Mais Mais
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FOTO: BETH COLLOR
Nยบ 44 - Dezembro/2015 Proibida a venda
SUELLEN MAIKEL
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5 DEZEMBRO / 2015
Os empresários Laisson Domingues Pinheiro e Tércia Sabadini Carvalho inauguraram em GV a praticidade do sistema take away com a franquia Substância Gastronomia Light bem no centro da cidade
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Sumário Mais Mais Perfil
26
Capa Suellen Maikel
Ágora Loureiro 12 e 13 por eEtelmar Wilma Trindade
33
Perfil
Entrevista Exclusiva POR WILMA TRINDADE
Ana Carolina Vargas
Mauro Inácio Rodrigues de Lima
36
14
Elas & Eles POR WILMA TRINDADE
POR WILMA TRINDADE
Érica Prata Campos
Gente
22,23,42 e 43
48
16
20
Paola Queiroz
Isso é Quente
30
POR PAULA GRECO
Especial Clássicos de Natal 28
Playboy no divã Etelmar Loureiro
Beth Collor 41
A veias abertas de Minas Gerais
45
Empresarial POR WILMA TRINDADE
Tarciso Alves
32
Filosoway Crisolino Filho
44
A voz do rio Newton Concellos
50
Quatro Erros e Cinco Desastres do na Síria Diego Trindade D’Ávila Magalhães
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DEZEMBRO / 2015
Editorial Wilma Trindade
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lória, Glória, Aleluia, 2015 está indo embora.... Que ano, minha gente! Pior pra nossa presidenta (sic) que, entre o correto que tem em si e o incorreto exigido pelo exercício da política, venhamos e convenhamos, apanhou feio. Aliás, apanhou é pouco – foi nocauteada. E, sob esse efeito, suas ações e aparições foram desastrosas, em um ser ou não ser ela ou ele, que parou o país de cabo a rabo. O resultado de tudo isso lembra a tragédia de Mariana, que sufocou e levou à morte peixes grandes e pequenos. De minha parte, impactada pelo terrorismo na Europa e a catástrofe ambiental em Minas Gerais, me agarrei à Oração de Daniel diante da calamidade que se abateu sobre Jerusalém. No nosso caso, quando ainda nossos temores e esperanças estavam só na chuva que haveria de cair, chocantemente nos veio a lama, tirando-nos até a dignidade. Xô, 2015! Xô você e todo o lamaçal que marcou seus 365 dias, nos palácios e nas duas cúpulas do Congresso Nacional. A lama da Samarco chegou ao mar. O que fazer diante de uma irresponsabilidade que mudou toda a vida de várias cidades? A poucos dias do Natal, no lugar de luzes, o lixo; no lugar de árvores de presentes, os caminhões de galões de água mineral, frutos da solidariedade do Brasil, em todas as nossas praças que agora estão enfeitadas com um colar feito de homens e mulheres, jovens e velhos , brancos, pardos e afrodescendentes, pobres, paupérrimos, ricos e remediados, em um cotidiano que transformou completamente as cenas urbanas. Impossível conter as lágrimas. Mas os que confiam no Senhor são como os montes de Sião que não se abalam, mas permanecem para sempre. Aqui estamos com uma edição primorosa, proporcionada por aqueles cuja esperança renasce como o sol de cada dia. Esta Mais Mais Perfil Dezembro de 2015, a nossa 44ª edição, fecha esse ano com o desejo de que a esperança nunca morra, e sabendo que trabalhar e acreditar é a única saída que nos resta. Desejamos a todos um Natal Iluminado. Que a Luz em cada um de nós possa fazer um 2016 sem terrorismos e tragédias de qualquer espécie. A todos nossos parceiros, obrigada! Que a Paz não nos abandone. Que o amor prevaleça sobre o egoísmo e a sede de poder. Saúde, Amor , Paz e Prosperidade para você. Até a nossa edição Abril de 2016. Tim-tim!
Expediente Editoria Geral: Wilma Trindade | Fotos: Wilma Trindade, Beth Color, Sheila Alves, Graziele Fotografia | Colaboradores: Diego Trindade, Etelmar Loureiro, Paula Greco, Newton Luiz Concellos, Crisolino Filho, Tarciso Alves | Design Gráfico: Alderson Cunha (Kila) | Revisão: Tarciso Alves | Impressão: Gráfica Nacional | Tiragem: 5.000 exemplares Esta revista é uma produção da WTF Ltda. É proibida a reprodução total ou parcial sem autorização. Governador Valadares - MG - Dezembro/ 2015 | Contato: (33) 99953-1124 / 98437-0707 / 99121-0601 wilmaperfil@hotmail.com | www.maismaisperfil.com
9 DEZEMBRO / 2015
Mais Mais
Opinião
COMPLICOU A China voltou a admitir que os casais tenham um segundo filho, o que estava proibido desde 1980. Embora felizes com a decisão, chineses e chinesas, especialmente “eles”, estão com um sério problema: após tantos anos de repressão, desaprenderam como “dar a segunda”. E agora?!
ENTRANDO NA LINHA O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, garantiu que em 2015 não estão acontecendo as famosas “pedaladas fiscais”. É que a presidente Dilma Rousseff e sua equipe econômica agora só utilizam bicicletas motorizadas.
FUTURÓLOGO Certa vez, Ronald Reagan, ex-presidente dos EEUU, disse que “nós não devemos julgar o assistencialismo por quantas pessoas estão nele, mas por quantas pessoas estão saindo dele”. E concluiu afirmando que “o melhor programa social é o emprego”. Incrível a visão prospectiva daquele estadista e a sua capacidade de desqualificar, com tanta antecedência, os programas petistas.
BRASIL POR ETELMAR LOUREIRO e WILMA TRINDADE
BRIGA DE AFOGADOS Nos bastidores, parecia ser mais um troca-troca de favores, no melhor estilo “uma mão lava a outra”. O PT seguraria a barra de Eduardo Cunha no Conselho de Ética, enquanto este arquivaria os pedidos de impeachment da Presidente. Simples como dois mais dois são cinco. Se no amor a felicidade é eterna enquanto dura, na política os acordos são indissolúveis enquanto ninguém rói a corda. Não se sabe quem foi o primeiro a romper o compromisso, mas a vaca foi “pro brejo”. Ambos entraram na fila da degola. Pensando bem, Dilma Rousseff e Eduardo Cunha estavam como dois náufragos que se agarravam em alto mar, na esperança de se salvar. Agora, parece que vão afundar se atacando, mas atracados um ao outro. A menos que Michel Temer “caia do Céu”, trazendo um salva-vidas... para Cunha.
FALSIDADES NATALINAS KD ELES? Os senadores Aécio Neves e Antônio Anastasia ainda deram as caras em Valadares, para ver de perto os estragos provocados pela lama que sufocou o Rio Doce e solidarizar-se com as vítimas da tragédia. Seus opositores não se cansam de aplaudir essa estratégica atitude. 10
DEZEMBRO / 2015
Segundo o papa Francisco, “estamos perto do Natal. Haverá luzes, festas, árvores iluminadas, presépios, mas tudo é falso. O mundo continua em guerra, fazendo guerras, não compreendeu o caminho da paz”. Em tom de lamento, as palavras do pontífice foram ditas na homilia da missa matinal, na data (19/11) em que um enorme pinheiro foi armado na Praça de São Pedro, para as comemorações natalinas. Vale reflexão!
PERSONALIDADES DO ANO Em sessão mais secreta do que aquela em que se escolhe o papa, a ABOA – Academia Brasileira de Observadores Anônimos (vulgo opinião pública) elegeu os ganhadores das quatro comendas mais cobiçadas da República, edição 2015:
TROFÉU TIO PATINHAS
Eduardo Cunha, presidente da Câmara Federal, por possuir no exterior uma riqueza tão grande que nem mesmo ele se convence de que é sua.
TROFÉU CAMALEÃO
Renan Calheiros, presidente do Senado, pela incrível habilidade de mudar de cores e de loção capilar, sempre que seus cabelos implantados ameaçam cair ... de vergonha;
TROFÉU CAROCHINHA
Luiz Inácio Lula da Silva, pelas criativas e geniais histórias contadas a seus netos e à Polícia Federal, acerca dos inopinados enriquecimentos próprio e familiar;
TROFÉU OLÍVIA PALITO
Dilma Housseff, pela acachapante vitória sobre a balança, obtida graças às saudáveis “pedaladas ciclísticas” que tem praticado com afinco e regularidade. Nada a ver com a “academia” da Fazenda.
TROFÉU TROMBADINHA
Zé Galinha, apolítico, especialista em furtos a galinheiros, preso sem mandado e sem direito a habeas corpus. O prêmio foi dividido com seu pai, Juca “de tal”, autor da delação premiada que permitiu a imediata detenção do meliante, em troca de um frango de Natal.
O ESTEPE FUROU... E AGORA, LUIZ INÁCIO? Colocado para aguentar 8 anos, no final dos 4 teve de ser recauchutado para aguentar mais 4. A meta era chegar a 2018, a volta anunciada do Messias. Ou foi remendo mal feito, ou aquele estepe tinha muito mais furos. Perigosamente, mal mal rodou 6 meses. Recauchutar mais não dá. Tem que ser pneu novo e de qualidade. Costuma custar o olho da cara.
FIM DE RELACIONAMENTO Meu número 88435522 não existe mais. Depois de muito prejuízo e de uma batalha insana com o sistema que sistematicamente o bloqueava, sem causa, na loja me disseram que só podia ser um inimigo meu. Então solicitei as gravações, que deveriam chegar em 10 dias. Passaram 30, e nada! Mas a minha Oi conta total chegou como se nada tivesse acontecido. Não dá para ser feliz com um sistema desse.
INTERNAUTA, SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO
Conversando, diante da tragédia que surpreendeu a nossa cidade, contei que tinha adotado a Oração de Daniel todos os dias. “O que é”, perguntou ela. Respondi: “Daniel 9: 4-18”. “Como?”. Respondi: “Na Bíblia”. Aí ouvi o que me deixou de boca aberta: “Ah, vou no Google, mais fácil”.
grafica nacional
ABSURDO DOS ABSURDOS A fila que ainda envolve todas as praças tracicionais da cidade duram quase um dia inteiro, para cada um levar para casa um galão de cinco litros de água mineral. Impossível não se indignar com a falta de humanismo de nossas autoridades, impondo mais esse sofrimento ao povo já tão sem alento. Acabou-se o que era Doce? A pergunta da jornalista Paula
Greco em sua matéria exclusiva para a Mais Mais de Outubro 2015 acabou, em menos de um mês, em afirmação. Quem sabe se a lama que dizimou a vida no rio seja na verdade a salvação de sua vida. O tamanho do preju, pode fazer os projetos que mobilizaram tantas instituições e comitês pró Rio Doce finalmente chegar à consciência de nossos políticos.
