Ateliê de Projeto Integrado V
ANÁLISE DE PROJETO E AVALIAÇÃO PÓS OCUPAÇÃO CONDOMÍNIO EMBAÚBA
Pedro Viana Sâmara Cristine Daniela Monteiro Ana Carolina Souza
SERVIÇOS Analisando o entorno do condomínio Embaúbas e seus equipamentos, notamos um déficit em várias áreas. O entorno conta com apenas um ponto de ônibus nas proximidades, sendo este apenas uma sinalização em um poste de luz, onde falta abrigo contra o sol e ocasionalmente chuvas. Visto que, segundo a pesquisa o transporte público é de media qualidade, logo as linhas não atendem de modo suficiente, o que acarreta a uma espera maior nestes pontos. Não foi encontrada nenhuma unidade pública ou particular de pronto atendimento. Os moradores do condomínio quando necessitam de atendimento precisam se deslocar para o bairro vizinho. Dentro no trecho analisado encontra-se uma Escola, porém o bairro vizinho (6&2/$ 32172 '( Ð1,%86 dispõe de três intuições de ensino, as sedo, uma de educação infantil, outra de educação básica e mais uma de educação 5(67$85$17( 3$548( /,1($5 básica está sendo criada. Não foi encontrado nenhum equipamento de cultura ou lazer além do parque linear, o mesmo apesar de assim chamado não possui estrutura física que satisfaça a condição de parque, respondendo assim a avaliação dos moradores como insatisfatório. A região basicamente residencial possui )$50È&,$ ainda um pequeno índice de comércio. Possuindo apenas, um restaurante, uma padaria e uma farmácia.
ENTORNO IMEDIATO
LEGENDA PONTO DE ÔNIBUS CONDOMÍNIO EMBAUBA CENTRO COMERCIAL
RESTRIÇÕES NORMATIVAS Art. 15. As restrições urbanísticas do imóvel serão informadas pelo órgão competente, compreendendo: I – zona em que se localiza o imóvel; II – classificação do uso pretendido e sua adequação; III – taxa de ocupação e índice de aproveitamento máximo do IV – eventuais restrições referentes ao imóvel.
Art. 38. As condições da absorção das águas pluviais nos lotes deverão ser preservadas, com a manutenção de no mínimo 20% (vinte por cento) da sua área, livre de impermeabilizações e construções. § 3° A área de estacionamento, quando descoberta e com número de vagas superior a 20 (vinte), deverá ser arborizada na proporção de 1 (uma) árvore para cada 4 (quatro) vagas, sendo que poderá ser utilizada 50% (cinquenta por cento) desta área para cobertura removível. CLASSIFICAÇÃO XI - HABITAÇÃO DE INTERESSE SOCIAL: compreende as edificações construídas através dos setores especiais de habitação social; XIII - HABITAÇÃO MULTIFAMILIAR VERTICAL: compreende edifiedifi cações correspondentes a mais de uma habitação por lote, acima de dois pavimentos; XLIII – ZONA ESPECIAL DE INTERESSE SOCIAL 3: são regiões que já receberam ou poderão receber habitação de interesse social, localizadas em áreas já parceladas;
Para construções a parti de 2005, as instruções técnicas do Corpo de Bombeiros de Minas Geraais, solicitam que edificações acima de 750m², deverão ter como método de prevenção e combate a incêndio, a utilização de hidrantes, além de outros métodos como extintores, placas e luminárias.
