradável, com muita frescura e onde as pessoas se sentem bem porque estão no centro da natureza”, lembra o autarca, que salienta “a presença de vários animais que as pessoas não encontram nas cidades”. No entanto, Isidro recorda que atualmente o espaço oferece alguns perigos. “A ponte deveria ser requalificada por uma questão de segurança”, refere. Durante o executivo de Valentim Loureiro o projeto chegou a prever a construção de um circuito pedonal desde a estrada de Jancido até à zona desportiva de Covelo e o prolongamento da extensão do


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Sociedade: Entrevista ao Duo Broa de Mel

“Nunca tínhamos imaginado fazer um hino para um clube” José Carlos e Maria José Gorgal, conhecidos pelos portugueses como “Broa de Mel” estão de regresso a Gondomar. Movidos pelo convite da direção do S. C. Rio Tinto, aceitaram de imediato o desafio de compor um hino para o clube que celebrou este ano o 90.º aniversário. Quanto ao futuro não têm dúvidas “impõe-se o lançamento de um novo álbum”.

Como nasceu o Duo Broa de Mel? Maria José (MJ) - Conhecemo-nos num programa festival, namorámos e depois do nosso casamento fizemos vários concertos como amadores. Éramos convidados para fazer as primeiras partes dos cantores profissionais, onde conhecemos a Amália Rodrigues, Carlos Paião, José Cid, Paco Bandeira, Cândida Branca Flor... Mas foi preciso deixarmos Rio Tinto e irmos para Lisboa fazer a nossa carreira. Em conversa connosco, o Carlos Paião chegou a dizer: “É pena porque vocês sabem muito bem o que andam a fazer e há poucos duos.” Convencemo-nos e começamos a fazer contactos para ir ao Festival da Canção de 1982. José Carlos (JC) - Correu bem, ficámos em quinto lugar, entre 12 concorrentes. Foi como se tivéssemos ganho o festival (risos). A partir daí começaram a surgir convites e o nosso segundo single “Passear Contigo” atirou-nos para o mundo. Passados dois meses estávamos nos Estados Unidos a apresentar a canção às comunidades portuguesas.

Mas depois da participação no Festival da Canção, em 1982, têm outra participação em 1983... MJ - Sim, também participamos em 1983, mas arriscámos demais. Começámos a trabalhar com músicos muito evoluídos, desde o Armindo Neves, ao Mike Sergeant e Ramón Galarza. Todos eles estavam num patamar musical europeu e quiseram que cantássemos um funkie, que não tinha nada a ver com o que fazíamos. JC - Foi uma aventura e aí não ficamos nada bem classificados. Porque é que hoje em dia não se veem grandes nomes a participar nos festivais da canção? MJ – Porque convencionou-se que quando uma pessoa ou banda não fica bem classificada, perde prestígio. Mas se hoje me fosse feita essa proposta eu não teria muito a perder ao participar no Festival da Canção. No entanto, em 1982, quando o Marco Paulo participou no Festival, foi muito mau para ele naquela altura, porque ficou mal classificado e ouvi pessoas a dizer-lhe que ele nunca deveria ter concorrido.

FOTO: RVC

Texto: Pedro Santos Ferreira Ricardo Vieira Caldas

JC - E hoje em dia um cantor que vai atuar à televisão já é profissional. Quanto é que ele passa a cobrar? O mesmo que os outros que já cá andam há muito mais tempo.

temas para o próximo trabalho.

O primeiro álbum surge em 1990... JC – Era moda esperar algum tempo para fazer o primeiro álbum. Os editores faziam um disco por ano, com lado A e lado B.

Então já há músicas novas? MJ – Músicas há sempre, basta dedicar-me a compor (risos).

Para quando o próximo álbum? MJ – O próximo álbum foi este do SCRT (risos). Agora estamos a trabalhar com o Ricardo Landum, que é o produtor do Tony Carreira e já estamos a selecionar

JC – Impõe-se o lançamento do próximo álbum que terá que levar a minha chancela com o slogan de sucesso.

E onde podemos encontrar os Broa de Mel durante o ano? MJ – Antigamente podia dizer-lhe que tinha a agenda feita para o próximo ano, mas agora só em maio e junho é que vamos saber como será o verão. Cantar todos os dias até podemos cantar, mas não recebemos cachet (risos). Como estão a viver esta nova fase dos Broa de Mel? MJ - Esta relação com o S.C. Rio Tinto surgiu de um convite que foi feito pela direção. Já tinha feito um hino para o futebol feminino e foi curioso porque as coisas completaram-se. Estou fascinada por ser o clube da minha terra, primeiro porque o S.C. Rio Tinto está a comemorar 90 anos e nunca teve um hino oficial e depois porque descobri que o meu pai também era sócio e que o meu irmão jogou hóquei neste clu-

be. Agora eu também estou ligada ao clube. JC – Nunca tínhamos imaginado fazer um hino para um clube mas estas coisas acontecem naturalmente e quando menos se espera. Não considero um feito inédito, depois de uma carreira de 30 anos de sucesso. Mas para chegar aqui houve um trabalho insano da nossa parte e ouvimos conselhos dos grandes músicos como o José Cid, o Ramón Galarza e o Carlos Paião, que foi o principal responsável pelo nosso lançamento. Este hino revela a facilidade de se adaptarem a novos projetos? MJ - Eu penso que ser autor e compositor obriga a ter muita criatividade. Evoluímos sempre mas sentimos a necessidade de fazer qualquer coisa diferente, até porque há dificuldades no panorama nacional português. Têm orgulho neste projeto? MJ - Muito orgulho. Eu vivia em Rio Tinto e este é um regresso às raízes. Durante estes 30 anos de carreira fiz sempre questão de me lembrar dos meus amigos e da minha terra. Não perdi nada. Na vossa opinião, como está neste momento a música popular portuguesa? JC – Há quantidade mas não há qualidade. Penso que a qualidade escasseia pela falta de criatividade. Provavelmente até haverá criativos mas ainda não emergiram. No âmbito musical temos que ter noção que não podemos revelar vozes só para preencher um espaço. Em Portugal temos um músico que grava um álbum e depois gravam um “best of ” e eu pergunto: um “best of ” de quê?! MJ – Hoje em dia não há carreiras, há uma ou outra música e para por ali.


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Sociedade

Aníbal Lira preside Assembleia Hélder Figueiredo assume pelouro das Tecnologias da Informação Municipal neste mandato Eleito vereador da Câmara Municipal de Gondomar pelo Parti-

do Socialista nas últimas eleições autárquicas, Hélder Figueiredo, ficou responsável pelo pelouro das Tecnologias de Informação. Ao Vivacidade, o autarca garantiu ter “uma enorme vontade de contribuir para o desenvolvimento do concelho”.

Ao Vivacidade, Aníbal Lira diz sentir-se “honrado pelo convite para um órgão deliberativo de importância para o concelho de Gondomar” e refere que não vai “em substituição de ninguém”. “AM tem uma série de nomes e a classificação dos nomes da lista para a Assembleia não implica nem tem a ver com a candidatura do Partido Socialista à presidência da AM”, afirma, justificando o porquê de ter sido eleito ao invés de Carlota Teixeira. O ex-presidente da Câmara Municipal de Gondomar, esclarece ainda que em alguns assuntos de mais relevo para Gondomar a sua voz “poderá ter alguma importância no partido”. “Vou procurar fazer a minha função de uma forma exemplar e isenta. Vou procurar dignificar a Assembleia. Na minha opinião a

O vereador Hélder Figueiredo, natural de Jovim, Gondomar, será o responsável pelo pelouro das Tecnologias de Informação da Câmara Municipal de Gondomar, nos próximos quatro anos. O autarca licenciado em Engenharia Civil pelo Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP) e membro da Ordem dos Engenheiros Técnicos, garantiu, em entrevista ao Vivacidade, que o cargo do vereador “tem um significado especial”. “Tenho uma vontade enorme de contribuir para o desenvolvimento do concelho. É um desafio que me dará possibilidade de trabalhar de perto com uma equipa heterogénea e com valências nas mais diversas áreas de atuação”, disse o vereador. Sobre o pelouro das Tecnologias da Informação, Hélder Figueiredo aponta como objetivo “garantir a prestação de um serviço público de qualidade contribuindo para a ra-

AM tem sido um bocado esquecida, nomeadamente o seu presidente”, acrescenta. FOTO: DR

CMG implementa programa

“Natal Solidário 2013”

Atendendo às dificuldades socioeconómicas que afetam algumas famílias, fruto da atual conjuntura económica, a Câmara Municipal de Gondomar decidiu implementar o programa “Natal Solidário 2013”, uma iniciativa que irá permitir atribuir às famílias mais carenciadas um cabaz de Natal, sob a forma de vales de desconto. Os vales poderão ser descontados em estabelecimentos de mercearia, exclusivamente para aquisição de géneros alimentares. As candidaturas ao programa

“Natal Solidário 2013” devem ser subscritas junto da Loja Social ou no Departamento de Habitação da Câmara de Gondomar.

FOTO: DR

Apesar da candidata à Assembleia Municipal, pelo Partido Socialista, ter sido a ex-vereadora Carlota Teixeira foi Aníbal Lira - outrora presidente da Câmara de Gondomar - o eleito para presidir a Assembleia Municipal (AM).

cionalização da despesa” através da “mudança e modernização administrativa, implementação de soluções informáticas comuns e estímulo ao crescimento económico”. “A primeira medida, que já está em curso, visa avançar com a desmaterialização de processos, passando a informação a circular de forma digital de modo mais rápido e económico”, conclui.

