ETAR de Rio Tinto ao Ministro do Ambiente
Reportagem
FOTO: DR
Saiba quais são as principais competências das Juntas e Uniões de Freguesias V
Catarina Martins quer levar caso da
P.4 e 5
Sociedade V
Câmara obrigada a pagar indemnização a privado de Rio Tinto P.11
Cultura V
Nelo Silva: cantor de Rio Tinto lançou novo álbum P.23
Desporto
OFERTA
5 CD’s - novo álbum ‘Nossos Momentos’ autografados por Nelo Silva
3 jantares para 2 pessoas no restaurante ‘O Cardeal’ no dia dos namorados
Saiba mais P.34 V
P.26 e 31
Câmara de Gondomar e Movimento querem uma solução rápida
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Agência Portuguesa do Ambiente de olhos postos na Águas de Gondomar
Entrevista a Nélson Alves, da geração de ouro do futebol português P.36 e 37
2 VIVACIDADE JANEIRO 2014
Editorial Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org José Ângelo Pinto
Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário
Caros Leitores, O ano de 2014 vai ficar marcado por dois grandes factos políticos: as eleições para o parlamento europeu e o fim do programa de assistência que a Troika nos concedeu. As pessoas que vão ser escolhidas para estarem nas listas dos partidos e coligações que vão concorrer para o parlamento europeu vão ser determinantes para o sucesso ou insucesso das eleições e das próprias candidaturas dos partidos. As eleições europeias, tradicionalmente, são um momento em que os povos decidem demonstrar a sua insatisfação com o estado das coisas e são, por isso, eleições em que os partidos não podem cometer erros, pois eles vão ser muito bem pagos. É altura de curar as enormes feridas provocadas pelos resultados autárquicos em todos os partidos e trabalhar para que tenhamos os melhores representantes no Parlamento Europeu. Espero que os partidos consigam libertar-se de um certo perfil que abundou nos últimos anos – de trauliteiros e trauliteiras que nada mais sabem fazer do que expressar veementemente opiniões despropositadas a todos os propósitos - e que se concentrem em obter pessoas competentes e dedicadas que saibam levar alto o nome de Portugal, qualquer que seja a sua origem política. É uma enorme responsabilidade a elaboração de listas para estas eleições e é muito importante que seja enterrado o passado e que se procurem os melhores, o que deve ser independente de questões pessoais que sempre existem nos partidos. Em todos os partidos. Também é na qualidade dos nossos deputados europeus que reconstruímos o nosso país e a sua credibilidade.
POSITIVO Criado pela Lipor, o ECOSHOP é um cartão de fidelização, promotor do compromisso dos cidadãos com boas práticas ambientais e que representa um método de reconhecimento da sua participação no processo de reciclagem multimaterial. O objetivo é transformar o lixo em vales de compra.
Reportagem Páginas 4 e 5 Breves Página 6 Sociedade Páginas 8 a 20 Cultura Páginas 21 a 25 Destaque Páginas 26 e 31 Política Páginas 32 a 35 Desporto Página 36 a 44
NEGATIVO Quem passa pelo Caminho Pevidal, em São Cosme, próximo do Tribunal da Comarca de Gondomar, vê dezenas de viaturas apreendidas pela PSP de Gondomar encostadas à berma da estrada. Os veículos apreendidos ou abandonados deviam estar num parque próprio, à responsabilidade da PSP e Gondomar.
Empresas & Negócios Página 45 e 46 Opinião Páginas 47 a 51 Lazer Página 52 e 53 Emprego Página 54
Próxima Edição 20 de fevereiro
Paulo Santos Silva
Professor, Historiador e Escritor
Memórias do Nosso Passado Os primórdios do Mosteiro de Rio Tinto Prezado leitor. A pedido de várias pessoas e de alunos meus, escrevo este artigo sobre o tema no intuito de esclarecer alguns aspetos da História da nossa terra. Anteriormente à existência de um mosteiro, existiam já vestígios de presença humana nesta região, os quais são comprovados quer pela documentação do período medieval, quer pela arqueologia; a referência à mamoa (monumento de cariz megalítico e funerário) que estava em “Crestomantes” refere-se sem dúvida à “Mamoa da Regateira” que estava sobre Santegãos (atual Monte Pedrosa); quanto à época romana temos os achados encontrados em Monte Penouço bem como os “marmourais” na zona do Rio da Lage, os quais estavam junto à estrada que seguia na direção de Alfena e de Guimarães. Na questão da fundação do Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tinto foi, durante muito
Sumário:
tempo, a versão contada por Frei Leão de S. Tomás (século XVII) e de outros autores que o tomaram como referência, de que este teria sido fundado em 1062 por Diogo Trutesendes, nobre infanção em ascensão e que chegou a governador das terras de Santa Maria (da Feira), e seus filhos, tendo sido legado ao mesmo mosteiro o padroado de 12 igrejas. Embora esta fosse uma prática comum na época, a documentação mostra-nos algo diferente. De acordo com o historiador José Mattoso, a fundação do dito mosteiro terá efetivamente ocorrido em período que ronda os finais do século X e princípios do seguinte e que na mesma fundação teria estado a ação dos avós de Gomes Jeremias (1041-1058), o qual terá sido eleito abade pelos seus familiares sem ter tido a confirmação do Bispo. No entanto, a família Trutesendes está ligada aos primórdios do Mos-
teiro de Rio Tinto. Sabemos que esta família tinha direitos de padroado em várias igrejas das terras da Maia e como Rio Tinto pertencia então a essas terras, quiseram assegurar direitos também sobre este mosteiro. Pela documentação, constatamos que uma monja professa no referido mosteiro terá deixado em testamento metade dos seus bens ao mesmo e que era da família Trutesendes. O “frater Martinus”, membro desta família ocupava mesmo um lugar de destaque na hierarquia deste mosteiro (prior ou mesmo abade), que nesta época ainda tinha um carácter dúplice. Pertencente a esta mesma família foi a primeira abadessa do Mosteiro de S. Cristóvão de Rio Tinto, Hermesenda Guterres, à qual D. Afonso Henriques terá concedido carta de couto em 20 de Maio de 1140 a troco de 500 morabitinos de ouro. No que respeita à regra monástica, não sabemos inicialmente qual era a seguida, pois havia várias em uso, mas a escolha final terá recaído na Regra de S. Bento e, a partir do abadessado de Hermesenda Guterres, o Mosteiro de Rio Tinto foi perdendo gradualmente o seu carácter dúplice para se tornar exclusivamente, no final do século XII, um mosteiro feminino ligado à Ordem Beneditina.
Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873) Redação: Ricardo Vieira Caldas (CP-9828) Pedro Santos Ferreira (TP-1911) Diretor Comercial: Luiz Miguel Almeida Paginação: José Vaz Edição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTO Colaboradores: Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Simões, Chef João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org Facebook: www.facebook.com/ jornalvivacidade E-mail: geral@vivacidade.org
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Reportagem Vivacidade
Juntas e Uniões de Freguesias
A lei n.º74/2013, de 12 de setembro, alterou o paradigma do Protocolo de Delegação de Competências das Câmaras Municipais nas J para sete – a nova lei criou também novas formas de transferências de competências: o Acordo de Execução e o Contrato Interadminist espaços verdes e a fazer pequenas reparações nas escolas primárias.
Novas competências
(Acordos de Execução e Contratos Interadministrativos*)
Junta de Freguesia de Rio Tinto
União das Freguesias de Melres e Medas Manutenção dos espaços verdes Pequenas reparações nos estabelecimentos de educação pré-escolar e 1º ciclo do ensino básico Manutenção dos espaços envolventes dos estabelecimentos acima descritos. Colocação de nova sinalização vertical não iluminada. Desobstrução de coletores de águas pluviais. Colocação de tampas, sarjetas e grelhas. Bancos de jardim em domínios públicos. Limpeza e manutenção de zonas ribeirinhas. Construção de novos passeios e alterações em passeios. Terrenos e edificações em risco. Cedência de grades para sinalização. Cedência de meios e equipamentos da Freguesia. Apoiar operações de Proteção Civil.
*O Vivacidade selecionou dois exemplos no concelho.
Quinta das Freiras ainda é gerida pela Câmara Uma das promessas de campanha de Marco Martins e Nuno Fonseca era a gestão, por parte da Junta, do equipamento da Quinta das Freiras. Para já ainda nada foi alterado a esse respeito mas o assunto já foi discutido pelos dois
presidentes e Nuno Fonseca acredita que ficará tratado ainda este ano. “Há uma disposição da minha parte de receber essa gestão mas também há uma disponibilidade do presidente da Câmara de a passar. O tempo foi extremamente curto. Tentamos discutir agora o
houve da parte da Junta nem da parte da Câmara nenhuma vontade de ter competências só por ter. As competências que são descentralizadas têm o objetivo de serem melhor realizadas, com menos recursos e com uma gestão de proximidade.” FOTO: PSF
Balneários, lavadouros e sanitários públicos Parques infantis públicos e equipamentos desportivos de âmbito local Chafarizes e fontanários públicos Placas toponímicas Sinalização horizontal (+ Baguim do Monte) Sinalização vertical não iluminada instalada nas vias municipais Sinalização vertical não iluminada nas vias municipais Caminhos, arruamentos e pavimentos pedonais Novos passeios e alterações em passeios Abrigos de passageiros existentes na freguesia Espaços verdes Pequenas reparações nas EBl’s e JI’s Espaços envolventes as EBl’s e JI’s Desobstrução de coletores de águas pluviais Colocação de tampas, sarjetas e grelhas Bancos de Jardim em domínio público Zonas Ribeirinhas Terrenos e edificações em risco Grades de sinalização
Rio Tinto é a maior freguesia e a que tem mais competências O presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto, Nuno Fonseca, tem noção de que governa a junta mais populosa do concelho e uma das maiores a nível nacional. Com os antigos protocolos de delegação de competências, Rio Tinto tinha em si delegadas algumas competências tais como a reparação de passeios, desobstrução de colectores de águas pluviais, limpeza e manutenção de zonas ribeirinhas, entre outros. Agora, o universo de competências alarga-se [ver caixa de competências] e a Junta passará a ter autonomia para várias outras coisas. A mais comentada, talvez, será a manutenção dos espaços verdes, que antes se dividiam entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal de Gondomar. Para Nuno Fonseca, “hoje estamos mais próximos do que é o desejável mas ainda não está perfeito nem está dentro da totalidade de competências que poderão ser delegadas nas juntas. Ainda há mais algumas coisas que poderão vir a ser passadas para a junta por uma questão de maximização de recursos.” Os acordos de execução serão, segundo o presidente, uma “coisa mais definitiva”, já os contratos interadministrativos serão “tudo o resto que a junta possa fazer”. A título de exemplo, a Junta de Rio Tinto celebrou um contrato interadministrativo com a Câmara e com a Junta de Baguim, na qual a mesma ficará encarregue da pintura de estradas nas duas freguesias.
Na foto: Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto
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Aprovados em dezembro de 2013 em Assembleia Municipal, os novos contratos com as Juntas e Uniões de Freguesias assentam agora na Lei n.75/2013, de 12 de setembro, que altera o paradigma da Delegação de Competências das Câmaras Municipais nas Juntas de Freguesia. Com a entrada em vigor do novo diploma a delegação de competências
passa agora a fazer-se por via de Acordos de Execução ou de Contratos Interadministrativos. Os novos instrumentos de apoio municipal entraram em vigor durante o mês de janeiro por vontade do novo executivo camarário [a lei permitia um alargamento do prazo até abril]. O Vivacidade conversou com três autarcas de Gondomar e procurou perceber em que medida a nova lei irá mudar a gestão autárquica dos órgãos mais próximos dos gondomarenses.
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira
que era importante para os recursos continuarem a funcionar e deixamos as coisas mais específicas para depois”, afirma o autarca. Competências a mais? Quanto ao aumento significativo de competências para a Junta de Rio Tinto, Nuno Fonseca faz questão de frisar uma coisa: “não
Para já, garante o presidente de Rio Tinto, está a ser feito “um esforço imenso de adaptação” para que a duplicação de recursos humanos [decorrida já no dia 15 de janeiro] corra pelo melhor. Para a Junta mais populosa de Gondomar, descentralizaram-se mais seis funcionários da Câmara Municipal.
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Reportagem Vivacidade
com mais competências
Juntas de Freguesias. Para além da criação de Uniões de Freguesias – que em Gondomar se traduziu numa mudança de 12 freguesias trativo. O Vivacidade recolheu três exemplos de freguesias no concelho que passarão agora, por exemplo, a poder tratar de todos os seus
Cova transferiram-se mais quatro trabalhadores e uma viatura e a União ficará encarregue de, entre outras coisas, tratar da manutenção de espaços verdes, fazer pequenas reparações nas escolas primárias e colocar tampas e grelhas na via pública.
Na foto: José Andrade, presidente da União das Freguesias de Melres e Medas
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Fânzeres e S. Pedro da Cova querem uma avaliação para a transferência de competências “No meu entender a lei não está bem feita e continua a permitir que as freguesias não vejam os seus problemas resolvidos. No entanto, aprovamos na Assembleia Municipal, quer o Contrato Interadministrativo quer o Acordo de Execução com a Câmara Municipal de Gondomar. Naturalmente compreendendo o argumento que a Câmara dá, de querer resolver isto rapidamente ainda no mês de janeiro mas parece-nos, no entanto, que isto exige uma avaliação mais profunda uma vez que estamos a falar de competências muito significativas e estruturais e que as Juntas de Freguesia nunca tiveram”, afirma o presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova. Na opinião de Daniel Vieira, existe um “grau de subjetividade muito elevado” nestes novos acordos mas a avaliação requisitada pelo presidente da União terá toda “a disponibilidade da Câmara”. Nem tudo é negativo para o jovem autarca e um dos aspetos que o mesmo considera positivo é o facto de “estes acordos e contratos serem feitos por quatro anos.” “Permite alguma estabilidade de gestão à Junta de Freguesia, explica. Para Fânzeres e S. Pedro da
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FOTO: PSF
Na foto: Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova
Alto do Concelho recebe também mais meios humanos Na União de Freguesias de Melres e Medas, o presidente José Andrade recebe, de bom agrado as novas competências para 2014-2018. Para o autarca, a nova lei e a vontade da Câmara em descentralizar vêm ajudar a União de Freguesias. Falando, por exemplo, de um vidro que se parte numa escola pública, em 2013, o assunto teria que ser resolvido pela Câmara Municipal. Agora, o assunto passará para as freguesias. “Temos a clara noção de que um simples vidro partido pode estar ao nível do chão ou a 10 metros de altura e a sua dimensão poderá ser um grande problema. Estamos quanto mais não seja
mais próximos de qualquer problema que qualquer outro serviço centralizado pela Câmara Municipal de Gondomar. Não compreendo porque é necessário esperar 20 anos para implementar o que já era óbvio para todos”, atesta José Andrade.
Meios financeiros transferidos pela CMG 2013 Freguesias: Baguim do Monte Covelo Fânzeres Foz do Sousa S. Cosme Jovim Lomba Medas Melres Rio Tinto S. Pedro da Cova Valbom
Financiamento CMG: 91.400,00€ 91.400,00€ 91.400,00€ 91.400,00€ 132.530,00€ 91.400,00€ 91.400,00€ 91.400,00€ 91.400,00€ 182.800,00€ 132.530,00€ 91.400,00€
2014 Freguesias: Acordo de Execução: Baguim do Monte 67.870,68€ Rio Tinto 151.741,36€ Lomba 57.870,68€ U. F. de Fânzeres e S. Pedro da Cova 115.870,68€ U. F. de Foz do Sousa e Covelo 112.870,68€ U. F. de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim 160.306,02€ U. F. de Melres e Medas 124.306,02€
Contrato Interadministrativo: 97.370,00€ 182.370,68€ 77.370,68€ 162.370,68€ 122.370,68€ 167.370,68€ 132.370,68€
Os valores indicados acima já incluem a transferência de recursos humanos.
“A Câmara Municipal de Gondomar e a União de Melres e Medas consideram o reforço de competências não uma obrigação mas sim uma oportunidade para descentralizar, criar proximidade na resolução dos problemas das populações, melhorar a qualidade dos serviços prestados e face à redução continuada das receitas financeiras da Câmara e Freguesias nos últimos anos, podemos passar a contar também com a colaboração de cinco funcionários da Câmara como contrapartida”, explica o autarca. A transferência dos meios humanos não será um problema para esta União, já que “antes de qualquer ação para implementar este acordo e contrato este executivo, após tomada de posse, empreendeu de imediato a requalificação de um espaço de cerca de 2000m² para criar um estaleiro para servir de retaguarda aos trabalhos da nova Freguesia”. José Andrade acredita “que este poderá ser o primeiro e verdadeiro passo para uma regionalização efetiva do país” e considera-se preparado “para com menos recursos gerir melhor para bem de toda a comunidade”. “As Juntas são a entidade política mais representativa da comunidade e com melhores condições de utilizar os recursos públicos”, finaliza o presidente da União das Freguesias de Melres e Medas.
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Breves Restaurante Adega Típica da Cavada Nova abre novo espaço ca surge da necessidade de alargar o espaço, graças ao aumento da procura”, explica Leonel Pereira, responsável pela Adega Típica da Cavada Nova, ao Vivacidade. O novo restaurante vai estar aberto de segunda a sábado, das 11h às 22h.
O restaurante Adega Típica da Cavada Nova vai abrir a 31 de janeiro um novo espaço na Rua António da Costa Viseu, em Rio Tinto. Com música ao vivo todas as sextas-feiras e sábados, o novo restaurante vai ter capacidade para 80 pessoas. “A expansão da Adega Típi-
Sarau Solidário no Multiusos de Gondomar Realiza-se no dia 9 de fevereiro o Sarau Solidário no Pavilhão Multiusos de Gondomar. A iniciativa organizada pela Associação Social Recreativa Cultural e Bem Fazer Vai Avante, contará com muita dança e fado sob o lema:
“Ajude-nos a Ajudar”. Estão previstas atuações de Maria do Sameiro, Cátia de Oliveira, Manuel Granja, entre outros. A festa tem início marcado para as 16h30, na Sala D’Ouro, do Pavilhão Multiusos.
Estrela de Fânzeres organizou evento sub 7 a sub 11 17 Mil passaram pelas Piscinas Municipais Em dezembro, cerca de 17 mil utilizadores participaram em diversas atividades programadas para as piscinas municipais. Foram dinamizadas iniciativas nas áreas das atividades aquáticas – natação, hidroginástica e polo aquático – e ginásio – ginástica aeróbica, manutenção, dança de salão, zumba, karaté e judo). Os exercícios ficaram marcados pela diversão, camaradagem entre alunos, professores e funcionários e sensibilização para a importância das atividades aquáticas.
Câmara vai renovar frota operacional A Câmara Municipal de Gondomar vai renovar o parque automóvel operacional da autarquia, cuja frota tem uma idade média de 22 anos. A decisão foi tomada a 22 de janeiro, com uma abstenção, em reunião da Câmara Municipal. Gondomar avança assim para um concurso público de locação em regime de aluguer opera-
cional de veículos, para um prazo de 48 meses, com um preço base de 911.820,00€. Segundo o executivo municipal, a medida justifica-se pela avançada idade da frota e pela necessidade de transferir 10 viaturas para as freguesias e uniões de freguesia, no âmbito dos protocolos aprovados na última Assembleia Municipal.
Concerto de Reis em Fânzeres Realizou-se no dia 5 de janeiro, o concerto de Reis na Igreja Paroquial de Fânzeres. O concerto contou com as atuações do Orfeão de São Pedro, Duo Contrastus, Alexandra Lopes,
Mariana Lopes e Susana Vieira. A iniciativa foi organizada pela Junta da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova e pelo Centro Republicano e Democrático de Fânzeres.
Programa Comenius na Secundária de Rio Tinto
No dia 28 de dezembro, 290 atletas sub 7 a sub 11 compareceram à chamada e rumaram ao estádio ‘Campo dos Estrelas’, do Estrelas Futebol Clube de Fânzeres. Em competição estiveram as equipas do S. Pedro da Cova, Atlético de Rio Tinto, Montezêlo, Ataense e Estrelas de
Fânzeres FC. Em Fut 3 venceu o S. Pedro da Cova e em Fut 5 ganhou o Atlético de Rio Tinto. Já em sub 10 foi o Atães o vencedor, com o Estrelas de Fânzeres a vencer a competição em sub 11. Cerca de 750 pessoas passaram pela bancada do Campo das Estrelas .
JSD Rio Tinto recolheu alimentos, vestuário e brinquedos A Juventude Social Democrata de Rio Tinto, organizou em dezembro uma recolha de bens alimentares, vestuário e brinquedos para entrega em associações de cariz social da freguesia. A iniciativa contou com a colaboração do Café City Jovem, do Ginásio da Venda Nova, da Obra ABC, do Centro Paroquial do Corim, do Centro Paroquial e Social de Rio Tinto e do Seminário Padre Dehon. A população teve uma forte adesão à iniciativa.
Prolongamento da Gondomarense liga Hospital Fernando Pessoa ao S. João
A Escola Secundária de Rio Tinto vai realizar, entre os dias 2 e 6 de fevereiro de 2014, um encontro de professores e alunos de sete escolas estrangeiras oriundas respetivamente das Ilhas Canárias, Itália, França, Polónia, Irlanda do Norte, Tur-
quia e Grécia no âmbito do Programa da Aprendizagem ao Longo da Vida – Comenius que visa, entre outros, melhorar a qualidade e reforçar a dimensão europeia da educação. O projeto é financiado por fundos europeus.
A linha 68 da Empresa de Transportes Gondomarense (ETG) – que integra a rede Andante da Área Metropolitana do Porto – foi prolongada a 13 de janeiro. A ETG faz agora a ligação entre o Hospital Fernando Pessoa e o Hospital S. João, no Porto, passando por Gondomar (S. Cosme), Fânzeres, Baguim do Monte e Rio Tinto. Junto ao Hospital Fernando Pessoa foi já colocado um abrigo e delimitada uma zona de paragem de “Bus”. Nos dias úteis a Gondomarense irá circular entre as 6h35 e as 20h35, com uma frequência de 30 minutos.
