Reflexões para os Bibliotecários

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Erivana D’Arc Daniel da Silva Ferreira

REFLEXÕES

PARA OS BIBLIOTECÁRIOS

reconhecimento de história e usabilidade das ferramentas sociais, comunicacionais e informacionais na biblioteca



Erivana D’Arc Daniel da Silva Ferreira

REFLEXÕES

PARA OS BIBLIOTECÁRIOS

reconhecimento de história e usabilidade das ferramentas sociais, comunicacionais e informacionais na biblioteca

Juazeiro do Norte, 2019


Organização: Dr. Clécio de Lacerda Dr. Marcus Vinícius de Oliveira Brasil Revisão: Edilania Assis da Silva Capa/ilustrações: Cosmo Braz de Lemos Arte final: Sávio Araújo Gabriela Soares Diagramação: Emanuelly Cristyne Letícia Lima


Sumário BIBLIOTECA DAS IES: Dos espaços tradicionais aos tecnológicos

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PARTE I – BIBLIOTECA: Reconhecimento de história, percalços e transformações

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PARTE II – FERRAMENTAS EM POTENCIAL PARA A BIBLIOTECA: Conhecendo e visualizando possibilidades

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PARTE III - O DINAMISMO DA PARTICIPAÇÃO NA BUSCA, USO E APROPRIAÇÃO DA INFORMAÇÃO



Apresentação E

sta Cartilha é um produto diminuto de um todo maior, enquanto pesquisa, ação, recursos reais e potenciais de transformações da Instituição Biblioteca.

Compreende-se que para assimilar qualquer contexto de um objeto de estudo, faz-se necessário uma revisita à história deste objeto. A partir de percepções conclusivas, os bibliotecários Lisrael Silfcor e Carlae Silfcor apresentam retratos importantes para a origem da biblioteca, momentos significativos que sugerem reflexões quanto aos percalços sofridos e transformações realizadas ao longo de seu percurso, colocando-a em destaque nas investigações relativas à organização, disseminação, e, mas contemporaneamente, na interatividade social, comunicacional e informacional almejada pela sociedade. Apoderar-se da história da Biblioteca, significa, nesta investigação, salvaguardar memórias do passado, e consequentemente, buscar o contínuo progresso da Instituição Biblioteca na contemporaneidade. De forma pontual, Lisrael e Carlae enfatizam ferramentas da Web para a biblioteca, apontando potencialidades, vantagens e desvantagens, bem como sugestões para os entraves de usabilidade. Transcorrendo pelos caminhos que motivam a busca, o uso e a apropriação da informação como uma dinâmica participativa, cooperativa e colaborativa conjunta, os bibliotecários finalizam apontando fatores conclusivos da investigação norteadora deste produto.


Personagens Lisrael Silfcor Sexo masculino, 35 anos, alto e atlético, cabelos com corte curto. Personalidade: tranquilo, solícito, lógico e estratégico. Gosta de mostrar sua competência e habilidades, porém com uma dose de timidez.


Carlae Silfcor Sexo feminino, 30 anos, estatura mediana, corpo modelado, cabelos longos e cacheados. Personalidade: ativa, eclĂŠtica, solĂ­cita. Gosta de aparecer e mostrar sua competĂŞncia.


BIBLIOTECA: DOS

ESPAÇOS TRADICIONAIS AOS TECNOLÓGICOS

O lugar de destaque que a biblioteca ocupa no mundo atual decorre da importância que a informação tem para cada sociedade

(ARAÚJO; OLIVEIRA, 2005)

O bibliotecário precisa está atento às necessidades dos usuários, conforme a natureza das bibliotecas as quais atende: Biblioteca Infantil, Biblioteca Escolar, Biblioteca Universitária [...]

(CUNHA, 1999; GARCEZ; RADOS, 2002; BLATTMANN; SILVA, 2007; FONSECA, 2007; CUNHA; CAVALCANTI, 2008; SANTOS, 2014)


PARTE I

BIBLIOTECA:

reconhecimento de história, percalços e transformações

“ “

As definições de biblioteca partem de práticas milenares, no entanto, quase sempre atreladas a formação e guarda de acervo de modo sistematicamente organizado, adicionado a promoção de serviços para consulta e leitura (CARVALHO, 2016)

A história da biblioteca é a história do registro da informação, sendo impossível destacá-la de um conjunto amplo: a própria história do homem.

(Milanesi, 1983, p. 16)


Por qual época começar o percurso histórico da biblioteca ?

A inquietação se remete aos retratos longínquos e estáticos de bibliotecas desde os intelectuais e guardiões do conhecimento aos copistas, e à imagens de bibliotecas direcionadas ao clero, às elites, às bibliotecas universitárias, às associações e sindicatos, às escolares e às bibliotecas comunitárias foram sendo visualizadas (FONSECA, 2007)

Terceiro Milênio a.C.

Segundo milênio a. C.

A escrita cuneiforme e os hieróglifos em tábuas de argila compõem coleções compostas de textos administrativos, literários e científicos. (ORTEGA, 2004)

Civilização Mesopotâmica, organização de documentos e representações para fins de recuperação: tábuas de argila eram protegidas por espécies de envelopes nos quais dispunham os resumos. (ORTEGA, 2004)

Idade Média Bibliotecas ligadas a ordens religiosas, responsáveis pela preservação da antiga cultura greco-romana registrada (ORTEGA, 2004). Época que conheceu as Bibliotecas: Monacais,das universidades, as bizantinas e as bibliotecas particulares. (MARTINS, 1956, apud SANTOS, 2014)

Século XIII Traz como impulsionador das implantações das Universidades uma grande explosão demográfica nas cidades europeias, transformando a sociedade e determinando a necessidade de atividades intelectuais que possibilitassem mais preparo para as novas demandas burocráticas que as cidades estavam criando, em decorrência do grande crescimento demográfico, assim as bibliotecas se direcionando a sua constituição, enquanto biblioteca universitária pela nova dinâmica, bem como o surgimento dos grandes colecionadores de livros entre a nobreza. (ORTEGA, 2004; SANTOS, 2014)

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Nos séculos XIV, XV e XVI na Europa…

Emerge o movimento Renascentista que objetivava resgatar a cultura esquecida durante o período da Idade Média. A “maior característica de todo o movimento foi o humanismo que buscava valorizar o homem que a partir daí começou a ser considerado como um ser racional e posto no centro do universo” (SANTOS, 2014, p. 48). Na Idade Média, emerge a figura misteriosa do bibliotecário do convento que levava a chave de um mundo complexo e misterioso [...] No Renascimento, o bibliotecário surge como um guia de ajuda na caminhada por um mundo novo e aberto. (MILANESI, 2002) O bibliotecário assume o papel de agente central nas atividades da biblioteca: disposição arquitetônica e técnicas de organização. (SANTOS, 2012)

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As bibliotecas desenvolvem o seu papel de disseminadoras da informação.

Reflexões para os bibliotecários


Foi pela Biblioteca e com a Biblioteca que o conhecimento foi preservado e disseminado através dos tempos... Foram contributos pelas fundações de bibliotecas renascentistas: príncipes e mercadores, por suas doações, além do Papa Nicolau V pela ideia da fundação da maior biblioteca do Renascimento, a Biblioteca Vaticana. Assim sendo, pode-se dizer que a criação das bibliotecas no Renascimento se deu por um acúmulo de apetite de nobres e papas, empreendendo uma nova era na história das bibliotecas. (SANTOS, 2012) As bibliotecas passaram a adotar um caráter mais democrático e tentaram, de todas as formas, alcançar o público, tornaram-se as bibliotecas de consumo. Dessa forma, pode-se afirmar que a história da biblioteca se relaciona intimamente com a história do conhecimento humano. (SANTOS, 2012, p. 187)

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Invenção da Imprensa...

Durante o Renascimento, por volta do ano de 1440, ocorreu a invenção da imprensa por Gutenberg, sendo considerado o inventor global da prensa móvel. Gutenberg apresenta na Feira de Frankfurt uma Bíblia impressa cuja tecnologia permaneceu basicamente a mesma até o início do século XX. Esta revolução tecnológica impulsiona a produção do livro e proporciona o rompimento do monopólio que a igreja exercia sobre a produção editorial. (ORTEGA, 2004; SANTOS, 2014) O advento da Imprensa se destaca como um dos aceleradores da produção informacional. (CARVALHO; FREIRE, 2015) O livro deixou de ser produzido pelo trabalho caligráfico dos religiosos, volume por volume, e passou a sair das oficinas, barateando e acelerando o processo. Do artesanato passou-se à fabricação em série. Tal fato determinou profundas transformações que marcaram a história do pensamento humano: a circulação de ideias expandiu-se, saltou, definitivamente, o muro dos conventos, chegando a um número cada vez maior. As bibliotecas deixaram de ser tesouros para se tornarem serviços e os livros perderam o seu valor material para se tornarem material de consumo, tornando-se domésticos. (MILANESI, 1983, p. 20)

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Diversas transformações históricas, políticas, econômicas, culturais e educacionais transpassaram pela instituição biblioteca, alterando-a ainda que não substancialmente, conforme recursos e necessidades da época e do seu usuário....