Art. 27. O habite-se (...) seguintes itens: VI – existência de placa de numeração oficial, calçadas fronteiriças concluídas com recipiente de lixo e com uma árvore plantada para cada 10m (dez metros) de testada, observando-se o seguinte: plantio de árvore de pequeno porte, e que não as danifique; faixa de serviço da calçada, conforme determina a Lei do Sistema Viário Municipal. II - edificações com mais de 02 (dois) pavimentos acima do nível do logradouro, de acordo com as seguintes regras, sendo o mínimo de 3m (três metros): AFR = H/10 + 2,10, onde: AFR = Afastamento Frontal; H é a medida, em metros, desde o nível médio do meio-fio, até o piso do pavimento mais alto da edificação, exceto casa de máquinas, caixa d’água e área privativa coberta até 35% (trinta e cinco por cento) da laje. Afastamento Lateral II - edificações com mais de 02 (dois) pavimentos acima do nível do logradouro, de acordo com as seguintes regras: a) ALF = H/10 + 1,5 onde: ALF = Afastamento lateral e de fundo, H é a medida, em metros, desde o nível médio do meio-fio, até o piso do pavimento mais alto da edificação, exceto casa de máquinas, caixa d’água e área privativa coberta até 35% (trinta e cinco por cento) da laje.
Afastamento Lateral II - edificações com mais de 02 (dois) pavimentos acima do nível do logradouro, de acordo com as seguintes regras: a) ALF = H/10 + 1,5 onde: ALF = Afastamento lateral e de fundo, H é a medida, em metros, desde o nível médio do meio-fio, até o piso do pavimento mais alto da edificação, exceto casa de máquinas, caixa d’água e área privativa coberta até 35% (trinta e cinco por cento) da laje. Art. 34. Para a aplicação do coeficiente de aproveitamento será adotada a área privativa fechada da edificação, contida no seu perímetro externo. § 1o A superfície das áreas das unidades privativas é calculada pela seguinte tabela
§ 3o A área máxima privativa de construção será a área resultante da seguinte equação: Am = At x CA onde: Am = Área máxima permitida de construção At = Área total do terreno CA = Coeficiente de aproveitamento máximo
SISTEMA ESTRUTURAL E A FLEXIBILIDADE Conforme a placa ao lado, o sistema estrutural dos edifícios do condomínio Embaúba foi executado em alvenaria autoportate, deste modo, não é possível efetuar remoção de paredes, aberturaras, entre outras alterações do tipo. Assim a flexibilidade nos apartamenos é garantida a partir do uso de móveis planejados, elétros com diversas funções e a ampliação das das atividades executadas em cada ambiente.
INVÓLUCRO EXTERIOR FACHADAS
FACHADA NORTE
22.6
22.6
24.7
21.5
1.5
13.8
16.4
28.8
3.4
11.9
W
21.3
24.9 0 6.1 .10 20
14
15
12
13
11
8.3
10
16
1 4.1
E
23.2
9 8
17
9.2
7 21 .1 22 6 .12
1 .1 22 2 18 .1 22
FACHADA OESTE
N
S
N
22.6
22.6
24.7
21.5
1.5
13.8
16.4
28.8
W
11.9
3.4
24.9
21.3
0 6.1 .10 20
22.6
22.6
24.7
21.5
13.8
1.5
11.9
3.4
24.9
21.3
0 6.1 .10 20 1 4.1
15
14
13
12
16
11
10
12
13
11
10
8.3 23.2
9 8
9.2
7
17
21 .1 22 6 .12
1 .1 22 2 18 .1 22
8.3
E
23.2
9 8
17
9.2
7 21 .1 22 6 .12
1 .1 22 2 18 .1 22
S
Latitude 18° Sul N
S
22.6
22.6
24.7
21.5
1.5
13.8
16.4
28.8
W
11.9
3.4
24.9
21.3
0 6.1 .10 20 1 4.1
15
14
13
12
16
11
10
8.3
E
23.2
9 8
17
9.2
7 21 22 .1 6 .12
1 .1 22 2 18 .1 22
0m
FACHADA NORTE
W
1 4.1
16.4
28.8
14
15 16
FACHADA LESTE
A partir das análises de insolação e ventilação é foi possível determiar algumas particularidades das fachadas do condomínio, sendo assim, em uma análise específica dos edifícios em estudos temos as seguintes características: as fachadas voltadas para o leste e o oeste do terreno, são as únicas que possuem esquadrias no edifício, estas compõem um “monótono” ritmo de cheios e vazios que caracterizam as fachadas. Agora tomando como exemplo apenas um dos edifícios de estudo, na fachada oeste temos a porta principal do apartamento, a janela da sala e a janela de um dos quartos. Já na fachada leste, existe apenas a presença de janelas, sendo a primeira do quarto, a segunda a janela basculante do banheiro e a terceira a janela da cozinha. As demais fachadas não possuem aberturas. O edifício oposto possui a mesma configuação poerem ela ocorre de modo espelhado.
