Reportagem
V
Plano Diretor Municipal por rever há 10 anos Executivo prepara nova revisão P.4 e 5
Carnaval marcado pelo mau tempo
Sociedade
V
Café expresso português, com sede em Rio Tinto, entre os melhores do mundo P.14 e 15
Cultura
V
Entrevistas a Zé Carvalho e The Dixie Boys Do fado ao rockabilly com raízes em Gondomar P.18 e 19
Desporto
V
“Temos a ambição de ganhar um título esta época” P.33 e 34
Desfiles, enterro do João, erotismo e dança animaram Gondomar durante a semana carnavalesca
V
Entrevista a Miguel Viterbo Capitão da A.D. Valongo começou a carreira em Fânzeres
P.24 a 26
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VIVACIDADE MARÇO 2014
Editorial Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para geral@vivacidade.org Administrador da Vivacidade, S.A. Economista e Docente Universitário
POSITIVO
FOTO: DR
José Ângelo Pinto
A Lipor foi distinguida com o 1º lugar na categoria Gestão, do prémio EBAE – European Business Awards for the Environment – Prémio de Inovação para a Sustentabilidade (EBAEpis), com a “Estratégia de Sustentabilidade da LIPOR”.
Sumário: Reportagem Vivacidade Páginas 4 e 5 Breves Página 6 Sociedade Páginas 8 a 16 Cultura Páginas 18 a 23 Destaque Páginas 24 e 26 Política Páginas 28 e 29
A evolução de uma marca é algo muito complexo e que requer grande cuidado e ponderação. O processo seguido pelo município para
NEGATIVO
FOTO: ARQUIVO VIVACIDADE
Caros Leitores,
Apesar dos mais recentes desenvolvimentos, a remoção das 88 mil toneladas de resíduos tóxicos depositados nas minas de S. Pedro da Cova tarda a começar.
Desporto Página 30 a 35 Empresas & Negócios Página 36 a 38 Opinião Páginas 39 a 43 Lazer Página 44 e 45
fazer evoluir a “marca” de Gondomar, passan-
Emprego Página 46
do do anterior coração de ouro para a logomarca “Gondomar é D’Ouro”, é obviamente muito ponderado pelo executivo socialista, tendo sido assistido por um concurso público
Próxima Edição 17 de abril
transparente, com critérios de avaliação sobejamente conhecidos e com um júri composto por elementos bem reputados. A envolvência do rio no desenho da marca, mantendo a forte ligação ao ouro e à filigrana permite que o Município renove a sua imagem; com uma visão mais moderna e integrada. Numa altura em que se promove uma nova imagem de marca, não se deve deixar de ter em conta a evolução anterior, pois o “Gondomar Coração de Ouro” foi um instrumento muito importante na evolução do concelho, independentemente de ter ficado parado no tempo a partir de uma certa altura; dificultando a tarefa de o fazer evoluir, que foi proposta. Mas não há duvida que Gondomar foi colocado no mapas com a ajuda deste elemento promovido pelos executivos anteriores. Segundo o Município, pretende-se, com este logótipo e com as suas cores, passar a ideia de alegria, vivacidade e acolhimento, adjetivos de extrema importância no que diz respeito ao turismo. Claro que desenvolver o turismo obriga a religar Gondomar com o rio e esta logomarca promove essa ligação, pelo que me parece que o executivo municipal está de parabéns por esta evolução. Segundo o autor, o logo “vai transformar-se e gerar submarcas tornando assim o logo institucional em algo temático. É um logótipo com boa aplicabilidade e multifunções”. Fico à espera, pois concordo com esta visão. n
A POLÍTICA É verdadeiramente surpreendente observar o posicionamento dos nossos contemporâneos portugueses, no regime democrático em que vivemos. Poder-se-á dizer que são como verdadeiros adeptos de clubes de futebol? Sempre defendendo os seus Partidos até à morte? Ou melhor, poder-se-ia falar de verdadeiros homens perdidamente apaixonados pelas suas esposas? Não importa que venham a saber das suas infidelidades, dos filhos que possam aparecer sem serem seus. Tudo perdoam, olham para o lado, quanto mais não seja, sempre com a esperança de que tenham sido as ratoeiras da vida, aquilo que fez perder a cabeça às suas adoradas. Não importa que a história relate a completa bancarrota da 1.ª república do seu país, em que nem as Nações Unidas lhe emprestavam um tostão sequer. Não importa que, tendo a 2.ª república herdado um país assim, o tenha transformado e tornado sólido financeiramente, em 40 anos. Não importa que a história lhe mostre a sua 3.ª república novamente na bancarrota, 38 anos depois de ter recebido a Nação naquelas prósperas condições. É verdadeiramente assombroso, como pode um povo ser capturado no seu entendimento,
por uma propaganda com uma só palavra: o socialismo. Capturado mais ainda, por um bem-estar social que veio a ser oferecido por grupo, construído à volta dessa mesma ideia. Deram-lhe estradas, portos, aeroportos, escolas, hospitais, empregos, reformas, lojas, shoppings, acesso fácil à compra de casas, de carros, de viagens pelo estrangeiro, regalias e direitos…, muitos direitos, assentes como adquiridos definitivamente, sem que houvesse sustentáculo real na base. E ninguém achava estranho, nem se interrogava. Só aplausos, satisfação, e votos políticos para quem tudo lhes dava, sem querer saber da sustentabilidade para tudo isso, só recordando os 40 anos de duros sacrifícios por que passaram. Agora, a nação acorda estupefacta com a menina dos seus olhos a dizer-lhe cruamente, que só tem dinheiro para mais três meses de vencimentos. Por outro lado, são os credores internacionais que pressionam para receber os juros e o dinheiro sem conta que emprestaram durante todos esses anos. A dura realidade vem dizer que foram hipotecadas não só as suas vidas, como também a dos seus filhos e netos, para que pudessem ter desfrutado de tanta riqueza e mordomias. Mas é um povo, já sem vonta-
de própria, que volta novamente a acreditar na menina dos seus olhos, que agora lhe demonstra, que a culpa de tudo não é deles, mas sim, dos credores, da célebre troika, e do governo que agora é obrigado a sanear as contas públicas, e tem que pedir ao povo para apertar o cinto. A sabedoria popular diz que as árvores se conhecem pelos seus frutos. O fruto que se colhe agora tem a proveniência na menina dos seus olhos. Mas só dela? Onde estão os valores deste nobre povo, nação valente, heróis do mar, que deu novos mundos ao mundo? Capturado no relativismo dos seus tempos, está incapaz de discernir o bem do mal, deixou de ter a capacidade de pensar. Está refém da menina dos seus olhos. E o dilema está em que, não é capaz de entender que a menina dos seus olhos, não é menina nenhuma. Na verdade é uma velha, muito velha, com chapéu alto e bicudo, e de abas largas. O seu nariz é adunco, tem um olho de vidro, e as suas unhas são compridas como garras. Cavalga agora na vassoura que sempre teve, pelas autoestradas da sua sustentação, soltando em voz alta e estridente, os seus hi..,hi..,hi.., de satisfação. Para onde caminhará Portugal? n João Maria Neves Pinto
Registo no ICS/ERC 124.920 Depósito Legal: 250931/06 Diretor: Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873) Redação: Ricardo Vieira Caldas (CP-9828) Pedro Santos Ferreira (TP-1911) Diretor Comercial: Luiz Miguel Almeida Paginação: António Costa Edição, Redacção, Administração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A. Administrador: José Ângelo da Costa Pinto Detentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda. Sede de Redacção: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTO Colaboradores: Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, Carlos Brás, Catarina Martins, Cristina Nogueira, Domingos Gomes, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Simões, Chefe João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, Leandro Soares, Leonardo Júnior, Luísa Sá Santos, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Paulo Santos Silva, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves. Impressão: Unipress Tiragem: 10 mil exemplares Sítio na Internet: www.vivacidade.org Facebook: www.facebook.com/ jornalvivacidade E-mail: geral@vivacidade.org
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VIVACIDADE MARÇO 2014
Reportagem Vivacidade
Plano Diretor Municipal em mar
PDM de Gondomar não é atualizado há uma década
O Plano Diretor Municipal (PDM) de Gondomar não é revisto desde 2004. Constituindo um suporte legal indispensável para a program ge uma escala territorial concelhia, determinando as diretrizes da estrutura de ocupação da área da autarquia e tentando definir estra “interesses e falta de vontade política”. O Vivacidade conversou com o vice-presidente da Câmara, Luís Filipe Araújo que revelou avanç
vam à espera da decisão p o l í t i c a”, começa por explicar Luís Filipe Araújo. O vice-presidente é quem lidera agora o processo, jun-
Linha do Metro Valbom - S. Cosme, parques urbanos e centralidade em Rio Tinto previstas no novo PDM A revisão ainda está em desenvolvimento mas Luís Filipe Araújo já tem ideias bem claras para o concelho. “Achamos, por exemplo, que podemos aproveitar a CREP (Circular Regional Exterior do Porto) para instalação de zonas empresariais. Também pedimos que fosse feito um estudo mais concreto em termos de possibilidades de localização dos parques urbanos porque parece-nos que é uma necessidade premente do município”, adianta. Quanto à questão da linha do metro para Gondomar, o vice-presidente promete “não largar essa batalha” e afirma que “o PDM vai considerar a linha.” Para Rio
Tinto, há o plano de pormenor do centro cívico, feito pelo mesmo gabinete. “Estava pronto e julgo que chegou a ser apresentado e foi levado a aprovação pelo executivo anterior mas a dada altura aquilo travou. Faltava um estudo de impacto ambiental e a verdade é que esse plano de pormenor não chegou ao fim. Nós já demos conta a esse gabinete que a nossa interpretação da utilização do solo para aquele local é diferente. Não concordamos com aquelas soluções”, explica o autarca. Para o espaço da antiga feira de Rio Tinto estavam previstos vários blocos habitacionais mas Luís Filipe Araújo reconhece que não é a melhor solução. “Naquele local julgamos que ainda é possível criar ali uma centralidade. Eventualmente junto ao Centro de Saúde, do outro lado da linha do metro, podemos admitir alguma construção. Reconhecemos que em Rio Tinto falta uma grande sala de espetáculos mas não temos condições para a criar neste momento. Achamos que aquele local [espaço da antiga feira] é aprazível e já tem sido utilizado para algumas atividades lúdicas. Podia ser um espaço verde, colocado à disposição da população, em que de certa forma comunicasse com a Quinta das Frei-
Atual Plano Diretor Municipal de Gondomar, já caducado
Luís Filipe Araújo está atento a todo o processo de revisão do PDM para Gondomar
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As questões relacionadas com a reserva agrícola e reserva ecológica – necessárias para o avanço da revisão ou atualização do PDM - “já estão fechadas”. Garantia dada por Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara Municipal de Gondomar (CMG) e responsável pelo pelouro do Planeamento e Ordenamento do Território. “Podemos ter pequenos ajustamentos mas no essencial essa parte está resolvida”, explica. O processo de revisão de um PDM tem várias fases e o autarca considera que, apesar de estar há pouco tempo no poder, já se fez alguma coisa. “Quando tomamos posse, das primeiras coisas que fizemos foi falar com a equipa que está responsável pelo processo. Pedimos que viessem cá fazer uma apresentação do estado em que se encontrava o trabalho e já houve uma segunda reunião e foi aí que percebemos que faltou uma vontade política para avançar com o processo. Da empresa o que nos foi dito é que têm o trabalho e esta-
tamente com a Comissão de Acompanhamento da Revisão do PDM que recentemente, em Assembleia Municipal, elegeu o seu representante. “Já temos uma proposta inicial de zonamento e é nisso que estamos a trabalhar. Demos as nossas indicações ao gabinete responsável”, refere.
V
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Proposta para criação de Comissão Eventual do Urbanismo e Desenvolvimento chumbada em 2013 Preocupado com
ras”, expõe o responsável pelo pelouro do Planeamento e Ordenamento do Território. “Já iniciamos os estudos”, acrescenta.
a ausência de revisão do Plano Diretor Municipal, Pedro Bragança, deputado independente pela bancada socialista da As-
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Reportagem Vivacidade
rcha
a
mação e atuação das iniciativas municipais, o PDM integra-se nos Planos Municipais de Ordenamento do Território (PMOT) e abranatégias para o seu território. Em Gondomar, essas estratégias pararam no tempo e há quem diga mesmo que o PDM não foi revisto por ços na revisão do Plano Diretor Municipal de Gondomar e mostrou interesse em resolver o assunto “o mais rápido possível”. FOTO: RVC
rense complica bastante a vida para quem quer construir. A desadequação do Plano à realidade atual já desencadeou várias construções ilegais e a Câmara quer resolver, pelo menos, parte do assunto. “No Alto do Concelho, na Lomba, temos muitas construções ilegais e no que for possível vamos criar condições para a legalização pelo menos de parte significativa dessas construções”, refere Luís Filipe Araújo. Para o autarca, esta situação “não tem explicação a não ser a falta de vontade política” em resolver o assunto. “Se calhar às vezes é mais fácil não haver regras para podermos fazer aquilo que nos apetece”, assevera. Mas a revisão do PDM não vai resolver tudo. “Há coisas que não são legalizáveis, não podemos fazer milagres”, esclarece o autarca. “Vamos ter reuniões com as Juntas de Freguesia, para perceber qual a sensibilidade local para a revisão do PDM e já temos algumas solicitações de entidades privadas que perguntam sobre determinadas matérias”, afirma. “Mas estamos a falar de um assunto melindroso. Temos que ter em atenção a algumas situações”, acrescenta. O segundo membro do executivo camarário não quis adiantar prazos ao Vivacidade mas afirmou que “quer terminar este dossier o mais rápido possível”. O PDM é “desajustado à situação atual” e por isso a Câmara vai fazer um protocolo com o curso de Geografia da Faculdade de Letras da Universidade do Porto para a criação de alguns estágios com estudantes especializados. “O Município aproveitará esse protocolo já que vão ser feitas sugestões por parte de técnicos”, finaliza Luís Filipe Araújo. n
sembleia Municipal, apresentou, no ano passado, uma proposta para a criação de uma Comissão Eventual do Urbanismo e Desenvolvimento. A proposta visava a criação de um grupo com um deputado de cada força política que iria acompanhar a questão do PDM de Gondomar. A moção foi rejeitada com os votos a favor do PS, CDU e BE e contra dos restantes. Lomba tem várias construções ilegais Do outro lado do rio Douro, na freguesia da Lomba, a desatualização do PDM gondoma-
O Vivacidade foi falar com Rio Fernandes, geógrafo, membro da Comissão Executiva da Comissão Nacional de Geografia e especialista em Geografia Humana, para tentar perceber como se encontra o ordenamento do território de Gondomar e quais as implicações para um concelho que tem um PDM que não é revisto hà 10 anos. Qual a gravidade de um interregno de dez anos na revisão de um PDM para Gondomar? O mais grave é perceber-se que não há um rumo para o município, uma estratégia, um objetivo. Do ponto de vista regulamentar, significa uma situação cinzenta relativamente aquilo que pode ou não se pode fazer em cada lugar do município. Como pode a desatualização do PDM influenciar o desenvolvimento territorial de um concelho? O PDM está caducado mas continuam as suas disposições em vigor. Está desatualizado. A sua aplicação pode introduzir erros ou desvios ao que é desejado. Pessoalmente, entendo que o PDM é importante para disciplinar o uso do solo mas não me parece o documento mais importante para definir o que se pretende do concelho. Que documento considera ser o mais importante? Um Estudo Estratégico que defina - face aos vizinhos, num contexto metropolitano e na sua diversidade interna – o que quer o concelho de Gondomar. E esse documento existe neste território? Não, não existe. O Plano Diretor Municipal, pela sua antiguidade, é de um tempo em que praticamente não existe estratégia. Trata-se apenas de uma dis-
ciplina de o que é que se constrói ou o que é que não se constrói. É grave que ao longo de todo este tempo não se tenha feito sentir a necessidade dessa estratégia. Fazem-se áreas industriais, habitação social e tudo ao sabor do vento. Em que medida é que um PDM atualizado pode ser útil para o cidadão comum? Pode ser útil se se traduzir em medidas que promovam a qualidade urbana e rural. Por exemplo, mais mobilidade, mais circulação, maior valorização de áreas mais interessantes do ponto de vista
patrimonial, maior valorização das margens do Douro e outras que podem ter efeitos na criação de emprego e riqueza. Gondomar é um território desorganizado? Eu diria que Gondomar é o território menos desenvolvido do Grande Porto e para isso contribui obviamente a ausência de uma estratégia. É onde as construções vão aparecendo ao sabor do acaso e às vezes, infelizmente, ao sabor de alguns interesses. O resultado final pode ser interessante para alguns (poucos) mas do ponto de vista do coletivo deixa muito a desejar. Há um trabalho árduo para reverter o processo? Há. Penso que faz muita falta fazer um plano estratégico participado. Ou seja, construir um mecanismo que, em tempo útil – um ano no máximo – consiga identificar os principais problemas e verificar quais são os grandes anseios das pessoas e os meios que existem para construir essa proposta. n
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Breves Casa da Juventude de Gondomar visita Centro Histórico do Porto
Cátia Martins campeã nacional de Pares Femininos Seniores FOTO: DR
FOTO: DR
A Casa da Juventude de Gondomar visitou a 3 de março o Centro Histórico do Porto. A iniciativa promovida pelo Pelouro da Juven-
tude da Câmara Municipal de Gondomar incluiu também uma visita à exposição de Alzira Braga na Casa do Infante.
Apoio Educativo juntou executivo municipal e professores FOTO: DR
No dia 2 de março a mesatenista Cátia Martins, da Ala Nun’Alvares de Gondomar, foi campeã nacional de ténis de mesa na categoria pares femininos seniores. A atleta gondomarense fez par com Leila Oliveira, do Grupo Desportivo Casa do Povo da Madalena, e am-
bas sagraram-se campeãs nacionais ao vencer na final as atletas Patrícia Maciel e Raquel Andrade, do Grupo Desportivo do Centro Social do Juncal. Em seniores femininos, Cátia Martins ocupa agora a 3.ª posição no ranking nacional.
Cemitério da Triana com nova capela mortuária FOTO: DR
Diretores, representantes e coordenadores de núcleos de apoio educativo (NAE) de todos os agrupamentos e escolas do concelho reuniram a 26 de fevereiro com Aurora Vieira, vereadora do Desenvolvimento e Potencial Humano, tendo em vista o estabelecimento de
parcerias conjuntas de atuação no trabalho desenvolvido com jovens e crianças com necessidades educativas especiais. A reunião serviu para identificar problemas e estabelecer um plano de ação.
A nova capela mortuária do cemitério da Triana foi inaugurada a 1 de março. Nuno Fonseca, presidente da Junta de Freguesia de Rio
Tinto, considerou o equipamento “fundamental”, apesar do “forte investimento” necessário para a inauguração e disposição da obra.
IX Feira da Saúde em Baguim do Monte
Gestão Desportiva em debate FOTO: DR
A IX Feira da Saúde em Baguim do Monte vai realizar-se nos dias 22 e 23 de março. O evento vai ser composto por rastreios de saúde, dinamização de hortas portáteis, workshops
de agricultura familiar e muita animação, inicia-se no dia 22 de março, pelas 10h, na Junta de Freguesia de Baguim do Monte.
Dia do Combatente assinalado em Gondomar FOTO: DR
No dia 21 de Fevereiro, realizou-se no Salão Nobre da Junta de Freguesia de Fânzeres, uma Conferência de Gestão Desportiva, promovida pela União das Juntas de Freguesia de Fânzeres e S. Pedro da Cova, com os oradores Gastão Sousa, professor de gestão desportiva no Instituto Superior da Maia (ISMAI), e Da-
niel Oliveira, licenciado em gestão desportiva pelo ISMAI. A moderação da mesa, esteve a cargo do vogal do executivo, Pedro Barbosa. Perante uma sala completamente cheia, os oradores apresentaram várias ideias e propostas, para uma melhor gestão nas diversas áreas do desporto.
O Dia do Combatente foi assinalado a 2 de março. Após uma concentração, junto à Igreja de Fânzeres, foi celebrada uma missa seguida
de romaria até ao monumento na Praceta Heróis do Ultramar.