A Revolução Francesa tirou os livros das mãos dos nobres, colocando este legado informacional a disposição da população. A Revolução Russa, modificando a estrutura econômica daquela sociedade, estabeleceu uma nova prática para o ensino e o acesso à informação, sendo estabelecidas políticas para as bibliotecas, permitindo rápido desenvolvimento no setor. Na Revolução Industrial, a biblioteca/museu deixou de ser a única possibilidade enquanto coleção pública, passando a existir a biblioteca/serviço, oferecida ao público. Essa tendência foi se espalhando no rastro da expansão do operariado […] os mais necessitados de ilustração. No limiar do século XX, sobrepondo-se à ideia de biblioteca como uma forma de organização do saber, detecta-se uma nova função: sistematizar o acesso às informações. Ter dados à disposição, funcionalmente, passou a ser uma nova necessidade. A informação tornou-se um bem acumulável e valioso. (MILANESI, 1983).

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E, no cenário Brasileiro... É preciso acentuar que a trajetória da biblioteca nestes últimos séculos movimentou o espaço e o formato da biblioteca, bem como o perfil dos usuários. Para se reconhecer, estes progressos da biblioteca faz-se necessário uma volta ao passado.

No Brasil

Em meados do século XVI, pouco se sabe sobre a existência de livros e bibliotecas, devido à escassez de documentos e pesquisa relacionados a este período. Por volta de 1549, instalação do Governo Geral no Brasil, em Salvador-BA, aparecimento de livros, instituições de ensino e, posteriormente, as bibliotecas. (SANTOS, 2010) Início do Século XIX, a história das bibliotecas pode ser resumida em três etapas sucessivas: - Inicia-se com as bibliotecas dos Conventos e de Bibliotecas Particulares - Fundação da Biblioteca Nacional - Criação da Biblioteca Pública da Bahia.

Na passagem do século XVIII para o XIX, a leitura e os livros foram tomando espaço no Brasil.

As bibliotecas se permitiram avançar em espaço e necessidade de consumo por seus leitores. Muitas pessoas passaram a reservar mesas e móveis para os livros e, posteriormente, um cômodo. Foram instaurados também lugares especiais para os livros, como bibliotecas e livrarias. A leitura oral, pública ou privada, proliferou e os livros passaram a serem lidos e debatidos. (SANTOS, 2010, p. 53)

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A biblioteca no contexto brasileiro: em fragmentos

As primeiras bibliotecas brasileiras foram organizadas pelos jesuítas, no princípio, de caráter privado, depois se tornando públicas. Por volta de 1582, surgem as bibliotecas monásticas sendo elevadas à abadia1, em 1584. Em 1811, inaugura-se a Biblioteca Pública da Bahia, três anos antes da abertura ao público da Biblioteca Real (1810). Em meados do Século XIX, surgem outras bibliotecas estaduais. No entanto, depois de alcançar períodos de esplendor, a maior parte das bibliotecas estaduais criadas entrou em decadência, talvez vítimas da burocracia governamental, da ignorância e da omissão por parte de autoridades, relegando as bibliotecas a um patamar menos importante no âmbito educacional. (FONSECA, 2007) Poucas foram as bibliotecas que chegaram aos nossos dias renovadas e atualizadas: Biblioteca Municipal de São Paulo e Biblioteca Estadual do Paraná. A Biblioteca Nacional, por sua vez, devido a competências de seus diretores permanece executando seus objetivos e missão. O Brasil, considerando sua trajetória, pode se orgulhar de suas Bibliotecas Especializadas, como exemplo, BIRENE, Instituto Oswaldo Cruz; EMBRAPA; IBICT, este sendo o único órgão governamental de aglutinação de bibliotecários, documentalistas e cientista da informação. (FONSECA, 2007) A história das bibliotecas neste território passa por momentos distintos e, ao mesmo tempo, semelhantes, sofrendo problemas iguais, obtiveram momentos de brilho e glória, contudo, em luta para sobreviver aos desafios. (MORAES, 2006)

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PARTE I.1

Categorização das Bibliotecas

“ “

As bibliotecas são instituições que, ao longo de sua história, procuraram adaptar-se às diversas mudanças buscando, funcionalmente, servir a comunidade e oferecer-lhe informação, cultura e lazer

(CESARINO, 2007)

Contemporaneamente, para Fonseca (2007), não existe biblioteca no singular, mas no plural. A biblioteca pública é tão diferente da biblioteca nacional quanto à biblioteca escolar da biblioteca especializada, visto que só a palavras “biblioteca” remete por si só a órgãos da Administração Pública, a exemplo da Biblioteca Nacional, ou entidades privadas, título de coleções bibliográficas, obras individuais e ou coletivas.

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Biblioteca Tradicional. Lugar de modificação…

Em função do escopo da biblioteca, tradicionalmente, a biblioteca é lugar de livros, portanto, lugar de informações, arquivo de cultura.

De forma geral, a característica da biblioteca tradicional é que tanto a coleção quanto o seu catálogo utilizam o papel como suporte de registro da informação. Mesmo ultrapassando suas paredes para obter outros recursos informacionais, seus usuários podem demandar, obtê-los depende da sua localização física e de recursos financeiros para a obtenção de cópias (CUNHA, 2000)

Sua função primordial é oferecer informações, um acervo cultural, para um grupo de pessoas.

Fonte de literatura na qual uma população sedenta de cultura vem se desalterar. Na biblioteca tradicional, todos os livros já estão escritos. A biblioteca tradicional é implantada em uma realidade determinada. Ela é algo de fora colocado dentro de um organismo. E, como tudo que é implantado, a biblioteca está sujeita à rejeição, uma biblioteca vazia e sem leitores (FLUSSER, 1980)

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Biblioteca infantil

Considerada a mais importante de todas por se tratar de um serviço vital para o futuro da Biblioteconomia como para o bem-estar social. Isto porque a criança de hoje é o leitor e o eleitor de amanhã. (FONSECA, 2007) Contemporaneamente, a conceituação de biblioteca infantil vem se expandindo, considerado um espaço dedicado ao atendimento de crianças, e seu acervo é formado por livros de literatura infantil e infanto-juvenil, jogos, dentre outros materiais recreativos e tecnologias interativas. (SANTOS, 2014) Por fim, exige-se companheirismo dos educadores e bibliotecários por unir conhecimentos na área de psicologia, pedagogia, literatura infantil, entre outras. A biblioteca infantil tem como missão despertar na criança o gosto pela leitura, assim, sendo instrumento para o seu desenvolvimento cognitivo. Como objetivo, familiarizar as crianças com os diversos materiais e tipos de livros, nas atividades de recreação. (SANTOS, 2014)

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Biblioteca Escolar ou Educacional … Dedicada a oferecer infraestrutura bibliográfica e audiovisual aos alunos e professores do Ensino Fundamental ao Médio. (CUNHA; CAVALCANTI, 2008) Deve funcionar como um verdadeiro complemento da sala de aula, fornecendo todo o material bibliográfico necessário às atividades escolares. Consiste num centro de recursos educativos, integrado ao processo de ensino e aprendizagem. E tem como objetivo desenvolver e fomentar a leitura e o acesso à informação. (SANTOS, 2014) A biblioteca escolar deve ser um centro dinâmico, que ofereça distintos recursos, e um serviço ativo de informação que sirva de elo entre o aluno e sua aprendizagem, além de contemplar às atividades dos docentes em sala de aula, e permitir a geração de impactos positivos no entorno da comunidade na qual está inserida. Este órgão auxiliar e complementar da escola deve ampliar a busca pelo conhecimento e se tornar um ambiente que facilite o livre acesso dos alunos aos livros, assim como fornecer todo apoio informacional ao pessoal docente.

Buscando a pluralidade do conhecimento, a biblioteca escolar deve ser vista como um local de liberdade, onde a escolha individual do usuário deve ser respeitada e eles possam abranger seus conhecimentos sobre o passado, presente e realizar projeções de futuro, sem limitações aos textos provenientes do programa curricular de suas escolas. (MENDONÇA, 2016)

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Biblioteca Universitária

Seu objetivo primordial é fornecer infraestrutura bibliográfica e documental aos cursos, pesquisas e serviços mantidos pela Universidade. Mantida por uma Instituição de Ensino Superior, precisa atender as necessidades de informações do corpo docente, discentes e administrativos nas demandas de ensino, pesquisa e extensão. Contemporaneamente, este tipo de biblioteca pode ser uma ou várias bibliotecas organizadas como um sistema ou rede. (CUNHA; CAVALCANTI, 2008)

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Biblioteca Especializada

As Bibliotecas Especializadas surgiram com o extraordinário desenvolvimento da Ciência e das Tecnologias. Denominação referente tanto à especialização das coleções ou ambientes particularizados como para tipologia dos usuários: docentes e pesquisadores diferenciados, pessoas com necessidades especiais, dentre outras especificidades. (FONSECA, 2007) As primeiras bibliotecas desta categoria foram as dos laboratórios das grandes empresas industriais, comerciais e de associações profissionais. Os acervos destas bibliotecas devem estar sempre atualizados e devidamente dotados de recursos informacionais e de um considerável acervo bibliográfico e um setor informatizado. (SANTOS, 2014) Nestas bibliotecas devem constar um considerável acervo bibliográfico atualizado, recursos informacionais e um setor informatizado, além, é claro, de publicações e materiais referentes ao patrimônio científico, cultural e tecnológico da entidade mantenedora. (SANTOS, 2014)

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Biblioteca Pública As Bibliotecas Públicas têm enormes compromissos sociais. Expressamente, é um serviço público do qual todos os segmentos e faixa etária da sociedade devem ser favorecidos: crianças, jovens, idosos, estudantes, pesquisadores, trabalhadores e donas de casa devem encontrar na biblioteca pública serviços e materiais que satisfaçam seus interesses de informação, seja para estudar, ler, informar-se, ou apenas para o entretenimento ou lazer. (FREITAS; SILVA, 2014) Pode funcionar como recurso ou fonte complementar para as demais categorias através de alguns de seus serviços prestados à comunidade, como o acervo disposto a coletividade de uma região, município ou estado, e, composição de todos os variados gêneros de interesse da comunidade a qual pertence. (CUNHA; CAVALCANTI, 2008) Possibilidade de atividades culturais: oficinas literárias, exposições, vídeos, fóruns, debates formas e informais, conferências, cursos de capacitação etc. (FREITAS; SILVA, 2014) Cabe a Biblioteca Pública o desenvolvimento cultural, com o fomento ao gosto pela leitura, apoia a educação formal e informal, divulgação do idioma nacional, preservação da memória, etc. Instituição voltada, principalmente à satisfação das necessidades informacionais e culturais da comunidade que atende. (SANTOS, 2014) Por fim, considerando a diversidade de usuários e as diferentes categorias de bibliotecas, a Biblioteca Pública pode funcionar como potencializadora de dinamismo vivo para a educação quer formal, informal ou popular, pelo caráter integrador desta instituição pública de massa e cultura.

