Desenho Anatômico

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Angela Paiva Dionisio e Maria Medianeira de Souza (organização)

Série Cadernos de Sugestões Didáticas

Desenho Anatômico Pipa Comunicação Recife - 2014


O trabalho Série Experimentando Teorias em Linguagens Diversas de Angela Paiva Dionisio, Pibid Letras UFPE e Pipa Comunicação foi licenciado com uma Licença Creative Commons - Atribuição-NãoComercialSemDerivados 3.0 Não Adaptada. Com base no trabalho disponível em http://www.pibidletras.com.br. Podem estar disponíveis autorizações adicionais ao âmbito desta licença em http://www.pibidletras.com.br.

CaPa, Projeto Gráfico e DIAGRAMAçÃO Karla Vidal e Augusto Noronha (Pipa Comunicação - www.pipacomunica.com.br) EQUIPE PIBID LETRAS UFPE Ágnes Christiane de Souza Anne Caroline Araújo de Lima Andréa Silva Moraes Angela Paiva Dionisio Bibiana Terra Soares Cavalcanti Cássia Fernanda de Oliveira Costa Daniella Duarte Ferraz Débora Xavier Lavarene Sampaio Elilson Gomes do Nascimento Felipe de Oliveira Bezerra Getulio Ferreira dos Santos Hellayne Santiago de Azevedo

João Alberto Barbosa de Gusmão Juliana Serafim dos Santos Larissa Ribeiro Didier Lucille Maia Batista Leila Janot de Vasconcelos Maria de Lourdes Cavalcante Chaves Maria Eduarda Souza Gonçalves Maria Medianeira de Souza Mariana Bandeira Alves Ferreira Raquel Lima Nogueira Renata Maria da Silva Fernandes Saulo Batista de Souza

Catalogação na publicação (CIP) Ficha catalográfica produzida pelo editor executivo

D592 Dionisio, Angela Paiva. Desenho anatômico / Angela Paiva Dionisio e Maria Medianeira de Souza [orgs.]. - Recife: Pipa Comunicação, 2014. 54p. : Il.. (Série cadernos de sugestões didáticas) Inclui bibliografia. ISBN: 978-85-66530-30-8 1. Língua Portuguesa. 2. Linguística. 3. Multimodalidade. 4. Desenho Anatômico. I. Título. 410 CDD 81 CDU c.pc:03/14ajns


UNIVERSIDADE FEDERAL DE PERNAMBUCO REITORIA Anísio Brasileiro de Freitas Dourado PRÓ-REITORIA PARA ASSUNTOS ACADÊMICOS Ana Maria Santos Cabral COORDENAÇÃO INSTITUCIONAL DO PIBID - UFPE Sérgio Ricardo Vieira Ramos COORDENAÇÃO PEDAGÓGICA DO PIBID - UFPE Eleta Freire CHEFIA DO DEPARTAMENTO DE LETRAS José Alberto Miranda Poza COORDENAÇÃO DO SUBPROJETO PIBID LETRAS - UFPE Angela Paiva Dionisio GRADUANDOS PIBID LETRAS Ágnes Christiane de Souza, Anne Caroline Araújo de Lima, Bibiana Terra Soares Cavalcanti, Cássia Fernanda de Oliveira Costa, Daniella Duarte Ferraz, Elilson Gomes do Nascimento, Hellayne Santiago de Azevedo, Felipe de Oliveira Bezerra, Getúlio Ferreira dos Santos, Juliana Serafim dos Santos, Larissa Ribeiro Didier, Lucille Maia Batista, Maria Eduarda Souza Gonçalves, Maria de Lourdes Cavalcante Chaves, Mariana Bandeira Alves Ferreira, Raquel Lima Nogueira, Renata Maria da Silva Fernandes SUPERVISORES PIBID LETRAS Débora Xavier Lavarene Sampaio (Escola Professor Leal de Barros) Saulo Batista de Souza (Escola Senador Novaes Filho) COLABORADORES PIBID LETRAS Andrea Silva Moraes (Professora de Língua Portuguesa – Colégio de Aplicação da UFPE, NIG – UFPE) Leila Janot de Vasconcelos (Neuropsicóloga, NIG – UFPE) Maria Medianeira de Souza (Professora Departamento de Letras, NIG – UFPE)


Volume 1

Desenho Anat么mico


Sumário 09 APRESENTAÇÃO

O que são os Cadernos de Sugestões Didáticas?

15 Sugestões Didáticas

O Desenho Anatômico e a aprendizagem docente

autoral

15 I. Exibição do videoclipe “Anormal”, da banda Pato Fu 20 II. Exibição do documentário (fragmento) “Biografia de Leonardo Da Vinci”

26 III. Definição do gênero Desenho Anatômico 34 IV. Desenho Anatômico e Análise Linguística

41 V. Desenho Anatômico e Literatura

45 Registrando Sugestões Didáticas com

Desenho Anatômico

49 Leituras Realizadas e Sugeridas


“Sugestões a gente ouve, adapta à nossa realidade, desconfia delas, esquece-as, retoma em outro momento, recria, inventa outras. Elas são, portanto, pontos de partida, e servem, sobretudo, para o professor que ainda não tem uma experiência acumulada de atividades neste âmbito. Esta postura diante das sugestões precisa ser levada a sério, para não ficarmos mecanicamente fazendo o que o manual ou o especialista nos indica. Dito de outra forma, embora na vida estejamos quase sempre imitando e toda a aprendizagem comece por imitação, do ponto de vista didático-pedagógico é fundamental estar atento à realidade particular em que se vive – sala de aula, grupo de leitura, biblioteca, grupo de naturezas diferentes – para a partir daí propor atividades de leitura.”