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Sociedade
Jovens empreendedores criam jogo para dispositivos da Apple É um “misto de puzzle e ação”, explica um dos criadores do ZEZ, o mais recente jogo para dispositivos iOS [da Apple] criado por um jovem de Fânzeres. Pedro Ribeiro teve uma ideia, criou uma empresa e convidou um amigo para trabalhar. O resultado está, desde o dia 11, à vista de quem tiver um iPhone, iPad ou iPod. É gratuito na App Store e já está em destaque em mais de 150 países.
Na foto: Pedro Ribeiro e José Vaz, criadores do ZEZ
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Pedro Ribeiro vive em Fânzeres e completou grande parte da sua formação académica no concelho de Gondomar. Completou a licenciatura em Engenharia Eletrotécnica na Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto e rapidamente arranjou emprego numa conceituada empresa da área. O gosto pelos jogos e programação levou-o a criar - há três anos – o seu primeiro jogo para dispositivos móveis com sistema operativo Android. Sozinho produziu um total de três jogos, [incluindo Shadow Cave e Shane Reaction] mas a ambição e o gosto pessoal levaram-no a abandonar o emprego e criar uma empresa, a Artbit Studios.
Um jogo de 60 segundos Tendo em conta o sucesso dos jogos que tinha criado anteriormente, Pedro Ribeiro decidiu contratar um amigo, José Vaz, para juntos desenvolverem uma ideia nova. Assim, surgiu o ZEZ, um jogo de apenas 60 segundos que combina puzzle e ação e onde o protagonista é um gato. O conceito é “pôr um gato a destruir robots”, tendo um minuto para o fazer, através de combinações. O objetivo é, ao fim desse tempo, obter a pontuação mais elevada e deixar o inimigo “KO” com um soco. Durante o jogo, o pequeno gato ZEZ é projetado em altura, com um murro e vai subindo um edifício à medida que destrói os robots, com asvárias combinações. Quanto maior for a altura alcançada pelo gato, mais aparatosa e destruidora será a queda e maior destruição deixará no inimigo.
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
“Queríamos fazer um jogo para as massas, para todo o mundo” Para Pedro Ribeiro e José Vaz, o resultado foi o esperado. “É um orgulho produzir um jogo assim”, comentam. José Vaz desenhou o jogo completo e tentou fazer da personagem principal um “gato fofo” para que o público–alvo o “adorasse”. “Tentámos criar uma ligação afetiva com o jogador, através do gato”, disse. Para isso, serviu-se da inspiração de outros desenhos animados como “Dragon
Ball” e “Powerpuff Girls”. “O tempo também permitiu amadurecer a ideia do jogo”, refere José, também conhecido por “Zez” e que, de certa maneira, deu o nome à aplicação. Já Pedro, tratou de toda a programação e tentou criar algo único. “Não há nenhum jogo exatamente como o nosso e isso é muito bom de se saber, tendo em conta que o mercado dos jogos já está muito saturado”, explica Pedro ao Vivacidade. “Queríamos fazer um jogo para as massas, para todo o mundo. Que permitisse que homens, mulheres, crianças, adultos, jogadores e pessoas que nunca tivessem jogado conseguissem facilmente entender e jogá-lo”, esclarece. “O trabalho não acaba aqui” Apesar de já ter sido lançado na plataforma da Apple no dia 11 de janeiro, a ideia é, em caso de sucesso, desenvolver a aplicação para outros dispositivos, nomeadamente os Android, da Google. Para já, a gratuitidade do jogo é garantida e “apenas quem quiser desbloquear conteúdo extra é que terá que pagar”. “O trabalho não acaba aqui”, garantem os empreendedores da Arbit Studios. O passo seguinte é “criar mais conteúdo para desbloquear e tentar puxar pela competitividade do jogo, através da ligação ao Facebook”. Por agora, os criadores do ZEZ pretendem espalhar o jogo pela Internet e contar com o feedback dos jogadores.
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Sociedade
“Cardeal” organizou jantar de beneficência a favor do lar de Baguim
No dia 5 de janeiro o restaurante “O Cardeal”, situado em Baguim do Monte, teve casa cheia num jantar de beneficência a favor do lar de idosos do Centro Paroquial de Baguim. Centenas de pessoas contribuíram com a totalidade do valor do jantar e tiveram também a hipótese de contribuir através de um envelope solidário.
Na foto: Fernando Leite, administrador da Lipor, Padre Lucindo, Nuno Coelho, Presidente de Baguim do Monte e Mário Gonçalves
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Na foto: Francisco Laranjeira
FOTO: LMA
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Nuno Coelho, Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte: Este jantar é a prova que a população de Baguim do Monte unida é capaz de demonstrar grande solidariedade. Graciano Martinho, Presidente da Associação Comercial e Industrial de Gondomar: A Associação vai preocupar-se em poder desenvolver com as Juntas de Freguesia ações deste género para poder apoiar os mais carenciados. Mário Gonçalves: Neste momento sinto-me mais feliz no meio da crise. Noto que em Gondomar temos muitas pessoas solidárias. Paulo Amado: É uma iniciativa que demonstra a solidariedade desta paróquia e desta freguesia. FOTO: LMA
Na véspera do dia dos Reis, a 5 de janeiro, o restaurante “O Cardeal” organizou em Baguim do Monte, um jantar solidário com o objetivo de reverter a totalidade do valor do jantar – 20 euros por pessoa - a favor do Centro Paroquial de Baguim. Boa disposição, janeiras, música e cantares ao menino ajudaram a criar um ambiente de festa, acompanhado pelo prato típico da consoada dos Reis, o bacalhau. “Temos aqui uma grande prova de solidariedade do povo de Baguim”, afirmou Francisco Laranjeira, sócio-gerente do restaurante “O Cardeal”. “Todos os anos a minha empresa dá donativos à Ação Social e este ano decidi dar ao Centro Paroquial de Baguim”, referiu. Em cima das mesas estava também um envelope solidário, que Laranjeira fez questão de recordar. “Cada um dá o que quiser, podem dar cinco, 10, 50 ou 100 euros”, disse o sócio-gerente, em discurso. Após o jantar veio a animação, que ficou a cargo do Rancho Folclórico Danças e Cantares “As Farrapeirinhas de Baguim do Monte”, do Grupo Coral de Baguim e de Paulo Araújo, do grupo musical Arco do Bojo. Emocionado com a disponibilidade do “Cardeal” e da população de Baguim, o padre Lucindo, responsável pelo Centro Paroquial de Baguim, agradeceu o gesto de beneficência e lembrou a importância da solidariedade em tempo de crise. “Não pedimos ajuda por nós, pedimos para ajudar os outros. Temos o compromisso de ajudar aqueles que ajudam”, disse o padre do Centro Paroquial de Baguim. Nuno Coelho, Presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Fernando Leite, administrador da Lipor, Mário Gonçalves, Margarida Almeida, entre outras personalidades, marcaram presença no jantar de beneficência.
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Sociedade
Gondomar: mais uma indemnização em consequência de decisão judicial O Supremo Tribunal Administrativo rejeitou, na semana passada, um recurso apresentado pela Câmara Municipal de Gondomar, que fica, deste modo, condenada ao pagamento de uma indemnização de 79.750,00€, acrescida de juros de mora desde o dia 8 de julho de 2005, num total de 103.800€. O Tribunal Central Administrativo Norte já havia negado provimento à decisão recorrida em junho de 2013. Porém, em setembro de 2001, a Câmara Municipal começou pe-
quenas obras de escavação sobre um passeio público encostado à FOTO: DR
Na foto: Edifício no gaveto do Lugar do Mosteiro e da Rua da Boavista
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Mais uma vez o atual executivo foi condenado ao pagamento de uma indemnização a um privado como consequência de um ato de gestão de anteriores executivos. Em causa está o projeto de uma nova construção de um edifício de habitação e comércio no gaveto do Lugar do Mosteiro e da Rua da Boavista, em Rio Tinto, aprovado por unanimidade por deliberação da Câmara Municipal de Gondomar, a 25 de janeiro de 2001. A 22 de junho de 2001 deu entrada nos serviços da autarquia o projeto de arquitetura, cuja implantação proposta assegurava a cedência ao domínio público de 77,5 m2.
fachada do prédio projetado, acabando por ali serem construídos, em finais de outubro, ou início de novembro, sanitários públicos, que ainda hoje estão instalados no Largo do Mosteiro, em Rio Tinto. O proprietário requereu, a 19 de agosto de 2002, a demolição dos sanitários, e a autarquia argumentou que o requerente teria “que adaptar o projeto de construção à realidade atual do local”. Sucede que a elaboração de um novo projeto de arquitetura implicaria o dispêndio de cerca de 25.000,00€, atendendo a que não era “tecnicamente possível adaptar-se o projeto já existente”. Mas a adaptação acabou por ser
efetuada, embora a área a edificar tenha sido reduzida em cerca de 120 m2, com modificação da tipologia original e elevada desvalorização das frações em causa, visto que nunca poderia ser utilizada a fachada voltada para o Largo do Mosteiro, dada a presença e contiguidade dos sanitários. Interposta ação judicial, a Câmara Municipal de Gondomar acabou por ser condenada ao pagamento da quantia de 79.750,00€, acrescida de juros de mora desde a citação. Após recurso para o Supremo Tribunal Administrativo, que em junho de 2013 manteve a decisão inicial, a Câmara interpôs recurso de revista, que não foi agora admitido.
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Sociedade
Bazar da Bagageira faz sucesso em Gondomar
A feira de usados e artesanato home-made já se tornou uma tradição aos primeiros domingos de cada mês.
O conceito inspirado nas feiras de formato britânico em que os vendedores estacionam o carro, abrem a mala, montam uma banca e vendem artigos usados, pegou moda em Gondomar. A realizar-se desde setembro junto ao Pavilhão Multiusos, o Bazar da Bagageira vai já a caminho da 6ª edição.
Sara Lopes e “Duque de Milão” são fiéis desde a primeira edição A feira conta caras conhecidas
desde a primeira edição. Serafim Neves, conhecido por “Duque de Milão”, anima o Bazar com o pregão e confessa que ficou a conhecer a feira quando viu uns panfletos na Junta de Freguesia de S. Cosme. “Peguei num deles e liguei para participar. Não vou enriquecer com isto, mas gosto de vir pelo convívio”, conta ao Vivacidade. Já Sara Lopes, vendedora desde a primeira edição, vende malas, toalhas, calçado, velas e roupas e faz questão de continuar na feira, apesar de admitir que nem sempre a venda compensa. “Nem sempre compensa vir ao Bazar mas faço questão de vir desde o início. Por mim a feira podia ser quinzenal”, refere.
A inscrição prévia no Bazar da Bagageira tem um custo de 10 euros
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A ideia adaptada a Gondomar por Sofia Cardoso e Sérgio Macedo, já fez sucesso e tornou-se tradição aos primeiros domingos de cada mês, junto ao Parque das Merendas do Pavilhão Multiusos de Gondomar. Peças de artesanato, roupa, acessórios, jogos, máquinas fotográficas e outros artigos usados, no Bazar da Bagageira há um pouco de tudo. “A ideia foi criar uma feira dirigida para a população que vende tudo o que está em casa parado: calçado, antiguidades, artesanato, entre outras coisas”, diz Sofia Car-
doso, organizadora do evento, em entrevista ao Vivacidade. A responsável pela colocação de cartazes, produção de vídeos e gestão da página do Facebook, considera-se uma “super empresa” e mostra-se satisfeita com o resultado obtido em cinco edições do Bazar. “É um trabalho super gratificante e a terceira feira foi a prova dos nove. Veio muita gente ao Bazar”, afirma. A participação na feira de usados tem um custo de 10 euros por pessoa e requer uma inscrição prévia.
FOTO: PSF
Texto: Pedro Santos Ferreira
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Sociedade
Concerto de Ano Novo e Janeiras animaram Gondomar O desejo de um bom ano de 2014 foi unânime para os grupos que não esqueceram a tradição das janeiras em Rio Tinto e S. Cosme. No dia 4 e 12 de janeiro foram várias as iniciativas organizadas por grupos locais com um único objetivo: cantar as janeiras.
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Centenas de pessoas aderiram em massa às Janeiras em Rio Tinto
Várias personalidades políticas marcaram presença na Igreja de Santo António de Corim FOTO: PSF
FOTO: GABINETE DE COMUNICAÇÃO E IMAGEM DA CMGONDOMAR
O Auditório Municipal encheu para ouvir o Grupo Coral e Recreativo de Melres
As janeiras na Ponte de Rio Tinto Uma hora mais tarde, na mes-
ma freguesia, a Capela de Nossa Senhora da Ponte, recebia o Concerto de Reis, organizado pelo Coro Litúrgico da capela. No concerto, tiveram ainda presença marcada o Grupo Coral do Seminário Pe. Dehon e o Orfeão da Fundação A LORD. O público presente assistiu ainda à atuação de Joana Raquel Monteiro, Ana Carolina, Joana Raquel e Eduardo Rego. O presidente da Junta e o pároco da freguesia assistiram ao concerto.
FOTO: RVC
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A Capela de Nossa Senhora da Ponte, em Rio Tinto, também recebeu as Janeiras
Corim acolheu o 2.º Encontro de Janeiras de Rio Tinto Já em na Igreja de Santo António de Corim, em Rio Tinto, a tradição e divulgação da cultura da freguesia centralizaram-se no 2.º Encontro de Janeiras de Rio Tinto. A Associação Folclórica “Cantarinhas da Triana”, o Coro de Janeiras de Santo António do Corim, o Grupo de Danças e Cantares do Centro Social de Soutelo, o Grupo Etnográfico da Escola Preparatória de Rio Tinto e o Rancho Folclórico da Associação Cultural e Desportiva de Mindelo (Vila do Conde) foram os cinco grupos que se associaram à iniciativa. Neste segundo Encontro, discursaram entre ou-
tros, o presidente da Junta, Nuno Fonseca e o responsável pelo pelouro da cultura da Junta, Sá Reis. Nuno Fonseca agradeceu aos grupos presentes e lembrou que a intenção da Junta é, anualmente, organizar o encontro em locais diferentes da cidade. No final, entregou uma lembrança da freguesia.
FOTO: RVC
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A A.F. Cantarinhas da Triana foi a primeira a atuar no 2.º Encontro de Janeiras de Rio Tinto
anos tentamos trazer grupos de vários pontos do país. Este ano trouxemos grupos do Norte do país, porque vivemos um período de dificuldades financeiras”, conta. A colaboração, acrescenta Alfredo Machado, “tem dado frutos, apesar de já ter tido mais adesão por parte do público, mas infelizmente, a nível nacional, o folclore não é reconhecido como deveria ser”. “Se a CMG colaborar connosco, o Encontro será uma iniciativa para continuar”, refere. No dia 12, pelas 15h, a mesma sala recebeu as atuações da Orquestra de Sopros da Banda Musical de Melres e do Cantabile – Grupo Coral e Recreativo de Melres. Durante a cerimónia, foram entregues os prémios relativos ao Concurso de Presépios de 2013. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo, vice-Presidente, José Andrade, presidente da União de Freguesias de Medas e Melres, e José Pinto da Silva, presidente da Mesa da União de Freguesias, entre outras individualidades, marcaram presença no concerto.
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A noite de 4 de janeiro foi animada no concelho de Gondomar. O Auditório Municipal de Gondomar ficou lotado. O XX Encontro Nacional de Janeiras Cidade de Gondomar compôs-se este ano com a participação do Rancho Regional de Fânzeres [organizador], Rancho Folclórico S. Cosme de Gemunde, Rancho Re-
gional de Lobão, Rancho Folclórico e Etnográfico “Moleirinhas” da Casconha e Rancho Folclórico da A.C.D.M. Alfredo Machado, presidente do Rancho Regional de Fânzeres, explicou ao Vivacidade que não se pode “deixar morrer estas tradições até porque ainda há jovens a participar nos ranchos”. “É uma atividade que fazemos há 20 anos e que se realiza em colaboração com a Câmara Municipal de Gondomar (CMG). Todos os
O XX Encontro de Janeiras Cidade de Gondomar também teve casa cheia
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Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira
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Sociedade
Centro de Recolha Oficial de Gondomar tem animais para adotar
Localizado no Ecocentro na rua da Cal, em Gondomar, o CROAG - Centro de Recolha Oficial de Animais de Gondomar – está de boa saúde mas espera aumentar as suas instalações em breve. O canil - e também gatil - acolhe semanalmente vários animais e disponibiliza-os para adoção. Em 2013, deram entrada nas instalações 799 cães e 177 gatos. Texto: Ricardo Vieira Caldas
ao longo dos anos. No entanto, só em 2013 entraram no CROAG 976 animais e 39% foram para eutanásia. Para este ano, está prevista uma “parceria com as clínicas veteri-
nárias do município para que seja possível fazer a esterilização, a um preço mais económico, de animais adotados no canil”. Da parte da autarquia, o vereaFOTO: RVC
O “barba negra”, os “manos Andres”, a “Mary” e o “Sam” têm pelo menos duas coisas em comum. São jovens cães e estão disponíveis para serem acolhidos em sua casa. A responsável pelo CROAG, mais conhecido por Canil Municipal de Gondomar está, de há dois anos para cá, mais satisfeita. As instalações dispunham de apenas cinco jaulas para acolhimento e agora já existem 12. Ainda assim, segundo a responsável do canil, Vera Ramalho, é pouco para o trabalho que têm no concelho mas as perspetivas
de aumento são boas. “O espaço suficiente é para os casos de animais que apanhamos na rua mas depois para adoção, muitas vezes, somos pressionados com o tempo porque estamos sempre a ter entradas e, ao contrário de uma associação, um canil municipal tem que ter sempre a porta aberta. As associações fecham portas e dizem que não aceitam mais. Um canil municipal tem que estar sempre aberto porque há sempre a pessoa que mudou de casa, que vai para o estrangeiro, que não pode ter por causa dos vizinhos e tem que entregar o cão”, explica a técnica. O abandono animal, na opinião de Vera Ramalho, tem diminuído
dor do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, José Fernando Moreira, explica ao Vivacidade que “a ideia do aumento do canil não está posta de lado.” Pelo contrário, vai ser “levada à discussão no reajustamento orçamental de abril”, garante o vereador. “Havia, do lado dos munícipes, uma ideia errada sobre o canil municipal. As pessoas têm a ideia de que o canil municipal existe para pegar nos animais domésticos abandonados e, após a sua chegada ao canil, serem abatidos. Essa ideia estava generalizada na cabeça das pessoas e nós queremos mudá-la rapidamente”, remata José Fernando Moreira.
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Sociedade
Canal Superior: a referência da informação universitária tem sede em Rio Tinto Em 2011, o Canal UP deu origem ao Canal Superior, um órgão de comunicação social centrado na comunidade do ensino superior nacional. A publicação online está em crescimento e, em setembro de 2013, foi necessária uma mudança de instalações da Areosa para a Travessa da Ponte, em Rio Tinto. O Vivacidade foi conhecer melhor o projeto editorial. Texto: Pedro Santos Ferreira
Ponte, em Rio Tinto, a equipa do Canal Superior desloca-se por todo o país e cobre a atualidade universitária que dá origem a conteúdos informativos e de entretenimento, emitidos sem som e com legendas em mais de 100 postos dispersos por todo o país - “porque as televisões FOTO: PSF
Situado num armazém de 3150m2 desde setembro de 2013, o Canal Superior está hoje “muito melhor”, segundo Filipa Silva, diretora de informação da publicação online. O espaço pertence ao grupo Ancestra, detentor da empresa Ancestra Comunicações que deu origem ao projeto Canal UP, em 2005, um órgão de comunicação social que pretendia ser a referência para os estudantes que compõem o universo do Ensino Superior. Em 2011, sofreu uma renovação de nome, imagem e conteúdos, motivada pela presença na internet e o Canal UP foi substituído pelo Canal Superior. “Somos um canal que emite em circuito fechado, com
plasmas colocados em locais de grande afluência – normalmente em bares de instituições de ensino superior – e com presença na internet”, afirma Filipa Silva, em declarações ao Vivacidade. Com uma redação moderna – a única do projeto - na Travessa da
estão situadas em locais de grande afluência, o que torna improvável que se oiça tudo o que é dito”, explica a diretora de informação. “Mais do que ser um canal para os estudantes do ensino superior público e privado com um projeto online, trabalhamos para ser um canal dos estudantes do ensino superior”, esclarece Filipa Silva. A diretora do Canal Superior considera desafiante trabalhar para um “universo alargado e heterogéneo, que abrange professores, investigadores e funcionários das universidades”. Questionada sobre a possibilidade de emitir o Canal Superior em circuito aberto, Filipa Silva não confirma a hipótese, mas admite que não está fora de questão. “Neste momento funcionamos em circuito fechado, mas não é impossível que daqui a um ano possamos estar
numa operadora em circuito aberto”, conclui. Rio Tinto é local ideal Satisfeita com a recente mudança da redação, Filipa Silva destaca a facilidade de acesso à Via Cintura Interna e à Circunvalação como principais vantagens. “Para nós, estar em Rio Tinto é muito bom, porque passamos para muito melhor e não estamos propriamente na periferia”, afirma a diretora de informação do Canal Superior. “Queremos crescer e o facto de estarmos numas instalações maiores e com melhores condições faz parte do plano de crescimento da empresa. Mas não nos ficamos por aqui e ainda queremos construir um estúdio de televisão e melhorar as nossas condições de trabalho”, finaliza.