11 DEZEMBRO / 2015
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13 DEZEMBRO / 2015
Ana CarolinaVargas Tanuma 14
DEZEMBRO / 2015
POR PAULA GRECO
Alcançar a realização profissional e pessoal no auge da vida adulta, e com um grande futuro pela frente, é privilégio concedido a poucas pessoas. Mas é exatamente assim que se sente a cirurgiã-dentista Ana Carolina Vargas Tanuma. Uma realização que tem muito a ver com a sua personalidade serena, tranqüila, mas ao mesmo tempo muito positiva e decidida. Um bom exemplo é a troca da fisioterapia (sua primeira escolha profissional) pela odontologia. Uma decisão que teve a influência do marido, o cirurgião dentista Diogo Tanuma, e o apoio incondicional dos pais, Mônica e Eduardo Vargas. Com a persistência herdada da avó materna, Laura Lima, ela enfrentou e venceu o desafio. Hoje, Ana Carolina não se vê fazendo outra coisa. O talento revelado para uma das áreas mais minuciosas da profissão, a endodontia, definiu a sua especialização e traçou o caminho profissional, hoje trilhado ao lado do marido na clínica que leva o nome da família Tanuma. Compartilhar a mesma carreira profissional do marido – ainda que em especialidades diferentes – não é problema para ela. Pelo contrário, tê-lo no consultório ao lado e ter a oportunidade constante de trocar impressões e experiências só colabora para o seu crescimento numa profissão em que o conhecimento, a experiência e a habilidade precisam caminhar em doses iguais. Para Ana Carolina, o prazer pelo trabalho e a dedicação aos pacientes só não é maior que a paixão pela filha Eduarda, que há cinco anos chegou para completar a família, sua realização pessoal, e
virar de cabeça para baixo a vida já bastante corrida do casal, e especialmente a dela, que faz questão de acompanhar de perto cada passo do crescimento da menina. Por conta dessa escolha, Ana Carolina precisa dividir-se entre a maternidade e o trabalho, o que exige um jogo de cintura especial para priorizar a companhia da filha e também cuidar da casa e do marido, sem deixar de atender nenhum paciente e ainda participar de congressos e cursos de atualização dentro da sua especialidade. Para dar conta da rotina – puxada, mas cumprida com todo prazer – ela conta com sua costumeira calma e, claro, com a parceria e o companheirismo do marido, com quem divide as tarefas do dia a dia e também o prazer de afivelar as malas para conhecer novos lugares. Colocar o pé na estrada é o programa preferido do casal para recarregar as baterias sempre que possível, de preferência rumo a destinos ainda não visitados. Conhecer novas paisagens na companhia da família é o combustível perfeito para renovar forças e arejar o cotidiano. A vida tranqüila e organizada, no entanto, está longe de sugerir qualquer acomodação. Seu jeito quieto não esconde o lado determinado e bastante focado da sua personalidade. Ana Carolina sabe exatamente o que quer e tem nas mãos as rédeas do próprio destino: o trabalho que a realiza, a família que ama e a vida como sempre sonhou. A tranqüilidade é uma escolha. Uma opção de felicidade que não poderia lhe parecer mais acertada.
FOTO: BETH COLOR
FOTO: BETH COLLOR
Érica Prata Campos
POR PAULA GRECO
“Mulher é desdobrável”, escreveu Adélia Prado sobre a singular capacidade feminina de ser tantas em uma só, se multiplicando entre sentimentos e atitudes. Dedicação para construir uma família unida e amorosa; doçura para acomodar no colo todos os filhos e no coração todos os que lhe são caros; força para crescer na carreira profissional com que sempre sonhou; coragem para mudar quando preciso. Um eterno “desdobrar-se” que a geriatra Érica Prata Campos pratica diariamente para ser a médica dedicada; a mãe orgulhosa e encantada do Rafael, da Luísa e do Diego; a esposa apaixonada do Rodrigo; a filha amada e amorosa do José Geraldo Prata e da Heloísa Helena, a saudosa Nininha; ser irmã, companheira e amiga, e ainda dar conta de tudo com o mais cativante dos sorrisos. Quando escolheu a medicina como profissão, ainda na adolescência, Érica sabia que isso a levaria para longe de casa. Na faculdade, entre tantas especialidades possíveis, o encanto pela geriatria veio ao encontro à sua natureza meiga, ao prazer de cuidar, à disposição de ouvir e entender o que está além dos sintomas. Uma escolha que, aos poucos, foi alicerçando sua vida rumo à capital mineira, mas, afinal, Belo Horizonte era “logo ali”, fácil de ir e vir para matar a saudade. A aprovação para a clínica médica no Life Center, em 2007, abriu o caminho para o que viria a seguir: fazer parte da equipe de geriatria do conceituado Hospital Mater Dei; primeiro como residente em 2011, e depois como integrante da equipe e preceptora da residência. À rotina hospitalar, Érica acrescentou
o atendimento em consultório, visitas domiciliares e em casas de repouso. Uma rotina puxada, mas de grande realização profissional. A realização pessoal veio em paralelo: o casamento com o Rodrigo, o nascimento do primeiro filho, e a distância da família sendo driblada em férias e feriados. Em 2013, já pensando na qualidade de vida longe do estresse diário das capitais, o retorno a Governador Valadares começou a ser uma opção. A notícia de que seria mãe novamente, e desta vez em dose dupla, fez a idéia ganhar força e virar promessa, que, em janeiro deste ano, já com o fofíssimo casalzinho de gêmeos no colo, foi finalmente cumprida. Deixar para trás os amigos, os pacientes e uma carreira sólida construída com 10 anos de muito trabalho, exigiu da Dra. Érica uma dose extra de coragem e desapego. Mas, quase um ano depois da decisão tomada, o sorriso largo mostra o quanto a decisão foi acertada. Recebida carinhosamente pela diretora Heloísa Lucca e todo o staff do Hospital São Lucas, Érica rapidamente retomou o ritmo de trabalho, atendendo também no consultório e na Oncoleste. Mas não é só. Estar de volta à cidade em que nasceu e cresceu, ao convívio diário com a corujisse carinhosa do pai e vovô José Geraldo, o reencontro com amigos de infância, a proximidade da família, a facilidade de ir e vir para estar mais tempo com as crianças, os finais de semana na fazenda; tudo isso tem feito valer a pena essa volta. Cercada de oportunidades e do amor das pessoas mais importantes da sua vida, Érica está em casa. E não poderia estar mais feliz.
FOTO: BETH COLOR
FOTO: BETH COLLOR
LOOV
A família anfitriã: Josias e Silvia ladeados pela filha Luiza e pelo filho Lucas
Em seu cerimonial, Joselita Pereira citou um pensador anônimo que disse:”Empreendedorismo é a criação de valor por pessoas e organizações trabalhando juntas para implementar uma ideia através da aplicação de criatividade, capacidade de transformação, e o desejo de tomar aquilo que comumente se chama de risco.” E foi assim que surgiu a Franquia Loov Cabeleireiros, cujo lançamento mostrou o prestígio que goza o hair stylist Josias. A nova marca foi idealizada pela Agência Fino Trato, com as palavras look + love . O resultado LOOV tem origem na Estônia e significa criador. “Elohim”, o criador de todas as coisas. Tudo em que Josias Rodrigues acredita e com que se identifica: criar, inovar, empreender com força e requinte, com fé, amor e muito profissionalismo. Convidada, a revista Mais Mais perfil registrou a emoção dessa conquista, compartilhada com seus familiares, equipe Loov, clientes e amigos. O evento foi abrilhantado pela orquestra Tocatta Musical. de Cerimônia PARCEIROS DO EVENTO:
Buffet Ângela Chaves, Feliz Aniversário Festas, DJ Baleia, Stúdio C,Tocatta Musical, Mário Sudarevi fotografia, Grace Trindade – Brigadeiro no Tacho , Laurimê - Bolos e Tortas, promouter Tatiana Bretas e Joselita Pereira Mestre de Cerimônia
Janice e filha recebidas por Joselita Pereira, do cerimonial
18
JULHO / 2015
Amanda Rodrigues e a daminha Maria Eduarda na luxuosa suíte do Loov, especialmente para noivas
Suellen e Bruno Maikel
Patrícia Nico, da Anna Flor
Lucas Rodrigues
Eduardo Maikel Júnior e Alessandra
Betânia, Érika Coelho, Gilmara e Bebel Tostes
Pastor José Correia, Sílvia e Josias
Conjunto Tocatta
Andressa, Leine e Barreto, Virginia Angoti e Rhayane
Bárbara e Paola Queiroz
Equipe Loov
Equipe Anna Flor: Cristina, Bruna e Cristiane
Ana Clara e Eliane Salomão
Luisa, uma das tops que exibiram a classe das noivas Loov
Kyara e Hugo de Paula
Risa Borba e André Borba
Marinete Fraga, Daniele e Nirlei
Verônica e Leni
19 JULHO / 2015
Paola Queiroz
POR PAULA GRECO
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DEZEMBRO / 2015
Uma mulher exuberante, de brilho próprio, personalidade forte e muito prazer pela vida. Como um girassol, ela absorve luzes, cores, texturas e influências que se refletem em seu trabalho e em sua vida. Seu estilo de se vestir, ousado, sexy e muito cosmopolita, não deixa dúvidas: a empresária e design de moda Paola Queiroz é uma cidadã do mundo. Sua beleza é exótica, o tipo mignon agigantado pelo salto alto, os looks descolados e a energia contagiante. Paola é dessas mulheres que, independentemente da situação, não deixam a peteca cair. Transformar limões em limonadas, ou em um bom drink, é com ela mesma. Sem perder de vista seus objetivos, ela se adapta ao que a vida lhe presenteia, e está constantemente planejando o próximo passo, o próximo vôo, a próxima aventura. Formada em comunicação social, Paola sempre gostou mesmo de moda, o que, aliado a um excelente instinto comercial, fez com que, depois de algum tempo trabalhando com produção comercial em TV, seu foco profissional se voltasse para a sua grande paixão, hoje materializada em forma de um belíssimo showroom, que já passou por vários outros formatos, todos moldados por sua inquietante criatividade. Até 2007, essa paixão que vem da infância era apenas uma forma de expressar sua personalidade. Foi nesse ano que, em meio a uma das muitas guinadas de sua vida pessoal, Paola começou, efetivamente, a fazer moda. Ligada na vanguarda dos acontecimentos, desenhou e
produziu sua primeira coleção, que em seguida fotografou e divulgou no Orkut, explorando com raro feeling o primeiro boom das redes sociais. Logo de início, as primeiras clientes vieram de fora da cidade e do Estado. As mullets esvoaçantes de tecido fluido e estampas exclusivas inspiradas em coleções de estilistas internacionais caíram logo no gosto das fashionistas mais antenadas, e aos poucos foram ganhando adeptas também na cidade. Nessa época, Paola fazia tudo sozinha: corria atrás de tecidos, costureiras, acessórios; atendia em casa e a sua sala de vistas logo se transformou em um ateliê improvisado. O sucesso das coleções seguintes fez com que a sala de casa, mesmo completamente transformada, ficasse pequena para tanto movimento e criatividade. Daí para o showroom foi uma questão de tempo e investimento. Na loja, além de suas criações, ela investiu em multimarcas, variando as etiquetas, mas mantendo o estilo multifacetado. Com o lado empresarial em alta, Paola admite que tem sobrado pouco tempo para criação. E menos ainda para o que ela mais gosta: viajar! Seja por amor ou a trabalho, o que importa é correr o mundo. Afivelar as malas rumo ao Nordeste brasileiro, a Nova York, às mecas da moda na Europa, como Milão, Londres e Paris, à exótica Índia ou à babilônica e efervescente Ibiza (que faz seus olhos brilharem), para ela, muito mais que um luxo, é uma necessidade, uma forma de se manter conectada à vida e ao universo, sempre em busca do próximo desafio.
