II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação

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Expediente Institucional Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) Presidente do Conselho Deliberativo Nacional: Roberto Simões Diretor-Presidente: Luiz Barretto

DA TEORIA À PRÁTICA

II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação

Diretor-Técnico: Carlos Alberto dos Santos Diretor de Administração e Finanças: José Claudio dos Santos Gerente da Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia: Enio Pinto Gerente da Universidade Corporativa SEBRAE: Alzira de Fátima Vieira

Porto de Galinhas – Pernambuco – 2011

Desenvolvimento de Conteúdos e Metodologia: Mara Bauer e Mônica Caribé (Universidade Corporativa SEBRAE) Coordenação do Encontro: Marcus Vinicius Bezerra e Hugo Roth Cardoso (Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia) / Mara Bauer e Mônica Caribé (Universidade Corporativa SEBRAE) Apoio: Jane Costa e Eliane Maria de Santanna (Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia) / Elias Alexandre Santos (Universidade Corporativa SEBRAE)

É permitida a reprodução parcial ou total desta obra, desde que citada a fonte. Distribuição gratuita.

Sebrae

SGAS 604/605 – Módulos 30 e 31 – Asa Sul – Brasília, Distrito Federal – CEP: 70.200-645 Telefone: (61) 3348 7100 www.sebrae.com.br Central de Relacionamento 0800 570 0800 Universidade Corporativa SEBRAE http://www.uc.sebrae.com.br

Expediente editorial Coordernação

Projeto Gráfico/Diagramação Daniel Ribeiro Vídeos (edição) Elias Marinho e Vinicius Di Luna

Plano Mídia Comunicação www.planomidia.net planomidia@gmail.com (61) 3244 3066/67 e 9216 5879 Editor Abnor Gondim Textos Vanessa Simas, Raíssa Manso, Cristina Ávila e Valtemir Rodrigues

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Produção Gilmara Vieira Revisão Eliana Silva Fotos Rodrigo Moreira/Sebrae-PE e Agência Sebrae de Notícias Supervisão Mara Bauer e Mônica Caribé (Universidade Corporativa SEBRAE)


Sumário Inovar para melhorar a competitividade das pequenas empresas ..................................................................4 Agentes devem estar conectados com as novas tecnologias .........................................................................8 Caçadores da Inovação encontram “tesouros ocultos” nas empresas ..........................................................10 Soluções oferecem aprendizagem continuada ..............................................................................................14 Casos de sucesso atestam o êxito das ações inovadoras ............................................................................20 Normas técnicas são diferenciais de Inovação............................................................................................. 26 Sebrae e ABNT vão capacitar Agentes de Inovação .....................................................................................28 Agentes locais recebem capacitação do Inmetro ..........................................................................................30 ANPEI apresenta ferramentas para motivar empreendedores ......................................................................32 Mensuração do Grau de Inovação nas empresas identifica oportunidades ..................................................34 Ideias para fortalecer o Programa ALI ...........................................................................................................36 Agentes têm que produzir o salto das empresas em dois anos ....................................................................40 ALIs vão ajudar a mudar o perfil da Inovação no País ..................................................................................44 ALIs recebem prêmio por participação no Facebook ....................................................................................48 Programa Sebrae Mais oferece oito soluções para qualificar........................................................................50 Circuito coloca em prática a Inovação e a Sustentabilidade .........................................................................52 Da Antiguidade aos tempos da informação online ........................................................................................58 Evento nacional conta com aprovação superior a 80%..................................................................................62

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Abertura

Inovar para melhorar a competitividade das pequenas empresas Dirigentes do Sebrae e do CNPq destacam a missão dos Agentes Locais de Inovação (ALIs) para tornar o Brasil mais competitivo em um mercado globalizado

D É necessário incluir na agenda do País e das empresas o tema da Inovação. Luiz Barretto, presidente do Sebrae Nacional

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isseminar a Inovação para tornar as pequenas empresas do Brasil mais competitivas em um mercado cada vez mais globalizado. Aí está a principal missão de jovens profissionais capacitados pelo Sebrae para oferecer ideias inovadoras aos empresários. Esse desafio foi destacado durante a abertura do II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação (ALIs), promovido, de 13 a 15 de julho de 2011, em Porto de Galinhas, Pernambuco. “O tema Inovação é fundamental hoje, não só para as pequenas empresas, mas para o Brasil se tornar mais competitivo num mercado cada vez mais globalizado”, destacou o presidente do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), Luiz Barretto, ao saudar os 395 ALIs em atividade no País em 21 Estados e no Distrito Federal. “É necessário incluir na agenda do País e das empresas o tema da Inovação”, complementou. Barretto anunciou que o Sebrae vai investir, até 2013, cerca de R$ 780 milhões na área de Tecnologia e Inovação. E planeja atingir, até 2012, a marca de 1.000 profissionais capacitados pelo Programa ALI, criado em 2008. Neste ano, a experiência passou a contar com a parceria do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), agência do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação destinada ao fomento da pesquisa científica e tecnológica e à formação de recursos humanos. A ampliação do programa visa atingir os Estados de São Paulo e Minas Gerais, disse o presidente do Sebrae. Há 55 ALIs em processo


Luiz Barretto: ALIs são distribuidores de produtos do Sebrae para pequenas empresas

de capacitação em Mato Grosso, no Rio de Janeiro e em Santa Catarina. Ao todo, 333 ALIs participaram do evento, além de 25 coordenadores estaduais, entre gerentes, gestores de escritórios regionais e consultores seniores do Programa ALI. O presidente do Sebrae também sublinhou a importância desses jovens graduados com até três anos de formação, divulgando o Sebrae junto às pequenas empresas. “Vocês, ALIs, são fundamentais não só para fazer consultoria, mas para estabelecer uma relação de fideli-

zação com as nossas empresas, entender o seu desenvolvimento empresarial e para distribuir os nossos produtos”, pontuou, referindo-se ao SebraeTec e ao Sebrae Mais, dirigidos a pequenas empresas consolidadas e com potencial para crescer.

Foco na realidade Ao falar para os ALIs, o superintendente do Sebrae em Pernambuco, Roberto Castelo Branco, recomendou também que a Inovação deve andar junto com a gestão do negócio. Para ele, inovar deve priorizar mudanças simples e úteis. “Não adianta

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Abertura

Castelo Branco: Inovação deve priorizar mudanças simples e úteis para os empresários

dos próprios ALIs. “Experiências são fundamentais para ampliar a visão de mundo. Assim é possível ganhar em competitividade e produtividade”, afirmou.

Bolsistas do CNPq apresentar ações inovadoras, revolucionárias, se o empresário não tiver como aproveitá-las em sua realidade”, alertou. De acordo com o superintendente, o evento nacional dos ALIs oferece a oportunidade de trabalhar o tema Inovação em sentido mais amplo. O encontro deve propiciar, disse ele, o aproveitamento da troca de experiências para melhor rendimento

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Durante a abertura do evento, foi também destacada a contratação dos ALIs como bolsistas do CNPq. Por isso, eles contam com o apoio de consultores seniores que funcionam como tutores para acompanhar o atendimento às pequenas empresas, conforme destacou o diretor de Engenharias, Ciências Exatas e Humanas e Sociais do CNPq, Guilherme de Azevedo Melo.

O diretor afirmou que o CNPq tem interesse em aumentar a parceria com o Sebrae no Programa ALI para garantir qualificação de um número maior de agentes. Segundo ele, um dos fatores que coloca o Brasil no caminho certo da sustentabilidade é a participação dos ALIs na deflagração dos processos de Inovação, garantindo, assim, maior competitividade às pequenas empresas. “Faz parte da missão do CNPq apoiar iniciativas na área de Inovação e Tecnologia. Vamos sempre fazer parcerias para que consigamos, dentro de um prazo razoável, atender aos anseios da população”, afirmou.


Nova profissão

ALIs foram recebidos com frevo e maracatu antes de iniciar diversas atividades de capacitação

“É mais que uma parceria”, reforçou, em seguida, o diretor-Técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos. “É uma nova forma de atuação no ambiente urbano relacionada com Inovação e Tecnologia. Nós estamos criando, de fato, uma profissão. Isso muda a história do País”. Ao chegar ao local do evento, os ALIs foram recebidos ao som de frevo e maracatu. Depois da abertura, mergulharam em uma série de atividades de capacitação, a exemplo de palestras, jogos e dinâmicas desenvolvidas para promover o aprendizado e a troca de experiências. As palestras foram ministradas por especialistas e profis-

sionais de instituições parceiras, como a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI) e o Instituto Nacional de Metrologia, Normalização e Qualidade Industrial (Inmetro). O jogo educacional foi desenvolvido em parceria com a empresa Sábia Experience Tecnologia S.A. e as dinâmicas foram conduzidas por colaboradores internos do Sebrae e por consultores da instituição. O II Encontro foi desenvolvido e coordenado pela Universidade Corporativa SEBRAE (UCSEBRAE) em parceria com a Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia (UAIT), do Sebrae Nacional.

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Século XXI

Agentes devem estar conectados com as novas tecnologias A recomendação foi dada pelo diretor-Técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, ao destacar a participação dos ALIs no grupo de discussão criado no Facebook

O Hoje, as novas tecnologias mudam a forma de se fazer negócios. Carlos Alberto dos Santos, diretor-Técnico do Sebrae

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s Agentes Locais de Inovação (ALIs) devem estar conectados com as novas tecnologias simples, baratas e eficientes porque elas mudam não só o processo produtivo das empresas como a forma de se fazer negócios no Século XXI. Foi o que recomendou o diretor-Técnico do Sebrae Nacional, Carlos Alberto dos Santos, durante a abertura do II Encontro Nacional dos ALIs. A ele está vinculada a Unidade de Acesso a Tecnologia e Inovação, que desenvolve o Programa ALI. “Até então, as tecnologias que eram incorporadas à gestão, à produção visavam muito a redução de custos, o aumento da produtividade e, naturalmente, a redução do esforço físico”, historiou o diretor-Ténico do Sebrae. “Hoje, as novas tecnologias não só aumentam a produtividade e aproximam as pessoas, como mudam a forma de se viver, a forma de se fazer negócios. Isso muda tudo. E essa é a grande novidade do Século XXI”. Para Carlos Alberto, as novas e simples tecnologias devem ser usadas intensamente pelos ALIs. Um exemplo dado por ele quanto ao bom uso das novas tecnologias é a forte atuação dos ALIs na rede social do Facebook. Por meio de um grupo de discussão, trocam experiências em gestão, conhecimento, sem custo adicional e 24 horas por dia online. O diretor atribuiu o sucesso do grupo de discussão ao engajamento dos ALIs. “Os Agentes Locais de Inovação estão nessa fronteira, com mecanismos extremamente baratos, extremamente eficientes, de comunicação, de interlocução, de gestão do conhecimento. Nós temos muito orgulho disso, porque estamos fazendo aqui no Brasil o que se faz de mais avançado em qualquer país do mundo”.


Carlos Alberto: o Brasil está fazendo o que se faz de mais avançado no mundo

Capacitação Ao classificar o encontro como um sucesso, o diretor comentou que o Programa ALI está mudando a realidade de vários jovens. “Estamos criando uma nova categoria profissional ao incentivarmos e capacitarmos Agentes Locais de Inovação”. Nas palavras de Carlos Alberto, a exemplo de países avançados, a instituição está investindo fortemente na formação desses jovens para atendimento direto às empresas de pequeno porte. Os ALIs têm papel preponderante na transformação dos pequenos negócios, ao levarem soluções que aumentam a competitividade das empresas, para satisfazer consumidores cada vez mais exigentes, bem informados e seletivos, destacou. “São profissionais que se tornam bolsistas do CNPq e contam com apoio de tutores para acompa-

nhar o atendimento às empresas de pequeno porte, gerando o conteúdo necessário ao trabalho científico a ser apresentado ao final de até dois anos de atuação”, explicou.

Desafio da competição Segundo o diretor, o Sebrae está especialmente voltado para enfrentar e superar o desafio da competição cada vez mais acirrada, entre produtos e serviços nacionais e estrangeiros, no próprio mercado brasileiro. “E vamos avançar nesse processo, que garante uma experiência singular a esses jovens profissionais, uma vez que têm oportunidade de conhecer mais de perto a realidade e a necessidade dos pequenos negócios e de buscar soluções junto às instituições de ciência e tecnologia para aprimorar o processo produtivo das empresas atendidas”, observou o diretor.