Três anos de Linha F
Mais de oito milhões de pessoas já utilizaram a linha laranja São os primeiros dados, ainda não definitivos. A Linha F faz, este mês, três anos de existência e já serviu de transporte a mais de oito milhões de pessoas. No total são quatro milhões de validações – cerca de 1500 em 2013 – e a estação mais procurada continua a ser a da Levada. Texto: Ricardo Vieira Caldas
de 8 milhões de pessoas, totalizando mais de 4 milhões de validações. Segundo fonte da Metro do Porto, o registo de validações de 2013 apresenta variações positivas em todos os meses do ano, comparando com o mesmo mês de 2012. O
cerca de 10% mais do que no ano da abertura. Ao Vivacidade, a Metro do Porto revela ainda que, segundo estes primeiros dados, mais de 10 mil pessoas
viajam, todos os dias, na linha laranja. Já no que respeita às estações com mais procura, o primeiro lugar continua a pertencer à estação
da Levada, localizada a poucos metros do Centro Comercial Parque Nascente e que totaliza 360 mil validações [24,5% da procura total da linha]. Segue-se depois, por ordem,
Contumil, Campainha, Fânzeres e Rio Tinto. As estações com menor procura são Nasoni e Nau Vitória, ambas no Porto e com cerca de 3% da procura total. FOTO: RVC
Desde a sua abertura em janeiro de 2011, a linha laranja, de Fânzeres, já foi utilizada por mais
mês, do ano passado, com maior procura foi outubro [mais de 142 mil validações] e o mais fraco foi agosto [101 mil validações]. Em 2013, os utilizadores da linha F validaram o seu andante 1485 vezes,
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Sociedade
Hélio Portela é o novo presidente do CCD Hélio Portela foi empossado como presidente da Direção do Centro Cultural e Desportivo (CCD) dos Trabalhadores da Câmara Municipal de Gondomar, no dia 10 de janeiro, para o triénio 2014/2016, após o ato eleitoral mais concorrido de sempre, a que se candidataram duas listas. A cerimónia da Tomada de Posse teve lugar no auditório da Biblioteca Municipal de Gondomar. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Com um agradecimento sentido a Guilherme Cruz, que conduziu a instituição nos dois últimos
mandatos, Hélio Portela começou o discurso a reforçar a promessa de um “caminho com direção” e a definir os próximos objetivos da nova direção: “uma nova sede social”, “uma creche/infantário”, “implementar o apoio domiciliário aos
muito gosto.” A nova sede social também foi discutida pelo presidente que revelou que só irá ser possível “com a ajuda do executivo da Câmara”. “É uma necessidade, uma vez que neste momento a nossa sede só tem
uma sala. Não há nenhum compromisso por parte da Câmara mas foi feito o pedido pela nossa parte e estamos a aguardar”, acrescentou. Na tomada de posse, todo o Executivo camarário marcou presença. FOTO: RVC
FOTO: RVC
associados e à comunidade em geral” e, ainda, “efetuar o alargamento a novos protocolos nas áreas da educação, desporto, ação social e saúde”. Momentos antes da cerimónia, o atual presidente do CCD explicou também ao Vivacidade que pretende “manter todas as atividades habitualmente já organizadas pela associação” e que para além disso vai estar atento “a tudo que seja apoio social”. Quanto ao convite para presidente do CCD, Hélio Portela comentou: “Aceitei porque nestes últimos seis anos, a experiência que ganhei nesta associação foi muito enriquecedora e o presidente da altura, Guilherme Cruz, apresentou-me esse desafio e eu aceitei-o com
Ricardo Aleixo: “Senti que as coisas podiam ser renovadas” Novo presidente do Estrela de Baguim em entrevista ao Vivacidade
A nova direção da Associação Cultural e Recreativa Estrela de Baguim, presidida por Ricardo Aleixo, tomou posse no dia 10 de janeiro, na edifício sede da Estrela de Baguim. Em entrevista ao Vivacidade, Ricardo Aleixo, 35 anos, aponta a renovação dos estatutos e a solução da situação financeira como os principais objetivos para o próximo mandato, que será apenas de um ano.
No fundo, o grande objetivo passa por revitalizar a associação? É o ponto chave dos nossos objetivos. Outro objetivo passa por alterar os estatutos para que possamos introduzir novamente o desporto. A intenção é poder dar aos sócios uma mais valia por ser sócio da associação. Queremos introduzir a prática de novas modalidades, como por exemplo, o atletismo e vamos também tentar formar uma equipa de futsal para entrarmos no torneio de Baguim. Temos uma equipa de bilhar federada, que compete todos os anos no torneio de “Bilharsinde”, mas vamos necessitar de patrocínios para competir. Até agora tem sido a sede a subsidiar a equipa. Também verificamos que apenas metade dos sócios pagam as
quotas, que são de 6 euros por ano, ou seja, 50 cêntimos por mês, portanto vamos ter que regularizar as fichas de sócios. Iremos emitir novos cartões e vamos aproveitar essa oportunidade para introduzir
Quando sentiu que deveria candidatar-se a presidente, mais uma vez? A associação é bastante antiga e os sócios são maioritariamente idosos, no entanto, senti que as FOTO: PSF
Em que estado se encontra a associação e quais são os objetivos desta nova direção? Estivemos a avaliar o trabalho da anterior direção e concluímos que ficaram obras importantes por fazer. Esses encargos passam agora para a nossa contabilidade. Refiro-me ao telhado da arrecadação lateral. Chove lá dentro e é preciso resolver isso. Também já devia estar implementado um programa de faturação, porque tem que haver emissão de recibos relativos à venda de produtos. Temos também que fazer um investimento nessa área. Fui secretário da associação em 2006 e sei que, pelo menos, desde aí a associação deu sempre lucro. No entanto, este ano, a Estrela de Baguim deu prejuízo. Da
nossa parte, tudo faremos para arranjar apoios para a associação.
Na foto: Ricardo Aleixo
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Texto: Pedro Santos Ferreira
a passagem exclusiva dos sócios à parte de cima da sede, onde podem jogar bilhar, cartas e dominó. A passagem só será permitida com o cartão de sócio.
coisas podiam ser renovadas. A última tomada de posse foi há 30 e tal anos atrás e esta tomada de posse foi praticamente inédita. Os associados deram-me os
parabéns porque começam a sentir a diferença. Foi sentindo o apoio dos sócios para se candidatar novamente? Houve alguns apoios. Inicialmente - porque somos uma direção jovem - existia alguma desconfiança sobre nós, mas acabamos por ter apoio e fomos eleitos. No final do mandato espera recandidatar-se com o sentimento de dever cumprido? Nunca sabemos o que vai acontecer, mas para já existe boa cooperação entre os elementos da direção e esse será um dos motivos principais. A decisão será tomada caso consiga cumprir os objetivos a que me proponho. No entanto, não sabemos como vai correr o ano porque estamos a iniciar o mandato (risos).
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Sociedade
Comerciantes da Areosa descontentes com iluminação de Natal A rua Heróis da Pátria foi – segundo dizem os comerciantes – a primeira rua de Gondomar a ser iluminada na altura do Natal. Desde o início dos anos 90 que é hábito para os comerciantes desta rua pagarem para “iluminar o comércio” em época natalícia. Este ano não foi diferente mas os lojistas queixam-se de injustiça já que a rua ao lado – Dom Afonso Henriques – teve iluminação e não pagou.
Não querem revelar nomes mas querem mostrar que há “um descontentamento geral” na rua Heróis da Pátria. “A rua Dom Afonso Henriques foi iluminada pela Câmara e a nossa não. Nós fomos a primeira rua de Gondomar a ser iluminada”, queixam-se. “No ano passado não houve iluminação” porque não havia dinheiro mas este ano a Comissão de Comerciantes da rua Heróis da Pátria, junto ao Mercado da Areosa juntou-se em peso para iluminar uma das principais vias do comércio gondomarense. “Ficamos chateados porque vimos
no jornal o Sr. Marco Martins a dizer que ia iluminar Gondomar e afinal esquece-se desta rua? A primeira rua que foi iluminada esquece-se?”, questionam os comerciantes. Segundo os mesmos, num dos anos que incluíram um mandato do ex-presidente da Câmara, Valentim Loureiro, a iluminação na rua chegou a ser “de borla”. Para o ano, os comerciantes reclamam por uma situação pelo menos semelhante. Ao Vivacidade, o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins, explicou que “a iluminação deste Natal em Gondomar foi a possível, num quadro de contenção de despesas e depois de dois anos de Natal praticamente sem luz.” Em 2013,
acrescenta, “a Câmara gastou o mesmo que em 2012 e conseguiu colocar três grandes painéis de Boas Festas em nome da Autarquia e 180 painéis laterais em cerca de 30 arruamentos, depois de consultadas as juntas de freguesia. Compreendo algumas queixas de alguns comerciantes, mas é preciso ter consciência de que será sempre impossível agradar a toda a gente. Desconheço se os comerciantes pagavam a iluminação na rua Heróis da Pátria, mas, admitindo que sim, fica desde já a promessa que, como o apoio e a boa vontade de todos, teremos um Natal 2014 muitíssimo mais iluminado. Contando apenas com o dinheiro da Câmara é que não será possível fazer muito melhor”.
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
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Um ano de estacionamento pago em Gondomar
Opinião de comerciantes e utilizadores diverge ao fim de um ano de cobrança de estacionamento na via pública Desde 17 de janeiro de 2013 que o estacionamento começou a ser pago no centro de Gondomar (S. Cosme). Passado um ano as opiniões de comerciantes e utilizadores dividem-se em relação à utilidade do estacionamento pago e ao valor da tarifa. Texto: Pedro Santos Ferreira
Há um ano atrás: Na edição de janeiro de 2013, o Vivacidade questionou José Oliveira, Vice-Presidente do executivo de Valentim Loureiro sobre o estacionamento pago em Gondomar (S. Cosme). Na altura, José Oliveira considerou os lugares pagos “benéficos para o comércio local”. “Quem quiser ir às compras tem um lugar disponível”, afirmou.
um dos lugares de estacionamento pago, concorda com cobrança de uma tarifa “em certos sítios”, mas considera que no Souto “não era necessário pagar o estacionamento, até porque existe o parque do centro comercial”.
No cruzamento entre a Rua 25 de Abril com a Rua da Igreja, António Pimenta, de Sobrado, Valongo, considera o estacionamento prejudicial para o comércio. “As pessoas não estão dispostas a fazer compras aqui quando podem estacionar gratuitamente nas grandes superfícies comerciais. Podiam baixar os preços para 15 cêntimos de taxa mínima”, afirma o valonguense.
outras freguesias do concelho, a Câmara de Gondomar está neste momento a analisar a situação, com “várias sugestões de diferentes juntas de freguesia”. FOTO: PSF
“Eu acho que não prejudicou os comerciantes. Antes de haver estacionamento pago, por vezes, os clientes queriam vir aqui mas não conseguiam, graças aos veículos em segunda e terceira fila. Hoje isso não acontece. Há sempre a possibilidade do cliente parar o carro, fazer a compra e partir”, diz José Pereira, dono de uma sapataria situada na Rua 25 de Abril, questionado pelo Vivacidade após um ano de estacionamento pago. Ao lado da sapataria, Juliana Nunes, gerente de uma loja de vestuário, partilha a mesma opinião. “Não notamos muita diferença. As pessoas continuam a estacionar, não põem moeda e deixam o carro em segunda fila”, afirma a gondomarense. Contudo, os comerciantes mostram-se descontentes com a taxa de 0,85 cêntimos por hora, das
9h às 18h, durante os dias úteis. “A tarifa é um exagero, acho que deveria ser mais baixa. Quem for tomar café tem que pagar 25 cêntimos de estacionamento por 15 minutos, mais o preço do café”, refere Juliana Nunes. Já José Cardoso, que ocupava
Câmara de Gondomar está a analisar a situação Contactado pelo Vivacidade, uma fonte do Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal de Gondomar admitiu que ainda não foi feita uma avaliação do primeiro ano de estacionamento pago no centro de Gondomar, nem uma revisão da tabela de preços em vigor. “Aguardamos por uma reunião com o concessionário”, refere a fonte do gabinete de comunicação da Câmara. Quanto há possibilidade de alargar o estacionamento pago a FOTO: PSF
Inquérito de rua Vera Baião 36 anos Desempregada “Os valores são elevados. As pessoas acabam por abdicar do pequeno comércio.” Carlos Freitas 43 anos Vendedor “Concordo com o estacionamento pago em Gondomar. Sou vendedor, venho aqui muitas vezes e quando não era pago não tínhamos estacionamento, agora há sempre lugares. Acho que a tarifa é justa.” Patrícia Santos Comerciante 28 anos
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No total estão disponíveis 476 lugares de estacionamento pago
“O primeiro ano de estacionamento pago foi mau. Só para virem à loja os clientes têm que pagar 25 cêntimos e não é qualquer um que aceita esse preço quando pode ir ao shopping e tem lugar gratuito.”
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Sociedade
Banda de Rio Tinto lança novo CD
Associação festejou 77.º aniversário fora da sede Foi com uma arruada pelas ruas de Rio Tinto que a Banda S. Cristóvão iniciou as comemorações do seu 77.º aniversário. O concerto e a celebração propriamente dita foram já no Salão do Centro Social e Paroquial de Rio Tinto, um local provisório, já que a direção da Banda revela não ter condições para receber os convidados na atual sede. O lançamento do novo CD foi o ponto mais marcante da iniciativa. Ao Vivacidade, Daniel Ribeiro mostrou uma enorme alegria pelos 77 anos da associação revelando um “vincado orgulho e satisfação.” A satisfação, contudo, não é demonstrada pelo presidente quando se fala na sede da Banda de Rio Tinto. “Infelizmente, a banda - que tantos eventos gratuitos promove ao longo do ano em Rio Tinto - não dispõe de condições fisicas necessárias para um evento deste tipo e ou similar, obrigando-nos constantemente a inovar, e a procurar alternativas de recurso, provocando-nos uma logística
operacional elevada, a qual desgasta e acarreta por vezes prejuízos monetários para a banda. Penso que esta enorme associação e a cidade mereciam por parte do poder autárquico mais atenção a este nível”, lamentou Daniel Ribeiro. Questionado sobre se havia já algum tipo de compromisso com a autarquia no que diz respeito à Sede Social, o presidente negou e explicou que “a direcção tem feito a reivindicação, reforçando-a também em conversações informais com a CMG e JFRT.” Este ano haverá eleições para os novos Corpos Sociais e sem
querer comprometer-se com nova candidatura, Daniel Ribeiro está convicto de que “não faltarão sócios para a abertura e formação
de listas.” Porque, segundo o presidente, “a banda não só respira saúde e está bem como se recomenda.” FOTO: RVC
Depois do desfile até à Junta de Freguesia de Rio Tinto e da já tradicional visita ao cemitério, em memória dos membros falecidos da banda, a Banda S. Cristóvão de Rio Tinto rumou ao Centro Social e Paroquial de Rio Tinto para a atuação das bandas Juvenil e Sénior. A sessão solene contou com a presença do presidente da Câmara Municipal de Gondomar (CMG), Marco Martins e do vice presidente, Luís Filipe Araújo, assim como do presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto (JFRT), Nuno Fonseca e de alguns membros do seu executivo, entre outros.
75.º Ecoponto de Gondomar instalado em São Cosme Desde dezembro que a Câmara Municipal de Gondomar começou a instalação de 100 ecopontos que estão a ser montados por todo o concelho. A Rua Cimo da Serra, em Gondomar (S.Cosme), recebeu, no dia 10 de janeiro, o 75º ecoponto. Desde 2010 que não era colocado qualquer ecoponto em Gondomar.
“Desde dezembro estamos a colocar ecopontos em Gondomar. Este é o 75.º a ser colocado e está no centro do concelho de Gondomar. É um investimento perto dos 1.500 euros por cada conjunto, com o objetivo de proporcionar condições à população para criar hábitos de reciclagem”, disse Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar, após a instalação do 75.º ecoponto na Rua Cimo da Serra, em Gondomar (S. Cosme). Desde 2010 que não era colocado um ecoponto em Gondomar. A medida inserida num compromisso
assumido entre os Estados-membros da União Europeia, que deverão reciclar, pelo menos, 50% dos seus resíduos, entre 2014 e 2020, prevê a instalação de um lote de 100 ecopontos espalhados pelo concelho. “Em breve, será definido um Plano de Gestão de Resíduos para o Município. Gostaria que Gondomar fosse, nos próximos anos, um exemplo de reciclagem para a Área Metropolitana do Porto”, disse José Fernando Moreira, Vereador do Pelouro do Ambiente e Serviços Urbanos, em declarações ao Vivacidade. Ecopontos: Baguim do Monte – 4 Fânzeres – 11 Gondomar (S. Cosme) – 4 Jovim – 5 Lomba – 1 Medas – 2 Melres – 1 Rio Tinto – 29 S. Pedro da Cova – 12 Valbom - 6
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Cultura
“Destino de um parafuso” O livro de homenagem ao jovem gondomarense vítima de acidente rodoviário
André Miguel Silva foi, em junho do ano passado, vítima mortal de um despiste de uma carrinha na A7, em Famalicão, que levava sete universitários. Em homenagem ao “jovem excecional”, o pai, Carlos Alberto, recuperou uma composição que o filho fez aos 12 anos e publicou-a. Esta é a história do “Destino de um parafuso”. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Já foi apresentado na Feira do Livro de Gondomar e na Livraria Lello. O “Destino de um parafuso” é o resultado do “fair play e carácter” do André, apresentado ao mundo pelo pai Carlos Alberto. O livro “Destino de um parafuso”, de André Miguel Silva, estudante universitário vítima de um acidente rodoviário em junho, foi apresentado na Livraria Lello, no Porto, e recupera uma composição que o mesmo escreveu aos 12 anos. FOTO: DR
“Após o trágico acontecimento do acidente de viação que vitimou o André quando vinha com os colegas da Associação de Estudantes da Faculdade de Engenharia de que ele fazia parte, surgiram-me várias ideias que pudessem garantir o registo da
memória de um jovem excecional como ele era”, começa por contar ao Vivacidade, Carlos Alberto. “Num momento de tragédia tão violenta que roubou o futuro a um jovem com grande potencial, muito sociável, alegre, divertido, lutador, de carácter e com muitos amigos, reagi do modo mais enérgico que me foi possível, com a vontade de deixar o nome do André ligado a algo de valor acrescentado”, acrescenta o pai do jovem. Carlos Alberto explica ainda que “lendo a história aos olhos da atualidade e analisando o que foi o percurso do André até à sua fatídica partida, existem diversos aspetos interessantes”. Um deles é que André teve a “vida de um parafuso” já que, segundo o pai, “o elemento parafuso, em si mesmo, de modo isolado, não pode servir de grande coisa” mas, ao mesmo tempo, é “um elemento de grande importância na ligação de peças, elementos, estruturas e na construção de coisas novas em diversificados contextos”. O livro “Destino de um parafuso” permitirá “desse modo manter entre nós esse percurso de luta, carácter e busca do sucesso. Mas sempre feito com elevação e fair-play que lhe garantiu sempre o respeito e admiração dos seus adversários que tinham objetivos diferentes em campo mas continuavam amigos cá fora”, finaliza Carlos Alberto. FOTO: DR
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Cultura
Este ano o S. Brás abriga-se do mau tempo Festejos são a 26 de janeiro e 1, 2 e 3 de fevereiro
A época do ano mais esperada pelos baguinenses está a chegar. O dia de S. Brás dá-se a 3 de fevereiro mas o fim de semana anterior servirá também para quem quiser provar as iguarias de Baguim do Monte. Os rojões e as papas de sarrabulho estão novamente a concurso e o programa das festas é vasto. Texto: Ricardo Vieira Caldas
A Cooperativa Cultural “Arco do Bojo”, Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte e Confraria do Sagrado Coração de Maria e São Brás, vão organizar uma vez mais as Festas a S. Brás, em Baguim do Monte. Nos próximos dias 26 de janeiro, 1, 2 e 3 de fevereiro, a freguesia pode contar um programa
as condições climatéricas mais adversas de fevereiro”. Para Paulo Araújo, o objetivo é que “daqui a uns tempos se consiga colocar uma tenda gigante para que os restaurantes se possam instalar e servir rojões e papas durante uns dias”. O 15º Concurso Gastronómico Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte, organizado pela Cooperativa Cultural Arco do Bojo, acontecerá no dia 3 de fevereiro com a participação de diversas unidades de FOTO: RVC
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Na foto: Paulo Araújo, Presidente da Cooperativa Cultural Arco do Bojo
recheado de atrativos que vão da música à gastronomia, não esquecendo a componente religiosa. No dia 26 de janeiro, para além do já habitual, almoço convívio – que este ano será na Quinta D. José, em Jovim – haverá a cerimónia de entronização de 10 novos confrades pelas 11h, na Igreja Matriz. O padre António Borges, anterior pároco de Baguim, vai ser o Confrade de Honra deste ano. Em entrevista ao Vivacidade, Paulo Araújo, um dos principais organizadores, dá conta da novidade para este ano. “Vamos instalar uma tenda maior do que a do ano passado no espaço do Largo de S. Brás”, refere. Com cerca de 150 a 200 metros quadrados, a tenda gigante cobrirá o espaço mais amplo do Largo de S. Brás para “combater
restauração da freguesia de Baguim do Monte que disponibilizarão aos seus clientes estes apetitosos petiscos nos seus estabelecimentos. O júri que provará os pratos a concurso através de uma prova cega, isto é, sem saberem o nome do participante, reúne-se no mesmo dia, entre as 12.00 h e as 14.00 h, no Largo de S. Brás. A entrega de prémios será pelas 21h30. A animação musical ficará a cargo da Banda Curta, no dia 1 de fevereiro pelas 21h30, do Rancho Folclórico de Gens e Rancho Folclórico D.C. “As Farrapeirinhas” de Baguim do Monte, pelas 15h do dia 2 e do Conjunto Típico “Os Amigos de S. Pedro da Cova”, pelas 21h30 do mesmo dia. No dia de S. Brás, a Banda Musical de S. Cipriano (A Nova) de Resende tocará também pelas 8h.
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Cultura: Entrevista a Nelo Silva
“Gondomar devia apostar mais nos músicos da terra” Com o mais recente álbum “Nossos Momentos”, Nelo Silva, de Rio Tinto, dá início a uma nova fase da sua vida artística. Conhecido pela sua ‘fase de ouro’ com a Dupla “Nelo Silva e Cristiana” que durou 15 anos, o cantor dedica-se agora à sua carreira a solo. Uma “viagem ao passado e ao futuro, retratando as influências do artista, com vários sons e ritmos, não esquecendo o estilo romântico” é o que caracteriza o último disco do artista com 40 anos de carreira. O Vivacidade quis saber mais do músico riotintense autor de vários temas como “Felicidade”, “Ela”, “Um beijinho não se nega” e a “canção da família”.
