RAUL CÓRDULA Museu de Arte Contemporânea do Paraná

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Raul Córdula pinturas

13 a 26 de junho de 1988 Museu de Arte Contemporânea do Paraná


Projeto Grรกfico Atual Pedro Alb Xavier


A Secretaria de Estado da Cultura convida para a inauguração da Mostra Individual do artista plástico RAUL CÓRDULA ás 20h3Omin do dia 13 de junho de 1988 (segunda-feira), no Museu de Arte Contemporânea do Paraná. Pavimento Térreo, Rua Desembargador Westphalen, 16



GEOMETRISMO TROPICAL DE RAUL CÓRDULA Côrdula é um desses artistas que fazem exceção no Nordeste. Sua linguagem pictórica é construtiva, fugindo das características figurativas de sua região. Participa ativamente não só da produção artística nordestina como também a documenta e, não raras vêzes, a critica em jornais. Sua arte emergiu da pop art na explosão dessa tendência nos anos 60, coincidindo também com dois fatos consideráveis em sua terra natal - o Museu de Arte de Campina Grande, em 1967, e o Núcleo de Arte Contemporânea da UFPB, em João Pessoa, em 1978. O importante nessa mostra de Raul Córdula é sua maturidade plástica, harmonizando cores e formas, sem a perda da luminosidade tropical, o que o diferencia dos artistas construtivos-geométricos europeus. Seu trabalho é quente, sensível, erótico, sensitivo. Côrdula conseguiu resolver a antiga dicotomia linha/cor, que realmente define se um artista é gráfico ou colorista. Se a linha dominar, temos um gráfico; caso contrário, se a emoção explodir em cores fortes, temos um pintor. E o colorista contido pela forma dos anos anteriores comparece agora em toda sua plenitude e maturidade. Os ângulos foram aplainados pelo colorido. O artista realmente alcançou o que buscava anos atrás: um geometrismo à maneira nordestina, sem as implicações internacionais, apesar do uso da mesma cartilha, devolvendo à arte internacional uma nova proposta, o geometrismo tropical. Seu caminho se torna abstrato a cada passo, mas não abstracionista. Abstrato porque compõe suas obras com o material inventado pelos homens - retas, curvas, etc. - sem contato algum com a natureza ou com a realidade próxima. Mostra de alto nível. Vale uma visita. Alberto Beuttenmuller


Narrativa Profissional 1963/1969

desenvolvimento de atividades no âmbito universitária Convidado a integrar, como supervisor, o setor de Artes Plásticas da Universidade Federal da Paraíba implantando uma forma de trabalho em atelieres livres. De lã saíram os artistas que hoje formam grande parte do panorama da arte naquele Estado. Cursos: no Rio de Janeiro - “Técnica de Pintura” no Museu de Arte Moderna e “História da Arte” no instituto de Belas Artes. Em 1967 montou e dirigiu o Museu de Arte de Campina Grande ligado à Fundação Universitária Regional do Nordeste. Além da direção do Museu, coordenou o departamento de Artes Plásticas daquela Universidade. Neste mesmo ano fundou a Associação Paraibana de Artistas Plásticos.

1970/1978

atividades ligadas à Televisão e ministração de Instituições Culturais: TV TUPI Rio, TV BANDEIRANTES São Paulo, TV GLOBO - Rio, entre 69 e 72, foi cenógrafo ligado à implantação da TV a cores e chefiou uma equipe de estagiários da Escola Superior de Desenho Industrial, encarregada de racionalizar e operacionalizar o sistema de cenografia. Ainda na GLOBO, em 1976, foi o programador visual do departamento de Pesquisa de Marketing, em São Paulo. Após ter ganho um prêmio de viagem à Europa, foi convidado para representar a GLOBO na 7ª Conferência Internacional do Conselho Mundial do Artesanato - WCC, no México. Posteriormente passou a ser Delegado do WCC no Brasil. De volta ao Brasil organizou o “III Salão de Arte Global de Pernambuco - O Artesanato e o Homem. Vários resultados práticos surgiram deste evento, abrangendo o campo da legislação, das formas de organização e implantação de novos sistemas de trabalho. Entre esses resultados está a montagem de sua res nsabilidade, do Núcleo de Arte Popular da Casa da Cultura, Instituição do Patrimônio Histórico e Artístico de Pernambuco - FUNDARPE. Instalado na Casa da Cultura de Pernambuco, o Núcleo de Arte Popular teve


a função de estudar e mostrar a cultura popular manifestada na forma de objetos artesanais e/ou artísticos. Em 1978 dirigiu a Casa da Cultua de Pernambuco implantando um projeto de extensão através e exposições, shows, espetáculos teatrais, conferências e cursos.

1979/1982

período de retorno às atividades na Universidade da Paraíba. Convidado a dirigir Núcleo de Arte Contemporâneo, implantou um trabalho de integração da UFPB com as outras universidades do pais. O Núcleo de Arte Contemporânea - NAC - tem o objetivo de difundir as artes visuais nos seus aspectos atuais tentando diminuir o hiato existente entre a produção cientifica e tecnologia e a produção cultural. O trabalho é realizado através de uma constante mostragem comentada ao universo coletivo e universitário. Neste período deslocou-se a várias outras Universidades para proferir palestras sobre as atividades do NAC que era considerado um trabalho pioneiro na Universidade Brasileira, desenvolvendo estudos sobre novos mídias como xerox, polaroid, VT, arte postal e outros meios atuais.

1983/1986

período voltado à própria expressão artistica . Integrou-se, em 1982, na Oficina Guaianases de Gravura como Diretor Artístico e do Patrimônio. Neste período torna-se crescente o interesse do mercado pelo seu trabalho realizando as exposições mais importantes esenvolvendo a técnica da litogravura. Ajudou na criação da Oficina D’Arte Largo do Ò, na cidade de Tiradentes, em fase de instalação em João Pessoa. Integrou no período de 86/87, como representante da região Nordeste a Comissão Nacional de Artes Plásticas, responsável pelo Salão Nacional de Artes Plásticas, integra a Associação Nacional de Pesquisadores em Artes Plásticas, assim como a Associação Brasileira de Críticos de Arte - ABCA. Leciona na Universidade Federal da Paraíba as cadeiras de “Fundamentos da Linguagem Visual” e “Estética e História de Arte” nos cursos de Educação Artística, Arquitetura e Urbanismo.

RAUL CÓRDULA Campina Grande/ Paraíba - 1943 Rua Raul Batista dos Santos, 14 - conj. INABI - Casa Forte Recite -CEP 52060


13 a 26 de junho de 1988 Museu de Arte Contemporânea do Paraná

Secretaria de Estado da Cultura Coordenadoria de Museus Museu de Arte Contemporânea do Paraná


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