FOTO: BETH COLOR
FOTO: BETH COLLOR
Bodas de Ouro O convite tem o peso da elegância e da finesse de um casal precioso em nossa sociedade. Evaldo Antônio (Toninho) e Sofia Martha, do Grupo Tonziro, pessoas da maior qualidade e, por isso mesmo, de muitos amigos cultivados por décadas. Seus filhos, genros, nora, netos e bisnetos celebram com muita alegria e agradecimento as suas Bodas de Ouro, no tradicional e nobre Ilusão Esporte Clube. Dia 19 de dezembro, às 21h. Uma festa que promete apagar o baixo-astral de 2015. Estarei lá, se Deus quiser.
Diogo Tanuma, Ana Carolina Vargas Tanuma, Eduardo Vargas Filho, Mônica Lima Pires Vargas, Eduardo Vargas, Laura Lima Vargas Baldow, Milton Baldow
União Feliz Mônica e Eduardo Vargas juntinhos na emoção do casamento da filha Laura com Milton Baldow. A elegante cerimônia religiosa aconteceu às 11 horas do dia 27 de junho, na Paróquia Cristo Redentor, reunindo laços familiares mais próximos. Os brindes aconteceram com Chandon, no Buffet Cazaros instalado nos repaginados salões sociais do tradicional Garfo Clube. Socorro Bretas e a nora Midore, gravidíssima
Bebê a bordo Socorro Bretas e Laiére Alvarenga na maior expectativa da chegada de mais um netinho. Dessa vez, dos gravidíssimos e belos doutores Midore e Marcel. O bebê já tem nome escolhido e data para vir à luz. Dia 26 de janeiro de 2016, e se chamará Miguel. A família toda na maior felicidade e empolgação. “Que venha com muita saúde” diz a avó Socorro, emocionada. 22
DEZEMBRO / 2015
Dra. Roberta MAchado
Érica Soares e Ediberto Resende
Eles aconteceram Suzana Birro, uma das amigas que comemoraram juntas os 6.0, aterrissou em GV com as filhas e irmãs vindas de BH, e formou com os irmãos José Alberto Birro e Geraldo Birro um verdadeiro clã que abrilhantou com elegância e animação a belíssima noite de 5 de setembro último, que fez o salão nobre do Filadélfia estremecer. De vermelho, como mandava o figurino das aniversariantes ela era a mais pura alegria, cercada de carinho por
Réssica e Adalberto Elegante e belíssimo o convite de Ricardo Miranda e Márcia Martins de Miranda, para o casamento de sua filha Réssica com Adalberto, filho de Adalbert Vieira Filho e Ângela Mara Kock Fereguetti Vieira. A cerimônia religiosa está marcada para as 20h40 do dia 20 de janeiro de 2016 na Catedral de Santo Antônio, e a recepção, no Ilusão Esporte Clube. Essa festa deixa ver um novo ano mais promissor e feliz para todos nós.
Ivy e Marcelo com as filhas Marcela e Carolina
A festa polêmica do ano
23 DEZEMBRO / 2015
24
DEZEMBRO / 2015
25 DEZEMBRO / 2015
Suellen Maikel
POR PAULA GRECO
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DEZEMBRO / 2015
Mais que um adjetivo ou um conceito estético, a beleza, em seu estado mais profundo, ultrapassa a superfície da aparência, para tornar-se um instrumento de transformação, um divisor de águas. A empresária Suellen Maikel conhece bem essa beleza, presente em cada detalhe do amoroso plano de Deus para a vida dela e do marido, Bruno. Há quase sete anos esse plano concretizou-se com a inauguração da Haifa, loja de artigos de presente, decoração e móveis, que é literalmente sinônimo de beleza e começou a tomar forma alguns meses antes, com uma mudança de planos radical, daquelas que só é possível para quem tem coragem de ir em busca do que a fé lhe aponta como sinal. Recém-casada, Suellen já se preparava para trocar a psicologia – sua área de formação – pelo comércio, e tudo levava a crer que seguiria o mesmo ramo do marido, que então trabalhava com atacado de calçados e confecções. Mas FOTOS: WILMA TRINDADE
uma viagem ao Nordeste transformou o destino da loja, que já estava alugada à espera das primeiras mercadorias. O encantamento de Suellen e Bruno diante da delicadeza do artesanato brasileiro, das peças fabricadas manualmente com beleza e esmero, começou a dar forma ao que eles realmente queriam para o seu projeto. O nome Haifa, que quer dizer Belo em grego, foi “presente” da cunhada, que já o tinha guardado para um possível empreendimento semelhante. O slogan “Feito a Mão” veio para valorizar os produtos artesanais. A partir daí, uma sucessão de fatos foi mudando o perfil da loja e a vida de Suellen. Um banco de madeira de demolição, colocado à venda na loja, foi o start para o que é hoje a fábrica da Haifa, um verdadeiro ateliê de preciosidades em forma de móveis de madeira. O minucioso trabalho, que começa com o processo de compra da madeira (toda ela certificada e com procedência garantida) e vai até a
FOTO: BETH COLOR
finalização das peças, abriu para o casal as portas do mundo da sustentabilidade e responsabilidade ambiental. Hoje, a Haifa Móveis atende a mais de 10 estados brasileiros. Enquanto isso, na loja de Governador Valadares as mudanças também se faziam sentir, com os adornos e objetos de decoração se fazendo cada vez mais presentes. Ano passado, graças a essa mistura de pura beleza, Suellen mudou toda a loja, trocando as prateleiras de produtos por ambientações com armários, mesas, cristaleiras, bancos, louças, talheres, e uma variada linha de acessórios, que transformaram o seu espaço num deslumbre para os olhos, em forma de cores, texturas e objetos. Uma explosão de bom gosto e beleza. O talento de Suellen para a decoração de interiores foi se revelando aos poucos,
reforçado pela participação em feiras e eventos da área. Mas, para ela, essa habilidade é apenas parte do trabalho. Tão ou mais importante é receber cada cliente de forma acolhedora, se desdobrando para atender suas expectativas e desejos. Por isso é que mesmo com todas as mudanças, ela faz questão de manter os artigos que começaram o negócio, mantendo um mix surpreendente que vai desde pequenos objetos para presente até os famosos móveis. Feliz, realizada e muito grata a Deus por cada transformação, Suellen administra todas elas com carisma e delicadeza. Atenciosa, está sempre disposta a evoluir e melhorar, mas sem jamais perder a essência da beleza revelada em sua vida.
Mais Mais
Ponto de Vista Etelmar Loureiro
PLAYBOY NO DIVÃ
Foi-se o tempo em que o homem precisava dar um brilhante para ver o pouco que a mulher se dispunha a mostrar. Se quisesse ver o muito que ela caprichosamente escondia, tinha que dar a jazida inteira. E dava! Com charme e recato, a fêmea era mais arisca. Explorava à exaustão o seu poder de seduzir. E o fazia consciente de que essa era a forma de turbinar a libido do macho, “conditio sine qua non” para que ele fosse à caça. Uma blusa mal-abotoada, um decote mais ousado ou o talho de uma saia justa mostravam um mínimo que provocava mais “frisson” do que as explicitudes que hoje bloqueiam as fantasias. Para alegria dos barbudos, as amarras se romperam. O decoro perdeu forças, abrindo caminho para uma liberalidade que atravessou o rio do puritanismo e dinamitou a ponte. De repente, a mulher se deu conta da sexualidade que nela estava adormecida. Também percebeu não haver motivos para ocultar seus atributos físicos. Por mais íntimos e ardentes que sejam, certos desejos não comportam repressão. E o belo é pra se mostrar. Entre desabotoar toda a blusa e ficar nua foi só uma questão de 28
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tempo. Pouco tempo. O mundo foi tomado por um verdadeiro festival de mulheres despidas. Incógnitas ou famosas, mas sempre belas e “boazudas”, elas invadiram todas as mídias. Nesse processo, a “Playboy” exerceu influência decisiva. Fundada em 1953, pelo americano Hugh Hefner, a revista destacou-se como precursora na exibição de fotos de mulheres nuas. Em sua edição inicial, apresentou o famoso e cobiçado calendário fotográfico de Marilyn Monroe. O primeiro exemplar brasileiro circulou agosto de 1975, com o título de “Revista do Homem”. Na época, o governo militar considerava “Playboy” um nome muito erótico. Desde então, foram décadas de extasiantes desfiles de lindas mulheres brasileiras e estrangeiras. Todas mostradas com a classe, o requinte e a elegância que fogem ao alcance das publicações rivais. Uma surpreendente reviravolta está deixando atônitos os admiradores da revista. . Em outubro deste ano, demonstrando atravessar uma crise de identidade digna de psicanálise, a “Playboy” norte-americana anunciou o fim dos ensaios nus. A razão seria a concorrência dos sites por-
nográficos gratuitos, que banalizaram o acesso a esse tipo de imagens. No bom português, ela rendeu-se à internet. Ainda na sofrência dessa má notícia, o leitor recebeu um verdadeiro golpe de misericórdia: no mês seguinte, a Editora Abril avisou que a partir de 2016 deixará de publicar a versão brasileira da “Playboy”. Fontes fidedignas, entretanto, garantem que a revista continuará sendo editada no Brasil. Com esse objetivo, outros grupos já estariam negociando com a Playboy Enterprises Inc., proprietária da marca. Resta saber se o que será mantido permanecerá no gosto da galera brasileira. Se for para privilegiar negócios, política, viagens, alimentação, autoajuda, fitness, pet shops e outras mesmices já cansativamente exploradas no meio editorial, melhor que fique só na América do Norte. Por aqui, Playboy sem nudez é o mesmo que “Placar” sem futebol, “Quatro Rodas” sem carros ou Natal sem Papai Noel. É certeza de “Playbye”. Etelmar Loureiro
Bacharel em Direito E-mail: etelmar@gmail.com Blog: http://gentefatoseabstratos.blogspot.com
Equipe HAIFA: Keila, Nahiara, Suellen e Sabrina
Lisete e Suellen
D
urante o coquetel de boas-vindas ao Natal 2015 as propostas da Haifa confrmaram. A beleza, o carinho e a harmonia têm esse endereço como certo. A loja está um deslumbre só. Que o digam os clientes que a prestigiaram durante todo o dia. A esmerada produção anima e reaviva a esperança. Tivemos, mais uma vez um grande prazer em participar do clima Haifa Fim de Ano, proporcionado pelo feeling antenado de Suellen Maikel e a sua refinada equipe. Em um dos momentos a sorte de encontrar e registrar Eduardo Maikel e Marly Maikel, sogro e sogra da Suellen, e clientes como Lisete da Silva Batista, Maria Guimarães e o arquiteto Alexandre Costa.