DR




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Política

Gondomarenses com 30% e 40% de

redução no IMI em 2014

A taxa de Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) será, no próximo ano, mais reduzida. A medida defendida já em campanha pelo atual executivo foi aprovada, a 13 de novembro, na primeira reunião pública da Câmara Municipal de Gondomar e a 20 de novembro, em Assembleia Municipal. Para 2014, Gondomar terá uma redução de IMI de 30%, para as freguesias urbanas, e de 40%, para o Alto do Concelho. Texto: Ricardo Vieira Caldas

“Discriminação positiva” “Critérios de discriminação positiva” estão na base da decisão do novo executivo da Câmara Municipal de Gondomar que decidiu não implementar a mesma taxa de IMI para todo o concelho. Assim, em 2014, as freguesias não consideradas urbanas (Lomba, Melres, Medas e Covelo) terão uma redução da taxa de IMI

INFOGRAFIA: ZEZ VAZ

A primeira reunião pública da Câmara Municipal de Gondomar decorreu a 13 de novembro no salão nobre, nos Paços do Concelho. Num clima de cordialidade entre todos, a CDU e o PSD colocaram algumas questões ao novo executivo optando no entanto por votar em unanimidade na maioria dos pontos discutidos na reunião. O destaque foi para a proposta do executivo em reduzir o Imposto Municipal sobre Imóveis em 40% (para Lomba, Melres, Medas e Covelo) e 30% (para as restantes freguesias). Com a abstenção da CDU, a proposta foi aprovada tendo ficado previsto que as novas taxas aplicáveis serão de 0,3% para o Alto do Concelho, 0,35% para as freguesias/ uniões de freguesias urbanas e 0,7% para imóveis que ainda não tenham sido avaliados. Este último valor esteve ainda em discussão na reunião de Câmara, já que inicialmente estaria previsto situar-se nos 0,8%. A vereadora do PSD/CDS, Maria João Marinho, propôs a redução à mesa e os restantes vereadores anuíram. A proposta do executivo foi igualmente aprovada a 20 de novembro em Assembleia Municipal.

em 40% e as restantes freguesias em 30%. O executivo entende que é necessário “contribuir, pela via fiscal, para a coesão territorial e social, e para a justiça social” justificando assim essa mesma discriminação. A CDU não pensa o mesmo e por isso absteve-se de votar na medida. O vereador Joaquim Barbosa até concorda com a redução da taxa mas não percebe a “discriminação” já que, no seu ver, as freguesias urbanas têm outros encargos como “condomínios mais caros”, por exemplo. 1,5 milhões de euros a menos para a Câmara Com a aprovação da medida de redução de IMI para 2014, o executivo da Câmara Municipal de Gondomar criou duas certezas para o próximo ano. Se por

um lado, os gondomarenses vão pagar menos imposto municipal, por outro a Câmara terá automaticamente menos receita no ano que se aproxima. A redução no Imposto Municipal sobre Imóveis custará à Câmara de Gondomar 1,5 milhões de euros. O impacto orçamental calculado pelo executivo de Marco Martins fará, no entanto, que a taxa seja uma das mais baixas aplicadas pelos municípios da Área Metropolitana do Porto.

Como calcular o IMI? Como proprietário de um imóvel poderá questionar-se muitas vezes sobre qual a melhor forma de saber quanto vai ter que pagar de IMI em 2014. A fórmula é simples: IMI = Valor Patrimonial tributável X Taxa a aplicar definida pelo Município

Como se pode saber qual será o valor patrimonial tributário de prédio urbano? Poderá fazer-se uma simulação da avaliação na página oficial da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) na Internet, através do endereço www.portaldasfinancas.gov.pt, selecionando no menu lateral a opção Serviços e, no ecrã de seguida visualizado, sucessivamente as opções Simular/Avaliação prédio urbano.

Quem está isento do pagamento do IMI? Segundo o Portal das Finanças, “estão isentos de imposto municipal sobre imóveis os prédios ou parte de prédios urbanos habitacionais construídos, ampliados, melhorados ou adquiridos a título oneroso e destinados à habitação própria e permanente do sujeito passivo ou do seu agregado familiar, cujo rendimento colectável, para efeitos de IRS, no ano anterior, não seja superior a €153 300, desde que sejam efetivamente afectos a tal fim, no prazo de seis meses após a aquisição ou a conclusão da construção, da ampliação ou dos melhoramentos, salvo por motivo não imputável ao beneficiário.” (mais informações sobre o IMI em http://info.portaldasfinancas.gov. pt/pt/apoio_contribuinte/guia_ fiscal/imi/FAQ_imi2.htm)



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Desporto

Clube Atlético de Rio Tinto completou 87 anos de vida

Sintético foi tema central no jantar comemorativo

O Clube Atlético de Rio Tinto juntou mais de uma centena de sócios e simpatizantes para festejar o 87.º aniversário do clube, em Baguim do Monte. O jantar, que contou com a presença do presidente da Associação de Futebol do Porto, Lourenço Pinto, uniu os convidados num misto de celebração e reivindicação pelo relvado sintético há muito solicitado pelo clube. FOTO: DR

FOTO: DR

Sandra Brandão, vereadora do Desporto e Juventude da Câmara Municipal de Gondomar e Lourenço Pinto, presidente da Associação de Futebol do Porto. Relvado sintético vai constar no orçamento da Câmara para 2014

Foi num clima festivo que o restaurante Cardeal, em Baguim do Monte, recebeu mais de uma centena de sócios e simpatizantes do Clube Atlético de Rio Tinto (CART) assim como algumas entidades que fizeram questão de marcar presença. A abertura dos discursos ficou a cargo de Adriano Jesus, presidente da Assembleia Geral do CART que caracterizou o jantar como “gran-

dioso”, agradecendo a presença de todos. Alberto Claro, presidente da direção do clube, também agradeceu às entidades, sócios e convidados presentes, levando o seu discurso para o assunto que mais mereceu discussão nos últimos anos: a necessidade de um relvado sintético para o CART, assunto esse que levou o atual presidente da Câmara, Marco Martins, a prometer [na altura da campanha] o sintético como “uma

realidade para 2014”. No jantar comemorativo marcaram presença e discursaram também, Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Hermínio dos Anjos Nunes, representante da Federação das Coletividades do Concelho de Gondomar, Aníbal Lira, presidente da Assembleia Municipal de Gondomar,

Jornal “Vivacidade” – 21/11/2013

CARTÓRIO NOTARIAL Sofia Carneiro Leão CERTIFICADO

Certifico, para efeitos de publicação que, por escritura de dezanove de Novembro de dois mil e treze, lavrada a folhas dez e seguintes do livro nº quarenta e seis deste Cartório, EMÍLIA FREITAS MACHADO GARCIA, natural da freguesia de Bucos, concelho de Cabeceiras de Basto e marido ANTÓNIO GARCIA, natural da freguesia de Rossas, concelho de Vieira do Minho, casados no regime da comunhão geral de bens, residentes na Rua do Monte Alto, n.87, em Fânzeres, Gondomar, declararam que, com exclusão de outrem, são os únicos donos e legítimos possuidores do seguinte bem imóvel: Prédio urbano, composto de casa de rés-do-chão e primeiro andar, com garagem, com a área coberta de cento e um virgula cinquenta metros quadrados e quintal com quatrocentos e noventa e oito virgula cinquenta metros quadrados, sito na Rua do Monte Alto, números 87-89, da freguesia de Fânzeres, concelho de Gondomar, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Gondomar e inscrito na matriz, em nome do justificante marido, sob o artigo 5684 da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova (que corresponde ao anterior artigo matricial 2652 da extinta freguesia de Fânzeres), com o valor patrimonial de 72.020,00 euros. Que adquiriram o terreno com a área total de seiscentos metros quadrados onde edificaram o referido prédio urbano aos ante-possuidores Serafim de Andrade e esposa Maria Teresa de Oliveira, casados no regime da comunhão geral, residentes na Rua Direita de Pereiró, n.º 1427, no Porto, por compra verbal, em dia e mês que não podem precisar do ano de mil novecentos e setenta e oito, contrato esse que nunca foi formalizado pela competente escritura de compra e venda e, desde essa data, entraram na posse do referido imóvel. Que sempre estiveram e se têm mantido na posse e fruição do indicado prédio há mais de vinte anos, usufruindo por isso de todas as utilidades por ele proporcionadas, cultivando-o, limpando-o e desbastando o mato inicialmente, construindo e mantendo um muro de vedação e, posteriormente, edificando o referido prédio urbano, passando a habitá-lo, procedendo às obras de conservação e melhoramento necessárias, pagando os respectivos impostos, administrando-o com ânimo de quem exercita direito próprio, pacificamente, porque sem violência, pública e continuamente, com conhecimento de toda a gente e sem qualquer interrupção ou oposição de quem quer que seja. Que dadas as enumeradas características desta posse adquiriram o mencionado prédio por usucapião, que invocam, justificando o seu direito de propriedade para efeitos de primeira inscrição no Registo Predial, dado que esta forma de aquisição não pode ser comprovada por qualquer outro título formal extrajudicial. Está conforme o original.

A Notária, Sofia Costa Pimentel Carneiro Leão

A equipa de seniores do CART, que corre na 1ª Divisão Série 1 da Associação de Futebol do Porto, já vai poder começar a época de 2014/2015 com um relvado sintético. Pelo menos é o que esperam Adriano Jesus e Alberto Claro, depois das garantias dadas pela vereadora da Câmara, Sandra Brandão e, anteriormente, por Marco Martins. Lourenço Pinto, presidente da

Associação de Futebol do Porto não faltou ao jantar de aniversário do CART e Adriano Jesus diz que “não foi por acaso”. A presença de Lourenço Pinto deveu-se à “grandiosidade” do clube e o mesmo reivindicou também o relvado no seu discurso, oferecendo também ao CART 25 bolas para os atletas. Para o futuro, o presidente do CART, Alberto Claro, quer mais “transparência” e o cumprimento da promessa do relvado. “O presidente da Junta de Rio Tinto também já nos prometeu uma tenda para o próximo aniversário e o de Baguim disse que comparticipava no jantar”, concluiu o presidente que sonha com o próximo aniversário no Parque Desportivo Fernando Pedrosa, já com um relvado sintético.