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Experiências

Caçadores da Inovação encontram “tesouros ocultos” nas empresas Cláudio Marinho, consultor de cenários e gestão estratégica, destaca a importância de ganhar mercado e dinheiro com produtos inovadores

A O posicionamento estratégico [de uma empresa, de uma região] tem a ver com ser diferente. Michel Porter, no livro “O que é estratégia?”

gentes Locais de Inovação (ALIs) são “caçadores de tesouros ocultos” de Inovação nas micro e pequenas empresas (MPEs). A comparação foi feita, na primeira palestra do II Encontro Nacional de ALIs, pelo consultor de cenários e gestão estratégica Cláudio Marinho. Como secretário estadual de Ciência, Tecnologia e Meio Ambiente, de 1999 a 2006, ele foi responsável no Governo de Pernambuco pelo Porto Digital (www.portodigital.org), um dos maiores polos de empresas de Tecnologia da Informação (TI). Com o tema “A Inovação é o instrumento específico do empreendedorismo”, Marinho apontou que o papel dos ALIs é fundamental para atuar na Inovação organizacional. Assim, por meio da observação, eles podem alterar positivamente a forma como as empresas produzem e colocam seus produtos no mercado. Para ele, inovar é fazer diferente, ganhar dinheiro e mercado com isso. “Inovar para ganhar competitividade e ter desenvolvimento sustentável”, ressaltou.

Classe média Na avaliação de Marinho, a nova geoeconomia mundial destaca o Brasil como um país de classe média entre os demais países emergentes do grupo BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul). “Precisamos desenvolver ações locais e globais para os mais emergentes dos emergentes, a nova classe média do País”, acentuou.

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Cláudio Marinho: Inovar para ter desenvolvimento sustentável

“Os desafios do desenvolvimento num mundo em transformação são desafios de regiões que competem entre si”, comentou o especialista, ao alertar sobre a necessidade de sair do lugar-comum. “As empresas têm de correr em busca do novo, do diferente, de novos mercados”, destacou. Na sua palestra, o consultor fez menção a uma frase do Michel Porter, professor da Harvard Business School, com interesse nas áreas de Administração e Economia. É autor de diversos livros sobre estratégias de competitividade. “O posicionamento estraté-

gico [de uma empresa, de uma região] tem a ver com ser diferente. Significa escolher deliberadamente um conjunto diferente de atividades para desenvolver uma combinação única de valores”, escreveu Porter no livro “O que é estratégia?”, de 1996.

Empreendedorismo Nessa linha, disse ele, a Inovação anda junto ao empreendedorismo. Um sendo instrumento específico para o outro. Cenário que coloca os ALIs como aqueles que vão criar a ponte para que os empresários

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Experiências

Marinho: a Inovação não é algo restrito à tecnologia dura e ao universo acadêmico, mas sim um instrumento do empreendedorismo

convertam material em recursos e esses em novas e mais produtivas configurações.

Desmistificação Outro ponto destacado por Marinho, na sua palestra, foi a ação que o Sebrae vem ao longo dos anos desempenhando para desmistificar a Inovação como algo restrito à tecnologia dura e ao universo acadêmico. Assim, cada dono de empresa, possuidor de uma boa ideia, pode alterar seus processos produtivos. Citando a diretoria de Tecnologia da Xerox, Marinho apontou que o grande resultado econômico proveniente da Inovação deve ser a satisfação dos

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consumidores-clientes. “Caso você inove e o resultado não for algo que beneficie o consumidor, então não é Inovação”, diferenciou. Ele chamou atenção para o trabalho feito por Charles Edquist, pesquisador de Gestão da Inovação na Universidade de Lun, da Suécia. Em uma de suas publicações, no início de 2000, já tratava a inovação de produtos associada a processos. Para Marinho, naquela época, o cenário brasileiro estava enviesado para a inovação de produtos. “Hoje a relação que fazemos é colocar a inovação de produtos e de negócios em um mesmo patamar. Isso já é uma conquista”, comemorou. Ainda em um dos livros comentados, o palestrante destacou que empreendedores bem-sucedidos têm objetivos ousados e abordou os modelos de negócios abertos. Segundo Marinho, a curiosidade é elemento fundamental para inovar.

“Tesouros” Dias antes do encontro, Marinho fez um trabalho com o grupo dos ALIs pela rede social Facebook para identificar casos interessantes e diferenciados de empresas atendidas pelo programa. Durante a palestra, ele procurou relacionar os casos citados pelos ALIs com o roteiro para a descoberta dos “tesouros ocultos” das empresas, traçado no livro “Innovacion and Entre-


preneurship” (Inovação e Empreendedorismo), do filósofo e economista de origem austríaca Peter Drucker (1909-2005). Confira os “tesouros” descobertos pelos seguintes ALIs: Wedson Bezerra Pereira A Terraço dos Salgados iria fechar. Viu o ALI como presente de Deus. Aumentou mix de 5 para 25 produtos. Faturamento cresceu mais de 70%. Rafael Sanches Empresa faz conversão de motores Diesel em gás, com o metano coletado em granjas. Rodrigo de Barros Pousada rural possui programa de carbono zero. Cada hospedagem converte-se em árvore plantada. Paulo Marcel A Sabor Amaz criou o Sal Vegetal, com 97% menos sódio que o sal comum. Madsom Pereira Empresa de mármore usa máquina de garimpo para transformar resíduos em pedrinhas que podem ser usadas em jardim e como brita. Élon Rufino Edu Autoportas leva sua oficina móvel para reparar vidros elétricos e trancas onde o cliente deseja ser atendido. Rebeca Lucena Restaurante utiliza óleo vegetal da Palma, planta forrageira nordestina. Produto tem menor custo e é mais saudável. Talita de Castro Restaurante utiliza alimentos

orgânicos e pretende educar a população sobre conceitos sustentáveis. Pryscilla Lira dos Anjos Empresário aplica 5S em sua produção e revela crescer 50% ao ano em seu faturamento. Sílvio Ricardo Silva A Mix Academia aumentou o número de alunos de 525 para 640, explorando os horários ociosos e de menor pico com promoções pontuais. Bruno Felipe Melo Silva Funcionários desmotivados por dívidas pessoais. Solução? Consultoria Financeira. Resultado? Funcionários felizes, empresa lucrando. Sara Cassiano Redução de custos com energia solar em oficina mecânica. Regina Alves Feitoza Empresa fez lajes com placas de isopor. Duas empresas de confecção fecham parceria para aumentar vendas e melhorar produções. Thathay Monteiro Empresa faz roupa exclusiva em 30 minutos. Que tal a exclusividade no estilo The Flash? Kahena Nogueira Empresária sem recursos financeiros para compra de móveis fabricou estandes para exposição de seus produtos a partir de madeiras inutilizadas. Kênia Cristina Empresária cria kit de panos de banheiro utilizando toalhas de segunda. Atualmente, esse produto é o carro-chefe do empreendimento.

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Universidade SEBRAE

Soluções oferecem aprendizagem continuada Diretor de Administração e Finanças do Sebrae aponta que a instituição conta com estrutura de educação para subsidiar os ALIs no atendimento às pequenas empresas

“A Estamos vivendo uma era de mudanças constantes, onde a única certeza que se tem é de que tudo vai mudar. José Claudio dos Santos, diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional

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capacidade de aprender é uma das melhores competências duráveis.” “Os conhecimentos específicos se tornam perecíveis muito rápido.” Em um slide, o diretor de Administração e Finanças do Sebrae Nacional, José Claudio dos Santos, usou essas expressões para introduzir a missão e as seis soluções trabalhadas pela Universidade Corporativa SEBRAE para os ALIs, durante a abertura do II Encontro Nacional de Agentes Locais de Inovação. E, em seguida, com outro slide, sintetizou:

“A única constante é a mudança.” Com o tema “A Era do Conhecimento – As transformações que impactam a sociedade”, o diretor ressaltou a necessidade de aprendizagem continuada. Em detalhes, tocou na questão da velocidade das informações. Segundo ele, depois de o mundo ter levado 250 anos para duplicar o conhecimento, esse fenômeno passou a acontecer a cada 18 meses desde 1994 e, a partir de 2020, ocorrerá a cada 73 dias. “Isso significa que, se nós ficarmos mais de 60 dias afastados dos meios, das organizações – seja lá por qual motivo –, corremos o risco de ficar obsoletos ou desatualizados”, alertou. Para ele, o número mostra que todo indivíduo passa a ser agora um aprendiz permanente, precisando estar sempre aprendendo e reaprendendo.


José Claudio listou cursos online e presenciais para assegurar o autoaprendizado aos colaboradores

“Estamos vivendo uma era de mudanças constantes, onde a única certeza que se tem é de que tudo vai mudar. A realidade hoje é a do aumento considerável da concorrência e da competição globalizada. O conhecimento torna-se uma obrigação, não mais um diferencial”.

Guerra de talentos De acordo com José Claudio, os Agentes Locais de Inovação devem estar atentos a todas essas mudanças e buscar preparar-se para encarar a guerra por talentos. Ele acredita ainda que o contexto eco-

nômico atual exige profissionais com múltiplas afinidades em diversas áreas de atuação. Nesse contexto, o diretor do Sebrae apresentou aos ALIs a existência de duas alternativas profissionais: “Ou se prepara para fazer parte do mundo corporativo das organizações; ou se transforma num empreendedor com uma empresa competitiva de acordo com essa nova ordem econômica”. Em qualquer desses caminhos, eles contarão com o apoio da Universidade Corporativa SEBRAE, cuja missão institucional é: “Promover ações educacionais para o desenvolvimento de

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Universidade Sebrae

Diretor do Sebrae: tecnologia obriga os profissionais a dominar mais informações

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competências dos colaboradores internos e externos, contribuindo para o alcance dos resultados do Sebrae junto às micro e pequenas empresas.” No novo mercado de trabalho, os jovens crescem cercados por tecnologia, apontou o diretor. “Quando um jogo ou uma etapa acaba, um outro começa. Isso obriga os profissionais a serem simplesmente os melhores naquilo que se propõem a fazer e, cada vez mais, precisam dominar informações que vão além de suas funções”, aconselhou. Por isso, avaliou, pessoas emocionalmente inteligentes, capacitadas, com grande nível de especialização, estão domi-

nando o mercado de trabalho.

Autoaprendizado e cursos presenciais

O autoaprendizado é uma das metodologias oferecidas pela Universidade Corporativa do Sebrae como referência nacional em educação empreendedora para os ALIs, especialmente em relação ao universo das micro e pequenas empresas brasileiras. “Nossa proposta é que o aluno se torne o agente principal e responsável pelo seu desenvolvimento. Para isso, temos inúmeras ferramentas presenciais e online”, detalhou.


Se a opção for online, os agentes poderão seguir por trilhas de aprendizagem – caminhos alternativos que podem ser trilhados na busca do conhecimento relevante para a atuação do ALI (artigos online, manuais, políticas, procedimentos, dicas online, livros, palestras online, desafios investigativos). Há também cursos virtuais de Formação Social e Política do Brasil, Economia aplicada as MPEs, Intraempreendedorismo e Inovação nas organizações, Desenvolvimento e Formação de Lideranças, dentre outros. “A UCSEBRAE oferece múltiplas formas de aprender. Os alunos são estimulados a compartilhar suas percepções por meio de diversas ferramentas colaborativas, chats, comunidades virtuais, encontros presenciais e trabalho em grupo”, apontou o diretor.

O poder do network Na visão de José Claudio, os agentes que participam da Universidade Corporativa possuem larga vantagem na guerra por talentos que ocorre no competitivo mercado de trabalho. Somado a isso, os ALIs ainda contam com um grande network de contatos que compõe o Sistema Sebrae. Atualmente, o Sistema é constituído por mais de 5.000 funcionários, cerca de 8.000 instruto-

res e consultores, 10 milhões de clientes informais e 6 milhões de micro e pequenas empresas. Ainda conta com 2.800 organizações parceiras. “Imagine o potencial dessas relações em uma rede que tem necessidade de inovar. E que já está promovendo a Inovação neste País”, atestou ele. E conclui: “A Inovação é o tesouro das MPEs. E os ALIs são os tesouros da Inovação”.

