FOTO: MARQUINHO SILVEIRA
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QUA NDO PA R A MOS PA R A R EFLETIR, NOS DA MOS CONTA DE COMO OS PEQUENOS MOM ENTOS SÃO IMPORTA NTES... RITUAIS DO NOSSO COTIDIA NO, COISAS QUE A GENTE FAZ NO AUTOM ÁTICO, M AS QUE FAZEM TODA A DIFER ENÇA PA R A O ESPÍRITO E QUE INFLUENCIA M NA M A NEIR A COMO NOS SENTIMOS NO DIA A DIA. SÃO INSTA NTES COMO ESSES QUE, SEM PERCEBER MOS, TR A NSFOR M A M TUDO À NOSSA VOLTA. ACHO QUE A GENTE FICA TÃO PR EOCUPADO EM BUSCA R PERFEIÇÃO EM TUDO QUE, ÀS V EZES, NÃO PERCEBE O QUE É R EALM ENTE ESSENCIA L. SÃO AS PEQUENAS COISAS, ESSES ETER NOS INSTA NTES QUE, NO DIA SEGUINTE, FAZEM A GENTE QUER ER FAZER TUDO DE NOVO.
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Acontecimento POR WILMA TRINDADE
Casamento Natália e Bruno
Especial Dia das Mães POR WILMA TRINDADE
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Entrevista Exclusiva POR WILMA TRINDADE
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POR WILMA TRINDADE
Raquel Amorim
Gente 41
Empresarial
POR WILMA TRINDADE
Edvaldo Soares
POR WILMA TRINDADE
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Rejeitos do Poder Etelmar Loureiro
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De Pinguins e Gigantes Tarciso Alves
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Blindagem Empresarial
Mayra Rody Peixoto 8
ABRIL / 2016
Entrevista Exclusiva
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Transtorno Mental Newton Concellos
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Terrorismo: Causas e Soluções Profundas Diego Trindade D’Ávila Magalhães
Editorial Wilma Trindade Uma tensão geral impregnou o ar nesse primeiro trimestre de 2016. A sensação de impotência e os rostos desfeitos diante da estagnação da economia expressavam a descrença no futuro, próprio, e do país. A corajosa Operação Lava Jato, conduzida pelo irrepreensível juiz Sérgio Moro, escancarou verdades do poder e mostrou, sim, que existia um meio de dizer basta, que, não mais enganados, pudéssemos fazer valer nossos valores e a nossa vontade, que é soberana perante a Constituição. Em meio ao caos, sem perder a fé, transitamos levando a esperança, confiantes de que o povo quando sai espontaneamente do seu conforto para ir às ruas gritar por mudança, esbravejar seu cansaço de ser desconsiderado, é, simplesmente, irresistível. No último dia 17, os 367 votos a favor, mais que de sobra para que o impeachment da presidente Dilma Rousseff chegue ao julgamento do Senado, foi o resultado do destemor, da convicção da maioria do eleitor brasileiro. Como ouvi e concordo, 54 milhões de votos não dão o direito ao governante de desrespeitar, de ultrajar, de fazer o que bem quer com o poder adquirido. E foi preciso que o desejo de mudança fosse mais forte, para dominar os ímpetos mais primários, como disse um dia o senador Roberto Jefferson, para aceitar o cinismo à la José Dirceu. Mas, demonstrações essas à parte, o que importa mesmo hoje é que valeu a pena nos mover e colorir com as cores verde e amarelo as ruas do país, gritando um “basta” contundente. E foi para compartilhar com você desse sabor que a nossa Mais Mais Perfil abril chega com dois dias de atraso. Sabemos que foi o primeiro passo. Mas grande o suficiente para nos devolver o ânimo e reacender a esperança. Esta edição está cheia de surpresas. Beleza, esmero, um conteúdo balanceado entre o denso de nossos bem antenados articulistas e a leveza do social que enche os olhos. Trazemos duas inéditas entrevistas exclusivas, ambas fortes e têm a assinatura desta editora. Felizes e gratos, primeiro e incontestavelmente a Deus, que por sua infinita misericórdia nos ouviu e iluminou, gratos a todos que nos receberam e acreditaram em nossas propostas, dizemos, até a próxima, em junho, sob um novo sol de inverno com ar de primavera. De Praga, não. A primavera do nosso Brasil.
Expediente Editoria Geral: Wilma Trindade | Fotos: Wilma Trindade, Beth Collor, Studio KK Gontijo, Josie Nader, Marquinho Silveira | Colaboradores: Diego Trindade, Etelmar Loureiro, Mayra Rody Peixoto, Newton Luiz Concellos,Tarciso Alves | Design Gráfico: Alderson Cunha (Kila) | Revisão: Tarciso Alves | Impressão: Gráfica Nacional | Tiragem: 5.000 exemplares Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Abril/ 2016 | Contato: (33) 99953-1124 / 98437-0707 / 99121-0601 wilmaperfil@hotmail.com | www.maismaisperfil.com
9 ABRIL / 2016
Mais Mais
SALVE A SELEÇÃO!!!
Opinião BRASIL
LUZ PRÓPRIA A Operação Mar de Lama comprovou um fato interessante: enquanto a maioria das cidades do interior prefere assistir ao que se passa nos grandes centros, Valadares não se contenta com ser plateia. Tem que produzir seu próprio espetáculo, mesmo que seja um escândalo.
CONTRAMÃO À medida que os preços se elevam assustadoramente, a qualidade dos hortifrútis vendidos nos principais supermercados da cidade está em queda livre. Nas gôndolas, misturados às frutas e verduras expostas, é comum encontrarem-se produtos colhidos fora de época ou deteriorados, em total desrespeito aos fregueses. Um convite à Fiscalização!
ZAP-ZAP - Pai, o que é clau
strofobia?
POR ETELMAR LOUREIRO e WILMA TRINDADE
FAZ PENA Na condição de assessor público, o titular da Advocacia Geral da União é também parecerista. Como tal, tem que estar pronto a atacar ou defender, conforme as conveniências do Governo. Só isso explicaria o ridículo a que se expõe José Eduardo Cardozo, quando vem a público sustentar teses absurdas, em favor do Planalto. Retórica e talento não lhe faltam; pena que desperdiçados!
REFLETINDO BEM Se recuperarem a grana surrupiada, e se acabarem com a roubalheira que sangrava o país, a economia brasileira certamente entrará nos eixos. Não mais será necessário o aumento da carga tributária, que, pelo contrário, poderá ser reduzida. Sem subsídio à corrupção, vai sobrar dinheiro nos cofres públicos.
res fechados, - É o medo de luga filho. - Como assim?
ao bar, sinto - Quando estou indo o. chad medo de ele estar fe ´ Falô!
Enquanto setembro não vier, o torcedor brasileiro pode se despreocupar quanto a novos insucessos da Seleção brasileira, nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2018. Até lá, ela estará disputando a Copa América e os Jogos Olímpicos. Oportunidades para que sejam corrigidas pequenas deficiências do time, tais como falta de craques, falta de esquema de jogo e falta de Comissão Técnica. O resto tá ótimo!
DIREITOS IGUAIS De pés juntos, Lula jura não ser dono do sítio em Atibaia e do triplex no Guarujá. Perante a Cruz do Calvário; Eduardo Cunha afirma não ter contas bancárias em paraísos fiscais. Pelas barbas do profeta, Renan Calheiros garante que nunca recebeu propina. Se for assim, por que Dilma Rousseff não pode se dizer Santa e injustiçada?!
EMBANANANDO A SIGLA É cada vez maior o número de espertalhões querendo que seus processos sejam mandados para o Supremo Tributal Federal, que eles acreditam seja todo atapetado, tenha um “coração de mãe” e a agilidade de Barrichello. Alguns chegam ao cúmulo de supor que a sigla STF significa Supremo Tapetão Nacional. Uns gozadores!
O RIO NÃO TÁ PRA PEIXE
ACONTECEU
Segundo notícias veiculadas no final de março deste ano, “a contaminação por metais de peixes do Rio Doce está até 140 vezes acima do permitido. O nível de contaminação foi medido pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) ao analisar a presença de arsênio no peixe roncador. Ele também está contaminado por cádmio 12 vezes acima do permitido, e por chumbo cinco vezes acima do tolerado”. O jeito é comer faisão!
De nada adiantou o “não vai ter golpe” vociferado pelo Governo e seus seguidores, na tentativa de impedir que a Câmara dos Deputados autorizasse o prosseguimento do processo de impeachment da presidente Dilma. Apesar das manobras oficiais, prevaleceu a vontade popular, e a medida foi aprovada por folgada maioria de votos. A pancada aconteceu não nas instituições, mas na espinha dorsal do governo petista, que assim ficou mais próximo do desembarque. Golpe, agora, se houver, só o “de misericórdia”, a cargo do Senado.