Se tivesse que se comparar com algum artista português da atualidade com quem é que se identificava? Talvez, por exemplo, Marco Paulo ou Toy. Desde muito pequeno que convive com Rio Tinto. A freguesia diz-lhe muito? Sim, apesar de não ser natural de Rio Tinto, esta é a freguesia onde eu cresci, onde fiz todo o meu percurso e onde me tornei homem. Depois casei e fui viver para o Porto mas as saudades eram mais fortes e por isso voltei para Rio Tinto e agora estou a viver a um minuto de distância. Portanto, fui criado cá. No contacto que tem mantido com o concelho, pensa que o têm acolhido da melhor forma? Eu costumo dizer que santos da casa não fazem milagres e neste caso isto assenta como uma luva. Mas não é só comigo, é com quase todos os
terra!” Aqui fazem-se umas festas muito bonitas, como o S. Bento das Peras e S. Cristóvão e, por incrível que pareça, mesmo no auge da minha carreira, cheguei a ser contactado pela Comissão de Festas e reduzi os custos a mais de metade do preço e mesmo assim não aceitaram. Foi uma coisa inacreditável. Vir cantar “à sua terra” é um dos seus objetivos futuros? No fundo, por um lado, estou a ser um pouco injusto naquilo que disse anteriormente. Ao longo destes últimos 10 anos, o anterior presidente da Câmara de Gondomar de alguma maneira reconheceu alguns artistas e eu fui duas vezes fazer dois grandes concertos às Festas da Nossa Senhora do Rosário. Tive também a honra de fazer um espetáculo na inauguração do Pavilhão Multiusos, quando foi aberto ao público. Portanto, de quando em vez sou chamado, não vou pintar o quadro todo de negro. Acho é que deviam apostar mais. No panorama nacional, como está o mercado da música? A situação não está fácil. As Comissões de Festas têm cada vez mais dificuldades porque não há dinheiro. As Juntas e Câmaras começaram a cortar nos orçamentos e as Comissões começam a servir-se da “prata da casa”. Vou de vez em quando aos programas da televisão, quando me convidam através da minha editora mas às vezes faço questão que não me convidem para ir a alguns programas. Porque há alguns programas que não vêm trazer nada de especial ao bom nome que o artista tem, antes pelo contrário. São programas demasiado popularuchos.
Nelo Silva sente saudades de viver em Rio Tinto
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Quando começou o seu gosto pela música? Começou quando era muito jovem. Primeiro, aos 14 anos, formei um grupo de baile com uns amigos – aqueles grupinhos de garagem – e aquilo começou a resultar muito bem. Eu era o vocalista principal. Não tocávamos só música popular portuguesa. Começamos logo a tocar músicas que estavam muito na moda, como os Beatles. Aliás, a música popular portuguesa, ainda hoje, não continua a ser a minha principal ação a nível de canto. Canto música ligeira mas sempre romântica. São músicas com ritmo, com balanço.
artistas que vivem por aqui. Não vejo os meus colegas artistas daqui a terem muitos concertos pela zona de Gondomar. É uma pena porque já tenho feito alguns espetáculos na periferia e têm provocado autênticas enchentes. Ainda no ano passado estive no Centro de Ciclistas e tiveram que cortar a avenida. E penso “que Diabo! Se apostassem mais nos músicos da
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Que temas considera mais marcantes na sua carreira? O meu último álbum [Nossos Momentos] está a funcionar muitíssimo bem. Em termos contabilísticos, a editora dá um ano para aferir se o disco funcionou bem e a indicação que eu tenho é que o disco está a vender muito bem. Relativamente aos temas mais marcantes, ao longo destes anos todos é difícil enumerar um. Mas posso por exemplo falar de um tema que gravei para o Festival da Canção da RTP [“Entre Céu e Mar”], em 1985, que ainda hoje canto. Há um outro muito marcante que se chama “Teu Corpo Mulher” em que ganhei vários prémios. Depois já com a minha filha Cristiana há um “Como estás amor” que de facto, a nível popular, foi “uma bomba”. Falou já por diversas vezes que se desloca a outros países, como França e Austrália para atuar. Para a sua carreira, as comunidades de emigrantes são tão ou mais importantes do que a portuguesa? Sim, mas já tudo isso já foi
melhor. Houve alturas em que ia a França com muita frequência e os emigrantes vinham todos pedir autógrafos, com lágrimas nos olhos e saudades do país. Hoje isso já não acontece porque há uma proximidade muito maior. As pessoas vêm com muito mais facilidade a Portugal. E depois também há um outro fator a considerar. Hoje os filhos dos emigrantes portugueses - uma nova geração – já não se revêm muito na música e tradições portuguesas. Têm outras tendências e até já se torna um pouco difícil chamá-los a alguns eventos que vamos lá fazer. Já tem data marcada para o término da carreira ou nunca pensou nisso? Sinceramente não pensei nisso. Enquanto eu tiver um aspeto que não dê a imagem que estou em decadência, um aspeto jovial, e enquanto a voz e as cordas vocais me permitirem chegar a um espetáculo e fazer uma hora e meia de concerto, não vou estabelecer uma meta para deixar de cantar.
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Cultura
Mais de 90 mil pessoas passaram pelo Lugar do Desenho de Júlio Resende Com mais de 10 anos de existência, a Fundação Júlio Resende continua a expôr e divulgar as obras do seu mestre num lugar que já acolheu mais de 90 mil visitantes. O Lugar do Desenho, em Valbom, recebe pessoas de todo o país e expõe as obras do já falecido pintor e de vários outros autores, incluindo de jovens artistas. Apesar do sucesso, a crise também bateu à porta deste lugar que anseia por melhores dias.
O mês de novembro de 1993 marcou o início de uma etapa para o pintor Júlio Resende. Apesar do seu falecimento oito anos depois, o trabalho do “mestre” é apreciado por milhares de pessoas anualmente. A inauguração das instalações do Lugar do Desenho, em Valbom, foram a 23 de outubro de 1997, motivada pela doação de centenas de obras do pintor e pelo seu “crédito na Educação pela Arte”. O edifício sede compreende áreas de exposição, um auditório, oficinas, biblio-
início de carreira, numa sala criada para o efeito. Até agora, a Fundação Júlio Resende realizou um total de 184 exposições. Fundação com “algumas dificuldades financeiras” Atualmente, quem dirige o lugar é Guilherme Figueiredo. O presidente do Conselho de Administração esteve à conversa com o Vivacidade e não escondeu os dias menos bons em que vive a fundação, no que respeita às despesas que a mesma possui diariamente. “A Fundação encontra-se a trabalhar com muitos projetos e um potencial enormíssimo, nomeadamente para a área do concelho, FOTO: RVC
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Na foto: Guilherme Figueiredo e Zulmiro de Carvalho
teca, loja e um espaço de residência para artistas. Anualmente, é renovada a exposição do pintor, por altura do aniversário da Fundação. Para além das obras de Júlio Resende, o Lugar do Desenho possui exposições temporárias de outros autores e, desde 2012, acolhe também trabalhos de jovens artistas em
mas encontra-se simultaneamente com algumas dificuldades financeiras porque é uma fundação não patrocinada pelo Estado, não tem subsídios, vive com as suas próprias receitas – através dos mecenas e dos Amigos da Fundação”, explica. Guilherme Figueiredo, faz no-
FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
tar que as despesas da fundação “têm como principal objetivo proporcionar ao público em geral, o acompanhamento daquilo que se faz hoje do ponto de vista da pintura e da cultura” e que as obras de arte expostas “não são para venda” e que, logo, o Lugar não é “produtor de receitas”. Câmara deve 62 mil euros à instituição O espólio de Júlio Resende, exposto no Lugar do Desenho é de “grande valor” para Guilherme Figueiredo mas não traz receitas para a fundação que conta com mais de uma década de existência. Para sobreviver, a instituição conta com o apoio dos “Amigos da Fundação”, uma rede de mecenas criado para ajudar o Lugar. No entanto, na opinião do presidente do Conselho de Administração “é necessário um
apoio maior externo à Fundação.” “A própria Câmara Municipal de Gondomar tem uma dívida para connosco de cerca de 62 mil euros e que para nós era absolutamente essencial que fosse paga”, refere. Relativamente à dívida, Guilherme Figueiredo explica ao Vivacidade que já “houve uma reunião com o novo presidente da Câmara e com o vereador da Cultura” e que “ficaram de avaliar as questões quer do pagamento da dívida protocolada quer do ponto de vista de um outro tipo de apoio que pudesse ser dado pela Câmara.” A dívida deve-se a um apoio que foi protocolado para a construção de umas oficinas da Fundação e da qual a Câmara apenas liquidou, até ao momento, 50%. “Estamos esperançados”, comenta o presidente da Fundação, a respeito do pagamento da dívida
para breve. Da parte do atual executivo a questão é vista da mesma forma. “O atual Executivo assume que há uma dívida para com a Fundação, uma vez que o protocolo estabelecido com a instituição não estava a ser cumprido”, explica uma fonte do Gabinete de Comunicação e Imagem da Câmara Municipal de Gondomar. “A Câmara já reuniu com responsáveis da instituição, tendo assumido, em nome da instituição que é e do seu valor patrimonial e, sobretudo, artístico, o pagamento da dívida. A questão ficará neste ano, de 2014, resolvida”, garante a mesma fonte. As obras de Júlio Resende encontram-se em exposição permanente no Lugar do Desenho, localizado na rua Pintor Júlio Resende, 346, Valbom. O preço de entrada é de um euro.
FOTO: RVC
22 de Setembro de 1995 - lançamento da primeira pedra da Sede com a presença de Valente de Oliveira, então Ministro do Planeamento e Administração do Território, e de Valentim Loureiro, então presidente da Câmara Municipal de Gondomar 23 de outubro de 1997 – inauguração da sede com presença do, na altura, presidente da República Jorge Sampaio 2002 – ampliação do espaço do Lugar do Desenho 23 de outubro de 2012 – abertura ao público da Casa-Atelier do Artista, classificada como Monumento de Interesse Público em junho de 2011
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Casa-Atelier do Artista
outubro de 2012 – criação de sala para exposição de trabalhos de jovens artistas
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Cultura
Ciclista Paulo Ferreira lançou segunda edição da biografia “Dever Cumprido” O Auditório Municipal de Gondomar recebeu no dia 18 de janeiro o lançamento da segunda edição da biografia “Paulo Ferreira – Dever Cumprido”. A obra assinada por José Magalhães Castela, retrata os 16 anos de carreira profissional do ex-ciclista gondomarense.
Foi perante uma plateia de ex-ciclistas, amigos, familiares e colegas de profissão que Paulo Ferreira lançou a segunda edição da biografia “Paulo Ferreira – Dever Cumprido”, no dia 18 de janeiro, no Auditório Municipal de Gondomar. A sessão começou com um vídeo que recordou alguns dos melhores momentos da carreira do ciclista homenageado, que na hora de discursar, cedeu à emoção. “Esta segunda edição do livro tem novamente o objetivo de ajudar o meu amigo Daniel Neves. A primeira edição esgotou rapidamente e
nesta segunda edição optámos por aumentar um bocadinho o livro, com a inclusão da parte da formação de ciclismo”, disse Paulo Ferreira, em entrevista ao Vivacidade. Feliz com o crescimento do ciclismo em Portugal, o ex-atleta sublinhou a importância dos direitos de autor reverterem a favor de Daniel Neves - ex-ciclista vítima de um acidente que o deixou com um ele-
vado grau de incapacidade física por decisão do biografado e de José Magalhães Castela, autor da obra. “Este livro é motivo de uma grande alegria minha. Sou grande amigo do Paulo Ferreira e sinto-me extremamente recompensado por tudo”, disse José Magalhães Castela ao Vivacidade. Marco Martins, Presidente da Câmara Municipal de Gondomar
FOTO: PSF
FOTO: PSF
Texto: Pedro Santos Ferreira
- que assinou o prefácio da biografia - Luís Filipe Araújo, Vice-Presidente e Vereador da Cultura, Sandra Brandão, Vereadora dos Recursos Humanos, Delmino Pereira, Presidente da Federação Portuguesa de Ciclismo, representantes das juntas de freguesia
de Gondomar, e ex-ciclistas como Alves Barbosa, também marcaram presença no evento. À margem do lançamento da segunda edição da biografia, Paulo Ferreira inaugurou também uma exposição de memórias de 16 anos de carreira profissional.
Em 2014 vamos assistir a “roubalheiras medonhas”, segundo “O Seringador” Almanaque centenário é produzido em Baguim do Monte há 5 anos.
Segundo as previsões do almanaque “O Seringador”, em 2014, “devemos precaver-nos” contra “roubalheiras medonhas” com “um alentado varapau”. Produzido pela Lello Editores, em Baguim do Monte, há século e meio o anual é hoje a mais antiga publicação regular feita em Portugal. Texto: Pedro Santos Ferreira
para evitar erros e enganos”, diz o diretor da Lello Editores, em en-
trevista ao Vivacidade. “O Seringador” é habitualmente lançado em julho e vendido até março, “principalmente desde Bragança até Leiria, onde é mais conhecido”, afirma José Lello, que se con-
fessa pouco preocupado com a concorrência do “Almanaque do Camponez” – publicação açoriana – e “Borda D’Água”, o anual que o deputado comunista Bruno Dias levou para o Parlamento, em 2013. FOTO: PSF
O almanaque “O Seringador” chegou à Lello Editores há três décadas, mas conta já com 149 anos de história. É, segundo a enciclopédia da Verbo, a mais antiga publicação regular feita em Portugal, sem nunca ter sido interrompida e, apesar de portuense, passou a ser produzida em Baguim do Monte, desde 2009. Para 2014, o anual prevê uma primavera “húmida”, um verão “quente”, um outono “temperado” e um inverno “não muito frio”. José Manuel Lello, diretor da Lello Editores, a quem foi atribuída a responsabilidade de editar “O Seringador” há 30 anos, explica o objetivo do almanaque dado às artes da sátira: “É um livreto com informações úteis
sobre as feiras, calendários, santos, dias, feriados e que tem também conselhos úteis para a agricultura e outras informações”, refere, sem esquecer “a parte dedicada aos versos críticos e anedotas”. Autocaracterizado como “reportório crítico-jocoso e prognóstico diário para 2014”, “O Seringador” prevê ainda que no decorrer do ano os portugueses irão assistir a “roubalheiras medonhas” e aconselha por isso, no “juízo do ano”, “um alentado varapau para conter aqueles que se apropinquem para nos assaltar”. José Lello garante o “critério científico” das previsões, feitas com base nos dados do Instituto Português do Mar e da Atmosfera. No total são cinco pessoas diretamente envolvidas na produção do almanaque, que “exige um trabalho de revisão muito apurado
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Destaque
Cargas poluentes da ETAR do Meiral vão A coordenadora do Bloco de Esquerda e deputada da Assembleia da República, Catarina Martins, quer questionar o Ministro do Ambiente, rio de mais de 7 milhões de litros, denunciada pelo Movimento em Defesa do Rio Tinto (MDRT) no dia 29 de dezembro de 2013, a Agência Texto: Ricardo Vieira Caldas
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que “nos próximos dias, responsáveis da APA e das Câmaras Municipais de Gondomar e do Porto voltarão ao local, para avaliação e estudo de possibilidades alternativas ao tratamento que é feito na ETAR do Meiral.”
O problema
“Há picos de caudais enormíssimos e a ETAR pode às vezes ter que deitar fora para conseguir suportar essa quantidade de água” Ao Vivacidade, o administrador regional da ARH Norte [atual APA], Pimenta Machado, confessa que a ETAR do Meiral possui, neste momento, “uma pressão urbana fortís-
Depois da denúncia feita no final de 2013 pelo MDRT, o problema que afetou a rede elétrica da ETAR do Meiral foi resolvido. No entanto, o Movimento continua a denunciar descargas ilegais no rio e a 15 de janeiro o Vivacidade pôde comprovar que parte do efluente que chega à ETAR continuava em ligação direta
Pimenta Machado garante, no entanto, que a APA “sempre monitorizou a qualidade da água” desta ETAR. “Nós fizemos duas vistorias muito recentemente”, acrescenta. Na opinião do administrador da APA da zona norte, “a ETAR é uma fonte de poluição.” “Mas sublinho, a ETAR é para tratar águas residuais geradas pela comunidade urbana. A ETAR não é um problema, é uma solução para dar resposta às águas residuais geradas pela comunidade urbana”, explica. Pimenta Machado vai mais longe e explica ao Vivacidade que “não concorda que haja um rio depois e antes da ETAR.” “O que eu
CDU e BE de Gondomar intervêm Também os partidos de esquerda se manifestaram contra a descarga feita no rio Tinto. O vereador da CDU da CMG, Joaquim Barbosa, explicou que “mesmo que a ETAR funcione bem “o caudal do rio Tinto nunca servirá para aguentar com tanto esgoto.” Por se tratar de um assunto inter-municipal, o vereador da CDU da Câmara do Porto também tem uma palavra a dizer. “Não estamos a propor soluções técnicas, apesar de as termos estudado em colaboração com Gaia, Gondomar e Valongo. A questão fundamental é saber se esta ETAR serve ou não”, declara. O Bloco de Esquerda reitera a necessidade de “de uma intervenção concertada inter-concelhia, que possibilite uma resolução eficaz dos problemas de poluição do Rio Tinto, assim como de outros rios.” Para o partido existe uma “incompatibilidade da Lei da água com a Lei das descargas, que, mesmo sendo cumprida as diretivas das águas, maltrata os rios de baixo caudal como este.”
ao rio Tinto. A 3 de janeiro, a Câmara Municipal de Gondomar (CMG) e Agência Portuguesa do Ambiente (APA) anunciam, em comunicado, um acompanhamento na gestão da ETAR do Meiral, na sequência do sucedido. A APA levantou um processo de contra-ordenação à Águas de Gondomar (AdG) e é anunciado
sima”. “Há picos de caudais enormíssimos e a ETAR pode às vezes ter que deitar fora para conseguir suportar essa quantidade de água”, refere. Segundo o mesmo, “toda a bacia que aflui aquela ETAR é uma zona que é muito urbana e impermeabilizada” e o efluente tem vindo a crescer e isso “é um problema”, já que a ETAR foi projetada nos anos 80.
digo é que a água residual, ainda que tratada aos níveis da lei, gera um impacto no rio que é mais elevado em estiagem, isto é no verão, onde a água que circula no rio é menor”, afirma. Quanto ao que se passou no final de 2013, Pimenta Machado, diz que “não pode garantir que não vai acontecer de novo.” “Avarias e acidentes podem acontecer. O que pos-
so garantir é que está a ser vigiado ao máximo. Têm uma vigilância muito apertada. Há aqui um esforço para minimizar o risco de acidentes. A APA está mais atenta ao problema de Gondomar, neste momento”, garante. 21 milhões de litros de esgotos no rio Tinto “Afinal não foram sete mas, pelo menos, 21 milhões de litros que foram despejados no rio Tinto”, afirma Paulo Silva, porta voz do MDRT. “Nós dizemos que aquilo esteve parado três dias porque vimos isso efetivamente”, refere. São, por isso, 21 milhões os litros de esgotos despejados no rio, em dezembro de 2013. “Qual é o grande problema elétrico que faz uma ETAR parar? Como é que o agente fiscalizador depois de tantas denúncias, nada faz? Como é que o único dia em que fazem análises é no dia em que dou entrevistas para as televisões?”, questiona o ambientalista. “Eu não vejo nenhuma alteração significativa naquela ETAR. Pode ser por ignorância minha, mas só o é porque não me dão os dados”, explica ao Vivacidade, Paulo Silva. O porta voz do MDRT queixa-se também que, pelo menos um dos reatores biológicos está parado e por isso, o tratamento adequado não está a ser feito. Na sua opinião, a carência de oxigénio nas águas é demasiada e “indica que o rio Tinto, após a ETAR, teve um
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“A Agência Portuguesa do Ambiente (APA) abriu um processo de contraordenação à Águas de Gondomar por descarga, no final de 2013, de esgotos não tratados no rio Tinto. A situação é ainda mais grave já que foi reconhecido que a ETAR em causa está subdimensionada. Perante a gravidade da situação e o risco para a poluição o Bloco de Esquerda questionará o Ministro do Ambiente sobre esta situação e as medidas necessárias para a resolução do problema. A vida concreta das populações tem toda a dignidade para ser discutida na Assembleia da República.” É desta forma que Catarina Martins, coordenadora nacional do Bloco de Esquerda, mostra o seu descontentamento em relação à mais recente situação ocorrida com o rio Tinto. A deputada explica ao Vivacidade que “esta situação mostra que atividades essenciais para a vida em comunidade, como o abastecimento de água e o tratamento das águas residuais, não podem ser reguladas em função do lucro privado. Deve imperar o interesse público. Deste modo, e ainda para mais atendendo a que as normas ambientais são violadas e a capacidade de resposta não corresponde às necessidades, a gestão das águas e do saneamento devem regressar à gestão pública.”
“Registe-se aliás que a Águas de Gondomar tem um acionista do grupo da Águas de Barcelos, num negócio que está a levar a autarquia barcelense à beira da falência”, acrescenta Catarina Martins.
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ser levadas ao Ministério do Ambiente Jorge Moreira da Silva, sobre a “gravidade da situação” da ETAR e o “risco de poluição do rio Tinto”. Depois da descarga poluente para o Portuguesa do Ambiente, Câmaras de Gondomar e Porto e Águas de Gondomar procuram a melhor solução para o problema.