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VIVACIDADE MARÇO 2014
Sociedade
Milhares de ‘Gamers’ e ‘Youtubers’ no
I Game Day de Gondomar A primeira iniciativa de videojogos no concelho esteve presente no Multiusos de Gondomar a 8 e 9 de março. O Game Day surgiu com o “objetivo de proporcionar às crianças e aos jovens munícipes a salutar ocupação dos seus tempos livres” através das novas tecnologias e dos mais recentes videojogos lançados. FOTO: RVC
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Game Day “catapulta Gondomar para a vanguarda deste tipo de iniciativas em Portugal” FOTO: RVC RVC FOTO:
cada vez mais”. “Nos últimos anos esta indústria tem evoluído mais do que a de Hollywood”, assegurou. Álvaro Cunha, de 15 anos, visitou o Game Day pela primeira vez e adora jogar
nas consolas. “Tenho a Playstation 3 e a PSP e gosto de jogos de aventura e ação. Acho que a jogabilidade e os gráficos evoluíram muito”, referiu. Já Gabriel Silva, de 16, veio com outro objetivo. “Vim gravar para o meu canal do Youtube. Gosto bastante de jogar mas no computador. Nas consolas a minha preferida é a PlayStation FOTO: RVC
Tratou-se de um ‘road-show tecnológico’ que coloca à disposição dos visitantes inúmeras consolas e simuladores de condução, de acesso livre e gratuito, e onde todos podem usufruir de jogos de futebol, de corridas, de aventuras, de lutas e de conhecimento [nas consolas Xbox e PlayStation], praticar desporto, jogar ténis e conduzir um carro [nas interativas Nintendo Wii e Kinect] ou mostrarem a sua destreza ao volante dos diversos simuladores de corridas de automóveis. O Game Day Gondomar juntou milhares de amantes de jogos, tecnologias e Internet, promovendo a competição, o espírito de equipa e o convívio intergeracional. Ao Vivacidade, a organização explicou que é a primeira vez que estão em Gondomar e que o evento anual percorre vários municípios. “O Game Day é sempre um evento bem recebido pelos jovens de todos os municípios porque ao fim ao cabo é um dia em que podem brincar, divertir-se e experimentar jogos novos”, afirmou Guilherme Silveira, da organização da iniciativa. Para o organizador, “a indústria dos videojogos está a crescer
3. Gosto especialmente de jogos de corridas e de ver os detalhes gráficos nos carros”, explicou o jovem de Gondomar.
Para Sandra Brandão, vereadora da Juventude da Câmara Municipal de Gondomar, o Game Day “teve uma excelente adesão dos jovens”. “Este tipo de iniciativas são importantes porque catapultam Gondomar para a vanguarda deste tipo de iniciativas em Portugal”, mencionou. “É importante perceber o que os jovens gostam e eles gostam de novas tecnologias por isso faz sentido realizar este evento no próximo ano”, acrescenta Sandra Brandão. n
VIVACIDADE MARÇO 2014
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Sociedade
Gondomar em destaque
na loja de turismo do aeroporto Sá Carneiro De 6 a 9 de março a Loja Interativa de Turismo do aeroporto Francisco Sá Carneiro acolheu a cultura gondomarense. Pela primeira vez, o município foi tema forte no aeroporto, assunto que culminou num ‘briefing’ de apresentação com representantes da Câmara, da CINDOR, da ACIG e do Turismo do Porto e Norte de Portugal. Aurora Vieira [Desenvolvimento do Potencial Humano] e Sandra Brandão [Desporto e Juventude] compareceram no ‘briefing’, que contou, ainda, com as presenças de Jorge Magalhães, vice-presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal, Graciano Martinho, presidente da Associação Comercial e Industrial de Gondomar, e Eunice Neves, diretora do CINDOR - Centro de Formação Profissional da Indústria de Ourivesaria e Relojoaria, entre outras individualidades.
Jorge Magalhães
Marco Martins
vice-presidente do Turismo do Porto e Norte de Portugal
presidente da Câmara Municipal de Gondomar
“Hoje pela primeira vez Gondomar está na loja do aeroporto e creio que é uma feliz iniciativa. É uma primeira oportunidade de muitas primeiras oportunidades que o Município de Gondomar vai promover e procurar usufruir e disfrutar desta loja. Esta é uma porta aberta para Gondomar. A entidade do Turismo do Porto e Norte de Portugal estará com o município sempre que assim o entendam e espero que possamos ser úteis para que esta parceria se intensifique. Estamos certos que o sucesso de Gondomar também seja o nosso sucesso.”
“Março é o mês da alavancagem. É o mês do sável e da lampreia, é o mês em que vamos ter a Ourindústria, é o mês em que vamos apresentar a nova imagem ‘Gondomar é D’ouro’ e é o mês em que vai entrar em vigor a nova orgânica da Câmara. Quero que os empresários e artesãos de Gondomar promovam o concelho e gerem emprego. Só falta uma coisa: que a candidatura que fizemos seja formalmente aprovada para que esta loja seja replicada à escala. Porque nós queremos ainda em abril começar a instalação física da loja em Gramido, para que a marginal do Douro cresça.”
Com uma circulação diária de 16 mil pessoas, o aeroporto Francisco Sá Carneiro no Porto, disponibilizou um espaço à Câmara Municipal de Gondomar para exposição de produtos de promoção turística. O novo mote ‘Gondomar é D’ouro’ serviu de base para o tema da exposição que incluiu os famosos corações de filigrana, utiliza-
FOTO: RVC
dos por Sharon Stone e divulgados pelos média nacionais, várias peças de ourivesaria gondomarense, imagens e informação do Parque Tecnológico de Negócios de Ourivesaria de Gondomar e artesanato relacionado com o sável e a lampreia. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, acompanhado de Luís Filipe de Araújo, vice-presidente da Autarquia, dos vereadores Carlos Brás, do Pelouro Desenvolvimento Económico e do Empreendedorismo,
Texto: Ricardo Vieira Caldas
nandes e para a subsecretária de Estado da Defesa dos Estados Unidos da América” referiu. António dedica-se à filigrana há 49 anos, arte que aprendeu com o pai, e elogia a iniciativa da Câmara que considera ter “uma importância enorme e devia acontecer mais vezes e noutros locais”. Em exposição na loja do aeroporto teve uma dúzia de peças das quais se incluem os corações que, confessa António, “numa ourivesaria andam há volta dos 1000 euros” cada. n
Carlos Brás
Eunice Neves
Graciano Martinho
vereador do Desenvolvimento Económico e do Empreendedorismo
diretora da CINDOR
presidente da ACIG
“É o primeiro evento que inauguramos sob esta marca [Gondomar é D’ouro] que alia o ouro ao rio Douro e é também a primeira vez que o Município de Gondomar está representado nesta loja de turismo no Aeroporto. Este local é uma porta privilegiada para os turistas nacionais e internacionais e atualmente operam aqui 15 companhias que disponibilizam viagens para 75 destinos diferentes. 16 mil pessoas chegam aqui diariamente e podem logo ser confrontadas com um destino que a nós importa promover, que é Gondomar.”
“Estas iniciativas são absolutamente fundamentais. A ourivesaria é um símbolo de Gondomar e a projeção que este tipo de eventos permite é fundamental para nós também. É meritório o facto de nesta fase estar a ser feito uma aposta a este nível. A mudança de mote [Gondomar é D’ouro], a mudança de imagem e a aposta que esta a ser feita na Ourindústria e nesta loja interativa, conjugam-se magnificamente e este é o momento. Se este tipo de postura poderia ter sido tomada anteriormente? Eventualmente sim mas é importante que agora seja esse o caminho.”
“Os números que nos foram apresentados, de 16 mil pessoas por dia que entram nesta porta, apresentam de facto uma mostra que não há igual na cidade. Acho que Gondomar tem que aproveitar a sua potencialidade e tem uma indústria que é nacional - agora muito recentemente projetada a nível internacional, com a filigrana – e espero que a Câmara e as associações sejam bem sucedidas porque está na altura de Gondomar dar o salto para um desenvolvimento económico que as associações precisam.”
FOTO: RVC
O ‘briefing’ contou também com uma artesã que durante os dias de exposição exibiu a arte da filigrana e de António Cardoso, artesão responsável pelo famoso coração de ouro. Ao Vivacidade, o artesão brincou afirmando que o coração já lhe trouxe “algumas chatices porque sendo o dono do coração da Sharon Stone, a mulher não ficou muito satisfeita.” Mas brincadeiras à parte, António Cardoso revelou alguma “surpresa” com a quantidade de encomendas que recebeu. “Já fizemos também um [coração] para a Vânia Fer-
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Sociedade
“Hércules” testou capacidade de resposta das autoridades gondomarenses Gondomar foi escolhido para a realização de um simulacro de acidente no âmbito das celebrações do Dia da Proteção Civil que se assinalou a 1 de março. A avaliação final da operação foi positiva.
No dia 1 de março os gondomarenses assistiram a um acidente em cadeia na A43, em ambos os sentidos, entre os quilómetros seis e sete, junto ao Multiusos de Gondomar. O “choque” não passou de um simulacro com o objetivo de
de articulação e sistemas de apoio. O “acidente” provocou dezenas de vítimas e ao local acorreram bombeiros de todas as corporações de Gondomar e Valongo, além de agentes do Sistema Municipal de Proteção Civil, INEM, PSP, GNR, Polícia Municipal, Estradas de Portugal e Escuteiros de Gondomar. As condições atmosféricas di-
FOTO: LMA
Texto: Pedro Santos Ferreira
FOTO: LMA
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O simulacro realizou-se entre os quilometros seis e sete da A43, junto ao Multiusos de Gondomar
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Na foto: Germano Martins, comandante dos BVG
ficultaram o exercício que contou com um total de 120 operacionais e 42 viaturas.
ve Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar. O autarca considerou o simulacro “Hércules 2014” um bom teste no dia da Proteção Civil. “Face às condições atmosféricas foi um exercício mais real, com maior exigência
e que permitiu testar melhor a resposta das autoridades”, afirmou Marco Martins. A operação ainda surpreendeu os condutores que passavam na A43, mas tudo não passou de um susto. n FOTO: LMA
treinar e testar a capacidade de resposta dos agentes da Proteção Civil e dos respetivos mecanismos
FOTO: LMA
Segundo Germano Martins, comandante dos Bombeiros Voluntários de Gondomar (BVG), o exercício serviu para “preparar o pessoal para situações reais”. “A A43 tem muito trânsito e o objetivo é preparar as corporações. As condições não ajudaram, mas é nesta altura que os acidentes ocorrem com mais frequência”, disse o comandante dos BVG. No final o balanço foi positivo. “Infelizmente temos 48 feridos, cinco mortos e dois carbonizados. O acidente ocorreu com um autocarro e cinco veículos ligeiros no sentido Gondomar Este. No sentido oposto ocorreu outro acidente, devido à curiosidade das pessoas, entre quatro ligeiros e um motociclo. Ainda bem que se trata de um exercício”, referiu Germano Martins. A assistir ao simulacro este-
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Sociedade
Marca Gondomar posicionada em 90.º lugar a nível nacional Estudo da empresa Bloom Consulting mediu o valor das marcas dos 308 municípios portugueses e posicionou Gondomar no 90.º lugar geral, a nível nacional. Ao Vivacidade, Carlos Brás, vereador da Câmara de Gondomar, admite que “ainda há muito trabalho a fazer”. Texto: Pedro Santos Ferreira
O ranking “City Brand”, que mede o valor das marcas dos 308 municípios nacionais, coloca as maiores cidades do país nos primeiros lugares e reserva o fundo da tabela para as câmaras dos municípios mais pequenos e do interior. O estudo da empresa Bloom Consulting colocou Gondomar no 90.º lugar da tabela geral, após uma análise nas categorias Negócios (Investimento), Visitar (Turismo) e Viver (talento). Nas três categorias em análise, Gondomar ficou em 79.º lugar em Negócios, 193.º lugar em Turismo e 51º lugar na categoria Vi-
ver. Confrontado pelo Vivacidade com o resultado do estudo, Carlos Brás, vereador responsável p e l o pelouro do Tu-
rism o , admitiu a necessidade de continuar a trabalhar. “O que posso dizer em relação a essa classificação, nomeadamente em relação à transparência e qualidade de vida dos munícipes, é que
ainda há muito caminho para fazer. Queremos melhorar o posicionamento de Gondomar a nível nacional. O vereador da Câmara de Gondomar disse que está a ser feito um trabalho de desenvolvimento económico no município e pediu tempo para o executivo municipal. “É nesse sentido que estamos a trabalhar. Queremos promover o turismo, a divulgação dos nossos produtos de eleição, como a ourivesaria, a gastronomia e a filigrana, e melhorar a transparência e rigor na gestão autárquica”, referiu Carlos Brás.
O ranking foi elaborado através do cruzamento de dados estatísticos como o desemprego, número de hospitais, salário médio, taxa de criminalidade e dormidas turísticas por município. A informação recolhida foi depois comparada com a “comunicação online de cada município: o que comunica e o número de pessoas a quem chega essa informação, tendo por base o site da autarquia e a sua presença nas redes sociais”, segundo Filipe Roquette, diretor-geral da Bloom Consulting. Lisboa ficou em primeiro lugar e o Porto surge na segunda posição. O título de terceira cidade portuguesa foi atribuído a Braga, devido ao trabalho que tem desenvolvido na captação de investimento. n
A classificação de Gondomar: Geral – 90.º Negócios – 79.º Turismo – 193.º Viver – 51.º
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Sociedade
Conselho Eco-Escolas reuniu pela primeira vez o Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 3 O Conselho Eco-Escolas do Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 3 reuniu pela primeira vez a 26 de fevereiro as nove instituições que compõem o grupo, na Escola Secundária de Rio Tinto. Após a reunião em que foram apresentados os resultados de uma auditoria ambiental nos estabelecimentos de ensino, procedeu-se à entrega das bandeiras Eco-Escolas.
Foi sob o lema “Os pequenos é que ensinam os mais novos” que o Conselho Eco-Escolas reuniu, pela primeira vez, as nove instituições que agora compõem o Agrupa-
mento de Escolas de Rio Tinto nº.3, a 26 de fevereiro, no auditório da Escola Secundária de Rio Tinto. A reunião teve como principal objetivo a divulgação dos resultados obtidos numa auditoria ambiental realizada pelos alunos das escolas de Rio Tinto e Baguim do Monte. FOTO: RVC
Entre as principais conclusões do inquérito que contou com a participação de 486 alunos, destacam-se os hábitos de reciclagem doméstica, apagar sempre as luzes antes de sair de casa e a disponibilidade dos alunos em contribuir para campanhas de limpeza nas escolas. No entanto, o Conselho Eco-Escola admitiu a necessidade de fazer “um grande trabalho” de sensibilização ecológica com os alunos. Manter a torneira fechada enquanto lavam os dentes e desligar os aparelhos elétricos nas fichas não são ainda práticas regulares dos alunos. A encerrar a reunião foram entregues as bandeiras Eco-Escolas que irão ser hasteadas nas nove escolas do agrupamento. Represen-
FOTO: RVC
Texto: Pedro Santos Ferreira
tantes da Câmara de Gondomar, Juntas de Freguesia de Rio Tinto e São Pedro da Cova, das Associa-
ções de Pais e da Lipor, também estiveram presentes. n
O Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 3 é composto por: C. Escolar de Baguim do Monte Escola Secundária de Rio Tinto EB 1 Jardim de Infância do Seixo EB 1 Vale Ferreiros EB 2,3 Frei Manuel de Santa Inês
Jardim de Infância do Seixo Jardim de Infância de Baguim do Monte Jardim de Infância do Crasto
Festival de Natação com grande adesão em S. Pedro da Cova Cerca de 800 alunos passaram pela Piscina Municipal de S. Pedro da Cova nos dias 28 de fevereiro e 1 de março, em mais um Festival de Natação, em Gondomar. A iniciativa Festival de Natação na Piscina Municipal de S. Pedro da Cova fica marcada por uma grande adesão dos alunos. No total, cerca de 800 crianças cumpriram dois dias [28 de fevereiro e 1 de março] de atividades ligadas à natação. As provas individuais e coletivas adaptadas aos níveis de aprendizagem e idades dos participantes – desde os seis meses de idade, até às idades seniores – foram realizadas com o objetivo de sensibilizar os alunos para a importância da prática de
atividades aquáticas diversificadas. O Festival de Natação, que conta já com mais de cinco mil aulas ministradas, em múltiplas modalidades, nos sete complexos municipais do concelho, visa ainda o desenvolvimento do associativismo e camaradagem entre todos os intervenientes. Os alunos que consigam reunir potenciais qualidades para integrar a via competitiva nas modalidades aquáticas poderão ser identificados numa fase posterior ao Festival de Natação. n
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Sociedade
Quebra na dádiva de sangue preocupa Associação de Dadores de Sangue de Gondomar Os portugueses estão a contribuir cada vez menos para a dádiva de sangue e Gondomar não foge à regra. A situação preocupa a Associação de Dadores de Sangue de Gondomar que desde 2011 tem vindo registar uma quebra significativa no número de dádivas. Texto: Pedro Santos Ferreira
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De 2011 a 2013, a Associação de Dadores de Sangue de Gondomar (ADSG) perdeu 1151 dadores. A situação é cada vez mais preocupante e segundo Vítor Freitas, presidente
da associação, até agora os números de 2014 “não são animadores”. Ao Vivacidade, o dirigente associativo aponta o fim das isenções nos hospitais para os dadores sem recomendação do centro de saúde, como uma das principais causas para a quebra do número de dadores em Gondomar. “A crise também chegou à dádiva de sangue, s o bre tu d o com o fim da isenção das taxas moderadoras nos hospitais. Há ainda
Na foto: Vítor Freitas, Presidente da ADSG
outro problema relacionado com a emigração, porque os jovens emigram cada vez mais e os portugueses estão a envelhecer”, afirma Vítor Freitas. No entanto, o presidente da ADSG, recorda que ainda há casos de exceção. “Se eu me dirigir a um hospital para dar sangue, com uma recomendação do centro de saúde, tenho na mesma isenção das taxas moderadoras. Só não tenho se for diretamente ao hospital. Nos centros de saúde as isenções continuam”, explica.
Para contrariar a diminuição do número de dadores, Vítor Freitas espera contar com o apoio dos gondomarenses e das instituições de Gondomar nas próximas campanhas de recolha pelas freguesias do concelho. “A Câmara de Gondomar tem dado um grande apoio e cedeu-nos todos os meios que tem à disposição. Agora esperamos inverter esta tendência, até porque os dadores de Gondomar são muito fiéis e por vezes deslocam-se a várias freguesias para dar sangue”, refere. n
Condições para dar sangue: Ter peso igual ou superior a 50kg; Idade entre os 18 e 65 anos, sendo que o limite para a 1.ª dádiva é aos 60 anos; Ser saudável e ter hábitos de vida saudáveis; Intervalo de colheitas para homens de 3 em 3 meses, para as mulheres de 4 em 4 meses;
Próximas colheitas: São Pedro da Cova Escola EB 2/3 São Pedro da Cova 29 e 30 de março – 25 e 26 de outubro Jovim Escola EB 2/3 Jovim 12 e 13 de abril – 11 e 12 de outubro Gondomar (S. Cosme) Pavilhão Multiusos 25, 26 e 27 de abril – 27, 30 e 31 de agosto – 17, 20 e 21 de dezembro Melres Quartel dos bombeiros 3 e 4 de maio – 1 e 2 de novembro Rio Tinto Escola Secundária de Rio Tinto 24 de maio – 15 de novembro
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Sociedade
“A qualidade do café em Portuga
Se pensa que Portugal é um dos maiores consumidores de café da Europa, desengane-se. O consumo per capita de café no nosso país é um em cafés expresso. A tendência do consumo está a mudar e os portugueses consomem cada vez mais expressos de máquina em casa. Pa café em Portugal, a Torrié, em Rio Tinto.
