PATRIMÔNIO
A CIDADE DO SABER A ETERNA CASA DE DARCY RIBEIRO É AINDA A MECA INDAGADORA DA CAPITAL DA REPÚBLICA. EM MEIO À LUTA PARA MANTER A INTEGRIDADE FÍSICA, SUA ATMOSFERA INTELECTUAL PERMANECE. DA FORÇA DOS MOVIMENTOS ESTUDANTIS À CONGREGAÇÃO DE GRANDES DOCENTES, A UNB OSTENTA 98 CURSOS E FIGURA ENTRE AS DEZ MELHORES UNIVERSIDADES DA POR PEDRO WOLFF « FOTOS CELSO JUNIOR
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Universidade de Brasília (UnB) é agradável, culta e agregadora. Com seus belos prédios e suas imensas áreas verdes, é plural e grandiosa. Descrever assim a universidade não é exagero. Afinal, são quase 40 mil estudantes em graduação, outros cinco mil em mestrado e quase quatro mil em doutorado. Todos distribuídos em 98 cursos e quatro campi. São eles: Darcy Ribeiro, Gama, Planaltina, Ceilândia e Paranoá. Nesses lugares é onde se encontra a diversidade que a torna tão rica. Tem a UnB dos alunos que criam uma bicicleta que gera energia para carregar um celular ou robôs capazes de simular movimento dos répteis. Há ainda a universidade da excelência na produção artística ou aquela das disciplinas inusitadas, como Fundamentos da Produ-
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ção da Cerveja e que abre seus espaços para a comunidade em cursos de Cutelaria Artesanal ou Corpo, Voz e Violão. Muito bem conceituada em nível nacional, em 2015, a instituição recebeu nota cinco no Índice Geral de Cursos (IGC). O conceito tem como base os dados do ano anterior. Essa foi a primeira vez que a universidade alcançou nota máxima na avaliação do Inep/MEC, iniciada em 2007. E é considerada uma das dez melhores universidades da América Latina. Assim, o ranking da consultoria britânica Quacquarelli Symonds classifica a UnB. De 2012 a 2015, a instituição saltou 15 posições na avaliação. Ao avaliar 192 instituições de ensino superior brasileiras, o Ranking Universitário Folha (RUF) classificou a UnB como a nona melhor do País e a quarta melhor no critério ensino. A avaliação do Grupo Folha apontou, ainda, sete cursos da universidade entre o top cinco nacional: Arquitetura e Urbanismo, Ciências Contábeis, Fisioterapia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social e Sociologia. Com orçamento anual de R$ 1,7 bilhão, a UnB é administrada por sete decanatos: Administração; Pesquisa e Pós-Graduação; Assuntos Comunitários; Extensão; Ensino de Graduação; Gestão de Pessoas e Planejamento e Orçamento. Seu principal campus é o Darcy Ribeiro, localizado
na Asa Norte, com seus 505 mil metros quadrados de área construída. Só ele é composto por 26 institutos e faculdades e 21 centros de pesquisa. Hoje, o campus conta com cerca de 440 laboratórios e seis órgãos complementares, sendo eles a Biblioteca Central, Centro de Informática, Editora Universidade de Brasília, Fazenda Água Limpa, UnBTV e Hospital Universitário de Brasília e seis secretarias. Ainda há um hospital veterinário com duas unidades: uma de pequeno e outra de grande porte.
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Para atender à comunidade, há bancos, agência dos correios, posto de combustível, lojas de conveniência, barbearia, sapataria, papelarias, fotocopiadoras, livrarias, restaurantes e lanchonetes.
A UNB DAS PESSOAS A instituição não se resume a números e títulos. Seu epicentro é o Minhocão, apelido carinhoso para o Instituto Central de Ciências (ICC). Lá ocorre o dia a dia universitário, onde você pode ver a diversidade dos alunos no descanso entre uma aula e outra. Um ponto de vista muito especial desse vai e vem de pessoas pode ser contado pelo Gilson
Fernandes Queiroz, 58 anos. Ele que é proprietário da banca que leva seu nome no ICC Sul, instalada lá desde 1970. “A UnB é uma vivência que se aprende. As pessoas são maravilhosas, inteligentes, participativas. Aqui você se forma como um PHD para a vida”, afirma Gilson, que sente saudades dos velhos tempos. Época na qual havia uma vida cultural mais intensa, com a presença de artistas de peso, cantando para os alunos em praça pública, tais como Chico Buarque e Caetano Veloso. Ele faz algumas comparações dessa época com a atual. Primeiro que os movimentos estudantis eram mais focados na educação e na preocupação com a faculdade. “Muito também pelo contexto político da época. Era uma ditadura mesmo.