25 Reflexões para os bibliotecários


Biblioteca Nacional

É a instituição responsável pela memória documental de um povo. Tem como finalidade a aquisição, reunião e preservação, por meio do Depósito Legal, da produção bibliográfica de determinado país. Algumas funções: a) compilar e publicar a bibliografia nacional corrente e bibliografias retrospectivas; b) manter coleções de documentos sobre o país; c) atuar como centro nacional de informação bibliográfica; d) organizar e manter os catálogos coletivos nacionais. (CUNHA; CAVALCANTI, 2008) A Biblioteca Nacional tem como objetivos básicos: a)reunir, preservar e difundir a documentação bibliográfica e audiovisual produzida no território nacional; b) reunir o que em qualquer parte se publica a respeito da nação; c) Coordenar a permuta nacional e internacional de publicação; d) Coordenar programas nacionais de aquisição de publicações estrangeiras; e) Coordenar a rede nacional de bibliotecas; e, f) manter catálogo coletivo nacional de livros e periódicos. (FONSECA, 2007) Pela especificidade de suas atribuições, a Biblioteca Nacional se resguarda a uma clientela/pesquisadores qualificados. (FONSECA, 2007; SANTOS, 2014)

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As bibliotecas na contemporaneidade e a inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação

É fato que conforme se pesquisa sobre as bibliotecas e sua evolução projeta-se a relação da formulação de cada categoria às necessidades de seus usuários e as tecnologias emergentes. Pesquisadores apontam que as bibliotecas, no caso as físicas, continuariam com a custódia dos materiais educativos sólidos, com destaque para os livros. Contudo, com a inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação, as bibliotecas se tornariam também gerenciadoras de linhas de comunicação com outros locais de conhecimento, com a condição de que as bibliotecas físicas controlassem a qualidade das bibliotecas virtuais, assim decidindo quais conhecimentos existentes em outras instituições mereceriam menção pelos selecionadores e hiperorganizadores da biblioteca local. (DERTOUZOS, 1997; CUNHA, 2000) Na segunda década do século XXI, visualiza-se que as expectativas dos pesquisadores na transição do século XX para o XXI foram superadas pelo dinamismo da Internet, assim se desenhando uma nova realidade: “não é mais o indivíduo que persegue a informação, mas as informações que soterram o indivíduo quando ele ousa acionar uma ferramenta de busca na internet” (MILANESI, 2002, p.51). Logo, diante deste contexto, emerge um novo sistema de informação, o eletrônico, contextualizando na Biblioteconomia uma nova realidade de acesso e uso da informação, as “bibliotecas sem parede”, que reúnem suportes não convencionais e facilitam a disseminação da informação em tempo real. Percebe-se que as bibliotecas eletrônicas, digitais, virtuais e híbridas podem ser empregadas para a organização e disseminação de forma mais eficiente desta busca frenética e avalanche de informação para os usuários. (BENÍCIO; SILVA, 2005)

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Biblioteca Eletrônica Agrupando-se às bibliotecas tradicionais, os sistemas de processamento básico se utilizam da eletrônica, como o emprego de máquinas, para o surgimento de bibliotecas eletrônicas, facilitando a construção de catálogos, índices e banco de dados on-line na busca de textos e recuperação de informação. (MARCHIORI, 1997)

28 Reflexões para os bibliotecários


Para Cunha (1999), diante do novo arranjo que as bibliotecas se apresentavam, a biblioteca digital é também conhecida como biblioteca eletrônica, termo preferido dos britânicos. Portanto, convencionou-se o termo “biblioteca eletrônica” ou “biblioteca digital” por reunir características das demais categorias de bibliotecas e possuir atributos especiais, a saber:

a

Acesso remoto pelo usuário, por meio de um computador conectado a uma rede;

b

Utilização simultânea do mesmo documento por duas ou mais pessoas;

c

Inclusão de produtos e serviços de uma biblioteca ou centro de informação;

d

Existência de coleções de documentos correntes onde se pode acessar não somente a referência bibliográfica, mas também o seu texto completo [...];

e

Provisão de acesso em linha a outras fontes externas de informação (bibliotecas, museus, bancos de dados, instituições públicas e privadas);

f

Utilização de maneira que a biblioteca local não necessite ser proprietária do documento solicitado pelo usuário;

g

Utilização de diversos suportes de registro da informação, tais como texto, som, imagem e números;

h

Existência de unidade de gerenciamento do conhecimento, que inclui sistema inteligente ou especialista para ajudar na recuperação de informação mais relevante. (CUNHA, 1999, p. 258)

Pela coexistência na biblioteca de materiais impressos e digitais, portanto, o tradicional e o eletrônico, percebe-se uma tendência para o uso do conceito de biblioteca híbrida, retratando a realidade das bibliotecas atualmente. Essa situação comprova ser “[…] uma consequência dos constantes avanços tecnológicos e uma prova de que informações impressas e digitais sempre existirão como formas de acesso à informação” (BENÍCIO; SILVA, 2005, p. 13)

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Biblioteca Digital

Esse ambiente é formado por um complexo de serviços e de coleções de conteúdos distribuídos e gerenciados de forma autônoma, contudo interoperáveis. (SAYÃO, 2009) Um espaço dinâmico, constituído de informações eletrônicas, com níveis diferenciados de granularidade, e serviços que possibilitam inúmeras configurações nas suas formas de disseminação e uma gama extraordinária de usos e reúsos para os seus estoques informacionais e para as representações correspondentes. (SAYÃO, 2009) A biblioteca digital proporciona o acesso em linha não somente a catálogos, mas se estende aos outros recursos eletrônicos existentes na própria biblioteca ou fora, como por exemplo, “índices e resumos bibliográficos, bases e bancos de dados, sistemas de CD-ROM, entrega de documentos, jornais eletrônicos, bases de dados de imagens”. A Biblioteca Digital é uma combinação de coleção de objetos digitais (repositório), descrições desses objetos (metadados), e sistemas que oferecem vários serviços, como captação, indexação, catalogação, busca, recuperação, provisão, arquivamento e preservação de dados ou informações direcionados a um conjunto de usuários. (CUNHA; CAVALCANTI 2008 apud SANTOS, 2014)

Merecem atenção para a implementação e construção de uma biblioteca digital, os recursos como: Bases de dados com links para os documentos em meio digital ou impresso; Ferramentas de indexação e localização; Coleções de informações com apontamentos para recursos da Internet; Diretórios; Fontes primárias nos vários formatos digitais; Fotografias; Conjunto de dados numéricos; Revistas eletrônicas; Livros eletrônicos; Vídeos; Músicas; Verbetes de assuntos temáticos. (ROSETTO, 2008, p. 105)

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Reflexões para os bibliotecários


Biblioteca Virtual

Chamada de biblioteca de realidade virtual ou “ciberteca”, é conceituada como um tipo de biblioteca que, para existir, depende da tecnologia da realidade virtual se permitindo criar o ambiente de uma biblioteca com salas, estantes e outros artefatos e ambientes. (MARCHIORI, 1997) A Biblioteca Virtual aponta para as fontes de informação sem, necessariamente, possuir a propriedade física das mesmas. (LEVACOV, 1997) Considerada uma economia baseada em serviços e voltada a ampliação de buscadores de informações, a Biblioteca Virtual parece ser uma resposta à redução constante das verbas para ampliar a coleção e manter as assinaturas das fontes informacionais. Contudo, a aquisição do equipamento necessário, bem como sua manutenção, as assinaturas e taxas de acesso a bases de dados externas, licenças e aquisição de CD-ROMs , representam um gasto inevitável. (LEVACOV, 1997)

Bibliotecas Híbridas

As bibliotecas híbridas devem dispor de uma gama de interfaces, com compartilhamento de recursos, diferentes tipos e formatos de suportes, como: catálogo, CD-ROM, disquete, serviços completos de textos impressos, sistema de reservas eletrônicas, grupo de dados, jornais eletrônicos e impressos, livros eletrônicos, livros para referência, coleções especiais, mapas, slides, gravações de áudio, vídeo etc. (SANTOS, 2014).

