Setor beira lago ed 03 jan 2013

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Entretenimento

Lazer Beira Lago tem a tendência de ser um mix de comércio varejista, ligado à moda, alimentação e cultura”, aponta.

Histórico do centro

Centro de Lazer

Beira Lago

apresenta um novo conceito de gastronomia em Brasília

O

comércio na orla da Ponte JK está consolidado como referência em gastronomia e lazer na capital. Apesar do projeto do Centro de Lazer Beira Lago ter sido lançado no ano de 1992, o local começou a ser mais frequentado a partir de 2008, graças à inauguração do restaurante Mangai. Em uma localização privilegiada, o Centro de Lazer Beira Lago está próximo à Rodoviária do Plano Piloto e defronte a um dos principais cartões postais da cidade, a Ponte JK. Hoje, o local se destaca pela diversidade de restaurantes temáticos. Juntos, eles geram 300 empregos diretos.

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E segundo os próprios comerciantes a região vai ter uma projeção maior em médio prazo, porque grandes empresas e marcas ainda irão se instalar no local. “Isso pode ser constatado pelo fato de todos os 45 lotes já estarem vendidos, sendo que apenas um quarto está em funcionamento”, destaca Luiz Cezar Barreto, sócio diretor da empresa pioneira no setor, a Consult Imobiliária. Além do Centro Cultural Sesc Beira Lago, em breve mais duas atrações vão fortalecer o turismo no local: a construção de um pier e de uma marina. Otimista, Luiz Cezar acredita que em até cinco anos a maioria dos lotes já deverão estar com seu comércio pronto. “O Centro de

Luiz Cezar informa que o primeiro prédio erguido no local é onde hoje funciona o Bendito Suco Orla, apesar do restaurante Mangai ter sido inaugurado antes. O proprietário do Bendito Suco, Pedro Parreira, 28 anos, conta como foi o início do empreendimento. Há mais de “Nós, das primeiras casas instaladas, fomos ousados em escolher um ponto por onde não há circulação de pedestres”, lembra. Na época, ele já tinha uma unidade de seu empreendimento na Asa Norte e resolveu investir no local com a proposta de aumentar o cardápio e oferecer atrações musicais e culturais. Pedro destaca que no local ainda prevalece o movimento noturno, mas hoje o Centro de Lazer Beira Lago começa a abrigar esportistas pelo horário da manhã e conta com aluguel de caiaques em sua orla. Mas o empresário diz que o grande atrativo do local para turistas estrangeiros e brasilienses da classe alta é sua proposta diferenciada. “Os restaurantes daqui investem em um conceito diferente e dispõem de um terraço para realização de eventos”. E acrescenta outra característica dos frequentadores: “Eles

planejam sua vinda, como eu havia dito aqui não há passantes”. Entretanto nem tudo são flores no Beira Lago. Pedro cita que umas das carências do setor é a ausência de tratamento de esgoto, o que obriga os comerciantes pagarem por um caminhão fossa. Outra situação que precisa de planejamento e solução é a falta de vagas para estacionamento. Para atenuar o problema, é usado o serviço de manobristas.

Transporte coletivo e paradas de ônibus Pedro Parreira ressalta que outro problema que necessita de solução no setor é o transporte coletivo e as poucas paradas de ônibus. Apesar do descontentamento do seu chefe, o gerente do Bendito Suco Williams Lyra, 39 anos, não vê muito problema e conta sua rotina. Morador da Vila Planalto, ele desce em uma parada de ônibus localizada a 200 metros do seu local de trabalho. Entretanto, reconhece que quem utiliza os ônibus para o Paranoá e São Sebastião precisa contar com a boa vontade dos motoristas que param ao lado da Ponte JK. Porém, o último ônibus da linha Avenida das Nações Sul é às 20h, o que obriga os comerciantes a contratarem uma van particular para o transporte dos seus funcionários. 15


Entretenimento

Apesar de Williams Lyra considerar o problema contornável,

o

presidente

da

Associação

ponte JK para esporte e lazer. Ele lembra que inauguração

dos

do parquinho e da orla no meio de 2011 trouxe as atividades

Comerciantes do Centro de Lazer Beira Lago, Mauro

realizadas no Lago e o aumento da utilização da área para

Cezar, concorda com Pedro Parreira. Ele diz que desde

o lazer. “Essas ações estão requalificando e aumentando a

1992, a administração de Brasília atendeu a vários pleitos

frequencia de visitantes deste centro gastronômico e que

como asfaltamento e iluminação pública. “Mas ainda

está pronto para receber não só os visitantes dos grandes

carecemos prioritariamente de um sistema de captação

eventos que estão por vi, como os próprios brasilienses”.

de esgoto e de um posto policial no local para ter rondas constantes”, destaca. À frente de Associação dos Comerciantes local, Mauro

Quanto

à

reinvidicações

da

associação

dos

comerciantes para implantação de uma rede de esgoto, Jean Carmo diz

o Plano de Preservação do Conjunto

Cezar diz trabalhar junto ao governo para sanar problemas

Urbanístico de Brasília (PPCUB) (PLC 52/2012) já

que impedem o desenvolvimento da região, como o corte

passou pela comissão de assuntos fundiários e agora se

do mato e a morosidade para obtenção de alvarás.

encontra em regime de urgência na Câmara Legislativa.