Novo desafio Dessa forma, assinalou o diretor, a utilização da informação como vantagem competitiva passa a ser o grande desafio das empresas. Nesse sentido, a inteligência competitiva torna-se fundamental para uma organização. Mas, para isso, ela deve estar alinhada à estratégia do negócio. Deve estar relacionada a uma ação no presente com vistas em vantagens no futuro. “Nós temos um exército de ALIs indo para dentro das empresas para identificar e conhecer as necessidades dos clientes. Assim, podemos propor ações de transformação nas áreas de tecnologia da informação e conhecimento que impactarão a sociedade”, enfatizou. E concluiu: “As empresas, por sua vez, precisam ser mais inovadoras, com mais senso de urgência, agilidade em seus processos e eficiência”.

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Universidade Sebrae

A Universidade Corporativa SEBRAE oferece seis soluções para a capacitação dos ALIs, incluindo Eventos. São as seguintes:

Gestão do Conhecimento Organização de todo conteúdo relativo à participação dos ALIs no ambiente virtual de aprendizagem da UCSEBRAE, incluindo o desenvolvimento de monografias – parceria com o CNPq.

Jogos São atividades educacionais lúdicas para apoiar o programa de capacitação dos ALIs. Em 2011 foi desenvolvido o Circuito interativo customizado com cinco atividades nos temas Inova-

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ção, Sustentabilidade e Soluções Sebrae. Participaram dessa atividade 330 ALIs.

Trilhas de Aprendizagem Caminhos alternativos que podem ser trilhados na busca do conhecimento relevante para a atuação do ALI (artigos online, manuais, políticas, procedimentos, dicas online, livros, palestras online, desafios investigativos): Trilha 1: SEBRAE e as Micro e Pequenas Empresas (MPEs) Trilha 2: Institucional SEBRAE.

Disciplinas online Oito cursos online (opcionais): carga entre 10 a 40 horas, a distância, dentro do ambiente


virtual de aprendizagem da UCSEBRAE. Visam a formação em temáticas relacionadas àS MPEs: • Formação Social e Política do Brasil • O Sebrae e as MPEs • Economia Aplicada às MPEs • Intraempreendedorismo e Inovação nas organizações • Gestão de Projetos - GEOR • Desenvolvimento e Formação de Lideranças • Referenciais de Educação SEBRAE • Referenciais de Tutoria SEBRAE.

Capacitação Presencial Formação Básica Presencial: curso com carga horária de 198 horas, focado no desenvolvimento de competências que integram as dimensões do desenvolvimento humano: aprender a conhecer, aprender a fazer e aprender a ser e a conviver.

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Resultados

Casos de sucesso atestam o êxito das ações inovadoras Experiências bem-sucedidas do Programa ALI são apresentadas pelo Sebrae para estimular o surgimento de novos exemplos nas ações dos Agentes Locais de Inovação

B Vamos usar a pedagogia do exemplo para que vocês possam observar os caminhos. Enio Pinto, gerente de Acesso a Inovação e Tecnologia do Sebrae

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ons exemplos são excelentes opções para capacitar multiplicadores de conhecimento. Tal estratégia foi usada pelo gerente Enio Pinto, da Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia (UAIT), do Sebrae Nacional, ao expor os resultados alcançados pelo Programa ALI com a apresentação de quatro casos de sucesso. “Vamos usar a pedagogia do exemplo, a educação pela afinidade para que vocês possam observar os caminhos, as soluções, os insights [percepções] desses quatro casos que serão apresentados para que a gente possa fazer coisa similar, reproduzindo isso no seu trabalho, no seu dia a dia, no seu Estado”, argumentou o gerente, no II Encontro Nacional de Agentes Locais de Inovação. As quatro experiências exitosas selecionadas mostram que a atuação dos ALIs pode significar avanços em produtividade, qualidade e sustentabilidade. São as seguintes:

Produtos de gestantes delivery Bons negócios surgem de bons observadores. Foi assim que a empresária Carolina Cordeiro teve lucro certo ao aproveitar a inexistência de lojas especializadas no segmento gestante e pós-parto, em Rio Branco, capital do Acre. Com o apoio da Agente Local de Inovação Marislene Vidigal, a empresa Cheia de Vida inovou com serviços diferenciados. Hoje o atendimento às mamães é feito em domicílio ou no hospital. “O Pro-


A empresária Carolina e a ALI Marislene, do Acre, relatam experiência delivery para gestantes e pós-parto

grama ALI é um sucesso”, comemorou Carolina, ao relatar a própria experiência. Antes de a empresária ter contato com o Programa ALI, falhas no processo de gestão faziam parte da rotina da sua empresa. “Faltava controle de contas a receber”, lembrou Marislene. A empresária contou que existiam também dificuldades para identificar e mensurar os lucros. “A formação dos preços era de forma empírica, faltava treinamento dos funcionários, que não eram registrados. Hoje te-

nho três vendedoras, todas com carteira assinada”, comparou. Com a parceria, a empreendedora passou a investir na sua própria capacitação com cursos de atendimento, oficina de vitrinismo e consultorias financeiras. Outras ações implementadas foram investimentos em publicidade e a divulgação da loja em jornais locais e em campanhas de outdoors. Resultado nas mãos, a empresária mudou a loja para um espaço maior, possibilitando melhor exposição das mercadorias. “Hoje também há a segmen-

Cheia de Vida ganhou maior espaço para a exposição dos produtos

tação de mercado e a identificação do público-alvo e dos produtos mais adequados. Há um melhor controle financeiro, com a interpretação e análise das informações geradas pelo software. Com isso, passei a identificar o lucro do negócio facilmente”, revelou a empresária. “Nossa meta é aumentar o faturamento em 50% até o final deste ano”, estimou.

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Resultados

Gerente Enio mostra camisa do Point do Acaí, do empresário Aracê Santos, que teve o apoio da ALI Aline

A Boa Viagem do açaí Um exemplo de que a Inovação não tem fronteira, mas precisa de capacitação, é a experiência do empresário Aracê Prudente dos Santos. Nascido na Bahia, com residência e empresa em Pernambuco, ele foi buscar no açaí da Amazônia a solução para enfrentar a concorrência. Dono de um dos 60 quiosques que margeiam a orla da praia de Boa Viagem, na cidade do Recife, ele precisou capacitar mão de obra, conhecer melhor o mercado e principalmente ino-

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Quiosque teve como diferenciais a fruta amazônica e o funcionamento 24 horas

var para introduzir a novidade. “Com a ajuda do ALI, conseguimos vencer as dificuldades iniciais. Realizamos um profundo trabalho de capacitação dos funcionários e pesquisa sobre o alimento e o mercado, aliado a outras pequenas inovações”, relatou. E o resultado? Hoje o simples quiosque, que vendia apenas água de coco, ganhou o nome

chique de Point do Açaí, um dos espaços mais badalados na orla da praia. Funcionando 24 horas, conquistou até os concorrentes. Os clientes passaram a ser registrados em um cadastro, ganharam proteção de segurança privada, conforto do acesso à internet e podem adquirir o produto amazônico em sites de compras coletivas.


Empresa lançou no mercado a marca Oposto e no atacado a marca Desilline

Capacitado pelo Programa ALI, o empresário abriu um escritório de suporte administrativo, melhorou a infraestrutura do quiosque, organizou os controles da empresa e qualificou os funcionários, que fizeram cursos de manipulação de alimentos e de atendimento. Com o apoio da prefeitura do Recife, fizeram curso de inglês instrumental. A uniformização da equipe fechou essa etapa. “Às vezes, a gente sabe o que deve fazer, mas não sabe o que fazer primeiro”, admitiu Aracê. Na organização das prioridades da empresa, a consultoria prestada pela ALI Aline Ramos fez a diferença. “Montamos um controle de estoque e vendas e

organizamos o tempo dele para que pudesse se dedicar aos novos projetos de Inovação”, explicou Aline. Com mais tempo para pensar, o empresário vai aperfeiçoando suas ideias. “Todos os dias eu volto para casa pensando no que vou fazer de diferente no dia seguinte”, revigorou-se.

Europa por conta própria Com o apoio do gestor, da consultora sênior e dos agentes do Programa ALI no Paraná, o empresário Osmar Paulino viajou à Europa com o objetivo de se preparar para os novos desafios da confecção Ibela-Ro, instalada no município de Cianorte, no polo de vestuário e confecção

Izabel (ao microfone) e Osmar, da confecção Ibela-Ro, Paraná, com os ALIs Natália e Gesival

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Resultados localizado no noroeste do Paraná. Por conta própria, o empresário, o gestor e os ALIs envolvidos com o polo de confecção fizeram uma turnê no mundo da alta costura. Conheceram, em Paris, Milão e Londres, os modelos de gestão de grifes internacionais, a exemplo de Versace, Colette, Giorgio Armani, Top Shop, além do comércio e do marketing de famosas avenidas, como a Champs Élysées e a Saint Honoré, ambas em Paris. “Com a viagem, conseguimos trazer muito conhecimento, principalmente na área de moda. As vitrines deles, por exemplo, são muito diferentes das nossas”, apontou Paulino. Da experiência com a Ibela-Ro, participaram o gestor do Programa ALI no Polo do Vestuário do Noroeste do Paraná, Elvio Saito, a consultora sênior Margarete Campos Vieira e os ALIs Gesival Ramiro, Jefferson Silva e Natália Cortez. “Todo esse modelo de trabalho foi realizado com recursos próprios, porque a gente tem que fazer a contribuição para que o Sebrae e as empresas possam caminhar”, disse Saito, referindo-se à missão técnica empreendida rumo à Europa.

Nova marca Hoje, mais bem estruturada,

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a empresa tem seus produtos confeccionados com referência no mercado europeu. E reforçou suas ações para a consolidação no atacado da nova marca, a Desilline, lançada em 2010. Em 2002, a empresa já havia lançado no mercado a marca Oposto. Entre as novidades introduzidas pelo Programa ALI na empresa Ibela-Ro, destacam-se a gestão de produção (planilha Excel com relatório de produção), o acompanhamento de piloto e desenvolvimento e planejamento de mix de produto. Além disso, a confecção passou a concentrar suas atividades numa única área. Antes, a parte de modelagem ficava distante da área de pilotagem, onde se montam as peças. “A centralização nos deu um maior controle no processo produtivo”, contou Izabel Ranuncci Paulino, sócia do marido na confecção. Para a empresária, era inaceitável acreditar que a Inovação pudesse vir de ideias simples, como foi o caso da centralização das etapas produtivas. “Estávamos precisando de ajuda, mas não sabíamos a quem recorrer. Um dia recebi uma ligação do Sebrae oferecendo o serviço do ALI. No início fiquei com receio, mas depois vi que o trabalho contava com profissionais gabaritados”, atestou Izabel.


A massa automática

Oides (à esquerda) industrializou a produção de massa com a ajuda do ALI Hudson

Em Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, o empresário Oides Saturno Junior literalmente tirou as mãos da massa. Da massa para fazer pastéis. E partiu para a industrialização do produto. Agora, o serviço antes manual é feito por equipamentos do sistema de corte e empilhamento automático da massa. Resultado: atualmente a fábrica de massas Albassi atende a maior parte da rede de supermercados de Campo Grande e de outros municípios de Mato Grosso do Sul. Em boa parte, isso aconteceu graças ao financiamento de R$ 154,8 mil, obtidos com a

ajuda do Programa ALI junto à Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), órgão vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação. “O apoio do ALI foi fundamental. Eu não teria condições de pagar um especialista”, agradeceu Saturno Júnior, elogiando o trabalho do ALI Hudson Perdomo, “O edital da Finep começou a mostrar que essa empresa está no mercado para ser diferente”, destacou o agente. E o futuro? Para Oides, o futuro é agora. Além da matériaprima para os pastéis, a fábrica passou a contar com um novo processo de produção de massa e embalagens diferenciadas. A previsão é aumentar a produção em mais 70%.