Maria Guimarães
Recebendo os sogros Eduardo Maikel e Marly Maikel
Suellen e Alessandra
Com o arquiteto Alesandre Costa
RUA BELO HORIZONTE, 475 C E N T R O - G O V E R N A D O R VA L A D A R E S (33) 3271-2111 fb.com/Haifa feito a mão
Beth Collor
POR PAULA GRECO
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Ela firmou seu foco na fé e fez da sua vida o retrato fiel de tudo o que quem trabalha e acredita é capaz de realizar. Elizabeth na cédula de identidade, Beth Collor para todos os que a conhecem e têm o privilégio de conviver não apenas com uma grande fotógrafa, mas, acima de tudo, com uma mulher cheia de energia, pulsante, falante, guerreira, uma excelente filha, esposa e mãe, além de avó coruja, que se permite pequenas vaidades, mas elegeu a simplicidade e a família como os seus tesouros mais preciosos. Beth tem raízes em Almenara, mas ainda criança veio morar com a família em Governador Valadares. Única menina entre os cinco filhos do casal, ela se lembra com carinho das viagens com o pai, caminhoneiro (profissão seguida pelos quatros irmãos), que lhe apresentou paisagens incríveis e privilégios raros às mulheres, como a aventura de dirigir um caminhão ainda na infância. Criada sob a disciplina de um pai rigoroso e a vigilância constante dos irmãos, Beth cresceu com o olhar atento e sensível de quem mais tarde faria da fotografia o seu trabalho e a sua forma de expressão. Aos 13 anos, sua eterna disposição em ajudar o próximo levou-a a conhecer o seu amado João, então com 16 anos. O encantamento foi recíproco e imediato, mas o namoro estava fora de questão. Três anos mais tarde, já começando o seu próprio negócio, coube a João a valentia de enfrentar a família para não apenas namorar, mas também se casar com a moça de beleza morena e cabelos longos. Corajosa, Beth topou o desafio e, aos 16 anos, foi começar sua vida ao lado daquele que seria o seu grande e fiel companheiro, um presente de Deus que já completou 42 anos de
união e deu origem a cinco filhos – Ramón, Rita, Deivison, Lila e Arivaldo – e a mais de uma dezena de netos. Recém-casada, e disposta a ajudar o marido a prosperar, Beth percorria a cidade à pé ou de bicicleta, subindo morro e entregando os picolés que fabricavam. Um tempo de muita luta, superado com muita união e muito trabalho. Com a chegada dos filhos, ela passou a trabalhar mais em casa. Foi nessa época que João lhe trouxe um presente que mudaria sua vida: uma câmera Olympus Trip, cujos poucos recursos foram explorados com rara sensibilidade em fotos que encantaram os profissionais Padilha e Clícia, que a incentivaram a estudar fotografia e a trocar a sua câmera por uma profissional. Começava ali uma relação que vai além do trabalho. Beth é uma apaixonada e profunda conhecedora da fotografia. Não demorou muito para que suas fotos ganhassem até uma exposição, e a reputação de fotógrafa minuciosa, comprometida e de técnica apurada, ganhasse a cidade e região. Quando foi abrir seu primeiro estúdio, aceitou a sugestão do pai e incluiu a palavra “Collor”, que depois de alguns anos se tornaria praticamente o seu sobrenome. Presente maior que a fotografia, só mesmo o convite do filho Ramón, ainda criança, para que ela o acompanhasse em um culto da Igreja Maranata. Lá sua vida ganhou novo sentido, através do estudo da Bíblia e dos ensinamentos de Jesus. Sentido que se renova diariamente pela alegria de conduzir com amor uma família unida, sem vícios, trabalhadora, firme na fé e simples de coração como a própria Beth, uma mulher verdadeira que sabe ser grata pelas grandes bênçãos que Deus continua lhe concedendo.
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31 FOTO: STUDIO BETH COLOR
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Ponto de Vista Crisolino Filho (*)
FILOSOFOWAY * Neste mundo que muda, o que não muda, o que permanece...? * Os sentidos e a soberba te enganam, e os sonhos imaginação... * As únicas coisas certas neste mundo são a lógica e a matemática. A morte também, né? Mas aí... está fora da nossa mente. * O homem contemporâneo considera que inteligência é tarefa * A história parte sempre da emergência do novo. * O homem se inventa, é a própria invenção. * As coisas mais dialéticas que existem são: o amor e a política. * Toda comunicação tem equívocos. * Toda notícia traz adversidade. * Filme triste: o fim. * Previsão é antes de tudo uma idéia de probabilidade e não de certeza, por isso a meteorologia... hoje erra, ou não erra? * Devemos estar atentos ao princípio da simplicidade e à proposta de descontração da vanguarda, sem atendermos ao convite da anarquia estética. * Reacionarismo: oligarquias + poder político. * Que a poesia tenha filosofia, e a recíproca seja verdadeira. * A mídia consolidou seu projeto de ser intérprete da realidade. * Planetas na pauta do céu, um blues. * A fórmula da evolução é técnica e progresso acima de qualquer ideologia. * Não existe propriamente a fatalidade, mas o vacilo. Não mudem isso de nome. * Sua imagem mágica que só nossos olhos veem * Noite de rubi, noite de ágata, noite de diamante, a saudade invade. * A nossa capacidade de entender simbolismo é que faz a nossa felicidade. * Leitura, leitura, leitura... imediata, diária, semanal e de referência. * No país do futebol, quem anda se organizando melhor tem estrutura mais profissional e leva vantagem é a turma do vôlei. * Tem gente que prefere a metamorfose ambulante. * Se Deus é brasileiro como dizem, seu sangue é uma mistura de americano, alemão, chinês e japonês. * O cachorro vai continuar a ser o melhor amigo do homem. * O moderno sempre fica velho. * Não há nada que esteja na mente, que não tenha passado primeiro pelos sentidos. * É preciso SER antes de TER, e ser a extensão do que se é. * É pois necessário que Deus exista, todas as coisas procedem de uma divindade. * A idéia é a própria realidade, visto que a idéia é a coisa mesmo concebida. * A razão é a liberdade. * Transpiramos, existimos, insistimos e resistimos. * Continue, é preciso, exercite a antimonotonia. * Pare o mundo que, em vez de descer, não queremos mais é subir! * Crisolino Filho
Membro da Academia Valadarense de Letras – AVL -. OAB/MG 47.103e CRB/MG 2713; Alô: (33) 8807.1877 e Fonefax: (33) 3271.7009 – E.mail: crisffiadv@ig.com.br.
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ENTREVISTA
EXCLUSIVA POR WILMA TRINDADE
“Prenderam o Delcí�dio. E vem mais merda por aí�.” Esse
FOTO WILMA TRINDADE
iní�cio de conversa inspirou esta exclusiva. Mauro Inácio Rodrigues de Lima sempre se deu liberdade de expressão. Seu amplo conhecimento da história polí�tica e social dos paí�ses faz um papo instigante. Admirador de Luiz Inácio Lula da Silva e contra a global nacional (reacionária para ele é a Veja, O Globo, A Folha de São Paulo, a Isto É� ) Mauro é sempre provocativo: “ E a Privataria Tucana?” exibindo para mim o seu livro de cabeceira, do momento).
MAURO INÁCIO
RODRIGUES DE LIMA
T
erceiro filho de um político da qualidade do falecido Eurides Ignácio de Lima e de Clhoé Rodrigues Boechat de Lima, nosso entrevistado nasceu com a política no sangue e conserva seu grande interesse por ela, como um sociólogo. Um estudioso do comportamento, do ser político nato em todo gênero humano. “Rodrigues, do bisavó Benjamim, pai do meu avô Enio e pai da tia “Ceição” (Conceição), bisavó do André Merlo, que tem parentesco com o Mourão, e considerando que o meu bisavô era parente do Mourão, Benjamim Rodrigues Mourão, sou parente do Mourão e da Sandra Mourão, mais parente dela do que dele. E sou parente do André Merlo.
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ENTREVISTA
EXCLUSIVA Mauro Inácio Rodrigues de Lima Engenheiro Metalurgista, (não gosta da palavra Metalúrgico) da segunda turma do MIT (1973) Mauro confessa seu orgulho de ter se formado no MIT, formação que lhe permitiu entrar imediatamente no quadro de funcionário da Usiminas, com 22 anos. “Sou de maio, 1951”. Orgulho, porque quando fui trabalhar na Usiminas fiz carreira em nível igual com formados vindos das metrópoles, como São Paulo e Rio de Janeiro. Por exemplo: minha turma participou da construção de Itaipu, Cenibra, CSN, COSIPA, CST ( Siderúrgica de Tubarão) CVRD ( Companhia Vale do Rio Doce). Tem gente nossa (que estudou no MIT, em Valadares) na Arábia Saudita, como o Manoel Fraga, e em quadro acadêmico de grandes universidades, como o Carlos Chaves , que fez extensão na Inglaterra e hoje é Prof. Doutor na Universidade Federal Fluminense, meu colega de MIT, com quem travei polêmicas discussões, ele da extrema direita, o que não entendo, considerando seu preparo intelectual, e eu não da extrema esquerda (rss) digo, sou de centro. WILMA - Quanto tempo trabalhou na Usiminas e o que representou a Usiminas em sua vida? MAURO - Trabalhei na Usiminas 20 anos, e isso me possibilitou alcançar o mundo. Dei duas voltas no planeta. Estive pelos principais centros da siderurgia mundial: Alemanha, Inglaterra e Bélgica. 10 anos na área de transferência de tecnologia me proporcionaram um inglês técnico de bom suporte e fui o primeiro que aportuguesou os termos técnicos de certa tecnologia. Tenho trabalhos publicados na MPT Alemã, a principal publicação de metalurgia do mundo, a convite da Vaccum Metal, subsidiária da Krupp Alemã ( 120 mil empregados) WILMA – Conhecendo seu temperamento, quanto tempo ficou na Usiminas, depois da privatização? MAURO - A Usiminas, quando estatal, era uma maravilha, uma empresa cidadã. Tínhamos todos muito orgulho de levar no peito aquele nome. Fui frontalmente contra a privatização, manifestei diretamente ao presidente Rinaldo Campos Soares, até então meu amigo. Frequentava a sua casa e ele a minha, a mesma roda de amigos, no mesmo bar, às sextas- feiras. Saí na lista negra 6 meses depois de ter expressado meu ponto de vista em um Congresso onde o José Serra era o exposi34
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tor e a quem não tive coragem nem dizer boa-noite. Minha ideia era que a Usiminas, tal como estava, defasada tecnologicamente, com 10 anos sem investimentos, deveria ser doada para quem interessasse em investir. Olharam para mim indicando que o que o Serra havia falado vinha do bolso do Rinaldo, no que ele, Rinaldo, tirou do bolso um papel de jornal como que confirmando que aquele discurso tinha saído dali. Fui expulso do quadro da Usiminas seis meses depois. Tempos mais tarde fui a um casamento em Sabará e a noiva, filha de um funcionário da Usiminas, chegou no Jaguar do Rinaldo, e o diretor anterior, que foi chefe do Rinaldo chegou em uma Parati velha, e eu, no Santana de meu pai. Fiz um comentário e fui levado imediatamente para a igreja. A Fatinha (esposa) sentou longe. E pensar que houve um tempo que era ACUSADO de ser da turma do Rinaldo. Como me disse um dia, tempos depois um amigo: “um grama de lealdade vale mais que um quilo de competência”, o slogan dominante. WILMA - Bom, o desejo de entrevistá-lo aconteceu por esse início de conversa “Prenderam o Delcídio! E vem muito mais merda por aí”. Oque você quis dizer com muito mais merda por aí? MAURO- A tragédia do Rio Doce foi crime hediondo. O rompimento da barragem não é falha de engenharia ou do projeto. A falha é do foco da empresa. A Samarco, como as empresas no mundo capitalista de hoje, está preocupada com a rentabilidade do capital, são financistas. Disse um dia o vice-presidente da GM: “A GM há muito deixou de ser uma fábrica de automóveis”. As empresas não investem mais em suas estruturas, e sim no dinheiro. O foco da empresa é o capital rentista. Deixou de ser operacional. Com que as Casas Bahia têm mais lucro? Com
os produtos ou com os juros das vendas de seus produtos? Uma barragem, como qualquer técnico sabe, dá sinais de que não está bem. E o que fizeram? Nada. Esperaram acontecer e, sabendo de todas as consequências, foram lenientes com a segurança, não deram ouvidos. Na verdade, não se importaram. Quantos relatórios o seu presidente leu? O que fez? Negligência absoluta e absurda. Detonaram um bioma complexo. Milhões de pessoas nos mais de 800 quilômetros do Rio Doce... Será que a Samarco, a Vale e a australiana BHP, com toda a sua potência econômica financeira, darão conta de recuperar? No entanto, o Poder Público está exigindo que fazendeiros recuperem nosso meio ambiente. Os fazendeiros estão descapitalizados para dar conta de si próprios, sem capital suficiente para cuidar da própria fazenda! Não têm cerca, não têm curral, não têm pastagem adequada, não têm mão de obra, porque 94% dela está nas cidades. Com seis por cento apenas? E isso é serviço de fazendeiro? Recuperar o meio ambiente? Governador Valadares nasceu pelo Rio Doce, tanto que a sua primeira rua, a Prudente de Morais é ribeirinha. Iguais a ela, outras. Como produzir sem água? Como sobreviver sem sua água potável. E entenda-se por potável a água sem cheiro, sem sabor, límpida, com teores de sais dentro dos padrões estabelecidos pela OMS . Fora isso ela não é potável. WILMA - Em Valadares o secretário municipal de Educação, para provar que a água do SAAE estava tratada e era potável, chegou a proibir as escolas municipais de aceitar a água mineral que as crianças levam para a escola, de receber e fornecer. O que me diz? MAURO - Um absurdo dos absurdos. Inacreditável. O ponto positivo do SAAE, diga-se, foi conseguir tratar a água em
O ROMPIMENTO DA BARRAGEM NÃO É FALHA DE ENGENHARIA OU DO PROJETO. A FALHA É DO FOCO DA EMPRESA. A SAMARCO, COMO AS EMPRESAS NO MUNDO CAPITALISTA DE HOJE ESTÃO PREOCUPADAS COM O CAPITAL, SÃO FINANCISTAS.
