Relatório 2014 - Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia

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sumário 6

Entrevista

Soluções para o salto tecnológico

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Balanço Geral

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Rondônia

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Entrevista

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Atividades contribuem para o cultivo de 125 mil peixes Chips contra a pesca ilegal Amazonas

Resultados em despesca e alevinos evento mostram o sabor e o potencial da espécie Pirarucu vai virar o carrochefe de fazenda no Amazonas

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Roraima

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Pará

ESPÉCIE CULTIVADA CHEGA AO MERCADO Cultivo de pirarucu atrai novos produtores


50

Tocantins

54

Acre

58

Amapá

64 68 73 75 95 106

Tocantins avança na criação de pirarucus NOVA FONTE DE RENDA E EMPREGO Reprodução entra na fase de desova Cursos capacitam produtores e técnicos Embrapa Pesca e Aquicultura

Novas tecnologias para os produtores experiências avanças galerias de fotos clipping agradecimentos


Entrevista

Soluções para o salto tecnológico O setor produtivo será o maior beneficiado com as pesquisas, aponta a secretária nacional de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura, Maria Fernanda Nince

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esde 2012 até este ano, cerca de R$ 4,5 milhões foram alocados para o Projeto Pirarucu da Amazônia com a meta de oferecer ao setor produtivo um salto tecnológico na reprodução e engorda da espécie. O Projeto tem como principais parceiros o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA), o Sebrae e a Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). Tem com principal objetivo desenvolver atividades de pesquisa e transferência de tecnologia em Unidades de Observação (UOs) de engorda e reprodução do pirarucu na Região Norte.

Maria Fernanda, do MPA: eficiência na reprodução e na engorda

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Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

“O setor produtivo será o maior beneficiado com os resultados das pesquisas”, assinala a secretária nacional de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura do Ministério da Pesca e Aquicultura, Maria Fernanda Nince. Em entrevista para o Relatório do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia,


a secretária também destaca que as pesquisas buscam identificar o comportamento reprodutivo do peixe. “Nossa meta principal com o Projeto Pirarucu da Amazônia é encontrar soluções viáveis e sustentáveis para termos um salto tecnológico e maior eficiência tanto na reprodução como na engorda deste peixe, que reúne uma série de qualidades”. As pesquisas buscam desvendar a fertilização da espécie, que é influenciada por diferentes fatores, como o clima, a temperatura da água e a alimentação. Por isso, acrescenta que, para o aumento da produção da peixe cultivado, é preciso saber detalhes do comportamento da espécie. Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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Os estudos são organizados em seis eixos: Genética, Sanidade, Nutrição, Engorda, Reprodução e Transferência de Tecnologia. “Estes são os temas de maior interesse do setor produtivo”, aponta Maria Fernanda Nince.

Engorda & Reprodução Segundo o MPA, o projeto, que ganhou velocidade a partir de fevereiro de 2012, conta com a participação de produtores de pirarucu, que cederam suas propriedades rurais para a instalação de 20 Unidades de Observação (UOs). São 12 UOs de Engorda e 8 UOs de Reprodução. Um total de 30 pesquisadores atua no Projeto, que também é acompanhado por especialistas de universidades e institutos federais de pesquisa. * Os pesquisadores estudam questões como: »» a caracterização genética do pirarucu; »» a rastreabilidade genética da cadeia produtiva; »» a sexagem dos peixes; »» a formação de casais; »» o comportamento reprodutivo; »» o número de fases de cultivo do pirarucu; »» o processo de fertilização nos viveiros; »» técnicas de transporte de animais vivos; »» o uso de anestésico em situações necessárias; » » e os diferentes métodos de abate para a garantia de qualidade da carne processada.

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Amostra de nadadeira para analise de DNA

Repasses Os recursos alocados asseguram a continuidade do Projeto até 2015. Mais de R$ 1 milhão corresponde a investimento do MPA. A primeira parcela, no valor de R$ 447 mil, foi liberada em novembro do ano passado. E a segunda parcela, no valor de R$ 653 mil, foi repassada em dezembro de 2013 para o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) O Projeto é desenvolvido nos sete estados da Região Norte e coordenado por representações de órgãos federais no Tocantins. Os recursos financeiros investidos no projeto financiam estudos sobre o pirarucu nas Unidades de Observação instaladas nos sete estados da região.


Chips Em 2014, uma das principais atividades do Projeto é a marcação eletrônica dos peixes, com o uso de chips, para um melhor monitoramento dos animais. O objetivo é fazer o rastreamento da reprodução do pirarucu para a identificação dos plantéis (casais) que geram alevinos (filhotes) de maior qualidade e possam, consequentemente, aumentar a produção do peixe cultivado. Segundo a secretária nacional, atualmente, seis estados da Região Norte que desenvolvem o Projeto Pirarucu da Amazônia monitoram

casais de pirarucu por meio de chip: Tocantins, Rondônia, Acre, Roraima, Pará e Amapá. A partir do próximo mês de fevereiro, o estado do Amazonas também introduzirá esta técnica dentro do Projeto. Nesses estados, cerca de 120 casais de pirarucu (ou 240 peixes) são acompanhados pelo Projeto Pirarucu da Amazônia por meio de chip. O uso de chips - introduzido na musculatura do peixe e adequado para este tipo de animal - começou em 2013 e passará a ser utilizado em todos os sete estados da Região Norte que desenvolvem o Projeto.

As pesquisas buscam identificar o comportamento reprodutivo do peixe

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Principais ações/2013: »» No decorrer deste ano, diferentes ensaios experimentais (testes) foram realizados nas 21 UOs com o objetivo de monitorar o comportamento do pirarucu nos tanques/ unidades de engorda e reprodução. »» No Tocantins, por exemplo, os pesquisadores promoveram estudos para facilitar a certificação do sexo dos peixes e a formação dos plantéis (casais). »» Também realizaram pesquisas para analisar o DNA dos reprodutores, identificar parasitas do pirarucu (para a prevenção de doenças potenciais) e melhorar o manejo nutricional dos peixes. A ideia foi conhecer a alimentação/ração adequada para a espécie, com o intuito de se obter um melhor desempenho na engorda e no rendimento da carne do pirarucu.

Principais ações/2014: »» Uma das principais atividades do Projeto é a marcação eletrônica dos peixes, com o uso de chips, para um melhor monitoramento dos animais. O objetivo é fazer o rastreamento da reprodução do Pirarucu para a identificação dos plantéis (casais) que geram alevinos (filhotes) de maior qualidade e possam, consequentemente, aumentar a produção do peixe cultivado.

Produção: »» De acordo com Boletim Estatístico do MPA, a produção nacional de pirarucu e tambaqui em aquicultura chegou a 64,7 toneladas, em 2010. »» O cultivo destas duas espécies, principalmente no Norte do país, mostra crescimento expressivo: 55,4 toneladas, em 2009; e 46,3 toneladas, em 2008.

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Produtores e técnicos recebem curso sobre manejo genético e reprodutivo do Pirarucu O pirarucu, um dos maiores peixes de água doce do mundo e conhecido também como bacalhau da Amazônia, tem potencial zootécnico e mercado promissor para ganhar destaque no cultivo de peixes no Brasil. Entre as iniciativas que buscam ultrapassar o estágio da potencialidade, está o Projeto Pirarucu da Amazônia, coordenado por Embrapa e Sebrae com o objetivo de viabilizar pesquisas aplicadas para gerar conhecimento e tecnologias sobre a produção do pirarucu em cativeiro, em diferentes sistemas de criação. Uma das iniciativas deste Projeto é o curso “Manejo Genético e Reprodutivo do Pirarucu”, realizado em circuito regional, nas unidades de observação de reprodução de pirarucus instaladas no Pará, Roraima, Amapá, Rondônia, Acre, Amazonas e Tocantins. No Amapá, o curso acontece nesta quartafeira (16/4), no horário das 8h às 18h, na piscicultura Pesque & Pague da Fazendinha, distrito de Macapá, sendo dirigindo a produtores, técnicos extensionistas de órgãos estaduais, técnicos do Sebrae e equipe local do Ministério da Pesca e Aquicultura. Ao final do curso, os participantes estarão aptos a realizar manejo genético e reprodutivo de pirarucu e com fácil compreensão da importância do conhecimento da composição genética dos pirarucus para o aumento da produtividade de alevinos.


Os instrutores desta capacitação são os pesquisadores Cesar Santos e Marcos Tavares, da Embrapa Amapá; o consultor do Sebrae, Tácito Araújo, e o pesquisador Eduardo Varela (geneticista de peixes), da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas, TO). Também atuam na organização do curso a pesquisadora Eliane Tie Oba Yoshioka, da Embrapa Amapá, e a analista com doutorado em reprodução de peixes Marcela Mataveli, da área de transferência de tecnologia da Embrapa Pesca e Aquicultura. O conteúdo do curso é composta de conhecimentos sobre o manejo genético de reprodutores, importância da procedência do plantel, sexagem, número ideal de reprodutores e registro de zootécnico dos animais; estruturas de manejo de reprodutores, transporte e transferência de pirarucus entre viveiros e biometria; método de marcação física por chipagem eletrônica; variabilidade genética, consanguinidade, parentesco dos animais, rastreabilidade genética, teste de paternidade, heterose, pedigree, fenótipo e genótipo, e métodos genéticos de avaliação da qualidade do plantel; acompanhamento sanitário do pirarucu; e também apresentação de resultados de pesquisa do pirarucu. “Neste curso, vamos trabalhar com apresentações teóricas e demonstrações práticas na unidade de observação de reprodução que foi instalada em outubro do ano passado. A estrutura é alinhada aos objetivos do Projeto Pirarucu da Amazônia e teremos 18 pirarucus selecionados para os testes de desova”, acrescentou o pesquisador Cesar Santos. Como parte da programação, pesquisadores da Embrapa e técnicos do Sebrae vão orientar

produtores e técnicos extensionistas na identificação eletrônica de pirarucus, por meio da demonstração prática de instalação de chipes em pirarucus. “Cada chip mede pouco mais de um centímetro e será inserido (usando seringa e agulha) debaixo das escamas do peixe reprodutor. O equipamento possui um número de identificação, semelhante a um registro geral, que é cadastrado e recebe dados de espécie, origem do animal, e em qual tanque o peixe está na piscicultura”. Para realizar a identificação do chip, é utilizado um aparelho sensor.