31 Reflexões para os bibliotecários


Biblioteca 2.0

Uma mídia interativa e colaborativa, com aplicativos como chat, blogs, wikis, RSS e outras ferramentas. (ROSA, 2008)

A Biblioteca 2.0 é uma aplicação das tecnologias baseadas na web para interatividade, centrada no usuário, na colaboração e na multimídia para os serviços e coleções ofertados pela biblioteca via Internet.

A Biblioteca 2.0 não está voltada para busca, e sim para localizar, não no acesso à informação, e sim em compartilhar informação (MANESS, 2007) A Biblioteca 2.0 torna-se uma presença multimídia que permite a interação de usuários, biblioteca e bibliotecários, todos interagindo um com o outro, servindo como meios para facilitar a experimentação dos novos serviços eletrônicos nas bibliotecas. (VIEIRA; CARVALHO; LAZZARIN, 2008) A Biblioteca 2.0 “[...] baseia-se na participação e interação entre usuários e bibliotecários, com a incorporação (técnica e social) dos serviços 2.0 em seus serviços tradicionais”. (GARCIA, 2009 apud BRITO; SILVA, 2010, p. 6)

32 Reflexões para os bibliotecários


Perfil da biblioteca contemporânea

Acesso local e remoto [intranet, Virtual Private Network (VPN) e internet] às coleções/acervo, por meio de catálogos, bancos e base de dados internos e externos, bibliotecas digitais e repositórios institucionais.

Desenvolvimento da competência em informação na equipe da biblioteca, enfocando a aprendizagem contínua.

Armazenamento de conteúdos eletrônicos e digitais em servidores que possibilitam a recuperação da informação em redes de computadores distribuídos. Ambiente híbrido composto por mídias, suportes e conteúdos impressos, eletrônicos e digitais. Preservação de conteúdos relevantes, por meio de digitalização, utilizando para isso de distintos tipos de tecnologia, proporcionando ao público usuário, diferentes maneiras de acesso e recuperação. Representação de materiais e conteúdos, por meio da aplicação de formatos e modelos que contemplem a cooperação de dados (Z39.50). Linguagem documentária e natural, por meio da aplicação de classificações, tesauros, terminologias, taxonomias, folksonomias e ontologias.

Desenvolvimento de programas de competência em informação no público usuário, propiciando condições para o acesso, apropriação e uso de informação, para a construção de conhecimento. Implementação de tecnologias que proporcionam eficiência aos serviços bibliotecários. Implementação de tecnologias que proporcionam a autonomia dos usuários, no que tange ao acesso e à recuperação da informação, bem como à interatividade e ao uso do espaço da biblioteca. Ambiente customizado, visando privilegiar os espaços de interação entre o usuário e a informação. Serviços e produtos informacionais customizados, podendo ser gratuitos ou pagos, dependendo do tipo de público usuário. Aquisição planejada e dirigida de conteúdos informacionais, visando atender às demandas e necessidades da comunidade usuária.

Uso de tecnologias assistivas para portadores de necessidades especiais. Administração centrada na gestão da informação e do conhecimento.

Produção de conteúdos informacionais voltados ao público usuário. Fonte: Ribeiro e Ferreira (2016).

33 Reflexões para os bibliotecários


PARTE I.2

Usuários e bibliotecários contemporâneos

As bibliotecas antes do advento da internet constituíam-se de um dinamismo pautado na guarda física dos livros e documentos no próprio ambiente informacional, para ali, serem disponibilizados aos usuários para consultas e pesquisas.

Na contemporaneidade, historia-se que o grande desafio do profissional da informação se centra no incentivar e estimular os usuários a desenvolver com os instrumentos que a biblioteca dispuser seus próprios questionamentos e descobertas informacionais.

34 Reflexões para os bibliotecários


Estudo de Usuários de Unidades Informacionais

Historicamente, a definição de estudo de usuário inclina-se primeiramente ao tipo de estudo, centrando-se nos sistemas ou centros de informação: utilizações, planejamentos ou avaliações, ou no usuário propriamente dito, como buscam, usam e constroem informação, visando satisfazer suas necessidades. Em segundo ponto, é relativa à natureza do estudo que pode ser quantitativa ou qualitativa. (CARVALHO, 2016). Com o aparecimento das tecnologias de informação e comunicação, o conceito de usuários de biblioteca começa a ganhar outros olhares. Nas antigas bibliotecas, existiam leitores que passavam horas lendo e refletindo dentro da biblioteca. Hoje, este leitor tornouse um usuário por não buscar somente livros, mas vídeos, CD ROMs, reproduções sonoras, materiais iconográficos, microfilmes, etc. Com isso, o usuário acessa o acervo e entrar em contato com o bibliotecário através da internet de qualquer parte do mundo. (MORIGI; SOUTO, 2006). O bibliotecário precisa conhecer sua comunidade quer institucional quer externa, para tanto, necessário se faz constantes estudos de usuários por se assinalar como “[...] uma investigação que objetiva identificar e caracterizar os interesses, as necessidades e os hábitos de uso de informação de usuários reais e\ou potenciais de sistema de informação”. (DIAS; PIRES, 2004, p. 11)

35 Reflexões para os bibliotecários


Categoria de usuários segundo estudo em sistemas de acesso à informação

Considerando os sistemas de recuperação de informação mais precisos e eficientes para os usuários, os profissionais reconhecem a existência de categorias de diferentes usuários, relacionada a faixa de experiência com o sistema de acesso à informação, como: Novatos, experientes, ocasionais, frequentes, crianças, idosos e usuários com necessidades especiais, todas podendo serem enquadrados em mais de uma categoria e nenhuma delas ser mutuamente excludente. (ROWLEY, 2002)

36 Reflexões para os bibliotecários


Formatos de usuários das Instituições de Ensino Superior

Os usuários presenciais são os pesquisadores, discentes e docentes que se encontram geograficamente próximos à sede física da biblioteca das instituições de ensino, estes, ao buscar informação podem ou não procurar o intermédio do profissional da informação. (GARCEZ; RADOS, 2002) Os usuários off campus, condizentes a nomenclatura, são os pesquisadores, estudantes e professores distantes geograficamente da biblioteca do campus, porém pertencentes a algum programa institucional quer ensino, pesquisa ou extensão. Para estes usuários, o procedimento de busca pela informação se inicia via internet, correio eletrônico, telefone, canais de comunicação social e até por bibliotecas consorciadas. (GARCEZ; RADOS, 2002)

Bibliotecas participantes e cooperantes Bibliotecas que também são usuárias e prestam atendimento, simultaneamente, tanto a seus usuários presenciais, off campus e remotos, bem como às bibliotecas que participam de sistemas de rede. (GARCEZ; RADOS, 2002)

A diferença dos usuários off campus e remotos é que os últimos podem ou não serem vinculados a instituição mantenedora da biblioteca (GARCEZ; RADOS, 2002). Estes usuários utilizam e usam as tecnologias de informação e comunicação para a busca da informação a qualquer hora. Formato que permite que o usuário descubra seu momento, seu próprio ritmo, repetindo ou cancelando, explorando ou expandindo seu foco de pesquisa, conforme suas necessidades e estado de espírito. (FERREIRA; CARVALHO, 2012)

37 Reflexões para os bibliotecários


Comportamento Informacional

A expressão comportamento informacional centrada no usuário identifica-se como abordagem cognitiva, social e multifacetada. (COSTA; ALMEIDA JUNIOR, 2010) Abordagem cognitiva examina o comportamento do sujeito a partir do conhecimento, convicções e crenças que medeiam às percepções de mundo. A social baseia-se nos significados e valores que as pessoas atribuem aos vários contextos. A abordagem multifacetada integra múltiplas opiniões para a compreensão do comportamento informacional. (PETTIGREW; FIDEL; BRUCE, 2001 apud GASQUE; COSTA, 2010) Como paradigma social, torna-se uma tarefa árdua a transformação de não usuário e usuários potenciais em usuários efetivos. Desse modo, o centro de informação precisa desenvolver atividades que façam parte do cotidiano do usuário, atraindo-o e estabelecendo diálogos e construções coletivas e plurais, como questões de saúde, cultura e lazer, utilidade pública e trabalho, além de outros assuntos referentes à realidade cotidiana dos usuários. (CARVALHO, 2016) Por fim, sinteticamente, os profissionais da informação precisavam buscar característica nos novos estudos de comportamento de usuários, acentuando um patamar de posicionamento, como: Observar o ser humano como sendo construtivo e ativo;

Focalizar os aspectos cognitivos envolvidos;

Considerar o indivíduo como sendo orientado situacionalmente;

Analisar sistematicamente a individualidade das pessoas;

Visualizar holisticamente as experiências do indivíduo;

Empregar maior orientação qualitativa (DERVIN; NILAN, 1986).

38 Reflexões para os bibliotecários


Objetivos possíveis de estudos: Caracterizar o comportamento do usuário quando busca ou utiliza a informação; Identificar o uso de canais formais, semiformais e informais; Reconhecer as necessidades de informação através de perfis de usuários; Elaborar programas de treinamentos para o usuário; Avaliar a eficácia da biblioteca; Identificar a produção intelectual do usuário; Planejar, avaliar ou melhorar os serviços e produtos. (GIRALDO, 2000 apud COSTA; ALMEIDA JÚNIOR, 2012).

