Futebol feminino ed 14 dez 2013

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EDITORIAL

Se depender da gente, 2014 vai ser um ano incrível. Afinal, tudo que leva pimenta fica melhor.

ENTREVISTA

Muito além das Marias Chuteiras Pedro Wolff Fotos Pedro Wolff

O Brasil é o país do futebol, mas sua versão feminina é sinônimo de Marta. Como é este choque de gêneros? O Brasil se esconde muito atrás disso. É o país do futebol, mas somente do masculino. A diferença se resume à visibilidade. Acredito que o que torna essa condição é a falta de interesse em divulgar e investir em algo que com certeza trará retorno. Mesmo sobre a Marta, que você citou, creio que se ela for a um shopping de qualquer cidade poucos a irão reconhecer. Falando dos clubes, não há uma equipe expressiva. O mais próximo é o do Vasco, que é composto por atletas da Marinha, e no estado de São Paulo as equipes do São José e São José do Rio Preto dão uma infraestrutura necessária.

Como é o espetáculo do futebol feminino ou quais as diferenças entre o feminino e o praticado pelos homens?

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Com dez anos de Seleção Brasileira, porém devido a uma lesão, a jogadora Érika veio a Brasília para atuar como comentarista durante o Torneio Internacional de Futebol Feminino. No intervalo entre um compromisso e outro, ela bateu um papo com a Revista Pepper onde falou de sua carreira, o status da modalidade noPaís, sua vida pessoal, entre outros

É. Totalmente diferente do futebol masculino, mas com a semelhança de ser a mesmíssima coisa. O campo é o mesmo e as regras também, mas a diferença é o biótipo. Eu considero mais bonito e refinado porque é dada ênfase na qualidade técnica. Diferente dos meninos, onde há muitas trombadas e provocações. O comportamento também é refletido pelas próprias torcidas, por não haver divisões nem histórico de violência.

Diante deste cenário caótico, como fica a parte de 3


ENTREVISTA

sobrevivência das meninas que jogam dentro e fora do País? Precisamos viver com um valor adequado. Rendimento financeiro mesmo somente quando chega à Seleção Brasileira ou quando joga lá fora. Não temos a vida ganha, como nossos colegas que têm um contrato que estipula quanto vão receber por mês, estando no departamento médico ou em campo. Falando de valores, somente a jogadora Formiga, do São José dos Campos, ganha em torno de R$ 4 mil por mês, enquanto a maioria ganha algo em torno de R$ 1 mil. Aqui é muito amador, e considero essas cifras mais como uma ajuda de custo, mesmo com a gente jogando na mesma intensidade.

Qual o seu time do coração? Por questões profissionais, não convém dizer qual o clube porque um dia poderemos jogar no time rival.

Vamos falar de outras modalidades que têm ou tiveram visibilidade. Por exemplo, as meninas do vôlei e o basquete de Magic Paula e Hortência. Elas têm o devido reconhecimento que a categoria merece? Vamos lá... O vôlei feminino era como a gente, ninguém conhecia assim como o basquete da época que você me perguntou. Credito este reconhecimento graças ao esforço pessoal do comentarista da Band Luciano do Valle e da empresa SportPromotion, que promove o futebol feminino no Brasil. Veja o exemplo do Torneio de Internacional de Futebol Feminino, ele nos coloca na TV aberta. Na época da Hortência e da Magic Paula, ele pregava no ar sobre a necessidade de valorizar esse esporte. Além da Band, a Fox e o SporTV também nos dão cobertura. Agora, para termos o mesmo reconhecimento que o vôlei, eu acredito que precisamos de um título de expressão como uma olímpiada ou mundial. Mas já temos vários vices e ouro em Pan e Sul-americanos.

O que você conhece das equipes de Brasília? E qual a sua impressão da cidade? Pouquíssimo, quase não escutamos. Eu já joguei contra os times do Ascop e do Crespom. Mas, seguindo a tendência nacional, há atletas de Brasília que jogam em São Paulo. Agora, quanto à cidade em si, já estive aqui em seis oportunidades: duas para jogar e quatro em eventos ou reuniões. Pena que não conheci a cidade porque só fiz exclusivamente trabalho, mas adoraria conhecer seu povo e suas características.

Qual a situação atual da Seleção Brasileira Feminina de Futebol e de suas adversárias? Nosso time vive literalmente uma fase de renovação. 4

Estamos trocando as atletas com idade mais avançada pelas das categorias de base. Agora está evoluindo muito a qualidade técnica de nossas adversárias. Fico muito satisfeita porque antes ganhávamos de placares elásticos e hoje há paridade. É uma emoção saber que a modalidade vem crescendo.

Devido ao rompimento no ligamento do joelho, você veio a Brasília como comentarista. Atualmente você está com 25 anos e disse que a vida profissional de uma atleta beira os 27 anos. Pensa em seguir carreira na televisão? Comecei a cogitar isso este ano. Já comentei oito jogos na televisão e agora considero esse nicho de mercado. Mas quero atuar fora dos gramados também na organização e promoção do esporte. Mas ainda quero jogar por pelo menos mais cinco anos. Fora da esfera profissional, penso na minha vida pessoal em constituir família.