Início O Sebrae deu início em 2007 ao projeto Pirarucu da Amazônia, sob a coordenação regional do Sebrae em Rondônia. A iniciativa se baseou na experiência pioneira de Rondônia, onde o Sebrae desenvolveu o trabalho de criação, engorda e reprodução do peixe em cativeiro. Os bons resultados em Rondônia levaram à expansão do projeto aos outros estados do Norte. Além da preservação da espécie, o Projeto Pirarucu da Amazônia tem como objetivo realizar pesquisas aplicadas para gerar conhecimento e tecnologia sobre a produção do peixe em cativeiro, em diferentes sistemas de criação. O projeto, que ganhou velocidade a partir de fevereiro de 2012 e tem vigência até 2015, conta com a participação de produtores (privados) de Pirarucu, que cederam suas propriedades rurais para a instalação de 21 UOs. São 14 UOs de Engorda (duas em cada estado) e 7 UOs de Reprodução (1 em cada estado). De acordo com Maria Fernanda Nince, secretária nacional de Ordenamento e Planejamento

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a competitividade da cadeia produtiva da espécie cuja carne é saborosa. Com o funcionamento dessas primeiras sete unidades de engorda, nos estados de Rondônia, Amazonas, Para, Acre, Tocantins, Amapá e Roraima, em 2013, os alevinos colocados em engorda deverão ser despescados até maio próximo, pesando em torno de 10 a 12 quilos, que serão comercializados a R$ 8,50 o quilo.

da Aquicultura, atualmente há 233 unidades produtivas no Brasil. Atualmente, 200 pequenos produtores participam da iniciativa. A estimativa é que, juntos, tenham produzido 400 toneladas de pirarucu em 2013, número que deve aumentar para 1,5 mil toneladas em 2014.

As experiências com chips ocorrem já nos sete estados De acordo com Maria Fernanda Nince, cerca de 4% dos produtores usam peixes selecionados para produzir animais para a reprodução; 14% dos produtores multiplicam peixes para a engorda; e 80% focam na engorda desses peixes.

Proposta é tornar a exploração da espécie mais competitiva e sustentável Sebrae Nacional, Ministério da Pesca e Aquicultura e a Embraça Aquicultura e Pesca deverão concluir até o final deste ano, 14 unidades de observação de engorda do pirarucu nos sete estados da região – duas em cada um – e sete unidades de observação de reprodução para geração de alevinos. A estratégia visa aumentar

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De acordo com dados de levantamento realizado pelo Sebrae, em maio de 2013, existiam 1.400 produtores de pirarucu na Região Norte, que possuíam um total de 125 mil animais confinados. Desse total, 90 mil estavam em Rondônia. O objetivo maior do projeto Pirarucu da Amazônia é consolidar conhecimento e tecnologia sobre reprodução, engorda, nutrição e sanidade do pirarucu em confinamento e, ao mesmo tempo, contribuir para amenizar a pressão da pesca predatória sobre os cardumes naturais, garantindo a sustentabilidade dessa atividade. Paralelamente, busca-se definir estratégias mercadológicas para escoamento dessa produção, principalmente junto à alta gastronomia. Vale ressaltar que Rondônia é o Estado que, mediante a Instrução Normativa Conjunta Ibama-Ministério Pesca 001/2011, dispõe de ordenamento jurídico que estabelece critérios e procedimentos para cadastramento de plantéis de reprodutores de pirarucu para fins de regularização dos empreendimentos quanto ao manejo, à reprodução em cativeiro, à engorda e à comercialização de seus produtos. “Do ponto de vista prático, isso significa que os produtores e os frigoríficos locais poderão


exportar a carne dos animais confinados para mercados como Estados Unidos, Europa e Japão, onde há demanda pelo produto, em decorrência de ser uma carne de alto rendimento para cortes nobres como filé, ser sem espinha, além da possibilidade do aproveitamento de subprodutos como a pele e escama na indústria da moda e de decoração”, informa João Machado Neto, do Sebrae/RO, coordenador do projeto Pirarucu da Amazônia.

O Sebrae, o Ibama e o Ministério da Pesca estão atuando no sentido de replicar essa INC para os demais Estados da Região Amazônica. No final de 2013, foram publicados dois manuais de boas práticas: um de produção e outro, de engorda, contendo um conjunto de orientações sobre reprodução e engorda de pirarucu em confinamento. Como uma etapa de estudo da diversidade genética, no último dia 31 de março, o pesquisador da Embrapa Aquicultura e Pesca Fabricio Rezende visitou as unidades de reprodução e de engorda em Rondônia. A atividade, que normalmente leva oito horas para ser realizada, demandou quase 18 horas com os trabalhos sendo concluídos por volta das 22h em decorrência de atoleiros nas estradas de acesso às unidades. Após a visita a Rondônia, o pesquisador retornou para Ariquemes por volta da meia noite e seguiu para o Acre, para visitar as unidades locais.

Pesquisas Criação de pirarucu é uma das prioridades do MPA Assessora adiantou que Ministério da Pesca e Aquicultura vai buscar a legalização dos estoques dos criadores em toda a Amazônia Legal No período de 2003 a 2010, o Ministério da Pesca e Aquicultura (MPA) investiu cerca de R$ 50 milhões em 246 projetos de pesquisa para incentivar o setor no país. Dessa quantia, aproximadamente R$ 3 milhões foram destinados para 12 projetos que envolviam diretamente a cultura da cadeia produtiva do pirarucu nos estados do Amazonas, Mato Grosso e Pernambuco, o que representou em torno de 7% da verba total do Governo Federal para o segmento. Esses foram dados apresentados por Wanessa Nogueira, assessora técnica da Secretaria de Planejamento e Ordenamento da Aquicultura do MPA, durante sua exposição no III Workshop do Cultivo do Pirarucu, para Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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demonstrar a importância da atividade como uma das prioridades de investimentos em pesquisas apoiadas pelo ministério. Ela abordou como tema as “Políticas Públicas do MPA para a atividade do cultivo do pirarucu em cativeiro no Brasil – Estratégias de Atuação e Ações Desenvolvidas”. Veja os projetos no box. A assessora mostrou um histórico do apoio federal à cadeia produtiva desse setor e destacou que em 2005 foi criado um grupo de trabalho específico para promover a atividade. “Nós identificamos os principais entraves do segmento e verificamos quais ações apoiadas pela antiga SEAP/ PR (Secretaria Especial de Aquicultura e Pesca da Presidência da República) solucionavam ou amenizavam as dificuldades dos produtores de pirarucu e a partir daí pensamos em ações”, historiou Wanessa Nogueira.

Marco

“Políticas Públicas do MPA para a atividade do cultivo do pirarucu em cativeiro no Brasil – Estratégias de Atuação e Ações Desenvolvidas”.

De acordo com a palestrante, um marco para o setor foi a publicação da Instrução Normativa Conjunta (MPA/IBAMA) nº 1 de 21/12/2011, que estabeleceu critérios e procedimentos para o cadastramento de plantéis de reprodutores de pirarucu no estado de Rondônia. Essa iniciativa teve o objetivo de regularizar os empreendimentos quanto ao manejo, à reprodução em cativeiro, à engorda e à comercialização do produto. “Essa medida possibilitou a legalização dos estoques dos criadores de pirarucu no estado de Rondônia. O MPA busca agora ampliar essa ação para os demais estados da região Norte, propiciando assim um incentivo a todos os estados da Amazônia Legal na produção de pirarucu pela aquicultura”, projetou. Em 2012, o Ministério elaborou um plano operacional com o grupo de pesquisa da Região Norte que trabalha com o pirarucu para que eles pudessem acessar recursos do Fundo Amazônia e fez o cadastramento dos plantéis de reprodutores do peixe em Rondônia, conforme previa a instrução normativa publicada no ano anterior. Durante essa ação de cadastro foram vistoriadas 30 propriedades de criação do pirarucu em cativeiro no estado. “Existem aproximadamente 400 propriedades em Rondônia que cultivam a espécie, contudo somente 52 trabalham com reprodução e dessas apenas 30 encaminharam documentação e estavam aptas à vistoria”, detalhou a assessora. O representante do MPA no III Workshop identificou que a operação atin-

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giu 15 municípios, de um total de 52 do estado, e foram verificados 692 peixes reprodutores portadores de microchips para fins de regularização dos empreendimentos. As cidades visitadas foram: Porto Velho, Pimenta Bueno, Primavera de Rondônia, Guajará-Mirim, Ouro Preto D’Oeste, Presidente Médici, Ji-Paraná, Itapuã D’Oeste, São Felipe, Espigão D’Oeste, Cacaulândia, Rolim de Moura, Nova Brasilândia, Nova Mamoré e Ariquemes.

Recomendações O tempo curto para a regularização dos documentos, a dificuldade de alguns produtores no manejo dos peixes, a falta de mão de obra especializada e a demora no repasse dos recursos para as ações de vistoria foram algumas das dificuldades encontradas pelo Ministério. “Há pouca disponibilidade de mão de obra treinada para o acompanhamento e apoio nas operações de vistoria, salvo em algumas propriedades onde houve apoio de pessoal da empresa Mar & Terra e de consultores técnicos contratados pelo Sebrae”, explicou. Wanessa Nogueira ressaltou que o atraso no repasse da verba resultou no agendamento das vistorias justamente no período de reprodução dos animais. “Tivemos dificuldades no trabalho, pois muitos produtores não se interessavam mais em manejar os cardumes para não interromper ou prejudicar a reprodução”, ilustrou. Como resultado do trabalho, o MPA elaborou uma lista de recomendações para o setor, visando o sucesso em novas ações de cadastramento: extensão do prazo para documentação e vistorias; prolongar ou renovar prazos para continuidade e cadastramento de reprodutores; adequação prévia dos locais de criação por parte dos produtores; não realizar vistorias durante o período de reprodução; equipes treinadas para manejo rápido e adequado; e agilidade no cadastramento dos chips.

Tivemos dificuldades no trabalho, pois muitos produtores não se interessavam mais em manejar os cardumes para não interromper ou prejudicar a reprodução.

“As relações de lotes com chips poderiam ser encaminhados ao MPA/IBAMA e reconhecidos pela ART (Anotação de Responsabilidade Técnica) do técnico responsável, que poderiam ser comprovados futuramente por vistoria. Essa ação tornaria o processo de cadastramento mais ágil”, recomendou.