(Ana Cristina Marinho e Hélder Pinheiro, 2013, p. 127)


O que são os cadernos de Sugestões Didáticas? Caros leitores, Esta coletânea resulta de ações desenvolvidas no âmbito do projeto PIBID LETRAS/Português da UFPE (Editais 2010 e 2011). Dentre os objetivos do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência), financiado pela CAPES, destacamos dois como norteadores das produções destes Cadernos de Sugestões Didáticas, que são: (i) inserir os licenciandos no cotidiano de escolas da rede pública de educação, proporcionando-lhes oportunidades de criação e participação em experiências metodológicas, tecnológicas e práticas docentes de caráter inovador e interdisciplinar que busquem a superação de problemas identificados no processo de ensino-aprendizagem; (ii) contribuir para a articulação entre teoria e prática necessárias à formação dos docentes, elevando a qualidade das ações acadêmicas nos cursos de licenciatura. (CAPES, Portaria nº 260, de 30 de dezembro de 2010).

Ao se buscar cumprir os objetivos acima mencionados, o dia a dia do projeto A leitura de linguagens diversas (PIBID Letras–UFPE) é guiado por duas metas que se complementam, uma vez que a formação teórica e prática se traduzem na construção de materiais didáticos. Portanto, as atividades aqui sugeridas são, em primeiro lugar, exercícios de “criação” de docentes em formação, a partir de vivências

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Apresentação

com alunos das primeiras séries do Ensino Médio de escolas públicas estaduais pernambucanas, com respaldo teórico oriundo das oficinas temáticas, centradas nos estudos dos gêneros textuais, com foco no processo de aprendizagem via compreensão de gêneros multissemióticos, veiculados por mídias diversas.

Metas do PIBID LETRAS /Português – UFPE (2011-2013)

Fundamental também se faz destacar, na construção destes cadernos, o perfil do bolsista graduando em Letras, participante do projeto. Como a maioria está entre terceiro e sexto períodos, é no contexto do PIBID que se iniciam como professores. E isto é fantástico! O agir docente é pensado, é construído, também com ênfase no agir autoral. O professor não é apenas um leitor, mas também um autor. Para nós, o PIBID é um espaço para a experimentação, para a criação. Para a aprendizagem, inicialmente, do professor. Ou seja, os encon-

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Desenho Anatômico

tros, as reuniões da equipe PIBID Letras se desenham como “os cenários que criamos das nossas próprias circunstâncias e dos nossos desejos particulares” (Bazerman, 2006, p. 52). Como a “a sala de aula é sempre uma questão de gênero” (Bazerman, 2006, p. 53), como a nossa sala de aula (ambiente físico) é sempre a do grupo (graduandos, supervisores, coordenação) e, posteriormente (ou paralelamente), a sala de aula do ensino básico, os Cadernos de Sugestões Didáticas são nossos cadernos de exercícios! Os Cadernos de Sugestões Didáticas consistem em uma coletânea de atividades produzidas a partir da Série Verbetes Enciclopédicos, elaborados basicamente pelos graduandos, supervisores e por mim, coordenadora do PIBID Letras/ Português da UFPE (como outro cenário de escrita). O primeiro volume contempla os gêneros Desenho Anatômico e Diagrama e foi publicado em fevereiro de 2013. O verbete Desenho Anatômico, base para as atividades deste Cadernos, é de autoria de Cássia Fernanda de Oliveira Costa e Daniella Duarte Ferraz.

Verbetes Enciclopédicos: desenho anatômico e diagrama http://www.pibidletras. com.br/publicacoes/ serieverbetes/

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Apresentação

A composição textual dos verbetes da referida Série define-se pela pluralidade de gêneros textuais e, consequentemente, de linguagens. Consideramos que os componentestextuais podem ser vistos como “objetos de aprendizagem”, por isso procuramos desenvolver sugestões didáticas que envolvam os vários itens do verbete. As sugestões didáticas não são unidades de estudo, obedecendo fielmente às práticas de leitura e produção de textos e análise linguística, ou ainda sequências didáticas. O que realmente se busca é elaborar um conjunto de atividades a partir de segmentos textuais que constituem os verbetes enciclopédicos. São exercícios para os discentes? Sim! Mas são produções didáticas resultantes de ações de aprendizagem no processo de formação inicial do professor! Reforça-se a concepção de professor leitor e autor! Neste sentido, os livros da Série Verbetes Enciclopédicos e os Cadernos de Sugestões Didáticas simbolizam o diálogo entre as leituras, as pesquisas realizadas nas salas, as práticas pedagógicas, as vivências como discentes etc. Esses materiais são registros de algumas de nossas experiências do nosso trabalho docente no PIBID. São registros do nosso aprender a ser professor leitor-autor. Reconhecemos a simplicidade (e em algumas atividades até uma inocência docente), mas nos perdoamos e ousamos compartilhar com você, leitor, guiados pela sensação de criar, motivados pelo prazer de aprender a fazer em e para a sala de aula, inspirados pelo desafio de reinventar, de ressignificar. Foi uma escolha mostrarmos o “rascunho” da nossa própria aprendizagem, portanto sabemos que haverá um preço a ser pago. Como coordenadora, tenho a responsabilidade de arcar com a parcela maior do que for cobrado ao grupo PIBID Letras/Português. No entanto, eu asseguro, depois de mais de 30 anos de ensino, é muito bom e muito gratificante me dar o