Casa-Atelier do Artista
dos legais da licença de descarga em todo 2013. No máximo, conseguiam remover 30% a 40% e eles conseguem ter taxas de remoção acima dos 75% de Carência Química de Oxigénio (CQO).” Lei que regula o caudal desatualizada O porta voz do MDRT acredita também que existe ainda uma outra questão a ser resolvida. “Infelizmente a lei portuguesa não faz nenhuma distinção entre libertar um efluente no rio Douro ou no rio Tinto. Como é óbvio o impacto de uma ETAR ligada ao rio Douro é muito diferen-
As soluções “Há uns cinco anos atrás, promovemos uma reunião com as Águas do Porto para avaliar a possibilidade de parte da água residual tratada em Rio Tinto, ser reencaminhada para a ETAR do Freixo, no Porto. É uma questão que neste momento pode ser ressuscitada. Obviamente isso vai implicar fazer estudos técnicos para perceber se a ETAR tem condições”, começa por dizer Pimenta Machado. Esta é uma das soluções apontadas pelos principais intervenientes na questão da ETAR do Meiral. Para o administrador da APA, o assunto do Freixo é
uma possibilidade mas, neste momento, não se pode afirmar como “a mais indicada”. Da parte da CMG, a solução chegará quando houver uma reunião no terreno com a Câmara Municipal do Porto, as Águas de Gondomar e as Águas do Porto mas isso só acontecerá quando houver “uma melhoria das condições meteorológicas”. Ainda assim, o vereador do Ambiente da Câmara Municipal de Gondomar, José Fernando Moreira, diz já estar “em conversações com o vereador Filipe Araújo da Câmara do Porto e com o parceiro Águas de Gondomar.” José Moreira assegura que “a qualidade de vida não tem preço” e que vai “tudo fazer com as três entidades responsáveis, para num futuro muito próximo passar a ter um emissário que consiga fazer chegar toda a água residual da ETAR do Meiral para a ETAR do Freixo ou para o rio Douro.” Este assunto já mereceu uma “chamada de atenção” por parte do vereador à Águas de Gondomar, por considerar que houve uma falha de comunicação da mesma empresa. “Já chamei a atenção dos responsáveis porque os acidentes acontecem mas a falta de comunicação não pode acontecer mais”, assevera. Paulo Silva, do MDRT, diz que é necessário “arranjar uma maneira de tirar o total do efluente da ETAR do rio Tinto.” “Parcialmente é a
mesma coisa”, esclarece. Solução mais provável: ligação direta ao rio Douro As hipóteses de solução não se ficam pelo Freixo, sugere Pimenta Machado. “Uma outra hipótese é definir um outro local de descarga em que o impacto fosse menor. Como por exemplo o rio Douro ou outros locais”, declara. Em relação a esse assunto, fonte do MDRT disse ao Vivacidade que o Movimento e a Câmara se tinham reunido, no dia 21 de janeiro, e que entre outros temas o MDRT foi informado de que já existe um “pré acordo com a APA para a construção de um emissário com ligação direta ao estuário do Douro”. Para a realização desta reportagem, o jornal Vivacidade tentou contactar o diretor geral da Águas de Gondomar e o vereador do Ambiente da Câmara Municipal do Porto, para obter mais reações. A AdG informou, em comunicado, que “a situação identificada não corresponde a qualquer irregularidade ou ilegalidade, e que o funcionamento da ETAR de Rio Tinto decorre em total normalidade.” A AdG mostrou-se também disponível para “em momento oportuno” agendar uma reunião para esclarecimento. Da parte da Câmara do Porto, o Vivacidade não obteve qualquer resposta.
o Jul ri ho o Ti de nt 20 o 10 fic ar N As 6 d á ot lim íc se e m no po ia P bl ve em úb ei m l b a 20 ico M ro un de 11 - “ ic 2 ” Câ ip 01 m Co Fev al 0 ar nc er a C e lu iro do D U sã Po ap o de rt pr 2 el o ev 01 a pr à is 2 om ta I de n pa í sa et ci ET Ab e t r iv a o qu AR ril aç fin d de e ão nã 2 al e o de br o 01 da é 3 a 20 s ET cu 13 de m Da AR pr ta . re -J em id p qu da ul a r h al . P ev ‘n o 2 i fi i r ov 0 az st ca a’ 13 o ap çã de a ET - Á o da AR g co ra ua c nc o ET é s n l pa d us cl AR e us ã r J . a G o ã E u se on ad o Ti TA lho te d nt R” 2 ia da o m 0 do e o - 1 br ma . m Pa 3 o r( pr ul “N A ei o d ta G Si est da ) lv e ga a, m da ra po om nt rt e e n a qu E Ou vo to, e ág TA tub z o o R d r Vi ua q o pi ar o va s u 20 ra M or ci re e 13 nq o vi ag da si te ue r m d es de u m “A e nt so ” ais tu i n r o ” do fr -J em do a ai de -e D rio m b st ef T e om ru es in M tu ar e r a to do é -2 ti d a p ns o 7 8 R a , d m ass m de io e a ilh d ir lh r et o á õe eze o d r r- p e s m ge ar ru de br ra a di lit o d ld o m ro e 2 a tra en s 0 Ad t ta de 13 G am r a es - a ,i e -3 go E n nt um “J o o d to TA or d a s R di rio e ja pa d na e gu as T ne o ra M l es é int iro a o e ia tr o de ri ira de oz du 2 o Ti l de R e ran 014 nt s io im t o ca Ti p e 1 “U rr nt er m m eg o, do i c ou in áv nu ole t ce “J el! o to rc or ” é r d a na - N de e de l V un m ste a s iv o si e ac Fo ad m id n o d ad se g e e” ca rav sca ,P e r re , d ga s. ur di Ju an re nt te ta a v pa da ár ra Fr ios e-
“A parte biológica ainda não está, seguramente, a ter a eficiência desejada” Com as obras na ETAR quase finalizadas, resta concluir a parte responsável pelo tratamento biológico do efluente. A CMG assegura que o tratamento físico-químico das águas residuais está já a ser efetuado em pleno, e a componente biológica encontra-se, neste momento, em fase de arranque, “sendo previsível o seu funcionamento a 100% entre
te do impacto de uma ligada ao rio Tinto”, lamenta. Para a deputada do BE, “é tempo de apertar a malha e as exigências da lei, nomeadamente acabando com muitas exceções previstas, para permitir continuar a avançar nesta matéria e responder eficazmente a muitos dos casos existentes.” FOTO: DR
Águas Residuais VS Águas Pluviais A sobrecarga de efluente que dá entrada na ETAR de Rio Tinto deve-se, para alguns, ao facto de não haver separação das águas residuais e das águas pluviais aumentando, por isso, o caudal substancialmente. Catarina Martins é a primeira a defender essa separação. “Uma medida de fundo e que será essencial para o país nas próximas décadas será separar o sistema de águas residuais do sistema de águas pluviais”, refere a deputada. O MDRT também é da mesma opinião e afirma que a ETAR “só tem muita água da chuva no esgoto porque tem um sistema que devia ser separativo e não o conseguem separar”.
fevereiro e março próximos.” Por se encontrar em fase de arranque, Pimenta Machado da APA explica ao Vivacidade que “a parte biológica ainda não está, seguramente, a ter a eficiência desejada”. Mas o mais grave, para Paulo Silva do MDRT, “é como é que, com a ETAR assim, têm valores dentro
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processo de anaerobiose, ou seja, que falta oxigénio”. “Tecnicamente aquela água nem para rega devia ser utilizada”, comenta.
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Política
Escola ‘nova’ em estado de degradação Obras na EB 2,3 de Rio Tinto poderão começar já este mês
Foi inaugurada há dois anos e custou 4,5 milhões de euros mas já está a precisar de obras. A escola EB 2,3 de Rio Tinto tem graves problemas estruturais de construção, humidade e acabamentos em material fraco. O mobiliário ou é antigo ou cedido por outras escolas e instituições, como o McDonald’s. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Outrora diretora desta escola, Aurora Vieira é agora a vereadora da Educação da Câmara Municipal de Gondomar e quer “por mãos à obra”. Paredes finas e degradadas, portas de muito fraca qualidade, buchas maiores do que os parafusos [onde as coisas que se penduram caem] e mobiliário velho, são as condições da recém inaugurada escola EB 2,3 de Rio Tinto. Aurora Vieira explica como tudo se passou. “A escola foi feita quase em dois lances. O lance que tem as salas de aulas não tem estes problemas estruturais tão grandes. Os ma-
teriais são todos muito fracos, as portas cedem e isso é geral. A outra parte ocupada apenas um ano depois sempre teve estes defeitos e a empresa desleixou-se por causa de questões relativas à própria situação financeira.” Quando era ainda diretora da escola, Aurora Vieira lutou para que “a situação mudasse de figura” mas, refere a vereadora, “como não éramos o dono de obra haveria sempre aqui a interposição da Câmara. Entretanto o responsável pelo pelouro da Educação empurrava para o responsável pelo pelouro das obras e o mesmo dizia que a responsabilidade era do empreiteiro e que a obra ainda estava sob garantia – e estava – e a perspetiva
que temos hoje é que a responsabilidade é da Câmara.” “Tudo o que podia correr mal, correu mal nesta escola”, acrescenta ainda. A vereadora da Educação já fez mexer o processo, através de uma reunião com os empreiteiros. “Vamos dar uma oportunidade à empresa para nos apresentar um caderno de encargos com uma calendarização para soluções de intervenções que sejam possíveis ainda com alunos presentes e depois em períodos em que já não estejam alunos, para ver se rapidamente damos um aspeto diferente a isto”, afirma. “Vamos ver se até ao fim do mês de janeiro algumas coisas já entram em reparação”, esclarece. Quanto ao mobiliário, Aurora
Vieira prometeu avançar também com o processo para pedir uma reformulação da candidatu-
ra e para que “pelo menos o equipamento venha para o inicio do ano letivo”.
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Política PASSATEMPO NELO SILVA ‘NOSSOS MOMENTOS’ é o novo álbum do cantor riotintense. O Vivacidade oferece 5 CD’s autografados às primeiras 5 pessoas que responderem corretamente à seguinte questão: - Qual o nome da filha de Nelo Silva?
As respostas deverão ser enviadas para o e-mail ricardo.caldas@ vivacidade.org oupedro.ferreira@vivacidade.org juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, e n.º de B.I./C.C.). Cada vencedor será notificado por e-mail.
PASSATEMPO DIA DOS NAMORADOS O Vivacidade vai oferecer 3 convites para um jantar a dois. Envie-nos a sua quadra do Dia de S. Valentim e habilite-se a ganhar um jantar completo para 2 pessoas no restaurante ‘O Cardeal’ em Baguim do Monte. As 3 quadras mais originais serão anunciadas aos vencedores dois dias antes e publicadas na nossa próxima edição. O jantar inclui entradas, bebidas da casa e um prato à escolha do menu.
As respostas deverão ser enviadas para o e-mail ricardo.caldas@ vivacidade.org oupedro.ferreira@vivacidade.org juntamente com os dados pessoais (primeiro e último nome, e n.º de B.I./C.C.). Cada vencedor será notificado por e-mail.
Câmara de Gondomar procura designers para criação da logomarca “Gondomar é D’Ouro” Prémio é de 3500 euros
Está aberto o concurso para conceção e criação da logomarca “Gondomar é D’Ouro”. A Câmara procura ideias para a nova marca que irá substituir a anterior “Gondomar Coração de Ouro”, criada pelo anterior executivo. Publicado no Diário da República n.º 11, II Série, de 16 de janeiro, o anúncio de procedimento n.º 192/2014, abre concurso público para a conceção e criação da logomarca. O trabalho criativo deverá obrigatoriamente conter a expressão “Gondomar é D’Ouro” e potenciar os principais atributos do Município de Gondomar, permitindo a fusão entre a filigrana de ouro que se mantém no concelho como atividade de reconhecido valor económico, cultural e social, e o ativo económico, humano e social que constitui o rio Dou-
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ro, o mais emblemático recurso natural do concelho. Para quem quiser concorrer, terá apenas que obedecer ao regulamento publicado na página na internet da Câmara Municipal de Gondomar e entregar o trabalho até ao próximo dia 25 de fevereiro. O nome do candidato vencedor, bem como a respetiva proposta, será publicamente divulgada no dia 4 de março. À proposta vencedora será atribuído um prémio pecuniário de 3500 euros.
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Política
S. Pedro da Cova exige “rápida e urgente remoção dos resíduos”
A União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova quer uma “rápida e urgente remoção dos resíduos” perigosos depositados nas minas abandonadas de S. Pedro e que “sejam prestadas informações à população sobre as análises prometidas à qualidade da água na região”. O presidente da União, Daniel Vieira, enviou um comunicado às redações em que considera que “não existem mais razões para adiar e atrasar o processo de remoção”. Texto: Ricardo Vieira Caldas
Depois do Tribunal Administrativo e Fiscal de Braga indeferir a providência cautelar, solicitada pela empresa Semural Waste&Energy relativa ao concurso lançado pela Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte para a remoção das 88 mil toneladas de resíduos perigosos depositados nas minas abandonadas, já “não existem obstáculos à sua remoção”. O Ministério do Ambiente, Ordenamento do Território e Energia (MAOTE) entende já ter condições para celebrar o contrato com a Ecodeal [empresa que o júri elegeu como vencedora do concurso] e dar andamento ao processo. Ao Vivacidade, Daniel Vieira afirma que “a permanência dos resíduos perigosos pode ter graves consequências para o ambiente, a saúde pública das populações, a contaminação dos lençóis freáticos e cursos de água”. Por esse facto, dirigiu-se no dia 14 de janeiro à Assembleia da Repú-
blica para questionar os grupos parlamentares e “exigir que os grupos interviessem junto do Ministério do Ambiente no sentido de questioná-lo as contradições
do processo”. Sobre a data limite, anunciadas pelo Ministério [dezembro de 2015], o presidente da União de Fânzeres e S. Pedro da Cova re-
mata que é a data para “terminar este processo” mas pensa “que não se deve esperar por esse prazo. É um processo que exige urgência.” No entanto, em jeito de conclu-
são, Daniel Vieira comenta: “Não era necessário termos que ir à Assembleia da República para haver uma intervenção dos grupos parlamentares”.
Gondomar assume presidência da Comissão de Autorização Comercial O Município de Gondomar foi eleito, a 15 de janeiro, para a presidência da Comissão de Autorização Comercial (COMAC) Grande Porto. Nas reuniões da COMAC Grande Porto, e para além do Vereador Carlos Brás da Câmara Municipal de Gondomar, que assume a Presidência, têm também assento a Direção-Geral das Atividades Económicas, a Direção Regional de Economia e a Comissão de Coordenação de Desenvolvimento Regional do Norte. A COMAC vai agora decidir sobre a instalação, nos 11 Muni-
cípios do Grande Porto, de estabelecimentos comerciais a retalho de área de venda igual ou superior a dois mil metros quadrados, desde que a insígnia ou grupo em que se integra não tenha, a nível nacional, uma área de venda acumulada igual ou superior a 30 mil metros quadrados. Esta Comissão irá também apreciar os conjuntos comerciais com área bruta igual ou superior a oito mil metros quadrados.
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Entrevista: Nélson Alves
“Em Lisboa há mais liberdade entre os Porto há menos tolerância”
Formado no FC Porto, Nelson Alves iria viver a melhor fase da sua carreira no Sporting CP. O lateral-direito, que chegou a ser avançado, fez part primeiros portugueses a passar pelo futebol inglês e deixou marca no Aston Villa, antes de regressar ao FC Porto. Castigado por várias lesões, iria Texto: Pedro Santos Ferreira
Começou a sua carreira no FC Porto, com o seu irmão, mas também jogava futebol no campo da Ferraria? Eu e o meu irmão começámos a nossa formação no FC Porto, apesar da minha infância ter sido passada na Ferraria. Joguei sempre no campo do Rio Tinto. Andávamos em conjunto e eram cerca de 300m até ao campo da Ferraria, que era o único espaço para jogar futebol. A sua mãe chegou a dizer que, a certa altura, não vos dava dinheiro para o autocarro que vos levava para o campo da Constituição, na esperança que perdessem a paixão pelo futebol. Essa história é muito curiosa... É verdade (risos). Íamos os dois a pé, desde Rio Tinto até à Constituição. Havia dias em que chegávamos ao campo com a roupa toda molhada e depois do treino continuava molhada. Aconteceu muitas vezes, mas nunca pensámos em desistir, porque o nosso sonho sempre foi jogar futebol. Apesar de ser conhecido como lateral-direito, a verdade é que começou por ser avançado na formação do FCP. Quando se deu essa mudança? Fiz três anos de formação no FC Porto, um ano no SC Rio Tinto e depois os meus últimos t r ê s anos d e
formação foram já no Salgueiros. Na passagem de júnior para sénior o treinador Filipovic fez o primeiro treino conjunto da época e, ao escolher o plantel principal verificou que não tinha nenhum lateral-direito. Só faltava eu e fiquei escolhido para essa posição. Quinze dias depois era titular do Salgueiros. Mas foi a sua formação de avançado que contribuiu para as características ofensivas que tinha? Sim, eu estava habituado a atacar constantemente, era bom no um para um, libertava-me dos adversários e desequilibrava. Isto tudo associado a um defesa, só o valoriza mais. Antigamente os defesas eram mais fixos e não subiam tanto. Gostou dessa mudança de posição? Não me chateou. Vi ali uma oportunidade que tinha que agarrar. Hoje tenho pena de não ter sido avançado porque era aquilo que mais gostava de fazer, mas estou consciente que se tivesse sido avançado nunca teria tido a projeção que tive.
O que retirou da primeira experiência no FC Porto? Foi muito importante. Era um clube de topo e a minha ida coincidiu com a entrada do presidente Pinto da Costa, em 1982. Na altura,
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títulos de Portugal no mundial sub-20, foi valorizar os treinadores, os jogadores e as equipas portuguesas. Tudo isso levou a que hoje Portugal seja respeitado internacionalmente.
Eu acho que a juventude acrescenta muito valor a uma equipa, mas tem que haver um equilíbrio entre a juventude e a experiência dos jogadores mais velhos.
Tínhamos a responsabilidade de defender o título e cumprimos na íntegra. [sobre o mundial sub20, de 1991]
em termos de formação, foi importante ter bons orientadores no início da carreira. Estou grato por isso, independentemente do que veio a seguir. Depois dá-se a passagem pelo SC Rio Tinto, mas passado um ano vai para o Salgueiros, onde passou a ser titular. Mais tarde é convocado por Carlos Queiroz para o mundial sub-20 que Portugal iria vencer... É o momento mais marcante da minha carreira. Estava a representar Portugal, a jogar em casa e com os nossos adeptos. Foi a geração de ouro que conquistou dois mundiais de sub-20 seguidos e Portugal vive ainda hoje um reconhecimento futebolístico, fruto dessa seleção. A partir daí começámos a participar em grandes eventos desportivos com maior regularidade. Tivemos a seleção de 66, com o Eusébio em destaque, depois em 86, a seleção de Chalana, e só com a geração de ouro é que voltaram as participações regulares, já depois do Campeonato do Mundo do México, em que se deu o caso Saltillo. No fundo, o que foi conseguido com esses dois
O que sentiram os jogadores quando souberam que iam ter que defender o título mundial, em Portugal? Foi único. Tínhamos a responsabilidade de defender o título e cumprimos na íntegra. Foi inteiramente merecido e marcou as nossas carreiras. Acabariam por vencer, contra o Brasil e na marcação de grandes penalidades. Como viveu esse momento? Acabei por me lesionar aos 10 minutos de jogo, depois de ter sofrido um toque do Roberto Carlos. Fiquei no balneário e ainda foi mais difícil. Preferi não assistir aos penaltys e correu bem para nós. A prestação no mundial sub20 iria despertar o interesse do Sporting CP. Foi a melhor fase da sua carreira? Sim. Na altura o Sporting CP apostou num plantel jovem, que tinha uma média de idades inferior à do plantel atual. Eu, o Peixe, o Figo, o Paulo Torres, o Filipe, o Marinho, o Capucho e o João Oliveira Pinto éramos todos miúdos e titulares do Sporting. Conseguimos dar esperança ao universo sportinguista e por dois anos estivemos prestes a vencer o campeonato. Quem ia a Alvalade ficava agradado com o que via. É possível avaliar a qualidade do plantel pela sua juventude?
Depois transfere-se para o Aston Villa. É um dos primeiros jogadores portugueses a atuar na Premier League... É um campeonato fantástico a todos os níveis. Agarrei a titularidade logo na primeira época. Para mim é o melhor campeonato do mundo. É um ambiente frenético e ensurdecedor. No segundo ano trocamos de treinador a três meses do final da época e o mister John Gregory, colocou-me de parte. Mais tarde percebi porquê. Ele vendeu-me a mim, ao Savo Milosevic, ao Sasa Curcic, ao Dwight Yorke, ao Steve Staunton e ao Mark Bosnich. Foi um desmontar da equipa, que hoje ainda paga a fatura desse momento. Quando chegou ao Aston Villa o plantel já o conhecia? Fui muito bem integrado. Respeitaram-me muito porque eu vinha de uma seleção que tinha participado no Europeu de 1996, na Inglaterra. Portugal já metia respeito (risos). Dois anos depois regressa ao FC Porto... Na altura saí mal do FC Porto. Estava a disputar a fase final do campeonato com o Benfica e ao fazer um pontapé de bicicleta contra o Feirense parti o braço. No ano seguinte troquei de treinador e fui imediatamente dispensado. Para mim foi incompreensível porque era avançado titular e um dos melhores marcadores.