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Dicas Itália legítima no coração da Ilha!
Mauro Carlini
Nicola e Itácia
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ABRIL / 2016
Como você pode adivinhar pelo nome, o vinho aqui é tão importante quanto a comida, e há algumas garrafas que impressionam, da Toscana, e, além da lista, junto a várias opções bem em conta! A comida é simples, com antipasti entre os mais tradicionais queijos e defumados. As opções do cardápio são assinadas pessoalmente pelo proprietário Mauro Carlini. Italiano de Roma, trouxe de lá os segredos de sua nonna, para nosso deleite gastronômico! O aconchego, simplicidade e conforto desse charmoso Bistrô são o ideal para jantares cotidianos, encontros de amigos e comemorações especiais de pequenos grupos. Por lá estivemos e damos a dica: Av. Jequitinhonha, 96, Ilha. De terça a domingo. Sempre a partir de 19h.
Zulma e Wilma Trindade
Paulinho Fernandes, Celso Gama e Aline, Adilson Reis, Zulma Pitanga, Elaine e Élia Pitanga convidados da Mais Mais Perfil para brindes muito especiais
Celso Gama e Aline, despedindo-se de GV
Casal 10, Paulinho e Elaine
ESPECIAL DIA DAS MÃES POR WILMA TRINDADE
Dra. Sabrina Miranda Becalli Elas chegaram das universidades deixando fluir suas vocações que estão hoje em escritórios de advocacia, nos Supremos Tribunais, Ministérios Públicos e Governamentais, em Consultórios, Clínicas e Hospitais. O título de Doutora já é comum na sociedade contemporânea. Mas o extraordinário em todas essas trajetórias de uma mulher moderna vê-se na imutável condição feminina, a capacidade de exercer, de administrar um ser mulher absoluta e múltipla. Comemorado tradicionalmente em nosso país no segundo domingo de maio, o Dia das Mães merece que reavivemos esse olhar.
A
Mais Mais Perfil inspirou-se escolhendo para essa matéria especial que deseja homenagear as jovens mães doutoras e produtivas, a jovem mãe Sabrina Miranda Becalli. Médica, dermatologista com título de especialista pela Sociedade Brasileira de Dermatologia. A Dra. Sabrina tem se destacado pelo tratamento das doenças da pele, cabelo e unhas, nas técnicas de botox e preenchimento. No momento, com um aparelho novo e seguro de criolipólise que visa a redução das gordurinhas localizadas e melhor modulação corporal, a Dra. Sabrina Miranda estende o seu tempo e vai além da semana comum dedicada ao trabalho. Casada com o também médico Dr. Alexandre Becalli, cardiologista, eles trabalham juntos, e juntos formam com o filho Davi a família sonhada. É neles, Alexandre e Davi, é no apoio incondicional dos seus pais, Marília e Dr. Dilermando Miranda, que a mulher e a profissional Sabrina encontra a energia e o conforto necessários para o dinamismo de cada dia. Os momentos com o Davi no Studio do fotógrafo Marquinhos Silveira revelaram a total cumplicidade, a parceria, o carinho e o amor incondicional entre mãe e filho. E foi aí que constatamos que a sua acelerada rotina se perde no encanto da maternidade. “A mulher guerreira é aquela que vive a rotina de forma leve, alegre, e com um sorriso lindo no rosto”, diz a Dra. Sabrina Miranda.
Rua Barão do Rio Branco, 569 - Centro 33 3271-9497 / 98899-9497 14
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Empresarial V
isão, energia, qualidade. A nova cara da Arezzo em Valadares tem a assinatura de Romero e Alessandra que, a cada início de estação, recebem os clientes com champã, delikatesses e DJ. Assim foi com o lançamento da coleção Outono-Inverno. O savoir-faire desse casal conquistou a todos. Com a sua treinadíssima e simpática equipe, entre um clic e outro, a paixão pelas criações Arezzo acontecia. Estrelada por ninguém menos nem mais que Gisele Bundchen a coleção Arezzo traz a beleza, simplicidade e sofisticação da über model. E se a Giselle Bundchen assina embaixo, o que você está esperando?...
Romero e Alessandra
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Mais Mais
Ponto de Vista Etelmar Loureiro
REJEITOS DO PODER
A lama que se espalhou por toda a extensão do Rio Doce não é fruto do acaso, nem surgiu de um momento para outro. Ela se formou ao longo de anos, lenta e gradualmente. Tudo sob o olhar complacente de autoridades, empresários e membros de uma comunidade, que, seduzidos pelos resultados econômicos e financeiros das atividades que lhe deram causa, não atentaram para o risco a que estavam expostos. O que já é considerado o maior desastre mundial do gênero, teve origem em Mariana (MG), onde aconteceu o rompimento de uma barragem de rejeitos da mineradora Samarco. As calamitosas consequências, que até hoje se ampliam, incluem a morte de 19 pessoas e incalculáveis danos ambientais. Na definição técnica, os rejeitos são substâncias impuras ou defeituosas, resultantes do processo de beneficiamento do minério. Para que não prejudiquem a natureza, devem ser guardados em reservatórios apropriados e seguros, conhecidos como barragens de rejeitos. Em outras palavras, é o imprestável, o lixo da atividade mineradora, amontoado num dique que a qualquer momento pode não mais aguentar tanta sujeira. Quando isso ocorre, a barragem se rompe e a tragédia é inevitável. Pensando bem, não só a mineração produz rejeitos. Na vida públi18
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ca eles aparecem em larga escala, pouco importando a capacidade de suporte dos depósitos que os recebem. Isso é comum em todo o mundo, mas, no Brasil dos últimos 13 anos, a realidade tem sido cruel e insofismável. Parece que o país se transformou numa imensa barragem de rejeitos, utilizada por políticos, governantes, outros agentes públicos, empresários, lobistas e “amigos do rei”, para depositar suas atitudes desonestas. Nesse ambiente repugnante, onde impera a corrupção, o brasileiro se sente ultrajado. Não mais aguenta conviver com tantas maracutaias, mentiras, hipocrisias, explicações medíocres, negativas descabidas, zombarias e muitas outras sem-vergonhices praticadas por bandidos de colarinho branco. Ninguém melhor do que o renomado conferencista Luiz Inácio Lula da Silva, de notável saber e comedida verborragia, para qualificar os responsáveis pela caótica calmaria em que se encontra o país. Num papo de alto nível com a presidente Dilma, irreverentemente grampeado, ele avaliou que “Nós temos uma Suprema Corte totalmente acovardada, nós temos um Superior Tribunal de Justiça totalmente acovardado, um parlamento totalmente acovardado”. E, talvez querendo amenizar, arrematou dizendo que “Nós temos um
presidente da Câmara filho da ****, um presidente do Senado filho da ****, não sei quantos parlamentares ameaçados, e fica todo mundo no compasso de que vai acontecer um milagre e que vai todo mundo se salvar”. Teve o altruísmo de poupar a chefe do Governo, certamente porque conversava com a própria. Os sinais de sobrecarga há muito se faziam sentir. Mas os escândalos revelados pela Operação Lava Jato foram a gota d’água que fez desmoronar a barragem de rejeitos do poder. E um mar de lama tomou conta da nação, hoje mergulhada em inflação galopante, juros altos, instabilidade cambial, recessão econômica, desemprego e outras flagelos. Diante de um Governo devastado pelo descrédito, o povo, clama por troca de comando. Ideal, mesmo, seria uma “limpa geral”, e que o nosso mundo político recomeçasse do Éden (não confundir com Enem). Os otimistas sabem que a possibilidade de revitalizar o Rio Doce é remota, mas factível. Quanto à recuperação do Brasil, do jeito que as coisas se encaminham, até Deus duvida. Com razão!. Etelmar Loureiro
Bacharel em Direito E-mail: etelmar@gmail.com Blog: http://gentefatoseabstratos.blogspot.com
Natália Natalia e Bruno O “Sim” de Natália e Bruno, celebrado no Salão de Festas La Maison, foi a emoção da noite de 9 de janeiro de 2016. Elegância e beleza, luxo e requinte, amigos, e o maior de todos os sentimentos, o amor, davam o ton. Foi um privilégio registrar a ambientação primorosa, a felicidade dos noivos captada pelas lentes da fotógrafa Josi Nader, e a alegria de todos. Bruno, filho de Saint Clair e Vera Fonseca, Natália, de Rogério Couy e Adália Couy, duas famílias entrelaçadas pela certeza de eles de terem sido feitos um para outro. Os convidados, amigos de longa data, brindaram e festejaram aos noivos, com toda animação no ritmo da banda Supergroove, liderada pelo Mike Santos.