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Balanço Geral

Atividades contribuem para o cultivo de 125 mil peixes A MAIOR PARTE DO CULTIVO NA REGIÃO NORTE ESTÁ EM RONDÔNIA; UNIDADES DE REPRODUÇÃO E ENGORDA SÃO ESTRUTURADAS NOS DEMAIS ESTADOS

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Fase 2 do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia colaborou em 2013 e 2014 para o cultivo da espécie atingir a produção de 125 mil peixes, nos últimos três anos, nos sete estados da Região Norte – Acre, Amazonas, Amapá, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins. Nessa segunda Fase, o Projeto destina-se ao Desenvolvimento de Produtos e Serviços para superar o desafio de tornar a atividade lucrativa. Inclui ações que possam atrair novos investimentos particulares para maior oferta do produto e conquista de novos mercados. Desse total da produção, estima-se que 72% ou 90 mil peixes estejam sendo cultivados em Rondônia por produtores rurais que contam com o apoio da empresa Mar & Terra, especialista em peixes nativos. Há articulação entre produtores e governos estadual e federal voltada à construção de um frigorífico de grande porte em Rondônia para atender a crescente criação de peixes, em especial o pirarucu. A estimativa de produção na Região Norte é registrada no segundo ano da Fase 2 do Projeto Estruturante, que é desenvolvida desde 2012 em parceria com o Ministério da Pesca, com a Embrapa Aquicultura e Pesca, sediada no Tocantins, e com empresas e produtores rurais. Como colaboração ao aumento e à melhoria do cultivo da espécie, as unidades do Sebrae nesses Estados desenvolveram em 2013 diversas ações, a exemplo da promoção de eventos, visitas técnicas, cursos e consultorias para a

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implantação 7 unidades de reprodução e 14 de engorda. São atividades registradas neste relatório, que reúne informações enviadas à Coordenação Nacional do Projeto pela Coordenação Regional e pelos gerentes, gestores e analistas das unidades estaduais do Sebrae envolvidos com a iniciativa de valorização de um dos peixes nativos mais saborosos da Amazônia

O MAIOR DESAFIO Com previsão de término no final de 2014, a Fase 2 prevê o desenvolvimento de produtos e serviços, com o objetivo de “Difundir e aprofundar os conhecimentos obtidos na Fase 1 do Projeto, replicar as Unidades de Reprodução nos 7 Estados e promover o pirarucu de cativeiro”. “Nessa segunda fase nós temos que olhar mais para desenvolver produtos e serviços”, assinala a coordenadora nacional do Projeto Estruturante e de Piscicultura e Pesca do Sebrae, Newman Costa, que é analista da Unidade de Agronegócios. Ela indaga e responde: “O que quer dizer isso? É a gente entregar mais resultados que possam fazer diferença para levar os empreendedores a investir e ganhar dinheiro na atividade. Então esse é nosso maior desafio na segunda fase”. De acordo com a coordenadora, os produtores são importantes parceiros nessa segunda fase. “Eles vestem a camisa junto com a gente, compram e investem na atividade. Então a gente entra com uma parte, eles entram com outra. Esse é o trabalho que a gente está fazendo integrado


Foto: Jacob de Almeida Kehdi

Fase 2 do Projeto Pirarucu prev锚 Desenvolvimento de Produtos e Servi莽os para atrair investimentos particulares, como faz a empresa Mar & Terra em Rond么nia

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Foto: Sebrae Pará

com os produtores nessa segunda fase”, detalha. Na Fase 1 do Projeto Estruturante, foram implantadas 20 unidades de observação na fase de engorda nos seis Estados e 1 unidade de reprodução em Rondônia. Houve ainda diagnóstico da cadeia produtiva do pirarucu na região Norte. Além disso, ainda na Fase 1, houve estudo de mercado sobre a aceitação e potencial de venda do pirarucu nas capitais de seis unidades do Brasil (PA, PE, DF, SP, RJ e PR). Os resultados foram animadores sobre a receptividade dos consumidores, que atingiu a marca de 95%.

GARGALOS

Newman Costa: a fase de desenvolver produtos e serviços

Além da implantação das unidades de produção e reprodução, as ações previstas para a Fase 2 destinam-se também ao enfrentamento de gargalos que inibem a expansão e a melhoria da atividade, a exemplo da falta de mão de obra qualificada, rações e qualidade na produção de alevinos. “Tem muita necessidade de ter mais profissionais qualificados para a gente poder levar para trabalhar em campo. Hoje em dia, se tiver profissional capacitado, tem trabalho!”, destacada a coordenadora nacional do Projeto Estruturante. Para vencer essas dificuldades, além das unidades de produção e reprodução, a Fase 3 prevê seguintes ações: »» Pesquisar soluções das dificuldades nas áreas de nutrição e sanidade (Embrapa). »» Elaborar e implantar plano de marketing e comercialização para o pirarucu produzido em cativeiro. »» Capacitar multiplicadores nas áreas de manejo de reprodução e engorda com a realização de cursos. »» Realizar missões técnicas e eventos gastronômicos, além da participar de eventos técnicos e negócios. »» Elaborar publicações e vídeos para divulgação das informações geradas durante o projeto e promover os produtos do pirarucu. »» Registrar a marca “Pirarucu da Amazônia”.

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A fórmula da Gestão Integrada

Newman Costa/Sebrae Nacional

Durante exposição no II Workshop do Cultivo do Pirarucu, realizado em Belém, em novembro do ano passado, a coordenadora nacional do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia, Newman Costa, destacou que a experiência é desenvolvida por meio de Gestão Integrada. “Sou só o elo de ligação entre todos os estados e face a interface com os parceiros, a exemplo da Embrapa, Ministério da Pesca e Aquicultura, laboratórios, universidades”, afirmou a coordenadora. Ela ainda deu vários exemplos das vantagens da Gestão Integrada. “Se for ração compartilhada com os outros, vai sair mais barata para vocês. Na questão de contratar consultoria para a atividade, vai sair mais barato. A gente integra para reduzir custos e para ter o resultado mais positivo”.

Apresentação da coordenadora nacional no II Workshop do Cultivo do Pirarucu, cujos demais slides estão nas próximas páginas VEJA VÍDEOS PROJETO ESTRUTURANTE PIRARUCU DA AMAZÔNIA http://www.youtube.com/watch?v=CfrqxeSYdnw PRODUÇÃO DE PIRARUCU EM RONDÔNIA http://globotv.globo.com/rede-globo/globo-rural/v/em-ro-tecnicostrabalham-na-producao-em-cativeiro-do-pirarucu/2609299/ EMPRESA MAR & PESCA http://www.mareterra.com.br/site2013/destaque.asp?url=video-institucionalGestão Integrada reduz custos e melhora resultados mar-e-terra

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Rondônia

Chips contra a pesca ilegal Pioneiro no Projeto Pirarucu da Amazônia, monitoramento por chip se estende pelos demais estados para atestar aos importadores a procedência legal da espécie Rondônia deu o primeiro passo como pioneiro no Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia desde 2007, com o uso de chips para identificar a origem das espécies comercializadas. Também virou modelo em uma experiência de avançada tecnologia que começa a ser disseminada em todos os seis demais estados que integram o projeto – AM, AC, AP, PA, RR e TO. Um dos avanços tecnológicos está nos chips que são implantados nos peixes usados para gerar filhotes em cativeiro, evitando que exemplares sejam retirados indevidamente da natureza. Em todo o estado, que concentra a maioria das criações da espécie, cerca de 500 animais reprodutores têm o chip implantado, de acordo com o Sebrae. “É uma espécie de CPF”, compara o coordenador regional do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia, João Machado, do Sebrae em Rondônia. “Com isso, é possível se conhecer a origem da carne que está sendo comercializada e garantir que são de animais de criatórios e não de pesca predatória. É possível se rastrear a origem do produto”, explica em entrevista. Exigência dos importadores

Chip representa o CPF de cada espécie

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Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

O chip começou a ser utilizado pelo Projeto nos peixes reprodutores em 2009. Desde 2011, no entanto, o chip passou a ser uma exigência do Ibama e do MPA (Ministério da Pesca e Aquicultura) para o peixe de Rondônia.


Consumidor final paga pela espécie R$ 20/kg na Amazônia e R$ 36/kg em São Paulo

Como o uso dos chips, o Sebrae procura aperfeiçoar o conhecimento gerado por criadores pioneiros, como a Piscicultura Boa Esperança, de Megumi Yokoyama, que começou a criar pirarucus no final da década de 80, em Rondônia. De acordo com o MPA, o equipamento ajuda a atender a exigência de países importadores, que querem ter a certeza de que o pirarucu vem de uma fonte confiável sem avanços aos estoques naturais da espécie.

Se o Ibama quiser verificar a origem dos alevinos [os filhotes de peixe], pode conseguir na nota de venda o número dos pais, ir até a propriedade onde estão registrados, para ver se realmente existem e se estão regularizados.

Em declaração prestada ao site UOL Economia, a criadora Simone Yokoyama, da Piscicultura Boa Esperança, de Pimenta Bueno (RO), afirma que a identificação também é importante para controlar melhor os cruzamentos. Como os pirarucus são fiéis porque só se reproduzem com os pares que escolhem, é importante que não sejam colocados em tanques separados, aconselha. O chip custa R$ 12 e deve ser implantado em todo pirarucu usado para a produção de filhotes, assim que atinge a fase adulta,

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afirma João Machado, do Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas) em Rondônia, que coordena o Projeto Pirarucu. Com o chip, o peixe ganha um número de identificação com dados da fazenda a que pertence. Um equipamento que lembra um leitor de código de barras pode ser usado pelos fiscais para encontrar o número dos peixes e verificar se estão com o registro em dia. De acordo com a produtora Simone Yokoyama, da Piscicultura Boa Esperança, de Pimenta Bueno (RO), cada nota fiscal emitida com a venda de filhotes de peixes para a engorda leva também o número de identificação de seus pais.

Se o Ibama quiser verificar a origem dos alevinos [os filhotes de peixe], pode conseguir na nota de venda o número dos pais, ir até a propriedade onde estão registrados, para ver se realmente existem e se estão regularizados.

"Se o Ibama quiser verificar a origem dos alevinos [os filhotes de peixe], pode conseguir na nota de venda o número dos pais, ir até a propriedade onde estão registrados, para ver se realmente existem e se estão regularizados", diz Machado, do Sebrae. O chip também é usado pelo Projeto Pirarucu da Amazônia para identificar os casais que dão origem ao maior número de filhotes e aos animais mais saudáveis e selecioná-los para o melhoramento genético.

Produção em 2014 deve ser de 1,5 mil quilos de pirarucu A carne do peixe, que chega a atingir 2 metros e 250 kg, está entre as mais valorizadas da Amazônia. Os produtores recebem cerca de R$ 8,50 pelo quilo do animal, que é vendido ao atingir 13 kg. O consumidor final paga cerca de R$ 20 pelo quilo do peixe na região amazônica. Em São Paulo, a faixa é de R$ 36 o quilo. De acordo com o Sebrae (Serviço Brasileiro de Apoio ao Empresário), a estimativa é que 1,5 mil toneladas do peixe sejam levadas ao mercado em 2014. A produção de 2013 foi de apenas 400 toneladas.

Produção de filhotes é vendida a outros criadores para engorda A produção de filhotes de pirarucu, chamados de alevinos, em geral fica a cargo de criadores com maior acesso à tecnologia. Os alevinos são vendidos a outros criadores, em geral de menor por-

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te, que fazem a engorda dos peixes até estarem prontos para o abate. De acordo com o MPA, cerca de 4% dos produtores usam peixes selecionados para produzir animais para a reprodução; 14% dos produtores multiplicam peixes para a engorda; e 80% focam na engorda desses peixes. Com 12 casais de pirarucus, a Piscicultura Boa Esperança afirma ter produzido 52 mil filhotes em 2013, número 92% maior do que o de 2012 e 300% maior do que o de 2011. A expectativa é chegar a 70 mil neste ano. Eles criam os animais com ração até que atinjam 15 cm, o que demora cerca de um ano. O preço de venda é de R$ 0,80 a R$ 1 por cada centímetro do peixe. Quem compra o animal para terminar sua engorda se encarrega da parte mais custosa do ciclo, que leva cerca de um ano, até o animal atingir cerca de 13 kg. O quilo da carne é vendida, em média, por R$ 8,50.