“O governo pode ter nosso setor cultural como pólo

“Dentro deste plano há um estudo da Novacap para

gastronômico e de apoio para a Copa das Confederações”,

complementação das redes pluviais e de esgoto na região,

diz Mauro Cezar. Ele adianta que grandes empresas irão

bem como as paradas de ônibus”, destaca. Dado o pedido

se instalar em breve na região, “porém importantes

de urgência, Jean acredita que o plano que prevê outras

marcas internacionais ainda não decidiram se instalar na

melhorias deve entrar em ação ainda este ano ou no início

orla devido à burocracia para conseguir autorização e dar

do ano que vem. Quanto o policiamento, Jean afirma que

início aos empreendimentos”.

a tendência na segurança pública é do aumento de rondas

O administrador em exercício de Brasília, Jean Carmo Barbosa comemora o crescimento da utilização da orla da

e não da instalação de um posto policial.

MARKETING / PUBLICIDADE

Causos e casos da Propaganda “EU TÔ PAGANDO!” Por Junior Ramalho Fotos Arquivo pessoal

D

e todos os setores da economia, notadamente no setor de prestação de serviços, a Publicidade é, sem dúvida, a que sofre a maior e mais

indiscriminada interferência por parte dos pagantes, neste caso, chamados de clientes, ou contas. Por mais que evoluam as técnicas e os cursos superiores para formação

certa vez, um dono de loja de móveis, ao analisar um plano

de publicitários, para alguns anunciantes, é como se eles

de mídia, simplesmente pediu para tirar duas inserções

só contratassem esse tipo de serviço por não terem tempo

no Jornal Nacional e “carregar” a verba na novela das 18.

para planejar, criar, veicular e avaliar suas campanhas.

Motivo: este era o único horário em que daria tempo para

Afinal, eles próprios já têm sempre as melhores ideias e

a esposa dele sair do trabalho, pegar os filhos no colégio

soluções.

e, a família reunida, poder assistir ao próprio comercial, “ao

E olha que isso não acontece só com os pequenos clientes, que nem deveriam ser chamados assim por terem

ibope no horário que ele exigiu.

pequenas verbas, mas acabam merecendo a alcunha, sim,

Mas eles também opinam na produção. Houve um

pelas suas cabeças. Estou me referindo aos anunciantes

caso em que o cliente resolveu acompanhar a gravação

que, já na hora do briefing, saem com pérolas do tipo:

do seu VT numa produtora de outro estado. Chegou na

“Só tenho tanto pra gastar... Vocês têm que vender tudo”;

noite anterior, saiu para jantar e dar uma esticada numa

“Quero minha propaganda no mesmo estilo do Ricardo

boate da orla. No dia seguinte, chega o cliente no local das

Eletro... Se vira”; “Quero uma coisa de impacto, cheia de

externas, de braços dados com uma criatura de quase 1.90

emoção, e os meus netinhos vão sair no filme...”; “Estava

m de altura e, sem o menor constrangimento, determinou

pensando em algo do tipo: a gente faz aniversário, mas

ao diretor: “encaixa essa moça aí na propaganda”. Detalhe:

quem ganha o presente é você!”

o roteiro não previa atores, modelos e, sequer, figurantes.

O pior é que, por pura necessidade de faturar, o contato,

Foi duro criar outro ali, na hora.

hoje em dia promovido a gerente de contas, acaba levando

E para fechar com estilo esta narrativa de apenas

esses absurdos como informações básicas para a agência

poucos das centenas de episódios hilários, teve o caso

trabalhar. Claro que, complementadas pelas célebres

de uma distinta esposa de cliente que, ao ver o comercial

frases, estampadas nos relatórios de visita e reafirmadas

da empresa do marido na televisão, fez questão de

nas reuniões de brainstorming: “É pra ontem... Produção

pessoalmente ligar para mandar tirar a campanha do ar,

bonita e barata”.

e querendo saber quem indicou aquela “piranha” quase

E lá vão os bravos profissionais de propaganda

sem roupa usando o produto do marido dela. O produto

elaborar, “in glória”, estratégias de comunicação – quase

era uma bicicleta ergométrica para ginástica em casa. A

sempre virando noites – embasadas em números ou até

modelo? Noiva do diretor de arte da agência. A mando

mesmo em feeling, para depois verem suas obras-primas

do cliente, o VT virou um lettering com a foto do produto

transformarem-se em nada.

parada no canto do vídeo.

Para se ter uma ideia do que fazem alguns anunciantes que tratam publicidade como se estivessem pedindo pizza, 16

vivo”. Pasmem, mas o público-alvo dava quase traço no

“O anúncio ficou bom, mas troca só o título, a ilustração e o slogan”. Difícil, viu? 17


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