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Aqui não podia, por exemplo, reunir cinco alunos”, relembra. E ele é só elogios ao sistema de cotas. Hoje, 55% dos alunos da universidade são oriundos dela. “Antigamente era muito elitista. Eu mesmo no início fui contra, mas hoje percebo a mudança que faz na vida das pessoas que nunca conseguiriam entrar aqui. E já penso como isso irá influenciar até mesmo na criação dos filhos deles”, analisa. Gilson, que guarda excelentes memórias das pessoas que passaram por ali em quatro décadas, reclama, hoje, da falta de diálogo da reitoria com o resto da universidade. De acordo com ele, a UnB podia ser mais orgânica, no sentido da integração e livre diálogo entre reitor, funcionários, professores e alunos, de igual maneira como queria Darcy Ribeiro, que Gilson conheceu. “Ele era uma pessoa muito dinâmica. Voltado para a universidade, queria a UnB aberta a todos. Ele tinha uma visão mais ampla da circunstância e era muito comunicativo, coerente e aberto ao diálogo”, afirma.
A VILA DOS PROFESSORES E cravada dentro do campus Darcy Ribeiro há uma quadra residencial, a Colina. Ela nasceu junto com a UnB com os quatro primeiros prédios da chamada Colina Velha. Anos depois vieram mais seis da Colina Nova. Nessa quadra é onde moram os professores e funcionários da instituição, com exceção do último bloco construído, o K, que é habitado por estudantes em pós-graduação. No total, são 11 blocos. Alguns deles foram projetados pelo arquiteto João Filgueiras Lima, o Lelé, e na época foram construídos com o objetivo de trazer e manter em Brasília professores de outras cidades. A primeira etapa da empreitada foi concluída na década de 1960 e a última em 1987. Diferentemente de outra quadra qualquer na Asa Norte, a Colina lembra um “interiorzão”, por conta de seu silêncio, do Cerrado aberto e pouca circulação de pessoas. E assim como uma cidade pequena também conta com sua pracinha feita à sombra de uma jaqueira localizada no entorno do único comércio existente no local, uma banca de revistas. Os horários de grande movimento são à hora do almoço e à tardinha. A proprietária da banca, Francisca Carvalho de Maciel, 52 anos, também está lá desde sua construção. Com 26 anos de casa, ela diz que as pessoas começaram a se
reunir há 15 anos, quando um professor de Agronomia cansado de reivindicar por uma melhor sala de aula começou a dar aula ali mesmo. A partir deste pontapé inicial, outros professores começaram a organizar um almoço dominical animado com direito a churrasco e rodas de violão. Foi nessa época que eles providenciaram britas e fizeram os banquinhos com madeiras das árvores da própria Colina. Hoje, a comunidade se reúne ali para almoçar, bater um papo, bebendo água de coco antes de subirem para suas casas. Mas nem tudo são flores. Muitas reclamações sobre as unidades funcionais ganharam as redes sociais meses atrás. É que, com o tempo, a Colina tem perdido seu aconchego. Blocos construídos na década de 60, como o A, B e o C, encontram-se com a pintura desbotada, infiltrações, fios expostos e elevadores quebrados, mesmo após as taxas de ocupação terem aumentado 400% nos últimos dois anos.