Alexandre Almeida, é o responsável pelo Departamento de Qualidade da marca de café Torrié, sediada e criada nos anos 80 pela mão de José Maria Vieira, em Rio Tinto. As instalações albergam
portante e acabando no segundo maior produtor de café do mundo, Vietname, no Sudeste Asiático, o café chega às portas do armazém de Rio Tinto em duas variedades mundialmente conhecidas, arábica e robusta. A primeira é responsável por 75% da produção mundial e a segunda, apenas por 24%, deixando o restante para outras espécies
com “blends” de altíssima complexidade. Temos “blends” com sete, oito, nove, dez origens e isso significa que sob o ponto de vista sensorial conseguimos ter uma maior riqueza, sob o ponto de vista da segurança alimentar criamos aqui uma divisão e sob o ponto de vista da homogeneidade da qualidade também atingimos um patamar FOTO: PSF
Portugueses bebem menos 35% de café do que a média europeia Mas apesar dos benefícios da bebida quente mais famosa do mundo, os portugueses ficam aquém dos restantes europeus no que toca ao consumo anual de café. “Nós temos a ideia de que em Portugal se toma bastante café, mas é uma ideia completamente diferente da realidade”, explica Alexandre Almeida. Apesar da tendência “estar a mudar”, o consumo per capita em Portugal é de 3,5 a quatro quilos de café por ano. Este valor, na Finlândia, anda à volta dos 12 quilos.
maior”, comenta Alexandre. Café previne Parkinson e Alzheimer A primeira marca de cafés a incluir informação nutricional na embalagem dos seus produtos orgulha-se de ser gondomarense. Nas palavras de Alexandre Almeida, “a Torrié ajuda o consumidor a compreender os constituintes do café e a fazer escolhas alimentares mais saudáveis.” “Sob o ponto de vista da suas características alimentares,
Preço da bebida quente vai aumentar mas não para o dobro
A seca no Brasil traduziu-se numa preocupação para as bolsas de Londres e Nova Iorque. O valor do café disparou e, dizem os especialistas, um incremento do preço para Portugal será inevitável. Contudo, falar de um aumento para o dobro é “um exagero”. “Isto não é novo. Em 2011 tivemos um pico o aumento do preço da matéria prima e na altura, os torrefatores optaram por não aumentar tanto o produto final e sensibilizar os nossos clientes para não o fazer. Obviamente que, se a matéria prima é mais cara terá que haver um incremento [de preço] mas passar para o dobro penso que é exagerado”, considera Alexandre. Para Lourenço Campos, responsável pela parte industrial da empresa e logística [compras], “há sempre alternativas”. “Quem compra café do Brasil neste momento está a pagar muito mais caro do que pagava há um mês atrás”, afirma. Apesar de tudo “O preço de um café em Portugal é dos mais baixos na Europa”. Qualidade cinco estrelas “A qualidade do café em Portugal é altíssima. Varia em função da região. No norte do país temos um tipo de cafés e no sul temos outro. Mas o café expresso português deve ser o melhor café do mundo. Mais do que em Itália”, conta Alexandre Almeida. “Contrariamente aquilo que se pensa, em Itália o café utiliza matéria-prima mais barata do que utilizamos nós”, acrescenta. Que o diga Pedro Guerreiro,
Na foto: Alexandre Ameida, responsável pelo departamento de Qualidade
FOTO: PSF
FOTO: PSF
A colheita do café e os ‘blends’ “O processo da colheita é-nos vedado. Tentamos ir o mais longe possível, até à origem, para tentar acompanhar todo o processo e garantir padrões de qualidade e regularidade”, explica Alexandre Almeida. “Mas para o consumidor isso passa quase tudo ao lado”, acrescenta. O café da marca gondomarense é proveniente de vários países do mundo. Desde a América, com destaque para o Brasil, Colômbia, Guatemala, Nicarágua, Havai e México, passando por África, onde Angola assume agora um papel im-
de café, mais residuais. As duas principais variedades complementam-se e por isso são criadas misturas, conhecidas, na gíria, como “blends” [termo inglês]. Na origem, os cafeeiros são processados normalmente, como numa vinha, e produzem uma baga, conhecida como semente do café, que vai ser depois processada já nas fábricas, em Gondomar. “A diversidade da nossa matéria prima é muito elevada e jogamos com isso. A Torrié trabalha
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todo o processo de produção, torrefação e embalamento do café e o técnico especializado certifica-se de que nada corre mal desde a receção dos sacos de café verde – provenientes dos vários produtores mundiais – até à torrefação propriamente dita e à prova do café.
o café é um produto extremamente interessante porque não tem praticamente nada que faça mal. Nem a cafeína faz mal. Podemos estar ou não com predisposição para a tomar. A cafeína é um estimulante e tem pouquíssima gordura. Tem antioxidantes e disponibiliza-nos energia, prevenindo alguns tipos de doenças, como Parkinson e Alzheimer”, garante o responsável pela qualidade na empresa e co-criador de uma inovação no ramo do café: a ‘Torrié Silver Skin’. Este tipo de café utiliza a “pele de prata” como fonte de antioxidantes, através de um sistema que recupera esta película no processo de torra e têm benefícios no combate ao envelhecimento.
Na foto: Pedro Guerreiro, diretor de Marketing
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Texto: Ricardo Vieira Caldas
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Sociedade
al é altíssima”
m dos mais baixos da Europa. Mas a qualidade, ninguém a tira, segundo os especialistas, e aí Portugal está entre os melhores do mundo, ara perceber como se encontra o mercado do café nos dias de hoje, o Vivacidade visitou as instalações de uma das maiores empresas de
“
O valor do café disparou e, dizem os especialistas, um incremento do preço para Por-
tugal será inevitável. Contudo, falar de um aumento para o dobro é “um exagero”.
diretor de Marketing da Torrié, que explica que a marca portuguesa é a que detém “mais prémios associados ao sabor e qualidade” no país. ‘Escolha do Consumidor 2014’, na categoria café em cápsula, dois ‘Superior Taste Award’, pelo ITQI - International Taste & Quality Institute - e ‘Sabor do Ano’, pela sexta vez consecutiva, entre outros prémios nacionais e internacionais. O futuro, garante o diretor, passa pela “adaptação do nosso produto aos mercados” onde atuam, pelo aumento da exportação [25% do que se produz já é exportado] e trabalhar a marca pela “diferenciação”.
FOTO: PSF FOTO: PSF
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Na foto: Pedro Ribeiro, responsável pelo laboratório da Torrié
Cafés para todos os gostos O mercado está a mudar, garantem os funcionários da marca de Gondomar e por isso é necessário inovar. Café biológico, em cápsula, café em pastilha, café moído, café em grão e até funcionais, com a linha para saúde ‘Live It Well’. Já existe um pouco de tudo e a empresa de Rio Tinto que detém já oito filiais no país e empresas criadas de raiz em Espanha, Canada e Estados Unidos promete “não parar de inovar”. n PUB.
Consumo doméstico aumentou exponencialmente Segundo a consultora Kantar Wordpanel, em 2013, as cápsulas de café já entraram em metade das casas em Portugal. Para o técnico da empresa gondomarense responsável pela qualidade, hoje já se “mudou a forma como se toma café. Passou a tomar-se café expresso, de máquina e mudaram também os blends.” Lourenço Campos também
rante todo o ano recolhemos amostras dos vários fornecedores e de várias qualidades para investigar a qualidade do café. Temos o que chamamos a biblioteca do café, com várias caixinhas em que guardamos amostras de café verde e temos um histórico que nos permite consultar sempre que quisermos as várias qualidades de café”, esclarece. São processos “complexos e demorados” na opinião do engenheiro mas tudo tem que ser analisado, até “amostras de pré-embarque”, antes do carregamento de café para Portugal. Quanto à tendência do consumo de café para dentro de casa, os especialistas confessam que a qualidade não é a mesma da
pensa o mesmo. “Temos vindo a notar uma transferência clara do negócio do canal Horeca [Hotéis, Restaurantes e Cafés] para o doméstico”, afirma. Por isso mesmo, em Rio Tinto, a empresa já se adaptou nos últimos anos e criou uma nova gama de cápsulas compatíveis com ‘Nespresso’. Através de máquinas “topo de gama”, em média, produzem-se na Torrié 60 caixas de 10 cápsulas por minuto. Cada cápsula hermética contém 5 gramas de café e todo o processo é observado antes e depois pelo laboratório que se certifica da qualidade dos produtos. O “objetivo do controlo da qualidade é fazer o acompanhamento do processo de compra do café verde, seleção de origens e fornecedores, prospecção de novos mercados e produtos no que toca à matéria prima, acompanhamento do processo de controlo de qualidade desde o café às embalagens e investigação e desenvolvimento de novos produtos”, explica Alexandre. Pedro Ribeiro trabalha diariamente no laboratório e analisa e classifica as amostras de venda. “Du-
do café tomado no canal Horeca mas “tem vindo a aumentar”. “A qualidade do café em cápsula tem a ver com o “blend” que chega ao cliente mas acima de tudo com os equipamentos e a afinação dos mesmos. Eu com os mesmos grãos de café consigo produzir um café muito bom e um café muito mau”, elucida o técnico.
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Sociedade
Faleceu escritora e historiadora Fina D’Armada
Projeto ‘100 mil árvores na Área Metropolitana do Porto’ passou pela Foz do Sousa
Josefina Teresa Fernandes Moreira, mais conhecida como Fina D’Armada, faleceu a 7 de março, em Rio Tinto, vítima de doença prolongada. FOTO: DR
2005 o prémio “Mulher Investigação Carolina Michaëlis de Vasconcelos”. A escritora faleceu a 7 de março, em Rio Tinto, vítima de doença prolongada. “A morte de Fina D’Armada é uma perda irreparável que ensombra de tristeza o município”, referiu Luís Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara de Gondomar e vereador da Cultura, em comunicado. A 6 de julho de 2013 os presidentes das Juntas de Freguesia de Baguim do Monte e Rio Tinto [na altura Nuno Coelho e Marco Martins, respetivamente] homenagearam a escritora no âmbito do XVIII Aniversário da Cidade de Rio Tinto. n
Plantar 100 mil árvores na Área Metropolitana do Porto (AMP). É este o objetivo da iniciativa promovida pelo Centro Regional de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável da Área Metropolitana do Porto (CRE Porto). A terceira época de plantação do Projeto 100 000 Árvores na AMP realizou-se na Foz do Sousa a 8 de março. Cerca de 70 voluntários - número recorde de participação – de todas as faixas etárias participaram na plantação. No final do dia o balanço foi positivo e a meta de plantação de 500 árvores autóctones, entre Acer e Carvalhos, foi atingida. O CRE Porto teve a colaboração da Câmara Municipal de Gondomar e da Portucalea – Associação Florestal do Grande Porto. José Fernando Moreira, vereador responsável pelo
FOTO: DR
Nasceu em Riba de Âncora, em 1945, mas cedo adotou Rio Tinto como a sua segunda terra. Licenciada em História pela Universidade do Porto, em 1970, Josefina Moreira foi bolseira pelo Instituto Nacional de Investigação Científica e escreveu sobre a história das mulheres. Com mestrado em “Estudos sobre as Mulheres” da Universidade Aberta de Lisboa, Fina D’Armada - como era conhecida – cedo começou a escrever. Aos 16 anos estreia-se no jornal “Aurora do Lima”, de Viana do Castelo, mas é no “Jornal de Notícias” que se destaca, entre 1969 e 1984. De 1987 a 1991 e de 1995 a 1999, escreveu várias crónicas semanais no jornal “O Comércio do Porto” e ainda oito artigos sobre “As mulheres e as Descobertas” na revista do Expresso, entre 1994 e 1998. Fina D’Armada deixa assim um total de 1017 artigos publicados em 28 periódicos nacionais e estrangeiros, 10 obras individuais e 30 em coautoria. O livro “Mulheres Navegantes no tempo de Vasco da Gama” recebeu em
A Câmara Municipal de Gondomar, o CRE Porto e a Portucalea uniram-se a 8 de março na Foz do Sousa, no âmbito do Projeto 100 000 Árvores. A iniciativa teve um recorde de participação com 70 voluntários de todas as idades.
pelouro do Ambiente e Serviços Urbanos, também participou na plantação. As árvores plantadas são provenientes do programa Floresta Comum. n
‘TLT Express’ regressa ao Porto em março
Iniciativa pretende orientar desempregados na criação de negócios Organizado pela SAPANA.org, uma Organização Não Governamental para o Desenvolvimento que trabalha em Portugal e na Índia, o ‘TLT Express’ (Talentos em Livre Trânsito) regressa este mês à cidade do Porto. O grande objetivo é fomentar o autoconhecimento, automotivação, definição de objetivos e planos de ação que facilmente são aplicáveis nos desafios que a procura de emprego e criação de negócio apresentam. Os resultados apurados sobre as oito edi-
vimento Pessoal, Workshops aplicados às necessidades dos seus participantes, Empregabilidade e Empreendedorismo [Criação de Negócio]. As inscrições são online e no website da instituição.
ções realizadas em 2012 e 2013, revelam que 67% dos seus 85 participantes, regressaram à vida ativa, dos quais 19% optaram por criar o seu próprio emprego. n
FOTO: DR
O programa promove a empregabilidade, concentrando-se na capacitação do indivíduo no seu todo, com especial enfoque na procura de emprego. De 24 a 29 de março, 9h30 às 18h, o TLT Express divide-se em quatro blocos – Desenvol-
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Cultura: Entrevista a Zé Carvalho
Do fado ao rockabilly com raízes em Go
Nascido em Baguim do Monte, José Carvalho ou Zé Carvalho – como é conhecido – trabalhou na construção civil e foi taxista mas é pelo f população de Baguim do Monte “o respeita muito”. Já os The Dixie Boys andam na estrada desde 1994. A banda de rockabilly dos anos 50 contam com quatro álbuns editados e atualmente ensaiam na casa do vocalista Ricardo Prazeres, em Valbom. O Vivacidade esteve à conv Texto: Ricardo Vieira Caldas
dois primeiros fados ainda vou a tremer.
mas vai disfarçada. Que canções destaca do seu repor-
Há um artista que conheço que tem que dizer. Mas eu tenho muito
Mesmo depois de todos estes anos ainda se sente nervoso? Sinto, é o sentido de responsabilidade.
tório? Não sei se consigo destacar porque o público gosta de qualquer um dos fados que eu canto. Mas há um que é a base fundamental que é a “Casa Importante” e na maior parte dos casos começo logo com esse fado que abre o sorriso ao público. Tenho que estudar o público.
respeito pelas crianças e procuro não cantar com piadas agressivas.
Ó minha querida Elisa Se ainda vives sozinha Nem que eu fique sem camisa Volta outra vez a ser minha E se amas mais algum Nisso não há desavença É mais um menos um A mim nem me faz diferença Acho até bem melhor o negócio Pois dá bem mais regalia Mas q’ importa meu amor ter um sócio Só p’ra ter a escrita em dia Não se rala como vês
Quando é que o fado entrou para a sua vida? Comecei a brincar no Largo de S. Brás, quando se faziam festas e cortejos para o Centro Paroquial. Participei em várias, inclusivamente, vestido de palhaço em festas para crianças. E numa dessas festas houve um senhor que me disse: “Quero contratá-lo para o dia 4 de novembro [de 1978] porque vou inaugurar um restaurante em S. Pedro da Cova.” Eu disse que estava a cantar mas não era fadista. Esse foi o meu primeiro espetáculo. Depois, pensava que não ia continuar mas a malta começou a puxar por mim e então dediquei-me um bocadinho e continuei.
Este pobre que te ama Vem tu e ele que os três Cabemos na mesma cama De haver pega ou discussão Escusas de ter receio Porque é só uma questão
Até p’ra não dar salsada
Sente também a responsabilidade de fazer rir o seu público? Sim, também gozo isso. O pessoal precisa de se rir.
FOTO: PSF
De te deitares sempre ao meio
Foi a voz ou o humor que o ajudaram a lançar a carreira? Foi a voz, porque comecei com um reportório do Neca Rafael e a minha voz parecia-se com a dele. E havia uma certa parecença na voz. Mas foi um pouco de tudo, o humor também e continuei sempre com esse tipo de fado.
FOTO: PSF
Querida Elisa
O Zé Carvalho, em Lisboa, tinha mais hipóteses? Sim, tinha com certeza.
Vamos isto repartir P’ra mim viraste acordada Depois p’ra ele a dormir Metadinha do teu corpo é meu A outra metade é dele P’ra caricias e meiguices sou eu
E o fado, como se encontra na sua opinião? Mau. Os artistas que fazem grande gabarito nos espetáculos são sempre os mesmos. Os fadistas credenciados de Lisboa. Tenho pena de não ter posição para poder subir mais um bocadinho.
Porquê o fado humorístico? Já gostava da pessoa que, naquele tempo, comecei a imitar. Dava-lhe um valor fora de série e ganhei mais tarde minimamente um pouco desse valor.
E nunca pensou em ir para lá? Não, não gosto. Sou um ferrenho nortenho! Sou muito dado ao meu norte. (risos)
E p’rós vestidos é ele
Não terás impertinência Uma sociedade assim Nunca chega a abrir falência
Interpretação de: Zé Carvalho Autoria de Neca Rafael
Nunca considerou o fado como um estilo de música triste? Nos anos 60 e 70 chamávamos o ‘fado da desgraçadinha’ mas agora não. Há fados bonitos. Temos autores portuenses com fados lindos. Considera-se uma figura nacional, com um estilo próprio definido? Sim. Quem é que não tem um bocadinho de vaidade naquilo que está a fazer? Sinto alguma responsabilidade porque normalmente sou o artista principal convidado e nos
Zé Carvalho usa o humor para cantar o que mais gosta, o fado
V
Tudo bem visto por fim
Continua fiel ao Neca Rafael? Sim, o primeiro fado que canto é sempre do Neca Rafael. Não aparece mais ninguém para cantar como ele e às vezes ainda o imito. O que procura incluir nas suas composições originais? Há coisas que eu não quero nunca abordar nas minhas canções – a política e pornografia. Pode haver uma segunda intenção numa frase
As suas atuações percorrem mais o norte do país? Sim, mas já fui para todo o lado, inclusive para o Alentejo. Mas gozo de muita reputação na zona de Braga e Famalicão. As pessoas pedem-me para dizer asneiras e tal mas eu procuro não as proferir. Acha que hoje em dia é necessário dizer palavrões para ter piada?
Uma das suas principais características em palco é a sua vestimenta... É. Com os espetáculos aprendi que a indumentária é logo meio artista. Está com algum trabalho em curso? Estou a preparar uma gravação com o máximo de inéditos de outros autores. Neste momento estou em negociações. n
VIVACIDADE MARÇO 2014 19
Cultura: Entrevista aos The Dixies Boys
ondomar
fado que é reconhecido. Não é um fado comum. É o fado com humor. Tem até à data três gravações e diz que se sente “regozijado” porque a 0 já teve várias formações mas, segundo Rui Ferreira, compositor e contrabaixo, esta é a “melhor formação” da banda. Os The Dixie Boys versa com três dos quatro membros do grupo.
O Fernando e o Rui fazem parte da formação inicial dos The Dixie Boys. Como é que surgiu a ideia de fazer uma banda de rockabilly, a tocar músicas dos anos 50? Fernando Pereira (FP) – Foi em 1993, depois de assistirmos a um concerto de uma banda no Porto. Eu e o Rui éramos amigos e achamos porreiro fazer uma banda. Já gostávamos de rockabilly e começamos a ter aulas de música para começar a tocar. Porque é que optaram por esse género musical? FP – Na altura gostávamos de rockabilly e decidimos tocar esse género. Estava na moda. Porquê o nome “The Dixie Boys”? FP – Pensamos em Dixie, a terra prometida, no sul dos Estados Unidos, onde nasceu muita da influência da música que está presente no rockabilly e foi a melhor opção. Hoje já não somos tão “boys”, já somos uns Dixie Sir’s (risos). Mas há uma banda de Sintra com o mesmo nome que o vosso... Rui Ferreira (RF) – Em 2003, nós estávamos numa fase de inter-
regno e apareceu uma banda de jazz, em Sintra, com o nome Dixie Boys. A Câmara da Maia chegou a promover um concerto deles com uma fotografia nossa. Os nossos fãs não acharam muita piada, mas faz parte do passado. Em 1994, começam os vossos concertos. Como era a reação do público? RF – Já era brutal. Desde sempre tivemos uma legião de fãs atrás de nós que nos seguiam para todo o lado. E, em 1997, sai o vosso primeiro álbum “For Last”. Foi uma edição de autor exclusiva para os colecionadores. Como descrevem esse primeiro trabalho? RF – O “For Last” foi um disco que surgiu depois de termos participado numa coletânea com quatro bandas do Norte e quatro bandas do Sul, chamada “Portugal Rocker’s”. Nós fomos a banda escolhida para gravar um disco e esse disco foi o “For Last”. Após esse primeiro trabalho a banda tem uma paragem de seis anos. No entanto, ainda chegaram a dar alguns concertos pelo meio... FP – Fazíamos concertos pontuais, a convite de amigos. Mas foi FOTO: LMA
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Na foto: Fernando Pereira (guitarrista), Ricardo Prazeres (vocalista) e Rui Ferreira (contrabaixista). Mário Cunha (baterista) não esteve presente na entrevista
FOTO: LMA
Texto: Pedro Santos Ferreira
uma fase em que nos dedicamos mais a projetos pessoais. Começamos a casar e a dedicar mais tempo à família, mas depois sentimos que podíamos regressar. Foi nessa altura que entrou o Ricardo e o Mário e esta é a melhor formação dos The Dixie Boys. Como é que o Ricardo entrou para a banda? Ricardo Prazeres (RP) – Eu conheci os The Dixie Boys numa homenagem ao Elvis. Eu também tinha uma banda e nesse dia também fomos tocar. Eu fiquei entusiasmado com a banda e depois recebi um telefonema do Rui a convidar-me para o projeto. RF – O Ricardo é hoje a voz da banda, mas nós funcionámos sempre como coletivo. O segundo álbum, o “Rock in Storm” (2008), é um renascer da banda? RF – Completamente. É um álbum que teve três edições esgotadas e apesar de ainda nos pedirem o disco, já não temos mais (risos). Foi um trabalho que nos abriu
o mercado e surgiu a proposta da editora “Raging Planet”, em 2010. Mas em 2009 a banda tem outro momento marcante. Apareceram num anúncio de uma conhecida marca de cerveja. Teve impacto no sucesso da banda? RP – Fomos convidados para fazer esse anúncio e foi muito b o m para nós.
