URINÁLISE - Coleta, exame físico, químico e sedimentoscopia

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CRIAÇÃO DO LABORATÓRIO

Pedro H. Veloso Biomédico CRBM 6.831


BIOMÉDICOS E SETORES • Responsável Técnico (RT): responsável por toda distribuição de tarefas e coordenação do laboratório. • Co-RT: Substituto e auxiliar do RT. • Hematologia: coordena o setor de hematologia. • Microbiologia: coordena o setor de microbiologia. • Parasitologia: coordena o setor de parasitologia. • Bioquímica: coordena o setor de bioquímica. • Urinálise: coordena o setor de urinálise.


NOME DO LABORATÓRIO • Escolher um nome inédito e com uma justificativa plausível, que tenha a ver com os procedimentos executados.


MISSÃO • A missão de uma empresa pode ser definida como a razão pela qual ela existe, o motivo pelo qual ela foi concebida e projetada. • Laboratório Sabin: oferecer serviços de excelência em medicina diagnóstica preventiva; • Mercedez-Bens: aperfeiçoar o nosso negócio de automóveis, fornecendo veículos de alta performance e confiabilidade;


VISÃO • A visão é a forma como a empresa caminha, seu direcionamento e trajetória. É a imagem do futuro que se deseja alcançar, através da missão, do foco e do trabalho. • Kopenhagen: ser um grupo competitivo que atue de forma abrangente no segmento alimentício, através de um portfólio de produtos com qualidade, representado por marcas fortes, com características e propostas únicas.


VALORES • Os valores são as motivações da empresa, o que faz com que ela seja ativa todos os dias e mantenha o foco para seus objetivos. • Banco Itaú: Só é bom para a gente, se for bom para o cliente; Simples. Sempre; Fanáticos por performance; Pensamos e agimos como donos; Gente é tudo para gente; Ética é inegociável; O melhor argumento é o que vale;


DETALHAMENTO DE SETORES • Definição; • Planta da sala; • Mapa de risco; • Equipamentos utilizados no setor; • Exames realizados; • Patologias Investigadas; • Importância do setor.


DOCUMENTAÇÃO • Ata de cada reunião; • POP de pelo menos 5 exames de cada setor; • Alvará de funcionamento; • Alvará Sanitário.


URINÁLISE: COLETA

Pedro H. Veloso Biomédico CRBM 6.831


HISTÓRICO • Há 5.000 anos no Egito: •Observava-se a urina para avaliar sintomas de incontinência urinária, cistite, prostatite e uretrite.

• Hipócrates: •Uroscopia - avaliação das características físicas da urina: cor (amarelo, branco, hemorrágico) , aspecto (límpido, turvo);


HISTÓRICO • Grécia: •Relação da presença de sangue na urina com cefaléia, convulsão e desmaio;

• Século XIII (Inglaterra): •Sabor adocicado da urina e diagnóstico de Diabetes

• Século XVII: •Análise microscópica.


HISTÓRICO • Inicio da medicina laboratorial; • Não existiam procedimentos analíticos sofisticados como os atualmente disponíveis; • Eram capazes de obter informações diagnósticas a partir das seguintes observações: cor, turbidez, odor, volume, viscosidade e mesmo doçura (observando que alguns espécimes atraiam formigas); • A urina normalmente é composta por 95% de água e 5% de solutos; • A produção diária de urina gira em torno de 1200 – 1500 ml, contudo um intervalo de 600 – 2000 ml é considerada normal.


FUNÇÃO RENAL


URINA •“Um fluido de biópsia dos rins”. •“Um ultrafiltrado do plasma, que pode ser usado para a evolução e monitoramento da homeostase do corpo e muitas doenças dos processos metabólicos.”


URINA


ORIENTAÇÕES GERAIS • A amostra de urina deve ser preferencialmente coletada no laboratório; • Obter a primeira urina da manhã sempre que possível ou reter a urina na bexiga por no mínimo 2 horas antes de realizar a coleta; • A permanência da urina na bexiga por pelo menos 4 horas é o ideal pois diminui o número de resultados falso negativos; • Não forçar a ingestão de líquido a fim de induzir a micção do paciente, líquidos em excesso irão diluir a urina, diminuindo a contagem de colônias ou gerando resultados falso negativos; • O frasco deve ser identificado corretamente, o coletador deve conferir os dados do paciente ao receber a amostra e anotar na etiqueta o horário da coleta; • Anotar no frasco se a coleta for realizada por saco coletor, cateter vesical, sonda de alívio ou punção; • NUNCA coletar urina de comadre ou papagaio ou do saco coletor de pacientes sondados.