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Oficinas

Normas técnicas são diferenciais de Inovação Consultora da ABNT explica a importância de disseminar a normalização no universo das micro e pequenas empresas para conquistar mercado e obter lucro

P Um dos principais motivos em aderir às normas é o lucro, independentemente da segmentação e do porte. Adriana Santos, consultora da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT)

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ara vencer a corrida pela competitividade, ganhar mercados e garantir o sucesso é preciso ter serviços diferenciados. Em grandes eventos, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, ou na condição de fornecedoras de médias e grandes empresas, há muitas oportunidades para a empresa de pequeno porte conquistar novos clientes e atender consumidores mais rigorosos quanto à qualidade dos produtos. Tudo isso em busca da razão de existir das empresas – o lucro. Essa é a avaliação da consultora da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), Adriana Santos, durante as oficinas de capacitação de Multiplicadores das Normas Técnicas Brasileiras, realizadas no II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação (ALIs). De acordo com ela, a normalização como instrumento de Inovação e competitividade nas micro e pequenas empresas (MPEs) deve ser encarada como o diferencial inovador para aumentar a lucratividade em produtos e serviços. “Um dos principais motivos para aderir às normas é o lucro, independentemente da segmentação e do porte”, sentenciou a consultora. De acordo com ela, o papel dos ALIs é mostrar que a normalização é possível, viável, tem custo baixo e as empresas podem participar da criação das normas. “Os agentes são difusores e peça fundamental na introdução dessa ferramenta de Inovação por estarem sempre em contato com os empresários”, apontou. Adriana explicou que a normalização consiste em passos comuns e repetitivos seguidos pelas empresas que buscam obter grau máximo na prestação de seus serviços. Na prática, seu uso está presente


Adriana Santos: produtos padronizados fidelizam os clientes

na fabricação dos produtos, na transferência de tecnologia, na melhoria da qualidade de vida por meio de normas relativas à saúde, à segurança e à preservação do meio ambiente. “A competição não permite que as empresas fidelizem seus clientes com base no profissional, mas sim no serviço prestado. E esse precisa estar padronizado. Ninguém quer ter surpresas desagradáveis”, atestou a consultora.

Parceria

Para disseminar a normalização, o Sebrae Nacional fechou parceria com a ABNT para criar o Modelo de Gestão para as MPEs. O objetivo é tornar fácil o acesso às normas técnicas, além de abrir espaço no qual as empresas possam participar da elaboração.

“Estamos pondo fim à ideia de que as normas são caras. No convênio, as empresas podem obter gratuitamente coletâneas setoriais e outras com valores diferenciados”, atestou. Pela parceria, o Sebrae se responsabiliza por 1/3 do valor, a ABNT por outro 1/3 e o empresário com o restante. Com seis grupos, o Modelo de Gestão capacita multiplicadores, produz boletins informativos e organiza coleções setoriais. O Brasil dispõe de 10,5 mil normas técnicas, a maioria da indústria. Ainda há carência de normas para certificação, principalmente em comércio e serviços. “Sem produtos e serviços de qualidade e certificados, a empresa está fora do mercado”, diagnosticou a consultora.

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Normalização

Sebrae e ABNT vão capacitar Agentes de Inovação Capacitação visa apoiar 30 mil empresas de menor porte em dez segmentos prioritários na adoção de normas técnicas para a conquista de mercado no exterior

A O desconhecimento sobre a existência das normas da ABNT é o maior desafio a ser superado. Odilão Baptista Teixeira, diretor-adjunto de Negócios da ABNT

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té junho de 2012, o Sebrae e a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) vão capacitar gestores e Agentes Locais de Inovação para apoiar 30 mil empresas de menor porte na adoção de normas técnicas em dez setores prioritários, entre eles, madeira e móveis, têxtil e alimentação. Em seguida, uma pesquisa com 5.000 micro e pequenas empresas vai conferir a aplicação das normas da ABNT e identificar sugestões de melhoria para a certificação de produtos e serviços. “A implantação de normas técnicas visando à certificação será a garantia de novos mercados para as micro e pequenas empresas”, disse o diretor-Técnico do Sebrae, Carlos Alberto dos Santos, no II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação (ALI). Segundo ele, a parceria entre Sebrae e ABNT abre novas perspectivas de ganhos para os empresários brasileiros no mercado globalizado. Em grandes eventos, como a Copa do Mundo em 2014 e as Olimpíadas em 2016, há muitas oportunidades para as empresas de pequeno porte conquistar novos clientes na condição de fornecedoras de médias e grandes empresas. Mas terão que se preparar para atender também consumidores mais exigentes. “O turista estrangeiro é mais seletivo e prefere produtos e serviços certificados”, justificou Carlos Alberto, para quem a certificação não pode ser vista apenas como custo adicional, mas uma chance de ampliar o acesso ao mercado. Dependendo do segmento, há micro e pequenas empresas que fornecem para grandes conglomerados. Essas empresas, segundo o diretor-adjunto de Negócios da ABNT, Odilão Baptista Teixeira, estão


Foto: Tecris de Souza

Odilão Teixeira: descontos reduzem os preços das normas para pequenas empresas

mais preparadas. “Mas na área de serviços, como restaurantes e hotéis, por exemplo, há a Norma ABNT NBR ISO 15.635:2008, que dispõe sobre a qualidade de alimentos expostos no cardápio e que atende a padrões internacionais”, disse. Teixeira comentou que, inicialmente, acreditava-se que as empresas de pequeno porte não usavam normas técnicas porque eram caras. ”Mesmo com o subsídio e o desconto que reduziu a um terço o valor da norma para esses empresários, constatamos que era o desconhecimento sobre a existência das normas o maior desafio a ser superado”, assinalou o diretor da ABNT, para quem a parceria do Sebrae com a ABNT está mudando essa realidade. Os investimentos somam R$ 9 milhões em oficinas de capacitação de multiplicadores das normas técnicas brasileiras, curso a ser

oferecido pela Universidade Corporativa SEBRAE para quem quiser aprofundar o conhecimento sobre normalização. As oficinas também são voltadas para promoção e divulgação de 16 artigos e 10 vídeos com casos de sucesso, além de portfólio dirigido às micro e pequenas empresas com representantes de todos os setores e ainda a venda de normas e a reestruturação da página específica na internet www. abnt.org.br/paginampe, onde será possível fazer um autodiagnóstico. Os setores prioritários são: apicultura, automotivo, software, confecções, beliches, segurança de alimentos, gestão ambiental, bijuterias e jóias, qualidade em pequeno comércio, segurança no turismo de aventura, gestão sustentável de eventos e panificação (equipamentos e fabricação do pão francês. (Tecris de Souza, enviada especial da Agência Sebrae de Notícias a Porto de Galinhas)

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Oficinas

Agentes locais recebem capacitação do Inmetro Consultores citam a Liga da Justiça e o Capitão América para mostrar que os órgãos regulamentares têm a missão de lutar a favor dos indefesos

O Cabe ao Inmetro o papel de harmonizar os diferentes interesses dos diversos segmentos da sociedade. Ana Valéria Silva, diretora de Qualidade do Inmetro

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Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) firmou parceria com o Instituto Nacional de Metrologia (Inmetro) para ampliar a adoção pelo segmento empresarial de programas de avaliação da conformidade. Trata-se de requisitos que asseguram saúde e segurança do consumidor e, dependendo do produto, a preservação do meio ambiente, baseados em normas vigentes para o produto e regulamento técnico. Mostrar aos empresários as vantagens dos programas de conformidade é uma das tarefas dos Agentes Locais de Inovação (ALIs). Por isso, oficinas para capacitá-los foram promovidas por consultores do Inmetro durante o II Encontro Nacional dos ALIs. O objetivo é agregar valores aos produtos ou serviços para aumentar a lucratividade das empresas nos mercados internos e externos. Para esclarecer as atribuições do Inmetro, os palestrantes recorreram a uma comparação lúdica. Citando a Liga da Justiça – órgão fictício formado por super-heróis –, eles afirmaram que anteriormente, no imaginário dos consumidores, o Instituto agia como se fosse o Capitão América, com 70 anos completados em 2011, defendendo o mundo e os indefesos com seus superpoderes. Mas, para os consultores, a comparação deve ser revista. Isso porque a atuação do Inmetro não é isolada nem unilateral. Resulta da união das forças de consumidores, governo e empresas. Cada um vira super-herói na defesa de seus interesses, por meio do respeito às normas, e juntos lutam por uma coletividade mais justa.


Consultores do Inmetro afirmam que regulamentos tornam a coletividade mais justa

Recorrendo à simbologia da Liga da Justiça, o Inmetro buscou retratar a atuação conjunta dos órgãos fiscalizadores e regulamentares para agregar novos conhecimentos aos Agentes Locais de Inovação. Durante a capacitação, foram abordados temas como conceitos de qualidade, normas e regulamentos técnicos e programas de avaliação da conformidade. “Acreditamos que, com a capacitação, os agentes oferece-

rão um trabalho de consultoria às MPEs com mais propriedade e, com isso, poderemos promover a inovação tecnológica dentro das empresas, identificando oportunidades de inovação de produto, processo ou ainda gestão, necessária ao crescimento e competitividade da empresa”, disse Ana Valéria Silva, diretora de Qualidade do Inmetro. Além disso, acrescentou, a parceria busca garantir benefícios como a concorrência justa, fortalecimento do mercado interno e estímulo à melhoria contínua. Benefícios esses que se estendem às micro e pequenas empresas (MPEs) no que diz respeito ao aumento de competitividade e ao desenvolvimento

industrial e tecnológico. “Cabe ao Inmetro o papel de harmonizar os diferentes interesses dos diversos segmentos da sociedade. Dessa forma, reunimos todas as partes interessadas para conversar antes, assim minimizamos os impactos que uma nova regulamentação pode trazer às partes impactadas, que vão do empresário até o consumidor”, assinalou a diretora. “A crescente demanda por qualidade tem exigido dos empresários a adequação de seus produtos ou serviços a esse novo desejo dos clientes, como uma maneira de manter a competitividade frente aos produtos nacionais e internacionais”, disse Ana Valéria.

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Oficinas

ANPEI apresenta ferramentas para motivar empreendores Associação Nacional de Empresas Inovadoras detalha o uso do Kit 19, material didático criado para estimular a melhoria de produtos e processos

O Trazemos mecânicos para trabalhar nelas [empresas], quando na verdade o que precisamos mesmo é de jardineiros.” Peter Senger. diretor do Massachusetts Institute of Technology

Sebrae Nacional e a Associação Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento das Empresas Inovadoras (ANPEI) desenvolveram e agora estão capacitando os Agentes Locais de Inovação para a utilização do Kit I9. Trata-se de material didático, cujo objetivo é incentivar e motivar os empresários e profissionais das micro e pequenas empresas a elaborar projetos de produtos e serviços inovadores. O Kit I9 Sebrae é composto por 15 ferramentas motivacionais, entre cartas com frases, mapa, matriz de avaliação, carimbos, cartelas, dados e triângulos de mesa. O material inclui ainda um bloco denominado “O Grande Livro Branco das Ideias Criativas”, totalmente em branco, e o “I9 Sebrae – Criatividade & Inovação – gerando ideias de sucesso para a sua empresa”, que apresenta cada uma das ferramentas motivacionais em processos criativos e sua aplicação nas empresas atendidas pelo Sebrae. A criatividade, assim como outras habilidades, pode ser desenvolvida. É o que acredita Claudia Barretto, consultora da ANPEI. “O kit servirá para potencializar a geração de ideias, tanto individualmente quanto em equipe, pois facilita a aplicação de ferramentas como o brainstorm, o Scamper e outras”, apontou.

Ideias e jardineiros Para a consultora, a atual conjuntura social e econômica coloca as pessoas no centro do processo, como assimiladoras e criadoras do

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Kit 19 ajuda a desenvolver ideias inovadoras

conhecimento que as empresas precisam para serem competitivas. “É preciso refinar o processo de seleção das ideias geradas e definir um plano de ação para implantar as ideias criativas selecionadas”. A apresentação do material por consultores da ANPEI contou com frases de forte efeito: “As empresas são, na verdade, organismos vivos e não máquinas. Mas nós trazemos mecâni-

cos para trabalhar nelas, quando na verdade o que precisamos mesmo é de jardineiros.” A pérola é de Peter Senge, diretor do Centro de Aprendizagem Organizacional do Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos. A experiência leva em conta que a Inovação possui alguns propósitos para as organizações empresariais, como criar diferencial, neutralizar a concorrência, aumentar a produtividade e acabar com as fronteiras comerciais. Em um giro pelo mundo, é possível perceber que em cada país há um enfoque diferente. Os Estados Unidos da América, por exemplo, investem muito na melhoria dos processos, enquanto os japoneses dão mais ênfase aos produtos. No Brasil, produtos e processos andam juntos no que tange à Inovação. Além disso, para cada enfoque, há uma ferramenta certa de estímulo e concepção criativa. A ferramenta também poderá ser usada para criar novas ideias a serem utilizadas como deflagradores nas inovações de marketing e organizacionais. Aquele diz respeito às mudanças significativas na concepção do produto ou da embalagem, no posicionamento do produto, na promoção ou na fixação de preços; enquanto este aborda o novo método organizacional nas práticas de negócio da empresa, na organização de seu local de trabalho ou em suas relações externas.