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Desenho Anatômico

direito de ter esta inocência docente. Com responsabilidade, é claro! Quem sabe cada atividade possa conter, dentro de si, sementes que produzam outras sementes em outras almas, como já produziram nas nossas... Afinal, alguém já plantou alguns dos discursos que aqui retomamos!

Recife, setembro de 2013. Angela Paiva Dionisio

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— COLETÂNEA DE —

atividades


O Desenho Anatômico e a aprendizagem docente autoral Ágnes Christiane de Souza, Amanda Alves de Oliveira, Angela Paiva Dionisio, Anne Caroline Araújo de Lima, Bibiana Terra Soares Cavalcanti, Cássia Fernanda de Oliveira Costa, Daniella Duarte Ferraz, Elilson Gomes do Nascimento, Getulio Ferreira dos Santos, Hellayne Santiago de Azevedo, João Alberto Barbosa de Gusmão, Juliana Serafim dos Santos, Larissa Ribeiro Didier, Magda Evania Vila Nova, Maria de Lourdes Cavalcante Chaves, Mariana Bandeira Alves Ferreira, Renata Maria da Silva Fernandes, Saulo Batista de Souza.

I. Exibição do videoclipe “Anormal”, da banda Pato Fu (Série Verbetes Enciclopédicos – PIBID Letras UFPE, vol.1, p. 24). Anormal John Pato Fu Mais que anormal Eu devo ser Pra ver você Em todo lugar

(03): Videoclipe da música “Anormal”, primeira faixa do álbum ‘Toda Cura para Todo Mal’ Fonte: http://youtu.be/596BjKP-hf0 Acessado em 18/10/12 (http://www.pibidletras.com.br/publicacoes/serie-verbetes/) [O acesso ao vídeo pode se dar por meio dos dispositivos móveis dos alunos (celulares, tablets, smartphones etc) ou por meio de uma projeção para o grande grupo mediante uso de datashow etc.]

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Coletânea de atividades: o desenho anatômico e a aprendizagem docente autoral

Análise do vídeo, abordando também questões relacionadas ao texto verbal (letra). Por exemplo: 1) Durante o vídeo, a performance da banda Pato Fu mescla-se com imagens que simbolizam trechos da letra da música. Leia a letra da música e, se achar necessário, reveja o vídeo. Em seguida, enumere algumas destas situações. Anormal John. Pato Fu Rádio ligado Troco estações porque Não sei o som que você Pode odiar No supermercado Eu tento escolher O mesmo sabor que você Deve gostar Se é que conheço você Só de te observar Posso apostar que não vai Me decepcionar Mas que anormal Eu devo ser Pra ver você Em todo lugar Dentro do quarto Vejo comerciais Qual vai te convencer Que ainda estou lá No supermercado Tentando escolher O mesmo sabor que você Deve gostar [Distribuição da letra da música Anormal, em documento impresso ou digital]

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Desenho Anatômico

Agora, enumere as situações, preenchendo o quadro abaixo. Performance da banda Pato Fu

Cenas da música

Com base nestas observações, o que fica mais em evidência: a banda Pato Fu ou o clipe? 2) Diferentemente da maioria dos videoclipes, as imagens estão enquadradas num grande círculo, ou seja, não há ocupação total da extensão da tela, na forma retangular. Quais seriam as possíveis razões para o uso desta forma de moldura da imagem pelo produtor do clipe? Quais efeitos de sentido este enquadramento pode provocar?

Cenas do videoclipe “Anormal”, do Pato FU

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Coletânea de atividades: o desenho anatômico e a aprendizagem docente autoral

3) Como se compõem as imagens do videoclipe? Observe como as imagens são construídas (cor, forma, movimento etc). Como você justifica o uso destes recursos na construção do videoclipe? 4) As imagens do videoclipe remetem o leitor a quais outros textos e em quais contextos do nosso dia a dia estes textos são solicitados, são produzidos? 5) Humanos, animais, plantas são captados com a acuidade raio x. Que relações você estabelece entre esta forma de ver, de enxergar, e o título do vídeo Anormal? 6) Qual a relação de sentido existente entre o título e a letra da música? Em que consiste a “anormalidade” da visão raio x sugerida pelo título e atribuída pelo sujeito poético? 7) As contribuições da descoberta dos raios x são inúmeras para os estudos da medicina, por exemplo. Se usados artisticamente os raios x podem consistir numa maneira de nos retratar! O que você acha desta forma de construir a sua imagem? Imaginemos o nosso dia a dia se nos víssemos com a acuidade raios x? 8) Hélio Rubiáles, dentista e artista plástico, retratou radiograficamente a estrutura esquelética do corpo humano em diversas posições, no vídeo A Magia Estrutural do Corpo Humano. Assista ao vídeo e observe que as posições retratadas podem ser consideradas bizarras, artísticas, harmônicas, singelas, amorosas etc. Cite alguns exemplos que ilustram, em sua opinião, estas categorias.

