Baladas em bsb ed 16 fev de 2014

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COMPORTAMENTO

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Destinos da turma dos esquentas

a casa é sua

É de conhecimento geral que Gilberto Salomão é um local tradicional da agitação brasiliense. Desde que foi inaugurado, em 1976, se tornou imediatamente local de diversão. Inúmeras boates existiram ali e o local nunca perdeu sua vocação para a vida noturna.

Da Redação

Uma das opções que mantém a tradição do local é o Noir Club. Segundo seus proprietários, é uma casa inspirada nas baladas dos principais centros urbanos do mundo. Arquitetura e tecnologia de ponta são marcas registradas.

As opções são muitas. As histórias também. Os porres, a pegação ou simplesmente sair para ficar comportadinho. As boates estão aí para quem deseja ferver na noite. Eletrônico, sertanejo, rock, samba, pop... A Revista Pepper apresenta um roteiro diversificado para quem não quer ficar trancado em casa à noite. Felipe Menezes

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O baladeiro aposta no sertanejo como melhor lugar para ir a dois por conta do tom mais meloso da música. “Para os solteiros eu recomendo as boates pela razão que sempre dá mulher onde os riquinhos estão”, aponta. Bernardo Bittar diz acreditar que o ambiente de música eletrônica é mais propício para a pegação. A razão é que a galera fica entorpecida e fica mais fácil a interação. “Os doidões e as doidas na balada se chegam sem pudor”, dispara. Bernardo acrescenta que as boates de Brasília estão com os mesmo quilates das de grandes centros urbanos como São Paulo e Nova Iorque. E recursos importados como iluminação: “quanto mais investimento, mais o povo gasta”, afirma.

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Felipe explica que a intenção é deixar o ambiente “bastante futurista sem perder a elegância e o conforto”. Parte do investimento foi para a reforma da casa, onde funcionava a extinta Trend. Ele explicou que diminuiu a área útil e aumentou a área administrativa. A arquitetura escolhida foi de um grande corredor separado por 12 lounges que termina em um bar próximo ao palco. O forte do Noir Club é a música eletrônica com house e deep house, mas já diversifica seu projeto para incluir música sertaneja em sua programação. O que mais sai no bar são combos de vodka com energético. Felipe considera um local com público bem selecionado que atende a solteiros e casais. Ele descreve que, nessas casas noturnas, as mulheres bonitas gostam de mostrar o corpo e são muito bem relacionadas. Elas já sabem o seu nome em dois minutos de bate-papo. “Eu acho que elas estão sempre na caça. Na pior das hipóteses, elas fazem uma amizade com quem tem alguma coisa para oferecer como, por exemplo, uma carona ou uma entrada de camarote”. Ele comenta que um bom ambiente para se conseguir cortesias e conhecer pessoas interessantes são nos “esquentas” das festas. Estes pré-eventos geralmente acontecem na casa de fulano no Lago Sul, por conta da área útil do jardim, visto que nos apartamentos as coisas são muito apertadas.

Foram três meses de planejamento para promover a comemoração, entre barmans, DJs e um profissional responsável pela ambientação da festa, que começou no período da tarde e foi até tarde da noite. Quem esteve lá diz que foi inesquecível. Para quem não foi convidado, procure as colunas sociais na internet para ver as fotos do evento.

E a galera alternativa? Brasília possui festas consideradas “alternativas” onde se pode desfrutar de música eletrônica, black music, rock, regionais... Um exemplo é o tradicional 5uinto, que comemora sete anos de vida. Iniciado no Espaço Galeria do Conic, e com mais de 330 edições, hoje ele tem residência fixa na 904 Sul. Um dos frequentadores assíduos dessa festa é Álvaro Mesquita (nome fictício), 33 anos. Ele diz considerar o 5uinto um verdadeiro Oásis dentro da selva urbana de Brasília por trazer DJs internacionais de peso. E considera o público eclético e mais selecionado no sentido de que não são todos que conseguem sair em uma quinta-feira e encarar o trabalho na sexta. “Ou seja, é uma turma bastante baladeira. Com uma faixa etária entre 20 e 40 anos que sai para curtir uma festa com um preço razoável”, define. Para animar a galera, Álvaro conta que o pessoal gosta mesmo é de vodka com energético. “E por baixo, para quem gosta rola bala (ecstasy) e baseados (sic)”, diz. O diferencial é a música eletrônica. Rola de tudo e 5uinto

om a palavra, um especialista da noite, o jornalista Bernardo Bittar, 24 anos. Ele abre a entrevista dizendo que o histórico segregador de Brasília tem diminuído, “pois as pessoas estão procur ando as festas independente do endereço”. Ele diz ver amigos gastando R$ 5 mil em camarotes em boates em Taguatinga, por exemplo. “As pessoas estão procurando se divertir e todos os polos da cidade estão com boas atrações. Agora Taguatinga e Águas Claras estão surgindo no mapa com boates chiques”, diz.

Um dos proprietários da casa, Felipe Braga, 22 anos, diz que o investimento total para montar o clube noturno foi de R$ 2,5 milhões. Ele conta que, para apresentar um conceito diferente, foi comprado um sistema que controla a iluminação da casa chamado de madrix software. “Temos um painel de led que deixa o ambiente conforme queremos”, descreve.

gente que veio de outras cidades exclusivamente para se divertir na beira do Lago Paranoá.

Grupinho seleto Próximo à concha acústica, o Bar do Alemão abriu as portas em 2013. No local de vez em quando ocorrem festas de arromba onde a alta corte não economiza nos reais. Um exemplo de festança ocorreu em fevereiro, no aniversário do empresário e colunável Thiago Miranda, que assoprou 28 velinhas. Foi uma festa para 480 amigos devidamente selecionados, cada um vestindo a sua blusa-convite. E teve 9


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