condições primárias de uso, em tempo recorde. Mas essa água não está própria para ser ingerida. A prefeita ter bebido em frente às câmaras de televisão não é nenhuma garantia. Sei lá se ela é suicida!! Demonstrar a potabilidade não é isso. Água que tem cheiro e substâncias exóticas é para turistas em estações de água, como Araxá. Conhece alguém que bebeu água sulfurosa por 100 anos? WILMA - Demonstrando seu pesar, o presidente da Samarco pediu mil desculpas em coletiva à impressa registrada pela Televisão.... MAURO - Perdão para mim se pede a Deus; para os homens, a justiça. Ainda, a proporção desse crime não é só local, é nacional e mundial, pois chegou à corrente marinha. Um dano sem tamanho, imensurável. Tem arsênio? Quanto? WILMA - É verdade que estavam para fechar a venda da Samarco para os chineses? Será que esperavam ter tempo de passar a batata quente para eles ou . .. MAURO - Ouvi isso também mas não sei nada sobre. O fato é que se essa tragédia fosse na Alemanha já estariam presos. Onde está a agilidade da Justiça, do Ministério Público que tanto pega no pé do Lula e do PT? Parece que tem uma ordem superior para destruir o Lula e o PT. Acho que há uma força midiática bem orquestrada, que mostra tudo de ruim do PT e sem expor o que os outros fizeram e fazem. Como disse o juiz Sérgio Moro: “não vem ao caso.” WILMA - Ordem Superior, como assim, Divina? MAURO - Forças ocultas, como disse o Jânio Quadros. Forças terríveis. E como a expressão: Delenda Cartago, diria Delenda PT. ( no popular: tirar do mapa). Tudo que acontece é erro do PT, a desgraça do Brasil está nas costas do PT. Que Poder Público investigou o helicóptero do Perrela, carregado de cocaína? O que aconteceu com esse senador da República? Você já leu Privataria Tucana? Tem quer ler. Senão vai continuar andando olhando só para um lado. Repetindo a Veja, a TV Globo. Olha, “quem tem rabo de palha não passa perto de fogueira”. Acho presunção supor que seja o caso. Mas me é custoso acreditar que todos os capetas do Brasil estejam sob a hostess petista. WILMA - Mauro, o flagra no senador Delcídio, líder do PT, foi notícia de tirar o fôlego. O PT, em nota do seu
presidente, Rui Falcão, revelou-se um partido frio, que se importa só com ele mesmo. Afinal, tratava-se de um líder do Partido... MAURO - Achei normal dentro do contexto político. O Partido não pode se responsabilizar por atitudes pessoais, de interesse do senador Delcídio, porque antes de ser político, ele tem interesses próprios, particulares, individuais, e o Delcídio não é um petista de coração. É um petista adquirido, ou infiltrado, ou seja a origem dele não é petista. A reunião com o filho do Cerveró e com o André Esteves, do Banco BTG Pactual não foi política, queriam salvar a própria pele . Como pode um partido político se responsabilizar por atitudes individuais de interesses pessoais? WILMA - Ouvi de um comentarista político, na TV, que reuniões do Delcídio com o Lula eram frequentes e que, inclusive, naquele fatídico dia (para eles, senador e banqueiro) o senador teria uma dessas reuniões agendada com ele. Isso não envolve o ex-presidente? MAURO - As informações reais que acontecem na alta cúpula nunca nós saberemos, não conhecemos os fatos. Eu te pergunto: você leu o Quarto Poder, do Paulo Henrique Amorim? O livro todo é a estratégia política da Globo, e ninguém mais que ele que se criou lá. WILMA – Mas, voltando ao flagra no senador Delcídio, não foi invenção da Veja ou outra mídia, foi tudo gravado pelo filho do Cerveró, parte interessada na libertação do mesmo. O mundo todo ouviu. MAURO: De fato. As gravações são contundentes, não sei como ele vai se defender. É de uma explicitude escandalosa. WILMA - E o presidente do Senado, Renan Calheiros, defendendo, achando
um absurdo a prisão de um senador em exercício... coisa quase impossível de imaginar até então... MAURO - O Renan é endiabrado. Ele disse o que disse, mas jogou para o plenário o voto. Ele fez de conta que estava defendendo o Congresso. Ah! Que lindo! Tiro o chapéu. Só conheço um mais esperto que ele, chama-se Luiz Inácio da Silva. Desde 79 eles estão tentando pegar o Lula. Ou o bandido é muito bom, ou os artistas são ruins demais. Sabe como chamam o Lula no Whats App? Dom Pedro III. Ele reina. Manda absoluto. O Lula é da linhagem do Putin, que teve sua formação na KGB. Um enxadrista. Wilma: E qual a formação do Lula? A escola do José Dirceu? Mauro se levanta, vai até uma cópia do quadro de Van Gogh na parede de sua sala de jantar e pergunta: Fez curso superior de pintura? Quem ensinou Beethoven a compor? Que curso fez John Lennon para criar os Beatles? Amador Aguiar, do Bradesco, era economista? Enquadre o Lula aí e estamos entendidos. José Dirceu é um Saliere e Lula é Mozart (refere-se à relação dos célebres compositores, na qual a genialidade de Mozart sufocou a capacidade do primeiro). WILMA: E o Cunha? MAURO - Cristo ou Barrabás? Qual deles você sacrificaria? Se sacrificar Cristo vira cristão. E se sacrificar Barrabás vira Barrabão? Um país com 200 milhões de habitantes e milhões de interesses em jogo, de bem intencionados e pessimamente intencionados, o papel do chefe político é administrar, harmonizar esses interesses. A dona Dilma não teve essa capacidade, se mostra incapaz por absoluto desinteresse no jogo político. Parei as minhas anotações. Fechei meu caderninho, agradeci, pois, afinal, ouvir e ler as entrelinhas aumentam a capacidade de discernimento.
UM PAÍS COM 200 MILHÕES DE HABITANTES E MILHÕES DE INTERESSES EM JOGO, DE BEM INTENCIONADOS E PESSIMAMENTE INTENCIONADOS, O PAPEL DO CHEFE POLÍTICO É ADMINISTRAR, HARMONIZAR ESSES INTERESSES.
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FOTO: SHEILA ALVES
Elas Eles & seus cachorrinhos de estimação
Inovar, expressar de novas formas, buscar olhar outros relacionamentos que também nos transformam em seres humanos melhores, que nos fazem sair de nós mesmos para observar, sentir e atender carências com uma alegria interior que só os amantes dos animais de estimação podem experimentar. A inspiração veio de tudo isso. Produzir essas páginas onde Elas e Eles, com todo glamour e beleza natural, pudessem estampar o encanto de amar na verdadeira essência da palavra. Importar com o outro, cuidar do outro, ser delicado e amoroso com o outro, entender, atender, compreender, aceitar e respeitar a natureza do outro. Os momentos passados com Elas e Eles e os resultados obtidos com as lentes de Sheila Alves encheram-nos de felicidade.
RENATA APOLINÁRIO
Bacharel em Direito, Gerente Jurídica na PGM Procuradoria Geral do Município de GV e presidente do Rotaract Club de Valadares
Renata Apolinário cria 7 belíssimos de raças em seu apartamento duplex de cobertura, que tem até piscina. O Victor e Leo são irmãos, da raça lhasa Apso, têm atualmente 2 anos e 9 meses. O Luke e a Layla são irmãos, da raça Lulu da Pomerânia, atualmente com 3 anos e meio. O James e Marley são irmãos, filhos da Layla e sobrinhos do Luke, da raça Lulu da Pomerânia, e têm atualmente 1 ano e meio. A Jully é da raça Poodle, tem 13 anos e meio.
“Luke é temperamental tem dia que está de bom humor, outro dia não. Victor e Leo são mais bagunceiros, porém mais amorosos com as pessoas de fora. Layla é muito amorosa, carinhosa e ciumenta. O Marley é o mais próximo a mim, o que mais fica comigo o dia todo, e o meu preferido. Jully é a minha velhinha, bem quietinha e ciumenta. E James é o mais agitado de todos. Mas todos têm algo em comum: adoram queijo, de preferência o queijo frescal, queijo branco e novo, né...?”, termina ela, com seu riso de feliz, por conviver e entender todos eles. 37 DEZEMBRO / 2015
Elas&Eles ANA PAULA MOREIRA FREITAS
Empresária, proprietária da loja DTudo Presentes, casada, e mãe da Ana Júlia, 10 anos.