Sentimos esse impac-
recobalho.
t o e as pessoas nheciam o nosso tra-
Com os últimos trabalhos – EP “Mean Mean Gal” (2010) e “50’s Special” (2013) – surgiram novas oportunidades para a banda na Europa? RF – Sem dúvida. Passamos a ter convites para concertos em vários países da Europa e são trabalhos que traduzem a nossa imagem. Contudo vocês assumem que são uma banda que prefere o palco? RF – Nós caracterizamo-nos pela nossa energia em palco. Nunca vamos conseguir passar isso para um disco. FP – Só quem nos vê é que percebe. Até porque levamos o visual dos anos 50 para as atuações ao vivo. Atualmente ensaiam no Centro Comercial Stop, no Porto, mas o estúdio da banda é em Valbom. Já foi pensado um concerto em Gondomar? RF – Nós voltamos em 2005, graças ao estúdio em Valbom, na casa do Ricardo. Quanto ao concerto, de facto já fazia sentido haver uma atuação nossa em Gondomar. Estamos disponíveis. Os The Dixie Boys completam 20 anos em 2014. Que balanço fazem deste percurso? RF – Este projeto é muito recompensador. O Ricardo só tem 10 anos de banda, mas com ele já vivemos momentos impressionantes. n
20 VIVACIDADE MARÇO 2014
Sociedade
ADIRT quer desenvolver Rio Tinto
Escritor António Mota recebido pela Comunidade de Leitores
Nasceu a 7 de março a Associação para o Desenvolvimento de Rio Tinto. A coletividade que tem como principal objetivo desenvolver a freguesia, foi constituída em Assembleia Geral, em sede provisória. FOTO: DR
esclarece Maria José Guimarães. A ADIRT propõe-se a promover a integração socioeconómica de grupos desfavorecidos, projetos facilitadores do envelhecimento ativo e a incentivar a população juvenil a uma participação ativa na sociedade. n
As histórias de vida, a infância, a carreira como professor e o processo criativo foram alguns dos temas abordados por António Mota na Comunidade de Leitores 2014. O escritor baionense, autor de livros de literatura infanto-juvenil, conversou com os leitores e não esqueceu as raízes, o amor à terra natal e à família, que considerou ser a base para a construção das suas histórias. A sessão foi animada e contou com a participação dos leitores presentes. O livro que serviu de pretexto para a tertúlia com os leitores foi “A Casa das Bengalas”, vencedor do prémio António Botto, em 1996. A obra escrita há 18 anos, relata a história de uma família de três gerações e descreve a solidão e as consequências do envelhecimento de um homem que vive numa
aldeia do interior do país e que acaba por entrar num lar. “Gosto de escrever histórias que tenham um coração a pulsar”, admitiu António Mota no final da sessão. No dia 2 de abril a Comunidade de Leitores 2014 irá receber Fátima Vieira, na iniciativa organizada pela BiFOTO: DR
É através da cooperação, solidariedade e cidadania que a Associação para o Desenvolvimento de Rio Tinto (ADIRT) quer ajudar a desenvolver a freguesia. Formada por um grupo de cidadãos, a nova associação foi constituída a 7 de março, em Assembleia Geral, na sua sede provisória. Seguiu-se um jantar convívio entre os associados onde tomaram posse os Órgãos Sociais da ADIRT. Em comunicado, Maria José Guimarães, presidente da direção, realça os objetivos da ADIRT. “A associação quer melhorar a qualidade de vida dos riotintenses, dos movimentos sociais, culturais e de defesa e divulgação do nosso património e ambiente. É portanto numa associação focada na harmonia e nos afetos que queremos criar âncoras para a vida dos nossos conterrâneos”,
O escritor António Mota, autor de livros infantis “Pedro Alecrim” e “O Rapaz de Louredo”, esteve à conversa com a Comunidade de Leitores 2014 no dia 5 de março, na Biblioteca Municipal de Gondomar. António Mota recordou a sua infância e explicou o processo criativo aos leitores.
blioteca Municipal de Gondomar, que se irá prolongar até ao dia 11 de junho com vários convidados. n
22 VIVACIDADE MARÇO 2014
Cultura
Festa do Sável e da Lampreia na ramp
O sável e a lampreia foram uma vez mais rei e rainha da festa gastronómica de Gondomar. Pelo vigésimo terceiro ano consecutivo, as igua uma nova aposta turística: um percurso turístico gratuito pelas ruas de Gondomar.
A 5 de março, o Auditório Municipal de Gondomar recebeu mais um Concurso de Sável Frito e da Lampreia à Bordalesa, inse-
rido na XXIII ‘Festa do Sável e da Lampreia’. Quase duas dezenas de restaurantes submeteram as suas iguarias a um júri técnico e convidado, que classificou os pratos apresentados de 1 a 10. No final do dia os vencedores iriam ser revelados. A gastronomia foi, na
verdade, o ponto comum da culinária, da cultura, das tradições e dos saberes das gentes do concelho. Mas o ponto alto da já famosa ‘Festa do Sável e da Lampreia’ foi o 10.º Fim-de-Semana Gastronómico de Gondomar um “importante FOTO: DR
“Estrelas do Douro”, no Sável, e “Choupal dos Melros”, na Lampreia, fo
No dia 5 de março, realizou-se o Concurso de “Sável Frito” e da “Lampreia à Bordalesa”, no A Douro”, na categoria “Sável Frito”, e “Choupal dos Melros”, na categoria “Lampreia à Bordale
FOTO: RVC
Inserido na XXIII “Festa do Sável e da Lampreia”, o Concurso de “Sável Frito” e da “Lampreia à Bordalesa” elegeu os três melhores pratos nas duas categorias postas à prova. A prova cega do júri realizou-se durante o almoço, no Auditório Municipal de Gondomar, no dia 5 de março. Os 18 re s t au rantes e m concurso submeteram as suas iguarias a um conjunto de jurados técnicos e convidados, que
classificou os pratos apresentados de um a dez. No final, na categoria “Sável Frito”, o vencedor foi o restaurante “Estrelas do Douro” (Foz do Sousa), seguido do “Margem Douro” (Gondomar) e do “El Touro” (Jovim). Para Daniel Lima, proprietário do restaurante “Estrelas
do Douro”, o galardão “é sempre interessante”. “Com este já são 14 prémios, no total. O restaurante está aberto há 18 anos e fui sempre habituado a participar neste concurso”, diz Daniel Lima. Quanto ao segredo para obter o melhor sável frito, o empresário admite que este nunca
Da esquerda para a direita: Daniel Lima, do “Estrelas do Douro” (1.º lugar no Sável e 3.º na Lampreia); Fernando Santos, do “Ma Neves, do “Choupal dos Melros” (1.º lugar na Lampreia); Constança Cardoso, do “Cantinho das Manas” (2.º lugar da Lampreia)
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Texto: Ricardo Vieira Caldas Pedro Santos Ferreira
VIVACIDADE MARÇO 2014 23
Cultura
pa da aposta turística de Gondomar
arias do concelho estiveram à prova e foram premiadas. Este ano, contudo, o destaque foi para o 10.º Fim-de-Semana Gastronómico com
oram os vencedores do concurso gastronómico
Auditório Municipal de Gondomar. Os restaurantes “Estrelas do esa”, foram os vencedores da prova cega. ceita secreta. A qualidade do prato passa também pela escolha da lampreia e um bom vinho a acompanhar também ajuda muito”, confessa Gil Neves, proprietário do “Choupal dos Melros”. O dono do estabelecimento admite que o prémio “é uma prova de exigência”, mas espera repetir a participação no concurso no próximo ano. Todos os restaurantes participantes receberam diplomas alusivos ao concurso. n
argem D’Ouro” (2.º lugar no Sável); Natalino Sousa, do “El Touro” (3.º lugar no Sável); Gil
acrescentou. “É a primeira vez que há circuitos turísticos dentro da cidade de Gondomar e o objetivo é divulgar os nossos monumentos e locais de interesse”, referiu ainda FOTO: RVC
deve ser revelado. Na categoria “Lampreia à Bordalesa”, o “Choupal dos Melros” (Fânzeres) levou a melhor, superando o “Cantinho das Manas” (Gondomar) e o “Estrelas do Douro”. “A persistência e a aposta no bom material, nos bons ingredientes e nas boas mãos são a re-
viam os pratos do concurso e da animação com esta edição contou com uma novidade para o concelho. O segundo dia teve como principal atração um circuito turístico pelas ruas de Gondomar, oferecido aos visitantes do certame, com organização da Câmara e da empresa Douro Azul. Para o vereador do Turismo da Câmara Municipal de Gondomar, Carlos Brás, “este circuito turístico foi elaborado com o objetivo de dar a conhecer a quem visita Gondomar, três facetas do concelho: o Multiusos e o Centro Histórico da cidade, a bonita paisagem da marginal junto ao rio Douro e as novas acessibilidades.” “Por isso é que o autocarro foi pela autoestrada, para mostrar às pessoas que é fácil e rápido chegar a Gondomar”,
FOTO: RVC
contributo na afirmação nacional de um município que valoriza a sua herança gastronómica de gerações de cozinheiros que apuraram com sabedoria os sabores do rio Douro”, segundo a Câmara Municipal de Gondomar. Para além dos restaurantes expositores que ser-
o autarca ao Vivacidade. Quanto à colaboração com a Douro Azul, o vereador explicou que “a Câmara Municipal está interessada em colaborar com todos os agentes turísticos que operam no rio Douro.” “Obviamente que a Douro Azul por ter uma posição dominante no mercado, será um interlocutor e um parceiro privilegiado mas temos contacto com outras empresas”, mencionou. Para a Câmara de Gondomar, “o turismo gastronómico representa uma alavanca de sucesso enquanto oferta turística que, em Gondomar, tem como pilar um património rico, variado e original, capaz de motivar os visitantes a selecionarem o nosso Município, fidelizando-se à excelência da nossa gastronomia.” n
24 VIVACIDADE MARÇO 2014
Destaque
Mau tempo alterou planos para
Chuva, ventos fortes e algum frio. Foram estas as características do carnaval um pouco por todo o país e Gondomar não fugiu à regra. tempo ‘trocou-lhes as voltas’ e obrigou ao cancelamento de desfiles e alterações de última hora. Ainda assim, o Carnaval festejou-se em
Nuno Fonseca nem queria a c r e d i t a r. Todo o trabalho que envolveu para a preparação do maior desfile de C a r n av a l de Gond om ar, com 2400 crianças, 300 1. acompanhantes e 50 funcionários da Junta de Freguesia de Rio Tinto tinha sido em vão. O presidente da Junta mais populosa de Gondomar estava a pé desde as 6h da manhã mas o vento e o frio 2. trouxeram más notícias, o cancelamento do desfile. Ainda assim, o autarca está convicto de que “foi a decisão mais acertada”. “O desfile de Carnaval que estava agendado para hoje, foi cancelado após a recusa de participação da maioria das escolas, devido à ameaça de chuva e do frio que se fazia sentir”, lia-se no comunicado enviado pela Junta, por email. “Lamentamos profun-
tempo e a chuva, compreendendo a frustração de todos os que se disponibilizaram previamente”, constava igualmente o documento. O desfile organizado pela Junta de Rio Tinto em conjunto com todas as escolas
da freguesia e o Centro Paroquial de Rio Tinto contaria com um contingente policial com mais
de duas dezenas de agentes da PSP, bem como um lanche preparado para todas as crianças, engloban-
pêndio de recursos quer humanos quer financeiros.” Em Fânzeres o desfile prosseguiu, de acordo com a tradição Ao mesmo tempo que o desfile de Rio Tinto era cancelado, o de Fânzeres começava por ordem da União das Freguesias de Fânzeres e S. Pedro da Cova. Pouco passava das 10h e cerca de um milhar de crianças das escolas e jardins de infância de Fânzeres partiam do Largo da Costa, com destino ao Centro Republicano e Democrático de Fânzeres. Vestidas a rigor e exibindo as suas fantasias de carnaval, vários ‘homens-aranha’, princesas, palhaços e outros bonecos e super-heróis percorreram as principais artérias de Fânzeres deixando uma marca de confetes e serpentinas no asfalto. O presidente da União das Freguesias explicou ao Vivacidade a importância do desfile para Fânzeres. “As crianças também têm que sair da escola. É importante saírem do seu espaço e virem para a rua. O carnaval é uma boa oportunidade para que isso
Em Baguim do Monte o Cortejo carnavalesco contou com cerca de 800 crianças
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Texto: Ricardo Vieira Caldas
Legenda: 1. 2. 3. 4. 5.
Desfile em Fânzeres Desfile em Fânzeres Desfile em São Pedro da Cova Baile de Carnaval na Universidade Sénior de Gondomar Desfile em São Pedro da Cova
aconteça, porque transmite alegria, animação. Decidimos alterar algumas normas da organização desta iniciativa. Estávamos com medo do tempo mas temos que fazer um agradecimento especial ao S. Pedro”, afirmou em tom de brincadeira.
4. 5.
3.
damente esta situação, totalmente alheia, em que o único responsável é o
do, segundo a Junta, “um enorme dis-
Daniel Vieira considerou este desfile como “uma boa iniciativa”, já que, na sua opinião é necessário “preservar as tradições”. “Em Fânzeres havia uma tradição de envolvimento das escolas, por isso envolvemo-las. Em S. Pedro da Cova há outras tradições, designadamente ao nível do associativismo popular
VIVACIDADE MARÇO 2014 25
Destaque
o carnaval gondomarense
De 28 de fevereiro a 4 de março, as associações, escolas e outras instituições do concelho planearam com antecedência o Entrudo mas o m várias freguesias de Gondomar. 9.
ciação Social Recreativa e Cultural Bem Fazer Vai Avante, o desfile partiu ao mesmo tempo Associação Recreativa Desportiva e Cultural da Mó e da Associação Recreativa Cultural e Desportiva de Vila Verde. O objetivo foi convergirem no Edifício da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova.
6. Carnaval em Baguim do Monte 7. Carnaval em Baguim do Monte 8. Enterro do João em Rio Tinto 9. Enterro do João em São Pedro da Cova
Pedro da Cova, a tradição também foi seguida mas com algumas modificações. O Corso Carnavalesco manteve-se, apesar da chuva que teimava em cair no dia 4 de março. Às 14h30, este ano, o cortejo contou com mais duas associações de S. Pedro. Para além de sair da Asso6.
e é isso que vamos fazer. Temos que respeitar as tradições e as características de cada uma das freguesias. Não vamos uniformizar todos os procedimentos”, referiu. S. Pedro da Cova desfilou à chuva No lado oposto da União, em S.
Baguim do Monte abrigou-se mas avançou com o cortejo A Junta de Freguesia de Baguim do Monte começou bem cedo a transportar as crianças dos Jardins de Infância e EB1 de Baguim, em autocarro, até à escola E.B. 2,3 Frei Manuel de Santa Inês, onde todas estiveram concentradas no pavilhão da escola, abrigadas do frio e 8. da chuva que ameaçava cair mas não caiu. Por volta das 10h30 deu-se início ao desfile que seguiu pela Rua Monte Branco, travessa Monte Branco, Largo de S. Brás, Rua do Outeiro, Rua do Baixinho e Rua D. António Barroso. Mais de 800 crianças envolvidas, professores, pessoal não docente, Associações de Pais, pais e familiares compuseram
uma moldura humana de cerca de 1200 pessoas. Segundo Nuno Coelho, presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, estiveram ainda presentes no cortejo mais
duma dezena de agentes da PSP, duas carrinhas com funcionários da Junta e três palhaços para animação. Houve ainda direito a um palco montado ao lado da autar-
E.B.2,3 até à junta de Freguesia”, garante o presidente. O João foi enterrado em Rio Tinto e S. Pedro da Cova A Banda S. Cristóvão de Rio Tinto chorou a morte do João que deixou para trás uma viúva, amantes e admiradoras. Um homem com certas “qualidades” que foi recordado no seu enterro, na sede da associação. A tradição cumpriu-se este ano com a presença e colaboração de membros e sócios do Grupo Dramático Beneficente de Rio Tinto que interpretaram as personagens. Em São Pedro da Cova, a Associação Social .R .C .B .F .Vai Avante enterrou o João que morreu vítima de um
7.
quia com música alusiva à festa. “Para o próximo ano o cortejo será feito pela estrada principal, ou seja pela Rua D. António Castro Meireles, desde a escola
“AVS no meio das pernas”, segundo fonte próxima da viúva, que não pode comparecer ao funeral porque “estava de férias na Guiné”. n
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Destaque
Pavilhão Multiusos recebeu festas de Carnaval para todos os gostos O Multiusos de Gondomar não deixou escapar a festa do Carnaval. Nos dias 1 e 3 de março o pavilhão recebeu três eventos distintos que levaram milhares de pessoas àquele espaço.
A maior sala de espetáculos de Gondomar foi palco de várias
ta interessante num local histórico em termos de erotismo e aproveitamos esta época para tentar fazer um Carnaval mais erótico”, disse o produtor Francisco Freixinho. O empresário mostrou-se satis-
fazer neste tipo de eventos. Este foi o nosso primeiro ano mas tencionámos repetir o evento, até porque o nosso objetivo é fazer carnavais fora de época”, promete. FOTO: PSF
feito com a participação do público e destacou a aposta arrojada no Carnaval Erótico em Gondomar. “Tivemos aqui cerca de 40 DJ’s a passar música, o que não é fácil de
Festa de estudantes e danças de salão dividiram Multiusos No dia 3 de março a festa continuou com mais dois eventos. O Show Carnaval Dançante, organizado pela Academia Ritmo das Formas de Gondomar, juntou centenas de pessoas na Sala D’Ouro do Multiusos. A música ao vivo da banda Dumários animou a noite e vários casais preencheram a pista de dança. “Este é o nosso espetáculo anual e este ano calhou no Carnaval, por isso decidimos juntar o útil ao agradável”, afirma António Xavier, responsável pela academia gondomarense. A festa contou com a presença do diretor nacional da Ritmo das Formas, que realçou a importância da dança. “Em Gondomar organizamos vários eventos idênticos a este e é uma forma de promover a dança e de a fazer chegar aos gondomarenses”, diz André Vieira, diretor da academia. José António Macedo, presidente da União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim, também esteve presente e considerou positiva a iniciativa carnavalesca. “Vale a pena colabo-
FOTO: DR/Zé Pedro Correia
FOTO: PSF
rar com este tipo de eventos com a participação de pessoas de várias gerações. O Multiusos é excelente para este tipo de atividades”, explicou o autarca ao Vivacidade. “Tudo o que seja divulgação do desporto, através das danças de salão, neste caso, será sempre apoiado pela Câmara de Gondomar”, disse Sandra Brandão, vereadora do exe-
cutivo municipal. Paredes meias com as danças de salão realizou-se a High School Carnaval Party, na nave central do pavilhão. Centenas de estudantes do ensino secundário com mais de 16 anos, assistiram às atuações dos DJ’s Hallux Makenzo, Diogo Morais, João Monteiro, Tiago Brandão, entre outros. n FOTO: RVC
FOTO: PSF
iniciativas de Carnaval. No dia 1 de março, o erotismo regressou ao concelho através do Carnaval Erótico com muita sensualidade à mistura. As portas do Multiusos abriram às 16h mas a festa só começou quando já passavam das 21h. Os mais tímidos chegavam mascarados e os menos carnavalescos apresentavam-se sem máscaras. O evento - com o músico Nelson Freitas como cabeça de cartaz contou com a presença de mais de 100 animadores e bailarinas de strip e dividiu-se em dois espaços: uma pista de dança aberta e as lojas de produtos eróticos do Porto e de Gondomar, à volta da fileira. “Achamos que esta era uma fes-
FOTO: DR/Zé Pedro Correia
Texto: Pedro Santos Ferreira
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Política
Gondomar tem nova marca João Rocha foi o vencedor do concurso público para a nova logomarca de Gondomar. O designer de comunicação da empresa Criação Livre, de Espinho, ficou satisfeito por ficar na história do concelho. município”. “A nova marca é uma imagem do século XXI, a anterior era do século XX. Agora temos que vender a marca de Gondomar de forma positiva”, disse Marco Martins ao Vivacidade. Para o autor da proposta vencedora, a conquista da nova logomarca é um prémio “muito especial”. “É o marcar de um ponto de viragem que o presidente quer tornar ainda mais evidente. Fico contente por fazer parte dessa nova era e fico na história de Gondomar”, afirmou João Rocha. De acordo com Carlos Brás, vereador da Câmara de Gondomar e membro do júri, a escolha baseou-se na adequação da imagem, critério temático, criatividade e na imagem em si mesma. O prémio para a proposta vencedora foi de 3500€. As restantes
João Rocha recebeu o prémio das mãos de Marco Martins
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“Gondomar é D’Ouro” já tem logomarca. O júri do Concurso Público para a Conceção e Criação da Logomarca elegeu a proposta de João Rocha, designer de comunicação para a publicidade, da empresa Criação Livre, de Es-
pinho, como a nova imagem de Gondomar. A marca vencedora foi apresentada a 14 de março no Auditório Municipal de Gondomar. A nova imagem faz a fusão entre a filigrana de ouro e o rio Douro e, segundo Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, “representa o início de um novo ciclo na imagem do
FOTO: PSF
Texto: Pedro Santos Ferreira
propostas vão ser expostas no Auditório Municipal de Gondomar.