N
Fachada Norte: insolação das 6h e 30min às 18h e 30min; Fachada Leste: insolação das 5h e 30 min às 12h e 30 min; Fachada Sul: insolação das 5h e 30min às 18h e 30min em raros dias do ano; Fachada Oeste: insolação das 12h às 18h e 30min.
S
1m
2m
3m
E
ESQUADRIAS
As esquadrias que integram as fachadas são todas metálicas, sendo a porta principal de abrir, as janelas da sala, cozinha e quartos de correr e a janela do banheiro basculante. Como vantagem as janelas de correr são de fácil manutenção, o morador consegue regular a ventilação conforme a abertura da folha e ela não se projeta para dentro ou para fora da edificação. Porém, quando abertas, não liberam a totalidade do vão, mas normalmente 50% deste.
PINTURA
As vedações externas da edificação foram revestidas por uma tinta levemente texturizada sedo que a cor predominante é um tom de verde, com os detalhes arrematados na cor branca e uma faixa na cor cinza de aproximadamente meio metro de altura, faz o papel de rodapé do pavimento térreo, assim o protege da sujeita e outras intemperes.
COBERTURA
A cobertura é composta por um telhado de duas águas , que protege o edifício e outro telhado de apenas uma água, que protege as caixas de escadas. Esse tipo de telhado é bastante simples para ser executado e não possui um custo elevado, proporciona um fácil escoamento das águas da chuva, porém não é um tipo de cobertura durável e necessita de manutenção periódica. As telhas usadas na cobertura são de concreto.
TIPOLOGIAS Cada edifício é composto por quatro pavimentos e cada pavimento abriga quatro apartamentos, que possuem a mesma tipologia, assim todos apartamentos do edifício compoem um mesmo sistema estrutural, de cobertura e de concepção estética. O edifício subdividi-se em dois blocos, estes abrigam dois apartamentos por pavimento, cada bloco apresenta sua própria circulação vertical, representada por uma caixa de escada que da acesso aos apartamentos. Os apartamentos, em cada bloco são espelhados, por exemplo: em um apartamento a porta princiapal está alocada no canto direito da sala e no apartamento do lado a mesma porta fica alocada no canto esquerdo da sala. A unidade habitação possui 30m² de área útil, sendo composta por uma sala, uma cozinha conjugada com a área de seviços, um banheiro e dois quartos. Como mostra a planta abaixo, que também apresenta as principais atividades que um grupo de seis moradores entrevistados alegaram executar em determinados ambientes.
s
CONVERSAR TRABALHAR RELAXAR DORMIR LER
ASSITIR TV
ACESSO CIRCULAÇÃO HORIZONTAL
LER
DORMIR
ASSITIR TV
CONVIVER
A=8,70m²
A=2,36m²
LAZER
ESTUDAR
ESTOCAR
ESTUDAR
LEGENDA
TRABALHAR RECEBER
COMER RELAXAR
ESTOCAR
COMER ESTUDAR
RELAXAR ESTOCAR LER
ASSITIR TV
ESTOCAR COZINHAR
A=6,27m²
A=7,45m²
A=2,27m²
ESTOCAR
CONVERSAR
LAVAR
CIRCULAÇÃO VERTICAL AMBIENTE MULTIFUNCIONAL AMBIENTE MONOFUNCIONAL COLUNA HIDRÁULICA
0m
1m
2m
3m
DENSIDADE ÁREA DO TERRENO: 26.686,75 m² ÁREA CONSTRUIDA: 20 586,42 m² ÁREA ÚTIL DA UNIDADE: 37,05 m² ÁREA LIVRE DE APROXIMADAMENTE 6 100,33m² 25 BLOCOS – 400 UNIDADES ESTIMATIVA DE 1 200 HABITANTES. Considerando uma media de 3 habitantes / apartamento. A partir da análise do número de unidades, tem uma uma baixa ocupação, sendo uma media de 20%.