ORIENTAÇÕES PARA URINA DE ROTINA •Em alguns casos, a urina só poderá ser colhida no laboratório. Assim sendo, você será informado e receberá outras orientações: • Recipiente: frasco plástico com tampa; • Colher de preferência a primeira urina da manhã. Caso não seja possível, coletar a urina que tenha permanecido por pelo menos 4 horas retida na bexiga. Notificar o laboratório sobre como foi realizada a coleta, em qualquer caso;


ORIENTAÇÕES PARA URINA DE ROTINA • Primeiramente, realizar uma limpeza rigorosa (antissepsia) do pênis ou da vagina, ensaboando bem. Enxaguar com bastante água e enxugar com uma toalha limpa; • Começar a urinar no vaso sanitário fora do frasco. Após alguns segundos colher a porção média do jato urinário diretamente no frasco. Não é necessário preenchê-lo completamente (até o meio é suficiente); • Tampar, identificar com o nome completo e levar imediatamente (dentro de uma hora) ao laboratório.


ORIENTAÇÕES PARA UROCULTURA • Limpar bem a região genital, principalmente ao redor do meato uretral (saída da uretra). O ideal é usar gazes (compressas) estéreis para limpar e depois secar a região. • O recipiente usado para colher a urina deve ser estéril. • Na hora de urinar, deve se evitar o contato da urina com a pele ao redor, como grandes lábios ou o prepúcio do pênis. • O primeiro jato de urina é sempre desprezado, pois este serve apenas para limpar as impurezas que ficam na uretra.


ORIENTAÇÕES PARA UROCULTURA •A urocultura deve ser levada imediatamente para o laboratório após a sua coleta. Só é preciso refrigerá-la se o tempo entre a coleta e a entrega for muito longo. • A melhor urina para a urocultura é a primeira da manhã, pois durante a noite é quando a urina permanece por mais tempo na bexiga, favorecendo a multiplicação das bactérias. Entretanto, esta coleta de manhã nem sempre é possível pois o paciente costuma colhê-la logo após sair do consultório médico.


ORIENTAÇÕES PARA UROCULTURA • É bom salientar que o paciente não deve evitar antibióticos antes da coleta da urina. •Existe sempre a possibilidade do antibiótico não ser forte o suficiente para acabar com a infecção urinária, mas ser eficaz para impedir o crescimento das bactérias no meio de cultura, levando a um resultado falso-negativo da urocultura.


ORIENTAÇÕES PARA URINA INFANTIL • Lavar as mãos e calçar luvas; • Fazer higiene prévia da região genital, coxas e nádegas com gaze embebida em clorexidina aquosa a 0,2%, (se houver sujidade aparente, repetir a higiene com clorexidina aquosa); • Em meninas, a higiene deve ser sempre realizada no sentido de frente para trás; em meninos, o prepúcio deve ser retraído para realização da higiene; • Utilizando outra gaze embebida em água repetir o procedimento para retirar o excesso de clorexidina; • Colocar o saco coletor de forma asséptica; Trocar o coletor inicialmente após 30 minutos e, se necessário, realizar trocas subsequentes (trocar em intervalos de 45 minutos a 1 hora para evitar assaduras, repetindo a higiene em cada troca); • Se houver contaminação fecal a amostra deve ser desprezada e o procedimento reiniciado; • Após a micção, retirar cuidadosamente o coletor, fechar e enviar ao laboratório. •NÃO ENVIE AO SETOR CASO A CRIANÇA TENHA DEFECADO.


ORIENTAÇÕES PARA URINA INFANTIL


ORIENTAÇÕES PRÉ-COLETA.


ORIENTAÇÕES PRÉ-COLETA.


TIPOS DE URINA • Rotina; • 24 horas; • Jato médio; • Cateterizada; • Aspiração Suprapúbica; • Pediátrica.


URINA DE ROTINA • Não requer preparação; • Quase sempre aleatórias, primeira da manhã; • Dependendo da idade do paciente e condições físicas requer assistência.


URINA 24 HORAS •1º Dia: esvaziar a bexiga na hora inicial, coletar todas as urinas nas próximas 24horas. •2º Dia: na mesma hora em que começou a coletar no primeiro dia, de bexiga cheia, urinar e coletar esta última amostra. • No laboratório após a chegada da amostra, misturar, medir o volume e registrar. •Uma alíquota é guardada para testes e ensaios adicionais de repetição, descartar o restante da urina.


