RAUL CÓRDULA usina cultural energisa

Page 1

Raul Córdula memórias do olhar 12MAR—14ABR—2013


Energisa Paraíba/Energisa Borborema Diretor Presidente—Marcelo Rocha Assessora de Marketing, Comunicação e Cultura—Ana Marina Rievers

Exposição Coordenação—AMCC Energisa Produção e Montagem—2ou4 Curadoria—Dyógenes Chaves Assessoria de imprensa—AMCC Energisa Projeto Gráfico atual—Pedro Alb Xavier Projeto Gráfico original—Sin Comunicação/Rodi Cruz Impressão offset original—Gráfica JB Impressão de textos—Art Cor


Raul Cรณrdula memรณrias do olhar


Em 2013, a Usina Cultural Energisa completa 10 anos. Nesse tempo, o espaço ofereceu arte de qualidade a um público sedento por informação e merecedor de admirar não apenas a produção paraibana, mas também a de artistas de outras regiões do Brasil e de outros países. Há muito o que comemorar. O espaço foi palco de grandes eventos, como o Festival de Cinema de Países de Língua Portuguesa (Cineport), Prêmio Energisa de Artes Visuais, Festival Mundo, a Mostra Cinema e Direitos Humanos, entre outros. E a Usina não para, está sempre oferecendo uma programação mensal com shows, concertos, exposições, lançamentos de livros, cinema, teatro, feira multicultural e visitas ao Espaço Energisa..


Esse projeto é parte das comemorações dos 10 anos da Usina Cultural Energisa. Trata-se da realização de 10 exposições de 10 renomados artistas plásticos paraibanos. O espaço que já foi palco de cerca de 80 exposições, propõe que, com essa ocupação da sua galeria de arte, em 2013 se tenha um recorde curitorial que contemple a arte local, representada por artistas reconhecidos nacional e internacionalmente. As exposições estenderão entre março e dezembro, sendo a galeria ocupada mensalmente por um artista diferente. Com essa iniciativa, o público terá a oportunidade de conhecer a produção dos artistas da nossa terra. É a Usina Cultural Energisa, que cumpre o seu papel na geração de cultura e arte, fazendo dos seus 10 anos um marco da aproximação entre os artistas paraibanos e o público do nosso Estado.



RAUL CÓRDULA Raul Córdula nasceu em Campina Grande-PB, em 1943, e fez sua primeira exposição na Biblioteca Pública de João Pessoa, em 1960. Foi diretor de Artes Plásticas do Departamento Cultural/UFPB (19631965); diretor-fundador do Museu de Arte Assis Chateaubriand, Campina Grande (1967); coordenador do Núcleo de Arte Contemporânea NAC-UFPB (19781985); diretor da Oficina Guaianazes de Gravura, Olinda (1982-1984); diretor de Desenvolvimento Artístico e Cultural da Fundação Espaço Cultural da Paraíba-Funesc (1997-1998); membro da Comissão Nacional de Artes Plásticas da Funarte (1986-1988); curador do 3º Salão de Arte Global de Pernambuco, Recife (1976); integrou e presidiu o Conselho Municipal de Cultura do Recife (2002-2004); coordenou a implantação do Salão MAM Bahia de Artes Plásticas, Salvador (1994); é membro da Associação Brasileira de Críticos de Arte-ABCA; e da Associação Internacional de Críticos de Arte-AICA; em 1992, implantou no Brasil a Associação Cultural Le Hors-Là (intercâmbio entre artistas de Marselha, França; e de João Pessoa, de Recife e de Salvador). Participou de comissões de seleção e premiação de salões de arte: Salão MAM Bahia; Salão Paranaense; Salão dos Novos de Pernambuco; Salão Municipal de Artes Plásticas, João Pessoa; Salão Municipal de Artes Plásticas, Natal; Prêmio Pernambuco de Artes Plásticas; 5ª Bienal Internacional de Esculturas del Chaco, Argentina; 7ª Bienal do Recôncavo, Ca-