FOTO: SHEILA ALVES
“Meg, essa coisinha linda está conosco desde os 2 meses. Hoje, com 6 meses, ela é a nossa caçulinha, a que veio para alegrar ainda mais o nosso lar. Da raça Shih Tzu, a Meg é supercarinhosa, brincalhona e bagunceira também. Adora brincar com bichinhos de pelúcia e bolinha de tênis. Só come ração e vai ao pet shop toda semana, com horário agendado toda quinta, pela manhã. O banho é semanal, mas está sempre limpinha e cheirosa, para desfilar pela casa e receber nossos afagos”.
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Elas&Eles
RAQUEL COELHO ABRANTES
Empresária da área de confecções proprietária da marca Da Isadora, casada, mãe de 4 filhos, Vitor, Caio, Enzo e Isadora.
FOTO: SHEILA ALVES
Nossa cadelinha se chama Vida . É da raça Shih Tsu, fez um aninho dia 7/11/2015. Temperamento dócil, carinhosa, obediente, não late à toa, uma princesinha!!! Onde ela passa todos ficam encantados, mas não podemos deixar um sapato por perto que ela o estraga rapidinho. Esse é o defeito dela. No mais, só traz alegria, amor, carinho e amizade. Vai ao pet uma vez por semana, se faz arte, como a de se molhar, aí vai mais de uma vez, para ficar sempre cheirosa. O pelo, deixamos crescer naturalmente. Nunca fez tosa. Só mandamos cortar os pelos quando tampam os olhinhos. Adora o cheiro das pessoas que gostam e dão carinho a ela, e de comida também, como pão de queijo assando, bolo assando. Acho que é porque sabe que vai ganhar um pouquinho. A Vida é, literalmente, mais vida e glamour em nossa casa.
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Elas&Eles ADRIANA FERREIRA BICALHO NASCIMENTO
Advogada, coordenadora de Estágio da Fadivale, casada e mãe de duas filhas Sammya e Izabella
“Atualmente tenho uma família em casa, com quatro cachorrinhos: Mamãe Sophie (de cinco anos) e seus filhotes Mariah e Dudu (ele com três anos, e ela com um ano e meio de idade). Tenho também uma bebê, a Melzinha, de seis meses. Todos da raça Yorkshire Terrier e pesando 2 k cada. Minha vida mudou para melhor com a chegada da Sophie, com apenas 40 dias de vida. Depois, com todos eles não tenho tristeza, é só alegria. Semanalmente vão ao pet, para banho, e mensalmente para tosa higiênica. Eles adoram... Voltam lindos e bem cheirosos. São muito bem educados, fazem suas 40
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necessidades em local próprio, e não tem bagunça dentro de casa. Meus bichinhos são sombras minhas, onde estou eles me acompanham. Até mesmo no banheiro. Ficam do lado de fora do box me esperando... Se não estou em casa eles acompanham a pessoa que está. Não gostam de ficar sozinhos, querem sempre a nossa companhia. Minhas cachorrinhas têm coleção de laços e vestidinhos, até sapatinhos. Dudu é cheio de gravatinhas coloridas... Estão sempre na moda!!! Amo meus bichinhos. Fiz vários vídeos e fotos para eternizar nossas recordações. Tenho álbum de todos os momentos, desde o nascimen-
to... como se faz de um bebê. Mantenho a cartela de vacinação de todos eles em dia. São cuidados com muito amor!!!! Uma única vez viajei de férias e os deixei em um hotelzinho para cachorro. Mas não foi uma experiência boa. Quando voltei eles estavam tristes e haviam perdido peso. Desde então, quando viajo de férias, finais de semana ou feriados, sempre levo a família toda... Minha prioridade é saber se meus bichinhos serão bem-vindos.... onde quer que eu esteja. Assim ficamos todos felizes, e a viagem de férias vira uma festa!!!! Enfim, sou mãe de cachorros.... rss..... E eu adorooooooo....
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Ponto de Vista TARCISO ALVES
AS VEIAS ABERTAS DE MINAS GERAIS casario típico, ou com suas praças silentes e as tradicionais igrejas barrocas, ricamente adornadas em seu interior, formando um tesouro mais valioso que as antigas reservas de ouro e diamantes, devido às referências históricas, culturais, estéticas e literárias que contém. Pouco vale tudo isso, em relação à atividade mineradora. Pouco importa que Alphonsus de Guimarães, o Solitário de Mariana, tenha se recolhido em êxtase e contemplação nesse ambiente, deslumbrado com a catedral ebúrnea de seus sonhos, ou com os cinamonos que haveriam de chorar pela sua amada, que morrera silente e fria. Nada disso importa, nunca teve importância alguma, e jamais terá. O mesmo se pode dizer da inútil indignação drummondiana de tempos atrás, denunciando que o maior trem do mundo, com 163 vagões e cinco locomotivas engatadas, desembestadamente, transportava a sua terra para a Alemanha, o Canadá e o Japão, levando também a coisa mínima do mundo – o seu coração itabirano. Uma denúncia inútil, coisa de poeta, sem significado algum perante as necessidades da balança comercial ou da elevação do PIB do país, hoje em processo de declínio, exceto no agronegócio e no setor de mineração. Na verdade, nada disso importa, nunca importou, e é melhor que todos o saibam de uma vez por todas. Cesse tudo que a antiga musa canta, que um valor mais alto se alevanta – já dizia o grande e desafortunado poeta lusitano, que chorou no exílio amargo o gênio sem ventura e o amor sem brilho, segundo os célebres versos bilaquianos. Oh, Minas Gerais, quem te conhece não te esquece jamais! Todos sabem da sua luta pelo bem do Brasil, em toda a sua história. A Inconfidência Mineira vale como exemplo, pois teve um caráter nacional. Ela não foi um movimento separatista, a exemplo de outras revoltas ocorridas no passado, pois sua finalidade era a libertação
do país. Fracassou deploravelmente, todos o sabem, mas marcou a história do Brasil. Acabou em prisões, exílios e forca – o preço máximo cobrado pelos donos do poder, por tamanha ousadia e idealismo. Mas o espírito de Minas continuou indômito, apesar de tudo. Jamais se curvou, tampouco abriu mão dos seus ideais, colocando-se sempre Berenice Magalhães, Carminha e Sayonara Calhau, a serviço dos interesses nacionais, Lucianni Pontes e Maria Inez Rodrigues Pereira acima de tudo. Foi assim com Arthur Bernardes, que lutou por uma siderurgia nacional, vencendo pressões estrangeiras; foi assim com Juscelino Kubitscheck, que criou Brasília num planalto em Goiás, dinamizou a indústria automobilística em São Paulo, e instalou as hidrelétricas de Furnas e Três Marias em território mineiro, mas beneficiando também outros estados, assim como o fazem alguns dos principais rios de Minas, como o São Francisco e o Rio Doce, para citar apenas dois, que nada recebem em troca, pelo menos não diretamente. Na permanente doação de Minas ao Brasil, cabe também destacar a atuação do ex-presidente Itamar Franco, que debelou a inflação, criou uma nova moeda, deu exemplo de austeridade administrativa e, enfim, pôs a casa em ordem, levando tranquilidade a todos os lares brasileiros, do Oiapoque ao Chuí. Hoje a situação é trágica, mas não desesperadora. Os valores e as tradições mineiras hão de prevalecer sobre os revezes que sofrem, e já dão mostras disso. Mariana, Rio Doce, Valadares, e as demais cidades atingidas pela lama que veio de cima, sobreviverão à calamidade atual, e jamais serão apenas um retrato na parede, apesar de tudo quanto já perderam – e perderão ainda –, devido à eterna e insaciável cobiça pelas riquezas naturais, que sempre jorraram, jorram, e ainda continuarão a jorrar, das veias abertas de Minas Gerais. Tarciso Alves FOTOS CLÉLIA
Mesmo sob o impacto da maior tragédia ambiental da sua história, o Estado de Minas Gerais ainda não mereceu de seus principais representantes um protesto à altura dos danos que sofreu e da devastação que ainda sofre, desde o rompimento das barragens de uma mineradora instalada em Mariana, até os dias atuais. Aos prejuízos humanos, ambientais e econômicos do Estado se soma também uma agressão jamais vista à sua história e tradição, tão imensa a ponto de desfigurar a sua própria face, transformando nascentes e rios dadivosos em um extenso e caudaloso rastro de destruição e morte, que já atingiu até as praias do Oceano Atlântico. Aliás, não só pelos rios, mas também pelas generosas minas, pelos cintilantes minérios e pelos mineiros ilustres, historicamente, Minas Gerais sempre foi o mais dadivoso dos estados brasileiros, em todos os sentidos. Entretanto, isso jamais impediu que suas riquezas naturais ficassem a salvo da cobiça nacional e internacional – muito pelo contrário. Do século XVII até hoje, a busca por pedras preciosas, por ouro, diamantes e pelo minério ferro de Minas Gerais jamais cessou, e nada indica que vá cessar tão cedo. O que se vê, à luz dos fatos, é que os sonhos dos antigos bandeirantes deram lugar a um processo de extração mineral em larga escala, hoje no seu ápice, sempre tendo o exterior como destino principal. Mariana, onde as barragens se romperam, foi a primeira capital de Minas. Pouco lembrada até o início do último mês de novembro, apesar das suas seculares igrejas, das suas riquezas minerais e da sua arquitetura, de repente ela ganhou amplos espaços no noticiário nacional e internacional, porém, por um motivo jamais imaginado pela sua população, em qualquer tempo da sua história. . Seu atual destaque nada tem a ver com a paisagem bucólica onde se encontra, tampouco com o seu
tarcisoalvesgv@hotmail.com
41 DEZEMBRO / 2015
FOTO: WILMA TRINDADE
Dr. Paulo Roberto Bicalho e Cirinéia, em dia de domingo, com os filhos, genros e nora. Da. Esquerda para a direita: Carina e Christien, Cristiane e Rodrigo, Gabriela e Paulinho
Momentos gravados Dr. Paulo Roberto Bicalho e sua família admirável fazem vir à tona momentos felizes de 2015 desfrutados em seu democrático e belíssimo “Nosso Sítio”, localizado às margens do Rio Doce. Os amigos podem se encontrar sempre nas comemorações da família, Mas e esse prazer? Quanto tempo mais?
Pescador, Paulinho Bicalho
O Poder da classe
Afonso Luiz Bretas e Cantídio Ferreira, respectivamente, presidente e vice do Sindicato Rural de Governador Valadares
Posse da nova diretoria do Sindicato Rural prestigiadíssima e revigorante. Afonso Luiz Bretas, reconduzido à presidência, tem como vice Cantídio Ferreira, eleito em novembro, presidente da União Ruralista Rio Doce. A integração de toda a diretoria é fortíssima, e abarca os mais interessados pecuaristas do setor. Entre eles Geraldo Byrro, e com eles vão à luta, apoiados por parceiros de igual teor: Guilherme Olinto Resende, presidente da Cooperativa Vale do Rio Doce, Silas Costas, do Sicoob Crediriodoce, deputado José Bonifácio Mourão, André Merlo, e mais lideranças que reconhecem a importância e a força que pode ter a classe produtora rural para a nossa região.