A elegância da cerimônia que uniu Bruno e Natália
O primeiro beijo de casados
A entrada da noiva apoiada pelos pais Rogério Couy e Adália Couy
Saint—Clair e Vera encaminham o filho ao altar
O momento mágico: colocando as alianças
19 ABRIL / 2016
João Felipe Couy e Candice Fonseca
João Felipe, Bruno e Natália e seus pais Rogério e Adália
A elegante família do noivo: Candice, Saint-Clair e Vera
Bruno, Ivo Tassis, Diego Tassis e Natália
O brinde dos noivos Bruno e Natália, um convite à festa
Herman Marques, Samir Mellen, Saint-Clair Fonseca, Ruth Mellen e Vera Fonseca
Tida e Renato Leite com Vera Fonseca
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Cobé e Betânia
Marcos Fonseca e Emanuelle
Candice a Vera
Daiane, Candice, Danielle e Vera
Maria Osmina, avó da noiva, Adália, e Amália
Flavianny Maciel, Carolinne Viana, os noivos, Raissa Catalunia e Bruna Bragatto Laiére Alvarenga e Socorro Bretas Alvarenga
Candice, Natália, Vera e Bruno
Adilson Reis e Wilma Trindade
André Guedes Fonseca e Aline
Os noivos Natália e Bruno
Danielle Teles
Fátima Homaidan
Lúcia Fonseca e o irmão, Saint-Clair
Vânia Xavier
A felicidade compartilhada. A família e os mais íntimos, em elegância máxima, brindaram e dançaram festejando a belíssima união de Bruno Fonseca e Natália Couy. Natália, a prima Carol Couy e Adália
O carinho da noiva
Bruno com os primos André, Marcos e Eduardo
Pedro Lucca e Renato Andrade
Fredinho Miranda e Renata
Jorge Zmbon e Natália
Ivo Tassis e Raissa Murta Miranda
Júnia e Marcelo Barros
Thiago Meneses
Adália e seu irmão Agnaldo
21 ABRIL / 2016
Camila e Thiago Luisa e Ricardinho Rodrigues Pereira, que estão de casamento marcado para o dia 10 de setembro 2016. Cerimônia às 20h na Catedral de Santo Antônio e recepção no Ilusão Esporte Clube.
O sábado 16 de abril foi de Camila e Thiago. Ela, filha do tradicional casal Renato Juarez Leite e Tida Ramos Muniz Leite. Ele, filho de Paulo Roberto Ramos Viana e Leila Martins de Souza Viana. Após a prestigiada Celebração na belíssima Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Ilha dos Araújos, as famílias receberam no Ilusão Esporte Clube. Uma festa animada pela juventude dourada, amigos dos noivos e pelas famílias e mais convidados. Os noivos Camila e Thiago
Roberta Machado e Jarbas Júnior de casamento agendado para o dia 10 de junho de 2017. Cerimônia e recepção na beleza mágica da Fazenda Boa Vista. O celebrante será o Pr. Rimack. 400 convidados. A competente Érika Coelho, à frente do cerimonial. Ana Angélica com a filhas
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ABRIL / 2016
Thais Primeira herdeira do jovem casal Altair e Daniella a fofa Thais ganha festa de arromba no Salão de festa da famosa vovó Maristela Chisté. O convite um primor que deixava vislumbrar a uma festa deliciosa. Ficamos honradíssimos com a delicadeza. Assim o dia 30 de abril congestiona a agenda dos Mais Mais da Planície.
Debut Camila Marques de Carvalho Pereira, os 15 anos com Missa dia 29 na Catedral de Santo Antônio e badalação na dia 30, na Boate Monalisa. Filha de Leonardo Rodrigues Pereira, o super descolado Léo da XX e de Simone Marques de Carvalho, neta de Márcio Rodrigues Pereira e Isabel Miranda Pereira, imagine a festa!!!!! Assim o dia 30 de abril de 2016 se transforma em marco para a aniversariante. Paparicadíssima pela família que inclui os avós maternos queridíssimo Clovis e Lency, assediadíssima por todos os amigos a bela Camila é só felicidade.
Carol e Felipe
Jardins
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A bela Andréia Tolomelli, uma expert em organização de festas, tem agora sob a sua direção a mais nova casa de festas de Governador Valadares. Ela e o sócio Márcio Cabral inauguram em breve a Jardins – Organização de Festas, bem no coração do Bairro Esplanada, uma localização privilegiada, central, e ao mesmo tempo de fácil estacionamento. O local conta com uma espaçosa casa, muito elegante, e uma área totalmente climatizada.
18ª edição do Minas Trend tem participação de três marcas valadarenses
Susan Duarte (C´est Brasil), Karina Xavier (Katmos), Érica Sendas (Ananda) e Alice Duarte (C´est Brasil)
O Minas Trend realizou sua 18ª edição entre os dias 04 e 07 de abril, fazendo de Belo Horizonte a capital da moda neste período. O evento aconteceu no Centro de Convenções Expominas, reunindo em
um só lugar expositores e lojistas dos segmentos de vestuário, calçados, bolsas, joias e bijuteriais, que apresentaram no salão de negócios da indústria da moda no Brasil, as suas coleções Primavera/Verão 2017. As marcas valadarenses Ananda, Katmos e C`est Brasil participaram do evento, representando a indústria do vestuário de Valadares. As empresas são associadas ao Sindicato das Indústrias do Vestuário de Governador Valadares (SINVEST/GV), da FIEMG Regional Rio Doce. Com o objetivo de mostrar em primeira mão as tendências da moda, o Minas Trend foi criado para fomentar as vendas da indústria de moda mineira e se tornou um dos principais eventos de pré-lançamentos e alterou o calendário da moda brasileira. Esta edição teve o tema “Essência”.
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Drogaria Niquinho O polivalente empresário Niquinho- leia-se Drogaria Niquinho, umas das mais tradicionais drogarias de Governador Valadares, é um apaixonado por rodeios e grande apoiador de eventos countries. Ele está em todos, como promotor, apoiador e organizador, e recentemente comemorou com outros pecuaristas a grande Festa do Alto Santa Helena.
Niquinho da Drogaria NIQUINHO e Jorcelino Lopes do frigorífico Mafrial comemoraram juntos o sucesso da festa em Alto Santa Helena, no início de abril. O evento reuniu uma multidão de pessoas que agradeceram o carinho dos organizadores. Uma das maiores festas da região do Alto Santa Helena e que ficou marcada na história.
Ortodontia e Odontologia Estética
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Uma história de empreendedorismo e inovação Há 22 anos, a Sacaria São Paulo atende às necessidades de quem procura produtos de qualidade, bom atendimento e preço justo. A ampla variedade de artigos de cama, mesa, banho, artesanatos de diversas regiões do Brasil, além de bordados computadorizados com investimento em tecnologia de ponta Brother Embroidery, e artigos para pintura e crochê, permitiu que a Sacaria São Paulo se tornasse a pioneira no ramo. Além de manter parceria com fornecedores respeitáveis, a empresa conta com uma linha de produtos diferenciada . O selo de qualidade da marca Sacaria São Paulo é a garantia de levar para casa um ítem fundamental para o dia a dia, feito com dedicação e matérias-primas de 1ª qualidade. Para proporcionar maior comodidade a você, a empresa modernizou a loja, em um espaço mais amplo, moderno e climatizado, para o conforto de nossos clientes. Na loja você poderá degustar um delicioso chá de ervas aromáticas, em um ambiente aconchegante. Os empresários Alexandre da Silveira Castro e Maria Leopoldina Braga Silveira
História A Sacaria São Paulo surgiu em 1994. No começo, a empresa trabalhava com cerca de cinco ítens, e atuava somente no setor atacadista. Dois anos depois, em um espaço tímido de 30m², foi aberta a loja de varejo, aumentando para 100m². Em 2009 passou a contar com sede própria e com a sua marca registrada junto ao INPI. Mas o espírito inovador e o diálogo com os clientes permitiram que a empresa ampliasse ainda mais a gama de produtos, e aprimorasse o atendimento. Hoje, a loja está totalmente reformada e moderna, com amplo espaço interno de 250m², onde podem ser encontrados mais de mil ítens, oferecendo assim conforto, variedade e qualidade aos seus clientes.
Essa é a nova Sacaria São Paulo, inovando para satisfazer você.
Rua São Paulo, 626 - Centro • Valadares 33
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Simãozinho, Abreu e os funcionários da Climatizze
Grabriela e Paulinho Bicalho
Sérgio Sobreira, o chef que assinou um Carneiro com Parmesão delicioso
A Associação dos Pescadores e Amigos do Rio Doce tem conquistado, a cada dia, mais apoiadores, por sua seriedade e ações efetivas, oportunas e louváveis. Nasceu de inciativa espontânea e ganha corpo como uma Associação independente, das mais importantes de nosso Município, principalmente considerando a tragédia que acometeu o principal e grande rio da nossa região. Sábado, 9 de abril, um almoço de apoio teve a adesão de mais de 100 amigos. O empresário Sérgio Sobreira assinou o prato principal: cordeiro ao queijo parmesão. Delicioso. A Mais Mais Perfil registrou.