Basquetebol Próximos jogos SUB18 - Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série B2 9ª Jornada: CLUB 5BASKET x Juvemaia – 21.11.2013 – 21,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto 10ª Jornada: UA António Aroso x CLUB 5BASKET – 27.11.2013 – 20,30 horas – Esc. EB2,3 Manoel Oliveira (Aldoar) 11ª Jornada: CLUB 5BASKET x Juventude Pacense – 05.12.2013 – 21,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto 12ª Jornada: Lousada AC x CLUB 5BASKET – 13.12.2013 – 22,00 horas – Pav. Mun. Lousada 13ª Jornada: CLUB 5BASKET x Maia Basket “B” – 12.12.2013 – 21,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

SUB16 - Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série B2 8ª Jornada: CLUB 5BASKET x CLIP – 23.11.2013 – 17,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto 9ª Jornada: CD José Régio x CLUB 5BASKET – 30.11.2013 – 15,00 horas – Pav. Gim. Mindelo 10ª Jornada: CLUB 5BASKET x ACR Vigorosa – 07.12.2013 – 17,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto 11ª Jornada: AC Alfenense x CLUB 5BASKET – 08.12.2013 – 11,00 horas – Pav. Alfenense 12ª Jornada: CLUB 5BASKET x Fides Gondobasket – 14.12.2013 – 17,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

SUB14 - Campeonato Distrital da 1ª Divisão – Série D 8ª Jornada: CLUB 5BASKET x Fides Gondobasket – 23.11.2013 – 15,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto 9ª Jornada: Académico FC x CLUB 5BASKET – 01.12.2013 – 16,30 horas – Pav. Académico 10ª Jornada: CLUB 5BASKET x Guifões SC – 07.12.2013 – 15,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto

SUB13 - Torneio Distrital – Série 3 4ª Jornada: CD José Régio x CLUB 5BASKET – 30.11.2013 – 10,00 horas – Pav. Desportos Vila Conde 5ª Jornada: CLUB 5BASKET x FC Gaia – 14.12.2013 – 15,00 horas – Pav. EBS Cerco do Porto


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Desporto

“Acho que posso ser um exemplo a seguir para muitos atletas” André Castro Pereira iniciou a sua carreira no Gondomar Sport Clube com nove anos. Atualmente o gondomarense representa o Kasimpasa, da Turquia, mas em entrevista ao Vivacidade, Castro não esquece as origens. Da passagem pelo Olhanense, à Liga Espanhola e à Seleção Nacional, o atleta revela que gostaria de ser treinado por José Mourinho e admite que a Turquia acabou por ser a melhor opção. Texto: Pedro Santos Ferreira

Completou três épocas no Gondomar antes de dar o salto para o FCP. O que representa para si o Gondomar Sport Clube? Nunca vou esquecer, é o clube da minha terra. Praticamente foi onde comecei a minha carreira, e onde fiz os meus primeiros amigos no mundo do futebol. Os atletas que representam hoje o clube poderão olhar para o Castro como um exemplo a seguir? Penso que sim, porque sou um jogador que já representou a seleção e já joguei em grandes clubes sem nunca esquecer as minhas origens.

Acho que posso ser um exemplo a seguir para muitos atletas devido á minha atitude e profissionalismo demonstrados em todos os clubes por onde passei.

é um clube extremamente organizado e desde logo me incutiram o espírito lutador e vencedor. No primeiro plantel sénior jogou com Vítor Baía, Bruno Alves, Pedro Emanuel, Raúl Meireles e Lucho González. O que repre-

Chegou ao FCP na época 2000/2001 e representou o clube durante oito anos, antes de ser emprestado pela primeira vez. Como viveu a chegada ao clube do coração? A minha chegada foi vivida com grande felicidade e orgulho por parte da minha família que sempre foi portista. Senti muitas diferenças, FOTO: DR

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Com 12 anos, Castro chegou ao Futebol Clube do Porto

sentou para si treinar com tantos jogadores que estão na história do clube? Foi uma grande alegria poder treinar e fazer amizade com esses jogadores que via na televisão e de repente se tornaram colegas de equipa. Na época 2007/2008, foi emprestado ao Olhanense. Disse várias vezes que

compreendia a decisão do FCP e passou a ser treinado por Jorge Costa. Pode d i z er- s e que se

fosse hoje, teria repetido a experiência no Olhanense? Sim, sem dúvida. Não costumo arrepender-me das decisões que tomo na minha carreira. Foi muito importante ser campeão da segunda liga, num clube que já não estava na primeira divisão há muitos anos. E por isso também fiquei na história do Olhanense. Além disso, tive o prazer de conhecer o Jorge Costa, e se já o admirava como jogador, depois de o conhecer como pessoa passei a gostar ainda mais. Curiosamente o triunfo que permitiu ao Olhanense consagrar a subida de divisão em 2009 foi contra o Gondomar, que acabou por descer de divisão. Foi um momento único para si? Foi um momento único devido ás dificuldades de uma equipa, como o Olhanense. Foi especial


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Desporto

Duas épocas depois regressa ao FCP para ser novamente emprestado, desta vez ao Sporting Gijón. No primeiro ano representou o clube em 15 jogos e no segundo ano em 29 jogos, com um total de 14 golos marcados, no conjunto dos dois anos. Que experiências guarda dessa passagem por Espanha? Foi mais uma grande experiência, joguei num dos melhores campeonatos do mundo. Cresci muito como jogador ao defrontar grandes equipas e os melhores jogadores FOTO: DR

Jogou contra Cristiano Ronaldo e Lionel Messi. Qual é para si o melhor? Cristiano Ronaldo por tudo o que tem feito, e pelo exemplo de profissionalismo que ele representa para todos os portugueses. Com Vítor Pereira foi um dos suplentes mais utilizados, marcou um golo e fez 25 jogos, no total de todas as competições. Como viveu a disputa do título com o Benfica? Vivi a disputa do titulo com grande nervosismo e ansiedade, pois foi um dos campeonatos mais equilibrados dos últimos anos. O título teve um sabor especial? Qual o momento que mais o mar-

Apesar disso, sentiu que a equipa podia ter feito mais na Liga dos Campeões? Penso que merecíamos ter ido mais longe na Liga do Campeões, mas o mau jogo contra o Málaga ditou esse afastamento. No final da época passada o FCP mudou de treinador e vendeu Moutinho e James Rodriguez. João Moutinho não teve dúvidas em nomeá-lo como o seu principal sucessor na equipa titular. Era essa a sua expectativa? Sim, sempre trabalhei para isso, mas o treinador assim não achou, e por isso decidimos em conjunto que era bom a minha saída. O Kasimpasa está neste momento a lutar pelo título com o Fenerbache (onde jogam Bruno Alves e Raúl Meireles). Já conta com 10 jogos na Liga Turca e dois golos marcados. No que depender de si

Divisão Pro-Elite Nacional - AF Porto P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

vai dar luta aos seus ex-colegas de equipa (Alves e Meireles)? Vou fazer tudo o que está ao meu alcance para ajudar o Kasimpasa a atingir a melhor classificação possível. Tem acompanhado o campeonato português? Sim, sempre que posso vejo os jogos. Apesar do primeiro lugar, o FCP FOTO: DR

do mundo. Uma das muito boas recordações que guardo é o jogo contra o Real Madrid, no Santiago Bernabéu. Vencemos e quebramos o grande recorde de Mourinho de 9 anos sem perder em casa, nos jogos para o campeonato. Jogo esse que ainda por cima foi no meu dia de aniversário.

cou? Ser campeão é sempre especial. Pessoalmente o momento que mais me marcou foi o jogo contra a Académica onde marquei um golo. Em termos de coletivo, o momento mais marcante foi o penúltimo jogo, contra o Benfica.

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por ter sido na minha terra, mas fiquei triste por o Gondomar ter descido de divisão.

Tabela Classificativa de Futebol

tem passado por dificuldades, nomeadamente no empate com o Belenenses e no percurso da Liga dos Campeões. Na sua opinião, quais são as razões que encontra para justificar estes desaires? Acho que o FC Porto está a fazer um bom campeonato e espero que seja campeão. O Castro é mais uma promessa do futebol português que não consegue afirmar-se no campeonato nacional e por isso vê-se obrigado a procurar outros campeonatos. Sente-se triste por não ter conseguido a titularidade depois de ter passado pela formação do clube? Uma coisa é afirmar-me no plantel do FC Porto, outra é afirmar-me no campeonato nacional. Optei por vir para a Turquia porque achei que era o melhor para mim. Por fim, acredita que depois de ter representado a seleção nacional nas camadas jovens e nos sub-21 ainda está a tempo de ser um dos eleitos de Paulo Bento para representar Portugal no Mundial 2014, no Brasil? Acredito que sim. Vou continuar a trabalhar e dar o meu melhor e esperar que isso se proporcione, porque o sonho de ir a seleção nacional vou ter sempre. Por quem gostaria de ser treinado? Mourinho, penso que todos os jogadores gostavam de ser treinados por ele.

Equipa FC Pedras Rubras SC Rio Tinto Sobrado Serzedo Padroense Oliv. Douro Paredes Candal Vila Meã UD Valonguense Aliados Lordelo Varzim S. Martinho S. Pedro da Cova Nogueirense FC Leça Lousada Rebordosa Infesta Barrosas

Pontos 23 21 21 17 16 16 16 15 15 15 15 14 12 11 10 8 8 6 6 4

Próximos Jogos Jornada 11 24 Novembro SC Rio Tinto - Aliados Lordelo (15h) S. Pedro da Cova - Sobrado (15h)

Campeonato Nacional de Séniores - Série C P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10

Equipa Boavista Freamunde Gondomar Camacha Salgueiros 08 Amarante Sousense SC Coimbrões Vila Flor Perafita

Pontos 23 21 16 14 14 11 10 5 5 3

Próximos Jogos Jornada 10 24 Nobembro Gondomar - SC Coimbrões (15h) Boavista - Sousense (15h)

Calendário Nacional de Remo Próximas Provas 7 Dezembro - Vila do Conde 108º Aniv. CFV - Remo Indoor 8 Dezembro - Praia de Mira 3ª Prova Torneio de Escolas + Reg. Complementares 14 Dezembro - Lisboa Regata do 85º Aniversário do CFP 15 Dezembro - V. N. Gaia XXV Regata Intern. de Natal ARDP


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Cunha, Santos e Abelheira, Lda. celebra 50.º aniversário Há 50 anos abria em Portugal o mais antigo representante em território nacional da Bosch. A empresa Cunha, Santos e Abelheira, Lda. celebra este mês o 50.º aniversário e afirma-se no mercado “pela qualidade na parte técnica e na honestidade”. Desde 2004, a empresa passou a ser um distribuidor direto da Bosch em Portugal.