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Desporto
s resultados positivos e negativos, no
te da geração de ouro do futebol português que conquistou, em 1991, o mundial sub-20, em Portugal. O atleta gondomarense foi também um dos a terminar a carreira no V. Setúbal, aos 31 anos, mas o SC Rio Tinto ainda lhe proporcionou novos desafios como jogador e presidente. Como foi essa segunda fase no clube de formação? Foi negativa. Nos primeiros sete meses tive cinco lesões, coisa que nunca me tinha acontecido. Eu agarrava as oportunidades que surgiam, mas por circunstâncias que me ultrapassavam via-me relegado
do Galatasaray. Gostaria de ter deixado uma marca no FC Porto? Penso que merecia isso. Na altura, viveu o período complicado do plantel portista, sobre a liderança de OctáFOTO: DR
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Em Inglaterra, o português representou o Aston Villa
para a equipa B. Isso criou-me um desgaste enorme. O terceiro ano foi o melhor. Ganhamos a final da taça contra o Marítimo, nesse ano (2000/2001), e depois houve uma proposta para ir para o Galatasaray, mas não aceitei. No quarto ano fui posto de parte. Ainda chegou a ser treinado por José Mourinho, na última época no FC Porto. O que retirou dessa experiência? O Mourinho ainda estava a preparar o terreno. Nesse quarto ano fui posto de parte e julgo que essa decisão foi da direção, por eu não ter aceite a proposta
vio Machado. O que se passava com a equipa? Na altura os resultados e as exibições não eram as melhores. A pressão que começou a ser exercida por parte da massa associativa foi descomunal e o ambiente não era saudável. Por muita vontade que tivéssemos não conseguíamos dar a volta. No total, jogou 18 clássicos FC Porto – Sporting CP. Catorze com a camisola do Sporting CP e quatro com a camisola do FC Porto. Eram jogos especiais? A rivalidade fica com os adeptos. Além disso a relação
entre o FC Porto e Sporting CP, nunca foi má. Eu, o Peixe e o Capucho já tínhamos jogado juntos no Sporting CP e depois passamos a ser do FC Porto. Há grandes diferenças de mentalidade entre o FC Porto e o Sporting CP? Em Lisboa há mais liberdade entre os resultados positivos e negativos, no Porto há menos tolerância. Em termos disciplinares, o FC Porto era muito mais incisivo. A comunicação do clube também era muito mais pensada no FC Porto. Antes de terminar a carreira ainda cumpre duas épocas no V. Setúbal... Se já na época anterior não tinha competido, no V. Setúbal – apesar de ter sido titular – com uma equipa muito boa, acabámos por descer de divisão. As pessoas não gostam que se fale em arbitragens, mas nesse ano o Vitória foi muito prejudicado. Começámos muito bem o campeonato, mas depois tivemos uma fase de resultados negativos. Fomos descendo na tabela classificativa e não conseguimos sair de lá. Faltavam quatro jornadas para acabar o campeonato e já sabíamos que íamos descer de divisão. Nas últimas três jornadas, ganhamos dois jogos e empatamos um, inclusive ganhamos em Alvalade, na despedida do estádio. A passagem pelo SC Rio Tinto Foi aí que decidiu acabar a carreira, mas ainda ia jogar mais um ano no SC Rio Tinto. Como surgiu essa oportunidade? Antes disso fui jogar futsal oficial pelas escolas de Gondomar. Participávamos na divisão de honra da AF Porto que dava acesso direto à 3ª divisão. O ritmo era completamente diferente e eu não sabia jogar futsal,
era totalmente diferente. Tive que me readaptar, mas acabou por ser interessante. Acabei por fazer um curso de gestão desportiva na Universidade Católica, mas as oportunidades nunca surgiram, até que fui convidado pelo SC Rio Tinto para ser vice-presidente e responsável pelo futebol sénior e futebol de formação. Ao mesmo tempo pediram-me para calçar novamente as botas e ajudar o clube. Como fui sempre um apaixonado pelo futebol, aceitei o desafio. Mas mais tarde até lhe pediram mais, queriam que fosse o presidente. É verdade. Queriam que eu fosse o responsável máximo do clube e eu fui eleito durante dois anos, de 2006 a 2008. Lutámos para não descer de divisão, mas o mais importante para mim foi sanear financeiramente o clube. Em parte, conseguimos isso. Foram anos duros mas que valeram essencialmente pelo trabalho feito na formação. Não continuei por motivos pessoais, mas o trabalho deveria ter sido continuado. Se a atual direção tivesse entrado quando eu saí, o clube estaria hoje muito melhor. Em 2008, disse que a FPF estava mais preocupada com a cúpula do futebol profissional e esquecia a base, nomeadamente os clubes locais. Acha que isso ainda se verifica? Essas palavras têm cinco anos e estão-se a confirmar. Hoje fala-se dos jogadores brasileiros naturalizados que fazem parte da seleção nacional. Isto é olhar para o lado e não querer resolver o problema. Continua a acompanhar o SC Rio Tinto? Ainda continuo a acompanhar o clube. Agora estou mais distante mas sempre que posso venho ver um jogo e almoçar com os atuais dirigentes do clube. Há sempre forma de acompanhar o SC Rio Tinto.
Fernando Nélson Jesus Vieira Alves 42 anos Defesa direito Clubes: FC Porto (85-88), Salgueiros (8891), Sporting (91-96), Aston Villa (96-98), FC Porto (98-02), V. Setúbal (02-04), SC Rio Tinto (04-05)
Uma frase sobre... Clube de coração: Sporting CP. Estádio em que mais gostou de jogar: Estádio Eng. Vidal Pinheiro, do SC Salgueiros, pelo simbolismo que tem. Melhor ano da carreira: Tive anos fabulosos no Sporting CP, no primeiro ano do Aston Villa e nos anos do Salgueiros. Melhor jogador com que jogou: Impossível de dizer. Joguei com colegas excecionais. Quem será campeão este ano: Está muito difícil. O melhor é esperar pelo último terço do campeonato. FC Porto e SL Benfica têm a tarefa complicada pelo Sporting CP. Cristiano Ronaldo vencedor da Bola de Ouro: É um justo vencedor. Morte de Eusébio: Era o expoente máximo da representação nacional a nível internacional. Um verdadeiro exemplo do saber estar na indústria do futebol.
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Desporto
Morte do “Rei” do futebol português deixa saudade aos benfiquistas de Gondomar A 5 de janeiro Portugal acordou com a notícia da morte de Eusébio da Silva Ferreira. A antiga estrela do plantel benfiquista partiu aos 71 anos, vítima de paragem cardiorespiratória. Em Gondomar, o atleta é recordado com saudade pela Casa do Benfica no concelho. mundial de 1996, em Inglaterra, e destaca o jogo contra a Coreia do Norte como a melhor exibição da carreira. “A partir daí comecei a segui-lo no Benfica e Portugal passou a ser conhecido pelo Eusébio e pela Amália”, lembra o benfiquista. No dia do funeral os sócios da Casa do Benfica prestaram uma homenagem a Eusébio, no átrio da sede e enviaram os sentimentos ao representante das casas do Benfica em Lisboa.
trativa que assumiu a gestão do clube em novembro, prepara agora novas eleições. “Quando houve a Assembleia Geral em dezembro, os sócio começaram a unir-se novamente e a aparecer. Agora as coisas estão bem encaminhadas e estamos a preparar as eleições de fevereiro”, explica José Olival ao Vivacidade. Atualmente o valor das quotas para os sócios é de dois euros. Os sócios estudantes e reformados pagam apenas 1,25€ por mês.
encarnado em Fânzeres, recorda a prestação do “Pantera Negra” no FOTO: PSF
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Em dia de jogo, a Casa do Benfica de Gondomar abre as portas aos sócios
Na foto: José Olival
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Casa do Benfica em Gondomar prepara novas eleições Depois de atravessar uma fase difícil após a demissão de Manuel Oliveira, ex-presidente da Casa do Benfica, em Fânzeres, a instituição vive agora um período estável. A Comissão Adminis-
FOTO: PSF
Mítico, lendário, craque, rei e ídolo. A imprensa internacional não poupou adjetivos para classificar o “Rei” do futebol português na despedida. Eram 4h30 da madrugada de 5 de janeiro quando Eusébio faleceu, vítima de uma paragem cardiorespiratória. A antiga glória do SL Benfica estava já muito doente. Em Gondomar, a Casa do Benfica serve de porta-voz à dor dos benfiquistas, que não têm palavras para recordar o jogador. “Não contávamos com a morte dele, embora soubéssemos que estava muito doente, mas nunca pensamos que fosse tão rápido. Para nós foi penoso e houve um sentimento de perda
em todo o país”, diz José Olival, um dos oito membros da Comissão Administrativa que gere atualmente a Casa do Benfica no concelho. Surpreendido pela demonstração de respeito em todo o mundo, o responsável pela “embaixada” do clube
FOTO: DR
Texto: Pedro Santos Ferreira
Casas do Sporting CP e FC Porto reagem à morte de Eusébio
Núcleo Sportinguista do Concelho de Gondomar:
Casa FCP de Rio Tinto:
“O Núcleo Sportinguista de Gondomar lamenta a perda de Eusébio da Silva Ferreira, pois a morte traz sempre muita dor para os familiares e amigos próximos. Como Associação Desportiva e Cultural que somos, e estando ligados a um grande clube eclético, o Sporting Clube de Portugal, recordaremos sempre Eusébio como jogador de futebol reconhecido internacionalmente pelos seus feitos pela Seleção Nacional Portuguesa, os quais agradecemos. Os nossos sinceros sentimentos à família e amigos.”
Contactada pelo Jornal Vivacidade, a Casa do Futebol Clube do Porto de Rio Tinto, preferiu não fazer qualquer comentário sobre a morte de Eusébio.
40 VIVACIDADE JANEIRO 2014
Desporto Miguel Leal é o novo presidente do Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres
“O Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres não é só hóquei, é hóquei e patinagem”, disse Miguel Leal no discurso de tomada de FOTO: PSF
posse. O novo presidente e a nova direção do Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres [GDCF] foram empossados a 9 de janeiro,
na sede do clube, perante vários associados, depois de terem sido eleitos a 27 de dezembro. Miguel Leal irá cumprir um mandato de 2 anos à frente da coletividade. “A Direção vai empenhar-se bastante na melhoria das condições do pavilhão. Temos um problema com a cobertura e vamos tentar minimiza-lo”, afirmou o presidente da associação. Sem esquecer o trabalho realizado pela Comissão Administrativa, composta por Moisés Rodrigues, Mário Brandão e Selénio Pinto, que durante seis meses “pegou no clube afundado e trouxe-o à tona da água”, Miguel Leal aponta agora para o futuro, com a ambição de “contar com todos no projeto que se inicia”. Satisfeitos com o novo rumo do clube, os membros da Comissão Administrativa fazem “um balanço positivo” do trabalho efetuado e saem “satisfeitos e com o sentimento de dever cumprido”.
Pelo segundo ano consecutivo, os trilhos nas encostas do Douro são o cenário de uma “corrida de montanha” que deverá reunir cerca de meio milhar de praticantes da modalidade nas serras de Santa Iria e das Banjas, no lugar de Branzêlo. FOTO: DR
Ao fim de seis meses sobre a liderança de uma comissão administrativa, o Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres tem uma nova direção. Miguel Leal foi eleito presidente da coletividade a 27 de dezembro e tomou posse no dia 9 de janeiro, perante vários associados.
II Trail Santa Iria com data marcada
Um dia intenso de atividade física, convívio e descoberta da paisagem pelo leito do rio Douro. É este o desafio que a Comissão de Festas de Santa Iria de Branzêlo 2014, em colaboração com o grupo BTTDouro – grupo informal de atividades – propõem aos praticantes de trail running [“corrida de montanha”]. O II Trail Santa Iria irá realizar-se no dia 2 de fevereiro, com a partida marcada para as 9h, na Rua Central, em Branzêlo. A dis-
tância do miniTrail é de 13 quilómetros e a o Trail é composto por 35 quilómetros. O percurso conta com vários pontos de interesse, nomeadamente a gruta de Santa Iria, o marco geodésico de Santa Iria, o Poço Negro, o rio Mau, entre outros. Com um percurso traçado entre as serras de Santa Iria e Banjas, no lugar de Branzêlo, na União de Freguesias Melres-Medas, a segunda edição do trail pretende divulgar as excelentes condições existentes para a prática da modalidade trail running, existentes nas duas serras, bem como fomentar a prática do desporto, o contacto com a natureza, a envolvência com os agentes locais e atrair para as freguesias a visita de praticantes desta modalidade em franco crescimento. O evento tem ainda o objetivo de angariar fundos para a realização das festas em honra da padroeira de Santa Iria, que comemora este ano o seu tricentenário.
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Desporto
Liga Desportiva de Gondomar
A dinamizar a competição no concelho desde 2009 Com cerca de 800 atletas a participar nas competições, a Liga Desportiva de Gondomar (LDG) organiza Tabela Classificativa desde 2009 um campeonato alternativo ao da Associação de Futebol do Porto. Ao Vivacidade e apesar de de Futebol não ser o presidente, Amaro Teixeira dá a cara pela Liga e traça um percurso de quatro anos em Gondomar. Campeonato Nacional de Séniores - Série C Texto: Ricardo Vieira Caldas
“Excedeu as expectativas que tínhamos quando se pensou em criar a liga”, refere Amaro Teixeira membro da atual direção da LDG. Criada em setembro de 2009, a Liga Desportiva de Gondomar surgiu com o objetivo de organizar uma “competição de longa duração” para o concelho de Gondomar, para além da existente da Associação de Futebol do Porto. “O nosso objetivo inicial era pôr quatro ou cinco equipas a competir porque havia algumas equipas de futebol que, devido aos custos da Associação de Futebol do Porto, tinham alguma dificuldade em inscrever-se e arranjavam uns encontros aos fins de semana em competições de Vila Nova de Gaia” explica Amaro Teixeira. “Foi aí que se começou a ponderar se não seria viável criarmos uma liga em Gondomar. Houve recetividade por parte da Câmara e contactámos os clubes que tinham condições e campos de futebol”,
continua o membro da direção. Com oito equipas fundadoras, surgiu a Liga de Gondomar dedicada apenas ao futebol. Sport Clube Montezelo, Estrelas de Fânzeres, Centro Ciclista de Gondomar, Dragões Valboenses, Atlético de Rio Tinto e Falcão Negro são alguns exemplos de equipas que marcaram o início do primeiro campeonato.
Meio ano depois surge o futsal e a Liga aumenta Com o sucesso inicial alcançado e depois de várias solicitações, a Liga de Gondomar é “obrigada” a criar uma nova modalidade, o futebol de salão ou futsal. “Na primeira época começamos com mais 10 equipas e surgiu um problema, transversal a todas as coletividades: recursos humanos”, conta Amaro. “É difícil arranjar pessoas para acompanhar todas as equipas” acrescenta. Apesar das dificuldades na obtenção de pessoal, o voluntário mais ativo da Liga está “esperançado que outras equipas, num futuro próximo, também possam participar”.
Para já, a Liga de Gondomar conta também com competição para Academias e Escolas. O objetivo é criar uma competição para “os miúdos que não tem idade para participar no campeonato da Associação de Futebol do Porto”. “A Liga funciona mais ao nível disciplinar” Amaro Teixeira fala pela instituição mas ao Vivacidade confessa que as decisões são maioritariamente tomadas pelo Conselho de Disciplina. É lá que, semanalmente, se tomam todas as decisões que dizem respeito ao campeonato. À frente desse concelho está José FOTO: RVC
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Na foto: membros do Conselho Disciplinar e Direção da Liga Desportiva de Gondomar
Santos que assume as funções de presidente. Para o porta voz disciplinar, o mito de que a Liga Desportiva de Gondomar tem mais problemas de disciplina está errado. “Não há mais problemas disciplinares com os jogos da Liga do que com os da Associação de Futebol do Porto. O que há é uma rivalidade muito maior porque são clubes da mesma terra”, afirma. José Santos não quer comparações, “por alguma razão é que foi criada a liga”. “Não podemos comparar ao futebol associativo. Isto é uma espécie de desporto a custo reduzido”, menciona. Apesar de não haver policiamento nos jogos organizados pela LDG, os casos de indisciplina não têm aumentado, conta José Santos. Certo é que também não têm diminuído mas isso tem uma explicação: “o volume de jogos também tem aumentado consideravelmente”, refere. LDG quer sede e pavilhão fixos Com o aumento de equipas a aderir à LDG, essencialmente por motivos económicos, a direção e o conselho de Disciplina dão conta de um problema. Vai ser necessário criar um local fixo para a organização dos jogos da liga. Na prática, não vão existir pavilhões suficientes para realizar todos os jogos nos mesmos dias. “Temos utilizado o complexo desportivo de Valbom”, comenta Jorge Ribeiro do Conselho de Disciplina, mas “há vontade de termos algo mais definitivo”. Para isso contam com o apoio da Câmara, para quando for necessário. A sede da LDG também já foi alvo de alterações e neste momento localiza-se na Avenida da Carvalha, em Fânzeres mas o ideal, para os dirigentes da LDG, seria num local fixo cedido pela Câmara Municipal.
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Equipa Boavista Freamunde Gondomar Salgueiros 08 Amarante Camacha SC Coimbrões Sousense Perafita Vila Flor
Pontos 42 38 31 25 24 21 17 15 11 7
Próximos Jogos Jornada 18 26 Janeiro Sousense - Vila Flor (15h) Freamunde - Gondomar (15h)
Divisão Pro-Elite Nacional - AF Porto P. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 20
Equipa Sobrado FC Pedras Rubras Oliv. Douro S. Martinho Serzedo Aliados Lordelo Paredes Candal SC Rio Tinto Varzim Padroense UD Valonguense Lousada Vila Meã Barrosas Rebordosa Nogueirense FC S. Pedro da Cova Leça Infesta
Pontos 42 36 31 30 30 29 29 26 26 25 25 22 21 20 19 19 18 17 15 10
Próximos Jogos Jornada 19 26 Janeiro SC Rio Tinto - Serzedo (15h) Leça - S. Pedro da Cova (15h)
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Desporto
Hegemonia gondomarense na Taça Rock Crawler
Domingos Parente e Jorge Silva alcançaram o primeiro e segundo lugar na tabela classificativa final A Taça Rock Crawler já tem vencedores e são gondomarenses. Domingos Parente e João Pinto, da equipa CarJaime/Troqouro e Jorge Silva e José Pires, da Paljet, ficaram nos dois primeiros lugares, respetivamente, da tabela classificativa final.
“O segundo ano será melhor. Comecei a caminhar este ano, ainda sou bebé” Com o segundo lugar da Taça Rock Crawler em 2013, Jorge Silva, da Paljet, explica ao Vivacidade que alcançou o “êxito”. “Saio de casa todos os dias com o objetivo de ganhar. O segundo lugar para mim é um êxito”, comenta. Este foi o primeiro ano [2013] em que a Paljet participou na modalidade Rock Crawler e Jorge Silva não se mostra arrependido. “É completamente diferente, é um carro muito poderoso”, afirma. Poderoso e dispendioso, confirma a equipa que mesmo assim pretende continuar a participar no campeonato e alcançar o primeiro lugar este ano. “O segundo lugar foi muito bom para a minha equipa e para as pessoas que me rodeiam. Hoje estou mais maduro. Quando cheguei ao
Trial era uma coisa completamente diferente. O segundo ano será melhor. Comecei a caminhar este ano, ainda sou bebé”, refere o riotintense. Já Domingos Parente, começou há 12 anos, sensivelmente, “pelo monte”. “Está aí a minha grande evolução comparando-a com a dos outros adversários. Tenho um conhecimento muito grande do carro que tenho. É um carro diferente mas estou satisfeito com ele. Este ano fiz um campeonato regu-
lar porque fui às corridas todas. O meu objetivo é participar”, explica. Apesar de ser o justo vencedor, Domingos não esquece a ajuda do seu adversário Jorge Silva. “Em cinco corridas que tivemos, de vez em quando lá precisei da mão do Jorge, ou porque o carro tombou ou por uma outra razão qualquer e há uma parte de fair play muito boa da
equipa da Paljet. Às vezes o ganhar não depende só de nós”, afirma. Pelo segundo ano consecutivo, a Taça Rock Crawler, reservada aos denominados jipes americanos - Rock Crawler, contribuiu para uma maior animação nas pistas em competição, mesmo mantendo uma quantidade participativa um pouco aquém do esperado. FOTO: DR
Na Taça Rock Crawler, a dupla de Domingos Parente, de Gondomar, chegou a Paredes, a 19 e 20 de outubro – a quinta e última prova - já com o título, mas quiseram reafirmar a sua candidatura ao vencer pela terceira vez, consecutiva, esta temporada. A equipa de Domingos ficou privada do pleno funcionamento do guincho com hora e meia de prova. Ainda assim, a dupla assumiu a liderança, terminando com quatro voltas cumpridas, na frente de Jorge Silva e José Pires (Paljet), com menos uma volta e sem mazelas mecânicas no Crawler. Apesar de ter ficado em segundo, a equipa da Paljet foi “a vencedora em fair play”, segundo o vencedor da Taça, Domingos Parente, já que o acudiu nos tempos mais difíceis. Na tabela, a equipa CarJaime/Troqouro obteve um total de 196 pontos e a Paljet, 148. O terceiro lugar
ficou para Emanuel Costa e Gerado Sampaio, com 112 pontos.
FOTO: DR
Texto: Ricardo Vieira Caldas
FOTO: RVC
O que é o Rock Crawling? É uma forma de condução extrema, fora de estrada, com veículos altamente modificados para superar obstáculos. No Rock Crawling, os motoristas conduzem veículos - como caminhões, jipes, e buggies - de tração às quatro rodas, por norma altamente modificados e em terrenos de montanha, íngremes e de condução difícil, que incluem pedregulhos, troncos, montes de pedras, água e lama. A condução destes veículos americanos é cuidadosa, precisa e de baixa velocidade.
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Domingos Parente e Jorge Silva alcançaram o 1.º e 2.º lugar, respetivamente, na Taça de Rock Crawler do Campeonato Nacional de Trial
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Empresas & Negócios
Mafavis: uma referência da imobiliária em Gondomar Conhecido como um local da cidade de Gondomar, o edifício Mafavis já não passa despercebido aos olhos dos gondomarenses. Mas por detrás do edifício, existe a empresa que lhe deu o nome. A Mafavis é já uma referência no ramo da imobiliária em Gondomar e no Grande Porto, com a construção de edifícios de grande envergadura e qualidade. O último chama-se Varandas Residence.
