Aplicação de Injetáveis
Lavagem das mãos e uso de luvas: cuidados indispensáveis na aplicação de injetáveis Por: Soraia Barbosa Salla Farmacêutica e consultora educacional BD
Determinados procedimentos na administração de injetáveis, como lavagem de mãos e utilização de luvas, exigem minuciosa atenção por parte do profissional. Veja abaixo nossas recomendações na execução destes procedimentos que ajudam a garantir aplicações seguras, eficazes, sem risco de acidentes e complicações.
; Lavagem das mãos – O profissional deve
; Após lavar as mãos, use luvas de proce-
executar cuidadosamente a técnica de lavagem de mãos, antes e depois de aplicar o medicamento. Isso é feito em local próprio para o procedimento, com equipamentos adequados que ofereçam condições técnicas e higiênicas exclusivos para tal finalidade, de acordo com a resolução 357/01 do CFF.
dimento – Escolha o tamanho de luvas ideal. Evite acidentes devido à sobra de luva muito grande ou apertadas. Ambas as situações podem dificultar o manuseio do material pelo profissional.
; Use sabonete líquido antisséptico – É o produto mais indicado, pois garante maior higienização, além de remover a sujidade das mãos e o maior número de microorganismos, evitando assim uma contaminação no preparo e aplicação do injetável. Lembre-se: após lavar as mãos elas estarão limpas, mas não estéreis.
; Quando utilizar luvas – Sempre que houver RISCO de contaminação por agentes BIOLÓGICOS ou MEDICAMENTOSOS, decorrente do contato do sangue, saliva, suor e medicamentos. Como há riscos inerentes na aplicação de injetáveis, é imprescindível o uso de luvas desde o início do preparo da medicação até o término da aplicação, para prevenir o contato com medicamentos e fluídos corpóreos do cliente.
; Leve em conta a relação Risco x Benefício – O uso das luvas pode diminuir um pouco a sensibilidade das mãos, mas não impede a execução das técnicas de aplicação com segurança. Geralmente, são altos os custos financeiros e psicológicos de um contágio. Portanto, é preciso adaptar-se ao uso das luvas. ; Faça o descarte seguro – Embora a luva seja um EPI, também pode ser a fonte de contaminação. Por isso, após o uso, descarte-a em coletor adequado de acordo com a RDC 306/04 da ANVISA e a RDC 358/05 do CONAMA.
TÉCNICA de
Lavagem
DAS MÃOS 1
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Posicione uma mão sobre a outra e lave o dorso e entre os dedos.
Não esqueça de lavar os pulsos
4
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Umedeça as mãos e a seguir espalhe o sabonete líquido nas mãos
Lave os polegares
Enxágüe as mãos em água corrente com as pontas dos dedos voltadas para cima
2
5
8
Posione uma mão sobre a outra para lavar a palma das mãos.
Esfregue as pontas dos dedos e as unhas na palma da mão
Use o papel toalha para secar as mãos e em seguida feche a torneira.
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Preparo da seringa para aplicação de injetáveis Para garantir a esterilidade do medicamento e dos materiais utilizados, são necessários cuidados que vão desde a lavagem das mãos até o preparo final da seringa. Por: Gilcleia Fontes – Gerente de Produtos BD.
Fixação da agulha Bico Luer-LokTM
Pela extremidade X próxima à marca do lote, abra a embalagem separando as duas faces até expor o êmbolo da seringa.
Y Segure a seringa firmemente pelo
berço e retire a pétala tocando apenas em uma das extremidades, colocando-a na bancada com a face estéril (branca) para cima (ela será usada posteriormente para a abertura da ampola).
Z Confira a fixação da
agulha com a seringa, tocando apenas na ponta do protetor da agulha e no cilindro, colocando-a dentro do berço.
Bico Luer Slip
Aspirando o Medicamento Em Ampola:
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Faça a assepsia do gargalo da ampola com BD Alcohol Swabs® e espere secar.
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Envolva o gargalo com a face estéril da pétala da seringa e quebre a parte superior da ampola.