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Entrevista

Tecnologia para vencer os obstáculos

João Machado, coordenador regional do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia

Enquanto para espécies como a tilápia e o tambaqui já se tem tecnologia para fazer reprodução em cativeiro, para o pirarucu, isso ainda está sendo desenvolvido.

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O coordenador regional do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia, o analista João Machado, do Sebrae em Rondônia, prevê que o cultivo da espécie será aprimorado com a criação de tecnologia adequada, a exemplo do que já acontece com a tilápia e o tambaqui. Para que servem os chips que estão sendo experimentados nos pirarucus? João Machado – Servem para identificar as matrizes/reprodutores de pirarucu. Cada chip carrega um número que identifica em que propriedade, tanque e região o animal está sendo criado. É uma espécie de CPF. Com isso, é possível se conhecer a origem da carne que está sendo comercializada e garantir que são de animais de criatórios e não de pesca predatória. É possível se rastrear a origem do produto. Em que locais esses experimentos estão ocorrendo? João Machado – Nos sete estados da Região amazônica (AM, AC,AP, PA, RO, RR e TO) onde o Sebrae, em parceria com o Ministério da Pesca, com a Embrapa Aquicultura e Pesca e com produtores, desenvolve o Projeto Pirarucu da Amazônia. Qual a maior dificuldade de lidar com o pirarucu e fazê-lo se reproduzir? Por que é tão difícil fazer com que ele crie pares? João Machado – Enquanto para espécies como a tilápia e o tambaqui já se tem tecnologia para fazer reprodução em cativeiro, para o pirarucu, isso ainda está sendo desenvolvido. A maior dificuldade é que ele se reproduz somente no inverno amazônico. Parece que é pelas chuvas que inundam os lagos e igarapés. Além do mais, esse animal quando adulto (em fase reprodutiva) chega a medir mais de 2 metros e pesar 250 kg, dificultando o seu manejo reprodutivo e carecendo, para isso, de pessoal treinado e de


equipamentos adequados. Ainda não se sabe os reais motivos das dificuldades de acasalamento desse animal. Não é muito fácil se identificar o macho e a fêmea para efeito de formação de casal. E como se dá o processo de criação do pirarucu? Ele é dividido entre produtores que criam os alevinos e os que engordam? Por quê? De que forma se dá a divisão dos lucros com o peixe? João Machado – Por um processo natural, os pequenos produtores, que não dispõe de grande capacidade de investimento, estão se especializando em atuar na produção e comercialização de alevinos. Cada unidade deles medindo em torno de 15cm e treinado em comer ração, é vendido entre R$ 0,80 a R$1,00 o cm. Os produtores com mais recursos estão se especializando em engordar os alevinos por um ano, quando os animais são abatidos pesando em torno de 13 kg, vendido a R$ 8,50/kg. Isso se explica porque o processo de engorda por um ano é caro com a ração representando quase 60% dos custos e muitos pequenos produtores não tem condições de fazer esse investimento com retorno de 12 meses. Qual a quantidade de pirarucu produzido em cativeiro? O senhor consegue falar qual é esse volume nos últimos 3 anos? João Machado – Estima-se em 125 mil animais nos 7 Estados citados anteriormente. Desse total, em torno de 90 mil estão estocados em Rondônia. Qual a quantidade de pirarucu retirado de reservas? E o pescado ilegalmente, há estimativas? João Machado – Não tenho essa informação. Os animais dos produtores apoiados pelo Sebrae são de pisciculturas legalizadas nos órgãos ambientais Estadual e Federal. Por quanto está cotado o peixe? Em torno de R$ 8,50/Kg na propriedade. Seco e salgado ou fresco é vendido a R$ 20,00 o kg. Tem aumentado ou diminuído? Tem se mantido estável nos últimos dois anos.

O processo de engorda por um ano é caro com a ração representando quase 60% dos custos e muitos pequenos produtores não têm condições de fazer esse investimento com retorno de 12 meses.

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Amazonas

Resultados em despesca e alevinos Unidades vendem para o mercado interno e preveem novos investimentos para o próximo ano Avanços do Projeto estruturante do Pirarucu da Amazônia já podem ser fisgados no estado do Amazonas, após oito anos da experiência. Desde o início da primeira fase do Projeto em 2007 até o atual estágio da segunda fase a ser concluída em 2016, os resultados já são colhidos em três unidades instaladas – duas de engorda, sendo que uma já teve a fase de despesca, com peixes pesando 12 kg em média, e uma de produção de alevinos, que funciona desde 2013 com boas perspectivas de comercialização. Para 2015, a expectativa é de consolidação das Unidades de Observação de Engorda e Reprodução. Esses avanços são apontados pelo gestor do projeto do Sebrae no Amazonas, Célio Luís Picanço de Matos, sobre a segunda fase da experiência, iniciada no segundo semestre de 2012. “Ao longo destas duas fases o projeto deu passos importantes para sociedade”, comemora. Mas ressalta: “Contudo estamos apenas no início do desenvolvimento desta cadeia produtiva que será de extrema importância para a economia regional, principalmente para inten-

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Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

Fazenda São Bento já fornece exemplares para o mercado interno

sificar a produção de uma nova fonte sustentável de proteína animal, atividade de baixo impacto ambiental se comparado à pecuária, possibilitando aumento populacional da espécie, desenvolvimento de conhecimento de alta competitividade, possibilidade de atender o mercado da alta gastronomia brasileira e mundial bem como a valoração de espécie de peixe de água doce”. O cenário para 2015 também é animador como reflexo do fato de o Projeto ter dissemina-


do a criação de pirarucu como uma alternativa promissora. Inclusive em relação a outros ramos tradicionais, a exemplo da pecuária de corte e de outros peixes cuja tecnologia de criação está mais avançada. Um dos parceiros do Projeto, a Coperpeixe, investiu significativamente no projeto. Construiu 150 tanques de reprodução, laboratório e adquiriu um plantel com mais de 300 matrizes em dez meses. Houve ainda a reprodução de cinco casais, que estão em fase de crescimento e adaptação para comercialização e engorda. A propriedade tem a meta de produzir um milhão de alevinos no próximo ano. Ao mesmo tempo, a unidade de engorda da Fazenda São Bento, do empresário Osvaldir Bento da Silva, superou as expectativas a ponto de substituir a produção de tambaqui pela de pirarucu. Conhecimento diante das vantagens oferecidas pelo pirarucu em relação a outras espécies cultivadas, tem crescido o número de interessados na criação desta espécie. Mas, para atingir resultados positivos, foi preciso investir em conhecimento, observa o gestor estadual do Projeto Pirarucu da Amazônia. De acordo com o gestor, a partir das consultorias prestadas aos piscicultores, ficou mais fácil expandir, melhorar e aumentar a produção e a comercialização de pirarucu cultivado nas quatro unidades de engorda e reprodução. A capacitação dos produtos compreende cursos teóricos e práticos, seminários e oficinas, visitas técnicas, festival gastronômico além da publicação e difusão de material técnico. “O projeto é um instrumento de geração e difusão de conhecimento e de tecnologia sobre a cadeia produtiva do pirarucu na região amazônica. É

uma atividade que, aos poucos, vem substituindo a pecuária de corte por se tratar de uma atividade promissora”, afirma. Apesar de ainda não oferecer lucro financeiro, o projeto gerou empregos. No Amazonas foram criados 120 postos de trabalho em quatro propriedades. Também foram beneficiados 22 produtores cooperados, além de, indiretamente, pesquisadores da EMBRAPA (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária), da Universidade Federal do Amazonas, Secretaria de Pesca e entidades de pesquisa e extensão rural do estado. As duas primeiras unidades instaladas no amazonas eram de demonstração de engorda. Nessa primeira fase o foco foi estudar a economia, a ecologia, a segurança alimentar e o incentivo de novas políticas de desenvolvimento para despertar interesse e atrair empreendedores para a atividade. Após a boa aceitação e visão promissora do negócio, partiu-se para a segunda etapa do projeto, em 2012, com a instalação de duas unidades de reprodução, visando completar o estudo da cadeia produtiva.

Simplificação tecnológica O cenário é favorável à continuidade dos investimentos, o que gerou a instalação de uma segunda unidade de engorda. “Com isso, espera-se proporcionar qualidade no atendimento e simplificar o uso do pacote tecnológico desenvolvido pelo projeto, bem como disseminar junto aos produtores, pois se trata de uma atividade em que o empirismo não pode ser adotado como garantia de sucesso”, resume Célio Matos. Dessa forma, observa que a evolução dos reProjeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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Novos tanques para o aumento da produção

sultados está condicionada à consolidação de boas parcerias, escolha de produtores comprometidos, seleção de técnicos e consultores que buscam a construção de soluções viáveis ao segmento, a exemplo de políticas públicas e ações privadas para o desenvolvimento da atividade. Segundo o gestor, a tecnologia desenvolvida no projeto envolve as seguintes etapas: inicialmente com produção normal de ovos, eclosão e captura de larvas, na unidade de reprodução, e processos de adaptação alimentar para as larvas, desenvolvimento da produção de ração à base de fito plancto e proteína em média 45%, e treinamentos dos alevinos na alimentação, transporte de matrizes, identificação de doenças e manejo adequado, na unidade de engorda.

Dificuldades Mesmo com os diversos resultados positivos da criação de pirarucu no estado Amazonas, a prática ainda enfrenta algumas dificuldades, entre elas, a alta rotatividade de mão de obra capacitada nas unidades de observação, poucos especialistas com experiência no cultivo da espécie credenciado para prestação de serviços de consultoria e poucos fornecedores de alevinos habilitados para fornecer aos produtores.

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Pirarucu para Todos foi um dos pratos apresentados no Festival Sabor Brasil

Mercado consumidor Confira as vantagens do pirarucu O pirarucu cultivado no estado do Amazonas é 100% vendido e consumido no mercado local, onde a espécie é apreciada em 10 de cada 10 habitantes. Tem presença relevante nos restaurantes de Manaus, mas ainda perde para outras espécies com tecnologia de criação mais avançada, a exemplo do tambaqui, cujo preço é menor. Para comercialização, o Sebrae no Amazonas estima que cada animal engordado e abatido para ser comercializado em preço média por quilo entre R$ 8,00 a 9,00. Já para os alevinos, a média para comercialização é R$ 2,00 o cm, quando atingem 20 cm de tamanho. A espécie é um cartão de visita da gastronomia local, onde tem espaço obrigatório em evento e festivais do ramo. Por exemplo, “Pirarucu para Todos” foi um dos pratos difundidos em maio, durante a 9ª edição do Festival Brasil Sabor, que foi realizado no Salão Ponta Negra, no Tropical Hotel Manaus. Em comparação a outros peixes, tradicionalmente utilizados na piscicultura do Amazonas, como o tambaqui, por exemplo, o pirarucu leva algumas vantagens: »» possui valor comercial mais elevado; »» tem alto aproveitamento de filés sem espinha (até 55%); »» a carne não está sujeita ao “gosto de barro” e é considerada uma carne nobre, pois é clara, magra e tem sabor suave; »» cresce rapidamente, superando 10kg no primeiro ano; »» não depende de oxigênio na água para respirar, pois possui uma bexiga natatória; »» aceita ração balanceada após treinamento; »» tem bom desempenho na produção intensiva.