A presidente da FIEMG Regional Rio Doce, Rozani Azevedo uma parceira da APARD que marcou presença com Nério Júnior, Jaqueline Coelho, Juliana Rocha e Moisés Spiridião
Massoca, Paulo Bicalho e Cirinéia
Dora e Moreira, Beto Mol e Márcio Rodrigues Pereira
Beatriz Bicalho, Sonia Leão, Abreu e Aline
Isabel Miranda Pereira, Leopoldo, Bel Oliveira
Humberto Nazareth, Yana Barroso Nazareth e filhas
Denise e Paulo Gonçalves com Valéria Mol
Farid e Aline, Anderson Terra e Tamila
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ABRIL / 2016
Natália e Rodrigo Pinto
Alcyr Nascimento e Adriana
Hélio Melo e Dr. Fernando
Roger De Marco e Isaura
Dora e o filho
Paulinho Costa e Estevão
Miller com a mãe Maria Helena, a filha Raika e a esposa Luana
Mais Mais
Ponto de Vista Mayra Rody Peixoto
BLINDAGEM EMPRESARIAL
Atualmente vivemos num cenário de “inseguranças”: insegurança política, insegurança econômica e consequentemente insegurança jurídica. Diante deste contexto, o número de lides de todas as formas e tipos tem aumentado significativamente. Contudo, nem sempre uma sentença favorável é certeza de vitória. No meio deste furacão encontram-se os negócios empresariais, e por trás deles seus líderes e gestores, que muitas das vezes ficam perdidos sem saberem quais as atitudes corretas a serem tomadas, a fim de proteger, de blindar sua empresa de possíveis ações judiciais, especialmente de passivos trabalhistas. No mesmo sentido, de acordo com pesquisa realizada pelo Sebrae-NA, no país há 6,4 milhões de estabelecimentos, sendo que 99% deles são considerados pequenas empresas ou micro empresas (MPEs), um dado
considerado alarmante se levarmos em conta que, por serem considerados pequenos negócios empresariais, tais empresas nem sempre possuem o suporte jurídico necessário para oferecer as orientações adequadas para que a empresa cumpra com todos os seus deveres, cumprindo com suas obrigações em todas as esferas, mas também exigindo seus direitos, se resguardando, se protegendo de um possível litígio judicial. E essa fatia do mercado hoje representa 52% do mercado empregador formal, também segundo levantamento realizado pelo Sebrae. Por esta razão, inicia-se hoje a coluna Blindagem Empresarial, a fim de auxiliar o pequeno empreendedor nas suas ações diárias, e para sanar dúvidas corriqueiras, dando maior segurança e respaldo e evitando com isso ações judiciais. O primeiro tema da referida coluna
que será retratado na próxima edição da revista Mais Mais, cuida da necessidade de criação do REGIMENTO INTERNO como política de normas suplementar da empresa, isto porquê, primeiramente, a CLT não tem como como contemplar todas as situações que ocorrem no cotidiano das empresas, e que geram inúmeras lacunas. Segundo, pois, diante de um regimento interno bem elaborado, a empresa deixará claro a sua política geral, suas práticas, costumes e perfil, ainda como o seu futuro colaborador terá ciência se possui o perfil da empresa, e se encaixa-se nele. Até a próxima. Mayra Rody Peixoto Pós Graduada em Direito doTrabalho- UGF-Gama Filho Pós Graduada em Direito Imobiliário - FGV MBA em Gestão Empresarial - FGV Pós Graduada em Direito Urbanístico- Puc Minas Membro do Instituto de Registro Imobiliário do Brasil
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Graduada em Nutrição Pósgraduada em Nutrição Clínica Especialização em Nutrição Clínica e Estética, Coach em Emagrecimento Farmacologia Chinesa e Acupuntura
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Ponto de Vista TARCISO ALVES
DE PINGUINS E GIGANTES
Entre os grandes males que impedem o desenvolvimento do país há um que passa despercebido, embora ele seja tão grave quanto os demais de que todos falam na mídia nacional e internacional, nos últimos anos. A atual corrupção tem mais visibilidade e causa mais espanto ao país, mas ela não reina sozinha nestes tristes trópicos, infelizmente. Na verdade, vem acompanhada por uma colossal incompetência administrativa, que impera desde as priscas e longínquas datas tão bem lembradas pelo paraibano Augusto dos Anjos, no seu poema Vandalismo. Essa incompetência e suas nefastas consequências remontam aos primeiros anos do Brasil Colônia, e já naquele tempo não escapavam da verve ferina do poeta baiano Gregório de Matos, também conhecido como Boca do Inferno: “A cada canto um grande conselheiro/ Que nos quer governar cabana e vinha/ Não sabem governar a sua cozinha/ E podem governar o mundo inteiro”. Tinha toda razão o vate maldito, aliás, bem mais do que ele e seus contemporâneos poderiam supor. De lá pra cá, em essência, pouca coisa mudou. Tanto assim que o ex-ministro Roberto Campos, também conhecido como Bob Fields, décadas atrás, dizia que “a burrice, no Brasil, tem um passado glorioso e um futuro promissor”. No mesmo sentido também teria se manifestado Rui Barbosa anteriormente, dizendo que “há tantos burros mandando em homens de inteligência, que às vezes fico pensando que a burrice é uma Ciência”. Ainda não se sabe se Rui estaria certo ou não, mas de tais “cientistas” é o que o povo menos precisa no momento, por razões óbvias. Aliás, vale lembrar que outros poderes da República, como o Judiciário, por exemplo, acabam sofrendo pressões e interferências diretas e indiretas de alguns “burros” muito espertos, como tem ocorrido no STF de alguns anos para cá. Aliás, para esse caso também há antecedentes, e um pelo menos merece ser lembrado. 32
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FOTOS CLÉLIA
Berenice Magalhães, Carminha e Sayonara Calhau, Lucianni Pontes e Maria Inez Rodrigues Pereira
Em 1936, o STF autorizou a extradição de Olga Benário, mulher de Carlos Prestes, para a Alemanha Nazista, embora ela estivesse grávida. De nada valeram os argumentos da defesa sobre os direitos que a sua condição de gestante lhe asseguravam: foi extraditada para a Alemanha, onde foi executada seis anos depois, numa câmara de gás. Nessa extradição pesou o voto do ministro Hermenegildo de Barros, do STF, um homem de cor, tido como íntegro e grande jurista na sua época. Sobre esse episódio, Aprígio dos Anjos, irmão de Augusto dos Anjos, compôs o soneto Trivial do supremo Hermenegildo, que poderia valer como uma advertência a alguns dos atuais ministros, que se veem na obrigação de atender a quem nos quer governar cabana e vinha, mesmo sem saber governar a própria cozinha, ainda que planejada: Neste foro de gênios insepultos Cheio de múmias e quadrupedantes, Vejo pinguins passarem por gigantes, E analfabetos por jurisconsultos. Acórdãos de sentidos claudicantes, Na feitura de juízes semicultos Criam formas bizarras e tumultos Que escapam à perícia de Cervantes.
A balança da lei não tem mais pratos, Desde que sucumbiu Poncius Pilatos Desgraçou-se a justiça de uma vez.
Ele ao menos, conforme a Bíblia ensina, Lavava as mãos escuras com benzina, Coisa que Hermenegildo nunca fez. Tarciso Alves
tarcisoalvesgv@hotmail.com
Perfil ENTREVISTA
EXCLUSIVA POR WILMA TRINDADE
RAQUEL AMORIM MORAIS SANTOS
FOTO WILMA TRINDADE
POR TRÁS DAS TATUAGENS A agitação da vida contemporânea, quando centenas de seres humanos passam uns pelos outros em um ir e vir cotidiano com uma indiferença que chega a ser brutal, o diferente intriga, provoca reações, e busca por respostas. Qual a motivação? O que leva pessoas comuns se tornarem tão incomuns? Que coragem é essa? Movidos por essas interrogações, decidimos entrevistar Raquel Amorim Morais Santos, Educadora Física, de beleza estonteante e uma história de vida comovente.
