TÉCNICAS DE DEPILAÇÃO:
PH E ESTRUTURA QUÍMICA DO PELO
Esp. Pedro H. Veloso Biomédico CRBM 6.831
TÉCNICAS DE DEPILAÇÃO • Podemos considerar na três regiões importantes dos pelos: – Zona do cabelo permanente: é a região do pelo onde os profissionais cabeleireiros podem trabalhar, é considerada morta. • Nesta parte do pelo, podemos analisar a presença ou não de produtos químicos e condições higiênicas.
TÉCNICAS DE DEPILAÇÃO – Zona de queratinização: esta é a área responsável pelo crescimento do pelo,
fica próximo ao bulbo capilar.
TÉCNICAS DE DEPILAÇÃO – Zona de diferenciação capilar: esta região é responsável pela renovação da haste, saúde e vitalidade capilar. • Esta área se for atingida por alguma doença pode afetar o crescimento do pelo porque pode ocorrer falta de nutrientes na papila dérmica e impedindo assim a formação de uma nova haste.
TÉCNICAS DE DEPILAÇÃO • Outro fator importante a ser considerado é o diâmetro dos fios, que podem ser divididos em grosso, médio e fino; • Os pelos grossos possuem diâmetro acima de 0,06mm, os pelos considerados de diâmetro médio possue de 0,04mm a 0,06mm. Já os pelos finos possuem diâmetro menores de 0,04mm.
TÉCNICAS DE DEPILAÇÃO • O nosso cabelo possui algumas propriedades importantes tais como: • Espessura: está relacionada a grossura do fio, geralmente quanto mais grosso o fio mais resistente ele é;
TÉCNICAS DE DEPILAÇÃO • Textura: a textura pode mudar de acordo com a espessura do fio;
TÉCNICAS DE DEPILAÇÃO • Permeabilidade: a permeabilidade é a proporção de absorção de água, nosso cabelo pode absorver até 35% de água;
TÉCNICAS DE DEPILAÇÃO • Elasticidade: é a capacidade de esticar ou contrair naturalmente como um elástico;
TÉCNICAS DE DEPILAÇÃO • Densidade: a densidade é a relação de quantidade de fios por cm2.
PH DO PELO • Um dos fatores mais importantes para o metabolismo celular é a quantidade de hidrogênio livre presente na célula; • O pH é uma medida padrão que indica se o meio está ácido, básico(alcalino) ou neutro; • E para isso temos uma medida padrão que varia de 0 a 14, onde:
PH DO PELO • No caso dos pelos, o pH capilar é em torno de 4,5; • Em qualquer tratamento cosmético ou dermatológico é muito importante saber o pH, do couro cabeludo para uma boa tolerância dos produtos a serem utilizados;
PH DO PELO • No caso de condicionadores, o ideal é pH 4 para manterem as cutículas alinhadas para a queratina dos pelos; • No caso de utilizar produtos com pH muito alcalino ou muito ácido, pode ocorrer um inchaço do fios, ficando assim a cutícula aberta e deixando o córtex exposto e isso aumenta a porosidade do cabelo.
ESTRUTURA QUÍMICA DO PELO • O componente principal dos pelos é a queratina, alguns aminoácidos como a cisteína, arginina, e a citrulina e água.
ESTRUTURA QUÍMICA DO PELO • Os fios possuem também uma quantidade variada de elementos traços, em baixas quantidades cerca de 1%, estes componentes podem ter características internas ou serem incorporados aos fios durante a síntese do cabelo; • Mas geralmente vem do ambiente mesmo, no caso da água,
ESTRUTURA QUÍMICA DO PELO • Cada cabelo possui uma capacidade de absorção de água e este fator é que vai influenciar principalmente em relação a hidratação dos pelos.
ESTRUTURA QUÍMICA DO PELO • Quimicamente os pelos são compostos cerca de 80% de queratina e os outros 20% de outros compostos como minerais.
ESTRUTURA QUÍMICA DO PELO • Essa queratina é produzida pelos queratinócitos, única parte viva dos pelos, e sua principal função é produzir a queratina; • Essa queratina é formada de cadeias polipeptídicas, que se diferenciam das outras proteínas pelo alto teor de pontes dissulfeto vindas da cistina, isso lhe da propriedade química, térmica e mecânica da fibra capilar; • As pontes dissulfeto formam uma rede tridimensional com alta densidade proporcionando aos pelos resistência a produtos químicos.
CRESCIMENTO DOS PELOS • Os pelos crescem em níveis diferentes em cada indivíduo e essas alterações estão relacionadas a diversos fatores: – características genéticas; – Idade; – sexo; – raça; – estação do ano; – peso corporal; – metabolismo; – equilíbrio hormonal; – uso de medicamentos; – entre outros.
ANAGÊNESE • 1. Anágena (Fase de Crescimento): • A fase de crescimento dura entre dois a sete anos e determina o comprimento do nosso pelo.
CATAGÊNESE • 2. Catágena (Fase de Transição): • Esta é a fase de transição, que dura cerca de 10 dias; • O folículo piloso encolhe e solta-se da papila dérmica.
TELOGÊNESE • 3. Telógena (Fase de Repouso) • Esta é a fase de repouso, que dura aproximadamente três meses; • Cerca de 10-15% dos pelos encontram-se nesta fase; • Enquanto o pelo antigo repousa, um novo pelo começa a fase de crescimento.