N
IMPACTO AMBIENTAL Os blocos são constituídos de alvenaria com espessura que não tem por finalidade qualquer estratégia térmica. As aberturas das janelas são esquadrias com vedações simples de uma folha de vidro. Não havendo assim nenhuma estratégia na construção em sim. No seu exterior também não evidenciamos equipamento ou arborização suficiente para promover o conforto. A área verde e permeável consiste em um gramado circundando cada bloco, e em alguns lugares poucas árvores, que pela baixa quantidade também não influenciam na temperatura. Notamos pela pesquisa que os moradores do condomínio procuram mais estratégias de economia de energia elétrica do que de água, o principal motivo é a redução do preço na conta, deixando as preocupações com impactos ambientais em segundo plano. Também evidenciado que menos da metade dos entrevistados tinham conhecimento do destino que tinha o seu lixo produzido, e ainda, apenas metade faz uso da separação do mesmo.
ANÁLISES DA AVALIAÇÃO PÓS OCUPAÇÃO HOMEM MULHER CRIANÇA
Durante o processo de avaliação pós ocupação fomos encarragados de entrevistar os moradores de dois edifícios do condominio Embauba, com isso, seis moradores foram entrevistados e a partir das informações fornecidas por eles, determinamo as análises seguintes.
TRANSPORTE PÚBLICO
SAÚDE
Apesar do condomínio possuir quatro linhas de ônibus que saem do terminal planalto e duas que saem do terminal central, que passam próximo a ele, a grande maioria dos moradores considera o transporte coletivo de média qualidade, isso retrata que a quantidade linhas servindo tal localidade não define a qualidade do serviço, pois os contastes atrasos dos ônibus, a superlotação, o valor elevado da passagem, a rota da linha, entre outros valores, também são levados em conta quando o morador usa esse meio de transporte.
Os moradores consideram a saúde de média qualidade, pois o bairro não possui uma unidade pública de pronto atendimento, nem mesmo uma rede particular hospital, sendo assim eles tem que se deslocar do bairro para terem acesso ao sistema de saúde, que muitas vezes, mesmo fora do bairro, ainda não é considerado de qualidade.
EDUCAÇÃO São poucos os moradores entrevistados que utilizam o sistema educacional, sendo assim a avalição deles acaba sendo superficial, pois a maioria considerou a educação de média qualidade, porém o bairro vizinho possui uma escola de educação infantil, outra de educação básica e mais uma escola de educação básica está sendo construída. Assim podemos considerar que eles avaliaram a proximidade da escola ou até mesmo o ensino ministrado na mesma, já que são amplas as possibilidades de avaliações que podem ser feitas.
CULTURA
Cultura continua sendo avaliada como insatisfatória ou totalmente insatisfatória, pois mesmo com a mudança de bairro, o problema com os equipamentos culturais são a nível da cidade, assim os moradores continuam sendo influenciados por eles.
LAZER
O lazer é outro fator que não sobre alteração, quanto ao antigo bairro dos entrevistados.
QUALIDADE DA CONSTRUÇÃO
Em relação a qualidade da construção os pesquisados consideraram a mesma regular, por conta dos diversos problemas nas vedações, acabamentos, esquadrias e outros, porém alguns moradores que consideraram a construção de boa qualidade, alegaram que já haviam feito as devidas adequações para melhorar a qualidade da sua residência.
ACESSIBILIDADE
Este é um fato bastante notório, pois os entrevistados afirmaram que em questão de acessibilidade o condomínio oferece uma boa qualidade, porém, o mesmo só possui apartamentos acessíveis no pavimento térreo, e estes não possuem acessos e espaços para circulação acessíveis, assim é possível notar que o fato de nenhum dos pesquisados possuir algum morador com limitações físicas, determinou um estado de aceitação para as condições de acessibilidade do condomínio.