Minha criação renata couto rodrigues

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MINHA CRIAÇÃO Renata Couto Rodrigues


Biografia ◦ Nascida em 24 de Janeiro de 1992. O interesse pela arte e pela cor veio na infância pelo fascínio por massas de modelar, tinta guache e giz de cera. Sempre gostou de criar e inventar como forma de canalizar as emoções. Criar capas de cadernos com materiais alternativos foi algo que ela sempre fez.

◦ O interesse pela arte permeou a primeira graduação, em terapia ocupacional, que utiliza o criar e o fazer humano para reabilitar as pessoas. Porém o interesse pela arte propriamente dita fez com que a mesma seguisse outros caminhos. ◦ A artista ainda não possui artistas de referência, mas gosta de arte minimalista e abstrata


Pregos e linhas


Expectativa


Realidade Nesse dia meu propósito era de fazer uma mandala linda, mas faltaram muitos elementos para que ela saísse satisfatória. Eu deveria ter riscado a madeira e feito um pré rascunho, um molde, mas não. Precipitada, fui martelando a revelia sem estruturar o trabalho. Escolhi pregos muito grandes que tornaram o trabalho pesado (e honestamente, chato). Por fim resultou nesse objeto que reflete confusão e desorientação. Por sorte, desprendi todos os pregos e empreendi outro trabalho.


Tente outra vez...


tentei Gostei bastante desse, muito simples obviamente, mas que visualmente me transfere a sensação de organização.


Início com arame ◦ As primeiras tarefas com arame não foram satisfatórias. Me sentia deslocada com meus trabalhos. Depois pude perceber que a espessura do material influencia no manejo do mesmo. O arame fino é mais maleável, porém não permite tanto controle, ao passo que o arame mais grosso permite mais precisão ao moldar.



A bailarina Uma escultura simples com uma base de apoio generosa. Tentei fazer algo extraordinรกrio, mas foi a bailarina que consegui.


A argila ◦ Com esse material me senti familiarizada. Brinquei com argila a infância toda e sempre foi muito agradável manusear a massa fria. Não tive tanta dificuldade em manusear, porém ao comparar meus trabalhos com dos outros colegas tinha a sensação de que eram simples demais.




◦ Meu “humanóide” foi feito na aula que o Pingo esteve presente. Para ser sincera achei ele tão feio, mas foi o máximo que consegui em termos humanos. Sei que se eu me empenhar um pouco mais é possível que saia melhor, mas confesso que tenho muita dificuldade com figuras humanas.



◦ Na casinha do João de Barro considero que até fui razoável, mas muito ansiosa na construção dela. Percebo que a paciência é fundamental para trabalhar com o barro (para qualquer trabalho), mas com a argila parece que há algo diferente, como se tivéssemos trabalhando conosco mesmo. Uma construção e desconstrução de pensamento simultânea. Na modelagem em alguns momentos colocava água demais, em outros trabalhava com a massa muito seca. É delicado até encontrarmos um ponto de equilíbrio. Admito que joguei minha primeira casinha fora e construí outra, porque fiquei chateada com o projeto do musgo não ter dado certo.


A garrafinha não foi tão difícil de realizar. O tamanho menor também facilitou a construção. A escolha por uma peça menor foi devido ao entendimento de que em algumas situações não necessariamente preciso realizar objetos grandes e bem elaborados, uma vez que o processo de criação de cada artista é diferente, e fazer um objeto mais simples não significa fazer algo menor (em escala de importância) e sem significado, muito pelo contrário.


Expectativa


Realidade


Resultado Hesitei muito em construir esse bonequinho, uma vez que construí junto com o professor uma base muito maior para um busto monumental. Eu tentei construir o busto, modelei, gastei horas mas no fim amassei tudo e desisti. Deveria ter tirado ao menos uma foto para provar que tentei e até utilizar como incentivo para uma progressão, mas não consegui. Então decidi criar um objeto menor e de menor complexidade. Não apenas para cumprir a tarefa, mas para entender que é possível fazer algo com um pouco de perseverança.


Trabalho final ◦ A ideia inicial era de fazer a espiral com conchas sobre a terra molhada. O que eu não esperava e que a maré estaria cheia devido a chuva da noite anterior. Logo, eu não teria tempo hábil para terminar meu trabalho, que já estava sendo prejudicado pela ondas. Chateada, decidi fazer outra espiral.


Tente outra vez....


Obra: Expansiva Artista: Renata Couto Data de execução: 10/12/2017 Localização: Praia Mole Praia de Carapebus, Serra ES – Brasil Material utilizado: Areia úmida, areia seca e água do mar.


◦ A Escolha por criar a espiral veio da experiência com o seminário sobre Robert Smithson. A explicação do professor sobre o significado da espiral do formato ascendente e progressivo me deu o entendimento de que era exatamente isso que eu precisaria para me recriar. ◦ Construir a espiral teve um grande significado para mim. Para construí-la demorei uma hora e meia e cada pedaço de terra foi colocado com a concha das minhas mãos. Muito demorado e muito cansativo, muito sol e muita sede, mas de elevada ascensão mental. Eu decidi que o trabalho final precisaria de ser feito com esforço e com suor, caso contrário não valeria a pena. Precisaria ser assim, uma espécie de peregrinação pessoal em busca de ascensão mental em devoção a arte. ◦ Deu vontade de desistir é claro, mas eu precisava terminar o desafio ao qual tinha me proposto a fazer. Eu não podia desistir, não podia simplesmente chutar toda a areia e ir embora, como tinha feito com alguns trabalhos em argila em casa. Eu fui até o fim e foi maravilhoso terminar. Muito simples, mas de grande significado. Transitório como os trabalhos em land art mas de singular construção. No fim as ondas levaram todo o trabalho e lavaram minha alma.

Efêmero na areia mas eterno no coração.




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