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A UNB DA ATIVIDADE FÍSICA Para a galera que não gosta de ficar parada, a universidade dispõe de Centro Olímpico (CO). Além da estrutura física, várias atividades de treinamento e integração social acontecem no espaço. Ele possui duas quadras poliesportivas, com iluminação e arquibancada. O ginásio abriga a parte administrativa do CO, os vestiários, a sala de musculação e fisioterapia, duas saunas, um auditório, salas de aula e o Laboratório de Aptidão Física. São seis quadras de basquete, quatro de vôlei, quatro de futebol de salão ou handebol, quatro de tênis, dois campos de futebol, sendo um iluminado, um campo de futebol de areia, além de uma pista de cross country com 2,5 mil metros de extensão. No parque aquático, três piscinas, sendo uma olímpica, uma semiolímpica e outra destinada a saltos ornamentais. Essas foram reinauguradas em 2015, após passarem nove anos interditadas. Ao contrário do Parque Aquático, uma das duas pistas de atletismo continua abandonada há pelo menos 16 anos. Quando você entra de carro na UnB, da avenida L4 dá para perceber o mato alto. Caminhando por lá, você encontra um material milionário importado da Itália parado há três anos. É o que seria destinado para a revitalização do espaço em um das tentativas de reativar o local. A pista está tomada pelo mato e há placas velhas de borracha amontoadas. Sobre a tão esperada revitalização da pista, o diretor
da gestão da infraestrutura da UnB, André Luiz Aquere, disse que agora só depende de um retorno do Ministério do Esporte para dar início a reforma, com um orçamento de R$ 8 milhões. Ele conta que a reitoria fez o último contato com o ministério em julho. Agora, a partir do momento que lançarem as licitações, deve-se esperar quatro meses para concluir o edital e pelo menos mais dez meses de obras.
UMA MOLDURA DE UMA SOCIEDADE Partindo da premissa de que o ambiente externo e as questões sociais são fatores determinantes na arquitetura, é possível fazer um paralelo dela com os contrastes vividos no Brasil à sua época. Inaugurada dois anos após Brasília, o nascimento da instituição foi protagonizado por Oscar Niemeyer, em 1961, quando começou a desenhar o Instituto Central de Ciências (o Minhocão). Esses desenhos foram feitos a partir de edificações térreas, rapidamente fabricadas. Oscar contou com o auxílio de João da Gama Filgueiras Lima, o Lelé, que inventou o sistema construtivo do minhocão, em grandes vigas de 32 metros de vão livre. GPSBrasília « 35
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Cabe ressaltar que a passagem de Oscar Niemeyer pela UnB foi considerada amarga por ele e que a instituição poderia ser completamente diferente do que é hoje. “Foi uma agressão sem precedentes à minha obra”, disse ele em entrevista à imprensa três anos antes de sua morte. O fato foi que, em 1965, houve uma demissão coletiva de 223 professores em protesto contra o regime militar. Oscar e sua equipe de arquitetos cariocas foram nesta leva. E assim ficou no papel o seu principal projeto para a universidade: a Praça Maior, que, com quatro grandes prédios, foi idealizada para preencher o vazio entre o Minhocão e o Lago Paranoá. Sobrando para a história um conjunto de 11 croquis e 50 esboços que ficaram longe dos olhos do público por quase meio século. Para entender um pouco mais sobre o contexto vivido no Brasil anos atrás, o arquiteto, urbanista e professor da Faculdade de Arquitetura de Urbanismo (FAU) Frederico Flósculo comenta que foi somente no governo de Jânio Quadros que a criação da UnB foi levada com seriedade. “Mas com arriscadas manobras de bastidores, pois Darcy Ribeiro, ministro de Jânio e seu primeiro reitor, era visto como ‘perigoso marxista’ por parlamentares conservadores. JK e Israel Pinheiro tendiam a aceitar uma universidade católica, não laica, pelo medo de uma eterna fonte de protestos”, explica. Vale ressaltar que essa efervescência política, temor dos governantes da época, atravessou as décadas de regime militar e perduram até hoje. Com uma simples pesquisa de internet é possível ver vários protestos das mais diferentes naturezas, como ocupações na reitoria, passando manifestações de cunho social político ou simplesmente por melhores condições de estudo. Ainda sobre esta agitação política ideológica, há temas que dividem os próprios alunos. É o caso do policiamento ostensivo da Policia Militar. Desde 2015, a universidade conta com a ronda realizada por policiais em bicicletas. Entretanto, existia uma divisão quanto à presença