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Mais Mais Perfil
ENTREVISTA
EXCLUSIVA Raquel Amorim Moraes Santos FOTOS WILMA TRINDADE
POR WILMA TRINDADE
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Wilma- Qual foi e quando aconteceu sua primeira tatuagem? Raquel - Sempre gostei de tatuagem, mas não fazia, para não desagradar o Maurício, meu esposo. Comecei, logo depois que ele, depois de muito sofrimento, descansou. Primeiro fiz uma bem pequena, a ovelhinha, o significado do meu nome. Wilma - Raquel, você tem uma história de grandes perdas, dores profundas que a imergiram na religião e também em si mesma. Com que força emergiu? Raquel - Na perda do Bernardo, já com 18 anos, encontrei apoio no Cristianismo, razão da tatuagem “Apaixonada por Jesus Cristo”. Seguiu-se a da Pipa, que se ergue com a frase “Às vezes é preciso aceitar que os amores partem”, uma homenagem ao Maurício e ao meu primeiro filho. Wilma - Deixar-se tatuar dói? Raquel - Dói. E muito. Mas vale a pena cada agulhada. A dor se transforma em arte e conta minha história. Muitas pessoas condenam, mas acredito que Deus olha o coração, e não o que está na pele. Minhas tatuagens contam minha história. Wilma - Para quem? Para você mesma, considerando que a maioria é emblemática? Ter consciência de sua própria história, tendo-a gravada em sua pele, essa é a sua motivação? Raquel - Primeiro porque sempre gostei e acho bonito. Segundo, porque eu consigo deixar transparecer sentimentos, crenças, e declarações através dos rabiscos em meu corpo. Wilma - Por exemplo, a tatuagem em
seu ombro esquerdo, o que desejou transmitir com ela? Raquel - Essa fala o significado dos nomes dos meus filhos. Bernardo – Urso forte representado na patinha do urso; as asas do Arcanjo Miguel, o nome do meu caçula; a Coroa, para minha princesa Sarah. Wilma - Observamos que muitas pessoas que começam seguem se tatuando e muitas até cobrem todo o corpo. A tatuagem vicia? Raquel - Não creio seja um vício. Mas quem gosta quer mais. E quando a gente encontra algo que traduz alguma coisa, a gente tem vontade de colocar na pele. Quando comecei o Crossfit, pela força interior vista pelas pessoas, começaram a me chamar de Mulher Maravilha, aí eu quis essa Mulher Maravilha na pele, e a frase “Nunca o deixarei e nunca o abandonarei. Tão somente seja forte e corajoso”, é uma passagem bíblica do livro de Josué. Wilma - Você acha que é preciso ser forte e corajoso para carregar na pele inúmeras tatuagens? Raquel - Sim, você tem que ser, no mínimo, descolado para não se importar com os olhares das pessoas, com os comentários e até agressões físicas. Uma vez um senhor olhou-me bem e disse “que horror!!!”. Outra pessoa passou e me deu um tapa. Elas julgam pelas aparências. Não me importo. O que eu quero é ser eu mesma. As minhas buscas são grandes e significativas, e eu não sei se estaria de pé sem elas. Eu busco essa força nos meus filhos, tiro dos amores que perdi, busco nos amores que chegam - como o André (olhando para o namorado André Valadares)- e nas coisas que eu faço. Wilma - Qual veio primeiro, o polvo ou o pavão? Raquel - O pavão. O polvo veio depois, com seus tentáculos, e cada um me mostra de uma forma - como ser humano, mulher, mãe, filha, amiga, namorada, profissional, companheira. Minha busca é para eu me manter de pé, inteira. Wilma - Como chegou à do Fundo do Mar, sua tatuagem no braço direito?
Raquel - Depois da tatuagem do polvo veio a ideia do fundo do mar, com seus encantos e mistérios. Essa, aliás, não está terminada. Ela vai tomar conta de todo o restante do meu braço. O fundo do mar é muito bonito, posso descobrir nele muito de mim mesma. Para mim traduz o mistério da vida. Acho a vida bem assim... Um mistério. Sei o que passo, o que vivo e sofri. Poderia estar em uma cama em depressão, seria totalmente compreensível, porém, decidi seguir em frente. E minhas tatuagens vieram como forma de me expressar. Foi uma força enorme para minhas buscas por respostas. Wilma - Sempre a vi forte. Bonita, saudável. Lembro-me das primeiras vezes que me chamou a atenção pela expressão do corpo, sempre belo. Jogando Capoeira, despertava uma admiração geral. O culto ao corpo vem desse dinamismo? Raquel - Não é culto ao corpo – ele só é o resultado de muito trabalho e disciplina. Como atleta que sempre fui, revelada na Capoeira, na Corrida, no Crossfit, e competições, agir e reagir são características. Como profissional no Crossfit onde dou aula e sou coach, expresso-me através da força de meu corpo. É onde encontro também força, para continuar em movimento. Na tatuagem encontrei também essa mesma força porque é como se eu falasse por meio delas. Estamos sempre buscando alguma coisa. Se a gente para... Tenho consciência de ter uma vida só. Viver bem é estar bem, é fazer o que gosta. É dar continuidade para estar feliz. Wilma - Tatuar-se vira uma filosofia de vida? Raquel - Não. Convivo com muita gente tatuada e sei que não é uma filosofia de vida. No meu caso é um prazer, uma forma de comunicar. Eu existo. Wilma - E esse pavão maravilhoso nas costas, que coragem! Raquel - Visão de benevolência, esse é o significado. Além de me encantar por
sua beleza, em algumas culturas é tido como “Perfeição de Deus”. E é mesmo perfeito. Deus caprichou. Vi a imagem, gostei e fui pesquisar o significado. Me apaixonei mais ainda. Tenho um lado espiritual muito forte e dizem que as pessoas que escolhem se tatuar com o pavão são pessoas com alta espiritualidade. O Pavão foi a minha primeira grande tatuagem, e não vou parar aqui. Wilma - Como se escolhe com quem tatuar? Raquel - Pelo ouvir falar do profissional, por pesquisa. É importante na escolha do tatuador percebermos os traços, a harmonia dos contornos, a leveza das mãos e a segurança que o artista nos deixa transparecer. E isso o meu tatuador tem de sobra. É preciso confiar no seu tatuador. Você o identifica pelo bom gosto no aconselhamento da escolha da imagem a ser tatuada e na paleta das cores. Wilma - Para terminar, como conciliar um corpo todo tatuado com um vestido de festa? Raquel - Tenho uma amiga que diz que não posso usar roupa estampada, porque já estou estampada. Mas não ligo. Convivo bem com estampas de roupas.
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Toninho e Sofia Martha
A NOBREZA DE UM CLÃ
As Bodas da Década em uma família dourada incomparável: luxo em cada detalhe, requinte milímetro por milímetro, beleza, elegância, tradição. Nessa atmosfera, a alegria e o orgulho do clã, consolidados pelo amor inabalável de Toninho e Sofia Marta, transparecia sua realeza. Sim, a comemoração dos 50 anos de união desse casal emblemático foi a festa da década em nossa sociedade. Prestigiados por todos os amigos, cultivados com carinho e lealdade, o clima no Ilusão Esporte Clube foi de exultação à pujança do amor da juventude, mantido durante todo esse tempo com pleno respeito, carinho e admiração mútua.