EXOGÊNESE • 4. Exógena (Nova Fase de Pelo): • Esta é a parte da fase de repouso em que o pelo antigo cai e começa a crescer um novo pelo; • Caem cerca de 50 a 150 fios de cabelo por dia, sendo considerada a queda de cabelo normal.
CRESCIMENTO DOS PELOS • A velocidade normal da produção da haste do pelo é cerca de 0,35mm/dia e usualmente varia de 6mm a 1,2 cm por mês.
CICLO DE VIDA DO PELO • O ciclo de vida e desenvolvimento do pelo, depende de alguns fatores para que se desenvolva dentro da sua normalidade ele depende de alguns fatores importantes: • Irrigação sanguínea do folículo piloso;
CICLO DE VIDA DO PELO • Presença de doenças sistêmicas ou locais como alopécias e dermatites seborreicas;
CICLO DE VIDA DO PELO • Uso de medicamentos;
CICLO DE VIDA DO PELO • Fatores emocionais e psíquicos; • Fatores externos como calor excessivo, traumas mecânicos, exposição solar, água do mar, frio, vento, agentes químicos; • Equilíbrio hormonal, pois os hormônios são jogados no sangue e vão estimular o metabolismo orgânico; • São os hormônios os responsáveis pela textura e estrutura dos fios, e pela mudança nas fases da vida, de infância para adolescência e fase adulta;
CICLO DE VIDA DO PELO • Proteínas, os nossos pelos dependem muito das proteínas, logo se a pessoa não tiver uma boa ingestão de alimentos ricos em proteínas, poderá ter um desequilíbrio do sistema pilífero, crescimento e saúde dos pelos;
CICLO DE VIDA DO PELO
CICLO DE VIDA DO PELO • WHEY PROTEIN (Proteína do soro): • Whey Protein concentrada: pode conter entre 25 a 89% de proteínas, carboidratos (lactose) e lipídeos. Um bom whey concentrado contém em torno de 80% a 89% de proteínas do soro do leite, reduzindo a quantidade de carboidratos e gorduras. • Whey protein isolada: sofre processo de filtração obtendo mais de 90% de proteínas, possui maior grau de pureza, sendo removidos à lactose e gorduras. • Whey protein hidrolisada: o processo de hidrólise consiste em quebrar as proteínas em tamanhos menores, facilitando a digestão e sendo mais rapidamente e facilmente absorvidas.
CICLO DE VIDA DO PELO • As vitaminas são muito importantes no desenvolvimento dos pelos: – Vitamina B que a sua carência pode ocorrer queda dos pelos; – Vitamina C que a sua carência causa fragilidade e escassez dos fios; – Vitamina D que a sua carência afeta o bulbo piloso, que também compromete o crescimento saudável do fio;
CICLO DE VIDA DO PELO • Minerais, existem alguns minerais que alteram por exemplo a cor dos pelos , como o cobre, a sua deficiência causa mudanças na coloração dos fios; • O ferro e o zinco podem causar fragilidade e queda dos fios.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS • 1. Sinclair RD, Banfield CC, Dawber RPR. Handbook of diseases of the hair and scalp. Oxford: Blackwell Science 1999:3-26. • 2. Paus R, Peker S, Sundberg JP. Biology of hair and nails. In: Bologna JL, Jorizzo JL, Rapini RP, editors. Dermatology. Mosby Elsevier, 2. ed. 2008;1:965-986. • 3. Loussouarn G, El Rawadi C, Genain G. Diversity of hair growth profiles. Int J Dermatol 2005; 44[Suppl 1]:6-9. • 4. Vogt A, Mcelwee KJ, Blume-Peytavi U. Biology of the hair follicle. In: BlumePeytavi U, Tosti A, Whiting DA, Trüeb R (eds.). Hair growth and disorders. Berlin: Springer 2008:1-23. • 5. Stenn K, Paus R. Controls of hair follicle cycling. Physiol Rev 2001;81:449- 494. • 6. Langbein L, Rogers MA, Praetzel S, Aoki N, Winter H, Schweizer J. A novel epithelial keratin, hK6irs1, is expressed differentially in all layers of the inner root sheath, including specialized huxley cells (Flügelzellen) of the human hair follicle. J Invest Dermatol 2002;118(5):789-799. • 7. SHAPIRO, J.; THIERS, B. H.. Clínica dermatológica - distúrbios capilares: Conceitos atuais em Fisiopatologia, Diagnóstico e Tratamento. 1 ed. [S.L.]: Di Livros, 2015. 253 p. • 8. HALAL, John. Tricologia e a química cosmética capilar. 5ª ed. São Paulo: Cengage Learning, 2011. • 9. KADUNC, Bogdana; Tratado de Cirurgia Dermatológica, Cosmiatria e Laser da SBD, Elsevier Brasil, 2013. • 10. KALIL, Célia; Manual Prático do Laser e Outras Fontes de Energia Eletromagnética na Dermatologia, Elsevier , Rio de Janeiro, 2016. • 11. KLIEGMAN, Robert; Tratado de Pediatria, Elsevier, 2014 MACHADO, Rosiléa. Apostila de Terapia capilar, Rio de Janeiro,2012.
“O SENSO DE RECLAMAÇÕES DEVERIA VIR SEMPRE ACOMPANHADO DO SENSO DE SUGESTÕES. MAS NEM TODAS AS PESSOAS AO ENCONTRAR UM PROBLEMA JÁ PENSAM EM UMA POSSÍVEL SOLUÇÃO.” (RO S I C LEI DE
DAV I D)
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