Jackson Lemos, da Agência Óbvio, produtora do vídeo institucional Marilac e Dr. Genserico Barroso, deputado José Bonifácio Mourão, e José apresentado Carlos de Lima, pres.do Sindicato Rural de Resplendor
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DEZEMBRO / 2015
Guilherme Olinto Resende, presidente da Cooperativa Vale do Rio Doce, com o presidente do Sindicato Rural, Afonso Bretas – capacidade e liderança em dose dupla
Fernando Pardini, Superintendente Regional da Administração Fazendária, e Carlos Roberto Meireles, do SRGV
Tenente-coronel Cassoti, Coronel Wesley e tenente-coronel Menezes
Afonso Bretas com Maria de Lourdes Resende, a única mulher na diretoria do Sindicato Rural
Renato Abib, presidente do Sindicato Rural de Tarumirim, e Beto Veterinário
Cristiane e Afonso Bretas, com Delza e Raimundo Pereira
Newton Concelos, Etelmar Loureiro, Paulo Bicalho, Adilson Reis, Alan Kardec, Ivanor Tassis, Geraldinho e Leszek
Dr. Homero Magalhães, dr. Paulo Bicalho, dr. Grimaldo, Sandra, Grimaldinho e Regina Magalhães
Renata, Marize Demarco, D. Mica
Os irmãos aniversariantes Paulo e Beatriz Bicalho
Cirinéia e Paulo Bicalho, Cláudio José e Sandra
Com André Merlo, Silas Costas e Celso Mol, dupla poderosa do Sicoob Crediriodoce
Um trio de presidentes: Roberto Carlos Machado, da Associação Médica/ GV, Dênis Leite, da CDL/GV, e Maurício Dutra, da Associação Comercial e Empresarial-GV
Júlio César, Fabiane Neves, Bernadete Farias, Mariluce, Elisabeth Matos, Helenísia Ferreira, o diretor Geraldo Birro, e Carlos Roberto
João Marques, vice-presidente da Cooperativa, Mário Dias Leão, o filho Luiz Gustavo Leão e sua esposa, Fabiana Leão
Marilda e Anésio Coelho Pereira, e Rosângela Zampier Costa
Mais Mais
Ponto de Vista Newton Luiz Concellos
A VOZ DO RIO Conseguiram. Finalmente conseguiram. Dessa vez não houve como reagir. Sucumbi completamente soterrado por uma avalanche de lama. Não houve como escapar. Foi fulminante e avassalador. Com a minha morte, morreram bilhões, trilhões de outros seres vivos, incontáveis, e que dependiam diretamente de mim. Toda a fauna e flora de uma vasta região. Não tive como protegê-los e salvá-los. Foi uma catástrofe, uma tragédia anunciada. Durante milhões de anos convivi em perfeita harmonia com todas as espécies de animais e vegetais existentes, muitos vivendo dentro do meu leito e outros nos arredores, porém, todos se fartando com minha seiva, vivendo e bebendo da minha água indispensável à sua existência. Foi uma época gloriosa. Vivíamos em perfeita simbiose, com as árvores protegendo minhas nascentes e margens, e impedindo a erosão dos morros que poderiam assorear minha calha. Com sua sombra impediam que o sol calcinasse a terra e dificultasse a alimentação do lençol freático, pela água das chuvas. Assim meu leito se mantinha caudaloso e fartamente realimentado. Achávamos que seria sempre assim, que viveríamos em paz para todo o sempre. Bem, mas tudo começou a mudar com a chegada, à região, de um novo predador. Era fraco, ouvia e enxergava mal. Não tinha faro e seus filhotes demoravam anos para se tornarem independentes. Pensei cá com meus grotões, digo, botões, não sobreviverão, serão facilmente vencidos pelos outros predadores muito mais adequados ao meio do que eles. Com toda essa fragilidade não irão longe, desaparecerão logo.
Ledo engano. Possuíam um atributo que fez toda diferença e garantiu que não só sobrevivessem como se tornassem, ao longo dos séculos, a espécie dominante. Inteligência. Eram absurdamente inteligentes, viviam em comunidade, caçavam em grupos, usavam armas e ferramentas nunca vistas por nenhuma outra espécie. No início eram muito poucos, e não me preocupavam. Tanto que cheguei a pensar que também teria com eles uma convivência harmoniosa. Outro grande engano meu. Autointitularam-se, ironicamente, “homo sapiens”, embora eu nunca houvesse identificado em seu comportamento qualquer traço de sabedoria. Multiplicaram-se aos milhões, bilhões, e foram ocupando todos os espaços livres, matando e expulsando as outras criaturas, como se essas não tivessem direito à vida. Devastaram as florestas cortando e queimando as árvores. Lançaram em meu leito todo tipo de dejetos, seus esgotos, os efluentes de suas fábricas, muitos com alta toxidade, e lixo, lixo de todo tipo, sem qualquer critério. Foram pouco a pouco assassinando, a mim, e aos meus afluentes. Nada digo das nascentes, pois essas desapareceram, secaram. Apesar de toda essa agressão, com a ajuda das abundantes chuvas anuais eu sempre me recuperava, embora mais fraco a cada ano. O suposto “homo sapiens” nunca conseguiu conviver com nenhum de nós. Sua ambição não conhecia limites, apoderavam-se de tudo, consideravam-se os donos do mundo. Novamente, autointitularam-se filhos de Deus, e supostamente em seu nome deram-se o direito de explorar todas as outras criaturas,
domesticando e escravizando as que puderam; as outras, consideradas selvagens, foram sendo gradativamente eliminadas, pois não podiam conviver com elas. Na busca pelo poder, e até mesmo por diversão, matavam-se uns aos outros, numa selvageria incompreensível. As árvores eram consideradas tão somente como madeira, matéria-prima para suas construções ou então transformadas em carvão para seu aquecimento e suas máquinas. Não conseguiam vislumbrar qualquer outra utilidade nelas que fosse além de seu interesse econômico. Nunca demonstraram interesse em preservação, salvo alguns poucos abnegados que quase nada puderam fazer em meu favor. Finalmente veio o golpe fatal. Foi como o final dos tempos. Uma montanha de rejeitos de minério de ferro lançados in natura no meu leito contaminou e destruiu quase mil quilômetros do meu percurso, tornando minhas águas venenosas e impróprias ao consumo. Voltar a ser como antes será impossível, mas talvez, com grande esforço, possa reviver uma parte de mim em um trabalho que demandará séculos e a participação de muitos. A minha morte vai desencadear problemas em cadeia, que ainda não foram avaliados, nem ao menos vislumbrados pelos humanos. O que o “Homo Sapiens” não consegue entender é que, com meu desaparecimento e de meus muitos irmãos, ele desaparecerá junto conosco, pois afinal estamos todos viajando na mesma nave, a mãe TERRA. Newton Luiz Concellos
newtonconcellos@ig.com.br Engenheiro civil, mestre em gestão de universidades.
Empresarial Ateliê Canto Belo Paola Novaes, do Ateliê Canto Belo, brilha na sua encantadora loja especializada em decoração infantil, que atrai todas as atenções na área comercial mais chic do calçadão da Ilha dos Araújos. Trabalhando com personalização dos ambientes infantis, especialmente de quartos, ela produz artesanalmente maris, acessórios que variam de porta maternidade, quadros decorativos em diversos estilos, caixas (batizados, casamentos, nascimentos, aniversários) abajures, kits higiene, bonecas de pano, ursos, carrinhos, e mais uma infinidade de peças exclusivas e delicadas, nas quais ela e sua equipe colocam todo carinho e amor, próprios dos artistas que amam artes, especialmente as feitas artesanalmente. “Nosso trabalho se inicia desenhan-
Tércia Sabadini Carvalho e Laisson Domingues Pinheiro
Substância
A empresária Paola Novaes
do no papel, recortando a madeira e misturando cores. E se completa transformando sonhos em realidade” diz ela, feliz com o que faz.
A modernidade na gastronomia chegou a Valadares com a loja Substância. Alimentos para uma dieta saudável, balanceada em embalagens individuais prontinhas para levar pra casa. Em cinco minutos, no micro-ondas, você pode saborear pratos sofisticados e deliciosos, como risoto de funghi de frango, de tomates secos, salmão , massas e até moqueca, com baixíssimas calorias, e ainda mais: dieta para os 7 dias da semana. O meu prato preferido: Risoto de funghi, mas você pode experimentar as sopas e consomés, caldinhos e cremes, bebidas light. Vale conhecer. A Substância gastronomia light fica bem em frente ao Supermercado Coelho Diniz da Israel Pinheiro, no centro da cidade.
Sweet Dreams
Melissa - Tempo de férias e festas. A griffe Melissa em uma foto que dispensa mais palavras.
A Sweet Dream está com tudo para deixar você mais linda e sensual, na mais pura intimidade das noites quentes de verão. O sucesso está na qualidade e na beleza das peças Recco. Esmero nos mínimos detalhes, estampas exclusivas produzidas com a mais alta tecnologia. À frente da Sweet Dream está a Valéria, empresária de muito feeling comercial, que acaba de regressar da fábrica da Recco impressionada com o profissionalismo, a criatividade e a tecnologia de padrão internacional. “Vestir Recco não é só sinônimo de bom gosto, é se amar, gostar de carinho e cuidado. De estar sempre bonita e confortável”, diz ela, com o entusiasmo de quem sabe.
1º Mundo
D Tudo
Uma opção para você chegar e encontrar uma variedade de artigos para presentes. De objetos para decoração, dos mais sofisticados aos mais pueris, a arranjos florais. Na 1º, um mundo de possibilidades para você fazer bonito com seu presente. Aniversários, casamentos, Natal,e em todas as datas especiais, ou fora delas, vale passar na 1º Mundo
O nome diz tudo. Só não diz que a empresária Ana Paula Moreira tem o bom gosto e a sofisticação para fazer você sair de lá carregada de presentes, nesse Natal e em qualquer tempo. Lista de casamentos, de aniversários, D Tudo, na Ilha dos Araújos.
Hora dos parabéns: Carol sopra as velinhas de seus 11 anos
Lagilda e Márcio Pena com a filha aniversariante
Carol Folia A bela Carolina Menenguci Pena, filha do médico nefrologista Márcio Soares Pena e Lagilda Menenguci Pena, recebeu em sua residência amigos de escola e familiares, com uma linda festa a fantasia, para comemorar os seus 11 aninhos. O convite: “Não é todo dia que você pode se dar ao luxo de ser o que quiser. Tire sua fantasia do armário”. E isso bastou, para que todos se esmerassem e comparecessem a caráter, no ritmo do tema: “Carol Folia”. E, para arrasar, ela, a aniversariante, se vestiu de gatinha. De camisetas padronizadas, os adultos formaram um bloco animadíssimo. Duas discotecas, comandadas pelo DJ Messias Pipoca, e os dançarinos de Hip Hop da Tia Cris, eletrizaram geral. No amplo espaço, a galerinha dançou e cantou todos os Hits, desfilou, brincou e saboreou as delícias de um inovador buffet self service: doces do Ateliê do Chocolate, bolo de aniversário da griffe Laurimê. A decoração foi assinada pela Marta Helena Festas. E todos os convidados levaram para casa lembrancinhas finérrimas: Canecas e Chinelos “Carol Folia 2015”.