O casal dourado comemorando 50 anos de união feliz
Mirtes, Katia Lima e Cláudia
Larissa Menezes, Carlos Menezes e Ivone, Lucas Menezes e Ana Paula
Dr. Marcus Lino e filha com Dr. Geraldo Afonso Serra
Lui e Eny Robles (Miami)
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Jane, Beré , Carmen Serra
Renato Leite, Nilza e Lúcio Ribeiro
Sandra e Mourão, e Wilma Trindade
Karina Eliza Sant´anna
Dirce, Marum Godinho e Marly
A nobreza do clã de Evaldo Antônio de Souza e Sofia Martha, que imperou no Ilusão no dia 19 de dezembro de 2015
Izabel e Márcio Rodrigues Pereira
Rita, Bebethe e Dr. Marcus Morais
Cláudia Bessa, Filipe Leite e sua linda noiva Dayana Lima
Clement Sabbagh e Dra. Melissa
Sofia Martha com o sobrinho Thiago Costa e esposa Dra. Edielce Karla Cristina de Souza
Dr. Dilermando Miranda e Marília
Fernando Dantas e Carla
Cilene Pereira
Eliana Chisté e Talita Souza
Rose e Sebastião
Sumaya e Amauri Pires
Miguel Merlo e Creuza
Walton Cardoso, Eliana, Patrícia Barbalho e Walton Júnior
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Mais Mais Perfil
Carlos Roberto Lima de Menezes e a esposa Ivone Menezes
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Carlos Roberto Lima de Menezes
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ão foram poucas as batalhas vividas pelo empresário da área de imóveis Carlos Roberto Lima de Menezes, o Carlão. Com muito trabalho e honestidade, ele teve coragem para superar os desafios e paciência para esperar o tempo de Deus para todas as coisas. Hoje, à frente da Carlão Imóveis, com unidades em Governador Valadares e Vale do Aço, ele sabe bem de onde vieram a força e a persistência que o mantiveram firme até nas horas mais difíceis, e que a sua trajetória é a prova incontestável de uma vida restaurada pela fé. Aos sete anos, quando perdeu o pai, ele ainda era o Carlinhos, um dos mais novos entre os muitos irmãos e irmãs, mas já sabia que, a partir dali, precisaria ajudar em casa. Atento às lições da irmã mais velha, aprendeu a fazer “de tudo um pouco” dentro de casa, sempre colocando dedicação e capricho até nas mais simples tarefas. Um aprendizado que lhe valeu, alguns anos mais tarde, a primeira promoção no trabalho e o apelido que virou praticamente uma marca. Em seu primeiro emprego, na antiga Indiana Magazine, em Governador Valadares, ele entrou ainda adolescente. Rápido e competente, soube aproveitar cada chance conseguida. Na loja, foi de tudo: contínuo, office-boy, estoquista, vendedor. Até que, aos 17 anos, recebeu a incumbência de gerenciar a loja recém-inaugurada no Vale do Aço. Tamanha responsabilidade com tão pouca idade nunca intimidou Carlão, que fez valer o novo apelido, e mostrou-se à altura do desafio. Anos depois, disposto a empreender e pronto para novos voos, trocou a segurança da condição de funcionário pela neces-
sidade de ter seu próprio negócio. Nascia, no Vale do Aço, a Carlão Modas, que chegou a ter duas filiais, além da sede. Ao mesmo tempo, ele se dedicava a outras atividades, como à diretoria do Sindicato do Comércio do Vale do Aço e a atuação como juiz classista na Justiça do Trabalho. De natureza empreendedora, e sempre apoiado pela esposa, Ivone, Carlão trocou o comércio de roupas pela distribuição de combustíveis. Sofreu grandes revezes financeiros, encarou as dificuldades, permaneceu firme na fé e confiou que havia um chamado divino na idéia do amigo Pedro, que o aconselhou a se dedicar à corretagem de imóveis. Na área, recebeu o incentivo de Toninho de Souza, que lhe abriu as portas da Tonziro para o início uma relação de parceria e amizade inestimáveis. Bem sucedido no mercado imobiliário, ele sabe que o sucesso da Carlão Imóveis vai muito além das instalações novas, feitas com carinho para atender os clientes que apostam em sua grande credibilidade, conquistada em muitas décadas de trabalho sério e honesto. Tamanha solidez, adquirida nos âmbitos profissional e familiar, é fruto de uma construção diária, alicerçada na presença constante de Deus. Sob a liderança espiritual do Pastor Horácio, da Comunidade de Graça, Carlão faz questão de servir ao Senhor, e manifestar sua imensa gratidão por tudo o que Deus fez em sua vida. Felicidade, para ele, ao lado a esposa, é ver crescerem e se realizarem na fé os filhos Larissa e Lucas, seus grandes orgulhos. Com o amor incondicional da família e o apoio sempre precioso dos amigos, ele se sente realizado e fortalecido para seguir sempre em frente, fazendo o que tanto gosta.
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Perfil ENTREVISTA
EXCLUSIVA POR WILMA TRINDADE
EDVALDO SOARES DOS SANTOS
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os 20 anos de retorno a Governador Valadares, o empresário e pecuarista Edvaldo Soares dos Santos é reconhecidamente um cidadão valadarense, e guarda entre seus títulos mais importantes o da “Ordem do Brasão Municipal”. Por sua presença marcante nas várias ações implementadas para o desenvolvimento social e econômico de nossa cidade, sua personalidade sempre pronta a participar e contribuir, atrai as atenções. Nesse momento crítico da política nacional e municipal, ele se tornou aos olhos da editoria da Revista Mais Mais Perfil o personagem para a entrevista exclusiva desta edição.
Wilma - O país chega ao ano de eleições municipais tendo atrás de si um cenário crítico, não só na política nacional. Na segunda-feira, 11 de abril, a Polícia Federal, com um contingente admirável, chegou à nossa cidade executando a “Operação Mar de Lama”, amplamente divulgada em todas as mídias. Como o senhor vê as perspectivas políticas locais depois desses acontecimentos? Edvaldo - Vejo que tudo deve influenciar positivamente. As pessoas que estiverem se lançando, ou pretendendo algum cargo visando benefícios próprios, devem estar pensando duas vezes. O tempo da impunidade já era.
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Mais Mais Perfil
ENTREVISTA
EXCLUSIVA Edvaldo Soares dos Santos POR WILMA TRINDADE
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o ano de 2002. Peguei um Clube falido e em breve teremos a Arena Multiuso e um Centro de Treinamento com algumas unidades para aluguéis, para gerar receita. Vamos trabalhar com essa garotada e formar nossa própria base, para crescer e ser um grande clube. Em 2 de abril iniciamos o hexagonal final. Fizemos 3 partidas e estamos como vice-líder com 5 pontos, em 9 possíveis. Mas pode acreditar que vamos retornar para a elite do Futebol Mineiro. Nosso trabalho no Democrata é reconhecido, mas não só no Democrata. Por onde passamos deixamos uma marca positiva. WILMA – Nesses últimos tempos, o Brasil teve uma aula de como vinha funcionando o esquema de corrupção que apodrece a política e empobrece o nosso país. Como não se deixar vencer pelos corruptos? Ou como não corromper diante de tantos atrativos que se acenam no exercício do poder? Edvaldo - Já passei por várias situações de exercício do poder. Um exemplo, como presidente da ABRAHY. Fui posto para uma gestão, e no final, reconduzido. Sendo mineiro, morava no Rio de Janeiro e presidia em São Paulo. Nessa época vivia praticamente na ponte aérea Rio/São Paulo. Três a quatro vezes por semana. E
tínhamos as concessionárias Hyundai. Em 1995/96 os coreanos saíam da cidade de Seul para virem ao Rio de Janeiro, para tratar as negociações para que fizéssemos a manutenção de toda a frota circulante no Brasil. No auge, tínhamos concessionárias no Rio de Janeiro, em São Paulo, em Brasília, Belo Horizonte e Governador Valadares. Já estamos vacinados contra isso, graças a Deus. Sou um homem realizado. Não preciso do erário público. Construí minha trajetória com muito trabalho, e não seria a essas alturas de minha vida que me deixaria passar para a história de forma negativa. Costumo dizer que não sou político, estou político para contribuir com minha cidade natal, e por isso aceitei ser indicado a pré-candidato do PMDB, para prefeito de minha cidade. WILMA - Nacionalmente o PMDB rompeu com o Governo do PT. Aqui vai acontecer o mesmo, ou é possível continuar a relação? O senhor já for-
FOTO WILMA TRINDADE
Wilma - O senhor regressou a Governador Valadares dizendo-se aposentado, e durante esses 20 anos tem aceitado encabeçar várias frentes de trabalho, participando ativamente em cargos ou ações importantes na vida de nossa comunidade. Mas sempre dizendo que não era candidato a nada, que aceitava os convites para servir à sua cidade. Foi com esse espírito de servir que um belo dia surgiu como candidato a Deputado Estadual pelo PMDB? Edvaldo - Não deixou de ser para servir. Aceitei o convite do então presidente do PMDB e velho amigo Ronaldo Perim. Fizemos uma campanha enxuta, com recursos próprios, trabalhando só aqui na cidade e obtivemos um excelente resultado como candidato estreante, com votos em todas as urnas na cidade e distritos. Foram mais de 13 mil. Do PMDB, sou majoritário em GV. Wilma - O senhor já fala como político. Está decidido mesmo a se candidatar a prefeito de Governador Valadares? Edvaldo - Decidido está. Sou pré-candidato a prefeito de Governador Valadares, pelo PMDB. Com os resultados obtidos em 2014, fizeram uma avaliação e acharam que meu nome era bom para representar o partido nessas Eleições Municipais. Nunca quis me impor. Sempre sou convidado a contribuir. Wilma - O que as pessoas podem enxergar em você, de diferente, dos nomes que se propõem candidatos a prefeito de Governador Valadares? Em que pese sua participação na comunidade, o senhor nunca exerceu um cargo público... Edvaldo - As pessoas podem enxergar um administrador experiente. A administração é única. O que faz um bom gestor é saber delegar. É saber escolher as pessoas, e ter a capacidade para avaliar a quem delegar. Wilma - O senhor vem dirigindo o Esporte Clube Democrata há muitos anos, com grandes vitórias e igualmente derrotas e desafios. Após amargar um rebaixamento, o Clube valadarense tem feito uma campanha muito animadora esse ano, com chances de reconquistar a posição perdida. O senhor acha que o seu desempenho na gestão do Democrata é suficiente para alavancar sua candidatura? Edvaldo - Não resta dúvida que é um bom apoio. Estou com o Democrata desde
JÁ ESTAMOS VACINADOS CONTRA ISSO, GRAÇAS A DEUS. SOU UM HOMEM REALIZADO. NÃO PRECISO DO ERÁRIO PÚBLICO. CONSTRUI MINHA VIDA COM MUITO TRABALHO E NÃO SERIA A ESSAS ALTURAS QUE ME DEIXARIA PASSAR PARA A HISTÓRIA DE FORMA NEGATIVA.