Em Frasco-ampola (Diluição):
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Retire o lacre de alumínio do frascoampola e faça a assepsia da tampa de borracha de proteção do frasco-ampola com BD Alcohol Swabs® e espere secar.
Com a seringa já preenchida de diluente, introduza a agulha para aspiração no frasco-ampola apoiado na bancada e injete o líquido. Expulse o ar, acertando e conferindo o volume final.
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Segurando a ampola com os dedos indicador e médio, introduza a agulha e aspire o conteúdo, tomando cuidado para não colocar o canhão da agulha dentro da ampola.
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Misture bem o pó com o diluente, rolando suavemente o frasco entre as mãos ou fazendo movimentos circulares (carrossel) tomando o cuidado de não tocar na borracha.
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Aspire a solução para a seringa no volume desejado.
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Aspire a solução preparada para a seringa no volume desejado.
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Retire a agulha da ampola, faça o reencape passivo e fixe a tampa.
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Retire a agulha do frasco-ampola, faça o reencape passivo e troque a agulha para a aplicação.
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Gire ou bata levemente na seringa para desfazer eventuais bolhas de ar.
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Gire ou bata levemente na seringa para desfazer eventuais bolhas de ar.
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Expulse o ar, acertando e conferindo o volume final.
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Expulse o ar, acertando e conferindo o volume final.
Atenção: Estas medidas visam a proteção do cliente, evitando que germes entrem em contato com o medicamento.
Interações Medicamentosas ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
; Automedicação: prática de ingerir medicamentos por conta própria sem o acompanhamento de um profissional da Saúde.
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Alguns fatores aumentam a incidência de interações medicamentosas:
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As interações podem ser desejáveis (ou benéficas), quando têm como objetivo melhorar a eficácia terapêutica, prevenir resistência ou reduzir efeitos colaterais. Existem vários exemplos bastante comuns na prática clínica: a associação de anti-hipertensivos no tratamento da hipertensão, de estrogênios
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e progestagênios nos contraceptivos, amoxicilina com ácido clavulânico, entre outras. As interações medicamentosas indesejáveis promovem redução do efeito ou aumento na incidência de reações adversas, o que pode trazer riscos à saúde do paciente, prolongar o tempo de tratamento e gerar custos mais altos na terapia.
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U
ma Interação Medicamentosa corresponde à interferência de um fármaco na ação de outro. A presença de um grande número de medicamentos disponíveis no mercado para o tratamento das diversas patologias tem contribuído para ampliar os riscos de interações medicamentosas entre as pessoas que ingerem mais de um tipo de remédio.
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Por: Beatriz Pinto Coelho Lott - Farmacêutica e Consultora Educacional BD. ; Polifarmácia: uso prolongado e simultâneo de dois ou mais farmácos. É comum entre idosos e portadores de doenças crônicas. Por serem práticas bastante comuns, a presença do farmacêutico nas drogarias é fundamental, já que este é o profissional habilitado para fornecer à população as orientações sobre os cuidados no uso dos medicamentos, bem como informar à população sobre os riscos da automedicação, prevenindo possíveis interações medicamentosas. Existem vários livros, bem como páginas na internet que podem ser consultados para auxiliar esta avaliação. A tabela abaixo mostra alguns exemplos de interações.
Fármaco 1:
Fármaco 2:
Conseqüencia da Interação:
Anticoncepcionais
Ampicilina, Amoxicilina, Tetraciclinas Corticosteróides
v efeito dos contraceptivos esteróides.
Anticonvulsivos (Fenitoína, Fenobarbital, Primidona, Carbamazepina)
Consequências: Gravidez ou irregularidades menstruais.
u efeito dos corticosteroides. Possibilidade de u dos efeitos adversos dos corticosteroides. v efeito dos contraceptivos esteróides. u efeito de fenitoina e outros. Consequências: Gravidez ou irregularidades menstruais.
Soluções contendo cálcio
Incompatibilidade química. Não usar concomitantemente.