Concluindo, a prática de estudo de usuários leva o profissional da informação a conhecer e aproximar-se do contexto e da realidade de seus usuários, assim como, inflamar o usuário a estender sua óptica a direções pouco ou nunca explorados. (FERREIRA; CARVALHO, 2012)

39 Reflexões para os bibliotecários


A interatividade nas bibliotecas de Instituições de Ensino Superior A interatividade com a usabilidade das TIC se permite via diversas ferramentas, assim pode se projetar como uma série de processos diferenciados que ocorrem em relação à máquina, à publicação e à coletividade por meio do computador conectado à internet. (MESO et al, 2011) Cabe aos profissionais da informação estudar, experimentar e explorar as tecnologias da Web 2.0, centrando na proporcionalidade que ela dispõe quanto à facilidade do acesso e ampliação do uso da informação. A Web 2.0 “[...] é um novo espaço para acessar, organizar, gerenciar, tratar e disseminar a informação, conhecimentos e saberes”. (BLATTMANN; SILVA, 2007) A Biblioteca Universitária imprime grande potencial para a adoção de um perfil proativo em relação a uma colaboração mais ativa dos seus usuários. Isso pode se perfazer tanto na perspectiva de atender às necessidades individuais de cada sujeito quanto no fortalecimento da participação coletiva, com troca, debate e produção coletiva de ideias e desenvolvimento de atividades. (SANTOS; FREITAS; GOMES, 2018)

40 Reflexões para os bibliotecários


BIBLIOTECÁRIOS CONTEMPORÂNEOS: missão, habilidades e competências Identificação da Missão do bibliotecário No Renascimento, por haver relativamente poucos livros, missão do bibliotecário, procurá-los e reuni-los; No século XIX, tornando-se o livro socialmente imprescindível, tem o bibliotecário por missão “promover a leitura e buscar leitores”. Contemporaneamente, cabe ao bibliotecário a missão de filtrar as informações e repassá-las conforme as necessidades informacionais dos usuários. (ORTEGA Y GASSET, 1935 apud FONSECA, 2007)

41 Reflexões para os bibliotecários


Inquietações do Profissional da Informação: reflexões Que perfil de bibliotecário tem? Deves buscar adaptações para complementação de suas habilidades e competências quanto ao seu formato profissional? Quais outros conhecimentos e práticas precisam para evidenciar a unidade de informação na qual atua? O que nossos usuários/clientes reais e potenciais esperam do profissional da informação? O que podemos proporcionar aos nossos parceiros e vice-versa? Quais são os nossos produtos informacionais? Quais os tipos de unidades de trabalhos existem atualmente e quais sobreviverão? Quais serão as competências e habilidades necessárias ao profissional da informação que a sociedade precisará no futuro? (VALENTIM, 2000)

42

Reflexões para os bibliotecários


O que é ser um bibliotecário hoje?

Um profissional que projete:

Visão política na área da informação;

Flexibilidade;

Uso da informação para vantagem competitiva;

Visão gerencial; Coragem para enfrentar riscos;

Uso da informação para o desenvolvimento social e humano;

Criatividade;

Treinamento em recursos informacionais;

Liderança;

Espírito investigativo;

Dinamismo;

Ação investigativa;

Responsabilidade;

Atuação interdisciplinar;

Compromisso com a abertura de novos mercados de trabalho ; Objetividade e crítica: clareza, precisão e concisão;

Profissionalismo;

Agilidade mental;

Ética;

Motivação interna para desfrutar do trabalho como recompensa pessoal;

Visão interdisciplinar;

Conhecimentos sobre organização do conhecimento;

Habilidade para a solução de problemas e capacidade de análise (GUIMARÃES, 1998 apud WALTER, 2008).

43 Reflexões para os bibliotecários


Apoderamento dos bibliotecários para uma atuação efetiva na unidade informacional

Ações proativas e estratégicas

O bibliotecário, na contemporaneidade, precisa direcionar atenção para o contexto onde atua e para aqueles com possibilidades de atuação numa sinergia contínua e provocadora. Compõem o fazer profissional: “o contexto interno, referente aos conteúdos desenvolvidos na formação acadêmica e sua apropriação” e o “contexto externo, norteado pelo nível de autonomia que o profissional possui para atuar, conforme os desideratos da cultura organizacional e pela necessidade de ocupação de novos espaços”. (CARVALHO, 2016, p. 72). É emergente o deliberado incentivo à qualificação continuada em questões cotidiana do fazer profissional, com maior propriedade na “[...] gestão em informação em bibliotecas, tecnologias aplicadas a bibliotecas, dinamização de acervos, mediação da informação em bibliotecas, uso de fontes de informação gerais e especializadas; físicas e digitais etc”. (CARVALHO, 2016). Para que o profissional bibliotecário se aproprie do espaço e contexto para a concretização de uma unidade informacional colaborativa, cooperante e interatividade, precisa ressignificar, pessoalmente e contextualmente, o ser profissional em Biblioteconomia, automotivar-se no querer mudar a imagem profissional e científica. Por isso, também, afetar diretamente a instituição na qual atua e mostra aos usuários a importância do grau de pertencimento deste na unidade de informação, habilitando-os a se fazerem cooperantes e participantes da biblioteca. (SILVA, 2009) O bibliotecário para se apropriar do corpus integrador da biblioteca contemporânea precisa compreender que necessita percorrer um árduo e longo caminho, podendo iniciar pelo apontar em si o sentido do ser profissional em Biblioteconomia e identificar suas competências e habilidades, para além: fazer investigações/pesquisas científicas e técnicas, com a finalidade de programar ações e projetos no ambiente onde atua, dar publicidade as realizações da biblioteca e das parcerias, cooperar e colaborar com pesquisas diversas quer em sua área ou em outras afins e trabalhar de forma compartilhada e cooperante com seus pares, afunilando assim percepções e perspectivas futuras correlatas as demandas da Biblioteconomia.

44 Reflexões para os bibliotecários


Ferramentas em potencial para a Biblioteca: conhecendo e visualizando as possibilidades

A biblioteca do Século XXI é uma oficina comunitária, um espaço cheio de ferramentas de economia de tempo de busca, de uso, de troca de conhecimento e de práticas profissionais contextualizadas e atuais.

(RESNICK, 2014 apud MARCIAL 2016, p. 43)

45 Reflexões para os bibliotecários


PARTE II

Cada tempo, mídias diferentes, contextos diferentes, usabilidade diferente e percepções particularizadas…

Um estudante entra na biblioteca e dirige-se ao balcão de informações. Ele expõe o problema: quer saber o que existe ali sobre Villa-Lobos. Quem o atende aciona alguns botões, faz perguntas, manipula um teclado, fazendo surgir num visor uma série de indicações. Biografias do músico? Existem cinco no acervo. Quer consultá-las? Vai levar alguma para casa? Não vai precisar do catálogo de obras do compositor? Só para consulta, não pode ser levado para casa. Quer uma cópia? E discos? Obras pianísticas? Especifique. Consulte antes o catálogo de obras. Há, também, um documentário em vídeo, além das partituras, claro[...]

(MILANESI, 1983, p. 8-9)

Uma estudante entra na biblioteca, registrando o nome em setor específico, dirigise ao balcão de atendimento. Expõe a temática a ser pesquisada. Quem a atende, prossegue a pesquisa, logo, consulta o catálogo que é restrito aos atendentes. Posteriormente, a atendente adentra nos corredores das estantes com os livros. Pouco tempo depois, conforme o caso, traz a enciclopédia e uma ou duas obras, no máximo, caso exista sobre a temática. Somente consulta local! Informa[...]

(LOPES, 2018)

46 Reflexões para os bibliotecários


Inserção das Tecnologias de Informação e Comunicação na Biblioteca

A biblioteca deve ser […] um lugar para além de “quatro paredes”, de múltiplas centralidades física e digital, de acesso universal. É ainda o lugar da gestão como prática social do uso de tecnologias e documentos como estímulo plural à produção de conhecimento, dos serviços/produtos como prática de autonomia junto à comunidade de usuários. A biblioteca na contemporaneidade é, sobretudo, um lugar de estímulo à prática sustentável em diversos níveis[...]

(CARVALHO, 2016, p. 38)

47 Reflexões para os bibliotecários


CHAT

Como ferramenta de mensagens síncronas, ou IM (Instant Menserger), ou IRC (Internet Relay Chat), ou simplesmente Chat, permite a comunicação em tempo real entre os indivíduos. (ROSA, 2008)

Disponível em: < https://www.jivochat.com.br/?partner_id=18140&pricelist_id=9&lang=pt>

48 Reflexões para os bibliotecários


CHAT Utilização e modelagem

Percalços na utilização da ferramenta

Potencial da ferramenta:

Desvantagem da Ferramenta:

O Chat promove e facilita a comunicação entre o usuário e o profissional da informação, bem como a aproximação entre ambos. O Chat possibilita assistência especializada e personalizada, quer pessoal quer remota, aos usuários que buscam informação.

Falta de estrutura da interface pela singularidade de permitir que várias pessoas se comuniquem simultaneamente.

Sugestões para os percalços na utilização:

Um aspecto importante da utilização do Chat se projeta na possibilidade de armazenamento de cópias de debates. Através desta ferramenta, os utilizadores podem inserir perguntas e informações específicas envolvendo pesquisas, estudos, indicações ou questões casuais como, horário de funcionamento, localização de materiais, informações sobre eventos vindouros entre outros (ROSA, 2008). O Chat tem grande potencial no auxílio ao usuário com dificuldades em localizar a informação.