No total foram analisadas 166 propostas.
A nova imagem de Gondomar, por João Rocha: “A escolha do dourado prende-se com o facto de representar a filigrana e o ouro, transmitindo assim a ideia de nobreza e elegância. Para além destes dois fatores também se pretende com este tom passar a ideia de alegria, vivacidade e acolhimento, adjetivos de extrema importância no que diz respeito ao turismo”, explica João Rocha, autor da obra premiada.
Conselho Metropolitano preocupado com “futuro da mobilidade” O Conselho Metropolitano do Porto (CmP) reuniu no dia 28 de fevereiro na Casa Branca de Gramido, em Valbom e vai solicitar “uma reunião urgente” ao secretário de Estado dos Transportes, Sérgio Monteiro, por estar “muito preocupado” com o futuro da mobilidade na Área Metropolitana do Porto (AMP). Texto: Ricardo Vieira Caldas
O presidente do CmP, Hermínio Loureiro, afirmou em reunião do conselho, que o modelo de abertura à iniciativa privada do serviço público de transporte de passageiros na AMP, prevista num documento que se encontra em consulta pública, “é uma questão que preocupa, por um lado tendo em conta as decisões definidas no Plano Estratégico dos Transportes (PET) e por outro devido às responsabilidades que o CmP tem na empresa Metro do Porto”, por ser acionista com 40%. “Não vamos prescindir de exercer os nossos direitos” enquanto acionista da Metro, frisou o responsável, adiantan-
do que a reunião com o secretário de Estado terá por objetivo “analisar questões que já se encontram em cima da mesa, mas também introduzir outras”. Em causa está também a atual concessão da operação do Metro do Porto, que termina em dezembro. No final da reunião, Hermínio Loureiro precisou que as preocupações “não são só com o Metro, mas também com a Sociedade de Transportes Coletivos do Porto (STCP) e com a mobilidade, não só no Porto, mas nos concelhos limítrofes: Valongo, Gondomar, Maia e Matosinhos”. Em cima da mesa estará a possível concessão a privados das linhas da STCP que operam nestes concelhos. Quanto à Metro do Porto,
Hermínio Loureiro acrescentou ainda que os autarcas da AMP “têm demonstrado enorme responsabilidade nesta matéria” mas, quando se está a discutir os próximos fundos comunitários (2014-2020), é preciso colocar em cima da mesa a discussão da sua extensão e do seu financiamento. O presidente referiu que a AMP pretende participar na consulta pública do documento relacionado com as infraestruturas de valor acrescentado, afirmando que está a ser preparado “um documento relativamente às mais-valias”. Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, disse mesmo que este é “um assunto demasiado grave”, entendendo que o documento em discussão pública relativo à
AMP “não tem orientações sobre o que vai acontecer, nem diz o que vai acontecer à Autoridade Metropolitana dos Transportes”. Programa de Emergência Social da AMP atendeu 80% dos pedidos apresentados Criado em 2013 pela antiga Junta Metropolitana do Porto, o Programa Metropolitano de Emergência Social (PMES), com uma dotação de dois milhões de euros, apoiou mais de oito mil famílias de 16 municípios, respondendo a cerca de 80% dos pedidos de ajuda apresentados. Na reunião de Gramido, Hermínio Loureiro anunciou que a taxa de execução do PMES foi de 100%. “Foram recebidos 10.043 pedidos e atendidas 8.462 situa-
ções”, disse Hermínio Loureiro. Em Gondomar, os serviços de Ação Social da Câmara Municipal instruíram 414 processos no âmbito do PMES, tendo apoiado 1312 munícipes. Os apoios atribuídos foram, maioritariamente, para o setor da habitação, tendo sido disponibilizados mais de 110 mil euros, seguindo-se a área da saúde (62 mil euros), Educação (mais de dois mil) e alimentação (cerca de mil euros), num total de mais de 175 mil euros. De referir que a Autarquia atribui mensalmente cerca de 55 mil euros no apoio alimentar, através do Programa DA. Desta forma, foi possível contribuir para que as situações de efetiva emergência social das famílias fosse minimizada, ou, até mesmo, resolvida.
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Política
Candidato da CDU às europeias
participou em sessão de esclarecimento em Rio Tinto João Ferreira, 1.º candidato da CDU às eleições para o Parlamento Europeu, participou numa sessão pública sob o lema “A Crise na União Europeia – A Luta por Outra Europa”, no salão nobre da Junta de Freguesia de Rio Tinto. Perante uma plateia atenta, João Ferreira relacionou os principais problemas do país e os constrangimentos impostos pela UE com a “delapidação do aparelho produtivo nacional”. O desemprego, a precariedade, a desigualdade e a pobreza também foram referidos durante o debate. João Ferreira apresentou algumas das propostas do PCP, que incluem “uma urgente renegociação da dívida, a defesa e diversi-
João Rocha recebeu o prémio das mãos de Marco Martins
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O primeiro candidato da Coligação Democrática Unitária (CDU) às eleições europeias, participou no dia 16 de fevereiro numa iniciativa de esclarecimento, organizada pela Comissão Concelhia do PCP-Gondomar. A sessão pública realizou-se no salão nobre da Junta de Freguesia de Rio Tinto.
João Ferreira apresentou as ideias da CDU para o Parlamento Europeu, sob o lema “A Crise na União Europeia – A Luta por Outra Europa”. O candidato evidenciou a necessidade de “derrotar o projeto de domínio político e económico, de recorte neocolonial, que visa eternizar as políticas associadas aos programas de intervenção do FMI e da UE e impedir qualquer projeto de desenvolvimento próprio, autónomo e soberano”.
FOTO: DR
Texto: Pedro Santos Ferreira
ficação nacional, a recuperação do controlo público e democrático”, entre outras medidas.
As eleições para o Parlamento Europeu realizam-se a 25 de maio.
PCP Gondomar celebrou 93.º aniversário do partido com Ilda Figueiredo de março um almoço comemorativo do 93º aniversário do Partido FOTO: DR
Comunista Português. O convívio contou com a presença de Ilda Figueiredo, ex-eurodeputada comunista e mandatária da CDU para as eleições europeias. Durante o almoço ouviram-se críticas às políticas do Governo e cantou-se o Avante entoando bem alto o nome do aniversariante. As eleições europeias estiveram na ordem do dia e foi referido o trabalho realizado pelos deputados da CDU no atual Parlamento Europeu.
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A Concelhia Concelhia do PCP-Gondomar realizou no dia 9
Deputados do PS Porto questionam Governo sobre alteração da referenciação hospitalar de Gondomar O PS realçou ainda que a vontade dos doentes e familiares, tratados anteriormente na unidade hospitalar de São João, foi posta em causa de forma “abrupta e imperativa” imperativa” e consideram que esta alteração provocou “fortes” constrangimentos à população. A Administração Regional do Norte (ARS Norte) deliberou, em 2009, que o encaminhamento dos doentes pertencentes ao Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) de Gondomar passaria a fazer-se para o Hospital de Santo António, terminando a referenciação para o Hospital de São João.
A título de exemplo, referem que a zona da Areosa, em Rio Tinto, com mais de 50000 habitantes, está a 700 metros do Hospital de São João e a sete quilómetros do Santo António. Consideram, por isso, que é gasto o triplo do tempo, consumo de combustível e custos de deslocações. Por esse motivo, os parlamentares defendem que a referenciação dos doentes de Gondomar deveria ser objeto de reponderação.
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Fernando Jesus e Luísa Salgueiro eleitos pelo PS Porto questionaram, no dia 12 de março, o Governo sobre a alteração da referenciação hospitalar da população de Gondomar do Hospital de São João para o de Santo António, no Porto. Os dois políticos afirmam que “a vontade dos doentes e familiares, tratados anteriormente na unidade hospitalar de São João, foi posta em causa de forma abrupta e
30 VIVACIDADE MARÇO 2014
Desporto
Academia Shotokan Karate-Do organizou II Torneio Inter-Escolas em Gondomar A Academia Shotokan Karate-Do organizou o II Torneio Inter-Escolas, no Colégio Madre Isabel Larrañaga, em Gondomar, no dia 22 de fevereiro. Na competição participaram vários colégios e associações do concelho.
A Associação Portuguesa de Clubes de Karate, o Centro de Bem Estar Infantil e Juvenil do Coração Jesus (CBE), o Colégio Paulo VI, o Externato de Santa Margarida, o Colégio Madre Isabel Larrañaga e o Clube de Caçadores de Gondomar (CCG) foram as instituições que participaram no II Torneio Inter-Escolas de Karate.
plementar uma competição com um novo formato.” “Um formato que segue o modelo da ‘Champions League’”, acrescentou. As provas foram divididas em dois escalões etários, um dos 6 aos 10 anos (infantil) e outro dos 11 aos 14 anos (juvenil). No escalão infantil participaram 35 crianças, que foram divididas por sete grupos e no juvenil participaram 15 crianças, que foram divididas por três grupos. Em cada grupo foram apurados diretamente para a fase seguinte dois praticantes, sendo apu-
Rita Rodrigues (CBE), no escalão de infantis, e Pedro Oliveira (CCG), nos juvenis, obtiveram o primeiro lugar neste torneio que teve como objetivo principal a formação de crianças e jovens. Cristóvão Coutinho da Academia de Karate, explicou ao Vivacidade que “considerando que a maioria das competições Federativas e de outras que seguem o mesmo modelo, são demasiado institucionalizadas e por isso, não servem os interesses das crianças, nem correspondem às suas reais necessidades de desenvolvimento, a Academia decidiu im-
rados também os dois melhores terceiros. Cristóvão Coutinho promete nova edição para o próximo ano já que “os participantes evidenciaram muita satisfação com o modelo desta prova e a organização também ficou satisfeita”. A Academia Shotokan Karate-Do, organismo que agora faz parte da Associação de Desenvolvimento Desportivo Integrado e Orientado (ADDIO), desenvolve a prática de Karate, maioritariamente com crianças e jovens, tendo neste momento cerca de 200 alunos. n
Texto: Ricardo Vieira Caldas
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Desporto: Rock Crawler 4x4
Paljet apresentou carro em Baguim do Monte
O Largo de S. Brás, em Baguim do Monte, recebeu na manhã de 8 de março, a apresentação oficial do carro de competição da equipa Paljet, para o Campeonato Nacional de Trial 4x4. A equipa constituída por Jorge Silva, José Pires e vários outros elementos de Rio Tinto e Baguim, é vice-campeã nacional da modalidade em Rock Crawler.
FOTO: LMA
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da equipa Paljet, do presidente da Junta de Freguesia de Baguim do Monte, Nuno Coelho, do diretor da Federação Portuguesa de Todo-o-Terreno Turístico, Antero Bessa, e de vários fãs da modalidade. 100% para o campeonato O piloto da Paljet, Jorge Silva,
dos os outros concorrentes”, afirmou. Quanto à apresentação, Jorge Silva disse que foi feita “para os patrocinadores”. “É uma questão de mimar toda a gente e agradecemos desde já à Junta de Freguesia de Baguim pelo espaço que nos permitiu apresentar o carro aos
Levar Rio Tinto ao país Ao Vivacidade, Jorge Silva confidenciou que quer levar o nome de Rio Tinto para as provas de Trial 4x4 e espera que o apoiem. “Espero que a população de Rio Tinto saiba que somos a equipa da Paljet mas que vivemos em Rio Tinto e levamos Rio Tinto connosco. Cada vitória é também para Rio Tinto”, contou. Quanto à sua prestação na primeira prova a 16 de março, obteve o quarto lugar mas acredita que a equipa está consolidada. “O ano passado não sabia andar, hoje já corro. Mas agora tenho que mostrar no terreno. Montamos uma estrutura forte para que isso nos dê alguma vantagem”, explicou.
Equipa da Paljet apresentou carro no Largo de S. Brás
“É um equipa sólida. O José Pires é uma pessoa excelente, um pro-
fissional excecional e isso ajuda a equipa”, acrescentou. n FOTO: GONDOMARTV
Na foto: Piloto Jorge Silva e Padre Lucindo, pároco de Baguim do Monte
nossos fãs e fãs da modalidade”, declarou. Da parte da autarquia, já no palco instalado para a apresentação, o presidente Nuno Coelho discursou para o público presente. “Esperemos que o campeonato corra bem e que ninguém se magoe. E esperamos também que estes campeões se tornem campeões nacionais”, declarou.
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revelou ao Vivacidade a grande motivação para o início do campeonato que começou a 16 de março. “Estamos a 100% para o começo do campeonato. Queremos que os nossos objetivos sejam cumpridos, queremos ganhar e chegar em primeiro em todas as corridas com um fairplay com to-
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A apresentação do carro com motor Chevrolet 6000 juntou algumas dezenas de pessoas no Largo de S. Brás em Baguim do Monte. A cerimónia de inauguração da viatura para o início do campeonato de Trial 4x4 – que decorreu a 16 de março – contou com a presença de todos os membros
Académica de Coimbra vence regata no Douro organizada pelo Clube Naval Infante D. Henrique A regata Head of the Douro decorreu no dia 8 de março entre Gondomar e o Porto/Vila Nova de Gaia. Sete tripulações de shell de oito competiram pelo sonho de representar Portugal na Head of the River Race, no rio Tamisa, em Londres. No final, a Académica de Coimbra venceu a prova. juntará mais de 500 tripulações no rio Tamisa. Organizada pelo Clube Naval Infante D. Henrique e pelo Real Clube Fluvial Portuense, em parceria com a Federação Portuguesa de Remo, a prova reuniu sete tripulações, começando em frente ao Clube Naval Infante D. Henrique e terminando junto ao Real Clube Fluvial Portuense.
“Espero que no futuro a prova se torne emblemática e atrativa para clubes nacionais e estrangeiros, à imagem do que se faz lá fora”, disse ao Vivacidade, Ildeberto Ribeiro, presidente do Clube Naval. Centenas de pessoas assistiram à prova ao longo do percurso traçado entre Gondomar e Porto/V. Nova de Gaia. n
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Os “estudantes” foram os mais fortes nos 6,6 quilómetros da Head of the Douro. A tripulação de shell de oito da Académica de Coimbra bateu o Viana Remadores do Lima e o Real Clube Fluvial, com o tempo de 19.20 minutos. Os vencedores vão agora participar na competição londrina agendada para 29 de março, que
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Entrevista: Miguel Viterbo
“Tenho um carinho especial pelo Gru
Nasceu no Porto a 30 de agosto de 1977, mas cedo se mudou para Fânzeres onde passou a conviver semanalmente com o Grupo Despor equipa sensação do campeonato nacional, a Associação Desportiva de Valongo. O Vivacidade convidou o hoquista português a recorda
Como começou a paixão pelo hóquei em patins? A paixão começou porque os meus pais moravam aqui [Fânzeres], perto do pavilhão do Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres. Na altura gostava mais de jogar futebol e cheguei a ir a vários treinos de captação, mas como o pavilhão do Fânzeres era mesmo em frente à minha casa, os meus pais não queriam que eu andasse sempre a deslocar-me para a Constituição, no Porto, para jogar futebol e acabei por optar pelo hóquei. Como muitos fanzerenses,
acabou então por se render ao GDC Fânzeres. Sim. Na altura o hóquei tinha grande projeção em Portugal. A família deu sempre um grande incentivo para jogar hóquei? Sim. O meu pai chegou a ser diretor financeiro do GDC Fânzeres e foi um dos grandes incentivos para a minha carreira. Qual foi o primeiro contacto com o hóquei em patins? Sempre fui habituado a ver o GDC Fânzeres que, na altura, jogava no pavilhão municipal. Havia muito hóquei na televisão e todas as semanas davam um ou dois jogos de hóquei na televisão. Cheguei a ir muitas vezes ao pavilhão Américo de Sá. Continua a acompanhar o G.D.C. Fânzeres? Eu tenho um carinho especial pelo Fânzeres, não nego isso. Foi o clube onde comecei a jogar e não tenho que esconder isso. Todas as semanas tenho a preocupação de saber como ficaram as várias equipas do Fânzeres, desde a formação aos seniores. No balneário da AD Valongo temos sempre uma picardia entre nós porque uns começaram em Fânzeres e outros em Valongo e existiu sempre uma rivalidade entre os dois clubes. Há essa curiosidade. Que diferenças nota na evolução desta equipa? Sei apenas que passou por uma fase má, mas felizmente foi salvo por pessoas que amam o clube. Agora está no caminho certo. Mas no que diz respeito às condições do clube, sentiu uma evolução, como
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Texto: Pedro Santos Ferreira
ex-jogador desta casa? Quando comecei treinávamos no pavilhão municipal. Três anos depois viemos para este pavilhão que era descoberto e assim foi durante três ou quatro anos. Depois melhoraram as condições, cobriram o pavilhão e colocaram um novo piso para a prática da modalidade. Mas se querem que o clube forme jogadores, têm que continuar a melhorar as condições. Teve sempre a sua posição em campo bem definida? Comecei a jogar como avançado e só a partir dos 25 anos é que comecei a jogar atrás e já com algum atraso, porque é lá que me sinto melhor. Estou habituado a jogar de trás para a frente e devia ter sido assim desde o início. Quando era mais novo, onde encontrava a motivação para treinar todos os dias? Adorei sempre praticar desporto. Na altura, queríamos era andar na rua a jogar futebol ou hóquei com cabos de vassoura cortados e uma bola de trapos. No FC Porto foi campeão nacional de iniciados. Que importância atribui a esse primeiro título? Com 13 anos, esse título foi vivido com uma intensidade enorme, no meu clube de coração. Foi o concretizar de um sonho para um miúdo. Regressou depois ao GDC Fânzeres que estava na 2.ª divisão. Em Portugal há uma grande diferença entre a 1.ª divisão e a 2.ª? Existe uma diferença muito grande entre os cinco ou seis equipas de topo da 1ª divisão para as restantes e isso nota-se na tabela classificativa. No Juventude Pacense notou diferenças para a estrutura do GDC Fânzeres? Senti uma grande diferença. Na altura entraram pessoas novas para a equipa, com o objetivo assumido
de subir para a 1.ª divisão. O Juventude Pacense nesses dois anos, não ficava nada atrás dos clubes de topo em Portugal. A equipa apostou em dirigentes que vinham do futebol e trouxeram coisas que eram inovadoras para o hóquei e banais no futebol. No primeiro ano de Juventude Pacense não subimos de divisão por um ponto apenas. A estratégia dos diretores e o objetivo assumido facilitou o trabalho da equipa? Acabou por permitir uma grande vontade da equipa e dos adeptos. Foi um clube que me marcou e acho que merecia estar na 1.ª divisão. Seguiu-se o Centro Desportivo Nortecoope. No seu primeiro ano a equipa subiu de divisão. Foi uma conquista importante? É um momento sempre marcante para uma equipa. Nesse ano tínhamos uma equipa de topo, com jogadores como o Cacau, Pedro Seabra, entre outros. Era um grupo fantástico. Não foi dos clubes por onde mais gostei de passar, porque era gerido como se fosse uma empresa. Não existia a pressão de ganhar todos os jogos. Eu sou competitivo e não gosto quando não há essa mentalidade (risos). No ano em que competiram na 1.ª divisão, essa estratégia empresarial fez diferença na equipa? Claramente. Acho que tínhamos uma equipa para andar nos três primeiros lugares e nesse ano não chegamos mais longe porque
não tínhamos um bom treinador e a direção não estava muito preocupada com os resultados. No desporto se não houver pressão não há resultados. Tem depois duas curtas passagens pela Juventude de Viana e pela AD Valongo. Esse período coincide com uma fase má da carreira? Na Juventude de Viana saí porque não era grande aposta do treinador e a vontade de sair era mútua. No Valongo estive um ano e só saí porque entretanto surgiu uma proposta muito tentadora do Porto Santo SAD. Eu já tinha o compromisso de jogar mais um ano pelo Valongo, mas acabei por sair. Mais tarde acabaria por regressar e cumprir essa promessa (risos). Por amor ao clube? Sim. Quando jogava nas camadas jovens do GDC Fânzeres, detestava a AD Valongo e os jogos eram verdadeiras guerras dentro do campo. Hoje é um dos clubes que está no meu coração, por isso tinha que voltar. Viajou depois para a Madeira, onde jogou pelo Porto Santo SAD. Foi chamado para ajudar a equipa madeirense? Não tenho boas recordações desse ano, até porque o ambiente no balneário foi dos piores que já passei. Havia uma grande rivalidade entre os jogadores do norte e os jogadores do sul, dentro da equipa. É difícil para um clube de hóquei
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Desporto
upo Desportivo e Coral de Fânzeres”
rtivo e Coral de Fânzeres. Com a apoio da família Miguel Viterbo descobriu a paixão pelo hóquei em patins e atualmente é capitão da ar a cerreira no pavilhão de Fânzeres, que o viu crescer na modalidade. em patins madeirense, competir na 1.ª divisão e suportar os custos das deslocações?