Fenitoína
Digoxina e Digitoxina
u concentração plasmática de fenitoína livre. u efeitos adversos da fenitoína. u risco de hemorragias gastrintestinais. u risco de efeitos adversos da fluoxetina. u concentração sérica da Digoxina.
Antidiabéticos orais
Risco de hiperglicemia.
Heparina Hidroclorotiazida
v efeitos anticoagulantes e trombolíticos da heparina. v efeito da hidroclorotiazida e u risco de hipocalemia.
Amitriptilina
Potencializa a depressão mental.
Medicamentos antiglaucoma Metformina
u pressão intraocular por diminuir a eficácia do antiglaucoma. u risco de hiperglicemia.
N-Butil Escopolamina
Depressores do sistema nervoso central
Potencialização dos efeitos de ambos, resultando em sedação aditiva.
Insulina
Anorexígenos, estrogênios, hormônios tireoideanos, furosemida
Fármacos da coluna 2 podem elevar as concentrações de glicose sangüínea, aumentando a possibilidade de hiperglicemia.
Antiinflamatórios não esteroidais, Captopril, esteróides enabolizantes, tetraciclinas
Fármacos da coluna 2 podem aumentar o efeito hipoglicêmico da insulina.
Ceftriaxona
Diclofenaco
Nimesulida e Meloxicam Fluoxetina
Dexametasona
Betametasona
Referências bibliográficas: Oga, Seizi Guia Zanini-Oga de interações medicamentosas: base teórica das interações. São Paulo: Atheneu Editora, 2002. Gomes, M. J. Ciências Farmacêuticas – Uma abordagem em Farmácia Hospitalar. São Paulo: Editora Atheneu, 2001.
Mitos e verdades sobre o uso de insulina ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○ ○
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É correto aplicar a insulina sempre no mesmo local do corpo? Não, pois aplicar insulina seguidamente no mesmo local pode causar lipodis-
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A insulina tem que ficar sempre na geladeira? Não, as insulinas em uso podem ser mantidas à temperatura ambiente, cerca de 25º C, colocando o frasco em lugar fresco e ventilado, evitando exposição direta à luz solar. Temperaturas extremas, sejam altas ou baixas, devem ser evitadas no ambiente de armazenamento. As insulinas fechadas, ou seja, em estoque devem ser mantidas sob refrigeração constante, entre 2 e 8º C.
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A insulina pode ser aplicada em qualquer região do corpo? A insulina deve ser aplicada no tecido subcutâneo, em regiões que facilitem a auto-aplicação, onde há quantidade de tecido subcutâneo suficiente e menor quantidade de enervações, reduzindo o desconforto da aplicação. Veja nas ilustrações abaixo as áreas indicadas para a auto-aplicação de insulina.
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Não. Ocorre que no diabetes Tipo 1 o pâncreas não fabrica insulina e neste caso, há necessidade de administrar insulina. Insulina engorda? Se há a falta de insulina, o organismo pode usar gordura como fonte de energia, causando perda de peso. Quando o portador de diabetes inicia seu tratamento com insulina de maneira adequada, ocorre a regularização do metabolismo. O uso inadequado de insulina pode levar ao ganho de peso. Por isso a insulinoterapia deve ser sempre executada sob orientação médica.
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Q
uando falamos em patologias crônicas, como o Diabetes Mellitus, os mitos e as dúvidas estão sempre presentes, principalmente no que se refere às pessoas que fazem uso de insulina. No entanto, a falta de orientação e de informação pode levar a pessoa com diabetes a cometer alguns enganos, muitas vezes prejudicando o tratamento. Por isso, é muito importante que o profissional de farmácia oriente corretamente o cliente que faz tratamento com insulina, para que este busque o melhor controle metabólico, prevenindo complicações futuras e melhorando sua qualidade de vida. Selecionamos abaixo, alguns mitos freqüentemente relatados por clientes que usam insulina. Insulina vicia? Não. Aplicação de insulina não promove qualquer tipo de dependência química ou psíquica. A insulina é uma medicação que pode salvar vidas. É possível substituir a insulina por chá de insulina? Não existe nenhuma comprovação científica de que chás naturais ou medicações não tradicionais possam controlar ou mesmo curar o Diabetes Mellitus. Com orientação médica, os chás podem ser associados ao tratamento, mas não substituem a insulina. Existe insulina em comprimidos? Não. Se a insulina for administrada por via oral, sofrerá interferências de enzimas presentes no trato gastro-intestinal, sofrendo inativação e perdendo seu efeito. Quem usa insulina tem diabetes mais grave?