choeira-BA; Prêmio Bunge de pintura, São Paulo; Premio Energisa de Artes Visuais, João Pessoa. Curador da primeira Bienal Nacional de Desenho; VIII Fenart, João Pessoa; SPA Tamarineira, Recife. Exposições no Brasil: Museu de Arte Assis Chateaubriand (1967); Museu de Arte Contemporânea do Paraná (1985); Museu da Pampulha, Belo Horizonte (1985); Galeria Verseau, Rio de Janeiro (1965); Galeria Sérgio Milliet, Funarte, Rio de Janeiro (1982); Galeria de Arte Global, São Paulo (1987); Galeria Vicente do Rego Monteiro, Recife (1990); Museu de Arte Moderna da Bahia (1997). Exposições no exterior: Embaixada do Brasil e Galerie Le Cube, Paris; Le Hors-Lá, Marselha; Festival Nacional de la Peinture, Cagnes-Sur-Mer; Staatliche Berlin e Galeria Einstein, Berlim. Prêmio no Salão Municipal de Belo Horizonte (1964 e 1965); Salão da Jovem Arte de Campinas-SP (1966); 1º e 2º Salão de Arte Global de Pernambuco (1974-1975); XXXVI Salão de Artes Plásticas de Pernambuco; Prêmio Gonzaga Duque, Associação Brasileira de Críticos de Arte-ABCA (2010). Escreveu os livros: Os anos 60: aspectos das artes plásticas na Paraíba, edição Funarte (1980), coautoria de Chico Pereira; ALMANAC, edição Funarte/UFPB, "Fragmentos", Edição Funesc (1997); "Caminhos de Pedra", edição URB/Recife, coautoria de Betânia Luna e Jane Pinheiro; "Tereza Costa Rêgo", Olinda (2009); "Memórias do Olhar", Editora Linha D'Água, João pessoa (2009).


Da sĂŠrie Santa CĂłrdula Desenho / 30x20cm / 2012


Raul Córdula tem toda uma produção - pictórica, estética, política, poética, sensorial, gráfica, visual, plástica, literária, etc - dedicada não apenas aos olhos do observador, mas que extrapola muitas questões propostas pelo sistema da arte tal qual o conhecemos há pelo menos 300 anos. Raul vai muito além da ideia de esteta ou pintor, como é mais conhecido. Sem dúvida, essa constatação de multiartista faz de Raul Córdula um raro espécime em nossas artes visuais. Aliás, infelizmente pouca gente sabe dessa sua obra tão vária. Por esse motivo, ano passado, ao comemorar seus 50 anos de atuação, Raul optou por apresentar uma antologia de sua produção na tentativa de abarcar o vasto repertório desenvolvido ao longo de tantas situações, lugares, movimentos e momentos cruciais na recente história da arte brasileira. Nessa mostra, 50 Anos de Arte, exibida no Parque Dona Lindu, no Recife, ele mesmo (com a curadoria de Olívia Mindelo) segmentou em "fases" ou "séries" algumas de suas obras: das aquarelas produzidas em Paris (1991) às ações em arte postal (O Pais da Saudade), dos primeiros desenhos (1965) à atividade multidisciplinar a partir do conto A Gaivota Cega, das pinturas de teor político (Araguaia e 1968) às geometrias recentes... E, mesmo com correta montagem, obras seminais de sua lavra, belo texto da jovem Olívia Min-


delo, ação educativa e estupênda visitação (cerca de 50 mil pessoas), a mostra ainda não deu conta de nos apresentar, verdadeiramente o múltiplo e raro Raul Córdula. Agora, por ocasião da abertura das comemorações dos 10 anos de atuação da Usina Cultural Energisa, há nova oportunidade de adentrarmos - nós, seus conterrâneos em especial - no rico universo desse artista. E, mais uma vez, por sua decisão de desvelar outras de suas "fases" ou "séries", Raul escolheu obras destinadas a também falar de sua paraibanidade, talvez até remetendo à citação atribuída a Leon Tolstoi: "Se queres ser universal, começa por pintar a tua aldeia". Raul Córdula apresenta algumas obras - até inéditas aqui na "província", apesar de produzidas desde os anos 60 - em sincera elergia à sua terra natal, como as séries Bandeira do Ego, Pedra do Ingá e Borborema. Outras pinturas, geométricas e recentes, além de objetos, assemblages, vídeos e desenhos, compõem essa antologia do seu fazer artístico. Essas são suas "memórias do olhar", que graças também a sua verve de historiador (e poeta), revelam-se primorosas crônicas de seu tempo.

Dyógenes Chaves, março de 2013.


Da sĂŠrie Santa CĂłrdula Desenho / 30x20cm / 2012


Bandeira do EGO Tecido de AlgodĂŁo 80x100cm / 2005


Made in PB — Feito em Chumbo Acrílica sobre tela 80x100cm / 2005


Sepulta este teu Ego Acrílica sobre tela (díptico) 100x230cm / 2005

Bandeira do Ego Chumbo e tela pintada (díptico) 100x230cm / 2005





12MAR—14ABR—2013

Usina Cultural Energisa R. João Bernardo de Albuquerque, 243 - Tambiá, João Pessoa - PB, 58020-565


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.