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Desenho Anatômico

(02): A Magia Estrutural do Corpo Humano Criação de Hélio Rubiáles Fonte: http://youtu.be/_5WbXyTZN2U Acessado em 18/10/12

(http://www.pibidletras.com.br/publicacoes/serie-verbetes/) [O acesso ao vídeo pode se dar por meio dos dispositivos móveis dos alunos (celulares, tablets, smartphones etc) ou por meio de uma projeção para o grande grupo mediante uso de datashow etc.]

9) Quais são as semelhanças entre estas imagens do vídeo e os desenhos anatômicos encontrados nos livros didáticos, em pôsteres ou esculturas e em consultórios médicos, por exemplo?

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II. Exibição do documentário (fragmento) “Biografiade Leonardo Da Vinci” (Série Verbetes Enciclopédicos – PIBID Letras UFPE, vol.1, p. 26)

(06): Da Vinci dissecando um cadáver (Parte 2 -32:51 a 34:18). Fonte: Biografia de Leonardo Da Vinci BBC Para assistir: http://goo.gl/YCzN3

(http://www.pibidletras.com.br/publicacoes/serie-verbetes/) [O acesso ao vídeo pode se dar por meio dos dispositivos móveis dos alunos (celulares, tablets, smartphones etc) ou por meio de uma projeção para o grande grupo mediante uso de datashow etc.] [O diálogo está em inglês e sem legenda. A critério do professor, a leitura da transcrição das falas da cena poderá ser feita antes ou depois da exibição do vídeo.]

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Fonte: Biografia de Leonardo Da Vinci. BBC Transcrição da cena: Narrador: Nesta época, as operações eram permitidas pela Igreja, ocasionalmente. Eles disponibilizavam os corpos de criminosos condenados que eram dissecados por cirurgiões assistidos por artistas e estudantes. Dadas as condições da época, poucos queriam fazer o trabalho nojento que Leonardo executava. Amigo de Da Vinci: Quero ir para casa, está congelando. Leonardo Da Vinci: Venha aqui. Narrador: As salas de dissecação eram lugares terríveis. Pesquisador: É terrível a sala de dissecação. Não havia como preservar os corpos na época. Dentro de 48 horas, havia um odor intenso. Partes do corpo estavam apodrecendo. O instrumento mais importante que tinham eram as mãos com unhas compridas que eram usadas para fazer a parte que usava algo pontudo. Leonardo Da Vinci: Segure isso. Amigo de Da Vinci: Por que temos que passar a noite ao lado de cadáveres?

 Para assistir: http://goo.gl/JC46O

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1) A exibição deste documentário (fragmento) proporcionará aos alunos uma visão do processo de dissecação e dos desenhos realizados por Leonardo Da Vinci durante esse processo. Com isso, o professor poderá destacar aspectos relacionados ao surgimento do desenho anatômico – ou seja, sinalizar o início do percurso diacrônico da construção do gênero “desenho anatômico”. 2) Com base na leitura do depoimento, do vídeo e da transcrição das falas dos personagens, reflita sobre os seguintes aspectos: a) Em que consistia o processo de “desfazer” os corpos humanos? Quais eram os interesses de Da Vinci neste processo? b) Afirma-se que era “um trabalho nojento que Leonardo Da Vinci executava”. Que imagens do documentário comprovam isto? Que trechos da transcrição reforçam esta afirmação? c) A partir do vídeo e da transcrição, como você descreve uma sala de dissecação na época do Renascimento? Considere na sua descrição aspectos como luz, vestuário, cenário, condições de trabalho etc. d) Da Vinci desenvolveu a atividade de dissecação de corpos paralela à sua pintura, ou seja, o artista detinha um conhecimento da anatomia humana. Assista ao vídeo Anatomia e Fisiologia - Leonardo Da Vinci (1452-1519), produzido pelo artista Hélio Rubiáles. Neste vídeo, você pode conhecer muitos dos mais de 700 desenhos anatômicos feitos por Da Vinci, organizados por temas.

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Desenho Anatômico

(11): Anatomia e Fisiologia – Leonardo Da Vinci (1452-1519). Criação de Hélio Rubiales Música: Reverence of life - Mike Rowland Fonte: http://www.youtube.com/watch?v=SVRvhN1yxdo Acessado em 14/10/2012

(http://www.pibidletras.com.br/publicacoes/serie-verbetes/) [O acesso ao vídeo pode se dar por meio dos dispositivos móveis dos alunos (celulares, tablets, smartphones etc) ou por meio de uma projeção para o grande grupo mediante uso de datashow etc.]