Portugal apresenta hoje os vários serviços da marca alemã e comercializa todo o material automóvel para todas as marcas. “Os três fundadores do Cunha, Santos e Abelheira decidiram montar esta empresa e abriram

FOTO: PSF

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Fundada a 13 de novembro de 1963 sob a direção de três sócios, o estabelecimento comercial Cunha, Santos e Abelheira, Lda. (CSA) sopra este ano as 50 velas de aniversário. O mais antigo representante do Grupo Bosch em

um serviço Bosch. Cada um deles ficou a gerir um sector da oficina. Tivemos sempre a parte elétrica e a secção diesel”, diz Augusto Silva, um dos sócios-gerentes da CSA. A empresa conta atualmente com 14 funcionários e equipamento de topo, sendo uma das poucas oficinas em Portugal a trabalhar a componente diesel e com distribuição direta de peças, desde 2004. “Para além de sermos Bosch Car Service típico, também somos um Bosch Diesel Service e há poucos no mercado nacional. Nós temos as três vertentes e normalmente uma oficina Bosch não trabalha com Diesel. Em Portugal, só existem 23, em 150 oficinas da

marca”, afirma Jorge Ferreira, responsável pela empresa. Em 2005, as instalações da CSA foram remodeladas e foi feito um investimento na tecnologia Common Rail, que permite “continuar a evoluir no mercado com

base na qualidade da parte técnica e da honestidade”, refere Jorge Ferreira. Passados 50 anos a empresa continua estável e é uma marca “com nome no mercado”, segundo Augusto Silva.


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Empresas & Negócios

Há uma nova clínica em Rio Tinto

HPP chega ao concelho com a qualidade de Paulo Amado A experiência local e internacional, no ramo da ortopedia, de Paulo Amado foi reconhecida. O HPP Saúde (detentor do Hospital Privado da Boavista) expande agora os seus serviços para a Clínica de Rio Tinto, com uma parceria entre o grupo internacional e a antiga Clínica Paulo Amado.

Na foto: Paulo Amado, médico especialista em ortopedia

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administrador do HPP Boavista, José Bento. A partir de agora, a Clínica de Rio Tinto abre, para o concelho, um vasto leque de espacialidades médicas. Exemplos? Ortopedia, Pediatria, Clínica Geral, Dermatologia, Oftalmologia, Urologia,

crescendo e divergindo para outras atividades, mas sentimos que, quando uma parte do escritório foi para o Hospital Escola, continuavam a procurar-nos aqui”, começa por explicar. “Como eu também abandonei o projeto do Hospital Escola e do Hospital CUF, surgiu a coincidência do HPP modificar a sua política de saúde, após terem sido comprados pelo grupo AMIL. Acabámos por chegar a um consenso de parceria”, acrescenta. “Esta é a primeira parceria do HPP e se correr bem irão haver mais”, finaliza. Já da parte do HPP, o administrador José Bento apoia a parceria e revela as vantagens da mesma. “A

FOTO: RVC

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O Largo do Mosteiro, em Rio Tinto, está agora mais completo no que diz respeito a serviços de saúde. A Clínica de Rio Tinto é já uma realidade e foi inaugurada a 15 de novembro com a presença do presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins e do

Cirurgia Vascular, Cirurgia Geral, Fisiatria, Ginecologia/Obstetrícia, Pneumologia, Psiquiatria, Psicologia e Urologia. Para além das especialidades médicas, a Clínica de Rio Tinto inclui também o serviço de análises clínicas e exames de diagnóstico. Ao Vivacidade, Paulo Amado mostrou-se bastante satisfeito com a nova clínica e explica o porquê da abertura. “Começámos neste edifício há mais de 25 anos e fomos aumentando o grupo, com mais consultas de clínica geral e ortopedia e depois evoluímos para o segundo consultório num edifício aqui ao lado. O grupo começou a expandir-se e fomos

clínica terá os profissionais de saúde do hospital que virão aqui dar consultas em algumas especialidades que não estavam disponíveis nesta região”, esclarece.


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Empresas & Negócios

“A Festa Mais Louca do Ano” trouxe glamour a Gondomar No dia 10 de novembro, a Quinta da Azenha de Baixo foi palco da “Festa Mais Louca do Ano”. Pedro Sousa Cabeleireiros e Susana de Castro Atelier uniram-se para apresentar as novas tendências dos penteados e vestidos de casamento. O evento foi organizado por Pedro Sousa que lançou um vídeo e álbum fotográfico. FOTO: PSF

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Pedro Sousa apresentou na Quinta da Azenha de Baixo as novas tendências para 2014

estiveram presentes cerca de cem pessoas. A música e animação ficaram a cargo do DJ AjaCciu. Marcos Castro, Carina Photography e Physalis Cake também participaram na festa. Segundo Pedro Sousa, o objetivo para 2014 é “repetir o evento que se poderá realizar noutros palcos de Gondomar”.

Na foto: Susana de Castro FOTO: PSF

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“No fundo o que eu quis fazer foi dar a conhecer outras empresas e apresentar novas tendências”, admitiu Pedro Sousa, que aposta agora em “cortes originais, muito vivos, alegres e urbanos”. O trabalho é resultado de um evento realizado em setembro no sanatório de Valongo. “O meu espaço foi montado na capela. Fizemos lá cortes de cabelo e penteados, agora vai ser lançado o álbum e um vídeo de promoção”, afirma. “A Festa Mais Louca do Ano” contou ainda com a presença da estilista Susana de Castro que apresentou alguns modelos da próxima coleção Primavera/Verão. “A coleção só vai ficar pronta em janeiro, mas adiantamos seis modelos, para apresentar aqui”, disse a estilista. Sobre as tendências, Susana de Castro destacou “os vestidos curtos, esvoaçantes e desnivelados” como a grande aposta deste ano. Na Quinta da Azenha de Baixo

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“A Festa Mais Louca do Ano” passou no dia 10 de novembro pela Quinta da Azenha de Baixo, em Valbom. O evento organizado por Pedro Sousa Cabeleireiros marcou o lançamento do álbum fotográfico e vídeo das “Tendências Pedro Sousa Cabeleireiros” e contou com a apresentação e desfile da nova coleção da estilista Susana de Castro.


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Empresas & Negócios

“O Cabeças”: As sandes de leitão já chegaram a Matosinhos Surgiu há 10 anos e é hoje um caso de sucesso. Sandes de leitão e porco no espeto são as especialidades d’O Cabeças que estão agora disponíveis durante todo o ano, em Matosinhos. Saul e Patrícia, proprietários da empresa, não esquecem como tudo começou e querem manter no novo espaço “o ambiente das festas e romarias”.

“brincadeira” de amigos que decidiram percorrer as festas do norte de Portugal a vender sandes de leitão numa caravana. Desde essa altura que o negócio não parou e apesar das dificuldades iniciais, a empresa familiar não desistiu. “Nos primeiros três anos a tendência seria desistir, mas fui sempre teimoso e hoje em dia todos conhecem “O Cabeças””, refere. Apesar do sucesso, “O Cabeças” não pensa em abrandar o ritmo, até

pre os mesmos fornecedores, que “também fazem parte da equipa”. Para todos os clientes que gostam de leitão “O Cabeças” tem à disposição canecas e pratos com o logótipo do restaurante, o famoso porco do Cabeças. O espaço está situado na Av. Serpa Pinto, em Matosinhos, e conta com o habitual porco no espeto, a sandes de leitão e o caldo verde, bem como um serviço de Take Away para festas e eventos.

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porque a o leitão e o porco no espeto estão presentes em dezenas de festas e romarias. “Tenho clientes que me visitam nas festas, só para comer uma sandes de leitão”, afirma Saul. O objetivo do proprietário é oferecer no restaurante “o ambiente das festas e romarias”. Segundo Saul, “em equipa que ganha não se mexe” e a estratégia da empresa passa por manter semFOTO: DR

O restaurante “O Cabeças” abriu portas no mês passado, em Matosinhos. As famosas sandes de leitão e porco no espeto estão agora disponíveis durante todo o ano, num espaço moderno e acolhedor. “Os clientes entram aqui e ficam admirados com a nossa casa”, dizem Saul e Patrícia, proprietários da empresa. No entanto, a história de sucesso começou há 10 anos com uma

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Talho do Povo celebrou o São Martinho com castanhas para todos já chegaram a Matosinhos No dia 15 de novembro o Talho do Povo ofereceu castanhas assadas aos clientes de Gondomar, Baguim do Monte e Arroteia. Tino de Rans e Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, também estiveram presentes.

FOTO: PSF

Segundo Sérgio Sousa, proprietário do Talho do Povo a iniciativa procura “cativar os clientes e dar-lhes um mimo”. Durante a tarde, o estabelecimento de Baguim do Monte contou com a presença de Tino de Rans que aceitou de imediato o convite de Liliana Azevedo. Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte também esteve

presente e comeu algumas castanhas na companhia de velhos amigos. Foram centenas de clientes a levar “quentes e boas” para casa com um sorriso na cara, admirados com a iniciativa que já não é novidade para Sérgio Sousa. “Temos sempre iniciativas. No Natal vamos disponibilizar alguns fundos para oferecer prendas. No ano passado oferecemos mais de seis mil prendas. Este

ano queremos repetir”, refere. No próximo dia 29 de novembro o Talho do Povo terá porco no espeto no Talho da Arroteia e no dia 14

de dezembro, será realizada a grande Festa de Natal que em 2012 percorreu as ruas de Gondomar com prendas para todos. FOTO: PSF

O Talho do Povo não deixou passar o Magusto sem oferecer castanhas assadas aos clientes. Durante o dia 15 de novembro os talhos de Gondomar, Baguim do Monte e Arroteia celebraram o São Martinho e serviram castanhas assadas.