Criação de regras por parte do bibliotecário: clareza nas instruções prévias, definição de regras de convivência, redução do número de participantes, horário predefinido de atendimento entre outros. Para ajudar o usuário com necessidades especiais com dificuldades em localizar informação, pode, sincronicamente, emergir na tela um assistente, enriquecendo o desenvolvimento das interfaces e os processos técnicos de unidades de informação (MANESS, 2006 apud ROSA, 2008).

Possibilidades do uso: Pode configurar como um espaço onde o bibliotecário dialogue de modo informal, possibilitando o aprendizado e a troca de experiência entre ele e o usuário, eliminando barreiras existentes (ROSA, 2008).

Vantagens desta ferramenta:

1

Possibilidade de comunicação com pessoas potencialmente distantes, sem nenhum inconveniente. Com esse serviço desaparecem as barreiras geográficas e o conceito de contexto social em que habitualmente nos movemos e se converte no conceito de aldeia global;

2

O computador, ao desfavorecer a comunicação humana, eliminando o componente afetivo, oferece um novo tipo de comunicação mais rica em possibilidades, mais completa e mais criativa;

3

O Chat torna-se uma possibilidade aberta em tempo real que ajuda a localização rápida e precisa da informação sobre um determinado tema (ORTEGA; ISLA; PAVÓN, 2000 apud ROSA, 2008, p. 34).

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Reflexões para os bibliotecários


Blog/Weblog/ Microblog

“ “

Os Blogs são ferramentas possíveis de editar textos se deixando estruturar pelo usuário conforme suas necessidades e criatividade (BLATMANN; SILVA, 2007). Os blogs são páginas web de construção simples, produzidas por um indivíduo, grupo ou instituição, dedicadas a um determinado tema e que apresentam seus arquivos organizados cronologicamente, tematicamente ou juntando as duas características. Podem ter formato: Textuais – apresentam notadamente informações; Fotográficos/fotologs – seus conteúdos são fundamentalmente constituídos por fotografias, com pequenos textos acompanhados de comentários; Audivisual/videoblogs – formados basicamente por vídeos, nos quais postam músicas, aulas, entrevistas e fazem comentários (PEREIRA, 2011).

Os microblogs como uma versão reduzida do blog pode ser atualizados por postagens curtas e frequentes, compartilhando fragmentos de informações, permitindo que as atualizações sejam mais rápidas e práticas, consequentemente, a informação circulando em tempo real e de modo mais veloz (RUFINO; TABOSA, 2010 apud PEREIRA, 2011). Disponível em: <https://www.blogger.com/about/?hl=pt-BR>

50 Reflexões para os bibliotecários


Blog/Weblog/ Microblog Utilização e modelagem

Percalços na utilização da ferramenta

Potencial da ferramenta:

Desvantagem da Ferramenta:

Dinamicidade na publicação de conteúdos, corroborando na filosofia de participação e colaboração da Blogosfera. O Weblog torna possíveis publicações de informações, ideias, notícias, imagens, links etc.(ROSA, 2008). O Blog viabiliza a criação de recurso pedagógico e estratégia educativa. Esta fisionomia informacional proporciona reflexões, gerando discussões e troca de ideias na Rede que, por sua vez, contribui para a geração de mudanças nos papéis desempenhados pelos usuários (GOMES, 2005 apud VIEIRA; CARVALHO; LAZZARIN, 2008). Os blogs implementam maior tráfego no sítio da biblioteca, assim, “[...]quebrando as barreiras de comunicação, incentivando a colaboração e participação em projetos da universidade de forma ativa, gerando novas ideias no conjunto bibliotecário e o usuário, e acima de tudo, detendo o poder de persuadir no sentido de mudar a opinião pública” (VIEIRA; CARVALHO; LAZZARIN, 2008, p. 6).

De forma geral, considerando os diferentes formatos de usuários das IES, quanto à segmentação por idade, áreas de conhecimentos, nível de titulação e culturas diversas, deve-se ter maior preocupação com o estilo de escrita, a finalidade do Blog e perspectivas futuras, com propósito de contemplar o vasto público diversificado presente na biblioteca.

Sugestões para os percalços na utilização: Mobilização da equipe da biblioteca na atualização da página, com possibilidade para rotatividade de manuseio e visualização na plataforma. Conforme habilidade e formação do pessoal da equipe da biblioteca, delegar pessoas específicas para o manuseio e atualização do Blog.

São considerados excelentes meios de comunicação de massa, devido ao livre acesso na internet (ROSA, 2008).

Vantagens desta ferramenta:

1

Na plataforma de criação do blog, podem-se reunir várias outras ferramentas, como: Podcast, You Tube, wiki, RSS, Chat e outros.

2

Simplicidade do uso;

3

A utilização de Blogs nas unidades de informação tem facilitado o intercâmbio entre bibliotecas, leitores e com outros blogs.

51 Reflexões para os bibliotecários


Possibilidades do uso: Divulgar informação sobre serviços e novidades da biblioteca; promover leituras; valorizar a coleção; disseminar seletivamente a informação (RSS); trocar experiência e conhecimentos e aprender coletivamente. Um blog pode proporcionar um fórum para os bibliotecários educarem seus usuários e ser u m espaço ideal para a d ivulgação d e notícias e outras informações; Possibilidade de criação de redes internas, ramificando conjuntos temáticos d e blogs, permitindo encontrar mecanismos de atração para os membros e visibilidade da biblioteca junto à comunidade. Os bibliotecários podem utilizar o blog para compartilhar informações com colegas de todo o mundo, construir comunidades e promover-se; Os bibliotecários que fazem uso dos blogs podem aprimorar suas habilidades de escrita. (BRAGA et al., 2016) Como microblog mais conhecido na atualidade, o Twitter pode ser utilizado para a disseminação de informação específica, compartilhando e a comunicando p or notificações curtas em tempo real (PEREIRA, 2011).

52 Reflexões para os bibliotecários


wikiHow

É “uma coleção livremente expansível de páginas Web interligadas em um sistema de hipertexto para armazenar e modificar informação - um banco de dados, onde cada página é facilmente editada por qualquer usuário com um browser” (LEUF; CUNNINGHAM, 2001 apud BLATTMANN; SILVA, 2007, p. 201-202).

Disponível em: <https://pt.wikihow.com/Criar-uma-Wiki>

53 Reflexões para os bibliotecários


wikiHow Potencial da ferramenta: Sugestões para os percalços na utilização:

• Os wikis permitem maior interatividade por meio da colaboração entre os editores; • Mais apropriados no uso educacional; • Inserção constante de novos textos e correções, sem autorização prévia de editor anterior. • A ferramenta no contexto da unidade informacional se potencializa na socialização e interatividade dos partícipes da biblioteca, na disseminação de ações e registros, bem como na imagem da unidade de informação e por sua flexibilidade: abertura, organicidade e incrementação por porte dos usuários.

-Atualização constante da página wiki, para que todos percebam os benefícios de entrar e colaborar no sistema; - Designar e responsabilizar pessoas pela segurança, disseminação e infraestrutura do projeto.

Desvantagem da Ferramenta: No meio corporativo/institucional para assegurar o funcionamento do sistema wiki, faz-senecessário: a)Massa Crítica: é necessário que um número significativo de membros da empresa estejam dispostos, capacitados e utilizem o sistema para que ele traga os resultados esperados; b) Cultura: só funcionará “se” na organização, de fato, existir pessoas com interesse e desejo em colaborar; c) Atualização: atualização constante para que todos percebam os benefícios de entrar e colaborar no sistema.

Vantagens desta ferramenta: Investimento: os wikis são baseados em software livre e podem ser hospedados em servidores de baixo custo, o que significa baixo investimento inicial. • Wiki pode ser um blog; • São textos on-line escritos em ordem cronológica com a existência de espaços para comentários; • Os wikis são mais flexíveis; • A maioria inclui característica de busca; • Facilidade de interação e participação; • Possuem agregadores de notícias (RSS), indexação (tagging) na recuperação interna (busca nas páginas) e externa de conteúdos (via Google), possibilidade de inserir outras mídias e formatos (apresentações, documentos, entrevistas, filmes), fórum de discussão, além de visualizar e monitorar a participação dos participantes. O uso da ferramenta possibilita a troca de ideias, a melhoria contínua na revisão de materiais, a visibilidade de conteúdos e satisfação dos participantes (BLATTMANN; SILVA, 2007, p. 205).

Possibilidades do uso: a) O bibliotecário pode enviar alguns termos em áreas específicas para que os alunos possam desenvolvê-los na edição de texto; b) Os usuários podem trabalhar em grupos, editando textos de forma colaborativa; c) Os usuários podem adicionar nos wikis os resultados de pesquisas ou opiniões quanto a futuros eventos, projetos e ações a serem realizados pela biblioteca, compartilhandoas com os participantes; d) Um wiki pode ser usado como portfólio mostrando a evolução de um projeto executado dentro da biblioteca. e) Como guia de recursos, edição de manuais e documentos colaborativos, guia de leituras recomendadas, formação de usuário. d) Oferece acesso aos recursos informacionais, assinaturas de periódicos.