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Por: Monise Vicente – Farmacêutica e Consultora Educacional BD. Participou Thais F. Silva – Centro BD de Educação em Diabetes. trofia. Trata-se de uma alteração no tecido subcutâneo, causada pela reutilização de agulha e/ou ausência de rodízio entre os pontos de aplicação. A lipodistrofia causa deformações, redução da sensibilidade local, além de absorção irregular da insulina, prejudicando o controle da glicemia. Quem faz somente uma aplicação diária pode escolher uma região de preferência, porém, deve fazer o rodízio dos pontos de aplicação. Deve haver uma distância de 2 ou 3 dedos entre um ponto e outro, alternando as aplicações nos lados direito e esquerdo. Se a pessoa tiver lipodistrofia, oriente a não fazer aplicações na região afetada até que o problema desapareça, o que pode levar alguns meses. Quando a glicemia está bem controlada, a pessoa pode deixar de tomar insulina? Não, porque o corpo não é capaz de controlar sozinho o nível de glicose sem o auxílio da insulina. Sem a insulina, a glicose não chega às células e como conseqüência, ocorre acúmulo de glicose no sangue, provocando a hiperglicemia com todas as implicações a curto e a longo prazo. Não se pode deixar de tomar insulina nem alterar o volume das doses sem orientação do médico, até mesmo quando a glicemia está bem controlada. Recomende a seu cliente com diabetes para que sempre consulte um médico e siga suas orientações para o sucesso do tratamento. Comente também que com o uso de insulina de maneira adequada e estilo de vida saudável, qualquer pessoa com diabetes pode usufruir de uma vida normal.
Locais e posições recomendados para aplicar insulina Braços Região posterior externa do braço, no espaço entre três dedos abaixo do ombro e três dedos acima do cotovelo. Abdome Regiões laterais direita e esquerda, distantes três dedos do umbigo (dedos da pessoa que usa insulina). Não recomendamos aplicar nem acima nem abaixo do umbigo por ser desconfortável.
Coxas Região frontal e lateral superior da coxa, no espaço entre três dedos abaixo da região inguinal (virilha) e três dedos acima do joelho.
Nádegas Região superior lateral externa do glúteo, tendo como referência a prega interglútea.
Escolha da seringa e agulha adequadas para aplicação de injetáveis Por: Monise Vicente - Consultora Farmacêutica BD
Escolha da seringa A escolha da seringa depende do volume do medicamento. Para minimizar erros de dosagem e perda de medicamento, utiliza-se uma seringa com capacidade um pouco maior que a quantidade de medicamento a ser aplicada. Ex: ampola com 3 mL de medicamento é necessária uma seringa com capacidade de 5 mL. Para aumentar a precisão é imporLinha de tante ter atenção na aferição linha de aferição de de dosagem e a gradudosagem ação da seringa que pode ser em mL para as seringas hipodérmicas ou em unidades para as seringas de insulina. Como vimos, é necessário estabelecer critérios de escolha das seringas e agulhas para uma boa aplicação de injetáveis. Feito isto, prepare o medicamento usando produtos de boa qualidade, com todo cuidado, atenção e boa aplicação. O tratamento será um sucesso!
Há muitos tipos de agulhas, seringas e técnicas diferentes. É importante escolher o material cuidadosamente de acordo com o tipo de injetável a ser aplicado no cliente. O calibre, o comprimento da agulha e o tipo da seringa devem ser compatíveis com a via de aplicação, característica física do medicamento, volume do medicamento, características físicas e idade do cliente.