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Eventos mostram o sabor e o potencial da espécie Mostra Gastronômica e Workshop foram realizados com a participação de chefs, empreendedores e parceiros, a exemplo da Abrasel e da Embrapa O Sebrae no Amazonas realizou, de 8 a 9 de setembro de 2014, no Studio 5, zona Sul de Manaus, a II Mostra Gastronômica Regional e IV Workshop do Cultivo de Pirarucu . Com o apoio da Associação de Bares e Restaurantes do Amazonas (Abrasel-AM), o objetivo do evento gastronômico foi apresentar as variedades culinárias e potencialidades do nobre peixe nativo da região, agora na versão cultivada. A programação das atividades incluíram cursos e palestras técnicas, degustação de pratos típicos com pirarucu, visitas técnicas e intercâmbio entre empresários do ramo de indústria, comércio e serviço do pescado e produtores de pirarucu. O gestor estadual do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia, Célio Picanço, explica que os eventos integram o elenco de ações previstas nos três anos da experiência, que é implementado pelo Sistema Sebrae em toda a Região Norte. De acordo com o gestor, cada estado da região mantém unidades demonstrativas de criação e reprodução do pirarucu e o objetivo do projeto é produzir informações e conhecimento sobre toda a cadeia produtiva de valor para criação e beneficiamento da espécie.

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Os vencedores da II Mostra foram: 1º Lugar RR – Olinda Pereira de Melo (Kalu Brasil) 2º Lugar TO – Edilson Pinto Damasceno (à direita) 3º Lugar AC – Jaire Cunha de Oliveira

Prato 1º Lugar (RR – Kalu Brasil) Pirarucu ao molho de Castanha do Brasil

Nelson Rocha, Sebrae AM: visibilidade aos diferenciais gastronômicos do pirarucu


“O que buscamos é desenvolver técnicas de manejo, produzir informações de mercado, tecnologia e demais dados que sejam úteis para a estruturação da atividade de produção do pirarucu em toda a Região Norte. E, parte desse trabalho é dar visibilidade aos aspectos e diferenciais gastronômicos do pirarucu”, destacou o diretor-superintendente do Sebrae no Amazonas, Nelson Rocha.

Balanço No Amazonas, informa Picanço, o projeto beneficia 22 criadores do município de Manacapuru, associados em cooperativa (a 87 quilômetros de Manaus), 1 criador de Iranduba e 1 criador de Itacoatiara, totalizando 24 criadores, todos pertencentes à Região Metropolitana de Manaus. Essas propriedades contam com apoio de órgãos de pesquisa e acompanhamento. Nelas os produtores aprendem novas técnicas de manejo e aplicação de tecnologias, tais como: manejo genético e reprodutivo; rastreabilidade com chip; treinamento e técnicas de engorda e crescimento da espécie.

Os eventos contaram com a participação dos gestores estaduais do Projeto Estruturante do Pirarucu

A Mostra Gastronômica já é o instrumento indutor para consumo da espécie e resgate da culinária regional, o que consolida um bom resultado dessa parceria

Quanto ao consumo do pirarucu, reforça o gestor, o Sebrae mantém parceria com a Abrasel para que bares, restaurantes e

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Workshop contou com palestras e cursos

similares de Manaus invistam em novas receitas incluindo o pirarucu como ingrediente principal, ampliando o cardápio de pratos regionais. “A Mostra Gastronômica já é o instrumento indutor para consumo da espécie e resgate da culinária regional, o que consolida um bom resultado dessa parceria”, finaliza Picanço.

Concurso de Gastronomia

A Mostra Gastronômica já é o instrumento indutor para consumo da espécie e resgate da culinária regional, o que consolida um bom resultado dessa parceria

Durante a Mostra também ocorreu o Concurso de Gastronomia, logo após o lançamento da Mostra, com a participação de sete chefes de cozinha, cada um deles representando os seus Estados de origem: Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima, Amapá e Tocantins. Os pratos serão feitos com base em ingredientes regionais, sendo o principal deles, o próprio pirarucu, produzidos com base em costumes da cultura indígena e técnicas aplicadas nas cozinhas mediterrânea, italiana e portuguesa. A seleção foi feita baseada em critérios, como harmonia gustativa, regionalidade e criatividade. Foram convidados a compor o júri autoridades representantes do Sebrae Nacional, Ministério da Pesca e Aquicultura e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa).

Os vencedores foram: Com o aumento da pesca comercial nas últimas décadas, está ocorrendo grande impacto nas populações das principais espécies

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comerciais, como o pirarucu. A reprodução natural do peixe é insuficiente para repor o plantel despescado a cada ano. esse sentido, o desenvolvimento e ampliação de sistema intensivo de produção de peixes, como é o caso do pirarucu em cativeiro, estão contribuindo para potencializar a economia dos Estados envolvidos, sendo que o projeto já apresenta resultados positivos nesse cenário. O pirarucu se destaca na culinária por ter carne saborosa e desprovida de espinhas. É uma espécie cada vez mais valorizada no mercado nacional e também, internacionalmente em países como o Japão. Além do aproveitamento da carne, o couro e escama do pirarucu pode ser empregado na produção de assessórios do vestuário (bolsas, sapatos e cintos) e na cosmetologia.

Workshop e visitas técnicas Durante o IV Worshop do Cultivo do Pirarucu, foram desenvolvidos dois paineis de discussão: “Desenvolvimento da Produção de Pirarucu de Cativeiro – Região Norte”, no dia 8 de setembro, e no dia 9, “Entraves e estratégias para o desenvolvimento do cultivo do pirarucu em cativeiro” durante o dia todo. A participação no workshop foi gratuita e voltada ao público em geral, em especial, formadores de política de desenvolvimento, chefes de cozinha, empresários, produtores, técnicos e funcionários do ramo de restaurantes. Na programação, foram realizadas visitas técnicas à área de cultivo, com o objetivo de promover o intercâmbio entre os participantes dos eventos.

O corpo de jurados foi formado por Enio Queijada, Nelson Rocha, Janete Fernandes, João Campos e Túlio Silva

Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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AS RECEITAS DOS VENCEDORES

Veja os ingredientes dos pratos premiados na II Mostra Gastronômico de Pirarucu Cultivado Pirarucu ao molho de Castanha do Brasil

Prato 1º Lugar (RR – Kalu Brasil)

Ingredientes do Prato Nome: Pirarucu ao molho de Castanha do Brasil Receita: Damurida Porções: 10 Ingredientes: 3 quilos de filé de pirarucu – Inteiro

2 litros de tucupi amarelo 4 unidades de tomate grande 10 unidades de pimenta de cheiro 2 unidades de pimentão amarelo 3 unidades de cebolas grandes 4 maços de cheiro verde (cebolinha e coentro) 250 mililitros de azeite extra-virgem (preferência – Galo) 1 cabeça de alho grande 1 quilo de sal fino 6 unidades de limão grande 100 gramas de pimenta murupi 100 gramas de pimenta malagueta 100 gramas de pimenta olho de peixe Execução Corta-se o filé de pirarucu em

pedaços de 6 centímetros; põe-se de molho na água com limão por 10 minutos; escorre-se e lava-se em água corrente; tempera-se com todos os ingredientes relacionados acima; em uma panela de barro, coloca-se o tucupi para ferver antes de colocar o peixe com metade dos temperos citados acima, por meia hora; antes de colocar o peixe na panela de barro, chapeia o filé de pirarucu temperado com sal, alho e azeite, para selar o peixe; depois de 30 minutos de cozimento do tucupi, coloca-se o peixe para cozinhar por 3 minutos de fervura. Montagem: serve-se com beiju e molho de pimenta.

Prato 2º Lugar (TO – Edilson Lima Damasceno)

Prato 2º Lugar (TO – Edilson Lima Damasceno)

Ingredientes do Prato Nome: Pirarucu com castanha de caju ao creme de pequi Porções: 1 Ingredientes: 250 gramas de pirarucu 100 gramas de castanha de caju triturada

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10 gramas de creme de pequi 100 mililitros de azeite de coco de babaçu 100 gramas de queijo coalho 5 maços de alho-poró 1 litro de vinho branco seco 500 gramas de creme de leite fresco Sal a gosto Pimenta do reino a gosto Ervas frescas da região 2 unidades de limões (suco de dois limões) 150 gramas de Farinha de trigo Caldo de legumes Execução Corte de filé de pirarucu ao meio sem separar as partes; tempere com sal, pimenta e suco de limão; recheie, com queijo coalho, a castanha, as ervas e

10 gramas de creme de pequi; junte as duas partes do peixe, passe na farinha de trigo e grelhe no azeite de coco de babaçu. Reserve. Creme de pequi: corte o alho-poró em fatias finas; refogue em panela com duas colheres de sopa de manteiga, em seguida junte dois litros de caldo de legumes e o vinho branco seco, cozinhe por 15 minutos em fogo brando; retire do fogo, bata no liquidificador até formar um creme; retorne a panela ao fogo com o creme, acrescente o creme de leite e o creme de pequi a gosto; ajuste o sabor do vinho, tempere com sal e pimenta e ferva por 5 minutos; desligue o fogo e sirva o creme sobre o pirarucu.


Prato 3º Lugar (AC – Jaire Cunha de Oliveira)

Prato 3º Lugar (AC – Jaire Cunha de Oliveira)

Ingredientes do Prato Nome: Medalhão de pirarucu com banana da terra Porções: 1 porção

Ingredientes 120 gramas de pirarucu 1 dente de alho 1 unidade de banana da terra azeite a gosto 1 grama de pimenta do reino Sal a gosto 500 mililetros de Óleo 6 unidades de palitos de dente Execução Passo 1: Tempere o pirarucu com alho, azeite, pimenta do reino e sal. Reserve. Passo 2: Descasque a banana e corte

em lascas compridas, enrole no peixe como se fosse fazer um medalhão. Ao invés do bacon, usa-se a banana. Reserve. Passo 3: Em uma frigideira, adicione o óleo e deixe-o ficar bem quente. Passo 4: Adicione o peixe e deixe fritar até atingir o ponto de dourado. Em seguida, sirva. Observações Executado com escalope de pirarucu de cativeiro

Semana da Qualidade

Janete Fernandes, Abrasel AM: novas técnicas e experiências de sucesso na II Semana da Qualidade

Durante a II Mostra Gastronômica Regional e o IV Workshop do Cultivo de Pirarucu, foi realizada também a II Semana da Qualidade Abrasel, entre os dias 8 a 12 de setembro de 2014, no auditório do Studio 5, com ênfase na qualificação profissional de quem trabalha no setor de bares e restaurantes. Para a presidente da Abrasel Amazonas, Janete Fernandes, a

qualificação profissional é uma das prioridades para os restaurantes associados à entidade. “A promoção da II Semana da Qualidade é mais uma oportunidade para que os restaurantes possam aprender novas técnicas e conhecer experiências de sucesso”, destacou presidente. Na programação da Semana, foram inclusos os workshops “Gestão Lucrativa de Cardápios” e “Gestão Lucrativa Financeira”, cada turma com 25 empresários, que aconteceram de 8 a 11; o curso de Maître, de 8 a 12) com vagas para 30 participantes; e duas turmas de Oficina de Battuta Chopeiro (uma no dia 9 e outra no dia 10). No dia 9, o empresário e chef Marcos Livi, do restaurante paulista Veríssimo, fez uma palestra-show com o tema “Empreendedorismo, Degustação e Receita”, destinada a empresários e chefs de restaurantes associados da Abrasel.