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Atividade

Mensuração do Grau de Inovação nas empresas identifica oportunidades Consultores seniores do Programa ALI recebem capacitação na arte de determinar e orientar o caminho certo para a Inovação

O Inovação é uma forma de usar conhecimento e transformá-lo em dinheiro. Glauco Arbix, ex-presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA)

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s consultores seniores do Programa ALI reciclaram seus conhecimentos sobre o grau de maturidade inovadora das organizações de pequeno porte, durante atividade realizada no II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação sobre a metodologia de mensuração do Grau de Inovação nos setores de comércio e de serviços. A ferramenta de mensuração foi criada para dar suporte ao Programa ALI. Permite avaliar, por meio de formulários, a eficácia do esforço para levar o processo e gestão da Inovação às empresas e ainda identifica novas oportunidades para inovar. De acordo com o engenheiro Dórian L. Bachmann, diretor da Bachmann & Associados, o produto resultado da mensuração é relevante para que a realidade das micro e pequenas empresas (MPEs) no País seja conhecida, assim permitindo tanto a correta execução de políticas públicas quanto para a oferta de serviços privados que contribuam para o sucesso do segmento. “Para nós, que desenvolvemos a metodologia, perceber que os resultados realmente ajudam a identificar os pontos fortes e fracos das empresas, e que a escala tem sensibilidade para perceber que, ao longo do tempo, as empresas estão melhorando, é uma vitória”, comemorou o engenheiro. Na palestra, Dórian recorreu a uma frase lapidar de Glauco Arbix, ex-presidente do Instituto de Pesquisas Econômicas Aplicadas (IPEA): “Inovação é uma forma de usar conhecimento e transformá-lo em dinheiro.”


Agentes Locais atuam com base no Grau de Inovação medido nas empresas

Medidor eficaz Com a técnica, fica mais fácil para que os ALIs definam os planos de ação, aumentando assim a probabilidade de se obter competitividade. Além desse benefício, os agentes ainda podem conhecer a evolução da em-

presa. Para o Sebrae Nacional, a mensuração permite identificar pontos que mereçam maior atenção e que precisem de aprimoramento. “É um medidor eficaz, com potencial para convencer empresários de micro e pequenas empresas a adotarem práticas de Inovação em seus empreendimentos”, explicou o diretor Bachmann. O Grau de Inovação é composto pela avaliação de 13 dimensões: oferta, processos, plataforma, organização, marca, logística, clientes, praça, agregação de valor, soluções, rede, relacionamento e ambiência inovadora. “Para nós, a ambiência inovadora é a mais importante das

13, pois avalia a importância que a empresa dá à Inovação”, acentuou. A dimensão considera a capacitação dos colaboradores, a liberdade de trocar conhecimento e a existência de relacionamentos com entidades externas que podem fornecer tecnologias e novas ideias. Na primeira avaliação feita pelo Sebrae/PR, com dados de 530 empresas atendidas pelo Programa ALI, o Grau de Inovação médio foi de 2,0. A escala varia entre 1,0 – empresas pouco ou nada inovadoras – e 5,0 – empresas sistematicamente inovadoras. Em uma medida feita um ano depois do início do Programa, o Grau de Inovação das empresas havia subido em média 0,5 pontos.

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Oficinas simultâneas

Ideias para fortalecer o Programa ALI Divulgação dos casos de sucesso e promoção de novos eventos foram sugestões apresentadas por agentes e gestores para melhorar os resultados das ações

O A metodologia levou os envolvidos a pensar que devem aprender mais. Agnaldo Castanharo, gerente de Inovação e Competitividade do Sebrae/PR

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acesso à divulgação, na mídia regional e nacional, de casos de sucesso e diretrizes gerais das empresas atendidas pelo Programa ALI, promoção de novos eventos, mais trocas de experiências e melhoria no pós-atendimento e no sistema de informações. Visibilidade, interação e agilidade foram palavras de ordem que nortearam essas sugestões apresentadas por agentes locais de Inovação, gestores e consultores que se reuniram, durante oficinas simultâneas, para propor como fortalecer os programas estaduais e assegurar a prática de Inovação continuada pelas empresas atendidas. “Divulgar nacionalmente o Programa ALI em meios de comunicação de massa, com o mesmo nível do SebraeTec e do Sebrae Mais, será importante para dar maior credibilidade às ações desenvolvidas”, recomendaram, por exemplo, os integrantes do grupo da sala G, uma das 10 em que ocorreram as oficinas simultâneas. Em cada uma das salas havia 50 participantes que se empenharam em responder a questões de cinco eixos temáticos, dentre eles: como assegurar a continuidade da Inovação, ações consideradas inovadoras e modificações para elevar a promoção da Inovação. Dessa forma, foram destacadas nas oficinas maior integração entre os programas realizados pelo Sebrae e mais troca de experiências entre os envolvidos. “A interação dos diversos produtos oferecidos é fundamental para que não se torne repetitivo e não confunda o empresário sobre qual seria mais indicado em cada caso”, apontaram os participantes do grupo da sala H. Já a turma da salas C e F assinalaram


Herbart Melo/Sebrae-CE: oficinas simultâneas foram um dos grandes momentos do II Encontro Nacional

ceria com o projeto Negócio a Negócio para encaminhar adequadamente a demanda: após receberem as soluções gerenciais do Negócio a Negócio, empresas seriam triadas e encaminhadas para o ALI quando houver potencial para Inovação”.

Multiplicadores

que é preciso desenvolver eventos temáticos, semana do ALI, palestras sobre Inovação, encontros regionais para compartilhar informações. Os participantes da turma A apontaram:“Trabalhar em par-

Ainda de acordo com a turma A, é preciso que o Sebrae crie meios para realizar o atendimento empresarial pós-Programa ALI. Assim, a proposta aponta ainda a realização de cursos e palestras que disseminassem a cultura da Inovação entre empresários, colaboradores e agentes de mercado, com o intuito de torná-los multiplicadores de Inovação.

“Criar um programa de acompanhamento e monitoramento pós-ALI para verificar se a empresa continuou com a cultura da Inovação, se ela manteve o comprometimento em buscar soluções por meio do Sebrae como de outros parceiros”, apontaram os integrantes da turma J. Para eles, há também a necessidade de ser criada uma ferramenta com a finalidade de inserir outros produtos e serviços do Sebrae na rotina de comerciantes já atendidos pelos ALIs. Os grupos apontaram também a importância da criação de uma segunda fase para o Programa dos Agentes Locais de Inovação, uma continuidade ao atendimento a grupos de empresas que apresentaram resultados para novos avanços.

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“Seria interessante criar um profissional denominado ALI Master, que teria a missão de dar continuidade, motivação e sustentabilidade às MPEs”, aconselhou o grupo da sala E. Durante os debates, houve ainda a sugestão para a criação de uma rede envolvendo empresas inovadoras, que estariam em constante simbiose. “Elas colaborariam entre si e atuariam de forma inovadora com base em um banco de provedores de solução de empresas novas e as já cadastradas no programa”, delimitou a turma D. Para esse grupo, outro ponto fundamental para fortalecer o programa é a reestruturação do Sistema de Informação e Atendimento ao Cliente do Sebrae (SiacWEB). “Ele precisa ser reformulado para apresentar maior confiabilidade nos dados e acessibilidade das informações. Assim, ele se tornará uma ferramenta mais ágil”, apontaram os participantes das salas A, B, D, G e Q. Agilidade é o que eles esperam também no que tange ao tempo de respostas às demandas das empresas.

Compras coletivas Já a disseminação de práticas de Inovação foi destacada pelos participantes da oficina, principalmente em ações como as inserções de empresas em sites de compra coletivas, em redes

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sociais ou mesmo o desenvolvimento de sites e portais que deflagraram mudanças e melhorias no desempenho das MPEs. Outro exemplo interessante apresentado foi a criação do kit (revista Soluções, vídeo e casos de sucessos) voltados para a apresentação do projeto ao realizar o primeiro contato com o empresário. “Nós realizamos várias ações, a exemplo de encontros de negócios direcionados às demandas específicas, realizadas em conjunto com empresários e provedores de negócios. Buscamos novas formas para realizar a sensibilização (faculdades, prefeituras, associações, mutirões, força-tarefa), além da criação de cartilha e manual de Inovação com casos de sucesso locais”, detalharam os participantes da turma da sala B. Outra proposta dessa turma foi a definição de políticas de educação continuada e a padronização visual do Programa para elevar a integração dos agentes. “Padronizar a identidade visual, respeitando as características regionais e capacitar os ALI por segmento de atuação”, assinalou a turma A. Eles esperam também que a capacitação venha em forma de cursos, visitas a feiras, visitas técnicas, participações em congressos e seminários. Foi sugerida ainda, pela turma C, a necessidade de maior acompanhamento do consultor

sênior nas atividades do ALI. “Precisamos de um gestor, ou representante legal, mais presente e nos orientando”. Fechando as propostas, eles apontaram as três maiores demandas de consultoria tecnológica percebidas nas MPEs: Tecnologia da informação, com o uso de softwares e websites; melhoria do processo produtivo e serviços; e consultoria em design, marca, embalagem, e outros.

Aprender mais “A alegria que se tem em pensar e aprender faz-nos pensar e aprender ainda mais.” Recorrendo a essa frase do filósofo grego Aristóteles, Agnaldo Castanharo, gerente da Unidade de Inovação e Competitividade do Sebrae/PR, avaliou as contribuições oferecidas pelas oficinas simultâneas. “A metodologia aplicada propiciou que as pessoas pensassem e buscassem o aprendizado e ao mesmo tempo levou os envolvidos a pensarem que devem aprender mais”, apontou. As oficinas foram importantes, pois deram oportunidade a todos de expor suas dificuldades e congratulações com relação a itens que são desenvolvidos no Programa ALI, analisou Herbart Melo, assessor da presidência do Conselho Deliberativo e articulador da Unidade de Inovação e


Tecnologia do Sebrae/CE. “Esse foi um dos grandes momentos do Encontro Nacional ocorrido em Porto de Galinhas”, elogiou. “As oficinas foram ressaltadas pelos participantes como um momento importante para troca de experiências e exposição de suas opiniões sobre o programa ALI, além de apontar melhorias no processo”, apontou Mara Bauer, coordenadora das capacitações preparatórias dos ALIs e responsável pelas ações de capacitação durante o II encontro dos ALIs.

Eixos temáticos e ideias Veja temas e sugestões apresentados nas oficinas simultâneas: “Indique pelo menos três alternativas para assegurar a prática da Inovação de forma sistemática e contínua pelas empresas após atendimento pelo ALI.”

Castanharo/ Sebrae-PR: metodologia das oficinas estimula a reflexão sobre o aprendizado

• Promoção de cursos, palestras e fóruns empresariais; • Acesso maior aos programas e consultores do Sebrae Nacional; • Criação da 2ª fase do Programa ALI. “Ações realizadas pelos ALIs que pudessem ser consideradas inovadoras no atendimento às MPEs.” • Inclusão em sites de compras coletivas; • Alternativas de trocas de serviços entre empresas de setores diferentes para atendimento das respectivas necessidades; • Elaboração de kits com materiais específicos (artigos, cartilhas, áudio e vídeos, DVDs, etc.) baseados nas necessidades das empresas; “Modificações na atuação dos ALIs para ampliar a promoção da Inovação.”

• Capacitação contínua da clientela nos setores de atendimento por meio do SEBRAE e pela proatividade do agente; • Padronizar o que pode e o que não pode ser usado pelos ALIs como: crachás, pastas, uniformes, com a logomarca do Sebrae e parceiros, em nível nacional. Sebrae Nacional contratar consultor jurídico para nivelar com os Sebrae/UF a utilização da marca Sebrae; • Trabalhar em parceria com o projeto Negócio a Negócio para encaminhar adequadamente a demanda. “Opções para fortalecer os Programas Estaduais.” • Realização de seminários regionais; • Integração das ações dos ALIs às do Sebrae Nacional; • Busca de parceiros internos e externos. Ex.: escolas técnicas, universidades, secretarias de Ciência e Tecnologia. “As três maiores demandas de consultoria tecnológica percebidas nas MPEs.” • Consultoria tecnológica em design (processo de criação de arte do produto, embalagens, etc.); • Consultoria tecnológica em Processos de Produção; • Consultoria de tecnologia da informação (criação de sites, softwares).