FOTOS: GRAZIELE
Carol e a tia Odiney
No clima do Carol Folia, a aniversariante e seus amigos
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DEZEMBRO / 2015
Vovó Maria e Vovó Auria, com a neta aniversariante
Pietra e Carol
Carol e os dançarinos de hip hop da Tia Cris
Luciana e Carol
Maria Menenguci, Fabiana e Oneida
Carol e a família Menenguci
Carol e Pâmela
Patrícia, vovó Auria e Lene, no clima da festa
Carol com os primos Lucas, Letícia e Laura
– O embalo do “Carol Folia 2015”
47 DEZEMBRO / 2015
Mais Mais
Isso é Quente
Por Paula Greco
(greco_paula@yahoo.com.br)
Especial – Clássicos de Natal
N
Nenhuma época do ano é tão rica em “produzir clássicos” quanto o Natal. Histórias e canções – algumas delas seculares – que atravessam o tempo e, graças à magia que cerca essa data tão importante, permanecem atemporais e conservam o frescor e o interesse de um recente lançamento. Essa também é uma boa época para presentear as pessoas queridas com versões desses clássicos da literatura, do Cinema e da Música.
Literatura
Um Conto de Natal Charles Dickens
O
que de novo se pode dizer sobre uma história originalmente publicada em 1843? Que ela é a mais vendida, a que mais reedições possui, a que mais foi adaptada para diferentes mídias e formatos? Sim, a história de Dickens é tudo isso, porque sua essência segue tão atual quanto na época de sua publicação. O conto sobre o velho rabugento que recebe em sua casa os espíritos do passado, do futuro e do presente, é de uma simplicidade e objetividade tão tocantes quanto a lição tantas vezes lidas e nem sempre aprendida que ele nos transmite. E o melhor é que é possível encontrar o livro, desde as encadernações luxuosas até as versões em quadrinhos. É só escolher a que parece mais com que vai dar ou receber esse presente.
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DEZEMBRO / 2015
Trilha Sonora Já que o Natal é tempo de renovar a fé, é preciso acreditar – e provar – que existem canções de Natal além da voz da Simone repetindo “Então é natal...” em um looping eterno em nossos ouvidos, pelas ruas, shoppings e lojas, a cada ano. Nada contra a versão brasileira (ainda que a original seja infinitamente mais bonita) para a música de John Lennon, que por sinal tem muitos fãs, mas sua onipresença chega a ser irritante. Mas estamos falando de clássicos e fato é que grandes astros da música mundial já se renderam às canções natalinas. Se até Frank Sinatra gravou Jingle Bells, por que as músicas natalinas não podem ganhar versões jazzísticas, ou folk, ou soul music? Claro que podem. E, mais uma vez, na voz de intérpretes que, assim como as canções, são atemporais. Como fica difícil
escolher apenas um, preparamos uma listinha, que começa com uma coletânea que começou a ser gravada lá nos anos 40 pela Motown, e suas várias edições se tornaram tradição e vão até a contemporânea diva loira do jazz Diana Krall. Acordes clássicos, que conhecemos tão bem, tocados e cantados com maestria. A escolha é uma questão de estilo.
A Motown Christmas – Marvin Gaye, The Temptations, Smokey Robinson e outros Ella Wishes You a Swinging Christmas – Ella Fitzgerald Christmas in the Heart – Bob Dylan Christmas Songs – Diana Krall
Filmes Todo final de ano, uma enxurrada de filmes de Natal invade as telas de TV’s e cinemas de todo mundo. Alguns deles, mesmo relativamente recentes, já se tornaram clássicos, de tanto serem reprisados. Muitas comédias, algumas histórias extremamente comoventes, e comédias românticas. Tem filme de Natal para todos os gostos. Mas, já que estamos falando de “Um Conto de Natal”, a coluna vai indicar não apenas uma, mas duas adaptações da história para o cinema. Entre tantas (algumas boas e outras nem tanto), elas se destacam por diferentes motivos, e ambas podem ser encontradas em DVD e Blu-Ray:
OS FANTASMAS DE SCROOGE ROBERT ZEMECKIS
O diretor, que se tornou conhecido pela trilogia De Volta para o Futuro, sempre foi um apaixonado por tecnologia, e é justamente esse diferencial que ele coloca a serviço do clássico de Dickens. Filmado através da técnica de capturar movimentos dos atores (o elenco conta com Jim Carrey e Colin Firth, entre outros) para inserção posterior de animação, ele obtém um resultado estético de beleza sombria, e ainda consegue destacar a interpretação dos atores. É da Disney, mas não é para criancinhas.
ADORÁVEL AVARENTO RONALD NEAME
O filme, de 1970, foi produzido na Inglaterra e traz o ator, cantor e bailarino Albert Finney (então na casa dos 30 anos) no papel do avarento Ebenezer Scrooge, e é uma versão musical do conto. A produção é tão boa e as interpretações tão convincentes que o filme cativa até aqueles – que não são poucos – sem paciência com o gênero. Para quem gosta de musicais, então, é um prato cheio da mais doce rabanada cinéfila, uma lindeza, uma versão que vai além de todos os clichês, e encanta pela fidelidade à história original. Um clássico sobre outro clássico.
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Mais Mais
Ponto de Vista Diego Trindade d’Ávila Magalhães
QUATRO ERROS E CINCO DESASTRES NA SÍRIA Os atentados terroristas em Paris, em 13 novembro 2015, o medo e o pânico em cidades cosmopolitas, e a crise de refugiados estão relacionadas à questão da Síria e a ao menos a cinco desastres. O humanitário envolve mais de 220 mil mortos na guerra civil síria, gigantesco número de feridos, cerca de 4,3 milhões de refugiados sírios, e um enorme número de deslocados internos. A crise política refere-se a mais instabilidade e autoritarismo no Oriente Médio, ao aumento do risco de terrorismo nos países envolvidos no conflito, e ao fortalecimento da ultradireita e da xenofobia nesses países. O desastre socioeconômico é a destruição da infraestrutura física e institucional, fazendo as pessoas sobreviverem na miséria. O desastre diplomático remete ao militarismo e ao desprezo pelo diálogo, pelo Direito Internacional e por meios pacíficos de solução de controvérsias. Por fim, na catástrofe geopolítica, os sírios são tratados como peças descartáveis em um tabuleiro em que a real disputa entre grandes potências é por graus de influência sobre áreas e atores políticos, e eles são tantos – grandes potências, potências regionais, insurgentes e terroristas – que por acidente pode surgir uma grande guerra. Um conjunto de erros cometidos por EUA e França, líderes da OTAN, foi decisivo para compor esse quadro. Esses erros não foram – e parece que não serão – reconhecidos ou corrigidos. Erro seria aquela decisão que não favorece a realização do objetivo anunciado. O objetivo anunciado era libertar e proteger o povo sírio da opressão e da violência do autoritário governo de Bashar al-Assad, destituindo-o e estabelecendo a democracia na Síria. Não deu certo pelos seguintes erros: (1) acreditar que é possível exportar democracia à força; (2) intervir ilegalmente em assuntos domésticos de outro Estado; (3) escolher mal os
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aliados; e (4) ignorar a previsível crise humanitária decorrente de uma guerra – havia planos para matar e destruir, mas não para proteger vidas e reconstruir; isso ficou claro no artigo da última revista. Primeiro, se se quer democratizar um país, negocie com o governo, envolva organizações internacionais e mobilize a sociedade civil organizada. Democracia não se impõe à força, mas EUA, França e Reino Unido tentaram fazê-lo em países árabes. Esperava-se que movimentos populares líbios e sírios, entre outros, derrubariam governos autoritários e instituiriam a democracia. Isto aconteceu apenas na Tunísia, justamente porque a intervenção estrangeira lá foi moderada: sem armas, sem invasão militar. A Líbia e a Síria, onde as potências da OTAN treinaram e armaram grupos insurgentes, tiveram destino quase tão caótico e trágico quanto o de países que foram ocupados militarmente, como Iraque e Afeganistão. Segundo, se se quer intervir em assuntos domésticos de outro Estado, faça-o respeitando o Direito Internacional. O Conselho de Segurança da ONU já autorizou intervenções contra governos genocidas e opressores em outras ocasiões. Sem autorização, intervenção militar é ilegal. Isso é muito sério, porque essas ações criam um contexto em que as grandes potências entram em choque, ameaçando a segurança e a estabilidade internacional. É ilegal penetrar secretamente assessores militares e armar insurgentes em outro país. O jornal espanhol El País, edição de 28 de setembro de 2015, chamou erroneamente de “intervencionismo” o envio de armas e tropas ao governo sírio pela Rússia, mas isso é cooperação militar legítima e legal entre dois Estados, a não ser que o Conselho de Segurança proíba. O jornal não criticou a França, mesmo quando o Chefe
de Estado francês defendeu abertamente a sua intervenção militar ilegal, contra o Chefe de Estado sírio. Terceiro, se for intervir ilegalmente, escolha aliados confiáveis e de modo coerente com o objetivo. EUA e França apoiaram grupos armados cujos membros incluíam pessoas mais radicais que a Al-Qaeda e mais autoritários que Assad. Eram cerca de 58 grupos de insurgentes aliados em 2014. Era impossível saber quem era ou se tornaria parte do Estado Islâmico. É incoerente combater o governo sírio por seu autoritarismo e sua opressão, ao lado da Arábia Saudita, um Estado ainda mais autoritário e opressor. E o mais recente absurdo na aliança contra a Síria foi a atuação da Turquia, que bombardeou seus históricos inimigos curdos, enquanto os EUA apoiam os curdos na luta contra o Estado Islâmico. Este, por sua vez, sustenta-se com o petróleo que produz na Síria e vende através da Turquia(!). Essa fonte de recursos, que deveria ter sido um alvo prioritário da OTAN, só foi destruída após recentes bombardeios russos em meados de novembro. Suspeita-se que isso motivou o abate de um avião russo por um caça turco. Enfim, esses erros são tão evidentes e previsíveis que cabe questionar se o objetivo anunciado seria apenas para encobrir outros objetivos. Os cinco “erros” aqui apontados seriam na verdade “acertos”, se os reais objetivos das potências ocidentais eram amedrontar as suas populações, fortalecer a coesão nacional em detrimento de estrangeiros, aumentar o controle governamental sobre os cidadãos, extinguir direitos civis e políticos em nome da segurança, favorecer indústrias estratégicas, legitimar novas intervenções militares pelo mundo, demonstrar força para dissuadir potenciais inimigos, ampliar zonas de influência no Oriente Médio, controlar recursos naturais, etc.
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O que você vê nessa imagem? Se, enquanto seu cérebro processava a resposta, você conseguiu pensar em realização, atitude e felicidade, esse anúncio é pra você.
É que nossos cuidados vão muito além de transformar o sorriso das pessoas. Proporcionamos a harmonia de toda a FAce; elevando a auto-estima de cada paciente.
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