URINA DE JATO MÉDIO • Utilizada para cultura, citologia e rotina. • Necessita de antissepsia do paciente • Primeira urina é descartada. • Não ter contato do coletor com a área perineal. • Contém elementos da bexiga, uretra e rins.


URINA CATETERIZADA • Requer pessoal treinado. • Utilizada na rotina e cultura, e também para diferenciar Infecção Renal, da Bexiga. • Inserção de um cateter através da uretra dentro da bexiga. • Amostras aleatória e temporizadas podem ser obtidas.


ORIENTAÇÕES PARA PACIENTE COM CATETER •Fechar a sonda 30 minutos antes da coleta. • Utilizando gaze embebida em álcool 70%, realizar a desinfecção do dispositivo na área própria para a coleta de amostra, aspirar a urina utilizando seringa e agulha estéreis. • A urina pode ser enviada ao laboratório na própria seringa ou pode ser transferida para o tubo cônico e em seguida enviada ao laboratório. • NUNCA colete urina da bolsa coletora do cateter.


ORIENTAÇÕES PARA PACIENTES COM SONDA DE ALÍVIO • A passagem de sonda de alívio é uma decisão do médico e o procedimento é feito pela equipe de enfermagem. • É recomendado desprezar o fluxo inicial (aproximadamente 30ml em adultos e 3 ml em crianças) antes de recolher a amostra para cultura. • Essa técnica é muito indicada para coleta infantil quando houver dúvidas na interpretação do resultado da cultura de urina.


COLETA DE PACIENTE SONDADO


URINA DE ASPIRAÇÃO SUPRABÚBICA •Coleta diretamente da bexiga por uma agulha com seringa em punção abdominal. •Utilizada para cultura e citologia.


ORIENTAÇÕES PARA COLETA SUPRAPÚBICA • O procedimento é realizado pelo médico do paciente e é indicado para cultura de anaeróbios e coleta infantil quando houver dúvidas na interpretação do resultado da cultura de urina.


COLETA SUPRAPÚBICA


URINA PEDIÁTRICA • Utilizada na rotina e ensaios quantitativos; • Faz-se antissepsia do local da coleta; • São utilizados coletores plásticos com adesivos; • Devido a contaminações, coletas suprapúbicas e cateterizada podem ser feitas.


ARMAZENAMENTO DE URINA PARA ANÁLISE • Refrigeração - 4 a 6ºC, até 24 horas. • Vantagens: • Não interfere em testes bioquímicos. • Desvantagens: • Aumenta a densidade para urodensímetro, e precipita cristais de fosfatos e uratos amorfos; • Se for analisada dentro de 2 horas após a coleta , não refrigerar; •Após a coleta, anotar na etiqueta o horário da coleta.


“NÃO CONFUNDA JAMAIS CONHECIMENTO COM SABEDORIA. UM O AJUDA A GANHAR A VIDA; O OUTRO, A CONSTRUIR UMA VIDA.” (SANDRA CAREY)

drpedrohveloso @drpedroveloso pedro.chaves@anhanguera.com atpstopicos1@kroton.onmicrosoft.com


CRIAÇÃO DO LABORATÓRIO

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DETALHAMENTO DE SETORES • Definição; • Planta da sala; • Mapa de risco; • Equipamentos utilizados no setor; • Exames realizados; • Patologias Investigadas; • Importância do setor.


URINÁLISE

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EXAMES • Exame físico – cor, odor, aspecto, depósito, presença de espuma, densidade; • Exame químico; • Análise do sedimento.


URINÁLISE: EXAME FÍSICO

Pedro H. Veloso Biomédico CRBM 6.831


EXAME FÍSICO • Exame de Urina: Grande utilidade clínica; o Procedimento de alta demanda; o

o

Dificuldades de padronização;

o

Exame de triagem.


EXAME FÍSICO • Deverá fazer parte do resultado? Decisão cabe a cada laboratório; o Devem ser relatadas variações na cor e no aspecto. o

• Recomendações para avaliação: Amostra bem homogeneizada o Recipiente adequado; o Volume adequado; o Observação contra fundo branco; o Luz adequada. o


EXAME FÍSICO • A coloração anormal pode ser causada por alimentos, medicamentos, doenças e produtos metabólicos.


