ESPORTE
Pista para todos os gostos
Por Pedro Wolff
S
ão dez pinos, uma bola lançada com efeito para o melhor ângulo de entrada e segue o grito de strike. O boliche é versátil o suficiente para ser praticado por atletas de alto rendimento dos jogos panamericanos ou como opção de lazer e diversão entre amigos. Brasília possui cinco locais para se praticar o esporte. Com um preço acessível, levando em consideração que o valor é dividido por um grupo, o boliche atrai o público mais variado possível. É, por exemplo, uma ótima opção de lazer familiar. “Você pode reunir do netinho ao avô e todos jogarão em pé de igualdade”, comenta o diretor técnico da Confederação Brasileira de Boliche (CBBOL), Fábio Grossi, 37 anos. Ele reforça essa afirmação lembrando que na seleção estadunidense há atletas de 13 a 71 anos competindo entre si. Com a experiência de vários títulos na carreira, Grossi explica que não há força ideal para a tacada e que cada um tem sua zona de conforto. “É um esporte técnico e detalhista pelo fato de cada trecho da pista ter uma densidade de óleo diferente. Logo, explica o atleta, o jogador tem que ter a sensibilidade de entender o desenho que a bola faz para fazer sua estratégia de jogo. “E sair em busca da partida perfeita, ou seja, 12 strikes seguidos”, diz Fábio Grossi. Para quem quer ser um atleta do boliche, os treinos devem ocorrer no mínimo três vezes por semana e exigem a necessidade de condicionamento físico como atividade complementar. “Por mais que possa não parecer boa forma física, é um jogo de repetição e o jogador passa horas repetindo a mesma posição”, explica o diretor.
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Atleta ou não, quem quiser pode adquirir uma bola personalizada, ou seja, com a furação moldada a sua própria mão. Segundo Grossi, a bola feita a sua medida gera mais conforto, leveza e precisão nos movimentos.
Esporte X Lazer Em Brasília há 100 pessoas filiadas pela CBBOL de um total de cerca de 800 em todo o Brasil. Na cidade, os campeonatos são praticados no Striker Pier 21 Boliche. O proprietário da casa, Luiz Afonso, diz que tem como comportar estes atletas, e aqueles que buscam apenas a diversão. “Os atletas têm que entender o nosso lado comercial, assim como os clientes têm que entender o lado esportivo”, brinca. Ele, que é experiente na arte dos strikes, gosta de praticar de forma recreativa com os amigos, sempre regado com um tira-gosto e goles de uísque. Atento a este público que também são seus amigos, adianta que está previsto para o início
deste ano a criação do Clube do Uísque. “É uma forma de fidelizar o cliente. Quem comprar aqui a garrafa terá direito a suas 20 doses. E os integrantes do clube poderão guardar a garrafa aqui mesmo, podendo consumir a garrafa em quantos dias forem necessários”, explica. O empresário Wagner Fonseca, 31 anos, se encaixaria nesse perfil boêmio que o esporte também sugere. Para ele, jogar boliche é uma oportunidade de reunir os amigos. “Nessa vida corrida não temos tempo para nada, nem mesmo para a namorada. E frequentando o boliche eu consigo conciliar os amigos e a namorada”. Daí, explica Wagner, é só diversão com os amigos. Jogando com a frequência de uma a duas vezes por mês e adepto do chopp, ele diz optar pelo boliche por não gostar muito do ambiente de um bar. “Há vários entretenimentos, como fliperama, dardos, sinuca e canal combate, além de sacudir o corpo”, diz. Wagner conclui: “todo strike é festa e alguém tem que pagar a rodada”.
Serviço: Boliches em Brasília Luck Strike 513 Norte, bloco A - loja 25, Edifício Bittar (61) 3340-1466
Striker Pier 21 SCE/Sul Tr. 2, Conj. 32, Parte CN2 - Shopping Pier 21 (61) 3223-0503
ParkBowling SAI/SO, AI 6580 - LUC 301 e 302 - ParkShopping (61) 3361-6677
Game Strike Boliche Quadra 45, Conj. C, Lote 22 - Setor Central - Gama (61) 3967-2032
Boliche Golfinho Rua 44, Lote 391, Centro, São Sebastião (61) 3339-2847 7