3) Leia o depoimento de Leonardo Da Vinci, que chegou a dissecar mais de 10 corpos humanos, e comente as implicações da necessidade desse conhecimento de anatomia (via procedimento da dissecação), na época do Renascimento, para a pintura. Depoimento de Da Vinci:

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(12) “Para realizar perfeitamente os membros dos nus nas atitudes e gestos que possam executar, é necessário que o pintor conheça a anatomia dos nervos, ossos, músculos e tendões, a fim de saber, em cada esforço ou movimento, quais tendões ou músculos foram sua causa, e somente estes destacar ou engrossar, e não todos de uma vez, como aqueles que, para parecerem grandes desenhistas, fazem os seus nus lenhosos e sem graça, mais semelhantes a sacos de nozes do que a formas humanas, ou ainda a um feixe de rabanetes, e não a um nu musculoso. [...] E tu, que dizes ser melhor ver fazer anatomia do que ver tais desenhos, dirias bem se fosse possível todas essas coisas que em tais desenhos se demonstram, em uma só figura, na qual [porém] com todo o teu engenho não verás e não obterás conhecimento senão de algumas poucas veias, das quais eu, para obter verdadeiro e pleno conhecimento, desfiz mais de 10 corpos humanos, destruindo todos os outros membros, removendo as mínimas partículas de carne que em torno a essas veias se encontravam, sem sangrá-las, senão pelo imperceptível sangramento das veias capilares; e como um só corpo não durava tanto tempo, era preciso gradativamente proceder em muitos corpos, para que completassem o entendimento por inteiro; o que repetir duas vezes para ver as diferenças.” Fonte: LICTENSTEIN, J., 2010, pp.38 e 39.

(http://www.pibidletras.com.br/publicacoes/serie-verbetes/)

4) Na cena do documentário “Biografia de Leonardo Da Vinci”, assistimos a Da Vinci fazer a dissecação de uma perna. Agora, com seus conhecimentos sobre a anatomia da perna e do pé, identifique os ossos desenhados nas “meias esqueleto”.

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Fonte: http://ecx.images-amazon.com/images/I/31ZtWZmUmRL.jpg

5) A exemplo das “meias esqueleto”, alguns designers criam peças tomando como referência as partes do corpo. São brincos, pulseiras, colares, anéis, pluggs para celulares, estampas para camisetas, chaveiros etc.

Fonte: http://www.iloveacessorios.com.br/

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Coletânea de atividades: o desenho anatômico e a aprendizagem docente autoral

Você usa (ou usaria) adornos com desenhos do corpo humano (ou partes do corpo humano)? Por quê? Qual parte do corpo você escolheria para ser materializada e em qual objeto? Por quê?

III. Definição do gênero Desenho Anatômico 1) Leitura de um trecho da definição contida no verbete Desenho Anatômico, de Cássia Costa e Daniella Duarte (http://www.pibidletras.com.br/publicacoes/serie-verbetes/), pp. 26 a 29. [O texto pode ser oferecido para leitura em suporte digital ou impresso. Fica a critério do professor, porém se possível, priorizar o suporte digital.]

DESENHO ANATÔMICO s.m. (1567) (Desenho [Dev. de desenhar, do it. disegnare.] s.m. (1567) 1. Processo de criação visual que tem propósito. (WONG, 2010, p. 41); 2. Representação de formas sobre uma superfície, por meio de linhas, pontos e manchas, com objetivo lúdico, artístico, científico, ou técnico.) + (Anatômico [Do gr. anatomikós, pelo lat. anatomicu.] Adj. Referente à anatomia.) (FERREIRA, 2010, p. 648 e 133) 3. “Gênero [...] formado por um desenho que ilustra a forma e a estrutura de seres.” (GONZAGA, 2005, p. 76). Representação dos organismos vivos vegetais (07) e animais (08), através de traços e cores, com objetivo científico, cuja produção se dá a partir da observação e análise dos seres organizados a serem representados. Segundo os princípios de análise do desenho, o desenho anatômico pode ser classificado como uma forma figurativa natural por representar realisticamente formas que existem na natureza (WONG, 2010, p. 147). Retrata a anatomia dos seres vivos simbolizando os níveis de organização estrutural (químico, celular, tecidual, orgânico, sistêmico e do organismo) (TORTORA e DERRICKSON, 2010, p. 3), a fim de facilitar a compreensão acerca do ser organizado em análise. É o caso das representações de sistemas do corpo humano, raízes de um vegetal, células ou partes delas etc. Também no intuito de favorecer as pesquisas, os anatomistas convencionaram uma posição corporal padrão, planos e secções imaginárias, além de termos direcionais. O uso de tais convenções é bastante comum nos desenhos anatômicos. Na

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posição corporal humana padrão, chamada de posição anatômica, o ser humano encontra-se em pé, olhando para frente, com os membros esticados, os pés e as palmas das mãos voltados para o lado dianteiro. Os planos e secções são “cortes” imaginários que dividem o corpo em partes, são eles: plano sagital (divide em lado direito e esquerdo), frontal (divide em parte anterior e posterior), transverso (divide em parte superior e inferior) e oblíquo (forma um ângulo com um dos outros planos). Os termos direcionais constituem um vocabulário específico para designar a posição de determinada parte do corpo.

(09) Desenho do torso de uma mulher Fonte: http://goo.gl/eYdFg Acessado em 14/10/12

2) Análise de exemplares de desenhos anatômicos com diversificadas formas de composição do desenho (nível de organização estrutural; planos e secções; recursos semióticos). Se possível, elaborar, em parceria com os pibidianos de Biologia, questões que abordem a leitura dos desenhos anatômicos.