FOTO: PSF


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Opinião: Vozes da Assembleia da República Impulso Jovem - 2013

Margarida Almeida PSD

O Impulso Jovem traduz o plano estratégico de apoio à empregabilidade jovem pelo Governo, assentando num conjunto de medidas de incentivo e estímulo ao empreendedorismo e à criação do próprio emprego. Em junho de 2013, face à avaliação deste programa, o Governo procedeu a alterações, definido que passaria a haver somente um programa de estágios profissionais, os Estágios Emprego, em vez dos seis programas de estágios existentes até então, de modo a torná-lo mais eficaz. Assim,

a reformulação do programa tem como objetivo ser mais simples para chegar a mais pessoas. Ele deu impulso à concretização de 1139 ideias de negócio de empreendedores em início de carreira, qualificou 49800 jovens através de medidas de formação profissional e foi apoiada a contratação de 5903 jovens e a frequência de 20703 estágios de emprego até ao final de outubro Desde da implementação do Impulso Jovem, em 2012 até à presente data, foram abrangidos 50013 jovens com idade até aos 24 anos e 27532

até 30 anos. O desemprego dos mais jovens é o maior problema económico e social que Portugal atravessa, sendo também um problema europeu. Daí, os líderes dos Estados-membros terem acordado a criação de um novo programa intitulado ‘Garantia Jovem’ que deverá entrar em vigor em janeiro do próximo ano. Este programa europeu para 2014 e 2015 terá uma afetação financeira de seis mil milhões de euros que estava previsto para o período

2014-2020 Em Portugal, este programa irá dispor de uma verba de cerca de 344 milhões de euros do quadro comunitário, por forma a garantir que um jovem possa aceder ao mercado de trabalho, a um estágio profissional, a formação profissional, ou à continuação dos seus estudos, num prazo muito curto, que irá abranger cerca de 90 mil jovens desempregados. A Europa e em especial Portugal, devem atuar com determinação sob pena de perdermos uma geração de europeus qualificados…

diplomas legais produzidos por este Governo, sobretudo na área laboral, e o despacho absolutamente ilegal que visou suspender o processamento do subsídio de férias na administração central até à publicação da lei que veio a suportar esta medida, fica claro que este governo tem cada vez menos legitimidade para continuar e que o Presidente da República, no seu papel de garante do cumprimento da Constituição, não pode continuar a compactuar com estas violações sucessivas. Estranhamente, ou talvez não, já todos percebemos que o mesmo Presidente da República que foi tão duro com o Governo PS, não vai fazer nada. Nem sequer vai submeter o OE 2014 a verificação preventiva da constitucionalidade das suas normas. Entretanto, vão-se adensando as mais diversas pressões sobre o Tribunal Constitucional vindas de re-

presentantes da Troika, do Primeiro Ministro, de diversos membros do Governo e até de Durão Barroso. Nada de novo. Simplesmente a repetição de um espetáculo degradante, com estreia sistematicamente repetida nos últimos três anos. O Estado de Direito não foi suspenso pelo Programa de Ajustamento Económico e Financeiro e uma ingerência deste tipo não pode ser admitida no seio de uma comunidade alicerçada na defesa dos valores democráticos como é a União Europeia. Mas o pior de todo este desnorte em que vivemos é mais profundo e reside no facto de os portugueses se encontrarem cada vez mais afogados num mar de empobrecimento e desemprego, sem terra firme à vista. O que este orçamento nos vem dizer é que apesar de todos os sacrifícios que fizemos, o cumprimento das

metas do défice continua a ser uma miragem e o esforço adicional que nos será exigido em 2014 está muito longe de ser um último contributo. Contudo, se pararmos um pouco e fizermos um balanço, verificamos que há, de facto, um mérito que não podemos tirar a este governo: depois de ter conseguido ser eleito com base em promessas que não só não cumpre como desdiz todos os dias, fez-nos regredir décadas atrás nos nossos padrões de desenvolvimento e bem-estar, instalou uma terrível fratura social entre velhos e novos, trabalhadores do sector público e do sector privado e conquistou a taça de campeão da inconstitucionalidade. Tudo isto com o beneplácito daquele que jurou cumprir e fazer cumprir a constituição assumindo o papel de garante da estabilidade do Estado. Temos que admitir: é obra!

A linha vermelha

Isabel Santos PS

Há fronteiras que em democracia não devem ser atravessadas. Há uma linha vermelha na ação dos governos de estados de direito democráticos, cuja travessia coloca em causa a legitimidade proveniente do voto do povo. Este Governo e a maioria PPD/ PSD-CDS/PP que o suporta no parlamento estão prestes a atravessar essa barreira ao aprovar um Orçamento do Estado que, previsivelmente, ficará marcado pela declaração de inconstitucionalidade de algumas das normas. Não será a primeira vez que isso acontece. Na verdade, em três anos de mandato, ainda não conseguimos ter um único orçamento que não tivesse sido alvo de declaração de inconstitucionalidade de parte do articulado. Se juntarmos a isto as declarações de inconstitucionalidade de alguns

A escolha é entre a austeridade e a democracia

Catarina Martins BE

Quase no fim do memorando da troika, todas as metas prometidas falharam. Meio milhão de postos de trabalho destruídos, salários e pensões 30% mais baixos, emigração maior que nos anos 60 (a austeridade esvazia o país como uma guerra), rutura em serviços públicos. E uma dívida pública que sempre a crescer; está em 130% do PIB e será maior em 2014. Perante este cenário, multiplicam-se as vozes que nos dão conta do óbvio: a dívida terá de ser renegociada. Em todos os períodos da história, nos mais variados cantos do mundo, quando a dívida se torna insuportável – e portanto impagável - a renegociação é inevitável.

Hoje em Portugal o problema não é saber se a dívida será renegociada. É saber quando. Se continuamos a adiar o inevitável, chegaremos à renegociação com salários ainda mais miseráveis e num país espartilhado pelos grandes grupos económicos. Cortaram em salários e pensões de 1500€ em 2012, depois de 1000 em 2013, de 600 em 2014. Governo, FMI e Comissão Europeia dizem que 2015 e 2016 terão ainda mais austeridade. Ao mesmo tempo desmantelam o Estado Social e privatizam as funções do Estado que podem ser lucrativas. Sempre reconhecendo que afinal ainda não é desta que a dívida pública deixa de aumentar.

A saída para a crise precisa pois de coragem e responsabilidade. Iniciar um processo de negociação com credores oficiais e privados que permita reduzir a dívida pública para montantes que sejam sustentáveis. Trocar os atuais títulos de dívida por obrigações do tesouro a 30 anos e com carência de juros até 2020, para que o país possa ter folga para criar emprego e riqueza. Indexar os juros às exportações, para que os credores apostem no crescimento da nossa economia e não no esbulho de salários e pensões. Reduzir a zero os juros a pagar à troika, porque também eles se financiam a juros zero e quem era suposto ajudar não pode lucrar à custa da nossa

miséria. E renegociar protegendo os pequenos aforradores, que detêm pouco mais de 5% da nossa dívida pública e não têm responsabilidade na crise financeira internacional que nos trouxe aqui. Renegociar a dívida é um caminho duro, cheio de dificuldades. Mas é um caminho que percorreremos inevitavelmente. A escolha é fazê-lo quanto antes, e num processo dirigido pelo Estado português e em nome das pessoas, ou fazê-lo quando estivermos bem piores, num processo dirigido pelos credores em nome da finança. Querem consensos? Vamos então aos que importam e são a saída para a crise: renegociar a dívida.


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Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal A economia arranca?

Michael Seufert CDS-PP

Os números do terceiro trimestre de 2013 são francamente encorajadores para o nosso país. Não há certamente razões para euforia, mas podemos provavelmente respirar em 2013 melhor que em 2012 e em 2014, esperemos, melhor que em 2013. Vejamos: o desemprego desce há nove meses e, pela primeira vez desde 2008, dois trimestres seguidos. E ao contrário do que se escreveu, nem a sazonalidade nem a emigração explicam os números mais recentes. Em primeiro lugar porque a sazonalidade funciona, em geral, contra o terceiro trimestre e a favor do segundo - quando o que aconteceu foi

uma quebra do desemprego entre o segundo e o terceiro trimestres. Em segundo lugar porque houve um aumento no número de pessoas com emprego - cerca de mais 50 mil pessoas no terceiro trimestre face ao segundo. Não foi por isso por haver menos pessoas em Portugal (por via da emigração) que ocorreu a quebra da taxa de desemprego. Ao mesmo tempo, com o crescimento em cadeia pelo segundo trimestre consecutivo, Portugal sai também oficialmente da recessão. Os dois dados estão, claro, relacionados e teremos, tudo indica, um ano mais positivo do que as previsões iniciais

do próprio governo. Isto são, portanto, boas noticias que terão um impacto real na vida dos portugueses - facilmente se perceberá a mudança naqueles 50000 que agora têm emprego e antes não tinham. Esperemos que Portugal continue nesta trajetória para que os esforços nos últimos anos tenham valido a pena. Portugal fez um ajustamento incrível ao virar-se para as exportações quando o consumo interno, alimentado anos a fio pela dívida, não podia continuar a ser o motor da economia. Esse ajustamento custou, particularmente na transição e nos setores não-transacioná-

veis, aos portugueses os esforços dos últimos anos. Alguns acenaram com o fantasma duma “espiral recessiva” que se iria alimentar a si mesma. Esse mito ficou desfeito pelos dados mais recentes e mostrou-se que Portugal tem um futuro em que não depende da dívida e da ação do estado. Para completar o ciclo, agora, é necessário que se possa devolver aos portugueses o fruto do seu trabalho. Os próximos meses terão de ser marcados por reduções de impostos que deixem às famílias e empresas mais rendimento ao seu dispor. Afinal o motor da economia está aí: na atividade e no trabalho privados.