Evolução do Projeto Pirarucu no Amazonas : 2012 - Implantação da 1ª Unidade de Observação de Engorda; 2013 - Implantação da Unidade de Observação de Reprodução; 2014 - Encerramento da 1ª Unidade de Observação de Engorda; 2014 - Implantação da 2ª Unidade de Observação de Engorda; 2015/2016 - Consolidação das Unidades de Observação de Engorda e Reprodução.

35 Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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Pirarucu vai virar o carro-chefe de fazenda no Amazonas Parceiro do Sebrae vislumbra que o negócio vai avançar em um ano Depois de dez anos enfrentando altos e baixos na produção de pirarucu, o produtor Osvaldir Bento da Silva tem boas expectativas sobre o futuro desse negócio em sua propriedade, a fazenda São Bento, localizada no município de Iranduba, a 30 km de Manaus. “Eu acho que vai ser o carro-chefe da fazenda dentro de um período aproximadamente um ano”, vislumbra. Confira a trajetória dele como piscicultor, parceiro do Sebrae no Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia II, que trocou o tambaqui

Osvaldir Bento da Silva: pirarucu substitui tambaqui

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Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

pelo pirarucu, principalmente por causa do alto custo da ração. Há quanto tempo o senhor cria pirarucu? Osvaldir Silva – Há 10 anos. Como foi isso, era coisa de família ou o senhor resolveu investir? OS – Quando comprei a propriedade, já tinha alguns exemplares na propriedade e aí eu continuei. Era criatório ou extrativista? OS – Era em criatório, sim. Como foi sua trajetória ao longo desse tempo com a criação de pirarucu? OS – Com altos e baixos. No início, foi ótimo. E depois o preço não compensava, a ração ficou cara e a gente praticamente eliminou. Depois, recomecei de novo há três anos. Já é a segunda experiência que faz o Sebrae em minha propriedade. Aí eu recomecei de novo as atividades. Hoje, já estou com exemplares e matrizes. Já tudo separado e está reproduzindo dentro da minha fazenda mesmo. O senhor trabalha com reprodução e engorda ou só com reprodução? OS – Eu trabalho com reprodução e alguma coisa que a gente consegue salvar a gente engorda. O senhor tinha tambaqui e está trocando por pirarucu? OBS – É isso. É o que eu estou fazendo agora. Es-


tou parando com os tambaquis e aumentando os plantéis de pirarucus. Por que o senhor tomou essa decisão? OS – Porque, com o tambaqui, a ração é muito cara, e o pirarucu tem alternativas. Você pode trabalhar com ração e com peixe também, que seria peixe de forrageiro [é aquele que serve de alimento a outro peixe carnívoro]. Nós temos uma abundância de peixes que é desperdiçado pelos pescadores da região. Então, a gente compra os peixes dos pescadores e alimenta os pirarucus. Aí diminui o gasto com a ração. A ração é muito cara. Hoje é praticamente inviável criar pirarucu só com ração. Manaus é o maior polo consumidor? OS – É o maior polo consumidor, estou a 30 km de Manaus. O senhor fornecer para Manaus? OS – Sim. Como eu falei, tive uma parada e tudo. Então a quantidade que se vende hoje não é muito é pouco. Quanto? OS – Aproximadamente 10 a 20 animais na faixa de 30 a 40 quilos por mês. É pouca coisa, tenho 2.000, mas está tudo pequeno agora. Não está na fase de abate ainda O senhor tem uma previsão para quando começara esta fase? OS – Inclusive com experimento do Sebrae, eles chegariam na faixa de 10 quilos daqui a seis meses a um ano. Aí a gente vai começar a tirar. E hoje? OS – É. Hoje é pouquinho, tem alevinos pequenos também. É uma atividade que, para mim, ainda não está sendo comercializada. Está sendo implantada.

Porque, com o tambaqui, a ração é muito cara, e o pirarucu tem alternativas. Você pode trabalhar com ração e com peixe também, que seria peixe de forrageiro [é aquele que serve de alimento a outro peixe carnívoro].

Em relação a venda de alevinos, como está? OS – Já vendi tudo que produzi. Mas, como faz pouco tempo que separei os casais, eu não tenho quantidades e não estou vendendo. O que eu consigo treinar é para própria fazenda. Quando eu tiver 10.000 alevinos para engorda, aí eu posso começar a vender. Aí é altamente lucrativo. O senhor utiliza aquela tecnologia dos chips? OS – Vou chipar 33 casais. São 40 casais, mas 30 são chipados. O pessoal me passa a pesquisa para eu fazer o trabalho. Na engorda, no começo, não vai ser possível eu acho. Essa colaboração do Sebrae está sendo útil para o avanço da atividade? OS – Está sendo útil. Inclusive eu tive orientações técnicas por empresas contratadas pelo Sebrae. Isso foi que o que reanimou para retomar a atividade. O Sebrae tem sido um parceiro. Podemos torcer para que o pirarucu seja o carro-chefe da sua fazenda? OS – Eu acho que vai ser o carro-chefe da fazenda dentro de um período aproximadamente um ano. Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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Roraima

ESPÉCIE CULTIVADA CHEGA AO MERCADO Começa despesca comercial e inaugura a nova unidade de engorda, mas há gargalos para a exportação de pirarucu

O

Projeto Pirarucu da Amazônia tem o que comemorar em Roraima desde o início da segunda etapa, em 2013. Com o objetivo de aumentar sua produção para atender o gargalo da região, Roraima começou a despesca comercial para conquistar novos espaços em 2014. Com uma nova Unidade de Observação de Engorda (UOE), o estado firmou contatos de negócios com três compradores interessados em adquirir e comercializar carne de pirarucu. Apesar da demanda de consumo da carne em outras regiões como o Caribe, por exemplo, Roraima ainda não tem condições de exportar o peixe e por isso é direcionada ao mercado local,

Roraima terá mais uma unidade de engorda em 2014

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Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

Alzir Mesquita, do Sebrae, com o consultor João Lorena Campos


Visita técnica do Sebrae na Agropecuária Carvalho, em Cantá

O mercado local absorverá toda a produção da unidade de engorda, estimada em 6 toneladas.

mas com boas perspectivas. É que falta um frigorífico regularizado no estado com certificação de SIF para atestar a exportação. O grande peixe amazônico é endêmico nos rios de Roraima, mas somente agora começou a produzido em escala no regime de cultivo. “O mercado local absorverá toda a produção da unidade de engorda, estimada em seis toneladas”, comemora o gestor do Projeto no SEBRAE do estado, Alzir Mesquita. Mesquita explica que essa é a hora de garantir mais espaço para a área de criação do Pirarucu. A nova Unidade de Observação de Engorda (UOE) do estado fica localizado na Fazenda Santo Expedito, que durante 2014 iniciou as atividades com preparação dos tanques, contato com fornecedores de ração, instalação de redes anti-pássaro, preparo do tanque de treinamento, berçário e tanque de engorda para recepção dos alevinos e início da engorda. O povoamento do novo tanque teve o custo estimado em R$ 4.500, mas conseguirá render até 2.500 toneladas de carne em um ano. A Unidade de reprodução vem sendo acompanhada e a expectativa é de ocorrer desovas em 2015, de acordo com as condições climáticas e os casais formados. Tanto a primeira unidade de engorda quanto a unidade de reprodução criadas na segunda fase do projeto estão localizadas na fazenda Agropecuária Carvalho, no município do Cantá, de propriedade de Alexandre Fernandes Carvalho. Já foram implantadas cinco unidades de observação de engorda em Roraima, quatro na primeira fase e duas na segunda, sendo que a mais antiga já ocorreu a despesca. O resultado foram 395 pirarucus despescados, com peso médio de 11,3 kg, totalizando quase 4,5 toneladas. A boa safra possibilitou novas oportunidades de negócios para a comercialização do peixe. Durante o III Festival Gastronômico, foram firmados contatos com três compradores de uma rede de supermercados interessados em adquirir e comercializar a carne de pirarucu produzida por uma fazenda integrante do projeto. Em 2014, foi realizado o Curso de Manejo Genético e Reprodutivo do Pirarucu. Organizado pela Embrapa Pesca e Aquicultura em parceria com o Sebrae, a capacitação contou com 25 pessoas, dentre os quais representantes de instituições, produtores (pisProjeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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Alexandre Carvalho é parceiro do Projeto Pirarucu

Amostras de nadadeiras foram coletadas para análise de DNA Agropecuária Carvalho faz a primeira despesca de pirarucu cultivado

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cicultores) e Consultores que atuam na área de piscicultura. Na demonstração prática houve chipagem do peixe, retirada de um pedaço da nadadeira para análise de DNA, e coleta de sangue para sexagem pelo Kit de Vitelogenina.

A logística do Alevino O preço do alevino para crescimento e engorda sai entre R$ 10 e R$ 15 a unidade, se produzido no próprio estado, onde só há um único fornecedor. Isso pode exigir alguma espera para a entrega. A alternativa de fornecimento de alevinos é o estado de Rondônia, que é o maior fornecedor nacional. Porém a distância e a logística da entrega a Roraima encarecem o alevino produzido pelo vizinho amazônico em 70%: vindo de Rondônia, a unidade pode chegar a R$ 25. O gestor do projeto, Alzir Mesquita, esclarece que as perdas (de alevinos) do cardume em cativeiro são estimadas em também em 30% dos alevinos. No novo tanque, essa mortalidade pode representar o descarte de aproximadamente 90 unidades da população de 300 alevinos.

Mercado em expansão Com a primeira despesca e a segunda UOE, o Sebrae Roraima e seus parceiros de projeto tem, assim, avançado largos passos para escrever uma história em que as espécies tambaqui e matrinchã são, até agora, personagens centrais e exclusivas: a de um mercado em expansão. Hoje, 98% do pescado criado em cativeiro no estado é da espécie tambaqui, sobrando um pequeno naco de 2% do mercado para o matrinchã. Juntas, as duas espécies somaram uma produção de 12 mil toneladas de pescado em 2013. Estima-se que o mercado local de pescado em cativeiro retenha em suas fronteiras cerca de 4,8 mil toneladas daquela produção, exportan-

do para o estado do Amazonas o excedente de aproximadamente 7,2 mil toneladas de peixe.