Érika Cristiana dos Santos, fale um pouco como foi o início de sua carreira até hoje, sob os percalços do caminho, como o preconceito. É. Comecei em escolinha de futebol aos sete anos. Aos 15, atuei pelo Juventus, que foi meu trampolim para a categoria de sub 19 da Seleção, quando viajei pela primeira vez para jogar na Tailândia e voltamos com o terceiro lugar. Também atuei pelo Santos, Foz do Iguaçu, FS Gold Pride (EUA) e há dois anos estou no Centro Olímpico, da cidade de São Paulo. Estava em negociação com o PSG da França, mas devido ao rompimento da ligação no joelho este processo só deve retomar daqui a quatro meses. Quanto ao preconceito, quero deixar bem claro que existiu, mas nunca me abalou; ao contrário, me fortaleceu. E sempre tive apoio da minha família.

Fale um pouco da sua condição de musa do futebol brasileiro. (Único momento em que Érika ficou levemente sem graça) Eu já fiz um calendário de biquíni para o Santos. Mas foi exclusivamente para divulgar a modalidade. Não ganhamos nada e nem penso em seguir carreira nisso. Foi mais para mostrar um ensaio feminino da equipe de futebol. Também não me considero bonita.

Para concluir esta entrevista, qual foi a sua impressão do Mané Garrincha? Foi a sensação mais incrível que eu vi em um estádio no Brasil. Coisa linda de outro mundo, tanto em tamanho e qualidade. Temos o vestiário que precisamos. Não há ponto cego, pois de qualquer lugar que você senta você vê o campo inteiro. Lá fora existem vários estádios maneiros e ficamos muito felizes e é de suma importância ter uma arena desta envergadura no País.

INFORME PUBLICITÁRIO

Lipo LASER Responsável Técnico

Dr. Sérgio Feijó CRM DF 11963

L

ipoaspiração a LASER ou LASER lipólise. Sim,

ter regulagem de tamanho. Isso implica maior ou menor

o correto é LASER, em letras maiúsculas, pois

área de atuação, podendo dar agilidade ao processo,

se trata de uma sigla (Light Amplification by

porém não tão ampla que possa lesar áreas contíguas.

Stimulated Emission of Radiation ou Amplificação da Luz por Emissão Estimulada de Radiação. Como estímulos, são usados hoje cristais, gás e produtos químicos.

É essa concentração da luz (spot) do LASER que dá a capacidade de corte e coagulação dos vasos sanguíneos. O LASER com calibragem para lipoaspiração, que tem

O LASER entrou na área de saúde pela odontologia e hoje se expande por várias outros campos da medicina.

normalmente o spot perto de 1mm, lesa muito menos os vasos sanguíneos.

A lipoaspiração com uso do LASER ainda está em crescimento no nosso País.

A prática e a observação dessa tecnologia possibilitaram sua evolução, tornando a Lipo LASER com aspiração

Primeiramente, foi utilizada em pequenas áreas onde

mais trabalhosa para o médico, porém com vantagens

a lipoaspiração convencional poderia gerar ou aumentar

para o paciente, como a possibilidade de se aspirar ou

a flacidez de pele, como mento (parte abaixo do queixo)

não dependendo da avaliação médica. Trouxe ainda a

e face interna do braço e coxa, devido à capacidade de

possibilidade de ser feita com anestesia local, por partes

retração tecidual após o estímulo de produção e contração

ou setores corporais, respeitando o volume máximo de

do colágeno. Basta ver que se utiliza LASER como uma

anestésico a ser utilizado. Pode, sem dúvida, ser utilizada

das armas nos tratamentos para combater e evitar estrias

sob outras anestesias e associações já clássicas na cirurgia

e celulite. Nessas regiões ainda hoje por vezes não se faz a

plástica.

aspiração da gordura que sofreu a lipólise (lipo = gordura, lise = quebra, destruição).

A técnica será sempre tumescente, ou seja, infiltrase previamente uma solução com soro, anestésico e

Ao contrário, em locais com pele mais grossa e de boa

vasopressor. O spot estará na ponta de uma fibra óptica

elasticidade, pode-se optar pela lipólise sem aspiração,

introduzida por uma cânula de 2mm de espessura. Por

desde que não seja grande volume.

transiluminação, pode-se ver um movimento de vai e vem bem delicado, que é para dar tempo de o LASER agir. Se

Quando não se faz aspiração, contamos com a

vamos tratar a flacidez, o LASER é passado novamente

capacidade do corpo de terminar essa degradação da

com menor potência e mais superficialmente (há uma

gordura e sua eliminação; por isso, é usado em regiões

técnica bem específica para isso).

com pouca quantidade de gordura a ser trabalhada. O pós-operatório de uma Lipo LASER deve ser Mas a Lipo LASER evoluiu e hoje essa tecnologia é

considerado como uma lipo convencional: devem-se ter

usada em qualquer lugar do corpo, como uma facilitadora

os mesmos cuidados, porém com tempo de recuperação

para a aspiração.

um pouco menor, já que é esperado um edema menor, menos roxo e consequentemente menos dolorido.

O LASER funciona quando transforma a radiação não ionizante em calor intenso concentrado num ponto, chamado spot, degradando, quebrando, literalmente derretendo parte da gordura. O spot pode ser diferente em cada aparelho de LASER, determinado pelo fabricante, ou

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