com uma subida prevista da taxa de desemprego de 17,4% para 17,7%, como é possível esperar uma melhoria no consumo privado? Ora se o consumo privado não vai crescer, a previsão do crescimento do PIB em 0,8%, fica dependente da procura externa. Sucede que todos os dados apontam, nomeadamente do próprio FMI, que fez agora uma revisão em baixa do crescimento mundial para 2014 face às estimativas anteriores, para que as nossas exportações não andem tão bem como o Governo espera. E o mesmo se diga relativamente ao desemprego. Nós sabemos que este governo nunca olhou para este flagelo social como uma prioridade a comba-

ter. Nunca em tão puco tempo foram destruídos tantos postos de trabalho como aqueles que este Governo destrui. E o Governo prevê agora, neste Orçamento que a taxa de desemprego suba dos 17,4% para os 17,7%. São números mesmo assim preocupantes, de qualquer forma, ao mesmo tempo que o Governo aponta para essa previsão, impõe neste Orçamento, que as Camaras Municipais reduzam 2% do seu pessoal e que as empresas públicas despeçam em 3% o número de trabalhadores que tinham em Dezembro de 2012. Portanto, também a previsão do Governo, de fixar a taxa de desemprego nos 17,7%, fica comprometida pelas medidas do próprio Governo.

como membro de um orgão que tomará decisões por e para Gondomar. Serei por isso exigente, comigo e com os outros, para que os projetos sociais, económicos e culturais originem verdadeiros benefícios, e que verdadeiramente, as palavras originem atos. Assinei um compromisso de mudança, porque como a maioria dos gondomarenses, sinto que a inércia e o marasmo tomaram conta dos desígnios do concelho nestes últimos anos. A nossa comunidade precisa de mais transparência, mais participação, mais proximidade. Em suma, uma prática de cidadania efetiva.

Por fim, tomo também o compromisso democrático, de estudar as propostas apresentadas à Assembleia Municipal, estar atenta à participação civil, trabalhar com afinco diariamente para que a soberania seja efetivamente do povo que me elegeu para os representar. Sou filha da terra, e acredito que o voto de confiança que deram a mim e aos meus colegas da Assembleia Municipal, veio imbuído de crença num concelho em que a qualidade de vida impere em todos os níveis. O compromisso está assumido. Que o trabalho esteja à altura de todos os vossos anseios.

O Orçamento de Estado para 2014

José Luís Ferreira PEV

Em nome da redução do défice e da dívida pública, o Governo PSD/ CDS têm vindo a impor um conjunto de duros sacrifícios aos Portugueses. Sucede que o resultado destas políticas tem sido exatamente o contrário, ou seja, com este Governo a dívida pública disparou. Pouco dado a aprender com os erros, o Governo insiste neste orçamento em prolongar a austeridade e exige mais e mais sacrifícios aos portugueses. Um orçamento assente em cortes. Mas cortes num só sentido, o sentido do costume. Cortes nos salários e remunerações de quem trabalha; cortes nas prestações sociais, nas pensões de reforma e de sobrevivência, no

subsídio de desemprego e de doença, cortes nas deduções ao IRS para os trabalhadores e pensionistas, cortes na educação e na saúde, na segurança social e na justiça. É claro que estes cortes, a somarem-se aos cortes que há um ano eram provisórios, vão naturalmente emagrecer drasticamente o rendimento disponível das famílias, o que irá provocar uma nova contração da procura interna. Ora se vamos ter uma nova contração da procura interna, significa que o objetivo que aponta para o crescimento do PIB de 0,8%, não passa de ficção. Com o forte emagrecimento do rendimento das famílias em 2014 e

Palavras de Compromisso

Joana Resende PS

Iniciou-se no passado dia 23 de outubro um novo ciclo em Gondomar, do qual faço parte enquanto membro da Assembleia Municipal. Dou assim os primeiros passos na responsabilidade política, fazendo parte de um projeto que acredito ser frutuoso e imprescindível para Gondomar. Saio do anonimato civil porque acredito que todos temos um compromisso para com a sociedade e, neste caso específico, para com a comunidade a que pertencemos e pela qual devemos lutar. Tenho o desejo de mudança, a vontade de trabalhar, a força para combater, a fé de poder contribuir para um concelho mais

rico, mais profícuo e mais humano. Encaro um compromisso político, porque represento os ideais que a maioria dos gondomarenses acreditaram ser necessários neste momento especialmente difícil. Enquanto membro do grupo parlamentar do Partido Socialista, defenderei uma comunidade mais justa e solidária. Abraço o compromisso social, porque entendo que, cada um de nós, se deve responsabilizar por dar um contributo real, para que os direitos humanos mais básicos e dignos estejam ao alcance de todos. Assumo um compromisso de trabalho, ao responsabilizar-me


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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal “Veremos”

Pedro Oliveira CDS-PP

As últimas eleições autárquicas produziram uma importante transformação na representatividade política do concelho, alterando de forma substancial a correlação de forças existente nos diferentes órgãos municipais. De facto, o Partido Socialista (PS), sem margem para quaisquer dúvidas, assumiu essencial protagonismo na condução dos destinos do concelho, garantindo inequívocas maiorias em cada um daqueles órgãos, Executivo e Assembleia Municipal. Ora, a nosso ver, nada de mais natural em tal desfecho, considerando o

manifesto cansaço dos gondomarenses na redundante, opaca e desperdiçada gestão a que o município esteve votado, em especial nos últimos três mandatos. Conforme já expressamos antes foi um período de oportunidades perdidas, de atraso comparativo injustificado e de enormes equívocos nas prioridades definidas para o concelho. Hoje as responsabilidades do PS são imensas. Porque tendo sido prodigo no passado recente em engendrar todo o tipo de críticas à maioria de então, criticando muitas vezes apenas porque sim, tem agora a incumbên-

cia, bem mais consequente e virtuosa, de definir uma estratégia concreta de reposição do concelho nos trilhos do desenvolvimento, descolando-o da apatia em que está mergulhado. Veremos se tem o necessário engenho e arte para o alcançar. No que nos diz respeito e enquanto partido representado na AM, estaremos sempre disponíveis para interagir com a atual maioria colaborando com tudo o que nos motive em prol da mudança e da dignificação dos gondomarenses. Temos claramente um projeto diferente. Contudo tal não nos

impedirá de sermos pró-ativos na gestação de consensos o mais alargados possível, sempre em busca da solução que estruturalmente melhor salvaguarde o interesse público em jogo. Competirá claramente ao PS potenciar a materialização de tal disponibilidade, flexibilizando posições e dialogando com todos, postura aliás que, em função da sua importância no contexto da relação de forças na AM, muito dignificaria a democracia em Gondomar. O decurso do presente mandato dar-nos-á pois a devida resposta.

Uma questão de princípio: honrar compromissos Fique atento, os partidos não são todos iguais

António Valpaços CDU

No quadro em que as últimas eleições autárquicas reformularam por completo a correlação de forças e os intervenientes nos destinos do nosso município para os próximos quatro anos, é importante que os Gondomarenses tenham presente os compromissos assumidos pelas diferentes forças políticas. Em 29 de setembro, cada um teve o direito de com o seu voto escolher o projeto que entendeu ser o melhor para o concelho e é importante que todos os eleitos municipais saibam reconhecer a importância desse ato, honrando com o que assumiram durante toda a campanha eleitoral. Da parte da CDU, honraremos todos aqueles que decidiram apoiar o nosso pro-

jeto político e as nossas propostas e cumpriremos com os compromissos assumidos. Em nome da CDU, agradeço a confiança que muitos depositaram em nós, que nos permite hoje ter mais responsabilidades. Elegemos um vereador, temos cinco eleitos na Assembleia Municipal, presidimos a Junta de Freguesia da União de Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, estamos no Executivo da Junta de Freguesia da União de Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, e reforçamos os nossos eleitos em Assembleias de Freguesia um pouco por todo o concelho. Termos hoje mais eleitos da CDU em Gondomar é sem dú-

vida um acréscimo de responsabilidade para nós mas resultará numa maior capacidade de intervenção, de proposta, na defesa dos interesses das populações. Estamos disponíveis para ouvir o que têm para nos dizer. Estamos disponíveis para ouvir todas as ideias e propostas que visem a melhoria das condições de vida dos Gondomarenses e para trabalhar em soluções que as concretizem. Pensamos que tal só será possível com o contributo de todos os que queiram connosco trabalhar e, por isso, estaremos sempre disponíveis para ouvir a população através do nosso gabinete de atendimento ao munícipe. Por outro lado, os Gondomaren-

ses podem sempre contar com o nosso apoio, podem continuar a confiar em nós, com a nossa firme oposição tanto a nível institucional, como na rua, a tudo que entendamos que seja em seu prejuízo. A CDU não é apenas uma força de oposição. Nem queremos ser. A CDU é uma força de trabalho e proposta, com conhecimento da realidade. Apresentamo-nos nestas últimas eleições com um projeto de futuro, de ideias e de pessoas, com várias propostas sobre as mais diversas áreas de intervenção. Saberemos honrar aquilo que assumimos perante os Gondomarenses! Fique atento ao nosso trabalho, verá que as forças políticas não são todas iguais.