Escolha da agulha
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0,80 x 25 0,80 x 30 0,80 x 40
21G 1 21G 1¼ 21G 1½
0,70 x 25 0,70 x 30
22G 1 22G 1¼
0,55 x 20
24G ¾
0,45 x 13
26G ½
Castanho
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Gauge e Polegadas
0,38 x 13
27 5G ½
Verde Preto
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COR DO CANHÃO A cor do canhão define o diâmetro da agulha
Métrico (mm)
Violeta
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Indica o comprimento da cânula em mm
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Medidas das Agulhas
TABELA DE MEDIDAS DE AGULHAS
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Comprimento: A escolha do comprimento da agulha depende da via de aplicação. Se a aplicação for num tecido mais profundo em relação a pele, usa-se uma agulha com comprimento maior para que o medicamento atinja o tecido; o contrário é válido se a aplicação for em um tecido mais superficial. As características físicas e idade do cliente também devem ser observadas. A agulha com comprimento inadequado pode alcançar o tecido inapropriado, acelerando ou retardando a absorção do medicamento prejudicando assim a terapia e ainda a agulha pode tocar o osso do cliente/ paciente, deixando o bisel rombudo e causando mais dor no momento da retirada da agulha.
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Diâmetro externo: A escolha da agulha depende da característica física do medicamento. Para medicamentos com alta viscosidade ou apresentados sob forma de suspensão, usa-se uma agulha de diâmetro maior, por ex. 0,8mm; quando é aquoso (homogêneo), usa-se um calibre de menor diâmetro, por ex. 0,7mm. O calibre inadequado da agulha pode causar dificuldade na aspiração e aplicação.
Cinza
P
ara que o tratamento com injetáveis tenha o efeito terapêutico desejável, é necessário um bom conhecimento técnico na escolha do material a ser utilizado pelo profissional.
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Indica o diâmetro externo da cânula em mm 0,80 mm
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30 mm
Clientes com Diabetes
BD Ultra-Fine : seringas de insulina com agulhas adequadas ao perfil de cada cliente com diabetes TM
Como indicar ao cliente com diabetes a agulha correta? A escolha deve ser feita de acordo com o seu tipo corpóreo e as características de cada região recomendada para aplicação de insulina.
P
ara indicar a agulha adequada ao adulto, podemos usar o IMC – Índice de Massa Corpórea. IMC é a relação entre o peso e a altura de um adulto e representa o volume corpóreo da pessoa em relação à sua altura. É calculado seguindo a fórmula: IMC = Peso/Altura2. Veja a tabela abaixo. Após identificar o IMC do cliente, indiquelhe a agulha BD mais adequada para aplicações
de insulina. Por exemplo, se o seu cliente pesa 68 Kg e mede 1,70 m seu IMC será 23,5. Este valor indica que a pessoa está com o peso adequado em relação a sua altura. Neste caso, as agulhas indicadas são BD Ultra-Fine III Curta de 8mm ou Mini de 5mm. O uso da tabela de IMC é restrito a adultos. Não deve ser utilizada para crianças, adolescentes, atletas e gestantes.
Tabela IMC (Índice de Massa Corpórea)
Escolha a Agulha Certa Seringa 100 unidades 8 mm
Agulha Curta
12,7 mm
Agulha Regular
Seringa 50 unidades 8 mm Agulha Curta
12,7 mm
Agulha Regular
Seringa 30 unidades 8 mm Agulha Curta
Quadro de indicações de agulhas BD de insulina de acordo com os valores de IMC Valor do IMC Significado Clínico Agulha de insulina recomendada Menor que 19 Baixo Peso em relação à altura BD Ultra-Fine Mini Entre 19 e 25 Peso normal e proporcional à altura BD Ultra Fine Curta BD Ultra Fine Regular (12,7mm) Entre 25 e 27 Peso acima do recomendado em relação à altura BD Ultra Fine Regular (12,7mm) Acima de 27 Obesidade: peso muito acima em relação à altura
6
12,7 mm
Agulha Regular