54 Reflexões para os bibliotecários


RSS/Feed

Um aplicativo agregador para publicação de informação voltada especialmente para “[…] captura automática e distribuição de conteúdos de sítios Web, normalmente usado para distribuição de conteúdos atualizados com certa frequência” (ALMEIDA, 2007 apud VIEIRA; CARVALHO; LAZZARIN, 2008, p. 7).

Disponível em: <http://feed43.com/upgrade.html#personal>

55 Reflexões para os bibliotecários


RSS/Feed

Potencial da ferramenta:

Desvantagem da Ferramenta:

Explorado e implementado em ferramentas, como: blogs, sites, intranets, home Pages, Redes Sociais, assim como em bibliotecas, no intuito que o usuário tenha a possibilidade de selecionar o material relevante ao seu perfil;

A depender do número de pessoas na equipe da biblioteca, pode ser difícil a realização periódica de inserção de conteúdos e diagnósticos da usabilidade da ferramenta.

Permite o acompanhamento por parte do usuário em tempo real, sem que precise acessar o local no qual a informação está inserida.

Sugestões para os percalços na utilização:

Comprimidos os conteúdos, o usuário se permite avaliar de forma rápida e produtiva as novidades endereçadas ao mesmo pela biblioteca (VIEIRA; CARVALHO; LAZZARIN, 2008).

Antes da adoção do serviço de RSS pela biblioteca, faz-se necessário um prognóstico do contexto e das necessidades dos usuários.

Possibilidades do uso: “O uso de RSS em bibliotecas pode possibilitar que o usuário tenha acesso a informações filtradas de acordo com seus interesses e atualizações em tempo real” (ROSA, 2008, p. 36). Permite que as bibliotecas desempenhem o papel de agregar conteúdos, disponibilizando desde informações como horários, produtos, serviços, a informações referenciais como a criação de canais que avisam e compartilham novidades bibliográficas, projetos e artigos produzidos pela própria biblioteca ou seus usuários (CRISTIANE; SUELEM, 2012).

Planejamento prévio dos objetivos e metas requeridas do serviço de RSS, considerando: - Perfil dos usuários existentes (estudantes, pesquisadores, professores etc.); - Tipo de material que terá o serviço (Periódicos, catálogo, vídeos, etc.); - Rotulação do serviço (linguagem compreensível pelo usuário) - Tipo de agregador (On-line ou Software); - Localização do serviço na biblioteca (Home Page, Catálogo, site, blog etc.).

Vantagens desta ferramenta: Na biblioteca, podem contribu -Mostrar a abrangência das fontes disponíveis na biblioteca; - Familiarizar o usuário nos serviços da biblioteca; - Informar ao leitor os novos títulos incluídos no catálogo; - Melhorar os serviços de alerta e de disseminação seletiva da informação; - Possibilitar autonomia no usuário, liberdade de escolher a informação pertinente ao seu interesse; - Distribuir e organizar informações específicas; - Otimizar o tempo gasto pelo bibliotecário nos serviços de DSI tradicional (o serviço se automatização); - Emitir relatórios estatísticos da usabilidade; - Reduz o tempo dedicado à pesquisa bibliográfica, o usuário pode incluir e excluir agregadores, conforme relevância atual (ROSA, 2008).

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Reflexões para os bibliotecários


Fórum de discussão Apresenta-se como uma ferramenta complementar aos serviços oferecidos pelas unidades de informação, nesse sentido, possibilita construir um ambiente dinâmico, criativo, interativo e educativo.

Normalmente, os fóruns de discussão são temáticos e permitem a avaliação dos integrantes quanto à participação, interatividade e troca de conhecimentos (ROSA, 2008).

Disponível em: <https://www.forumeiros.com/>

57 Reflexões para os bibliotecários


Fórum de discussão

Desvantagem da Ferramenta:

Potencial da ferramenta:

Mensurar possíveis ações da biblioteca na busca de vantagens e desvantagens destas ações. Avaliar a interatividade entre a biblioteca e os usuários.

Enfrentamento do desconhecimento dos usuários da publicação dos fóruns e consequentemente pouco resultado na discussão.

Sugestões para os percalços na utilização:

Vantagens desta ferramenta: Os profissionais da informação podem construir, proporcionar e agregar fóruns de discussão em outras ferramentas sociais e tecnológicas, como os blogs e os wikis (BRAGA et al, 2016).

Prévia publicidade da temática a ser discutida e elencar requisitos de ranques nos resultados. Encadear a discussão à implementação ou aquisição de materiais/recursos para os usuários da biblioteca.

Possibilidades do uso:

Este instrumento pode possibilitar aos profissionais de informação: Criar vários fóruns de discussão para cada área de atuação atendendo a diversos tipos de usuários ou potenciais usuários; Disponibilizar lista de fóruns de outras instituições com resumos da temática em discussão; Promover troca de conhecimentos; Proporcionar a comunicação entre indivíduos em qualquer parte do mundo; Avaliar os integrantes, a interatividade e a troca de conhecimento, motivando-os a maiores participações (ROSA, 2008). Esta ferramenta pode participar ativamente na consulta, articulação e mensuração de propostas oferecidas para o desenvolvimento cultural e educacional da comunidade onde a biblioteca está inserida.

58 Reflexões para os bibliotecários


MASHUPS De forma consensual entre os pesquisadores, é uma aplicação da web que combinam dados e tecnologias de diferentes programas em uma única ferramenta.

São conjuntos de aplicativos interativos que integram dados e serviços Web, utilizando o conteúdo de mais de uma fonte para criar um novo serviço (ROSA, 2008). A própria Biblioteca 2.0 é um exemplo de Mashups pelo acoplamento de um conjunto de ferramentas sociais, comunicacionais e tecnológicas (OLIVEIRA; SILVEIRA, 2013).

59 Reflexões para os bibliotecários


MASHUPS Desvantagem da Ferramenta:

Potencial da ferramenta: Integração e combinação em uma única ferramenta de wikis, blogs e redes sociais, bem como a adição de streaming média e mensagens instantâneas, permitindo riqueza de conteúdo, interatividade e atividade social (SERPA, 2015).

Conhecimento em programação: necessidade do trabalho em conjunto, bibliotecário, técnicos da Tecnologia de Informação e Programadores na construção do serviço usando a ferramenta Mashups.

Vantagens desta ferramenta:

Sugestões para os percalços na utilização:

Esta ferramenta pode ser integrada a diversos sites, a exemplo do Flickr e do Youtube, que trazem também outras mídias, proporcionando atitudes nos usuários com vista ao aproveitamento da inteligência coletiva, fazendo com que os usuários colaborem através de conteúdos sociais de forma diversificada (BRITO; SILVA, 2010).

Possibilidades do uso:

Ver formação da equipe e treinamento junto a TI para a construção de um serviço específico para a biblioteca com pessoa(s) da equipe, pois uma vez confeccionado, viabiliza a implantação na biblioteca pelo participante neste produto/serviço, facilitando o repasse para os demais integrantes da biblioteca.

Na junção de duas ou mais ferramentas, pode-se criar um novo produto ou serviço para a biblioteca: Com a aplicação da ferramenta Mashup, torna-se possível a localização da biblioteca utilizando-se do serviço Google Maps. Possibilidade de integração de diversas ferramentas, como: pontador (brasileiro), digg map, mapofvideo e world of Nirvana, dentre outros para a construção de funcionalidades voltadas às necessidades dos usuários, como exemplo: o mapof vídeo faz a junção de mapas, vídeos e wikipédia, já o apontador é utilizado para conhecer amigos e guias turísticos.

60 Reflexões para os bibliotecários


Redes Sociais

As Redes Sociais são os serviços mais promissores das tecnologias, o MySpace, Facebook, Frappr, Delicious e o Flickr são as mais populares da web 2.0, onde os usuários compartilham vidas, personalidades e outros recursos da web para ligar pessoas (ROSA, 2008). O Flickr, Facebook, Twitter e Google possuem relações em grupos, de interesses comuns, direta e indiretamente, assim, gerando o partilhamento por todos e o compartilhamento para todos (JESUS; RUFINO; SILVA, 2014). O Facebook permite a expressão, comunicação e a criação de perfil, assim como o MySpace, chamadas de serviços da web social (ROSA, 2008). No LibraryThing, os usuários rotulam livros. No Flickr, os usuários etiquetam figuras (VIEIRA; CARVALHO; LAZZARIN, 2008).