O país precisa de um Orçamento que sirva as pessoas

Rui Nóvoa BE

O Orçamento de Estado para 2014, proposto pelo PSD e CDS/PP, assenta numa escolha: o corte de salários e pensões. O Governo mantém o “enorme aumento de impostos” de 2013 e a este acrescenta um ataque brutal aos rendimentos de quem trabalha ou já trabalhou. Este ataque não resolve os problemas, é a promessa da existência de um segundo pacote de austeridade. Não se trata de substituir medidas do lado da “receita” (mais impostos) por cortes nas “despesas” (salários, pensões e serviços públicos). Na realidade este Orçamento mantém o saque fiscal, e a este acres-

centa uma política de cortes brutal. É um assalto aos salários e às pensões, com o aumento da idade para a reforma, cortes salariais nos salários dos funcionários públicos de 2,5% a 12% acima dos 675€, cortes nas pensões da Caixa Geral de Aposentações (CGA) e cortes nas pensões de sobrevivência a partir dos 600€. No final de 2013 teremos uma taxa de desemprego real que ultrapassará os 20%, a dívida pública superior a 127% do PIB e o país mais pobre. Para além do seu impacto recessivo, é simples de comprovar que a austeridade não serve o propósito da redução do défice. O Orçamento do Estado para 2014

é um orçamento de escolhas. Através dele o Governo escolheu proteger os grandes grupos económicos e a banca, a quem exige apenas 4% da fatura do “ajustamento”. Os bancos, que já não pagam IRC, pagam apenas uns míseros 170 milhões de euros de “contribuição extraordinária”. Para as famílias, os trabalhadores, desempregados e pensionistas, fica 82% do esforço direto e a promessa de menos serviços públicos. A austeridade falhou e não serve o país: utiliza o défice e a dívida como instrumentos de chantagem para se justificar, porque não existe para os resolver. A escolha do Governo é continuar essa chanta-

gem em 2014. O Bloco de Esquerda rejeita esta chantagem e apresenta um programa orçamental que assenta no essencial: 1) Uma Reforma Fiscal Corajosa e Justa; 2) Salvar os direitos de quem trabalha, os Salários e as Pensões; 3) Medidas para recuperar a economia e o emprego; 4) Imposto Sobre as Grandes Fortunas; 5) Renegociação urgente da dívida pública; 6) Combate ás rendas das PPP; 7) Taxa extraordinária sobre os lucros milionários; 8) contra o saque, mais justiça fiscal; 9) Reabilitação Urbana: investimento público em emprego; 10) Eliminação dos benefícios abusivos no IMI.


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Opinião

Taticismo político dos partidos pode pôr em causa saída da crise

Posto de Vigia Manuel Teixeira Jornalista e Professor Universitário

Nunca como nas últimas semanas se falou tanto na necessidade de um acordo alargado entre os partidos do arco do poder (PSD, PS e CDS), como forma de assegurar uma saída sustentada da crise eco-

nómica em que o país se encontra mergulhado. À medida que nos aproximamos do fim do programa cautelar negociado com a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional, coloca-se a questão nuclear de saber se os mercados financeiros estarão abertos ao financiamento do Estado português, e a que taxas de juro. Daí se discutir tão insistentemente a necessidade de um programa cautelar a partir da saída da troika, em junho próximo. Os mais pessimistas admitem mesmo que não será suficiente sequer assegurar o dito “programa cautelar”, pois corremos mesmo o risco de precisar de um segundo resgate internacional, ou seja, um novo pacote de financiamento tutelado pelos nossos financiadores. Neste caso, estaríamos a falar de mais medidas de austeridade, e do prolongamento da penúria económica e social em que nos encontramos desde a assinatura do memorando de entendimento, e que tem assegurado o financiamento do Estado

desde 2011. Se uma tal calamidade nos cair em cima da cabeça, então teremos de nos preparar para mais uma década de sacrifícios e austeridade… Ora, é justamente por causa desta incerteza que os partidos da maioria, o Governo, o Presidente da República e um elevadíssimo número de instituições e personalidades têm insistido na necessidade de um acordo alargado, pois há a firme convicção de que sem envolver os três partidos do poder (PSD, PS e CDS) num projeto estratégico de médio prazo, Portugal não conseguirá financiamento externo nem nos mercados, nem mesmo no âmbito da União Europeia. Porém, aos sucessivos convites e desafios, o Partido Socialista tem respondido com um inequívoco “NÃO”, exigindo no mínimo, como contrapartida para uma tal hipótese, que o Presidente da República convoque eleições antecipadas. E é neste jogo de palavras e táticas políticas – tão óbvio quanto subtil – que reside a chave do problema. Pelo simples

facto de tanto Pedro Passos Coelho como António José Seguro saberem que nenhum deles poderá governar no futuro sem a existência de um largo acordo que envolva pelo menos os dois maiores partidos. E se o líder socialista está firmemente convencido que em caso de eleições o seu partido sairá vencedor, o líder social-democrata não ignora que sem envolver os socialistas os nossos parceiros europeus não voltarão a abrir os cordões à bolsa, nem no âmbito de um “programa cautelar” pós-troika, e muito menos num novo resgate de largo alcance financeiro. Esta equação política surge assim com meridiana simplicidade: quem pode liderar o próximo governo? Ou o PSD cede na realização de eleições antecipadas, e poderá assegurar o tal compromisso com os socialistas; ou insiste em culpar o PS pela falta de um amplo acordo político, e corre o risco de não conseguir financiamento externo a partir do próximo verão. Claro está que, perante uma tal ameaça, será

o próprio Presidente da República que acabará por tomar a decisão de antecipar as eleições. Ainda aí resta saber se o PSD insistirá em disputá-las com Passos Coelho, ou se uma qualquer rebelião interna no PSD levará à escolha de um novo líder para a refrega eleitoral. Seja como for, é dramático os portugueses mais esclarecidos constatarem que os taticismos políticos de uns e outros podem empurrar o país para um prolongamento da austeridade por tempo indeterminado. Porque, em última instância, a única dúvida que parece restar consiste em saber quem será o Primeiro-Ministro que irá governar Portugal no novo período de austeridade, que todos os dias se adivinha mais dramático e prolongado. E tudo isto, apenas e só porque a ambição do poder continua a cegar de forma tão intensa quer quem nos governa hoje, quer quem assume a ambição de nos governar amanhã. Caso para dizer: os portugueses merecem melhor sorte…

gem do espaço escola e da professora. Será que ainda é assim? E lá, na escola eu crescia, sempre tendo por referência a família que, nos bastidores, mas muito de perto, acompanhava o meu desafio. Será que ainda é assim? E nos bastidores, a família, em alerta, atenta e preocupada, seguia-me e acompanhava-me de perto, muito de perto e eu, podia recorrer, sempre que precisasse, para buscar nela diálogo, confiança, autoestima, ajuda, compreensão e se necessário fosse, uma ou outra repreensão. Será que ainda é assim? Foi na escola, com a segunda socialização - depois da primeira bem consolidada na família -, que aprendi a resolver problemas e a ampliar os meus conhecimentos sempre na base do saber ouvir, do saber ser e do saber estar. Será que ainda é assim? Foi na escola, ao negociar, ao ceder, ao partilhar, ao representar, ao cooperar e ao me expor, que aprendi e ainda hoje preservo, os valores do

saber ser e do saber respeitar. Será que ainda é assim? Onde estás tu, ó família dos dias de hoje que se ouve tão de baixinho?!!! O que fazes tu, ó escola dos dias de hoje que se ouve tão de mansinho?!!! Como estás tu, ó sociedade dos dias de hoje que grita e fala tão alto?!!! Foi na escola, sempre com a família por perto, que aprendi a ser mais consciente, mais solidária, mais voluntariosa, mais autónoma, de forma a querer fazer parte de uma sociedade mais justa, mais consciente, mais exigente…Mas será que ainda é assim? Não, a sociedade contemporânea, demarcada pelos consumismos exagerados, pelas inclusões, pela globalização, pela exploração sem limite dos recursos naturais, pela prevalência de uma cultura globalizada, pelos vícios das mais sofisticadas tecnologias e pela virtualidade de um admirável mundo novo está a precisar de silêncio e serenidade para encontrar o seu equilíbrio e o seu caminho,

tendo sempre, obrigatoriamente, como retaguarda a família e a escola. E citando Paulo Freire “Escola é ... o lugar que se faz amigos. Não se trata só de prédios, salas, quadros, programas, horários, conceitos... Escola é sobretudo, gente, gente que trabalha, que estuda, que alegra, se conhece, se estima. O diretor é gente, o coordenador é gente, o professor é gente, o aluno é gente, cada funcionário é gente. E a escola será cada vez melhor, na medida em que cada um se comporte como colega, amigo, irmão. Nada de conviver com as pessoas e depois,… descobrir que não tem amizade a ninguém. Nada de ser como tijolo que forma a parede, indiferente, frio, só. Importante na escola não é só estudar, não é só trabalhar, é também criar laços de amizade… É conviver, é se “amarrar nela”! Ora é lógico… Numa escola assim vai ser fácil! Estudar, trabalhar, crescer, fazer amigos, educar-se, ser feliz.” Será que ainda é assim?

Será que ainda é assim?

Margarida Oliveira Silva Docente do Ensino Básico

A escola foi o meu território que me acolheu por volta dos sete anos de idade e onde me senti, desde o primeiro dia, muito à vontade para exercitar as minhas vivências

pessoais e familiares e conviver com os outros, respeitando-os, nas suas diferenças. Será que ainda é assim? Com os da minha idade, aprendi a questionar valores, comecei, sem saber, a construir o meu próprio projeto de vida. Será que ainda é assim? Porque a escola, sempre ao lado da família, foi o meu principal espaço de construção de valores, de partilha, de atitudes e de conhecimentos, pelos quais ainda hoje, me rejo. Será que ainda é assim? Sem internet, sem audiovisuais, sem telemóvel, nem escola virtual, mas com um único e grande quadro negro de xisto e uma admiração e um respeito sem par, pela professora, a escola foi para mim, palco de encontro, de construção de conhecimento, de múltiplas aprendizagens, de relações e emoções fortes, de projetos, de alegrias e brincadeiras, muitas brincadeiras… que perduram ainda na minha memória e nunca, mas nunca se esvaziará dela, a ima-


36 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Opinião

Cancro da pele, uma doença fácil de prevenir...