EXAME FÍSICO • Cor: Diferentes tonalidades de amarelo; o Produção e excreção constante do urocromo; o Bom índice de concentração urinária e hidratação; o Cor X presença de patologias; o Diferenças de termos utilizados entre laboratórios; o Padronização importante; o Treinamento de pessoal. o


EXAME FÍSICO • Cor:


EXAME FÍSICO • Odor: Normal: “sui generis” o Anormal: odor fétido (processo infeccioso), odor amoniacal (transformação de uréia em amônia, por bactérias), odor frutado (corpos cetônicos em pacientes diabéticos). o


EXAME FÍSICO • Presença de espuma: Avaliação da formação de espuma após agitação da amostra; o Indica presença de bilirrubina e albumina, que precisa ser confirmada por análise química. o


EXAME FÍSICO • Aspecto: nível de turbidez da urina. Refere-se a transparência da amostra; o Aspecto X doenças; o Recipiente transparente. o

o

Termos utilizados: Transparente/Límpido; o Semi-turvo; o Turvo/Opaco; o Leitoso. o


EXAME FÍSICO • Depósito: Estreitamente relacionado com o aspecto da urina (em alguns casos não é realizada); o Nível de depósito em tubo cônico após a centrifugação. o


URINÁLISE: EXAME QUÍMICO

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EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: • Meio simples e rápido de realizar várias análises bioquímicas simultâneas; • Quadrados de papeis absorventes impregnados por substâncias químicas e presos em tiras de plástico; • Avaliação semi-quantitativa; • Urina à temperatura ambiente.


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: • • • •

Não devem ser utilizadas após a data de expiração; Devem ser guardadas em frasco original; Não expor à luz nem umidade; Frascos bem fechados em temperatura adequada Retirar pequenas quantidades para uso; • Evitar usar tiras de diferentes frascos.


EXAME QUÍMICO • Leitura: • Manual; • Semiautomatizada; • Automatizada.


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: uso adequado • • • • •

Treinamento de pessoal/ Uso de POPS; Seguir as orientações do fabricante; Tempo requerido para leitura difere a cada teste; Conhecimento da sensibilidade e especificidade; O que pode interferir na reação.


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: técnica • • • • • • •

Ambiente bem iluminado; Homogeneizar bem a urina não centrifugada; Submergir completamente todas as áreas da fita; Retirar a fita imediatamente de dentro do recipiente; Eliminar o excesso de urina em papel absorvente; Aguardar o tempo recomendado para a reação; Fazer a leitura de acordo com orientação do fabricante


EXAME QUÍMICO


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: pH • Papel na regulação do equilíbrio ácido básico; • Detecção de possíveis distúrbios eletrolíticos sistêmicos de origem metabólica ou respiratória; • Valores de referência: 5,5 a 6,5.


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: DENSIDADE • • • • •

Propriedade física; Avaliação da capacidade renal de reabsorção e concentração. \; Estimação indireta da gravidade específica; Apenas solutos iônicos; Valores de referência: 1015 a 1025.;


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: PROTEÍNAS • Proteinúria: Indicador de doença renal; • Valores de referência: Negativo; • Quando positivo: expresso em + a ++++ ou em mg/dL.


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: GLICOSE • Avaliação de Diabetes Mellitus, e distúrbios de reabsorção tubular; • Valores de referência: Negativo; • Quando positivo pode ser liberado em + a ++++ ou mg/dL.


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: CETONAS • • • • •

Avaliação de Diabetes Mellitus (cetoacidose), jejum prolongado; Valores de referência: negativo; Quando positivo expresso por : + a ++++ ou mg/dL Traços, pequena, moderada e grande quantidade Fita positiva sem diabetes: Dieta rica em proteínas e pobre em carbohidratos, dieta cetogênica, medicações.


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: SANGUE • Detecção e avaliação das hematúrias; • Valores de referência: negativo; • Quando positivo, liberado em traços, pequena, moderada ou grande quantidade ou de + a +++.


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: BILIRRUBINA • Indicação precoce de hepatopatias. • Valores de referência: negativo • Quando positivo deve ser liberado em + a +++ ou pequena, moderada ou grande quantidade. • Realizar testes confirmatórios (reação de Fouchet).


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: UROBILINOGÊNIO • • • •

Avaliação de distúrbios hepáticos e hemolíticos; Valores de referência: < 1mg/dL; Quando positivo liberar em mg/dL. Realizar teste confirmatório (reação de Ehrlich).