Disponíveis em: < https://myspace.com/> < https://pt-br.facebook.com/> <https://www.librarything.com/>

61 Reflexões para os bibliotecários


Redes Sociais Potencial da ferramenta: A biblioteca pode utilizar o Flickr para divulgação de registros de eventos, criação de álbuns dos ambientes da biblioteca, divulgação de acervo, exposições, coleções, entre outros (ROSA, 2008). Sendo assim, o Flickr é um aplicativo on-line de gestão e compartilhamento de fotos que permite fazer upload a partir da área de trabalho do usuário, e-mail ou telefone com câmera (PEREIRA, 2011). No MySpace, o usuário pode adicionar fotos, Blogs, permite a criação de perfil, além da ferramenta possuir um sistema interno de e-mail, fóruns e grupos. No contexto da biblioteca, a ferramenta possibilita a visualização no seu espaço da história da biblioteca, os contatos, campo de atuação e um link para consulta ao catálogo. O Delicious permite que o usuário adicione e pesquisa bookmarks sobre qualquer assunto na Web, além de criar perfis e grupos. No contexto da Biblioteca, o Delicious, como ferramenta de busca na web, possibilita arquivar e catalogar sites para serem disponibilizados para os usuários, posteriormente, via on-line. A plataforma Delicious permite a participação coletiva dos usuários ao colocarem seu Social Boolmark (marcador social) como forma de armazenar, classificar e compartilhar enlaces na internet, a partir de um serviço on-line de catalogação e arquivamento dos sites preferidos, para acessá-los de qualquer lugar. O Social Bookmark permite encontrar usuários com o mesmo interesse e sites relacionados com os que foram marcados, potencializando o compartilhamento e a colaboração na Web. Na biblioteca, o Facebook pode possibilitar a divulgação da biblioteca com a criação de perfil com foto, listas de eventos, contatos, link para página da biblioteca, atuação da biblioteca, grupos e comunidade que compõe a biblioteca, dados do acervo, quantidade e tipos de materiais, link para o Blog da biblioteca, bem como disponibilizar informações de projetos, eventos e exposições. Ademais, podem com o facebook imprimir relacionamentos com seus usuários, através de trocas de mensagens considerando os comentários, perguntas e questionamentos dos mesmos. (ROSA, 2008). O Facebook, no contexto da biblioteca, pode ser empregado para os usuários realizarem consultas, renovações e reservas de livros, bem como feedback sobre os serviços oferecidos no ambiente da biblioteca; sugestão de novas aquisições por parte dos usuários; divulgação de eventos e cursos; vídeoaula sobre normalização bibliográfica, orientação quanto ao uso dos serviços da biblioteca; bate papo (chat) permiti a interação síncrona com os usuários on-line no Facebook, auxiliando no serviço de referência e no esclarecimento de dúvidas (BRAGA et al., 2016). O LibraryThing pode possibilitar maior interatividades entre os usuários, pois a plataforma permite aos internautas catalogarem, compartilharem e recomendarem livros uns aos outros através de blogs e ‘tags’ em seus livros, promovendo e facilitando a comunicação dos grupos num intercâmbio social (VIEIRA; CARVALHO; LAZZARIN, 2008).

62 Reflexões para os bibliotecários


Redes Sociais Vantagens desta ferramenta:

Desvantagem da Ferramenta:

- As Redes Sociais podem se integrar a outras ferramentas com potencial de uso na biblioteca, como blogs e mashups.

No contexto da biblioteca, a equipe precisa estar preparada para os entraves voltados às interfaces tecnológicas entre a interação biblioteca-usuário.

- Colaboram na disseminação de informação da biblioteca por meio dos usuários.

A biblioteca deve estabelecer fatores de motivação de usabilidade dos usuários nas ferramentas inseridas na biblioteca.

- Provocam aproximação entre a biblioteca e usuários, possibilitando a criação de um ambiente participativo e interativo. - Possibilidade de segmentação, considerando considerando as áreas de conhecimento das IES. - Maior compartilhamento da visão e da missão da biblioteca. - Personalização das mensagens enviadas aos usuários.

Sugestões para os percalços na utilização: Estabelecimento de formação continuada para a equipe da biblioteca, buscando atualização das Tecnologias de Informação e Comunicação. As redes sociais inseridas na biblioteca devem ser retroalimentas constantemente com feedback e atualizações por parte da Unidade de Informação.

63 Reflexões para os bibliotecários


YouTube

Tem o objetivo de compartilhar vídeos entre os usuários pela web. Sua plataforma possibilita hospedar vídeos, publicando-os para a visualização e compartilhamento na web. Seu formato permite que os usuários coloquem seus vídeos em blog ou sites pessoais, através de mecanismos desenvolvidos pelo site (PEREIRA, 2011).

Disponível em: <https://www.youtube.com/>

64 Reflexões para os bibliotecários


YouTube Desvantagem da Ferramenta:

Potencial da ferramenta: - Ampliação e diversificação do acervo da biblioteca ao disponibilizar informações audiovisuais e imagéticas para a interação informacional entre biblioteca e usuários.

A pouca alimentação de vídeos na plataforma da biblioteca implica, consequentemente, em baixa frequência de busca e uso por parte dos usuários.

Vantagens desta ferramenta:

Sugestões para os percalços na utilização:

Disseminação de conhecimento por meio da utilização de vídeos construídos pela biblioteca e pelos próprios usuários.

Possibilidades do uso:

Projetos em parceira - biblioteca e usuários da biblioteca -, motivando-os ao desenvolvimento e a utilização de vídeos.

No contexto da Biblioteca, esta ferramenta pode ser utilizada como repositório digital. Na biblioteca, tem grande possibilidade de desenvolvimento de tutoriais e treinamentos para os usuários.

65 Reflexões para os bibliotecários


O DINAMISMO NA BUSCA, USO E APROPRIAÇÃO DA INFORMAÇÃO:

relação da investigação nas Unidades de Informação

66 Reflexões para os bibliotecários


PARTE III

Seria o bibliotecário que demanda os produtos e serviços informacionais ou os usuários?

Considerando resultados desta investigação, todos os partícipes, quer de forma individual ou coletiva. Ademais, a questão se voltou para uma nova óptica: Na verdade, não seria quem demanda, e sim o que demanda os produtos e serviços informacionais? A assertiva seria: a necessidade dos interagentes na busca de informações, por caminhos rápidos e facilitados e a motivação impressa nestes interagentes em participar dos projetos e das ações coletivas da biblioteca, quer no espaço físico, digital ou virtual. Os resultados e análises dos dados das Unidades de Informação das IES partícipes desta pesquisa ratificam os registros neste Produto: a importância da biblioteca tradicional à biblioteca virtual e dos recursos tradicionais aos tecnológicos implantados nas bibliotecas de cada época.

67 Reflexões para os bibliotecários


Seria o bibliotecário que demanda os produtos e serviços informacionais ou os usuários? Assim, para concluirmos, é necessário que o profissional da informação tenha reconhecimento que: A mediação da informação realizada pelo profissional da informação se constitui como “toda ação de interferência [...], direta ou indireta; consciente ou inconsciente; singular ou plural; individual ou coletiva; que propicia a apropriação de informação que satisfaça, plena ou parcialmente, uma necessidade informacional”. Todavia, a “mediação da informação permite e exige concepção de informação que desloque o usuário da categoria de mero receptor, colocando-o como ator central do processo de apropriação”. Assim sendo, ator de sua autonomia (ALMEIDA JUNIOR, 2009, p. 92;97). A comunicação é base de toda interação humana. O bibliotecário deve manter um canal aberto para o diálogo, incentivando a comunicação desimpedida e buscando a compreensão mútua e o compartilhamento das informações (WALTER; EIRÃO; REIS, 2010, apud DUARTE; BRAGA, 2012).

68 Reflexões para os bibliotecários


Seria o bibliotecário que demanda os produtos e serviços informacionais ou os usuários?

A biblioteca em suas diversas categorias deve convergir para o dinamismo que seu público almeja, tanto no espaço físico como no digital. Portanto, considerando esta investigação, no contexto da biblioteca, a convergência representa uma transformação cultural, regada de incentivos para a procura de novas informações e conexões em meio a conteúdos de mídias dispersos (JENKINS, 2009).

69 Reflexões para os bibliotecários


Possibilidades de dinamismo na biblioteca em conjunto com os partícipes: transformação do espaço físico, digital e virtual Singularidade da biblioteca: constante desenvolvimento, representação de sua essência dinâmica, orgânica e, por vez, empreendedora dos bibliotecários, fatos que trazem possíveis e diversas percepções, ao ambiente informacional, sempre ou quase sempre, aberta aos projetos e ações técnicas e sociais, contudo, buscando a valorização dos partícipes e o desenho de uma nova conjuntura.

70 Reflexões para os bibliotecários


O Profissional da Informação, para agregar valor a biblioteca, precisa imprimir dinamismo e motivação aos interagentes. Para tanto, precisaria contextualmente:

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Estar atento às novidades para implementar na unidade de informação, antecipando-se e mostrando produtos e serviços agregadores de valor a biblioteca; Conhecer necessidades emergentes dos interagentes;

Precisa fazer estudo de usuário, constantemente;

Andar junto aos usuários, ouvindo suas propostas e reivindicações;

5

Reconhecer que precisa estar afrente das ações da biblioteca, gerenciando-as;

6

Precisa se deixar avaliar, enquanto profissional e gestor da biblioteca, pelos interagentes da biblioteca;

7

Precisa estreitar a comunicação com a equipe da biblioteca, interagindo e usando de forma efetiva e eficiente suas habilidades e competências e a de toda equipe.

71 Reflexões para os bibliotecários


Portanto, contemporaneamente, para a efetivação da dinamicidade e interatividade na busca, uso e apropriação da informação por parte dos usuários a que a biblioteca requer e é merecedora, o bibliotecário precisa:

I Reconhecer a ubiquidade, presença simultânea em diversos lugares, existente nos usuários, pela biblioteca ter interagentes nos mais diversos lugares físicos, digitais e virtuais;

72 Reflexões para os bibliotecários


II Verificar a ubiquidade na informação pela biblioteca ter o compromisso, em tese, de possuir, buscar junto a outras fontes a informação necessitada pelos usuários;

III Analisar registros informacionais em suportes plurais, físicos, digitais e virtuais;

73 Reflexões para os bibliotecários

IV Existir práticas sustentáveis e retroalimentadoras no dinamismo da biblioteca.



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