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O Varandas Residence é o mais recente edifício construído pela Mafavis
Já imaginou viver num apartamento em que, com um smartphone ou tablet pudesse controlar a casa e ver quem tocou à campainha nesse dia? Já alguma vez pensou em viver numa casa energeticamente eficiente, onde todas as suas lâmpadas seriam LED e a temperatura fosse rigorosamente controlada?
Em Valongo, isso já é possível graças ao último edifício projetado e construído pela empresa do grupo gondomarense Mafavis Real Estate. Um verdadeiro “edifício do século XXI”, como lhe intitulam, com alarme ligado à porta de entrada da casa, painéis solares e equipado com a última tecnologia disponível
no mercado, tendo como base a domótica. O administrador, Manuel da Silveira, explicou ao Vivacidade que o Varandas Residence, tem tido “uma crítica que tem sido muito positiva por todo o tipo de estrato social.” “Este projeto está muito virado para as novas exigências do mercado”, comentou. Os materiais usados para a construção são, quase na sua totalidade, nacionais. “Sou a favor de incentivar o consumo interno”, acrescentou o administrador do Grupo Mafavis. Com segurança “ao mais alto nível”, ar condicionado e outras
regalias, o mais recente edifício do Grupo é “claramente virado para a classe média/alta.” Manuel da Silveira destaca do trabalho desenvolvido pela Mafavis o famoso edifício no centro de Gondomar e ainda o edifício sede Silveira’s, também numa das principais ruas do concelho. A empresa dispõe ainda de várias outras construções de grande envergadura como, por exemplo, a Urbanização de Águas Santas constituída por vários prédios. Atualmente, a Mafavis procura acompanhar
as exigências do mercado e encontra-se a fazer uma intervenção no Aeroporto Francisco Sá Carneiro, na zona de catering. O Grupo Mafavis O grupo é dividido por três empresas. A Mafavis S.A. - a empresa mais antiga, que completa este ano 30 anos de existência – dedica-se, neste momento, a comercializar alguns produtos vocacionados para os investidores. A Tecnigom Construções S.A. surgiu pouco depois. É uma empresa que trata essencialmente de restauros, manutenções e construções de pequeno porte. Mais recentemente, existe ainda a Mafavis Real Estate S.A.. Focada em novos desafios, como o caso do Varandas Residence, é a empresa que desenvolve projetos mais arrojados.
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Empresas & Negócios
Actual Gest celebrou Natal em família A tradicional festa de natal da Actual Gest celebrou-se este ano a 7 de janeiro, no Auditório Municipal de Gondomar. Música, dança e teatro interpretado pelos alunos, deram alegria aos colegas, pais, professores e funcionários do centro de formação. lhar componentes que não trabalham no dia-a-dia”. Segundo o diretor da Actual Gest, “nesta festa a componente lúdica acompanha também a componente formativa dos alunos”. Os formandos, encarregados de educação, familiares, professores e funcionários que assistiram ao evento, passaram uma tarde animada com música, dança e teatro. As apresentações foram
regado na época de natal”, disse Antenor Areal, diretor da ActualGest – Formação Profissional, Lda. Satisfeito com mais um ano em que se cumpre a tradição que já vem desde o início do centro de formação, há mais de 23 anos, Antenor destaca ao Vivacidade a “parte lúdica essencial para os jovens poderem traba-
preparadas e interpretadas pelos cerca de 300 alunos da Actual Gest, em colaboração com os professores do centro de formação gondomarense. A Actual Gest foi fundada em 1991 e tem vindo a direcionar a sua ação para a formação inicial como instrumento de empregabilidade imediata.
FOTO: PSF
No dia 7 de janeiro, a Actual Gest celebrou novamente o Natal em família. Graças ao elevado número de eventos agendados para o Auditório Municipal de Gondomar, ao longo do mês de dezembro, o centro de formação adiou este ano a festa, para o mês de janeiro. “O que temos aqui hoje é uma festa de Natal, que passamos para a festa dos Reis, porque o auditório estava sobrecar-
FOTO: PSF
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Opinião: Vozes da Assembleia da República A Educação Especial e o futuro
Margarida Almeida PSD
A valorização da educação é fundamental para o desenvolvimento da sociedade portuguesa e passa, entre outros aspetos, pela promoção de uma igualdade de oportunidades entre todos os que pretendem aceder ao sistema educativo. Perante a diversidade de necessidades educativas especiais das crianças e jovens impõe-se que o Estado garanta uma oferta educativa capaz de responder a cada uma dessas necessidades de modo a que cada aluno tenha as melhores condições possíveis para a prossecução dos seus objetivos. Ora, a Educação Especial é uma realidade complexa à qual o sistema educativo tem procurado dar as respostas mais adequadas a todos estes alunos quer no domínio legislativo
quer no domínio técnico-pedagógico. Esta política educativa rege-se pelo diploma DL 3/2008 e por outros diplomas conexos que têm como seu primado a inclusão educativa e social destes destinatários Na verdade, a escola inclusiva é uma realidade, contudo carece de ser adaptada de modo a responder não só ao alargamento da escolaridade até o 12.º ano, mas também para a inserção na vida ativa. Todos sabemos que é na escola pública que se encontram grande parte dos alunos com NEE. Daí que, recentemente, o governo tivesse criado diplomas para dar resposta não só ao alargamento da escolaridade até ao 12.º anos, mas também aos alunos com dificulda-
des de aprendizagem que não estão abrangidos pelo DL3/2008. Durante a anterior legislatura e na atual, foi criado um grupo de trabalho na área da Educação Especial, no âmbito Comissão Parlamentar de Educação, com o objetivo de avaliar a eficácia da legislação vigente nesta área. Apraz dizer que os contributos recebidos neste grupo, quer em conferências, quer em audições, audiências e vistas a instituições, nesta área, contribuíram para sensibilizar o Ministério de Educação para esta problemática da Educação Especial. Perante as várias interpelações, deste grupo de Trabalho, na Comissão Parlamentar de Educação, o Senhor Ministro da Educação anunciou que ira criar, a nível ministerial
um grupo de trabalho incumbido de avaliar o quadro normativo regulador da Educação Especial e de todas as dimensões envolvidas… A promessa foi cumprida. No passado dia 15 de janeiro, foi publicado o despacho n.706-C/2014 que cria o grupo específico de trabalho com a missão de desenvolver um estudo de revisão desta legislação. É de realçar que este mesmo despacho é interministerial dado que o Ministério do Emprego da Solidariedade e Segurança Social também está incluído. É minha convicção de que iremos ter um quadro normativo mais adequado à escolaridade obrigatória e que irá, certamente, dar uma melhor resposta para a inserção na vida ativa destes jovens.
Contudo, não posso respeitar a rasteirice dos jotinhas social-democratas que - querendo travar o processo legislativo da co-adoção, depois de ter sido aprovado pela Assembleia da República, na generalidade - vêm lançar uma iniciativa ferida de inconstitucionalidade, uma vez que as perguntas referendárias têm sempre que ter subjacente um projeto de lei e se isso está garantido com a co-adoção, tal não acontece com a adoção agora capciosamente acrescentada ao debate pela JSD. É evidente que estes jovens, sempre tão disponíveis para todo o “serviço” que as direções partidárias não querem assumir, não estão preocupados com o reconhecimento do direito à adoção a casais do
mesmo sexo, pelo contrário. Se assim não fosse teriam apresentado uma proposta de lei para esse efeito quando foi discutida a co-adoção e teriam ultrapassado o PS pela esquerda, mas não o fizeram. O único interesse que move estes jovens é o de agradar ao chefe Passos Coelho, incomodado por ver que cerca de quinze deputados do PSD se uniram à esquerda permitindo que se aprovasse a co-adoção e por perceber que, se não apresentasse esta proposta de referendo e não impusesse a disciplina de voto, veria a co-adoção aprovada em votação final com os votos de diversos deputados da sua bancada. É evidente que se este referendo não for travado pelo veto do Presidente da República será travado
pelo Tribunal Constitucional devido a falhas processuais nada inocentes, sublinhe-se até à exaustão. Infelizmente, o manobrismo dos proponentes não adiou apenas uma decisão política. Acabou por adiar, inesperadamente, a resolução dos problemas de muitas famílias e das suas crianças. O direito à igualdade não é passível de ser sujeito a referendo. Os direitos das minorias não são, nem podem ser, sujeitos a referendo. Entre o superior interesse das crianças e o preconceito homofóbico a JSD optou pelo segundo. Já muito pouco do que possa acontecer me espanta e por isso este golpe de teatro não me surpreendeu, mas tenho que admitir que me dá náusea.
vendeu SWAPS tóxicos a Portugal e que o Governo contratou para assessorar o regresso aos mercados. Este governo é assim: premeia com punição quem com o seu trabalho constrói o país, pune com prémio quem rouba o país. E a Goldman Sachs premeia quem lhe abriu as portas. O governo PSD/CDS está a entregar o país por tuta e meia e está a delapidar as possibilidades de futuro de Portugal. O primeiro-ministro já o afirmou em entrevistas: a dívida vai continuar a engolir os recursos do país e o seu projeto é o de mais 15 anos de cortes de salários e pensões, mais 15 anos de cortes no acesso à saúde e educação, mais 15 anos do
garrote do desemprego e da precariedade, mais 15 anos da sangria da emigração. A massa de que é feito o seu suposto sucesso é a mesma que tira salários, pensões, emprego. A mesma que privatiza o país, que destrói o SNS, a Escola Pública, a ciência, a cultura. Sabemos bem que não se alicerça nenhum sucesso nos escombros da economia e no mar do desemprego. O país precisa de emprego, produção, serviços públicos, qualificação. Precisa de gente. De cidadania. Precisa de resgatar a democracia das teias da finança internacional e de se livrar deste governo de Miguéis de Vasconcelos.
A náusea
Isabel Santos PS
Sou a favor de uma alteração à lei em vigor de modo a permitir a adoção por casais do mesmo sexo. Por isso, votei favoravelmente a proposta de lei da co-adoção, na expectativa de que mais tarde se fizesse idêntico caminho em relação à adoção, pondo termo a uma violação do princípio da igualdade que o nosso ordenamento jurídico ainda comporta. Defendo a adoção, porque entendo que o mais importante para uma criança é ter direito a um colo, é poder crescer rodeada de afetos, no seio de uma família – tenha ela a composição que tiver. Respeito, no entanto, aqueles que têm posições contrárias e estou disponível para o debate aberto sobre o tema.
Quem ganha e quem perde
Catarina Martins BE
Quem vive do seu trabalho já percebeu bem qual é o preço do suposto sucesso do Governo, no seu rumo de subserviência à troika e aos mercados. Cortes nos salários, nas pensões, desemprego, miséria. Mas há quem ganhe. O que aconteceu com os CTT é um bom exemplo. Para o Bloco de Esquerda a privatização dos CTT é um erro, seja qual for o preço. Mas sempre dissemos também que se estava a vender uma empresa lucrativa por tuta e meia. Se dúvidas houvesse, agora está à vista de todos. Um mês depois da privatização, BES, BCP e JPMorgan, os mesmos bancos que assessoraram o Governo na venda, avaliaram agora os CTT num valor 30%
mais alto. Ou seja, o Estado vendeu a cinco o que afinal vale sete, entregando 200 milhões de euros aos privados. A venda dos CTT foi um crime contra o interesse público e não é caso único do favor do governo aos grupos financeiros. Aliás, a promiscuidade entre governo e negócios é clara. Veja-se o caso de José Luís Arnault, ex-ministro e deputado do PSD, dirigente do PSD, e jurista que conseguiu estar em todas as privatizações, da EDP, REN, ANA, CTT, ora do lado do Estado ora do lado dos privados. Acaba de ser contratado pela Goldman Sachs, o maior acionista privado dos CTT, banco responsável pela crise financeira, que
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Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal Notas de Autor
Michael Seufert CDS-PP
Um acórdão do Supremo Tribunal de Justiça fez – afinal é para isso que existe – justiça a hotéis e restaurantes que colocam uma televisão ao dispor dos seus clientes nos espaços comuns. A história conta-se em poucas palavras: aqui perto, em Felgueiras, a GNR entrou num bar onde uma televisão emitia um videoclip de Madonna, com colunas a difundir o som no bar. O material foi apreendido, o dono multado: não tinha pago à SPA direitos para passar música e foi condenado pelo crime de usurpação. Simples? Não. O dono recorreu para tribunal e ao fim de seis anos o Supremo confirmou o juízo do Tribunal da Relação de Guima-
rães e absolveu o arguido. O acórdão faz jurisprudência: A aplicação, a um televisor, de aparelhos de ampliação do som, difundido por canal de televisão, em estabelecimento comercial, não configura uma nova utilização da obra transmitida, pelo que o seu uso não carece de autorização do autor da mesma, não integrando consequentemente essa prática o crime de usurpação. A novidade não é tanto de direito – também é, naturalmente – mas nas implicações práticas: se aplicar mecanismos de amplificação de som a uma televisão é mera recepção – e não uma nova utilização da obra – então não recaem sobre essa recepção quaisquer pagamentos porque
os canais de televisão já os pagaram. Naturalmente que também não há crime de usurpação neste caso. O STJ reconhece que a questão nem sempre é clara. Quando, por exemplo, se emite um espetáculo desportivo, cobrando entrada ou não, que se publicita ou para o qual se redecora o espaço para atrair mais clientes então já se estará no plano da comunicação pública – que faz dever pagamento de taxas por não ser – ora– mera recepção. A SPA anunciou que recorrerá para as instâncias europeias para onde já recentemente terá seguido uma queixa por suposta desadequação portuguesa à diretiva europeia que regula o direito à cópia priva-
da – área em que a SPA reclama um pagamento por cada suporte digital de memória vendido ou importado. Cartões de memória, pens USB, telemóveis ou discos rígidos seriam, assim, objeto duma taxa para compensar supostos danos pela legalidade de se puderem fazer cópias (desta forma, legais) para fins privados. Os utilizadores, claro, reclamam não ter de pagar essas taxas. O direito de autor divide os representantes oficiais dos autores, os tribunais e os utilizadores das obras protegidas. Exageros da parte dos primeiros não facilitarão o apoio público e decisões europeias prometem novos episódios. Aguardemos.
letiva da Administração Pública, o que configurava mais uma inconstitucionalidade. Depois apresentou uma Proposta de Lei com uma extensa exposição de motivos, mais dirigida ao Tribunal Constitucional do que propriamente ao Parlamento. Uma exposição de motivos, repleta de incorreções e de falsidades. Dizia o Governo que a política de cortes na despesa pública seria a única solução para reduzir o défice e a dívida pública. Sucede que todos os dados, como os do Eurostat, indicam que foi exatamente a política de cortes brutais na despesa pública que fez disparar a dívida pública, atingindo hoje valores insustentáveis. Desde que começaram os cortes
brutais na despesa pública, portanto, em apenas dois anos deste Governo PSD e CDS, a dívida pública aumentou 29,6%. Repito 29,6%. É só fazer contas, durante este período a dívida pública subiu de 94% do PIB para 123,6% do PIB. Por outro lado, é falso dizer-se que os trabalhadores da Administração Pública sempre receberam pensões sobre 100% da remuneração, porque o Governo sabe muito bem que assim não é. Bem esteve, portanto, o Tribunal Constitucional que acabou de declarar inconstitucional esta proposta do Governo. E nós já vamos perdendo a conta às tentativas do Governo em Governar à margem da lei fundamental do País.
ma como parte integrante nesse nicho de negócio. Ao levar a cabo um programa de requalificação da orla ribeirinha, adeqando os instrumentos de gestão urbanística, dotando as praias fluviais com as infraestruturas necessárias e potencializando vários desportos aquáticos, Gondomar torna-se uma área de extremo interesse para as operadoras turísticas. Nessa altura, será estratégica a fixação no concelho de bases para essas operadoras, assim como a criação de pontos de embarque e saída de passageiros. Agregado a estas atividades turísticas e de lazer, fica lançada a possibilidade de explorar também atividades no âmbito do alojamento,
da restauração, e de divulgação de ativos existentes. Um desses ativos é a já referida ourivesaria de filigrana. No âmbito da marca “Gondomar é D’Ouro” será possível dinamizar a produção, a comercialização e a exportação. Deverá ainda ser foco de atenção no âmbito cultural e, mais uma vez turístico, criando a Rota da Filigrana e Museu Vivo das Artes da Ourivesaria, como foi proposto no Programa Eleitoral do Partido Socialista. Por fim, a marca que agora se concretiza, deverá ainda dinamizar os equipamentos existentes, votados ao esquecimento nestes anos de inoperância, e devolvê-los a todos os Gondomarenses.
A convergência de pensões
José Luís Ferreira PEV
Apesar da bonita designação, o objetivo do Governo nunca foi a convergência das pensões. O que o Governo pretendia com esta proposta, era proceder a cortes inaceitáveis nas pensões, depois de ter feito os cortes que já fez aos pensionistas. Assim a somar ao brutal aumento do IRS e à Contribuição Extraordinária de Solidariedade, o Governo pretendia ainda proceder a um novo corte nas pensões. Um brutal corte, com caráter definitivo e retroativo, que iria reduzir em 10%, as pensões de milhares e milhares de pessoas. Ou seja, aposentados e futuros aposentados, todos seriam vítimas desta fúria do governo contra as pessoas que
trabalharam e descontaram uma vida no pressuposto de que o Estado cumpriria a sua palavra. É uma vergonha de tal ordem, que levou, inclusivamente Manuela Ferreira Leite a classificar de “Leviandade, ligeireza e superficialidade” a forma como o Governo está a encarar esta matéria. E não é para menos, porque para além da insensibilidade social que o Governo confirma nesta proposta, o Governo esteve mal, muito mal em todo o processo. Começou por enviar para a Assembleia da República esta proposta de lei antes de ter terminado todas as fases de negociação com os sindicatos, violando assim, a lei da negociação co-
Gondomar é D’Ouro
Joana Resende PS
No passado dia 17 de Janeiro foi publicado em Diário da República o anúncio do concurso público para a conceção e criação da logomarca “Gondomar é D’Ouro”, um objectivo estratégico do Programa Eleitoral do Partido Socialista que agora começa a ser concretizado. Uma marca agrega todo o potencial económico, humano e social, que identifica no mercado produtos, serviços e iniciativas que uma organização pretende lançar. Numa era de hiperconcorrência, a marca garante que os seus ativos são exclusivos, e ao mesmo tempo cria um símbolo fácil de publicitar e de ser reconhecido. Gondomar tem enormes po-
tencialidades que foram continuadamente esquecidas na inércia dos últimos anos, entre elas uma atividade económica reconhecida nacionalmente, que é a ourivesaria de filigrana, assim como o recurso natural de excelência do Rio Douro. Através da criação, dinamização e exploração da marca, a Câmara Municipal de Gondomar terá ao seu alcance a agilidade e os instrumentos para ver concretizados ativos fundamentais para os sectores económicos, sociais e humanos do concelho. Numa altura em que o turismo ao longo do rio Douro tem tido uma procura em larga escala, “Gondomar é D’Ouro” permitirá criar as ferramentas para que o concelho se assu-
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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal Confiança
Pedro Oliveira CDS-PP
Decorreu no fim-de-semana dos passados dias 11 e 12 de Janeiro em Oliveira do Bairro, o XXV Congresso do CDS/ PP. Quem lá esteve não deixou de experimentar um grande clima de confiança, percebendo que nas cúpulas do partido se vive uma enorme esperança no futuro próximo do país. Com efeito tratou-se de um congresso onde o debate interno não deixou de se fazer de forma viva, corajosa, mas também responsável, sem que, portanto, fosse posta em crise alguma importante valência das atuais responsabilidades do partido. Efetivamente os “críticos” da
direcção federados na liderança de Filipe Anacoreta Correia, manifestaram de forma livre e até acintosa as suas divergências para com a estratégia seguida, fomentando um salutar confronto de ideias e opções que muito contribuiu para o reforço da responsabilidade e credibilidade do papel do CDS/ PP no seio do governo. Naturalmente, a liderança do Sr. Dr. Paulo Portas, com o qual estamos solidários, saiu inequivocamente vencedora com a sua moção de estratégia a ser votada com mais de 80% dos congressistas. Apesar de Anacoreta Correia ser sustentável em vários dos “apartes” que invocou e de
objetivamente ter havido alguns “tiros no pé” por parte do Sr. Dr. Portas, designadamente no último verão, a verdade é que a conjuntura do país, claramente nos obriga, por um lado a ser flexíveis e moderados na aferição da ação governativa e, por outro, a sermos unidos no partido, apoiando o trabalho hercúleo que o governo e os nossos ministros em particular, têm tido e continuarão a ter pela frente. Todos temos que perceber que o “acerto” de contas do país só poderia ter sido feito com “dor” e que, sempre que dói mais, se torna também mais legítimo a todos vociferarem contra
a situação. Nem tudo está bem com certeza, no entanto e gradualmente, o país tem vindo a “trocar de agulha”, começando a disseminar-se, em diversificação, melhores notícias para os portugueses. O congresso do CDS/ PP não deixou de ser neste contexto, enquanto partido do governo, um evento positivo para todos, pois demonstrou que, independentemente das enormes dificuldades, o partido se apresentou responsável, mas igualmente mais maduro, adulto e fiável, características essenciais para o reforço da esperança dos portugueses.