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: NITRITO • Avaliação de processos infecciosos do trato urinário (ITU); • Valores de referência: negativo;


EXAME QUÍMICO • Fitas reagentes: LEUCÓCITOS • Avaliação de processos infecciosos e inflamatórios do trato urinário (ITU); • Pode ocorrer com ou sem bacteriuria; • Valores de referência: negativo; • Quando positivo liberar em + a +++ ou traços, pequena, moderada ou grande quantidade.


RESUMINDO


ALTERAÇÃO VS DOENÇAS ALTERAÇÃO

DOENÇA

Glicosúria

Diabetes

Hematúria

Glomerulonefrites, urolitíasis, traumatismo

Proteinúria

Pielonefrites

Cetonúria

Diabetes

Leucocitúria

Pielonefrites

Cilindrúria significativa

Enfermidades renais agudas e crônicas


“NÃO CONFUNDA JAMAIS CONHECIMENTO COM SABEDORIA. UM O AJUDA A GANHAR A VIDA; O OUTRO, A CONSTRUIR UMA VIDA.” (SANDRA CAREY)

drpedrohveloso @drpedroveloso pedro.chaves@anhanguera.com atpstopicos1@kroton.onmicrosoft.com


CRIAÇÃO DO LABORATÓRIO

Pedro H. Veloso Biomédico CRBM 6.831


DOCUMENTAÇÃO • Ata de cada reunião; • POP de pelo menos 5 exames de cada setor; • Alvará de funcionamento; • Alvará Sanitário.


URINÁLISE: SEDIMENTOSCOPIA

Pedro H. Veloso Biomédico CRBM 6.831


SEDIMENTOSCOPIA •No exame de sedimento são observados: • • • • • •

Células de descamação (renais, pelve, vesicais, uretrais e vaginais); Hemácias, leucócitos, cilindros (hialinos, leucocitários e granulosos); Cristais; Bactérias; Muco; Espermatozóides.

• Os cristais e cilindros são identificados e quantificados por campo de menor aumento (100x); • A quantificação das células de descamação é feita por números por campo de maior aumento (400x); • O restante por cruzes (+,++,+++) por campo (400x). • Obs: O volume mínimo da amostra deve ser de 5 mL para garantir a qualidade do exame, principalmente para a análise do sedimento urinário.


SEDIMENTOSCOPIA • A técnica: • • • • • •

Colocar 5 a 10 mL da amostra de urina em tubo cônico. Centrifugar por 5 a 10 min (1000 a 1500 rpm). Desprezar o sobrenadante, deixando apenas 0,5 mL a 1 mL no tubo. Ressuspender o sedimento. Depositar duas gotas do sedimento em uma lâmina (separadamente). Colocar, em seguida, uma lamínula sobre a primeira gota para observação do sedimento a fresco não-corado. • Depositar uma gota do corante urinário (STERNHEIMER-MALBIN) sobre a outra gota do sedimento, homogeneizar e cobrir com lamínula para observação do sedimento urinário corado. • A observação do sedimento é realizada ao microscópio, com baixa intensidade de luz, utilizando primeiramente um menor aumento (100x) e depois a um maior aumento (400x).


SEDIMENTOSCOPIA • A técnica:


SEDIMENTOSCOPIA • Células epiteliais pavimentosas: • Origem na porção distal do epitélio uretral. citoplasma/núcleo (núcleo pequeno e condensado); • Normal: raras; • Número aumentado: erro de coleta.

Alta

relação


SEDIMENTOSCOPIA • Células epiteliais de transição: • Encontram-se desde a pelve renal até a parte proximal da uretra; • Normal: raras. • Número aumentado: infecção urinária


SEDIMENTOSCOPIA • Células epiteliais tubulares renais: • Identificação e diferenciação é bastante difícil sem coloração; • Sua presença maciça pode significar necrose tubular aguda, infecções bacterianas, virais, inflamações e neoplasias; • Pacientes com rejeição do rim transplantado.


SEDIMENTOSCOPIA


SEDIMENTOSCOPIA • Leucócitos (leucocitúria): • Citoplasma granulado e núcleo lobulado; • Menos de 5/campo = normal ; • Sua identificação constitui uma indicação de patologia inflamatória do trato urinário ou genital; • Pielonefrites: leucocitúria moderada, proteinúria, bacteriúria, e cilindrúria; • Cistite: leucocitúria variável e bacteriúria.