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Prazo

Agentes têm que produzir o salto das empresas em dois anos Gerente de Inovação aponta que os ALIs precisam contribuir para que os pequenos empreendimentos atendidos avancem 30 anos, com foco na sustentabilidade

P Temos que pensar em negócios duradouros que respeitem as gerações futuras e o meio ambiente. Enio Pinto, gerente de Acesso a Inovação e Tecnologia do Sebrae

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rodutividade, qualidade, Inovação e sustentabilidade. Esses ingredientes compõem a evolução do diferencial competitivo das empresas nos últimos 30 anos, segundo afirmou o gerente de Acesso a Inovação e Tecnologia do Sebrae, Enio Pinto, durante palestra no II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação (ALIs). E devem ser incorporados às pequenas empresas atendidas pelos ALIs, recomendou. “A função dos agentes é fazer com que as empresas deem um salto de 30 anos em dois anos, período em que o profissional acompanha as empresas”, afirmou o gerente. “Somos o Santo Casamenteiro, para que os personais Innovation possam sensibilizar os indivíduos sobre a importância da inovação tecnológica sustentável”, brincou. De acordo com Enio Pinto, o papel principal dos ALIs é justamente fazer a ponte entre as pequenas empresas, transportando-as da década de 80, onde se trabalhava por produtividade, para a realidade de 2011, que prima pela sustentabilidade. Na visão do gerente, a maioria das micro e pequenas empresas brasileiras ainda permanece com o foco de 1980, ou seja, na produtividade, sem maiores preocupações com aspectos mercadológicos, sociais e ambientais. Cenário que tem mudado a partir do trabalho dos ALIs, destacou. Para ele, 1/3 da população brasileira que explora um novo negócio de forma provisória poderia já ser sustentável, caso tivesse as ferramentas certas de profissionalização. “Hoje, se a intenção for inovar de forma pontual a sua competitividade, você vai obter resultados por certo período de tempo.


Enio Pinto: os agentes representariam o papel de facilitador e de evangelizador

Agora, se o objetivo for perenizar a ação, então temos que pensar em negócios duradouros que respeitem as gerações futuras e o meio ambiente”, observou o gerente. Na explicação dele, de um

lado, os agentes representariam o papel de facilitador para os empresários que já sabem da existência da Inovação, mas que não conhecem os caminhos. E do outro, o de evangelizador, para aqueles que não têm perfil para empreender.

Redução da mortalidade Desde os anos 1980, novos diferenciais agregados à produtividade

Como resultado do salto, o gerente espera a redução da mortalidade dos micro e pequenos empreendimentos no Brasil, que figura hoje em 22% das empresas abertas até o segundo ano de atividade. Enio Pinto também enfatizou ser baixa a produtividade desses empreendimentos, onde 99,1%

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dos negócios do Brasil são micro e pequenas empresas (MPEs), porque respondem por apenas 20% do Produto Interno Bruto (PIB), a soma das riquezas produzidas no País. “Se 99% desses negócios têm produtividade extremamente ruim, então há um campo infinito de possibilidades para os ALIs levarem Inovação e tecnologia para esses públicos”, acentuou o gerente. Frente a esse cenário, ele apontou que o trabalho dos ALI deve ser focado no aumento da receita e da lucratividade das empresas, redução de desperdícios e custos de produção, seguindo os princípios da sustentabilidade. Por isso, acrescentou, os ALI têm papel preponderante ao levar soluções que ajudam empreBrasil alcançou sários a aumentar sua competia maior taxa de tividade. Os agentes formados empreendedorismo e em atividade têm como meta entre os países individual trabalhar 50 empresas ricos e emergentes em até dois anos.

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De acordo com Enio Pinto, a meta nacional do programa para este ano é realizar 12 mil atendimentos. O Sebrae também pretende contar com 1.000 agentes atendendo em campo até o final de 2012.

Por necessidade Na palestra, Enio Pinto mostrou que o brasileiro é um dos povos mais empreendedores do planeta. É o país que mais empreende, de acordo com dados do Global Entrepreneurship Monitor, que monitora o empreendedorismo entre as nações que compõem o grupo do G-20, formado pelas 19 maiores economias mais a União Europeia. Quantitativamente, 17,5% da população brasileira, ou 21 milhões de indivíduos, empreendem. Nesse quesito, o Brasil supera até os Estados Unidos, com 14 milhões de empreendedores. Entretanto, o sucesso no quantitativo traz a preocupação no qualitativo. De acordo com Enio Pinto, a economia brasileira está em construção e as oportunidades ainda estão por serem descobertas. “Há dois tipos de motivação para empreender no Brasil: por oportunidade e por necessidade, que são aqueles que precisam, mas entendem o negócio como algo temporário e não investem”, comparou o gerente.


No Brasil, 99% das empresas são de micro e pequeno porte

SebraeTec subsidia custos de Inovação Cartão BNDES poderá ser usado para parcelar custos com consultoria especializada Durante sua palestra, o gerente da Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia do Sebrae Nacional, Enio Pinto, destacou que uma das principais ferramentas da instituição nessa área para apoiar as micro e pequenas empresas é o SebraeTec. Trata-se do programa de tecnologia do Sebrae que entra como instrumento de tradução, aproximação e fomento entre os fornecedores de serviços tecnológicos e as MPEs, com vistas a quebrar o paradigma de que tecnologia é cara e que está ao alcance apenas de grandes empresas. Espalhado por todo o território nacional, o programa do Sebrae busca organizar e subsidiar os trabalhos dos mais de 483 fornecedores cadastrados, e posteriormente disponibilizar aos empreendedores. O SebraeTec subsidia os custos de serviços tecnológicos prestados por empresas especializadas em tecnologia e Inovação, as quais irão buscar soluções para otimizar os resultados da gestão, aperfeiçoar processos ou produtos da pequena empresa. De acordo com o gerente, a meta para os próximos anos é de realizar 30 mil atendimentos via SebraeTec, com um custo 80% a 90% mais barato. No mercado, a consultoria do programa gira em torno de R$ 10 mil. “O Sebrae apoia estudo de viabilidade técnica e econômica, diagnóstico e clínica tecnológica, aperfeiçoamento tecnológico e certificação”, informou Enio. E a previsão é que, com convênio a ser firmado com o Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), órgão vinculado ao Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, o valor a ser pago pelo empresário seja ainda parcelado no cartão de crédito do banco, o Cartão BNDES, destinado a micro e pequenas empresas.

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Desafios

ALIs vão ajudar a mudar o perfil da Inovação no País Líder de Gestão de Tecnologia e Inovação na UFPR destaca que é preciso convencer os empresários a transformar informação em conhecimento

O É preciso melhorar o ambiente, o processo gerenciado, assegurar que [o empresário] consiga continuar inovando. Hélio Gomes de Carvalho, líder do Núcleo de Gestão de Tecnologia e Inovação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná

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s Agentes Locais de Inovação (ALIs) têm a responsabilidade de dar uma decisiva contribuição aos produtos e serviços das micro e pequenas empresas brasileiras porque a Inovação é uma importante alternativa para os empresários que buscam a permanência e a evolução no mercado. A lição foi dada pelo professor e doutor Hélio Gomes de Carvalho, líder do Núcleo de Gestão de Tecnologia e Inovação da Universidade Tecnológica Federal do Paraná, em palestra apresentada durante o II Encontro Nacional de ALIs. Saindo dos 11°C de Curitiba, para os 22° C de Porto de Galinhas, como mostrou em slide, ele soltou várias mensagens para esquentar o ambiente do evento. “O papel que vocês desempenham nas empresas tem sido fundamental. E mais do que atender empresas, vocês estão ajudando a mudar o perfil da Inovação no país”, destacou. E complementou os desafios a serem vencidos: “Vocês terão que achar alternativas, às vezes das mais inusitadas, para ajudar as empresas a saírem de seus problemas. Não é mágica, é trabalho. Trabalhar para ganhar excelência, ser diferente, buscar informações novas permanentemente”. O professor Hélio incitou os ouvintes, mostrando um vídeo que citava os ALIs de cada estado como os melhores do País. Depois, mostrou exemplos de sucesso de agentes que participaram da primeira turma do Programa ALI 2008/2010. Por exemplo, um deles é hoje consultor do Centro Internacional de Inovação do Paraná.


Professor Hélio provocou a plateia dizendo que há ex-ALIs em busca do segundo milhão de dólares

“Esse programa mostra que são os pequenos passos que dão grandes resultados. Éramos recém-formados, conseguimos resultados que considero impressionantes”. Aí o próprio palestrante provocou a plateia: “Valerá o esforço?” Ele mesmo respondeu: “Esses são ex-ALIs. Sabe a meta deles? Estar a caminho do segundo milhão de dólares!” Hélio ensinou que ser um bom ALI significa atender o empresário e deixá-lo depois independente do Agente de Inovação. “Para isso, faça com que o empresário introduza a Inovação na estratégia da empresa, assu-

ma como parte de seu dia a dia. É preciso melhorar o ambiente, o processo gerenciado, assegurar que consiga continuar inovando”.

Conhecimento Durante a palestra, o professor Hélio procurou explicar conceitos importantes, a exemplo de sensibilização, adesão, motivação e conhecimento. Na avaliação dele, empreendedores precisam estar dispostos a valorizar a Inovação como ferramenta essencial na batalha competitiva do crescimento em-

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Desafios

ALIs devem mostrar que a concorrência exige criatividade permanente

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presarial. E, conforme acrescentou, é papel do ALI convencer o empresário sobre a importância de transformar informação em conhecimento. “Isso significa dizer que as informações são essenciais para o conhecimento, mas elas não significam nada, se não forem interpretadas, refletidas e usadas de forma inteligente. Sim, aí teremos conhecimento”. Mas não ficou somente nisso. Hélio disse que, depois de transformar uma informação em conhecimento, o ALI terá que provocar algo ainda mais inteligente: “Convencer o empresário sobre a importância de transformar o conhecimento em Inovação”.

Afinal, analisou o palestrante, o mercado está cheio de MPEs que expressam a grandeza do conhecimento. A concorrência, porém, exige mais. Exige criatividade permanente, aconselhou.

Pós-atendimento Então, ele apresentou a seguinte dica para sensibilizar os empresários: “Avaliar e estimular a criação de um processo e um ambiente propícios à Inovação. Contínuos após o término do atendimento [do ALI]”. Isso, pontuou Hélio, precisa ser entendido pelos ALIs para o desempenho da função de alavancar pequenas empresas.


Sapateado e Piratas do Caribe No telão, o palestrante apresentou um vídeo com um corpo de bailarinos. Um sapateado belo, no ritmo perfeito da música, em uma analogia que não deixou dúvidas sobre as qualidades necessárias ao trabalho de um ALI – o conhecimento que ele deve deixar como herança para seus clientes, após ter encerrado sua consultoria. O casal principal do cor-

po de balé expressou as primeiras palavras que o professor Hélio ia deixando explícitas no telão, ao mesmo tempo em que os saltos de sapatos batiam com força no assoalho, agradando os ouvidos: “Expectativa” foi a primeira a aparecer. Afinal, o primeiro passo para a vitória começa com o sonho. Com o olhar no horizonte, o cérebro fazendo planos. A segunda palavra anunciada pelo professor foi “Aprendizado”. Depois, não poderia faltar, claro, “Confiança”. O sapateado cantava no assoalho, mas era a musculatura dos bailarinos que garantia o espetáculo. Hélio Carvalho então lançou mais uma palavra: “Determinação”. Viria, a seguir, “Persistência”. E o casal protagonista expressou um dos pontos que chamava a atenção da plateia, a “Liderança”. Mas o show não seria tão bonito se fossem apenas os dois. O termo

então foi “Trabalho em Equipe”. E chegaram as próximas expressões, “autonomia, disciplina, motivação, harmonia (que harmonia!) e superação”. A palestra não poderia terminar com tema mais propício: “Sustentabilidade”. O professor relembrou algumas palavras já ditas e reforçou o conceito: “acompanhamento, capacidade de inovar, processo de gestão, estruturação, parcerias, Inovação como estratégia, conscientização” – “o que significa uma empresa inovadora”, observou diante de uma plateia animada para colocar o sapateado da Inovação. No final, o professor Hélio inovou com uma mensagem dublada do personagem Jack Sparrow, da famosa série Piratas do Caribe: “Tem muitas dificuldades no caminho: empresários resistentes, sem tempo, sem gente para inovar. Vão dizer que Inovação não é para eles. Mas a Inovação está em todo lugar”.