“
tados
equipa argentina e outra francesa. Mas a que mais me recordo é o Barcelona, até porque empatámos 0-0,
Rodrigues somos os mais antigos e temos essa obrigação. Acho que temos conseguido passar a mensa-
No desporto se não houver pressão não há resul-
Cada deslocação ao Candelária - que é o único clube das ilhas na primeira divisão - envolve um custo de quatro a cinco mil euros. Imagine-se quanto não gasta uma equipa da Madeira em 15 jornadas quando tem que vir a Portugal Continental. Não deve ser fácil. É justo dizer que essas equipas já começam o campeonato em desvantagem? Sem dúvida. Um jogador para jogar no Candelária tem que receber o dobro ou o triplo para sair daqui, deixar a família e passar a jogar e viver na Madeira.
o que não é nada normal no hóquei, sobretudo contra o Barcelona. Finalmente o regresso à AD Valongo. Como viveu esse momento? Foi abençoado (risos). Correu tudo bem e apesar de se dizer que o Valongo ia descer de divisão nessa época, conseguimos a manutenção na 1ª divisão e desde aí o clube não parou de crescer. Hoje já é o Miguel a transmitir o espírito e a cultura do Valongo aos novos jogadores? Eu, o Hugo Azevedo e o Nuno
gem. A mensagem que lhe transmitiram a si, quando chegou ao clube pela primeira vez, é a mesma que transmite? É exatamente a mesma. Quem vai para o Valongo já conhece a exigência da equipa. É um prazer jogar no pavilhão de Valongo, motiva qualquer um. Que diferenças nota na evolução da AD Valongo? A organização tem evoluído muito. Quando cheguei ao clube lutava-se para não descer de diviFOTO: DR
Depois do percurso na Madeira regressa ao Espinho e também ajuda o clube a subir de divisão. Já não era uma situação inédita na sua carreira... O objetivo era esse. Até cinco jogos do final do campeonato estava complicado, mas felizmente conseguimos. Havia um bom ambiente no balneário e conheci o treinador Paulo Freitas, que é um dos grandes treinadores do hóquei patins nacional.
Neste momento a AD Valongo está na luta pelo campeonato nacional, vai disputar a Taça de Portugal e recebe o Barcelona na Liga Europeia. O que falta é mesmo um título? Podia era acabar a época já amanhã (risos). Falta um terço do campeonato, por isso vai decidir-se aí. Os valonguenses pensam que vamos ser campeões, mas essa luta está destinada ao FC Porto e ao SL Benfica. Temos orgulho no nosso trabalho e na nossa classificação, mas ganhar o campeonato ainda não é o nosso objetivo. A meta é melhorar sempre a classificação do ano anterior. Se ficarmos nos quatro primeiros lugares, não é vergonha nenhuma. Esta é a sua melhor época? A nível coletivo é a melhor. Vamos jogar com o Barcelona, em Valongo, e vão ter que tirar a cobertura do pavilhão, porque vai ser uma loucura. Dá-nos prazer jogar todas as semanas porque os adeptos acompanham-nos sempre para todo o lado. Já decidiu quando vai terminar a carreira? Tomei a minha decisão no ano passado e era para ter terminado a minha carreira em 2013. Felizmente isso não aconteceu e as coisas estão a correr muito bem. O plantel estava preparado para a minha saída, mas acabou por ficar sem um jogador e pediram-me para fazer mais uma época. Eu acedi, pelo clube e pelos adeptos. Esta é a minha última época, termino a carreira este ano.
Jogou ainda meio ano no Óquei de Barcelos, onde chegou a participar no Mundial de Clubes. Foi um dos momentos altos da carreira? É a única boa recordação que tenho da passagem pelo Óquei de Barcelos. Não tenho boas recordações e a única coisa boa que aconteceu foi a minha saída a meio da época.
Miguel Viterbo é, atualmente, o capitão da equipa sénior da A.D. Valongo
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Mas jogou contra clubes de elite, nesse mundial... Sim, contra o Barcelona, uma
são e cinco anos depois estamos na luta pelo campeonato. Temos a ambição de ganhar um título esta época. Não digo que vamos vencer o campeonato, mas acredito que é possível vencer a Taça de Portugal.
Há possibilidade de vir a ser treinador? Já ponderei essa hipótese, mas não tenho nenhuma ideia definida
em relação a isso. Que avaliação faz do hóquei em patins, em Portugal? Não tenho dúvidas que o hóquei é cada vez mais visível, ainda que não seja num canal aberto. Felizmente isso mudou. Esta é uma modalidade muito querida no norte e talvez por isso o interesse das televisões não é maior. O que é certo é que sempre que existem transmissões em canal aberto as audiências justificam mais. n
Miguel Neves Viterbo 36 Anos Jogador de Hóquei Patins
Cronologia: 1989/91 – G.D.C. Fânzeres; 1991/92 – F.C. Porto; 1992/98 – G.D.C. Fânzeres; 1998/01 – J. Pacense; 2001/03 – Nortecoope; 2003/04 – J. Viana; 2004/05 – A.D. Valongo; 2005/06 – Porto Santo SAD; 2006/08 – A.A. Espinho; 2008/09 – O.C. Barcelos; 2008/14 – A.D. Valongo; Clube de coração no hóquei em patins: A AD Valongo. Onde gostou mais de jogar: Não existe um. O primeiro é o GDC Fânzeres, depois a Juventude Pacense e a AD Valongo. Ídolo: Nunca tive um ídolo. Tenho um conjunto de jogadores que admiro. Adversário mais difícil de marca: Essa é fácil. Pedro Gil, porque é muito rápido. Grande objetivo por cumprir: Ganhar um título pela AD Valongo. Melhor golo da carreira: Em 2013 contra o Benfica, de penalty. Não foi um grande golo mas deu o acesso à final-four e teve uma grande carga emotiva.
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Desporto
Executivo Municipal visitou Museu do FC Porto
A equipa O’Porto Skaters sagrou-se campeã nacional de precisão sénior no torneio realizado na Nazaré. Seis atletas do Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres integram a equipa vencedora.
O executivo municipal da Câmara de Gondomar visitou a 19 de fevereiro o museu do F.C. Porto com o objetivo de estreitar relações entre as duas instituições.
Nos dias 15 e 16 de março realizou-se na Nazaré o Campeonato Nacional de Show e Precisão de Patinagem Artística, que contou com a presença de 27 clubes. Na categoria precisão sénior, a equipa O’Porto Skaters - formada por 24 atletas das equipas Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres, Grupo Desportivo do Viso e Academia de Patinagem Artística da Casa do Benfica – sagrou-se campeã nacional de precisão sénior, com a apresentação “Seven Army”. Para Mónica Oliveira, diretora de patinagem artística do Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres, que empresta seis atletas aos O’Porto Skaters, a vitória tem grande significado. “Esta foi a primeira de muitas parcerias destas equipas. Conseguimos sagrar-nos campeões nacionais e esperamos participar no campeonato mundial de 2014, em setembro”, diz Mónica Oliveira. Segundo a responsável pela patinagem ar-
No dia 19 de fevereiro, Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Luís Filipe Araújo, vice-presidente da autarquia, e os vereadores Aurora Vieira [pelouro do Desenvolvimento do Potencial Humano], José
Pinto da Costa. A visita motivou ainda o acompanhamento de vários atletas de clubes de Gondomar, que integraram a comitiva municipal. Em ambiente de boa disposição, taças, jogadores, treinado-
Fernando Moreira [Feiras, Mercados e Eventos Promocionais], Sandra Brandão [Desporto e Juventude] e Hélder Figueiredo [Tecnologias da Informação e Comunicação] visitaram o museu do F.C. Porto a convite de Jorge Nuno
res, golos e vitórias foram recordadas no mais recente espaço portista O convite de Pinto da Costa teve como objetivo um estreitamento de relações entre as duas instituições. n
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O’Porto Skaters campeões nacionais de patinagem de precisão
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tística do clube de Fânzeres, as parcerias são habituais neste tipo de provas. “É normal a junção de clubes neste tipo de competição que exigem um grande número de atletas e um elevado nível de patinagem”, refere. O O’Porto Skaters tem como objetivo a participação no Campeonato Mundial de Patinação Artística sobre Rodas, que se vai realizar em setembro, na cidade de Reus, em Espanha. n
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Desporto: BTT
Campeonato Nacional de Séniores - Série C Fase manutenção 2013/2014 Equipa Gondomar Salgueiros 08 Camacha Amarante Sousense SC Coimbrões Vila Flor Perafita
Pontos 24 23 19 19 16 15 12 8
Próximos Jogos 23 Março Gondomar - Salgueiros 08 (15h) SC Coimbrões – Sousense (15h)
Equipa Sobrado Oliv. Douro FC Pedras Rubras Paredes Candal Serzedo S. Martinho Aliados Lordelo Varzim B SC Rio Tinto Padroense Rebordosa Leça Lousada Vila Meã UD Valonguense S. Pedro da Cova Nogueirense FC Infesta Barrosas
Pontos 58 50 46 45 42 41 40 36 36 36 35 32 31 28 28 28 27 25 23 23
Próximos Jogos 23 Março SC Rio Tinto - Vila Meã (15h) S. Pedro da Cova - Oliv. Douro (15h)
Texto: Ricardo Vieira Caldas
Mário Fernandes é o diretor desportivo da Rodabike, a equipa gondomarense que nasceu há oito anos com o mesmo nome da loja de bicicletas de que Mário é proprietário. O dirigente corre em competição há 20 anos e na época passada foi segundo em tudo, no escalão de Master B, mas não está totalmente satisfeito. “Fui vice campeão do Minho, vice campeão no Porto e vice campeão nacional. Mas o segundo é o primeiro dos últimos. Já não fico contente com o segundo. Já ando atrás do objetivo de ser campeão nacional há bastantes anos”, explicou ao Vivacidade. “Queremos sempre mais e é isso que nos faz trabalhar mais”, acrescentou Mário Fernandes. Mas não é só do diretor desportivo de que a equipa gondomarense se pode orgulhar. Com um total de sete atletas nos escalões de Master A, B, C e um elite e cadete, a Rodabike já arrecadou várias vitórias a nível regional e nacional. João Rocha em estágio na Seleção Nacional Integrado no estágio da Seleção Nacional, o cadete João Rocha foi muito recentemente campeão
Na foto: Atletas José Soares e Mário Fernandes e Rodinhas, mascote da equipa
nacional em Ciclocrosse, no dia 12 de janeiro em Benedita, Alcobaça. “A Rodabike já tem um nome bem marcado a nível nacional”, referiu, orgulhoso, Mário Fernandes, e “o cadete ganhou tudo o que havia para ganhar”. Quanto aos treinos, o dirigente que coordena a equipa, revelou que são quase diários. “Em sete dias, treinamos seis e por trás dos prémios estão muitas horas de trabalho, muito sacrifício e muitas regras”, disse. “A base do treino passa sempre pela bicicleta de estrada. Depois existe o treino técnico, feito para cada modalidade”, explicou ainda. José Soares vive em Rio Tin-
to e é a mais recente aquisição da Rodabike. Corre pela categoria elite e começou a correr esta época
por ser de Gondomar e pela amizade. As exigências da Rodabike são maiores e tenho um orgulho
por Gondomar. “Pertencia ao BTT Matosinhos mas vim para aqui
muito grande em participar nesta equipa” afirmou ao Vivacidade. n
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Nasceu em 2006, em Gondomar, e já trouxe várias medalhas para o concelho. A Associação Ciclismo Rodabike Gondomar corre com sete atletas nas modalidades de BTT (XCO e XCM) e ciclocrosse.
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Divisão Pro-Elite Nacional - AF Porto
levam Gondomar ao pódio
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Atletas da Rodabike
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Tabela Classificativa de Futebol
Modalidades, explicadas por Mário Fernandes XCO (Cross Country Olimpic) é uma modalidade de monte. A parte técnica é a mais importante. É a única modalidade olímpica que existe ligada à bicicleta de todo o terreno. É a rainha das modalidades de BTT. XCM é um pouco como XCO mas numa extensão maior. De 60 a 70 quilómetros. Baseado mais na resistência. Ciclocross é uma modalidade de inverno que normalmente serve para preparação e lançamento das outras que vêm a seguir. Ao nível técnico não é tão exigente porque é feito numa bicicleta de estrada que não tem suspensões e o circuito é com muita lama. Em certas alturas temos que transportar a bicicleta às costas.
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Empresas & Negócios
“Parabéns in the Night” levou Multiusos ao rubro
A equipa das Manhãs da Comercial protagonizou nos dias 15 e 16 de março, dois dias de espetáculo com casa cheia no Multiusos de Gondomar. Pelo palco passaram também convidados de luxo. sentaram na maior sala de espetáculos de Gondomar o “Parabéns in the Night”, evento que celebra o 35.º
aniversário da Rádio Comercial, a norte do país. A primeira sessão, a 15 de março, esgotou o Multiusos de Gondomar, com cerca de 6500 pessoas a assistir. No dia seguinte, houve
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Vasco Palmeirim, Vanda Miranda, Ricardo Araújo Pereira, Nuno Markl e Pedro Ribeiro apre-
“Assim que fizemos o espetáculo no Meo Arena, em Lisboa, surgiu um levantamento popular para fazermos um espetáculo no Norte do país, por isso viemos ao Multiusos de Gondomar. Ficamos impressionados com as condições ímpares deste pavilhão”, disse Pedro Ribeiro no final do espetáculo. Pelo palco desfilaram vários convidados de luxo: Ana Moura, Mafalda Veiga, Miguel Araújo, Expensive Soul, Bruno Nogueira, Pedro Abrunhosa, entre muitos outros. n
uma sessão extra. Entre a música e a dança, houve muita animação e momentos de humor.
“Masterchef Portugal”
gravou décimo episódio no Multiusos de Gondomar Novo formato da TVI passou pelo Multiusos de Gondomar, onde foi gravado o 10º programa do concurso de sábado à noite. Manuel Luís Goucha, apresentador e júri do “Masterchef Portugal”, ficou impressionado com as condições do pavilhão gondomarense. tiusos de Gondomar. No âmbito do espetáculo “Parabéns in the Night”, da Rádio Comercial, a equipa e os concorrentes do novo formato da TVI vieram a FOTO: LMA
Gondomar, depois de terem passado pelo Terreiro do Paço, Porto e Santarém. “O Multiusos foi o local escolhido para o concerto da Rádio Comercial e é uma grande sala de espetáculos. Para nós tem todas as condições necessárias para fazermos mais um programa, cujo mote é servir os cinco animadores das Manhãs da Comercial e os convidados do espetáculo”, diz Manuel Luís Goucha, apresentador e júri do “Masterchef Portugal”. Surpreendido com as condições da sala de espetáculos, o apresentador destacou a “boa representação” da culinária do Norte do país. “Dos
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O “Masterchef Portugal”, programa que entrou diretamente para o primeiro lugar da tabela dos programas mais vistos do dia, gravou o décimo episódio no pavilhão Mul-
15 finalistas, dos quais já só estão sete em prova, ainda temos concorrentes do Norte, que está muito bem representado. O objetivo é eliminar mais um concorrente, ago-
ra que nos aproximamos da final”, afirma o júri do programa. O “Masterchef Portugal” é emitido aos sábados à noite, na TVI. n
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Empresas & Negócios
Bom Piso abriu portas à festa do 3.º aniversário do Pedro Sousa Cabeleireiros No dia 2 de março o Bom Piso recebeu a festa de 3.º aniversário do Pedro Sousa Cabeleireiros, em Ermesinde. As novas instalações com 5000m2 transformaram-se num espaço improvisado onde foram apresentadas as novas tendências de cortes de cabelo para 2014. Diferença, inovação e criatividade marcaram a festa do 3.º aniversário do Pedro Sousa Cabeleireiros. A celebração realizou-se a 2 de
As máquinas topo de gama de mobilidade auto do Bom Piso fizeram parte do cenário montado por Pedro Sousa. Em entrevista
como este”, afirmou o responsável pelo Pedro Sousa Cabeleireiros. Três anos de sucesso com parcerias de Gondomar A festa superou as expectativas de Pedro Sousa que contou com a presença de outras empresas de Gondomar. Ao Vivacidade, a estilista Susana de Castro, responsável pelo Atelier Susana de Castro, referiu a importância do evento para a divulgação das empresas gondomarenses.
março nas instalações do Bom Piso, em Ermesinde, e trouxe novidades para 2014. Cerca de 50 convidados tiveram a oportunidade de assistir a cortes de cabelo ao vivo, num evento que tirou proveito dos 5000m2 das novas instalações do Bom Piso. Para Pedro Silva, diretor de marketing e comunicação da empresa, o acontecimento foi “importante” para a divulgação das marcas envolvidas. “Quando o Pedro Sousa nos falou deste evento achamos que teria interesse p orq u e chamaria clientes de Gondomar
que não conhecem o Bom Piso e que está relativamente perto”, disse Pedro Silva ao Vivacidade.
ao Vivacidade, o cabeleireiro considerou o conceito inovador. “Normalmente quando uma
casa
deste géner o [Pedro Sousa Cabeleireiros] faz anos, ou fazem festas numa discoteca, ou num bar, ou numa quinta. O nosso objetivo é sermos diferentes, por isso escolhemos este espaço”, refere. O cabeleireiro fez um balanço positivo dos três anos celebrados e apontou desejos para o futu- ro. “Gostava de ter um espaço maior, com outras condições, até porque sentimos essa necessidade. Para 2014 posso garantir que vamos ter mais eventos arrojados,
“Quando iniciamos estas parcerias acreditamos sempre que podíamos fazer a diferença. O balanço tem sido positivo porque temos o feedback do público, mostramos os nossos produtos e cativamos a curiosidade das pessoas a visitarem o nosso espaço”, disse a estilista, em entrevista ao Vivacidade. Para Pedro Sousa, as parcerias são um dos segredos do sucesso e a ideia é manter a aposta nas empresas de Gondomar. “Espero que em 2014 continue a ter muitos amigos e clientes e que corra tudo como tem sido até hoje”, desejou o cabeleireiro. n
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Empresas & Negócios
Rio Tinto viveu o cinema com a sétima
Noite dos Óscares do Parque Nascente A sétima edição da Noite dos Óscares do Parque Nascente, organizada nos cinemas da Zon Lusomaundo de Rio Tinto, encheu uma vez mais a praça da alimentação do Centro Comercial de Gondomar. Mais de 2500 pessoas, ‘dress code’ adequado, etiqueta, passadeira vermelha e vários filmes em exibição marcaram a noite dedicada à sétima arte. dos especiais e celebridades famosas como Pedro Teixeira, Pedro Lima, Lourenço Ortigão, Cláudia Jacques, entre outros. “De ano para ano temos
dade e a notoriedade do evento destacando a lotação esgotada em todas as salas. Com uma lotação para 2500 pessoas, os cinemas Zon Lusomundo do Parque Nascente encheram e superaram todas as expectativas. Podemos assim afirmar que esta 7ª edição foi um completo sucesso, deixando-nos o desafio de superar todos estes excelentes resultados na próxima edição”, explicou ainda a fonte da Administração do Parque Nascente. Ve s t i dos a rig o r,
A FOTOS: LM
O dia 2 de março não passou despercebido para os americanos, para o mundo em geral e para os portugueses que visitaram o Parque Nascente, em particular. Os cinemas Zon Luso-
mundo acolheram uma vez mais o já considerado “evento mais aguardado do ano” para o Centro Comercial, em Gondomar. “Esta é já a 7ª edição e registamos, ao longo dos anos, um crescimento notório na adesão ao evento e uma dedicação e empenho no dress code de todos os convidados tornando esta uma das noites de maior glamour da cidade do Porto”, referiu fonte do Centro Comercial Parque Nascente. Uma noite ‘chique’ que contou com a presença de convida-
melhorado a quali-
os m ai s de 2500 convidados tiveram direito a pipo-
cas, bebida e à oportunidade de assistir a diversos filmes nomeados para os Óscares de 2014. ‘O Lobo de Wall Street’, ’12 Anos Escravo’, ‘G ol pada Americana’ ou ‘O
Sobrevivente’ foram alguns dos filmes em exibição mas foi a partir da uma da manhã que os amantes do cinema puderam assistir em direto à transmissão da cerimónia dos Óscares de Los Angeles. Para o ano, a Noite dos Óscares do Parque Nascente vai ter nova edição, garante a Administração do Centro Comercial Parque Nascente.