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EXEMPLO 1

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia 1. 3ª Ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 247

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EXEMPLO 2

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia 2. 3ª Ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 31

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EXEMPLO 3

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia 2. 3ª Ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 138

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Desenho Anatômico

EXEMPLO 4

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia 2. 3ª Ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 304

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EXEMPLO 5

Fonte: AMABIS & MARTHO. Biologia 1. 2a Ed. São Paulo: Moderna, 2010. p. 304

Para a abordagem da construção do desenho anatômico, podem ser elaboradas questões do tipo:

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a) Observe se há esboço ou o contorno do organismo; b) Observe se há esboço ou o contorno do organismo com destaque para partes específicas e com quais funções; c) Observe se há o contorno do corpo (humano ou animal) com destaque para órgãos específicos e com quais funções; d) Observe se há o desenho do corpo detalhado (humano ou animal) com destaque para órgãos específicos e com quais funções; e) Observe se há o desenho de órgão específico com destaque para elementos que o constituem e com quais funções; f) Observe se há arranjos visuais e verbais que se estabeleceram como convenções e a que áreas de conhecimento pertencem; g) Observe como são organizadas as relações entre os nomes e as formas representadas (nomeação de partes ou representação de processo, por exemplo); h) Observe como os recursos semióticos se entrelaçam no texto e que efeitos de sentido eles criam; i) Observe as funções desempenhadas pelas linhas retas e pelas setas; j) Observe o que enfatiza os recursos linguísticos existentes no desenho anatômico; k) Observe se a sequência das ideias, apresentada no desenho anatômico, integra retoricamente os recursos visuais empregados com os marcadores linguísticos de sequenciação, como por exemplo, a enumeração (1, 2, 3; I, II, III, a, b, c).

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Coletânea de atividades: o desenho anatômico e a aprendizagem docente autoral

IV. Desenho Anatômico e Análise Linguística 1) Usamos nomes das partes do corpo humano – “nosso primeiro e principal meio de contato físico com o mundo exterior” (Gramática de Bolso do Português Brasileiro, 2013, p.178) – com sentido metafórico, transformando conceitos concretos em conceitos abstratos. Marcos Bagno (2013, p.178) salienta que: Os sentidos metafóricos de palavras como face, olho, cabeça, pé, dente, boca, nariz, cara, mão, perna, dedo etc. são pratica­mente icontáveis e ocorrem em todas as línguas humanas. Um rápido apelo à memória nos traria boca do monte, pé de serra, olho do furacão, olho d’água, braço de rio, braça (me­dida), boca de rio, face da montanha, flanco da montanha, costa (‘litoral’), polegada, pé (medida), côvado (medida, deri­vado de cúbito, ‘cotovelo’), palmo (medida), dedo (medida), colo da montanha, encarar, pé de (árvore frutífera) etc. Os verbos expedir, despedir e impedir têm o radical ped-, do latim pede- (‘pé’). Para mão e cabeça, os dicionários trazem sem­pre dezenas de significados e acepções. Como 2/3 do que apreendemos do mundo nos entram pelos olhos, o verbo ver sempre está associado, nas línguas humanas, com a ideia de ‘conhecimento’, ‘sabedoria’, ‘ideia’ etc.

a) Pesquisa sobre expressões metafóricas com partes do corpo humano. Faça uma pesquisa entre seus colegas para saber quais expressões eles conhecem com partes do corpo humano. Para registrar os dados, use uma fotografia sua ou de alguém, escolhida por você (artista, amigo, parente). Lembre-se de que a foto deve ser de corpo inteiro! Amplie seus resultados, entrevistando pessoas de faixa etária mais elevada (seus pais, tios, avós, vizinhos, professores etc.).

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Desenho Anatômico

A seguir algumas fotos e sugestões para anotações.

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corpo de alfinete boca da noite, boca do mundo braço bunda cabeça coxas dedo dente joelho mão nariz olho ouvido perna pé

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corpo cabeça olho ouvido nariz empinado boca dente braço mão dedo perna coxas joelho pé

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Coletânea de atividades: o desenho anatômico e a aprendizagem docente autoral

A partir dos termos trazidos pelos alunos, sugerimos construir algumas conclusões em relação ao uso dos termos encontrados, focalizando os sentidos metafóricos. Devem ser salientados os sentidos metafóricos dos substantivos e expressões nominais, tais como: medida, árvore frutífera, objetos inanimados, localizações espaciais, indicação de tempo, indicação de processo, indicação de qualidade. b) Construção de um Atlas Metafórico da Anatomia do Corpo Humano com os termos coletados pela turma. Após a correção da pesquisa feita pelos alunos, seria interessante a construção do Atlas Metafórico da Anatomia do Corpo Humano. Cada parte do corpo pode ser desenhada ou recortada de alguma fotografia em uma folha de papel A4 e todos os termos referentes àquela parte seriam registrados. No final, seria feita uma capa (observando os elementos constitutivos de uma capa) e um sumário, observando a numeração das páginas. Caso os alunos disponham de computadores, eles podem confeccionar o Atlas numa versão digital, utilizando por exemplo, o software JClic. 2) Leitura da notícia jornalística com desenho anatômico: “Mulher é atingida por arpão disparado acidentalmente”, publicada no Estadão em 07/05/2013.