mulou as propostas para sua campanha? É possível administrar e zelar pela coisa pública? Edvaldo - O PMDB lança em GV candidatura própria, e eu sou o indicado com apoio do Renato Fraga, presidente do PMDB local e de todo o nosso partido. Quanto às minhas propostas, nossa cidade precisa de uma transformação que está fácil. Nossos políticos ainda estão submissos ao político estadual e federal. Fazemos hoje parte de um universo de 8 cidades com o segundo turno, e isso quer dizer que não temos mais de andar com o pires na mão, de gabinete em gabinete. Eles é que têm de vir atrás, para conversar conosco. Para saber quais são as nossas necessidades. Outro ponto que tenho em mente: é importante saber reconhecer boas obras. Não é porque essa foi iniciada por um lado é que não será continuada ou valorizada. Wilma - E as promessas de campanha, tão comuns no período? Edvaldo - Em minha campanha não prometerei nada, a não ser muito trabalho e dedicação para fazer o melhor. Não posso prometer, sem antes conhecer o que temos de material humano lá dentro. Vamos colocar somente o necessário. E a competência tem que estar presente em cada um deles, e não vamos permitir, de forma alguma, a corrupção de qualquer espécie. Nem para furar fila. Wilma - O senhor conhece bem os problemas de Governador Valadares para se candidatar à primeira cadeira do poder Executivo, com todas as dificuldades que ela impõe? Edvaldo - O cargo de Chefe do Executivo não é para curioso. É para administrador. E em minha história saber administrar sempre foi uma exigência. Em Valadares, não só com a administração do Democrata, tenho bons testemunhos de pessoas que reconhecem nosso trabalho também à frente da Fundação Percival Farquhar e do GV Sem Fome. Nunca me impus a nada. Por onde passei, o meu nome sempre foi consi-
derado. Assim aconteceu com a minha pré-candidatura a prefeito de Governador Valadares pelo PMDB. Entendo que o cargo público pode ajudar a gente a contribuir mais ainda. Wilma - Como recebeu algumas rotulações e observações negativas quando doou parte de suas terras do Rancho Miura IV para a Prefeitura de Governador Valadares alicerçar a Universidade Federal, e a quantas anda esse projeto? Edvaldo - Com alguma surpresa, sem dúvida. Ouvi cumprimentos tipo “Golpe de Mestre”. E a verdade é esta: um dia fui chamado a reunir-me com dois secretários municipais, que expuseram as necessidades para trazer uma Universidade Federal para Governador Valadares. Sempre apoiei e incentivei, a começar por minha família, o estudo superior. Na hora vislumbrei nossa cidade consolidada como cidade polo em Educação. Foi a única coisa que pensei antes da resposta: “Vão lá e escolham o local. O tanto de área que precisarem”. Inicialmente foram 11 alqueires. Depois alegaram um erro de cálculo do engenheiro e lá se foram mais 19 alqueires. Quase 1 milhão de m². Maior que a Ilha dos Araújos. Aí as más línguas a dizer que só pensava na valorização. A única coisa que passou na minha cabeça foi que daria aos filhos de nossa cidade condições de viver e fazer suas vidas aqui. Se os jovens tiverem essa oportunidade eles ficam aqui. Nunca pude entender bem quem vai fazer curso superior fora, tendo em nossa cidade uma Univale com um corpo docente muitas vezes melhor qualificado que tantos outros de outras cidades. Além do mais, os riscos que correm na 381, até chamada de Rodovia da Morte. Muitos que se formam não retornam, casam por lá e dividem a família, aumentam os gastos. Com a Universidade Federal e a Faculdade de Medicina, em breve isso deve inverter, para o bem de todos.
Wilma - Mas os chacreamentos ao lado da futura Universidade Federal aconteceram... Edvaldo - Investimos em Governador Valadares desde 1975. A nossa Construtora Beijo (cujo nome era o apelido do meu pai, Benjamin Soares dos Santos) foi fundada em1983, e desde então chegamos a construir na cidade um prédio por ano. Quando saí de Valadares, aos 19 anos, foi por falta de opção, como a maioria de nossos jovens saíam, principalmente para fora do país. E eu, graças a Deus, fiquei no Rio de Janeiro e lá construí um bom patrimônio. Na década de 90, fui vendendo o que tinha lá para investir em Governador Valadares, contrariando o pensamento de muitos amigos que não entendiam, e a quem respondia: “quero envelhecer em minha cidade natal”. E enquanto o processo natural vai acontecendo fomos adquirindo, aqui em Governador Valadares, algumas propriedades rurais nas quais na pecuária de corte hoje somos um dos que mais produzem bezerros de genética diferenciada, através de inseminação artificial. Cria, recria e engorda. Os Ranchos Miúra hoje representam um dos maiores pecuaristas da região. Recentemente, adquirimos no Córrego Dantas a Fazenda dos Sonhos. e também retomamos a Beijo, Construtora e Incorporadora, para as atividades de chacreamento e loteamento, vendendo com prazo em até oito anos, com financiamento próprio. O empreendimento Chácaras Miúra, um sucesso absoluto de venda. E lançamos em março o Chácaras Miúra II. Também Sucesso. Wilma - Edvaldo, para encerrar. Assistindo à série House of Cards, ouvi do personagem principal uma comparação entre dinheiro e poder, mais ou menos assim: aqueles que optam pelo dinheiro são insensatos, enquanto os que buscam o poder apostam na eternidade. Sendo um homem realizado economicamente, sua busca agora é o poder? Edvaldo - Em vários países desenvolvidos essa é a proposta dos homens maduros e bem sucedidos. Fizeram por eles, agora podem fazer para a comunidade. Nosso interesse não é o poder. É ter o poder para servir melhor, porque já contribuímos há algum tempo. E só estou político para contribuir com Governador Valadares. Nenhum outro cargo público me atrai. Esse é o meu desejo: servir à minha cidade. Trabalhar por ela. E ter o poder para isso, ajuda. 43
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Renato de Souza e Talita, um joven casal de rara beleza que acrescenta sempre Mais e Mais
Sandra Mourão, Andreia Merlo, Vera Fonseca, Socorro Bretas Alvarenga e Isabel Miranda Pereira
Personalidades que acrescentam brilho aos eventos sociais da planície
Márcio Pereira, Laiére Alvarenga, Saint-Clair Fonseca, André Merlo, Renato Leite e José Bonifácio Mourão
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Layla Simões e Ricardo Axer
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Mais Mais
Ponto de Vista Newton Luiz Concellos
TRANSTORNO MENTAL Sempre me considerei uma pessoa bem informada, na verdade, muito bem informada. Assino vários jornais e revistas, além de assistir diariamente a diversos noticiários televisivos. Porém, de uns tempos pra cá, tenho dificuldade de entender e digerir as notícias que vêm da política nacional, que, aliás, estão a cada dia mais paradoxais e contrastantes. Parece-me que o país foi virado de ponta cabeça. Conheço a opinião de famoso antropologista inglês Charles Darwin que, no século XIX, em visita ao Brasil o considerou SURREAL, um país que não podia existir. Também me diverti muito quando, no século passado, o humorista Stanislaw Ponte Preta nos comparou ao “Samba do Crioulo Doido”, em memorável samba carnavalesco. Já assisti sermos chamados de nau sem rumo, além de outros adjetivos impublicáveis. Apesar de todas essas mazelas, o país ainda mantinha uma certa coerência, tinha rumo, e o povo nunca perdia a esperança de dias melhores. Fazíamos piadas com nossas mazelas, e seguíamos em frente. Agora, nos dias atuais, a confusão entre nossos governantes é tão grande que ninguém diz coisa com coisa, ninguém se entende e, pior, ninguém governa. Estamos ao léu num crescente desgoverno, num caos infernal, como jamais se viu nem por aqui, nem além-mar. A base parlamentar do governo se alia à oposição e pede a cabeça da presidANTA, que afirma que seu impeachment é golpe, e brada aos quatro cantos “não vai ter golpe”. O Supremo Tribunal Federal afirma o contrário, pois a Constituição, Carta Magna da nação, prevê essa prática e