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Opinião: Vozes da Assembleia da República Dia Nacional da Igualdade salarial
Margarida Almeida PSD
A Comissão para a Igualdade no Trabalho e no Emprego institui em Portugal, dia 6 de março como o Dia Nacional da Igualdade Salarial para sensibilizar a opinião pública, designadamente os média e também a classe politica, para a persistência da diferença salarial entre mulheres e homens. No que respeita às diferenciações salariais, a tendência dos últimos anos mantém-se, continuando as mulheres a receber, em média, remuneração inferior à dos homens. Os dados que vão sendo conhecidos revelam que a disparidade salarial entre mulheres e homens continua a ser uma realidade persistente, difícil de combater, por assentar em desigualdades estruturais resultantes da diferente participação, ao longo da história, de
homens e mulheres no mercado de trabalho. No passado dia 5 de março, o Conselho de Ministros aprovou a Resolução n.º 18/2014, no qual se assume que a igualdade de género é condição essencial para um crescimento sustentável e para a promoção do emprego e da solidariedade, tendo em vista defrontar problemas que afetam particularmente as mulheres no mercado de trabalho, como a desigualdade salarial em relação aos homens, a maior incidência do desemprego e a dificuldade de acesso a lugares de decisão económica. Com vista a garantir e promover a igualdade de oportunidades e de resultados entre mulheres e homens no mercado de trabalho, designadamente no sentido da eliminação das diferenças
salariais, da promoção da conciliação entre a vida profissional e a vida pessoal e familiar, do incentivo ao aprofundamento da responsabilidade social das empresas, da eliminação da segregação do mercado de trabalho e de outras diferenciações ainda subsistentes... O Governo determinou que as empresas do sector empresarial do Estado promovam, de três em três anos, a elaboração de um relatório, a divulgar internamente e a disponibilizar no respetivo sítio na Internet, sobre as remunerações pagas a mulheres e homens tendo em vista o diagnóstico e a prevenção de diferenças injustificadas naquelas remunerações. Na sequência desse relatório que sejam tomadas medidas concretas, a integrar nos planos para a igualdade, de
modo a que deem resposta às situações detetadas de desigualdade salarial entre mulheres e homens. Em relação às empresas privadas com mais de 25 trabalhadores/as é recomendado que elaborem uma análise quantitativa e qualitativa das diferenças salariais entre mulheres e homens … Assim, para combater esta desigualdade salarial, o Governo determinou a adoção das medidas necessárias, designadamente em sede de regulamentação, para considerar como critério de valoração positiva para a seleção de candidaturas a fundos de política de coesão, a maior igualdade salarial entre mulheres e homens que desempenham as mesmas ou idênticas funções na empresa ou entidade. n
públicas. Não haja dúvidas que este governo não conhece limites! 2. Depois de um período conturbado de debate e diversas manobras dilatórias, a maioria conservadora PPD-PSD/CDS-PP conseguiu, finalmente, rejeitar o Projeto de Lei que procedia à alteração do quadro legal vigente, de forma a permitir a coadoção. Depois da tentativa de fazer passar manhosamente um referendo, chumbado devido à, mais do que anunciada, inconstitucionalidade da formulação das perguntas. A maioria foi contornando habilidosamente a votação final da proposta de lei até ao momento em que tiveram a certeza que o torcer das consciências de alguns conjugado com a ausência de outros lhes permitiria alcançar o almejado desiderato de rejeitar esta proposta. Um verdadeiro golpe de teatro. Uma posição que nos fragiliza, em
matéria de direitos humanos. Dentro do Conselho da Europa permaneceremos dentro do lote de países onde figuram a Rússia, a Roménia e a Ucrânia. Mas o pior de tudo isto é a situação de muitas das crianças que vêm mantidos em regime de precariedade os seus contextos afetivos de vida construídos no seio de famílias homoparentais. Crianças que, caso ocorra a morte do seu pai ou da sua mãe, não podendo ser adoptadas pelo companheiro ou pela companheira destes, poderão ver as suas relações afectivas mais sólidas quebradas. Espero que nenhuma destas crianças veja cortados os seus laços por um desfecho de vida que, com a rejeição desta lei, o parlamento não foi capaz de prevenir. Um único caso que se venha a verificar será uma terrível derrota para todos e cada um de nós enquanto decisores políticos e seres humanos. n
certeza de que continuará a defender o consenso da troika. Segundo as regras do Tratado Portugal terá que reduzir a dívida a uma velocidade que, só no primeiro ano, equivale a 10 mil milhões de euros, e isto sem contar com os juros. É mais do que o Orçamento anual do Serviço Nacional de Saúde. Se, com o atual nível de austeridade a dívida tem subido e subido muito, a pergunta a que os representantes do Tratado Orçamental têm que responder não podia ser mais simples. Que nível de devastação social é que pretendem impor para, sem reestruturar a dívida, abater 10 mil milhões de euros só num ano? Este é pois o momento de apresentar os compromissos claros para o futuro. E há hoje um consenso crescente na sociedade portuguesa: a dívida pública,
e sobretudo as medidas de austeridade impostas em nome do seu pagamento, são o maior obstáculo ao crescimento económico português. A rejeição do Tratado Orçamental, e uma reestruturação responsável da dívida que inclua o prolongamento dos seus prazos, a alteração dos juros e o abatimento de parte da dívida, são as condições mínimas para ter políticas de crescimento e emprego. O momento é o da escolha e da construção do futuro: continuaremos presos a uma austeridade masoquista, que hipoteca o futuro durante décadas, ou, pelo contrário, temos a coragem e determinação para afrontar os interesses financeiros e defender os direitos dos cidadãos. A escolha do Bloco é clara: entre os bancos e as pessoas, escolhemos as pessoas. n
Ao sabor do momento
Isabel Santos PS
1. O Presidente da República vetou o diploma que procedia à subida da comparticipação dos trabalhadores da Administração Pública, militares, e forças de segurança para os respectivos subsistemas de saúde de 2,5% para 3,5%. Assistimos, assim, ao primeiro veto político do Presidente a uma medida deste Governo. Uma decisão baseada no facto amplamente debatido de estes aumentos não servirem apenas para garantir a sustentabilidade destes subsistemas de saúde, gerando um excedente que, como é óbvio, servirão para ajudar ao objectivo de redução do deficit. Uma medida que ilustra bem a insensibilidade do Governo em relação à situação daqueles que, entre os trabalhadores portugueses, mais têm estado sujeitos aos sacrifícios ditados pela crise . Já todos tínhamos percebido a sanha persecutória que move este governo contra tudo o que cheira a Estado e,
sobretudo, em relação aos trabalhadores da administração pública. Mas a atitude do Governo logo após o anúncio do veto presidencial ultrapassou todas as marcas. Perante a não promulgação deste diploma legal, o executivo não esteve com meias medidas e, no mesmo dia, fez chegar à Assembleia da República uma proposta de lei cujo texto é exatamente o mesmo. Não haja dúvida que nada demove esta maioria PPD-PSD/CDS-PP, na sua marcha demolidora contra a administração pública. Nem o respeito que a cumplicidade do Presidente ao longo de todo este tempo de mandato previsivelmente mereceria, faz refrear o governo Mais uma vez, quem paga a crise são os trabalhadores públicos. Que para além de suportarem a sustentabilidade dos subsistemas de saúde vão ter que contribuir, ainda mais, e de uma forma encapotada, para o equilíbrio das contas
Um futuro em nome das pessoas
Catarina Martins BE
O Presidente da República, no prefácio ao seu último livro, veio explicar o plano da direita para controlar a dívida. Um plano assente em manter políticas de austeridade por mais duas ou três gerações e que confia que, o que até hoje só trouxe destruição, criará taxas de crescimento e saldos orçamentais nunca vistos. Diz-nos Cavaco Silva que, durante 30 anos, e todos os anos, Portugal terá que ter no mínimo taxas de crescimento de 3% e saldos primários de 4%. Em 40 anos de democracia, Portugal nunca conseguiu atingir estes valores um único ano, quanto mais em 30 seguidos. Pior. Nenhum país do mundo o fez. Mesmo os países mais ricos, como a Alemanha, só atingiram estas metas durante dois anos nos últimos 17. O plano da direita é pois um plano
irrealista, irresponsável e impossível. É irrealista, porque defende para 30 anos consecutivos o que nunca foi conseguido num único. É Irresponsável porque impõe o empobrecimento de todo um país em nome de uma meta que sabe ser impraticável. E é Impossível por que nenhum país do mundo conseguiu atingir as metas defendidas por Cavaco Silva e pelo Governo. Mas é exatamente este plano - Irrealista, Irresponsável e Impossível - que dá corpo ao Tratado Orçamental, aprovado por PSD, CDS e PS. O que este Tratado defende é que, independentemente de quem seja eleito, o dogma desta austeridade sem fim continuará a ser aplicado. Não é por acaso que Cavaco Silva fala em consensos até 2035, quando até lá Portugal verá pelo menos seis ciclos eleitorais. Muda o Governo, mas só na
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Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal Crónica dum manifesto inconsequente
Michael Seufert CDS-PP
A ideia do “Manifesto dos 70” – renegociar a dívida pública em prazos, juros e montantes – é legítima. Mas não é muito útil ao país. Tem graça ver juntos alguns dos passados responsáveis pelas contas públicas com quem se lhes opunha. É um poderoso lembrete de que o mundo é redondo: dá muitas voltas. Fica é a dúvida: em 2004 era Louçã ou Ferreira Leite que tinha razão quanto ao rumo das contas públicas? Não encontramos resposta a esta pergunta no manifesto mas sabemos uma coisa: em 2013 estão ambos errados. O problema do endividamento público é real. Temos muita dívida porque os governos passaram anos a
gastar o que o país não tinha. Eram os malfadados défices que alguns diziam que não significavam mal nenhum. Mas vale a pena lembrar que houve quem especialmente pedisse mais défices no passado – alguns desses dizem agora que a dívida não é pagável. Tomemos Francisco Louçã. Em 2009 assinou o manifesto por mais despesa pública. Não faltavam ideias: «projetos com impactos favoráveis no emprego, no ambiente e no reforço da coesão territorial e social: reabilitação do parque habitacional, expansão da utilização de energias renováveis, modernização da rede eléctrica, projetos de investimento em infraestruturas de transporte úteis, com destaque
para a rede ferroviária, investimentos na proteção social que combatam a pobreza e que promovam a melhoria dos serviços públicos essenciais como saúde, justiça e educação». Era gastar sem parar. Agora não é para pagar. Vale a pena parar para pensar. Louçã está longe de ser o único: muitos dos que andaram anos a pedir que gastássemos mais dinheiro – que não tínhamos e que portanto teríamos de pedir emprestado – são agora os mesmos que dizem que não devemos pagar os nossos empréstimos. Uma atitude bastante responsável, como está bom de ver e que felizmente só não tem consequências porque não é tida como credível.
É que Portugal continua a precisar de se financiar. Dizer ao credores que se vai, unilateralmente, rever as condições tem uma consequência evidente: a dificuldade de obter mais financiamento no futuro. Isso quereria dizer que, a dois meses do fim do programa, em vez de estarmos a planear uma saída estruturada, teríamos de pedir um novo programa de assistência. Mais Troika, mais sacrifícios e três anos deitados fora. A consequência dum Manifesto pela Reestruturação da Dívida seria esta. Felizmente não foi um apelo credível e continuamos no bom caminho para sair do programa e nos despedirmos da Troika. n
que nem dinheiro têm para o transporte e até cortam na medicação porque não há verba para semelhantes luxos. Mas o Governo continua a falar na tal recuperação que ninguém vive. Descendo à terra, só o Governo parece não querer ver que, apesar dos sacrifícios, o País está mais pobre, mais dependente e mais endividado. O PIB continua a cair, a dívida pública continua a crescer e a economia não há meio de arrancar. Mas o Governo continua a falar dos tais milagres económicos que ninguém vê. Descendo à terra, as famílias continuam a fazer contas à vida, num
esforço para fazer face aos aumentos do preço de bens essenciais, como a eletricidade ou do gás. E o Governo continua a dizer que o País está melhor, ainda que ninguém dê por isso. Descendo à terra, constatamos que os idosos estão a ser remetidos à pobreza e à exclusão social e até com muitas crianças a conhecer a fome no nosso País. Mas se a situação é realmente como o Governo pinta, se as coisas estão assim tão bem, então impõem-se uma pergunta: E os portugueses, Senhor? Porque lhes dais tanta dor? Porque padecem
assim? Porque se as coisas estão como o Governo diz, não se percebem as razões da manutenção deste enorme aumento de impostos, dos cortes nos salários e nas pensões. Se assim é, porque razão o Governo continua a cortar no Serviço Nacional de Saúde, na Educação e nas prestações sociais? Se assim é, porque razão pretende o Governo transformar os cortes, que foram apresentados como provisórios, em cortes definitivos? A resposta só pode ser uma, a situação do País não está assim tão boa como o Governo quer fazer crer e o Governo sabe disso. n
Descendo à terra
José Luís Ferreira PEV
O discurso oficial do Governo, e da maioria que lhe dá suporte, assenta nos tais sinais positivos que ninguém sente. Entretanto, descendo à terra, o que vemos é uma realidade bem diferente. Os Portugueses continuam a empobrecer desesperadamente, assistem à continuação dos cortes nos seus salários, pensões e direitos. Assistem à degradação dos serviços públicos, a uma carga fiscal nunca vista, a números do desemprego verdadeiramente intoleráveis e a uma vaga de emigração a lembrar os tempos do fascismo. Os estudantes abandonam os estudos por motivos económicos e os doentes deixam de ir ao Hospital, por-
Gondomar no caminho da prosperidade
Joana Resende PS
Desde o dia da tomada de posse do novo Executivo da Câmara Municipal de Gondomar e o momento em que escrevo este artigo, passaram apenas 144 dias. E embora seja um curto espaço de tempo, sinto já que vivo noutra cidade, noutro município. Para além de todos os problemas práticos, funcionais, económicos e sociais que Gondomar enfrentava no final de ciclo da antiga governação, havia também um problema de imagem que não era de todo menos importante. O município estava estagnado em termos de evolução, de acompanhamento dos tempos e da modernidade. Não obstante, as razões porque era conhecido não eram
abonatórias, e a imagem que passava não era de todo positiva. Quem está atento ao que se passa no terreno, nos serviços municipais, e até na comunicação social, verifica que Gondomar ganhou vitalidade, energia e reconhecimento. Executaram-se obras municipais há muito necessárias e urgentes, renegociaram-se contratos com entidades externas para que melhorassem os seus serviços, promoveu-se a proximidade entre associações, colectividades e munícipes, criaram-se inúmeras atividades de promoção do concelho. Em suma, em apenas 144 dias Gondomar elevou-se a um lugar onde em vinte anos nunca esteve: o da
eficácia. Embora com algumas críticas, houve perseverança na criação de uma nova marca, que aliasse a tradição à modernidade, que fosse atrativa e promissora. Já tinha referido neste espaço a importância desta medida, mas realço novamente o seu papel na prosperidade do município. Era urgente, aliás incontornável, que o município fosse completamente dissociado da sua imagem passada. Para que avançasse em todos os sentidos, era preponderante que renascesse, que se recriasse. Esse passo foi dado, e juntamente com todas as medidas práticas que foram tomadas em todos
os pelouros, Gondomar torna-se atrativo para o investimento, para a inovação, para o crescimento. Sinto que, em contraciclo com o Governo central, a nossa autarquia usa todos os meios possíveis, todas as mais valias e valências para fomentar um crescimento sustentado, um desenvolvimento positivo e uma aposta ganha no futuro. Tudo isto com base num projeto seguro, bem delineado, e principalmente fruto de muito trabalho. Em 144 dias os resultados são já visíveis: Gondomar emancipa-se, promove-se, superioriza-se. E eu, gondomarense, encho-me de orgulho da minha terra. n
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Opinião: Vozes da Assembleia Municipal Pós Troika
Pedro Oliveira CDS-PP
Parece que esta malfadada e assaz mal distribuída austeridade começa a dar os seus esperados frutos com a economia do país a finalmente aparentar assumir uma robustez de onde, há muito, andava arredada. Com efeito já muito poucos questionam a nossa capacidade de sairmos “limpos” deste garrote Troikano, que nos limitou drasticamente os movimentos nos últimos três anos. Os diferentes indicadores económicos colocam, em termos relativos, a performance do país em concorrência direta com os melhores da Europa e, apesar de ser ainda ténue a sustentabilidade de tais indicadores cuja repercussão nos portugueses não é para já mais que psicológica, todos
sentimos um enorme alívio interior e uma renovada esperança no dealbar de um novo ciclo para Portugal. Neste momento portanto, a questão que se nos coloca não é a de saber se estamos obrigados, ou não, à assinatura de um programa cautelar mas, bem diferente, se nos interessa sair “limpos” do resgate ou se não será melhor garantirmos alguma segurança que nos proteja de alguma “intempérie” que esta volátil economia globalizada é fértil em potenciar. Porque a economia do país estando em inequívoca recuperação, continua frágil, demasiado frágil, para enfrentar acrescidos golpes advindos do “estado de espirito” dos investidores, dos mercados. E a verdade é
que, se tal acontecer, um programa cautelar dar-nos-á a necessária serenidade interna e confiança externa na capacidade que teremos de lhes responder. Sem programa, tudo será mais difícil e intenso na gravidade, com a necessidade de programas de última hora, sempre definidos à pressão e manifestamente mais caros para o país. Contudo, e isso é claramente positivo, teremos que ser nós portugueses, a avaliar e decidir qual o melhor caminho. É pois este o debate que a responsabilidade exige que a Maioria e o Partido Socialista tenham, sem subterfúgios ou manobras de diversão, uma vez que é o nosso futuro coletivo que, em concreto, mais uma vez
está em causa. Os partidos políticos do arco da governação, pela representatividade que têm mas essencialmente pela responsabilidade que lhes cabe no atual estado critico da nossa economia, não têm mais espaço para guerras, guerrinhas ou guerrilhas mútuas, onde objetivamente são só os portugueses que perdem por isso. Manifestei, creio que sem tibiezas se bem que sucintamente, a minha opinião sobre tão candente tema, no entanto caberá a quem nos representa desempenharem o seu papel de entes mais preparados e apetrechados tecnicamente, decidindo a solução que melhor garanta os lídimos interesses dos portugueses. n
O PS não quer a reposição das 35 horas semanais para os trabalhadores da autarquia
António Valpaços CDU
Como é do conhecimento público, o Governo PSD/CDS, no quadro da concretização do Pacto de Agressão subscrito entre as troikas nacional e estrangeira e do ataque em curso aos direitos de todos os trabalhadores, procedeu à alteração do horário de trabalho na função pública de 35 horas semanais para 40 horas. No entanto, a aplicação desta decisão, no que às autarquias diz respeito, não é uma inevitabilidade, sendo que, por exemplo, a maioria das Câmaras Municipais do distrito do Porto continua a funcionar com as 35 horas de trabalho semanal. Pois bem, o Tribunal Constitu-
cional, num Acórdão que apesar de não salvaguardar inteiramente os interesses dos trabalhadores determina que não obstante o diploma do Governo se sobrepor aos atuais Acordos Colectivos de Entidade Empregadora Pública (ACEEP), “para o futuro, não fica impedida a consagração, por via de negociação colectiva, de alterações ao novo período normal de trabalho dos trabalhadores em funções públicas, em sentido mais favorável a esses trabalhadores”, acrescentando o horário de 40 horas semanais “pode ser reduzido, quer por lei especial nova, quer por instrumento de regulação
colectiva de trabalho posterior”. No que diz respeito ao nosso concelho, ao contrário do que foi anunciado na Assembleia Municipal de Dezembro para justificar o voto da maioria PS contra uma proposta de recomendação da CDU para a aplicação das 35 horas, que estava já a decorrer a audição dos Sindicatos e que até ao fim do mês de Janeiro haveria uma decisão. Contudo, não houve qualquer decisão e a Assembleia Municipal de Fevereiro foi reveladora da intenção que a maioria que gere os destinos do município tem acerca desta matéria.
A maioria PS não decide porque entende que o Governo tem uma palavra a dizer se as autarquias podem ou não celebrar um acordo com os Sindicatos para a aplicação das 35 horas semanais. O problema é que este Governo já demonstrou claramente que não quer nenhum trabalhador com horário de 35 horas semanais o que não deixa de ser um contrassenso - ficar à espera que quem já disse não possa agora dizer sim - mas sobretudo, um claro desrespeito pela autonomia do Poder Local Democrático e pela decisão do Tribunal Constitucional. n
Sem restruturação da dívida, o país não tem futuro
Rui Nóvoa BE
O manifesto pela reestruturação da dívida pública foi sem dúvida o acontecimento político da semana. E como é evidente, o estranho não foi assistirmos a signatários tão diversos em torno de um tema como, Adriano Moreira, Manuela Ferreira Leite, Francisco Louçã, Bagão Félix, Freitas do Amaral, Carvalho da Silva, entre muitos outros, convergências e consensos há muitos. O que tornou o manifesto central foi, o apelo tão vasto em torno de um tema que há não muito tempo atrás era um autêntico tabu.