Resumo dos tópicos principais da palestra: •

Assegurando a prática da Inovação

Desafios e oportunidades para o Brasil

Desafios e oportunidades para as micro e pequenas empresas (MPEs)

A estreita relação entre competitividade e Inovação

Gestão da Inovação na MPE – a contribuição do ALI

Desafios de ser um ALI

Técnicas para assegurar a continuidade

Uma nova empresa pós-atendimento ALI

Compromisso do ALI para assegurar MPEs inovadoras.

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Redes sociais

ALIs recebem prêmio por participação no Facebook Foram premiados os três Agentes Locais de Inovação que mais postaram conteúdos para o fomento de ideias inovadoras e troca de experiências

O O objetivo é trocar experiências entre os participantes e nivelar informações, aperfeiçoando cada vez mais o Programa. Marcus Vinicius Bezerra, gestor nacional do Programa ALI

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profissional conectado com as novas mídias amplia sua rede de contatos, intensifica a troca de conhecimentos e ainda ganha prêmio. Foi o que aconteceu no II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação (ALI), quando o gestor nacional do Programa ALI, Marcus Vinicius Bezerra, anunciou a premiação surpresa dos três ALIs que mais contribuíram para o compartilhamento de conteúdos e para o fomento de ideias inovadoras e trocas de experiências na comunidade do programa no Facebook. Os integrantes da comunidade que se destacaram na página ganharam o livro Inovação com Resultados: O Olhar Além do Óbvio, de Thomas M. Koulopoulos, da Editora Senac. Os ALIs premiados foram: • André Turetta, do Paraná, com 196 intervenções; • Iane Silva, da Bahia, com 61 intervenções; e • Aline Chicocki, do Paraná, com 49 intervenções. Os critérios para a escolha dos três ALIs mais ativos foram a qualidade e quantidade de posts produzidos na comunidade ALI e a disponibilização de conteúdos úteis e geradores de discussões que tenham maior número de comentários e curtições na página. A Comunidade dos Agentes Locais de Inovação foi criada, em fevereiro deste ano, como uma ferramenta de interação e participação entre os coordenadores, gestores, consultores e ALIs. Os ALIs também dispõem de espaços na rede social do Twitter para trocar informações, dar dicas e contar experiências.


Marcus Vinicius (à direita) e os vencedores: premiação teve como critérios conteúdos úteis e geradores de discussões

“O objetivo é trocar experiências entre os participantes e nivelar informações, aperfeiçoando cada vez mais o Programa”, destacou o gestor Marcus Vinicius Bezerra. Com cinco meses, a página tem 481 membros e uma média diária de 13 intervenções. No total, foram 1.272 intervenções até a realização do II Encontro Nacional.

Por dentro das redes sociais Programa Ali Sebrae RT @inovacaosebrae: Conheça as 31 empresas de capital aberto + inovadoras; o segredo delas pode lhe ajudar?. http://t.co/2bn4R59

Ricardo_Robson A agenda do desenvolvimento nacional passa necessariamente pela disseminação da cultura de Inovação nas MPEs. Programa Ali Sebrae Carro futurístico: carro-bolha tem duas rodas e dispensa motorista.

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Aperfeiçoamento

Programa Sebrae Mais oferece oito soluções para qualificar Sebrae desenvolve programa para pequenas empresas consolidadas expandirem negócios sustentáveis por meio de capacitação e inovação tecnológica

A A ideia é apresentar informações sobre empreendedorismo, planejamento estratégico, processos financeiros e Inovação. Hannah Salmen, coordenadora nacional do programa Sebrae Mais

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s empresas precisam ser competentes em gestão para serem inovadoras e se sustentarem a longo prazo. A avaliação resume a palestra da coordenadora nacional do programa Sebrae Mais, Hannah França Salmen, no II Encontro Nacional de Agentes Locais de Inovação. Dentro desse contexto, Hannah quantificou que o Programa Sebrae Mais tem exercido um importante papel por ter capacitado, só em 2010, 40 mil pequenas empresas, oferecendo oito soluções aos empresários. “A ideia é apresentar informações importantes sobre empreendedorismo, planejamento estratégico, processos financeiros, Inovação e, ao mesmo tempo, mostrar aos empresários as soluções alinhadas a esses temas”, explicou. Segundo ela, esse entendimento tem pautado as ações do Sebrae, que há quatro anos tem trabalhado, por meio da Unidade de Capacitação Empresarial (UCE), na criação de soluções sofisticadas e contemporâneas para empresas que se encontram em estágio avançado de sobrevivência no mercado. Na visão da coordenadora, o foco mais direcionado à melhoria da gestão com vistas à qualificação de fornecedores foi modificado para uma abordagem ampliada, envolvendo redes de aprendizagem, acesso ao mercado e inteligência competitiva.


Hannah Salmen: programa já capacitou 40 mil empresas

Soluções empresariais São oito as soluções que o programa Sebrae Mais oferece, entre elas, a Gestão Financeira, a Gestão da Inovação, a Gestão da Qualidade e a Ferramenta de Gestão Avançada, além de planejamento estratégico e encontros presenciais. A capacitação é aplicada em cinco módulos e destina-se a pequenos negócios com mais de dois anos de existência e, pelo menos, nove funcionários.

O programa é voltado, principalmente, a quem necessita de soluções práticas aplicáveis imediatamente ou quer expandir e não sabe como fazer isso. Além do curso, o Sebrae Mais apoia as empresas na implantação das mudanças necessárias para corrigir falhas ou solucionar problemas. Os empresários ainda têm acompanhamento de até três meses de um consultor. O Sebrae Mais auxilia empresas e empresários a desenvolver competências para a eficiente tomada de decisões.

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Atividades

Circuito coloca em prática a Inovação e a Sustentabilidade ALIs suaram a camisa e souberam quanta energia é desperdiçada com uma lâmpada mantida acessa sem necessidade

A Precisamos rever os nossos hábitos para poupar o nosso planeta. Mônica Caribé, analista da Universidade Corporativa SEBRAE

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Universidade Corporativa SEBRAE promoveu, no II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação (ALI), o Circuito Sebrae de Inovação e Sustentabilidade. Com vários jogos e dinâmicas, o objetivo foi levar conceitos de Sustentabilidade e Inovação aos participantes e trabalhar a capacitação de forma lúdica. Após horas suando a camisa em uma maratona com bicicleta, dinâmicas e jogos eletrônicos, veio o reconhecimento pela dedicação e esforços empreendidos. Foi quando a analista Mônica Caribé, da Universidade Corporativa SEBRAE, anunciou as três equipes vencedoras do Circuito, que ganharam medalhas e brindes sustentáveis (sementes de plantas com a marca Sebrae, colares e cocares indígenas com penas artificiais, e DVDs de banda pernambucana premiada por trabalho social). O primeiro lugar ficou com a Equipe 10, composta por Símey Freitas, Dionnathan Cordeiro, Márcio Ferraro, Jamily Silva, Renata Nunes, Juliana de Oliveira e Tatiane de Jesus. O segundo lugar ficou a Equipe 43, com os participantes Gerciane Cordeiro, Layla Ferreira, Fábio Francisco, Renata Matias, Natalia Gomes e Paula Roberta Souza. O terceiro lugar foi conquistado pela Equipe 12, com os integrantes Catarina Silva, Iane Gomes, Maria Martins, Jhannethy Costa, Ronaldo Torres, Ligia Vânia e Thiago Ribeiro. O Circuito Sebrae de Inovação e Sustentabilidade foi composto de cinco atividades simultâneas. Foram as seguintes: Atendimento, Soluções SEBRAE, Dinâmica de Sustentabilidade, Dinâmica de Criatividade para Inovação e Dinâmica de Inovação e Sustentabilidade.


Conexão “A conexão entre as cinco atividades, seus conceitos e objetivos, aliados à interatividade do circuito e à oportunidade de massificar o conhecimento sobre as Soluções SEBRAE, tornaram o jogo uma poderosa ferramenta de aprendizado, alcançando o percentual de 89% de satisfação dos participantes”, destacou a gerente da Universidade Corporativa SEBRAE, Alzira de Fátima Vieira. Durante as atividades, as equipes produziram planos para a atuação dos ALIs, estudaram as Soluções SEBRAE, construí-

ram maquetes para exemplificar campanhas de marketing e de Inovação no pequeno negócio, escreveram argumentos para projetos sustentáveis e gastaram 44.816 calorias, na tentativa de minimizar o impacto ambiental do consumo de energia durante a realização do evento. “As atividades do Circuito foram desenvolvidas de modo que pudéssemos trabalhar o tema ‘Inovação e Sustentabilidade’ no contexto individual, grupal e empresarial”, assinalou a analista Mônica Caribé, responsável pelo desenvolvimento do conteúdo do Circuito.

Mônica Caribé anuncia as três equipes vencedoras do Circuito; no alto, a Equipe 10, que obteve o 1º lugar e ganhou sementes com a marca Sebrae

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Atividades

Equipe 43 ficou em 2º lugar e recebeu como brinde cocares feitos com penas artificiais

Equipe 12 conquistou o 3º lugar e ganhou DVDs de banda pernambucana premiada por trabalho social

“Não adianta termos capacidade criativa para a construção de soluções inovadoras e sustentáveis, se não nos comprometermos com a promoção da inovação sustentável em todos os âmbitos de nossas vidas”, destacou a analista. Os 330 ALIs presentes suaram a camisa para converter calorias em energia durante a Dinâmica de Sustentabilidade,

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realizada nas bicicletas. “O esforço foi enorme”, assinalou Mônica Caribé. E complementou: “Eles pedalaram o suficiente para ir e voltar de Porto de Galinhas a São Paulo. Contudo a produção de energia ficou em 53 watts, o que representa uma simples lâmpada acesa, por uma única hora.” Também foi realizado o mapeamento do consumo de ener-

gia das salas do Circuito e, com isso, constatou-se que foram gastos 49 mil watts. “Essa diferença entre o consumo e a nossa produção é enorme e ressalta o quanto nós precisamos rever os nossos hábitos para poupar o nosso planeta”, destacou Mônica Caribé. Assim, o Circuito proporcionou boas lições de Inovação e Sustentabilidade.


ALIs receberam lições para preservar o planeta

Circuito Sebrae de Inovação e Sustentabilidade As atividades desenvolvidas no Circuito foram as seguintes:

ATIVIDADE 1 – Atendimento 1. Pergunta norteadora: “Como melhorar a atuação do ALI no atendimento às pequenas empresas?” 2. Sinopse: As equipes devem identificar um problema do dia a dia de trabalho deles e propor uma solução para melhorar sua atuação no Programa. 3. Objetivos: Estimular os ALIs a refletirem sobre sua atuação no Programa. Colher feedbacks dos ALIs, que estão emcampo, sobre suas dificulda-

des e impressões. Gerar subsídios que possam ser utilizados para aprimorar o Programa.

ATIVIDADE 2 – Soluções SEBRAE 1. Pergunta norteadora: “Quais as melhores Soluções SEBRAE para o estudo de caso apresentado e quais competências a empresa deve desenvolver?” 2. Sinopse: resolver as questões utilizando Soluções SEBRAE. Os participantes assistem a um vídeo de uma empresária de Florianópolis (atriz) dona de uma pequena empresa de comércio e indústria de panificação

que relata os gargalos e problemas, vividos nos últimos anos, e solicita apoio do Sebrae para a resolução de três questões, focadas na indústria, no comércio e na gestão do negócio. Em seguida, convida os participantes a sugerirem Soluções SEBRAE para resolução dos problemas. Em um segundo momento os participantes devem responder perguntas específicas sobre as Soluções SEBRAE. 3. Objetivos: Divulgar as Soluções SEBRAE, conceitos e aplicações com interatividade e inovação. Desenvolver habilidades de diagnóstico, negociação, tomada de decisão e trabalho em equipe.