Sem SIF e escamas Mas há um gargalo no estado que precisa ser resolvido para que a produção do pescado de Roraima ganhe o mundo também – e olha que o Caribe está ali ao lado, com seu imenso mercado turístico. “Não é possível comercializar para outros países em função de não termos frigoríficos com SIF no Estado”, lamenta Mesquita. O gestor se refere ao registro de alimentos no Serviço de Inspeções Federais (SIF) do Ministério de Agricultura, Pecuária e Abastecimento, que garante o controle e fiscalização do que é comercializado. Sem SIF, nenhum produto pode sair do Brasil para o exterior. Outra limitação a ser vencida pelos produtores é o aproveitamento integral dos subprodutos do pirarucu, para agregar valor e renda ao negócio. Depois de passar por tratamento adequado, a pele processada tem uso garantido na indústria de sapatos e bolsas. Já a escama que cobre o corpo de quase todo do pirarucu é de grande aceitação na produção de artesanato. Ambos são descartados no estado.

Percalços O Projeto enfrentou dificuldades durante no ano de 2014. O contrato do consultor master responsável pela Unidade de Observação de Reprodução foi descontinuado e somente em agosto que foi concluída a licitação e reiniciado o acompanhamento. Esse hiato impactou negativamente na execução, pois prejudicou a desova dos pirarucus da Unidade de reprodução por não ter havido uma orientação específica na alimentação das matrizes no período. Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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Produtores conhecem cadeia produtiva da piscicultura Troca de experiências foi o ponto alto da missão Os produtores atendidos pelo projeto Aquicultura Empresarial, desenvolvido pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae RR), tiveram uma oportunidade singular para a troca de experiências durante uma missão técnica promovida pelo piscicultor Aniceto Wanderley, principal nome da aquicultura no Estado de Roraima. Ele foi um dos parceiros do Sebrae na primeira fase do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia. Como parte do projeto, executado desde o mês de junho de 2013, os produtores tiveram a oportunidade de conhecer boa parte da cadeia de produção da piscicultura, por meio de visita técnica à fábrica de rações Criação, área de produção da fazenda Paraíso de Deus, além da visita ao

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Centro Tecnológico de Aquicultura (CTA), onde é trabalhada a pesquisa e produção de alevinos. A missão técnica foi acompanhada por representantes do comitê gestor do projeto, como a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Superintendência Federal da Pesca e Aquicultura em Roraima (SFPA/RR), Secretaria Extraordinária de Pesca e Aquicultura (Sepesca) e Universidade Federal de Roraima (UFRR). Por meio da visita à propriedade, que envolveu boa parte da cadeia produtiva, os produtores puderam constatar o caso de sucesso, além de tirar dúvidas sobre aspectos técnicos e práticos nas áreas de produção e gestão. A troca de experiências é uma das ideologias que guiam a carreira do produtor Aniceto Wanderley, que chega ao seu décimo terceiro ano de sucesso na aqüicultura. Ele conta que, durante esses anos de produção, tem primado pelo compartilhamento de experiências, a fim de nivelar o desenvolvimento da atividade como um todo no Estado. Segundo Wanderley, a principal dica a ser passada para os produtores de menor porte é a busca pela inovação e pelo trabalho da cadeia produtiva de uma forma completa. Com o frigorífico que já está licenciado e com tudo pronto para ser construído, o piscicultor fecha a cadeia produtiva no Estado. “Vai chegar um momento

de escala em que seremos obrigados a levar esse peixe para fora e buscar parcerias que já tenham know how na área. Precisamos preencher os espaços vazios para não perder a competitividade”, pontuou. Ao analisar a produção local, o empresário é enfático ao afirmar que se trata de uma área promissora, sendo a atividade do agronegócio com maior lucratividade, chegando à margem dos 40%. A produção roraimense deve fechar o ano com uma produção de cerca de 14 mil toneladas, das quais 85% são exportadas para Manaus. Com outros estados injetando peixe no estado vizinho, a meta para a produção local é ampliar este mercado consumidor. PROJETO – De acordo com o analista técnico do Sebrae-RR, Alzir Mesquita, o projeto Aquicultura Empresarial foi desenvolvido para implementar soluções de produção, gestão e comercialização de peixes e derivados. A iniciativa tem como público alvo piscicultores empresariais dos municípios de Alto Alegre, Mucajaí, Bonfim, Iracema, Caracaraí, Cantá e Boa Vista. “Realizamos consultorias voltadas à produção e gestão empresarial, de uma forma continuada, para fazer com que o piscicultor, quando o projeto for concluído, tenha o conhecimento necessário para tocar atividade sem estar atrelado à consultoria”, disse. Agência Sebrae de Notícias em Roraima (14/03/14 )

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Pará

Cultivo de pirarucu atrai novos produtores PRIMEIRA UNIDADE DE ENGORDA JÁ TEVE SEU PRIMEIRO CICLO CONCLUÍDO E MAIS UMA ESTÁ EM FASE DE EXECUÇÃO

O

Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia começa a colher no Estado do Pará os primeiros resultados. Em especial já desperta a atenção de piscicultores já estabelecidos com o cultivo de outras espécies e atrai um promissor interesse de futuros produtores. Em 2014, a 1ª unidade de observação de engorda do Estado produziu mais de 6 toneladas de pirarucu, resultando em uma receita bruta de quase R$ 80 mil. Para 2015, está prevista a conclusão do ciclo de uma unidade de produção e uma unidade de reprodução, além da primeira que já comercializa o peixe desde o início do ano. Isso tudo com a expectativa de fortalecer o cultivo aquícola como alternativa econômica. Em 2013, o Pará produziu mais de 16 mil toneladas de peixe em cativeiro, o que representou 2,2% da sua produção total de pescado, informa a Secretaria da Pesca e Aquicultura do estado.

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Na sua rotina diária como gerente da Unidade de Agrobionegócios (UNAB) do SEBRAE Pará, Carlos Lisboa, já recebeu consultas de interessados em produzir pirarucu na Ilha de Marajó, no Baixo Tocantins, nas regiões Oeste (especialmente a cidade de Santarém) e Sul do estado, em municípios como Conceição do Araguaia e Xinguara. “De forma geral, os produtores parceiros do projeto passaram a ver na produção uma atividade mais rentável, devido à utilização de técnicas adequadas, principalmente as de manejo e de alimentação, que permitiram encurtar o tempo de produção e obter maior produtividade”, observa. Os novos interessados no pirarucu querem, de acordo com Lisboa, investir na criação em diferentes regiões do estado. Aponta que a crescente demonstração de interesse já se configura como realização de um dos objetivos centrais do projeto Pirarucu da Amazônia: o de conquis-


Unidade de Engorda já está em fase de produção

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tar adeptos que acreditam no potencial do grande peixe amazônico. “O pessoal daqui já tem o hábito de comer o pirarucu, não tem problema de adaptação”, diz ele, justificando a rapidez com que ganhou corpo o interesse no negócio. O interessante, conforme destacou, é que isso acontece antes mesmo da aferição de resultados definitivos do empreendimento experimental, ao qual o Pará só aderiu na sua fase II, em 2012, com o objetivo de obter conhecimento tecnológico que permita estruturar e consolidar a cadeia produtiva do peixe no estado. Comitiva de técnicos, jornalistas e empresários de alimentação visitaram a unidade de criação de pirarucu na fazenda Andrera, no município de Bonito

Isso porque, lembra Lisboa, o Pará já tem uma piscicultura diversificada, sendo o pirarucu apenas uma das 21 espécies em produção, ao lado do tambaqui, Piratininga e pintado.

Próximas unidades Mas, para obter visibilidade e despertar interesse do público, o projeto do Sebrae, em parceria com a Embrapa, precisou dar passos importantes. O primeiro deles, em outubro de 2012, foi o povoamento de um tanque ou Unidade de Observação de Engorda (UOE) no município de Bonito, no nordeste do estado, em parceria com a Piscicultura Andrera, finalizado em março. O projeto também promoveu a seleção de parceiros privados para constituir as duas novas unidades – uma de reprodução (UOR), destinada à observação e estudo do processo de procriação e produção de alevinos, já em execução. E uma segunda de engorda (UOE), em fase de implantação. A UOR, localizada no Parque do Pirarucu, município de Breu Branco, a 420 km ao sul de Belém, tem previsão de terminar as atividades em agosto de 2015, e a nova UOE, na Fazenda Juparanã, em Paragominas, no nordeste paraense, em setembro de 2015 Gestora estadual do Projeto Pirarucu, Keyla Reis de Oliveira, distribuiu as cartilhas sobre o pirarucu em eventos realizados em Belém

Capacitação e gastronomia No mesmo contexto, o projeto promoveu, entre novembro e dezembro de 2012, um curso de formação destinado a transferir conhecimento sobre a criação do peixe em cativeiro. Mais de 40 técnicos e produtores de instituições públicas e privadas participaram do Curso de Produção de Pirarucu na fase de engorda para Multiplicadores, com 32 horas/aula de duração. O projeto também realizou, um ano depois, um evento tecnológico, o III Workshop de Cultivo do Pirarucu, para debater os entraves à criação de

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pirarucu, no qual todas as questões de ordem burocrática e legal foram abordadas e agendadas. Como resultado, foi elaborado um projeto de lei para a Assembleia Legislativa do estado, destinado minimizar os entraves e viabilizar a cultura do peixe no Pará. Um encontro gastronômico, de caráter demonstrativo, também em novembro de 2013, ajudou a dar maior visibilidade ao projeto. O objetivo foi divulgar o Pirarucu de Cativeiro através da apresentação e degustação de pratos a base de pirarucu e disseminação de informações a respeito da potencialidade gastronômica do produto, visto a alcançar a valorização do pirarucu juntos aos potenciais compradores. Cerca de 100 convidados foram ao evento gastronômico, entre chefs de cozinha, donos de restaurantes, jornalistas, criadores, e puderam experimentar o peixe fresco (iscas), frito (filé ao molho), grelhado (espetinho) ou defumado (canapé, escondidinho).

Reforço financeiro De meados de 2012 para cá, o projeto consumiu, até maio, R$ 1,053 milhão dos R$ 1,333 milhão destinado à execução do cronograma prévio,

Relatório detalha os eventos realizados em novembro de 2013

Em novembro de 2013, mostra gastronômica apresentou vários pratos feito com o chamado pirarucu fresco

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que contempla todas as suas fases, do início até a conclusão, prevista em um primeiro momento para o fim deste ano de 2014. “Vamos precisar de um reforço financeiro”, prevê Lisboa, diante da necessidade do adiamento do prazo de execução do cronograma para o primeiro semestre de 2016, devido aos atrasos na agenda do primeiro ano de atividades, em 2012. Concluído, o Projeto Pirarucu da Amazônia II pretende reunir a maior quantidade e variedade possível de conhecimento, tecnologias e práticas de manejo, análises de pesquisas sobre eficiência energética e conversão da ração em carne, além do registro e acompanhamento integral do processo biológico do animal, da fecundação à fase adulta, para abate. “Somente a partir da reunião e registro de todo esse conhecimento e tecnologias, estaremos prontos para atender os interessados”, esclarece Lisboa, ciente da importância da produção de material para futura divulgação e formação de pessoal qualificado.