Num momento em que o Governo nos garante que estamos no bom caminho, eis que surge um manifesto subscrito por personalidades de diversos quadrantes declarando que temos de reestruturar a dívida. É bom lembrar que a restruturação da dívida foi uma das principais bandeiras do Bloco de Esquerda em 2011. E foi-o precisamente por já na altura ser evidente que não era possível saldar a dívida que o país acumulava. Saldar a dívida com os juros e nos prazos então acordados
seria, a condenação de quaisquer hipóteses de retoma económica. Embora fosse a única solução realista para evitar um mergulho convicto na catástrofe social, a reestruturação foi desde logo encarada como a solução de uma cambada e radicais marginais que por ai andavam. A condenação da reestruturação atingiu aliás o seu ponto máximo quando começou a ser apelidada de “calote” aos credores. Um calote que levaria à miséria, a desempregos e a falências. Um caos,
portanto. Vemos agora os mais diversos sectores reunirem-se em torno deste tema, considerando-o como a única saída realista perante o cenário que o país vive. Não haja dúvidas a este respeito. Em última análise, é sinal de que a mudança está em curso acelerado. O radicalismo de ontem transformou-se agora em pragmatismo. Venham mais convergências deste tipo. Cá estaremos para as receber. n
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Opinião
Se a economia está a recuperar, porque não acaba a austeridade?
Manuel Teixeira Jornalista e Professor Universitário
FOTO: DR
Posto de Vigia
1 – Nas últimas semanas os portugueses têm vindo a ser bombardeados com sucessivas notícias com um denominador comum: os indicadores macroeconómicos apontam para uma inversão de tendência, ou seja, apontam para uma recuperação da nossa economia. Estas notícias vão aparecendo a ritmo cadenciado, como convém para terem efeito de acumulação no imaginário do cidadão comum. Ou seja, hoje sai um indicador de melhoria do índice de desemprego, amanhã um indicador do défice, no dia seguinte um número mais simpático na evolução das exportações, depois um outro dado mais positivo sobre o consumo interno, etc, etc. À medida que estes dados vão sendo divulgados, soam as trombetas dos propagandistas de serviço, e desfilam pela televisão comentadores atrás de comentadores exaltando o ritmo da alegada recuperação da nossa economia. É certo que paralelamente as oposições esfalfam-se para encontrar justificações que sirvam para desvalorizar os ditos indicadores, que nos apresentam uma espécie de milagre a surgir no horizonte. E o pobre cidadão, que não tem formação nem paciência para digerir o que dizem tantos “sábios” ao mesmo tempo, fica
confundido, sem saber quem tem razão, e quem é mais hábil a manobrar o discurso… 2 – À falta de melhor defesa, os portugueses cingem-se a analisar as suas próprias vidas, e o que sentem no seu dia-a-dia sobre o efeito da austeridade e da crise. Por isso, de pouco ou nada vale ao anónimo cidadão ouvir dizer que isto está a melhorar, se na sua vida nada se sente nesse sentido. Não vale a pena dizer-lhe que o desemprego está a baixar, quando ninguém conhece um vizinho ou um familiar que tenha conseguido um novo emprego, depois de ter sido despedido. O que as pessoas conhecem e sabem é que há muitos seus amigos, familiares e outros conhecidos que ou já saíram para o estrangeiro, em busca de trabalho, ou andam à procurar de uma oportunidade, onde quer que seja. De pouco ou nada vale dizer às
pessoas que o produto interno bruto cresceu mais do que o previsto se essas mesmas pessoas não sentem nas suas vidas qualquer efeito relacionado com esses indicadores. De pouco ou nada vale apregoar que as exportações cresceram, e a balança comercial está mais equilibrada ou com saldo positivo (diferença entre o que exportamos e o que importamos) se as pessoas não sentem nenhuma mudança nos seus rendimentos, nem nas perspectivas de melhoria das suas condições de vida. O que as pessoas sentem é que cada vez recebem menos e pagam mais impostos… 3 – Mas o que verdadeiramente deixa o cidadão anónimo baralhado é quando ouve dizer – como tem acontecido nos últimos dias – que, afinal, vamos viver em austeridade permanente no mínimo durante os próximos 25 ou 30 anos. E que os
salários dos trabalhadores no ativo, ou as pensões e reformas dos pensionistas e reformados, nunca mais voltarão aos níveis que tinham antes da crise. E que os impostos que subiram de forma escandalosa só poderão baixar daqui a muitos anos. E que não vamos conseguir pagar a dívida pública se não houver uma renegociação que nos permita que a maior parte dela venha a ser paga durante uns setenta anos, em vez de uma década, etc, etc. É por causa destes discursos cheios de contradições que os cidadãos há muito deixaram de acreditar nos políticos. É por causa destes discursos que cada vez mais se ouve, por todo o lado, este desabafo: os políticos são todos iguais. É por causa destes discursos que tanta gente diz que nem sequer irá votar nas eleições para o Parlamento Europeu, já no próximo mês de Maio. É por causa destes discursos que tanta gente diz que é indiferente sermos governados por estes ou por quem está na oposição. É por causa destes discursos que os governantes são assobiados, onde quer que vão, e já nem o Presidente da República se livra dos protestos públicos. Simplesmente porque a palavra da actual classe política chegou ao grau zero da credibilidade. n
Cuidados a ter na compra de um automóvel usado
Joana Simões Jurísta da DECO
que vá acompanhado por um mecânico ou perito, na área, para que este o ajude a identificar alguma desconformidade. Ressalve-se que, segundo a lei, os veículos usados têm uma garantia de dois anos, embora possa ser
reduzida para um ano, desde que haja acordo, por escrito, por parte do vendedor e do consumidor. Contudo, se o negócio for celebrado entre particulares não se aplica o prazo legal de garantia dos dois anos. FOTO: DR
Antes de adquirir um carro usado certifique-se se o preço praticado corresponde ao que vem anunciado, confira a data da matrícula, a quilometragem à data de inspeção, com a atual, a declaração de garantia (sendo certo que uma parte significativa dos stands introduz cláusulas ilegais que limitam ou excluem o prazo legal de garantia e os componentes que estão cobertos pela mesma). Exija ainda o livrete e respetivo título de registo de propriedade, o registo das revisões e informe-se se o veículo vai ser reparado antes da formalização do negócio, sendo que neste último caso, aconselhamos
Se a viatura avariar dentro do período legal de garantia, o consumidor deverá comunicar os defeitos ao stand num prazo de 60 dias a contar da data do conhecimento dos mesmos. Caso o stand não se responsabilize pelas anomalias, o consumidor deverá escrever uma carta registada com aviso de receção e/ou registar a reclamação no livro de reclamações, exigindo a reparação, a substituição ou a devolução do dinheiro, podendo ainda, no prazo de dois anos a contar da data de denúncia dos defeitos, acionar os procedimentos judiciais para fazer valer os seus direitos. n
Para qualquer esclarecimento adicional pode dirigir-se à DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor - Delegação Regional do Norte, sita na Rua da Torrinha nº 228, H, 5º andar, 4050-610 Porto, ou através do endereço: deco.norte@deco.pt
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Opinião
Teremos hospitais a mais?
Viva Saúde Paulo Amado Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia Diretor Clínico da CLINICA RIO TINTO + Coordenador da Unidade de Medicina Desportiva e Artroscopia Avançada do HPP- Boavista.
Tive ocasião de ler que o nosso Ministério da Saúde pretende modificar as regras de pagamento dos serviços médicos dos hospitais públicos, de forma a que estes possam concorrer a serviços, até aqui, quase só ao alcance dos privados. Será certamente uma iniciativa a aplaudir dada a sua originalidade, antevendo que no futuro possa existir uma salutar concorrência entre os serviços de saúde privados e públicos, tal como existe em outros países europeus, em especial em França, sistema de saúde, que por várias vezes já tive ocasião de defender. Mas por outro lado, não deixa de ser algo estranho, como se os nossos hospitais públicos, não tivessem doentes e necessitem para sua sobrevivência de outro tipo de doentes, até estrangeiros. Também será algo estranho as regras da concorrência serem só para um lado, ou seja, o público concorrer com o privado, mas o privado não possa concorrer com o público, pois a um utente do SNS, é lhe vedado o acesso, pelo menos de forma direta, a uma instituição privada de saúde. Será que existe alguém a inventar? Sou de opinião que o nosso país precisa de reformas urgentes, mas reformar, não é remendar. Uma reforma requer uma mudança radical no sis-
tema e aqui, provavelmente se está a perder uma boa oportunidade para o fazer. Depois, o artigo em causa, referia que uma consulta de urgência num hospital público ficaria por algo superior a 100€, num hospital central, fora os exames complementares a efetuar. E que o Ministério da Saúde permitiria a “negociação” caso a caso, em que uns utentes pagaria uma coisa e outros outra, consoante o seu tipo de assistência de saúde. Ora isso não é mais do que privatizar o sistema público, mas num só sentido, em que o comum dos utentes continua com as mesmas dificuldades de acesso, ou até mais, pois a partir daqui, as listas de espera para tratamentos, além dos normais e numerosos pacientes, do serviço nacional de saúde, terão agora um acrescimento dos utentes de seguradoras, subsistemas de saúde, etc. Algo de estranho, esta medida agora anunciada. É do conhecimento geral que um utente por exemplo da ADSE, prefere muitas vezes recorrer a um hospital privado convencionado, pois a taxa que paga para consulta (entre 3 a 3,99€) é bem menor do o que pagaria numa mesma consulta num hospital público. No entanto, também dou razão a um hospital público, em que os seus próprios tra-
balhadores, como utentes da ADSE, prefiram ir a uma instituição privada em vez e serem tratados no próprio local de trabalho, comparticipando o próprio hospital onde trabalham em receitas de outros. Então como se resolveria este dilema? Penso que nada mais fácil, tão somente tornar os dois sistemas público e privado a competir entre si, podendo o utente, de qualquer sistema escolher, não só pela qualidade, como pelo tipo de assistência a prestar. Por exemplo, em casos de tratamentos específicos, como o tratamento do cancro, é de todo o interesse ter uma instituição especializada para o tratamento especifico, tal como é o IPO, instituição que terá sempre de ser dependente de um sistema de saúde público, garantindo o livre acesso e igual a todos os seus utentes, com tecnologia de ponta, que torna quase insustentável a iniciativa privada. É verdade que um ditado popular diz “que de médico e louco, todos temos um pouco”, mas não devemos tomar esse ditado à letra, senão sujeitamo-nos a termos pessoas em centros de decisão em saúde, que nada percebem de saúde, uma área tão específica, que depois levam a decisões erradas, com claro prejuízo para as populações, bem como os projetos que tem o poder de
influenciar. Sei bem ao que isso pode levar... Reparem o que se passa em França, o sistema de saúde que considero dos melhores, qualquer utente que necessita de ir a uma consulta de com o seu médico, recebe uma senha de um valor controlado, como se fosse um cheque tipo dentista e se quiser ir a um especialista, recebe uma senha no valor de 23,00€, podendo depois optar por ir a um hospital público ou privado, clinica ou consultório médico. Uma certeza é que o SNS só pagaria 23,00€ pela consulta (no nosso atual sistema o SNS paga cerca de 90€ por uma consulta de especialidade num hospital público) o que levaria o utente ir a um local onde a consulta custaria esse valor e no caso de desejar ir a um local onde o preço da consulta fosse mais alto, pagaria o utente essa diferença. É no fundo o sistema da ADSE, que todos sabemos que os seus utentes estão muito beneficiados em relação aos restantes do SNS, pois podem escolher livremente onde podem ser atendidos, ainda por cima, sem que isso acarrete esforço financeiro para o Estado, pois como sabemos, a ADSE, está neste momento equilibrado, quase auto sustentável. Até breve, estimados leitores… n
Os maus serviços da Águas de Gondomar Bisturi Henrique Villalva
Quem percorre regularmente a rede viária do concelho de Gondomar constata, com indesmentível evidência, que a esmagadora maioria dos pisos das estradas, avenidas, ruas, travessas ou vielas está marcada por remendos e buracos para todos os gostos e tamanhos, quase todos com um denominador comum: intervenções na rede de abastecimento de água, ou na rede de saneamento. No caso do saneamento, o mais vulgar é vermos tampas metálicas desniveladas, que são um perigo para o trânsito rodoviário, algumas em desintegração visível, outras descarnadas de asfalto ou dos próprios paralelos. Já quanto às intervenções na rede de abastecimento de água domiciliar, o mais vulgar é termos remendos toscos também
eles desnivelados, ora constituindo autênticas lombas, ora em baixo relevo, a caminho de se converterem em buracos de alto risco para qualquer condutor. Acresce, neste último caso, que os ditos remendos ora são feitos com umas pazadas de asfalto, ora são um remendo de paralelos a destoar em pisos de asfalto, ou toscamente aplicados em pisos também de paralelos. Não raras vezes, estes concertos são assinalados, durante semanas, com quatro pontas de verguinha a que os serviços amarram umas fitas vermelhas, alegadamente para avisar os incautos. É tão frequente constatar isto nas nossas ruas que é extremamente fácil retirar algumas conclusões, mais que óbvias. A saber: as redes subterrâneas geridas pelas Águas
de Gondomar estão podres e a desfazerem-se, tantas são as vezes que os tubos ou condutas rebentam; as intervenções são feitas de qualquer maneira, com uma incompetência confrangedora, e sem o mínimo de respeito pelos munícipes e condutores; por fim, constata-se que ninguém controla ou vigia estes serviços, - tarefa que compete antes de mais à Câmara Municipal – e por isso as Águas de Gondomar fazem o que querem, sem que ninguém seja chamado à pedra. Ora, todos sabemos que o anterior executivo, liderado por Valentim Loureiro, privatizou a exploração das águas e saneamento. A cargo do Município ficou apenas a rede de águas pluviais, onde esta existe, ou as linhas de água naturais que conduzem as chuvas para ribeiros
e cursos de água. O balanço desta privatização é ruinoso para os munícipes, como muito bem demonstram os exemplos atrás indicados. E, todavia, ainda há pouco foi tornado público que as Águas de Gondomar – exploradas por uma poderosa empresa privada – apresentou lucros, em 2012, neste concelho, da ordem de um milhão de euros. Perante os factos, e sabendo-se que o actual executivo socialista, ao tempo da privatização, se manifestou contrário a essa opção, só tem um caminho a seguir: ter mão dura com uma empresa que ultraja os seus munícipes. Se não se notarem, a curto prazo, mudanças nestes comportamentos, a única conclusão a tirar é que ou escasseia a competência, ou não existe força política. Esperemos para ver. n
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Lazer PALAVRAS-CRUZADAS
RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE CHEFE JOÃO PAULO RODRIGUES
* docente na Actual Gest
Bronwie Chocolate com Gelado de Limão Ingredientes: 300g de chocolate culinária preto 250g de manteiga 180g de açúcar 6 ovos 2 colheres de sopa de farinha 1 colher de chá de fermento em pó 50g de noz moída Gelado de limão Natas Chocolate de culinária Papel vegetal
Horizontais
Soluções
Verticais
1. Falta de tranquilidade 3. Folhagem 5. Gema ou porção de gemas, batidas com açúcar e leite 6. Estado de incandescente 7. Forma reduzida de radiografia 9. Superfície quase plana formada pela erosão 10. Ictiol Nome de vários peixes de escama, fluviais, carnívoros, da família dos caracídeos 14. Estado ou qualidade de infecundo 15. Falta de validade 16. Gaguez 17. Extensa pradaria tropical ou subtropical, com esparsas árvores ou grupos de árvores, especialmente na América 18. Folc Orixá feminino, a mãe-d’água dos iorubanos
1. 2. 4. 6. 8.
Imprensagem Fanfarrice Ato ou efeito de fartar(-se) Falta de relevância Feição, maneira, modo À g de: à maneira de 11. Hética 12. Feminino de pedicuro 13. Garotada
AGENDA CULTURAL VIVACIDADE Confeção: Derreter o chocolate com manteiga em banho- maria. Na batedeira colocar os ovos e o açúcar e bater aprox. 10 minutos. De seguida juntar a farinha e o fermento em pó. Juntar a noz moída. Ao preparado anterior juntar o chocolate derretido. Untar uma forma com manteiga e forrar com papel vegetal e untar com manteiga. Colocar o preparado e levar ao forno, 180º durante 18 minutos aprox. Servir fatias a gosto e colocar uma bola de gelado. Regar com chocolate derretido com um pouco de natas.
Diversos: Colheita de Sangue na Foz do Sousa 9h às 12h30 – 15 e 16 de março, na Junta de Freguesia de Foz do Sousa Exposições:
Ourindústria 2014 27 a 30 de março, no Pavilhão Multiusos de Gondomar; Inauguração no dia 27 de março às 19h; “Arte com Livros” Até 26 de abril, na Casa da Juventude de Rio Tinto; O Regresso dos Malteses 22 e 29 de março, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova; “Uma pata na água, outra na terra” 22 de março até 26 de abril, Centro de Educação Ambiental da Quinta do Passal;
Literatura: Lançamento do livro “A Voz e as Mãos, 25 Temas Bíblio-Míticos”, de António Oliveira e exposição de quadros de José Rodrigues 16h - 29 de março, na Biblioteca Municipal de Gondomar Música: Música com Bebés & Papás 10h30 e 11h30 - 29 de março, na Biblioteca Municipal de Gondomar; Dança: 4º Encontro de Danças Infantis e Juvenis – Estrelinhas da Dança 21h30 - 29 de março, no Auditório Municipal de Gondomar
VIVACIDADE MARÇO 2014 45
Lazer FOTO VIVACIDADE Na foto: Ana Bacalhau Vocalista dos Deolinda fotografia@vivacidade.org
LELO e ZEZINHA
Intrigas, falsidades, ciúmes, etc. não o levarão a lugar nenhum que valha a pena despender as suas energias. Tente afastar-se de pessoas que possuam tais sentimentos. Você é muito melhor.
Guarde segredo sobre o que pretende fazer. É muito importante o factor surpresa. A família espera mais de si. Dê-lhe mais atenção e estimule os laços que vos unem. A relação a dois anda um pouco reprimida.
Evite ultrapassar os seus limites. Excesso de auto-confiança pode ser prejudicial. Concentre-se e pense no seu futuro, fazendo uma retrospectiva do seu passado.
A lua favorece bastante este mês. Deixe a sua imaginação funcionar. A alegria está presente e a boa sorte também. No trabalho, se exprimir as suas opiniões com clareza, será um mês muito benéfico.
Viva cada momento da melhor maneira. Vá fazer um passeio com os amigos ou pessoa amada , mas evite excessos. As noites, podem ser um bom programa ficar a sós com o seu amor.
Procure melhorar profissionalmente. Chances de se destacar no trabalho. Invista em projectos ambiciosos, depois de os analisar. No amor, a situação parece estar confusa.
Mês relaxante e de grande prazer. Aproveite os bons fluidos astrais para conviver e usufruir de tudo o que a vida tem de bom. Familiares e amigos estarão unidos para apoiar os seus desejos.
A sua sintonia astral é excelente. É ao lado de pessoas próximas que se sentirá bem. Estreite os laços sentimentais com muita paixão e ardor. Momentos de forte intimidade no romance. Seja ardente.
Necessitará ser mais dinâmico para solucionar os problemas com que se defrontará. Não desanime com questões de pouca importância. Vida romântica surpreendente.
Energias negativas ameaçam a sua paz. Relaxe e acredite na sua capacidade de controlar a situação. Não se deixe levar pela possessividade e intrigas alheias.
No trabalho, um facto inesperado pode surgir. Tenha muita atenção com os assuntos profissionais. No campo afectivo, o mês propicia uma envolvência muito salutar.
Os astros querem que a sua sorte melhore. É a altura de novos projectos de trabalho. Mantenha-se atento qualquer sinal de reconhecimento.
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Emprego
Actual Gest deu continuidade ao
projeto “My story is your story” em Sevilha A sétima reunião do projeto “My story is your story”, inserido no programa Grundtvig - Programa de Aprendizagem ao longo da vida -, decorreu dos dias 23 a 26 de fevereiro e esteve cargo da equipa espanhola, da escola Oficial de Idiomas de Dos Hermanas (EOI), em Sevilha. Espanha acolheu mais de 30 participantes que
e gratificante nestes encontros.” Os dias foram repartidos por reuniões de
gal, Bélgica, França, Alemanha, Suécia, Turquia,
coordenadores dos diversos países. Portugal teve a
Polónia e Reino Unido] para contarem “histórias
formadora Ana Dias, do Polo de formação profis-
com sentidos”, a temática que está a ser desenvol-
sional Actual Gest, a representá-lo e os workshops
vida no programa.
foram preparados por estudantes da EOI. Cada
FOTO: DR
representam os oito parceiros do projeto [Portu-
Segundo Natália Moura, representante da
workshop ligava-se a um dos quatro sentidos:
Actual Gest [escola profissional gondomarense],
olfato, visão tato e audição, finalizando com uma
“os 30 participantes juntaram-se a vários alunos
troca de ideias experienciadas pelos participantes.
e professores daquela escola naquela que foi uma
A finalizar o encontro europeu do “Sens-ical
partilha de culturas, saberes e sabores, juntamente
stories”, no Teatro de Almona, em Dos Hermanas,
com a fantástica oportunidade de praticar a lín-
Natália Moura e David Sousa, representaram a Ac-
gua inglesa é, aliás, sempre muito enriquecedora
tual Gest, com a história “The fantasy World”. n