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Desenho Anatômico

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Coletânea de atividades: o desenho anatômico e a aprendizagem docente autoral

Para abordar esta notícia, sugerimos que os alunos leiam, inicialmente, apenas a manchete e o lide. Em seguida, tracem o percurso do arpão no corpo da mulher, no raio x a seguir.

Fonte: http://commons.wikimedia.org/wiki/File:X-ray_of_the_human_ skull_(side_view).jpg

Para a abordagem do texto, focando nos aspectos linguísticos, desenvolver questões como:

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Desenho Anatômico

a) Nesta notícia, o fato ocorrido é mais importante do que as pessoas envolvidas. Identifique e transcreva as expressões nominais que nomeiam a mulher e o médico. Mulher

Médico

b) Observe os artigos definidos e indefinidos destacados no texto. Qual o papel desempenhado por estes artigos para a gradação semântica do substantivo mulher?

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Coletânea de atividades: o desenho anatômico e a aprendizagem docente autoral

Uma mulher de 28 anos estava na cozinha de sua casa, em Arraial do Cabo, na Região dos Lagos fluminense, quando foi atingida por um arpão de caça submarina que era manuseado por seu marido na sala e foi acionado acidentalmente, na noite de segunda-feira, 6. O equipamento entrou pela mandíbula da mulher e a ponta ficou alojada na coluna cervical. A vítima, chamada Elisângela Rosa, sobreviveu. Ela foi atendida no Hospital Regional de Araruama e submetida a uma cirurgia. Segundo boletim médico, a mulher passa bem e é possível que fique sem nenhuma sequela. “A ponta do arpão penetrou a região entre o canal anterior vertebral e o canal da medula. Caso o objeto atingisse apenas 1 centímetro para dentro, ela ficaria tetraplégica; se atingisse 1 centímetro para fora, alcançaria uma artéria que irriga o cérebro e ela morreria”, afirmou o neurocirurgião Allan da Costa, que operou Elisângela. Segundo ele, apenas nas próximas 48 horas será possível avaliar se a paciente ficará ou não com alguma sequela. “Precisamos esperar a suspensão da sedação e retirar a traqueostomia para fazer uma avaliação completa. Se tudo der certo, ela terá alta em uma semana.”

c) As expressões nominais “a vítima” e “a paciente” retomam que informação do texto? Por que o uso do artigo “a” nesses casos? E se o autor da notícia tivesse usado o artigo “uma”, que diferença faria? d) Observe se os artigos particularizam ou generalizam os substantivos que vêm depois. Qual o papel desempenhado pelas palavras estudadas para a construção da progressão textual na notícia?

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Desenho Anatômico

e) Observe o uso das aspas ao longo do texto. Qual a relação de sentido entre esse uso e as visões do jornalista e do médico para compor a notícia? f) Aponte, no texto, as diferenças lexicais existentes entre o discurso do médico e o discurso do jornalista.

V. Desenho Anatômico e Literatura 1) Leitura do cordel “ABC do corpo humano” - Pequeno tratado de anatomia humana, de Elias de Carvalho. Para o trabalho com cordel, destacamos inicialmente as recomendações metodológicas de Marinho e Pinheiro (2013, p. 126), no sentido de que “qualquer sugestão metodológica no campo do trabalho com a literatura de cordel pressupõe (este) envolvimento afetivo com a cultura popular. (...) Um procedimento metodológico que oriente o trabalho com o cordel terá que favorecer o diálogo com cultura da qual ele emana e, ao mesmo tempo, uma experiência entre professores, alunos e demais participantes do processo. Muitas vezes pode-se descobrir entre os funcionários da própria escola apreciadores da literatura popular, praticantes, ou, no mínimo, alguém que teve ou tem algum tipo ligação com ela.” a) Apresentar aos alunos a capa e os trechos do ABC do corpo humano, solicitar a leitura em voz alta: “com relação ao folheto, a atividade fundamental é mesmo a leitura oral”; “E, se possível, realizar mais de uma leitura. Esta repetição ajudará a perceber o ritmo e encontrar os diferentes andamentos que o folheto possa comportar e trabalhar as entoações de modo adequado. Trata-se de dar expressividade à leitura – encontrar o seu páthos, o núcleo afetivo da narrativa.” (...) (Marinho e Pinheiro, 2013, p. 127).