destes profissionais no Campus. Eles reclamavam por não ser condizente a realidade acadêmica. No entanto, após o assassinato de uma estudante em março deste ano, a comunidade se mobilizou, e com o apoio da reitoria o policiamento ostensivo voltou a atuar no campus. Outra questão que incomoda os alunos é a necessidade de reforma de algumas instalações da universidade. O diretor da gestão de infraestrutura da UnB, André Luiz Aquere, responde que as reformas são programadas por meio de licitações. Algumas delas deveriam ter sido iniciadas no ano passado, mas não ocorreram por conta da greve de 2015. Ele declara que este ano será realizado a reforma do laboratório do Instituto de Humanas, o centro de primatologia da fazenda no Park Way, bem como a sala dos professores da Saúde. Ainda nesse segundo semestre se darão inicio as licitações para a reforma do laboratório de Saúde e Tecnologia. Flósculo vai mais além à questão de problemas da gestão da universidade com sua manutenção predial. Inicialmente cita que a instituição sofre embargos ambientais por conta de questões de drenagem e impermeabilização do solo. Flósculo declara, como exemplo, a inundação do ICC Norte por conta da água da chuva em 2011. “Nessa época
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a Oscar Niemeyer, porque assim o antropólogo teria mais chances de interferir e transformar o seu sonho em concreto. Atualmente, o prédio abriga todo o acervo do antropólogo e tem um anfiteatro dedicado à vivência, que para seu criador é “um encontro perfeito entre o sentimento e a razão”. Para Frederico Flósculo, Darcy estava totalmente certo em sua proposta: o Beijódromo como uma sugestão de mais espaços para os jovens expressarem seu amor, de sua intensidade – um lugar para beijar. “Os campi universitários devem ter muitos espaços para a juventude, para seu encontro, para os estudos, para as festas, para as danças, para as novas artes, para sua autoafirmação”, diz Flósculo.
A UNIVERSIDADE QUE PRODUZ ARTE
Gilson Fernandes Queiroz, 58 anos, proprietário da banca que leva seu nome no ICC Sul, desde 1970
eu fazia parte da agenda ambiental da UnB e havia solicitado uma vistoria do Corpo de Bombeiros que me foi negada”, denuncia. Ele afirma que há taxas de manutenção e que estes problemas foram se acumulando durante as gestões.
A UNB DE DARCY RIBEIRO A juventude predomina dentro da comunidade universitária e deve dar aos jovens um espaço repleto de boas experiências. O antropólogo Darcy Ribeiro tinha uma visão muito especial do que pretendia entregar aos mais novos quando idealizou sua última obra no campus, que carrega o seu nome. O Beijódromo, que, apesar de ter sido inaugurado em 2010, teve sua idealização em 1996, em uma reunião entre Darcy e o Lelé. Em entrevista à UnB Agência, o arquiteto contou que Darcy o escolheu para fazer o projeto do memorial, e não
E a universidade cumpre com o seu papel em promover cultura, convívio e bem-estar. Os destaques vão para o Festival Universitário de Música Candanga da UnB (FINCA), que movimenta a produção musical cultural da juventude brasiliense desde 1999. Outro projeto com o mesmo ano de criação, o Tubo de Ensaios, acontece quando o pessoal das Artes Cênicas realiza um misto de festa e galeria de arte, em que os convidados caminham e se deparam com performances inusitadas dos alunos. Não podemos esquecer os vários corais da UnB, que, a partir de 1982, dão oportunidades para as pessoas sem nenhum conhecimento musical aprender a cantar e presenteia o público com belas apresentações. Entretanto, nem tudo é lindo para quem trabalha dentro da instituição. Crítico, Frederico Flósculo, que foi autor do Plano Diretor Físico do Campus Darcy Ribeiro (1998), diz que Darcy Ribeiro estava totalmente certo em suas convicções para a comunidade universitária. Mas aponta que, na contramão de seu principal idealizador, a universidade não dá abertura ao experimentalismo universitário e que pecou em não ter projetado um Centro de Convenções, para abrigar grandes eventos científicos nacionais e mundiais. Há hoje apenas o seu maior anfiteatro, o Auditório 2 Candangos. “Eu mesmo participei do planejamento de um grande centro de convenções, no final dos anos 1990, para abrigar reuniões de 40 a 60 mil pessoas, assim como em uma nova tentativa no final dos anos 2000. Mas todas foram frustradas pelas limitações administrativas da própria universidade”, encerra. GPSBrasília « 37
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partamento de Engenharia Elétrica, no período de 1991 a 1993. Na Aneel, foi assessor da diretoria, de 1999 a 2002, período em que integrou a equipe responsável por gerenciar a crise energética enfrentada pelo País. De volta à Agência reguladora, de 2010 a 2012, assumiu a Superintendência de Regulação dos Serviços de Distribuição. O professor aponta o pragmatismo como sua principal característica. “O respeito à diversidade, competência para a gestão e tomada de decisão são meus pontos fortes”, afirma. Ele considera a formação de Engenheiro também como um diferencial. “Acredito que contribui, para a função de reitor, uma visão típica da formação de engenheiro”. 1) Qual o balanço que o senhor dá para a universidade ho e? O Relatório de Gestão que acaba de ser divulgado mostra uma universidade ativa, com muitas conquistas, muita produção e devolvendo à sociedade quadros muito bem formados. Do ponto de vista administrativo, os maiores avanços foram o equilíbrio orçamentário e a regularização da força de trabalho. Temos uma universidade que pode pensar no futuro e que tem todas as condições de ser a melhor da América Latina.