estabelece o seu rito. Concluímos que o executivo está acusando a Suprema Corte e o Legislativo de golpistas. Enquanto isso o ex-presidente Lula, eminência parda do governo, investigado como ladrão pela Justiça Federal, acusa os ministros togados de covardes e ameaça processar e prender o juiz que o investiga. É caso único no mundo, o suspeito investigado por roubo mandar prender o juiz que o investiga. O povão que paga a conta, não pode ser informado do que se passa, porque alguns privilegiados, sempre os políticos, gozam de uma tal “imunidade”, que é na verdade impunidade, velhacaria e vigarice inventada em causa própria, para se livrarem de prestar contas à justiça. Enquanto isso ninguém governa, pois todos só pensam naquilo: se livrarem do impeachment, ficando o país abandonado, com a economia em frangalhos, a inflação em alta, a saúde e a educação um caos, e a segurança do cidadão, que paga a conta da orgia, entregue à bandidagem. A única atividade organizada nesse nosso pobre país parece ser o “crime organizado”. As controvérsia não acabam nunca. A presidenta jura que nunca cometeu qualquer crime de responsabilidade, novamente contrariando o que diz a constituição, que estabelece que É CRIME DE RESPONSABILIDADE as tais pedaladas fiscais cometidas pelo governo, com a maior sem-cerimônia. O Palácio do Planalto é transformado em palanque do partido do governo, enquanto seus representantes incitam a militância a partir para a guerra, liderada pelos exércitos do MST, CUT e os misteriosos movimentos sociais. Fizeram do palácio do governo a Casa da Mãe Joana, enquanto a
nação assiste estupefata e indignada ao verdadeiro circo no qual o Brasil foi transformado. Viramos alvo de chacota internacional. Perderam o respeito por nosso grande país, uma das maiores economias do mundo, que já foi louvado e até imitado por muitos de nossos incontáveis admiradores. Com a infraestrutura deficiente, obsoleta, subdimensionada, penalizando o empresariado, que tenta a todo custo manter suas atividades, a produção e o emprego, garantindo o pagamento de impostos escorchantes. O governo gasta sem critério, e sempre mais do que arrecada, submetendo o país a déficits maiores a cada ano. O PIB despenca enquanto o desemprego “bomba”. Bom, mas diante da bandalha generalizada que nos penaliza, quais são os cenários que nos esperam? - Destituição do governo Dilma pelo Congresso. Governo Temer com feroz oposição do PT. - Destituição de Temer pelo TSE. Governo Cunha. Caso esse esteja preso, assume Renan Calheiros, que também, estando na prisão, passa o governo ao presidente do Supremo, ministro Levandowiski, sendo então marcadas novas eleições em no máximo 90 dias. - O impeachmente não passa. Dilma permanece. “Continua tudo como d’antes no quartel de Abranches”. Os caros leitores podem sonhar e escolher uma das alternativas. Lembram-se do ditado “se correr o bicho pega, se ficar o bicho come”. Pois é. Newton Luiz Concellos newtonconcellos@ig.com.br Engenheiro civil, mestre em gestão de universidades.
FOTOS WILMA TRINDADE
A exemplo do que aconteceu nas grandes cidades do país, Governador Valadares também se manifestou
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Ponto de Vista Diego Trindade d’Ávila Magalhães
TERRORISMO: CAUSAS E SOLUÇÕES PROFUNDAS O terrorismo ceifou umas 140 mil vidas de 2000 a 2014, menos do que os soldados americanos mortos na Guerra do Iraque, e bem menos do que os sírios mortos na guerra civil. Apenas 2,6% dessas mortes ocorreram em países do Ocidente. De 1989 a 2015, 88% dos ataques terroristas ocorreram em países envolvidos em conflitos violentos. Em 2014, mais de dois terços das mortes provocadas pelo terrorismo ocorreram neste pequeno conjunto de países: Iraque, Nigéria, Afeganistão, Síria e Paquistão. A ameaça do terrorismo parece menos letal do que guerras e mais localizada, em vez de globalizada. Os números, no entanto, não demonstram a grandeza e abrangência dessa ameaça nem mostram a crueldade e a covardia dos ataques terroristas contra pessoas inocentes. É preciso entender o impacto qualitativo do terrorismo, mais que quantitativo, para, então, refletir sobre as formas de combatê-lo. Uma ameaça dispersa, onipresente, imprevisível e, por isso, aterrorizante, o terrorismo é global por seu impacto na mente das pessoas. Um homem-bomba não é uma grande ameaça às forças armadas de uma grande potência, ainda menos capacidade tem um homem armado com uma faca, mas a estratégia terrorista é a divulgação da informação de que uma pessoa qualquer a qualquer momento em um shopping pode esfaquear um jovem casal fazendo compras. Os terroristas sabem que as pedras que crianças jogam em tanques de guerra não irão destruí-lo, mas o registro e a divulgação dessa imagem é uma vitória para eles. Informação é poder: essa imagem pode desmoralizar o lado mais forte, “enobrecer” as causas de alguns grupos terroristas, e robustecer o moral dos seus novos recrutas. O terrorismo é uma ameaça global, também porque a reação a ela tem implicado retrocessos em certos valores ocidentais de civilização: direitos civis, liberdades políticas, multicultu-
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ralismo. Isso vem ocorrendo na França e nos EUA, por exemplo. Aterrorizados pela barbárie dos atentados, cidadãos passam a menosprezar o diálogo e a diplomacia; a discriminar e a odiar migrantes, povos e religiões estrangeiras; a aprovar aumentos no orçamento militar, em detrimento de investimentos socioeconômicos... O desafio das forças policiais e militares no combate ao terrorismo é a identificação dos criminosos. Quem é terrorista? Um certo povo? Seguidores de uma determinada religião? Manifestantes revoltados? Intelectuais “radicais”? Só se identifica o terrorista depois que praticou o ato, ou enquanto trabalhava para isto. Quando um criminoso comum é preso ou morto, geralmente isso inibe novos crimes, mas a prisão ou a morte de um terrorista não inibe novos atentados, nem repele simpatizantes. Ao contrário, o terrorista vira mártir. Por isso, embora seja um problema de segurança, o terrorismo envolve mais questões. O terrorismo é um meio de luta do mais fraco por uma causa em que acredita fervorosamente: libertação nacional (ex. palestinos), fundamentalismo religioso (ex. al Qaeda), instituição do Califado pan-árabe (ex. Estado Islâmico). A estratégia terrorista é de provocar impacto simbólico, causando terror e pânico, para repelir os inimigos, expressar a sua causa e atrair recrutas e simpatizantes. O ódio e a fúria destes são canalizados para gerar ainda mais destruição e caos. Embora não haja um perfil típico dos recrutas, há evidências de que têm uma visão deturpada da sua identidade, da sua religião e da política, e de que têm poucas alternativas de vida. No Ocidente, os recrutas geralmente estão em países envolvidos em conflitos, onde se sentem cultural e socialmente excluídos. Fora do Ocidente, vivem em meio à opressão política e a conflitos violentos. A violência no combate ao terrorismo é ineficaz, porque o ódio e a fúria que
a motivam também motivam o terrorismo, e porque o ódio e a fúria que a violência provoca são parte da estratégia dos terroristas. O uso da violência terrorista ou antiterrorista, por si só, não resultará em libertação, conversão, Califado, segurança ou democracia, e sim no fortalecimento de alguns grupos terroristas, alguns estadistas e algumas empresas. Quem ganha com a violência? Os que têm mais poder a ganhar: líderes terroristas, com mais atenção, financiamento e recrutas; governantes, diante dos eleitores; generais, à frente das forças armadas; e empresários do complexo industrial-militar. Se o terrorismo floresce no caos e na destruição, a solução é cooperar e reconstruir. O diálogo de civilizações, a alteridade, o multiculturalismo, a democracia, oportunidades socioeconômicas: essas grandes conquistas do Ocidente são as maiores armas contra o terrorismo. Se o objetivo do terrorismo é essencialmente simbólico, a solução também é. É crucial, na batalha dos símbolos, tornar símbolos os países onde povos, religiões e crenças políticas convivem pacificamente há gerações. Na batalha política, mobilizar comunidades e fortalecer instituições que compartilham da identidade dos grupos terroristas, mas que discordam das suas causas e das suas estratégias. Na batalha cultural, destacar em manchetes os quadros, os livros, os filmes, os edifícios, as músicas e a culinária que são produto da diversidade cultural. Na batalha socioeconômica, reconstruir países devastados, educar as crianças, empregar os jovens e cuidar dos frágeis. Essas são formas mais viáveis e eficazes de combater as raízes profundas do terrorismo, do que o uso da violência.
Diego Trindade d’Ávila Magalhães Professor de Relações Internacionais e Coordenador do Curso de Especialização em Diplomacia e Relações Internacionais (UFG). Doutor em Estudos Estratégicos Internacionais (UFRGS
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