Paulo Amado Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Diretor Clínico da CLINICA RIO TINTO + Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HPP- Boavista.

e perda de apetite, com tosse, se preocupou a recorrer ao seu médico de clínica geral, que de imediato a dirigiu a Dermatologia, especialidade que normalmente trata os cancros de pele. Reparem que uma pequena cirurgia local, com aneste-

e mais difícil cura. Está na prevenção a forma mais eficaz de tratar esta terrível doença, que muitas vidas continua a tirar. É certo que muitos cancros são difíceis de prevenir, o do pâncreas, o do pulmão, etc., pois, quando se detetam já

sia local, retirando o sinal da pele, em tempo útil, teria sido a solução para não chegar a este ponto, agora certamente com uma evolução trágica. Já o referi, em edições anteriores, que o cancro no geral, é uma doença ainda de difícil tratamento

estão, muitas vezes, numa fase de adiantada evolução. Serão de prevenir, sim, com hábitos de vida saudáveis, já do conhecimento das pessoas, tais como o de evitar fumar. O mesmo não acontece com o cancro de pele, que se torna fácil de prevenir, evitando exposição

FOTO: DR

Viva Saúde

O cancro da pele, constitui um dos cancros mais mortais e no entanto dos mais fáceis de prevenir. É vigiando a pele e principalmente os sinais na pele, que mostrem áreas negras ou que se modifiquem ao longo do tempo, que nos devemos alertar e recorrer a um Dermatologista. Este tema, do cancro da pele, ou melhor, da derme, ocorreu-me pois segui um caso clínico, muito recente de uma senhora, ainda jovem, que se encontra em dificuldades com a sua saúde, por metástases (células cancerosas que invadem outros órgãos do corpo, originadas por células do cancro inicial), no fígado e pulmão de um carcinoma espino celular, ou seja, um dos cancros de pele mais mortais. Poderia ter evitado chegar a este ponto, pois reconhece que já tinha notado um sinal na pele, algo de estranho, que escureceu recentemente, mas porque se encontrava numa área junto à zona genital, esse facto, não a deixou à vontade para recorrer ao seu médico, ou mesmo a um dermatologista. Deixou a situação evoluir, sem nada fazer e só depois de iniciar sintomas de perda de força

solar prolongada, mas principalmente, vigiando sinais na pele que quando alteram características, tais como, escurecerem, tornarem-se com maior relevo na pele, devem ser observados pelo seu médico ou mesmo recorrer a um Especialista de Dermatologia, para que analise a situação e pondere retirar o mesmo sinal, enviando posteriormente para exame. É na prevenção que maior parte das doenças se evitam, em especial o cancro, pelo qual devemos fazer exames clínicos com frequência, análises clinicas, de acordo com o seu médico, enfim consultas médicas de clínica geral, de forma regular. Temos um hábito bem português de fazer este tipo de coisas, ou quando somos obrigados, ou adiar sempre que podermos... À espera não sei de quê??? A situação económica também não ajuda, pelo que existe uma preocupação dos centros de saúde, clínicas privadas, etc., de tornar mais eficaz e de melhor acesso a um dos maiores bens que devemos preservar, a nossa saúde... Até breve, estimados leitores…

Concessão de lixos e água exige reflexão Bisturi Henrique Villalva

É do conhecimento público que o major Valentim Loureiro concessionou a privados em Gondomar quer o sistema de abastecimento de água domiciliária, quer a recolha de lixos e limpeza urbana. Verdade se diga que até hoje não se vislumbraram as vantagens nem de uma nem de outra das concessões. Para além das questões financeiras decorrentes destas decisões, e que estão intimamente ligadas à comparação dos custos que existiam antes das concessões, versus os que hoje o município paga aos concessionários, para o cidadão comum não são visíveis quaisquer melhorias nos serviços prestados. Ao nível do abastecimento de água às populações, a maior evidência da concessão foi o agravamento dos custos para os cida-

dãos. E nem vale a pena discutir a questão específica do preço da água por metro cúbico. O que verdadeiramente interessa é o que os gondomarenses pagam mensalmente na fatura, independentemente da sua composição. Chame-se taxas ou serviços, consumos ou disponibilidades, sejam valores imputados pelas empresas, pelo município, ou pelo Estado central, para o cidadão o que conta é o que é obrigado a pagar para ter a água nas torneiras. Já no que respeita à recolha de lixos e limpeza do espaço público, as coisas não são muito diferentes, sendo que aqui não há propriamente uma fatura a pagar autonomamente, mas ela aparece agregada ao consumo da água. Resta, pois, avaliar o serviço tal como ele se apresenta aos cidadãos no pró-

prio espaço público. Importa reconhecer que, até ao momento, se o serviço não piorou, também não aparece visivelmente melhorado na perceção pública. E ninguém ignora que aquela opção indignou algumas juntas de freguesia, nomeadamente as da cidade de Rio Tinto, com os respetivos autarcas a tornarem pública a sua discordância por lhes ter sido retirada uma parte das competências delegadas no campo da higiene e limpeza do espaço público. Ora, sabendo-se que o Partido Socialista foi o grande vencedor das autárquicas, com a liderança do ex-presidente da Junta de Rio Tinto, Dr. Marco Martins, agora no cadeirão da presidência da Câmara de Gondomar, no mínimo é exigível que aqueles contratos de concessão sejam analisados ao

pormenor, no sentido de avaliar da sua bondade, e da sua eficácia no terreno. Os cidadãos não podem continuar na dúvida sobre se o erário público saiu ou não beneficiado com estas concessões, mas não apenas. É necessário avaliar o serviço prestado aos cidadãos, e fazer uma análise comparativa com o antes e o depois. Só na transparência total das decisões, e na avaliação dos resultados poderemos viver em sã convivência social. E hoje, nestas matérias, está instalada uma gigantesca nuvem de dúvidas, que terá de ser esclarecida por quem de direito. É isso a que os cidadãos têm direito, para benefício de todos. E devem ser informados objetivamente todos e cada um. Não basta uma qualquer nota de imprensa…


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Emprego

A DECO lançou recentemente a Petição “Liberdade na Fidelização” para entrega na Assembleia da República. O que pretende a DECO com esta iniciativa?

Joana Simões Jurísta da DECO

Com a apresentação desta petição pretendemos dar um passo importante para resolver um dos maiores entraves à concorrência no setor das telecomunicações em Portugal e conseguir uma alteração legislativa que consagre um período de fidelização máximo inferior ao que hoje vigora (24 meses). O mercado das telecomunicações não permite que os consumidores retirem todos os benefícios das várias ofertas disponibilizadas

pelos operadores, nomeadamente pela imposição de períodos contratuais mínimos de 24 meses e penalizações pelo seu incumprimento. Períodos de 24 meses são excessivos e desincentivadores da mudança de operador, penalizando os consumidores: por um lado, impedem novas e melhores ofertas e, por outro, não respondem aos desafios da sociedade portuguesa atual. Paralelamente, sempre que o

consumidor tenta mudar de operador durante este período mínimo, são-lhe cobrados encargos desproporcionados. Para libertar e consciencializar o consumidor, a DECO convida-o a assinar uma petição a entregar na Assembleia da República, onde exige a diminuição do prazo máximo legal de fidelização, atualmente de 24 meses. A DECO considera também fundamental a criação de uma norma que estabeleça os crité-

rios inerentes aos encargos decorrentes da cessação antecipada do contrato, bem como a introdução de um critério de razoabilidade e proporcionalidade relativamente ao valor dos encargos cobrados, de forma a garantir transparência e previsibilidade. Caso concorde com esta iniciativa, participe, assinando a petição disponível em www.liberdadenafidelizacao.pt, até ao dia 6 de Dezembro. FOTO: DR

Para qualquer esclarecimento adicional pode dirigir-se à DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - Delegação Regional do Norte, sita na Rua da Torrinha nº 228, H, 5º andar, 4050-610 Porto, ou através do endereço: deco.norte@deco.pt


38 VIVACIDADE NOVEMBRO 2013

Lazer

Faça uma viagem e areje a cabeça. Seja franco com quem ama. Diga-lhe o que pensa e terá maravilhosas surpresas. O seu romance poderá sofrer a interferência familiar.

Evite dedicar-se a quem não merece. Dê atenção a amigos verdadeiros que se sentem postos de lado. No amor, não se deixe enganar com falsas promessas, esteja atento.

Pode ter que passar alguns momentos menos bons neste mês.. Não se deixar influenciar, poderá acabar o mês em grande alegria e felicidade. Os seus amigos estão para ajudar.

Mês apropriado à recuperação de energias e à meditação. Boa altura para ouvir conselhos de amigos mais velhos. Vá dar boas caminhadas para reflectir melhor.

A sua força está preparada para vir à tona. Ajude-se a si mesmo, possibilitando que as suas qualidades se revelem. Não deixe de ouvir a sua intuição.

Evite dedicar-se a quem não merece. Dê atenção a amigos verdadeiros que se sentem postos de lado. No amor, não se deixe enganar com falsas promessas, esteja atento.

Mudanças em marcha. Ganhe o respeito e a confiança dos seus colegas de trabalho, pois isso possibilitar-lhe-á colocar em prática mais facilmente as suas ideias.

Mês apropriado à recuperação de energias e à meditação. Boa altura para ouvir conselhos de amigos mais velhos. Vá dar boas caminhadas para reflectir melhor.

Tudo o que se promete deve ser cumprido. Se não o fizer poderá sofrer recriminações. A harmonia fará com que surjam novas formas de prazer.

Demonstre as suas emoções. O seu par espera e deseja um gesto de carinho e atenção. Só assim conseguirá um convívio melhor.

A boa influência de uma pessoa da família poderá ser muito importante no seu trabalho. Procure entender o que se passa na alma do seu amor e incentive-o.

Pessoa próxima de si poderá trazer-lhe boas notícias que há muito aguarda. Altura ideal para enfrentar as suas novas responsabilidades laborais.




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