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Caro leitor, nesses versos farei uma descrição referente ao corpo humano sobre aspecto e formação, cujo ser é semelhança do Autor da Criação. (…) Contendo trinta e três ossos, a coluna vertebral divide-se em regiões. No pescoço a cervical, composta de sete vértebras. Atlas é a inicial. (…) O corpo deve aos músculos a sua movimentação. São eles mais de quinhentos e segundo a região, o órgão, a parte ou local, difere em forma e função. (…) O aparelho urinário, no abdome encontrado, consta de: rins e bexiga, pelos ureteres ligados. Pela uretra se expele todo líquido segregado (…)

Fonte: http://www.museudavida.fiocruz.br/brasiliana/cgi/cgilua.exe/sys/start. htm?infoid=760&sid=5

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Cadernos de Sugestões Didáticas. Desenho Anatômico

b) Solicitar a leitura da organização da capa do cordel, observando: as rimas construídas; os termos científicos empregados; a relação entre o título e subtítulo do cordel e os tratados de medicina e biologia (selecionar alguns títulos de livros, atlas de anatomia e levar para comparar); a forma de construção do desenho anatômico utilizado; o uso da expressão ABC do Corpo Humano para a composição do título; as informações que compõem a capa; o tamanho do livro de cordel etc. c) Retextualizar as informações de um capítulo do livro de Biologia (ou de itens de um capítulo), estudado pelos alunos, em forma de cordel. Uma possibilidade de procedimento seria dividir os tópicos do capítulo por grupos. Desta forma, no final do processo, se teria um cordel com o assunto do capítulo todo. [Seria interessante desenvolver esta atividade em parceria com o PIBID Biologia.]

Retomamos aqui outra sugestão em Marinho e Pinheiro (2013, p. 132) que enfatiza o fato dos cordéis poderem ser cantados: “Eis um fato que talvez seja instrumento de vivências agradáveis em sala de aula. Cantar com toda turma uma canção, cantar em pequenos grupos, sugerir que os próprios alunos criem musica para as histórias é um bom começo de conversa.” [Seria interessante desenvolver esta atividade em parceria com o PIBID Música.]

Exemplo de musicalização de cordel:

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http://mais.uol.com.br/view/0senh0ps6tpg/a-triste-partida--luiz-gonzaga04023072D0C16366

4) Retextualização das informações de um capítulo do livro de Biologia (ou de itens de um capítulo), estudado pelos alunos, em letra de música no estilo de sua preferência (rap, sertanejo, romântica etc). Em seguida, os alunos devem apresentar propostas de criação de um videoclipe para as suas músicas. Incentivar os alunos a escreverem um roteiro do videoclipe e a gravarem utilizando celulares, tablets, notebooks etc. [Seria interessante desenvolver esta atividade em parceria com os PIBID Biologia e Artes.] [Uma possibilidade seria usar o gravador de áudio (Audacity) para a música que os alunos vão elaborar, e vídeo (Movie Maker)]

Atenção: em ambas as propostas, alertar os alunos para o fato de não copiarem trechos do livro didático.

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Registrando

Sugestões Didáticas com Desenho Anatômico



Apresentação premiada em 3° lugar na categoria pôster no IV Encontro Gêneros na Linguística e na Literatura, 2013.

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Registrando Sugestões Didáticas com Desenho Anatômico

Atividades nas escolas estaduais do Recife

Apresentação sobre Desenho Anatômico no SIGET, Fortaleza, 2013 e Apresentação da Série Verbetes Enciclopédicos durante a I EXPO PIBID/ CAPES UFPE

Apresentação da Série Verbetes Enciclopédicos durante a I EXPO PIBID/ CAPES UFPE

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Leituras Sugeridas BAGNO, Marcos. Gramática de bolso do português brasileiro. São Paulo: Parábola, 2013. BAZERMAN, Charles. Gênero, agência e escrita. São Paulo: Cortez, 2006. BECHARA, Evanildo. Moderna gramática portuguesa. 37ª Ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009. BEZERRA, Maria Auxiliadora e REINALDO, Maria Augusta. Análise linguística: afinal a que se refere? São Paulo: Cortez, 2013. BUNZEN, Clecio e MENDONÇA, Márcia (Orgs.). Português no ensino médio e formação do professor. São Paulo: Parábola, 2006. BUNZEN, Clecio e MENDONÇA, Márcia (Orgs.). Múltiplas linguagens para o ensino médio. São Paulo: Parábola, 2013. DIONISIO, Angela; MACHADO, Ana Rachel; BEZERRA, Maria Auxiliadora. (Orgs.) Gêneros textuais e ensino. São Paulo: Parábola, 2011. KARWOSKI, Acir, GAYDECKZA, Beatriz & BRITO, Karim (Orgs.) Gêneros textuais: reflexões e ensino. São Paulo: Parábola, 2011. KOCK, Ingedore e ELIAS, Vanda. Ler e compreender: os sentidos do texto. São Paulo: Cortez, 2006. MARINHO, Ana Cristina e PINHEIRO, Hélder. O cordel no cotidiano escolar. São Paulo: Cortez, 2012. MARCUSCHI, Luiz. A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008. SOUZA, Ana Lúcia, S.; CORTI, Ana Paula; MENDONÇA, Márcia. Letramentos no ensino médio. São Paulo: Parábola, 2012.


Prefixo Editorial: 66530

Comissão Editorial Editores Executivos Augusto Noronha e Karla Vidal Conselho Editorial Angela Paiva Dionisio Antonio Carlos Xavier Carmi Ferraz Santos Cláudio Clécio Vidal Eufrausino Clecio dos Santos Bunzen Júnior Leonardo Pinheiro Mozdzenski Pedro Francisco Guedes do Nascimento Regina Lúcia Péret Dell’Isola Ubirajara de Lucena Pereira Wagner Rodrigues Silva

INFORMAÇÕES GRÁFICAS FORMATO: 210 x 297 mm TIPOLOGIA: Constantia / Myriad Pro




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