BATE-PAPO COM O REITOR Vinculado à Universidade de Brasília desde 1978, quando entrou para a graduação em Engenharia Elétrica, Ivan Marques de Toledo Camargo é professor da instituição desde 1989. Mestre e doutor em Génie Éléctrique pelo Institut National Politechnique de Grenoble, na França, sua trajetória profissional inclui ainda a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Sua gestão foi do ano de 2012 até setembro deste ano, mas ele irá concorrer à reeleição ao cargo de Reitoria, com mais dois candidatos agora em setembro. Na UnB, foi decano de Ensino de Graduação, de 2003 a 2005; coordenador do Programa de Pós-Graduação em Engenharia Elétrica, entre 1996 e 1998; e chefe do De-
2) Qual o legado que o senhor pretende deixar para a UnB de sua gestão? Quem deixa legado são os reitores excepcionais, como Darcy Ribeiro, Cristovam Buarque ou Lauro Morhy. O que eu espero deixar é a UnB mais organizada, onde a comunidade acadêmica tenha a oportunidade de mostrar o seu brilho. 3) Quais as dicas que o senhor dá a um aluno que ingressa hoje na Universidade? Aproveite o seu tempo de aluno. Lembro que essa foi a melhor época da minha vida, quando conheci os meus melhores amigos, conheci minha mulher e construí a base da minha carreira profissional. A universidade é muito mais do que a sala de aula. É, também, espaço de arte, cultura e esporte. Os maiores intelectuais do mundo vêm a Brasília e usam o espaço da nossa UnB para passar a sua mensagem. É uma oportunidade imperdível.
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Alexandre Tombini, 52 anos, economista, foi presidente do Banco Central entre 2011 e 2016. Formou-se em Economia
Glória Perez, novelista vencedora do Emmy Internacional, autora de novelas como Salve Jorge, América, Caminho das Índias e O Clone. Formou-se em Direito.
Ana Paula Padrão, 50 anos. Jornalista e apresentadora de tevê, formou-se em Jornalismo pela Universidade de Brasília
Maria Paula Fidalgo, 45 anos, atriz e apresentadora de tevê. Fez mestrado em Psicologia
PERSONAGENS DA UNB A UnB continua como o eterno modelo do universitário que deveríamos ser: corajosos, desprendidos, criativos, intelectualmente brilhantes, protagonistas de nossas vidas inovadoras. E ao longo de sua história, a universidade formou alunos que tiveram notoriedade no cenário brasileiro. A GPS|Brasília selecionou algumas dessas personalidades:
Roberto de Figueiredo Caldas, 54 anos, Juiz da Corte Interamericana de Direitos Humanos. Formou-se em Direito e fez mestrado em Direito Público
Ellen Oléria, 33 anos, cantora. Graduou-se em Artes Cênicas
Marlui Nóbrega Miranda, 66 anos, cantora e pesquisadora da cultura indígena brasileira. Formou-se em Arquitetura
Hamilton de Holanda, 40 anos, bandolinista e compositor, é bacharel em Composição
Gilmar Mendes, 60 anos, ministro do Supremo Tribunal Federal. Formou-se em Direito
Joaquim Barbosa, 61 anos, ex-ministro do Supremo Tribunal Federal. Formou-se em Direito.
Tizuka Yamasaki, 67 anos, cineasta, diretora de filmes como Lua de Cristal e Gaijin – Os Caminhos da Liberdade. Formou-se em Arquitetura
Juliano Cazarré, 35 anos, ator brasileiro. Formou-se em Artes Cênicas
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Ney Rosauro, 63 anos, compositor e GPSBrasília percussionista ormou se em sica
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