Parque de Estacionamento da Areosa – da “negociata” ao sacudir de responsabilidades
António Valpaços CDU
Foi público o acordo entre a Câmara Municipal (CM) e a Opção Sublime, S.A. – empresa concessionária do parque de estacionamento da Areosa para o pagamento de 3,5 milhões de euros, como indemnização pela revogação do contrato de concessão. Parece que o PS resolve um difícil dossier deixado pelo anterior executivo municipal, como se nenhuma responsabilidade tivesse no processo. Já lá iremos. Relembremos os factos mais relevantes: - a 11/02/2011 depois de fracassados dois concursos públicos para a concessão de exploração de lugares de estacionamento pago na via pública e construção e exploração do Parque de Estacionamento sub-
terrâneo do mercado da Areosa, a CM convidou a empresa Alexandre Barbosa Borges, S.A. (ABB) a apresentar proposta; - a 22/04/2011, apesar de não ser obrigatório, o executivo municipal nomeou um júri para a formação do contrato de concessão; - a 01/07/2010 a CM adjudica a concessão à ABB, depois de ter um parecer prévio de uma empresa de assessoria de gestão, que reconheceu a viabilidade da proposta apresentada, posição corroborada pelo júri; - a 22/07/2010 a ABB constitui uma sociedade anónima – Opção Sublime, S.A., para ter uma empresa exclusivamente para a concessão; - a 18/08/2010 é assinado o con-
trato para a concessão, construção e exploração do parque de estacionamento da Areosa, no valor de 4 milhões de euros durante 35 anos, recebendo a CM o valor anual de €250,10 pelos parcómetros coletivos e de € 93,30 pela exploração do parque subterrâneo. O resto da história já se sabe. A Opção Sublime, S.A. alegou ter prejuízos e solicitou em Maio de 2013 a reposição do reequilíbrio económico-financeiro e que tal fosse decidido através da “arbitragem”. A CM aceitou a proposta por entender que a arbitragem voluntária permite uma decisão equitativa. De facto, não podia ser mais “equitativa”: revogação do contrato a favor
do concessionário e pagamento, por parte da CM, de uma indemnização no valor superior a 4,5 milhões de euros. Quando a CDU, na última Assembleia Municipal, afirmou que todo este processo foi um grave erro político, no qual o PS tem responsabilidades, fomos acusados de mentir, alegando o PS que nunca aprovou propostas sobre esta matéria. Só pode ter memória curta: todas as propostas sobre o Parque de Estacionamento da Areosa foram aprovadas por unanimidade. Tudo não passou de mais uma “negociata”, com o esbanjamento de dinheiros públicos e o sacudir de responsabilidades de outros!
O grande negócio do Mercado da Areosa
Rui Nóvoa BE
Quando a Câmara levou para aprovação na Assembleia Municipal a proposta de um novo mercado, muitos foram os que defenderam um caminho diferente que passava pela recuperação daquele espaço no sentido de servir melhor todas as partes (vendedores e compradores) mas, a Câmara e os membros da Assembleia que sustentavam o executivo foram frontalmente contra. Lembro-me de ter questionado o executivo por não optar pelas propostas que iam no sentido da reabilitação tendo o vice-presidente defendido que, o que era bom era fazer uma concessão da obra a privados porque dessa forma o município não teria custos mas infelizmente hoje, o que temos é um mercado completamente descaraterizado sem clientes
e o pequeno comércio numa situação de sufoco. Tudo graças a uma decisão completamente desastrosa do anterior executivo. O resultado está à vista, uma obra que teria um custo nunca superior a 250 mil euros acabou por ficar ao município por 3.500.000 euros. O atual executivo, foi confrontado com a decisão do tribunal para a anulação do contrato de exploração do parque de estacionamento tendo interposto um recurso pedindo, e bem, a anulação do acórdão do tribunal arbitral mas, depois acabou por negociar o pagamento de 3.500.000 à Opção Sublime S.A, com o argumento de que essa decisão era a melhor para o município. Assim, perguntei na última Assembleia Municipal, se estavam esgo-
tadas todas as possibilidades do não pagamento de juros até prenuncia final dos tribunais, nomeadamente, através de interposição de providência cautelar de modo a minimizar o prejuízo para o Município e para que fosse possível apurar a verdade, com a máxima transparência, sobre este negócio. O Bloco de Esquerda, opôs-se desde a primeira hora a esta operação de concessão por considerar, em 1.º lugar, que estava contra o interesse público ao destruir o mercado em vez de o reabilitar e ainda com os consequentes prejuízos, para os comerciantes não só do mercado mas também do pequeno comércio à sua volta. Em 2.º lugar, por apenas favorecer a exploração a um privado num
negócio que seguramente a empresa concessionada (Opção Sublime S.A.) previa ser bastante lucrativa. Como tal, deveria assumir todos os riscos, o que não veio acontecer, e assim, com este belo negócio feito no reinado de Valentim Loureiro & Companhia, os gondomarenses vão ficar privados de investimentos em áreas tão importantes como as obras municipais, ação social, cultura e educação, uma vez que é daqui que sairão os 3.500.000 de euros para pagar por este crime feito contra os gondomarenses. O Bloco tinha razão! Deixo aqui o alerta de que, dentro de pouco tempo, vamos ser chamados a pronunciarmo-nos sobre o que fazer daquele espaço e irá ser preciso estarmos todos muito atentos.
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Opinião
Onde está a convergência das pensões públicas e privadas?
Posto de Vigia Manuel Teixeira Jornalista e Professor Universitário
1 - Como muita gente tinha vaticinado, o Tribunal Constitucional declarou inconstitucional a proposta do Governo que pretendia aplicar um corte progressivo às reformas e pensões já atribuídas aos funcionários públicos aposentados, de valor superior a 1350 euros/mês. A posição dos juízes foi recebida com
regozijo generalizado, sobretudo, e como é natural, pelos pensionistas que seriam por ela atingidos. Mais curioso ainda é que os trabalhadores ou pensionistas do sector privado alinharam no coro de festas, regozijando com mais uma derrota do Governo. É claro que poucos pensaram que, se aquela medida não passou no crivo dos juízes do TC, outra teria que aparecer para tapar o buraco que ficou aberto. Logo que se começou a falar em alternativas, surgiram na comunicação social as mais variadas “soluções”. Desde deixar derrapar o défice em duas décimas, até uma nova eventual subida do IVA, aumento do imposto de capitais ou dos combustíveis, etc etc. O Governo optou por reformular a medida, desta feita aplicando uma nova taxa às pensões, mas agora a todos os reformados do sector público ou privado, acima de 1350 euros/mês, por escalões que vão dos 3,5% para pensões entre 1350 e 1850 euros/mês, e até aos 40% para os valores das pensões que estiverem acima dos 7 500 euros/mês. 2 – Os partidos da oposição já fizeram saber que irão reque-
rer ao Tribunal Constitucional que se pronuncie sobre esta nova alternativa escolhida pelo Governo. E duas uma: ou o TC volta a chumbar a proposta, e é preciso encontrar nova alternativa; ou os juízes validam esta proposta, e pensionistas e reformados que estejam dentro daqueles escalões, sejam públicos ou privados, sentirão o respectivo corte. Uma coisa parece clara: ou esta ou outra qualquer medida será sempre aplicada. E qualquer que ela seja, representará um corte nos rendimentos das pessoas, ou uma qualquer quebra de apoio ou serviços prestados pelo estado. Se esta passar então o Governo ainda cometeu uma maior injustiça, ao sacrificar os privados que, como abaixo se verá, continuam a ser o parente pobre das pensões. Ora, sabendo-se que mais de 70% da despesa pública é feita para pagar salários aos funcionários do estado e as pensões de reforma, públicas ou privadas, ninguém duvida que será sempre neste segmento da despesa que entrarão os principais cortes. Se assim não for, restará a velha receita de aumentar ainda mais os
impostos, sejam eles quais forem, sem esquecermos que os existentes há muito atingiram valores insuportáveis para toda a gente. Continuamos, por isso, numa espécie de jogo de quebra cega, pela simples razão de que o dinheiro não cai do céu, e tudo o que o estado gasta sai do bolso dos cidadãos e das empresas. O estado não faz dinheiro, limita-se a cobrá-lo aos cidadãos e às empresas… 3 – Sejamos absolutamente claros: quando o Governo apregoa que temos de caminhar para a convergência das pensões, entre as aplicadas ao sector público e as aplicadas aos trabalhadores privados, há sempre um coro de indignação que se levanta. Mas a verdade é que essa alegada convergência está muito longe de se atingir. Pela simples razão de que a forma de cálculo das reformas dos funcionários públicos continua completamente desfocada da forma de cálculo dos privados. E enquanto assim for, a dita convergência é uma miragem, por muito que as palavras indignem os funcionários públicos. Só haverá verdadeira justiça quando as formas de cálculo das pensões
forem rigorosamente iguais para todos os trabalhadores, venham eles do sector público, ou do estado. Vejamos um exemplo: a partir deste ano os novos reformados do estado terão uma pensão calculada na base de 80% do seu último salário. Os privados nunca poderão ultrapassar os 80% da MÉDIA dos salários que tiveram ao longo de toda a sua carreira contributiva. Ou seja, quem há 40 anos ganhava cinco contos (25 euros) irá ver esse ordenado somado com todos os que teve ao longo dos 40 anos, (480 meses) e sobre a média assim obtida é que será aplicada a tal taxa máxima de 80% para obter a pensão. Diga-se que há uma actualização matemática de capital a cada ano de contribuição sobre as taxas de inflação acumuladas. Mas, mesmo assim, os valores de actualização são sempre ridículos. Ora, não é isto uma forma de injustiça? Porque não se aplica aos funcionários públicos o mesmo cálculo da média de toda a carreira contributiva? E ainda há quem diga que estamos a caminhar para a convergência das pensões…
DECO desaconselha compras à empresa Luxo24
O portal na Net continua ativo, mas a empresa Luxo24 foi declarada insolvente. Nos últimos meses, a DECO recebeu um elevado número de reclamações sobre a empresa que vende produtos de relojoaria online. Já denunciámos o caso à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica.
Jurísta da DECO
FOTO: DR
Joana Simões
Incumprimento de prazos de entrega, bem como atrasos e irregularidades nos reembolsos são as situações que mais afetam os consumidores que procuraram ajuda na DECO. A Luxo24 não cumpre a lei que determina o prazo máximo de 30 dias para reembolso em caso de indisponibilidade dos produtos e pressiona os consumidores a aceitarem créditos para futuras compras naquela empresa. A situação tenderá a agravar-se com o desenrolar do processo de insolvência, no qual a Luxo24 foi declarada insolvente.
Apesar disso, o portal na Net da Luxo24 mantém-se operacional. Nos termos e condições do portal, consta agora uma outra empresa com sede na Alemanha como entidade vendedora. Dadas as condições contratuais abusivas em clara desconformidade com a lei e a conduta da empresa lesiva para os interesses dos consumidores, a DECO desaconselha a celebração de qualquer contrato com a mesma. Já denunciámos a situação à Autoridade de Segurança Alimentar e Económica e exigimos uma melhor fiscalização da atividade.
Para qualquer esclarecimento adicional pode dirigir-se à DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - Delegação Regional do Norte, sita na Rua da Torrinha nº 228, H, 5º andar, 4050-610 Porto, ou através do endereço: deco.norte@deco.pt
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Opinião
Urgências dos hospitais, em crise?
Paulo Amado Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Diretor Clínico da CLINICA RIO TINTO + Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HPP- Boavista.
evitar, melhorando a resposta dos serviços clínicos de assistência primária. É a resposta do médico assistente que deve ser melhorada, diminuindo a necessidade do doente recorrer diretamente às urgências hospitalares. Numa es-
tatística apresentada por um dos hospitais da cidade do Porto, mais de 40% dos doentes que recorreram, nos últimos tempos às urgências, não tinham critérios médicos para o fazer, ou seja, não tinham situação clínica que justificasse a FOTO: DR
Viva Saúde
Têm surgido notícias alarmantes, nos jornais e canais televisivos, que tentam demonstrar que as Urgências dos nossos hospitais estão em rotura por sobrelotação de doentes que aí têm recorrido. Será a realidade? Sabemos que nesta época do ano, com o aparecimento das primeiras gripes, provocadas por alterações climatéricas e descida da temperatura ambiente, o número de doentes aumenta de forma marcada levando a um congestionamento das urgências. O problema não é novo, e todos os anos se repete, no entanto, esses serviços de urgência conseguem ultrapassar estas fases, de forma mais ou menos correta. O problema está muitas vezes na eficácia da resposta dos cuidados primários, essa sim deve ser a melhor possível, para minorar o congestionamento das urgências. Tratando-se em regra de doenças gripais, fáceis de diagnosticar e sem necessidade de grandes intervenções médicas, apesar do número de doentes ser grande, os serviços de urgência conseguem resolver em tempo útil, todos os casos clínicos, mas certamente, com diminuição da qualidade da assistência dos verdadeiros casos clínicos graves. No entanto, seria uma situação a
sua ida ao serviço de urgência. Por outro lado, se as pessoas o fizeram é porque não tiveram uma alternativa ou opção que evitasse a sua ida ao serviço de urgência, com todos os inconvenientes que isso acarreta para todos, não só, na qualidade organizacional, como também nos custos económicos que ao estado acarreta. E o estado, quer queiram quer não, somos todos nós, ou seja, acabamos todos por pagar, direta ou indiretamente. Os cuidados primários esses sim, devem ser mais apoiados, por serem mais úteis e diminuírem o número de doentes que necessitam de ir as urgências, essas mais preparadas para os casos emergentes, especializados em patologias graves e com necessidade de intervenção rápida e por vezes complexa. Temos de modificar os nossos hábitos para o bem de todos. Amanha quando um familiar meu, um amigo, ou mesmo um concidadão precisar de recorrer a uma urgência com um enfarte do coração, acidente vascular cerebral ou mesmo um traumatismo grave, gostaríamos todos que fosse assistido o mais rápido possível e o melhor possível, pois disso pode depender, entre a vida... ou a morte. Até breve, estimados leitores…
As “novas” competências das Juntas Bisturi Henrique Villalva
Com as eleições autárquicas do outono passado abriu-se caminho a uma nova era para o futuro das Juntas de Freguesia. Por um lado, resultante das fusões que foram feitas, e que deram origem a Juntas de muito maior escala territorial e de população. Por outro porque, induzido por este factor, houve alterações à lei, no sentido de “empurrar” os municípios para uma prática de delegação de algumas das suas competências para as novas Juntas. Pretende-se, com estes dois efeitos, potenciar uma intervenção pública cada vez mais próxima dos cidadãos. Foi nesta lógica que alguns municípios estão a negociar novas competências das Juntas de Freguesia, entregando a estes últimos autarcas um conjunto de tarefas que até aqui
eram asseguradas pelo próprio município. É o caso, por exemplo, da limpeza e manutenção de ruas, tratamento de jardins, gestão de escolas, gestão de espaços públicos, etc. Com as referidas transferências de competências serão também transferidos os respectivos envelopes financeiros, como é absolutamente normal e justo. A forma de fazer as contas essa depende de muitos factores, ou simplesmente do resultado de negociações entre os dois tipos de autarquias. Aparentemente estas novas experiências de gestão pública têm as condições para poderem resultar, se houver boa-fé de parte a parte nas necessárias negociações. Mas abundam por esse país fora muitas dúvidas sobre estes proces-
sos. A mais relevante tem a ver com a atitude que os municípios terão quando se sentarem a negociar caso a caso com Juntas de Freguesia que não são da mesma cor política. Será que vai haver rigorosa igualdade de tratamento, independentemente das cores partidários de uns e outros? Ou vamos assistir à partidarite e ao jogo de conveniências eleitorais, em prejuízo das populações? Outro tipo de dúvidas que é justo colocar consiste em saber em que medida é que as Juntas de Freguesia terão capacidade técnica efectiva para assumir certas competências mais pesadas e complexas. É claro que estas dúvidas colocam-se sobretudo nas grandes Juntas de Freguesia em tecido urbano denso e pesado, como é o caso da maioria dos
concelhos das áreas metropolitanas de Lisboa e Porto. Finalmente, um terceiro nível de questões tem a ver com a monitorização ou avaliação dos serviços prestados. Se é verdade que em muitos casos os serviços prestados pelo município são totalmente inaceitáveis, é preciso estar atento para avaliar se a mudança para as Juntas, desses mesmos serviços, melhoram ou ainda agravam o desempenho. Tudo isto pode e deve ser negociado entre as partes. Certamente que assim estará a acontecer. Mas é bom que os cidadãos estejam cada vez mais atentos, e não permitam que, no final do processo, sejam as populações as vítimas das experiências mal pensadas, ou mal negociadas…
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Lazer RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE APRESENTAÇÃO CHEF JOÃO PAULO RODRIGUES João Paulo Rodrigues, tem 46 anos e é natural da Gafanha da Nazaré, Aveiro. Desde cedo manifestou interesse pelo Turismo e Gastronomia tendo ingressado na escola de Hotelaria e Turismo do Porto onde se formou na área da Restauração. No seu longo percurso profissional destaca-se a experiência ao nível da Gestão de Restauração Coletiva, Organização de Eventos, Gestão de Recursos Humanos no Departamento de Comidas e Bebidas em várias empresas hoteleiras. Após várias atualizações profissionais, iniciou a sua experiência pedagógica em 1992 colaborando com diferentes escolas profissionais (Valongo, Gondomar, Vila Nova de Gaia); dando formação contínua a profissionais ativos em diversas unidades hoteleiras (Hotéis Termais, Hotéis de Cidade, empresa Douro Azul, etc.), em colaboração com a Escola de Hotelaria e Turismo do Porto e o Instituto Nacional de Formação Turística. Colabora com o Ministério de Educação na Formação de Adultos sendo coordenador de diversos cursos com dupla certificação (escolar e profissional) e ainda responsável pelos estágios profissionais. Ao nível da formação de jovens colabora com diferentes Escolas Básicas e Secundárias na certificação escolar e profissional (Cursos de Educação e Formação tipo 1 e 2), e com Centros de Formação dos quais se destaca a ActualGest - Gondomar onde é formador e coordenador desde 1996 na área de Hotelaria e Restauração. Neste polo de Formação é ainda o responsável de todas as dinâmicas relacionadas com os cursos de Mesa/Bar, Cozinha/Pastelaria e Organização de Eventos.
SOUFFLÉ DE QUEIJOS Ingredientes para 4 pessoas 400 ml Molho Bechamel (compra) sal pimenta noz moscada 4 ovos 40 g de queijo parmesão 30 g de queijo emmenthal 30 g de queijo Gruyère 20 gr Manteiga
Preparação
Ligue o forno e regule-o para os 200 °C. Coloque num recipiente o molho Béchamel e tempere a gosto com sal, noz moscada e pimenta. Adicione as gemas previamente desfeitas, mexendo rapidamente com umas varas de arames.
AGENDA CULTURAL VIVACIDADE Fotografia com História / Rota do Carvão – Passeio fotográfico pelas minas de S. Pedro da Cova 25 de janeiro – Museu Mineiro de S. Pedro da Cova VI Grande Capítulo – Confraria Gastronómica dos Rojões e Papas de Sarrabulho de Baguim do Monte 26 de janeiro 09h30: entrega de diplomas - Salão Nobre da Junta de Freguesia de Baguim do Monte 10h30: desfile até à igreja de Baguim 11h15: entronização dos novos confrades na igreja de Baguim; 13h: almoço na Quinta D. José, em Jovim Tertúlia com Ana Bacalhau 27 de janeiro às 21h30 – Museu Mineiro de S. Pedro da Cova Apresentação do livro “Histórias da História do Porto” de César Silva 30 de janeiro às 16h - Biblioteca Municipal de Gondomar Exposição: “Saídos do Pó - Planta da igreja de S. Pedro da Cova” Até 31 de janeiro - Biblioteca Municipal de Gondomar Exposição: “Livros de Gémeo Luís” Até 31 de janeiro – Biblioteca Municipal de Gondomar Exposição: “Paulo Ferreira, dever cumprido” Até 31 de janeiro - Auditório Municipal de Gondomar
À parte, bata as claras em castelo bem firme, temperadas com uma pitada de sal.
Expo Clássicos Pavilhão Multiusos de Gondomar 1 de fevereiro – 10h às 21h 2 de fevereiro – 10h às 20h
Adicione o queijo parmesão e ementhal ao creme preparado e envolva depois cuidadosamente nas claras em castelo.
Exposição: “Fânzeres – Espaço Religioso/Nova e Antiga Urbanização” – Pintura em aguarela de Ferreira da Silva Até 7 de Fevereiro – Sede da ARGO
Deite o preparado pelas formas individuais para soufflé, previamente untadas com a manteiga e leve a cozer em forno quente durante 10 minutos, reduza o calor e deixe acabar de cozer durante mais 15 minutos. Sirva imediatamente acompanhando com salada mista.
6.º aniversário – Dancing Star 8 de fevereiro às 22h – Pavilhão Multiusos de Gondomar Sarau Solidário – Associação Vai Avante 9 de fevereiro às 16h30 – Sala D’ouro do Pavilhão Multiusos de Gondomar Exposição: “A Luz que nos ilumina” Até 19 de abril – Museu Mineiro de S. Pedro da Cova
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Lazer ENVIE-NOS A SUA FOTO VIVACIDADE
Na foto: Fernando Rocha
Faça uma lista de tarefas pendentes. Enfrente-as uma a uma e verá que tudo se resolve. Conselhos de alguém mais velho e muito mais experiente ser-lhe-ão muito úteis.
Guarde segredo sobre o que pretende fazer. É muito importante o factor surpresa. A família espera mais de si. Dê-lhe mais atenção e estimule os laços que vos unem.
Uma atitude de um colega de trabalho dará novo fôlego à sua relação. A sua fértil imaginação poderá ser uma arma poderosa na noite de paixão com que sonha.
Procure melhorar profissionalmente. Chances de se destacar no trabalho. Invista em projectos ambiciosos, depois de os analisar.
Mostrar ambição com moderação pode ser saudável. Uma excelente oportunidade profissional irá surgir.
Boa oportunidade de trabalho no horizonte. Seja decidido e perseverante para alcançar o seu objectivo.
Realize um programa com os seus amigos. Aparecerão ideias óptimas para a diversão. Tente não ser possessivo e querer controlar tudo.
Avalie bem todas as possibilidades que terá numa possível mudança, pois poderá ser benéfica para a sua vida pessoal.
Os mal entendidos acontecem sempre. Uma conversa franca e amistosa poderá resolver essa situação que há muito a preocupa.
Dedique-se à família. As questões sentimentais e amorosas estão favorecidas. Cuidado com palavras impensadas e ditas na hora errada.
Desfrutará da companhia de familiares e companheiros de trabalho. Libere as suas emoções de maneira controlada e lute pelo que quer.
A nostalgia e a angústia poderão tomar conta de si. Se não conseguir superar o desânimo, mesmo assim procure divertir-se.
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Emprego