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Bicicletas foram usadas para mostrar o esforço necessário para acender uma única lâmpada

ATIVIDADE 3 – SUSTENTABILIDADE (bicicletas) 1. Pergunta norteadora: “Seremos capazes de, doando nosso esforço pessoal, físico, gerar os créditos de carbono suficientes para neutralizar os efeitos deste evento?” 2. Sinopse: Cada equipe terá uma bicicleta à disposição e o desafio de pedalar durante o tempo estipulado, para geração de energia elétrica, que será aplicada durante o evento em substituição à energia elétrica convencional, dentro de um ambiente de sustentabilidade e interdependente com saúde, estímulo à movimentação, deslocamento com base em energia verde, atitudes sustentáveis,

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responsabilidade social e ética. 3. Objetivos: Atitudinal: abordar o tema do exercício físico de maneira sistêmica, integrando os conceitos de sustentabilidade, saúde, qualidade de vida e alternativas e coeficientes de deslocamento por meio de bicicleta. Operacional: gerar energia elétrica com base na força motriz das bicicletas, destinada a substituir a energia elétrica convencional durante o evento. Cognitivo: estimular os ALIs a refletirem sobre atitudes sustentáveis em seus contextos de vida e trabalho.

ATIVIDADE 4 – Criatividade para a Inovação 1. Pergunta norteadora: “Como atender com criatividade uma demanda de Inovação?”


ALIs enfrentaram desafios, a exemplo de como atender, com criatividade, uma demanda de Inovação

2. Sinopse: O time de ALIs lê o estudo de caso de uma empresa pernambucana (fictícia) fabricante de sabonetes artesanais. Utilizando os materiais disponíveis no ambiente, o time deverá se organizar para, com criatividade, elaborar uma oportunidade de inovação de marketing (mercadológica) para os produtos dessa empresa. 3. Objetivos: Trabalhar conceitos e exercitar técnicas de criatividade para a Inovação.

ATIVIDADE 5 – Inovação e Sustentabilidade 1. Pergunta norteadora: “Como levar os conceitos e práticas da sustentabilidade para serem adotados no dia a dia das empresas?

2. Sinopse: Os times devem analisar um estudo de caso, uma empresa gráfica que está com vários problemas relativos a: Gestão dos resíduos de suas atividades, Redução de desperdícios nos processos e Reuso de recursos e materiais. A partir dos problemas apresentados, o time deve propor uma prática de sustentabilidade para ser implementada, que seja de fácil aplicabilidade, capaz de diminuir custos e ampliar o mercado. 3. Objetivos: Trabalhar conceitos de sustentabilidade e exercitar a implementação de práticas em pequenas empresas, com especial atenção aos conceitos de Reduzir, Reutilizar e Reciclar no ciclo de vida de seus processos.

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Mudanças

Da Antiguidade aos tempos da informação online Cientista Silvio Meira explica como a sociedade aprendeu a buscar soluções com a Inovação para enfrentar problemas de transporte substituindo cavalos por veículos

E

A Inovação só ocorre no mercado. Qualquer outra coisa que não aconteça nesse ambiente é criatividade, é novidade, mas não é Inovação.

Silvio Meira, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife

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m 1880, a cidade de Nova York vivia um dilema de mobilidade. A estimativa da prefeitura apontava o trânsito de 150 mil cavalos, o que gerava 1,5 milhão de quilos de excrementos e 40 mil galões de urina, por dia. Tudo circulando livremente pelas ruas da cidade. O contexto era suficiente para criar profissões importantes, a exemplo dos limpadores de calçadas e os recolhedores de cavalos mortos. Em função dessa realidade, foi convocada a primeira Conferência Internacional de Planejamento Urbano, em Nova York, em 1898. E sob o tema “Cocô de Cavalo”, os principais representantes políticos da época concluíram que nada poderia ser feito. E pior: previam que, em 50 anos, grandes cidades estariam submersas numa maré de cerca de 5 metros de excrementos.

O que isso tem a ver com Inovação? Tudo! Foi o que mostrou o professor e pesquisador da área de Engenharia de Software Silvio Meira, cientista-chefe do Centro de Estudos e Sistemas Avançados do Recife (C.E.S.A.R.), em sua palestra. É que, com essa problemática urbana, as sociedades se viram obrigadas a procurar alternativas para substituir o cavalo e seus excrementos. “E hoje temos uma frota com cerca de 64 milhões de veículos registrados”, observou o palestrante. Por isso mesmo, para o cientista, “Inovação não é um negócio novo”. Segundo ele, “existe desde as primeiras transações, os pri-


Silvio Meira: Inovação é um processo contínuo de aprendizagem

meiros negócios. Ela acontece em ondas”. De acordo com ele, é a necessidade de mudança de comportamento, de mercado, de fornecedores e de consumidores que gera a Inovação. “A Inovação só ocorre no mercado. Qualquer outra coisa que não aconteça nesse ambiente é criatividade, é novidade, mas não é Inovação”, esclareceu. Na avaliação de Meira, é preciso que os Agentes Locais de Inovação (ALIs), enquanto agentes do conhecimento, percebam que o mercado é um contexto extremamente mutável e necessita de constante alteração

de posicionamento. “O fazer diferente precisa ser tratado como princípio do negócio, é um processo contínuo. Estamos falando do compartilhamento de coisas, expectativas, processos, problemas e soluções”, comentou.

Ciclos de inovações Em razão das relações econômicas, Meira apontou na história da humanidade cinco importantes ciclos inovativos. São intervalos de tempo que ocorrem desde o Império Romano com a implementação da mecanização,

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Mudanças da máquina a vapor, da eletricidade, até a atual explosão dos softwares e redes e a expansão da informação online. “O ciclo atual exige que as criações sejam focadas no cliente, que cada vez mais quer algo complexo, porém com utilização simples. O cliente sabe que é possível. Isso é fazer diferente”.

Cadeias de valores A sociedade já desponta em uma nova onda de Inovação, voltada para a sustentabilidade e os sistemas holísticos, que são conjuntos integrados de administração. Segundo Meira, será preciso pensar a questão da produtividade como um todo articulado dentro das cadeias de valores dos

indivíduos, desde a geração de energia até o fim do ciclo de vida de produtos e serviços. Na opinião do palestrante, é preciso pensar produtos e serviços como um todo e articulados às cadeias de valores. “O mercado é mutante. Se não nos adequarmos, vamos virar commodities [matérias-primas ou produtos semiacabados]“, advertiu. E acrescentou: “A tecnologia é suporte para Inovação. Essa, por sua vez, não é fim, e sim meio”.

Era do conhecimento No meio de tantas mudanças, disse ele, a nova questão para os ALIs será descobrir como fazer Inovação de longo prazo dentro de uma sociedade do conheci-

mento, já integrada em redes. Na visão dele, será preciso que os agentes intervenham no fluxo dos acontecimentos para alcançar resultados desejados. Isso poderá ser feito, aconselhou, desenhando novas condições para inovar dentro de qualquer contexto. E colocando-se como ser ativo na construção do novo fluxo das cadeias de valor, assim mudando o comportamento das empresas. “É o fazer Inovação para criar diferenciação no mercado. Nós queremos habilitar as empresas para participar de forma mais competente, que agreguem mais valor. E isso se aprende no mercado”, apontou. E concluiu: “Inovação é mudança de comportamento mercadológico”.

Silvio Meira: a tecnologia deve ser usada como suporte para a Inovação

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Silvio Meira: Inovação é um processo contínuo de aprendizagem

A arte dos negócios Para o cientista, há muita gente com boas ideias de como mudar seus negócios, sem o conhecimento de como executá-las. “Se a Inovação for tecnológica, por exemplo, é preciso ter agentes que entendam do comportamento das pessoas frente a produtos e serviços. Eles precisam saber a arte de fazer negócios e conhecer

as tecnologias envolvidas”, explicou. O palestrante chamou a atenção para a importância de se estar atento às transformações na internet, como o surgimento das redes sociais. Meira apontou que 98% dos problemas das empresas estão centrados na execução. Para Silvio Meira, a Inovação não é um serviço ou produto isolado. É um processo contínuo de aprendizagem. Uma lição permanente.

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Avaliação

Evento nacional conta com aprovação superior a 80% Resultados obtidos em pesquisa apontaram que o II Encontro foi aprovado tanto pelos Agentes de Inovação quanto pelos gestores do Programa ALI nos Estados

O A Universidade Corporativa SEBRAE contribui na criação de um ambiente propício ao debate de conceitos e à reflexão sobre novos métodos de criação de valor pela Inovação. Alzira de Fátima Vieira, gerente da Universidade Corporativa SEBRAE

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s resultados do II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação (ALI) surpreenderam os próprios organizadores do evento que atuam na Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia (UAIT) e na Universidade Corporativa SEBRAE. Um dos dados mais relevantes da pesquisa feita entre os ALIs apontou que 83% avaliaram o Encontro entre ótimo (35%) e bom (48%). Entre os gestores do Programa ALI, a aprovação atingiu 92%, entre ótimo (24%) e bom (68%). “Ficamos muito satisfeitos com o resultado da avaliação porque coroa de êxito o investimento e a dedicação de toda a equipe envolvida”, comemorou o gestor nacional do Programa ALI, Marcus Vinicius Bezerra. “A principal contribuição foi a troca de experiências entre os participantes, o que ajuda a postura ativa dos ALIs no sentido de estimular a cultura inovadora nas próprias empresas”, complementou. Pela Unidade de Acesso a Inovação e Tecnologia (UAIT), destacou o gestor nacional do Programa ALI, houve a contribuição do analista Hugo Roth na coordenação e do apoio das assistentes Jane Blandina e Eliane Santanna. A avaliação positiva também foi comemorada pela gerente Alzira de Fátima Vieira, da Universidade Corporativa SEBRAE. Com a participação das analistas Mônica Caribé e Mara Bauer, essa unidade também esteve envolvida na organização do evento e no planejamento das atividades integradas (palestras, oficinas, jogos e plenárias). “Ao apoiar a UAIT no evento, a Universidade Corporativa


Participantes avaliaram positivamente as atividades desenvolvidas no evento

SEBRAE contribui na criação de um ambiente propício ao debate de conceitos e à reflexão sobre novos métodos de criação de valor pela Inovação, estimulando a troca de experiências”, afirmou. Para ela, “esses são fatores fundamentais para a criação de uma cultura que explora a INOVAÇÃO como ferramenta de competitividade para as micro e pequenas empresas (MPEs).” Em geral, as atividades, as palestras e as oficinas do evento foram bem avaliadas pelos ALIs e gestores do programa. Isso inclui nove itens: Apoio ao Desenvolvimento da Capacitação; Instrutores; Palestrantes;

Interatividade e Conteúdo do Circuito SEBRAE sobre Inovação e Sustentabilidade; Atividade Atendimento ALI (apresentação multimídia), Soluções SEBRAE (comércio e indústria de panificação); Dinâmicas – Criatividade e Inovação (sabão artesanal), Sustentabilidade e Inovação (empresa gráfica), Criatividade e Inovação (sabão artesanal); e Considerações Sobre o Encontro. Ao todo, no II Encontro Nacional, houve a participação de 520 pessoas que estiveram presentes e atuaram nas oficinas, palestras, apresentações, organização, suporte e cobertura jornalística.

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Avaliação Avaliação do II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação Agentes Locais de Inovação

Gestores do Programa ALI

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Avaliações dos Agentes Locais de Inovação

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Avaliações dos Agentes Locais de Inovação

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Circuito SEBRAE sobre Inovação e Sustentabilidade – Interatividade

Circuito SEBRAE sobre Inovação e Sustentabilidade – Jogo

Soluções SEBRAE (comércio e indústria da panificação) – Jogo

Atividade Atendimento ALI


Sugestões e Mensagens

Veja algumas das mensagens e sugestões registradas pelos participantes do II Encontro Nacional dos ALIs nos formulários da pesquisa de avaliação:

• “Uma oportunidade para conhecer o que se passa em outros Estados, interagir com outros colegas, conhecer as pessoas responsáveis pela elaboração de cada momento vivido no encontro. Espero que as informações sejam aproveitadas para aprimorar ainda mais esse programa, que tem tudo para ser um produto referencial em excelência no Sebrae.” • “Considerei os jogos empresariais a atividade mais marcante do encontro. A interação dos agentes de outros Estados foi de um crescimento significativo. Espero estar aqui no próximo!!!” • “A estrutura, os detalhes, os temas, os jogos, os palestrantes...tudo harmonicamente pensado para que pudéssemos ter mais aproveitamento, capacidade de raciocínio e troca de experiências, visão sistêmica e, claro, diversão!” • “O encontro certamente contribuirá para o aprimoramento da gestão do programa e atuação dos ALIs. Acredito que, assim como eu, os demais ALIs estão com um novo gás para buscar resultados.” • “Muito bom o II Encontro Nacional dos Agentes Locais de Inovação. Deveria existir mais atividades com os ALIs de diferentes estados, em que todos pudessem trocar experiências e sugestões.“

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