SEDIMENTOSCOPIA • Hemácias (hematúria): • Menos de 2 hemácias por campo é normal; • Hb+ sem hemácias: considerar hemólise e repetir o exame em urina fresca.


SEDIMENTOSCOPIA • Hemácias (hematúria): • Hemácia fantasma: membrana rompe em urina hipotônica; • Hemácias dismórficas: protusões celulares ou fragmentadas. Indicam sangramento glomerular; • Alterações de pH do glomérulo ou traumatismo mecânico.


SEDIMENTOSCOPIA • Cilindros: • São os únicos componentes do sedimento que tem origem exclusivamente renal; • Está associada com a ocorrência de proteinúria, mas também pode conter células e outras estruturas; • Variam em aparência, tamanho, forma e estabilidade: difícil identificação; • Sua denominação depende da presença ou não de inclusões: hialinos, epiteliais, granulosos, eritrocitários, céreos, leucocitários, bacterianos, adiposos e de cristais.


SEDIMENTOSCOPIA • Cilindros hialinos: • Formados pela proteína Uromodulina; • Difícil visualização; • Normal em pequenas quantidades, quando aumentada pode indicar febre, desidratação, exposição ao frio e exercícios.


SEDIMENTOSCOPIA • Cilindros leucocitários: • Indicam infecção do trato urinário alto ou pielonefrite; • Não são encontrados em urina de pacientes saudáveis.


SEDIMENTOSCOPIA • Cilindros eritrocitário:

• Importante indicador de doenças glomerulares, sangramento dentro do néfron, mas também podem ser encontrados em indivíduos sadios após exercícios de alto impacto; • É muito instável, por isso sua observação é muito difícil; •É sempre acompanhada presença de hemácias livres.

da


SEDIMENTOSCOPIA • Cilindros epiteliais: • Contém células de origem tubular renal; •Distinção com cilindros leucocitários é muito difícil.


SEDIMENTOSCOPIA • Cilindros gordurosos: • Células tubulares renais que apresentam gordura como inclusões citoplasmáticas; • Indicam distúrbios renais avançados com lipidúria (síndrome nefrótica) ou também diabetes.


SEDIMENTOSCOPIA • Cilindros bacterianos: • Pielonefrite, confirmar presença por Gram.

• Cilindros pigmentares (Hb ou Mb): • Muito raro.


SEDIMENTOSCOPIA • Cristais: • Sais urinários precipitam quando fatores alteram sua solubilidade (pH, temperatura, concentração); • Medir o pH da urina é fundamental para saber qual sal pode ter precipitado; • Tem menor significado clínico que os demais elementos: nem sempre indica doença.


SEDIMENTOSCOPIA • Cristais amorfos (uratos de sódio, potássio, magnésio e cálcio): • Precipitam após muito tempo em pH ácido;

• Dissolvem com calor (60oC) e formam cristais de ácido úrico com a adição de ácido acético


SEDIMENTOSCOPIA • Cristais de uratos cristalinos (sódio, potássio, amônio): • Esferas levemente marrons; • pH levemente ácido; • Também formam cristais de ácido úrico.


SEDIMENTOSCOPIA • Cristais de ácido úrico: • Ocorrem em pH baixo (5-5,5); • Formas diversas; • Gota ou quimioterapia.

pacientes

em


SEDIMENTOSCOPIA • Cristais de oxalato de cálcio: • Refletem doença renal severa ou intoxicação por etilenoglicol.


SEDIMENTOSCOPIA • Cristais de fosfato: • Aparência agranular; • São os cristais mais facilmente identificáveis, apesar de variarem de tamanho.


SEDIMENTOSCOPIA • Cristais de cistina: • Cristais mais importantes; • Ocorrem em pacientes com cistinúria; • Indicam cálculo de cistina.


SEDIMENTOSCOPIA • Cristais de leucina e tirosina: • Muito raros, podem ser encontrados em pacientes com doenças hepáticas graves ou doenças inatas do metabolismo.


SEDIMENTOSCOPIA • Bactérias e leveduras: • Normalmente não são encontrados na urina Indica infecção urinária.


“NÃO CONFUNDA JAMAIS CONHECIMENTO COM SABEDORIA. UM O AJUDA A GANHAR A VIDA; O OUTRO, A CONSTRUIR UMA VIDA.” (SANDRA CAREY)

drpedrohveloso @drpedroveloso pedro.chaves@anhanguera.com atpstopicos1@kroton.onmicrosoft.com


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