Obstáculos Mas não é simples, nesse momento inicial e precursor da criação de pirarucu em cativeiro, superar o trio de obstáculos apontado por Lisboa como impeditivos a uma rápida expansão da atividade no Pará. “Faltam conhecimento tecnológico, ração adequada ao desenvolvimento ideal do peixe e alevinos de pirarucu legalizados para povoar novos tanques de engorda no estado”, sintetiza. Lisboa explica que, para ter início, o projeto precisou promover, em 2012, o reconhecimento dos plantéis existentes, de forma a permitir que as primeiras gerações de alevinos do projeto tenham um certificado de origem, expedido pelos

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órgãosMa ambientais. volore re nulpa quatet Sem isso, o que prevalece é a legislação que impede a pesca e o transporte no período do defeso – o que põe em risco a comercialização do produto de cativeiro durante o período de procriação do animal em seu habitat natural. “Só teremos um conjunto de melhores práticas e conhecimento tecnológico do peixe com o exercício da rotina de todas as etapas”, observa, referindo-se à Unidade de Observação de Reprodução (UOR), instalada no final de 2013 e ainda em fase de maturação de reprodutores – ou seja, não produz alevinos para atender os interessados. E não é só: “Não temos produção de ração aqui e trazer de fora encarece muito”, identifica, apontando a necessidade de também esse segmento passar a atuar ali. “Teríamos que adquirir alevinos da Bahia ou Rondônia, o estado mais avançado na atividade”, explica, lembrando que recorreu a alevinos de Imperatriz (Maranhão) quando da instalação da primeira Unidade de Observação de Engorda (UOE) paraense, no segundo semestre de 2012 Mas apresenta um futuro promissor para produtores e consumidores interessados em saborear a versão fresca e não predatório da espécie, naturalmente vendida salgada após ser retirada de seu ambiente natural. “Ao final do Projeto, teremos modelos de negócio estruturados e consolidados na engorda e reprodução de pirarucu de cativeiro que servirão de base para os empresários interessados do setor”, antevê a gestora estadual do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia, eyla Reis de Oliveira, que é analista da Unidade de Agronegócios do Sebrae Pará.


Manuais abordam produção e reprodução da espécie A produção do pirarucu em cativeiro tem sido uma alternativa econômica para os mais de 200 pequenos aquicultores da Amazônia. Desde 2007, o Sebrae vem apoiando o desenvolvimento de uma técnica de criação do animal e essa experiência foi transformada em dois manuais, que podem ser aplicados em qualquer lugar que atenda as especificidades reprodutivas da espécie amazônica. Lançadas em Belém, em novembro do ano passado, durante o workshop Cultivo do Pirarucu, que compôs o IV Congresso Brasileiro de Aquicultura de Espécies Nativas, em Belém, as publicações dão o passo-a-passo para a produção e engorda do animal e se configuram como o primeiro passo para a expansão do cultivo em todo o país. A metodologia já está sendo aplicada em Rondônia, Acre, Amapá, Amazonas, Pará, Tocantins e Roraima. “Os manuais são uma contribuição à consolidação de uma nova oportunidade de negócio sustentável,

na medida em que buscam incentivar a atividade com respeito ao meio ambiente, à economia e à segurança alimentar”, afirma a coordenadora nacional do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia, Newman Costa, durante o evento. O lançamento foi seguido pelo workshop que discutiu os caminhos e as dificuldades desse segmento. Representantes de empresas que já fazem o cultivo em cativeiro pontuaram as especificidades para a procriação da espécie, que só se reproduz ao formar casal e, ao contrário de muitas espécies, não tem características que representam cada um dos gêneros. Alguns produtores recorrem à técnica da endoscopia para ter certeza se o animal é fêmea ou macho. Em seguida, eles são identificados e colocados em pares no tanque. Mesmo assim, há casos em que é preciso fazer trocas, por conta das brigas entre eles. “O pirarucu é uma animal um tanto exigente”, comenta o superintendente do Sebrae no Pará, Wilson Schubert. (Agência Sebrae)

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Tocantins

Tocantins avança na criação de pirarucus Experiência conta com o sistema de telemetria que serve para acompanhar o comportamento do produtor

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s atividades de produção e reprodução de pirarucu no Estado do Tocantins têm alcançado avanços tecnológicos e capacitação para a consolidação da pesquisa em benefício dos piscicultores locais. O Tocantins conta, por exemplo, com uma Unidade de Observação de Reprodução (UOR), implantada pelo Projeto Pirarucu. Trata-se de um centro de pesquisa e aplicação de novas tecnologias. Entre as pesquisas mais importantes está a telemetria, que serve para observar o comportamento do reprodutor. São instalados equipamentos no peixe e ao redor do viveiro para obter informações sobre movimentação, brigas, escolha de parceiro, acasalamento, entre outros comportamentos. Experiencias desenvolvidas no Tocantins estão gerando novos conhecimentos sobre engorda e reprodução o cultivo de pirarucu

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foto é: Matyaveli / Vinicius Braga / Embrapa Pesca e Aquicultura

O centro de pesquisa também realiza ultrassonografia em peixes jovens, estudos sobre sexagem e proporção sexual de macho e fêmea na reprodução de pirarucu. Atualmente, o Sebrae no Tocantins, em parceria com o Sebrae Nacional, está desenvolvendo um programa de computador para facilitar a vida de quem trabalha na área de criação de peixes. O software será voltado para a gestão de piscicultura, que será disponibilizado aos parceiros do Sebrae, melhorando de forma significante a atividade, levando o empresário a tomar decisões precisas na produção e comercialização do pescado. Para documentar esses avanços, está prevista a produção de vídeos sobre o tema os em 2015.

Curso de genética Além disso, com o intuito de trazer desenvolvimento de pesquisa e transferência de tecnologias, o Sebrae e a Embrapa Pesca e Aquicultura organizaram a promoção de um curso de genética e reprodutivo de pirarucu da Amazônia em cativeiro para 32 produtores do Tocantins, de Goiás e do Distrito Federal. Realizada em uma das unidades acompanhadas pelo projeto Pirarucu na Amazônia, a capacitação repassou informações teóricas e práticas, com demonstrações do manejo genético e reprodutivo da espécie e também reforçou sobre a importância do conhecimento da composição genética do plantel.

Fatores Dessa forma, Tocantins conta com diversos fatores que potencializam a atividade da Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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piscicultura no estado. Além dos recursos naturais como o clima, quantidade de água, a topografia plana e a vegetação, o estado também conta com diversas áreas aptas à implantação de viveiros e presença de frigoríficos com o selo SIF (Serviço de Inspeção Federal). Só em 2014, a piscicultura tocantinense produziu 15 mil toneladas. Entre os peixes produzidos está o pirarucu, espécie que conta com o apoio do Sebrae e da Embrapa para melhorar os índices de produção em cativeiro do peixe. Atualmente na segunda fase do Projeto Pirarucu na Amazônia, Tocantins conta com duas Unidades de Observação de Engorda (UOE) que são monitoradas pelo Sebrae, sendo a primeira, localizada na Fazenda Uirapuru, finalizada em julho de 2014. A empresa parceira recebeu a consultoria tecnológica para a fase de engorda do pirarucu em viveiro escavado e mostrou rendimento

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satisfatório com apenas 113 mortes de alevinos e mais de sete toneladas de peixe. Ainda em andamento, a UOE da Fazenda Água Limpa teve suas atividades iniciadas em junho de 2014 e foi iniciado com 712 alevinos com peso médio de 59 g. O colaborador, antes acostumado com espécies como o tambaqui e o caranha, enfrentou dificuldades com o manejo alimentar por acreditar que as espécies apresentavam os mesmos comportamentos no consumo de ração. De acordo com o Sebrae, esse equívoco acaba levando ao aumento da conversão alimentar devido ao pirarucu não aproveitar integralmente a ração fornecida excessivamente, já que seu hábito é o ataque ao alimento em movimento, ou seja, no momento em que a ração se choca na lâmina d’água. Os alevinos desta UOE foram transferidos antecipadamente para o viveiro escavado

foto: Divulgação

Chips são colocados nos peixes para a obtenção de informações sobre os comportamentos da espécie


O consultor Eduardo Ono, atuante nesta unidade de engorda, afirma que as principais dificuldades enfrentadas pelo projeto é a baixa qualificação de mão de obra, desabastecimento de ração e mortalidade por problemas nutricionais não diagnosticados. Outro problema identificado é a dificuldade em encontrar alevinos devido à falta de uma unidade de reprodução de alevinos de pirarucu. O pirarucu tem o hábito de ataque ao alimento em movimento, ou seja, no momento em que a ração se choca na lâmina d’água

foto: Jefferson Chiristofoletti /Embrapa Pesca e Aquicultura

por causa das condições climáticas que favoreceu a mortalidade no lote que estava sendo mantido em vinitanque. Por causa das alterações de temperatura no período noturno, os peixes ficaram mais propensos a doenças e parasitoses. Com a transferência, foi estimada a perda de aproximadamente duzentos juvenis, parte deles por influencia de bacteriose e parte por predação, principalmente por jacarés, que estão presentes na área alagada nas proximidades do viveiro.

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Acre

Nova alternativa de investimento sustentável Projeto já instalou três unidades para engorda e reprodução em um estado caracterizado pelo extrativismo e preservação do meio ambiente Com vocação ao extrativismo e à preservação ambiental por sua abundante riqueza de recursos naturais, o estado Acre abriu as portas para um novo ramo de atividade econômica focada no cultivo de um dos maiores e mais saborosos peixes de água doce do mundo: o pirarucu cultivado com criatórios particulares. Resultado do trabalho desenvolvido em 2013 e 2014, o Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia no Acre concluiu esse período com a inauguração de três experiências – duas Unidades de Observação de Engorda (UOE) e uma de Reprodução (UOR). Os produtores de pirarucu dessas unidades contaram em 2014 com cursos realizados pelo Sebrae para capacitar 41 técnicos nas áreas de engorda, reprodução e genética. Com isso, já foram capacitados 70 técnicos para o cultivo de pirarucu. O funcionamento dessas unidades projeta grandes perspectivas de transformar o cultivo da espécie em uma nova fonte estável de geração de emprego e renda para os piscicultores tradicionais e empreendedores do ramo. A iniciativa no Acre faz parte do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia coordena-

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do pelo Sebrae Nacional com apoio das unidades estaduais do Sistema Sebrae na região, da Embrapa e do Ministério da Pesca e Aquicultura. Com o cultivo da espécie, a experiência cria uma alternativa ao viés extrativista que marca o perfil do Acre, especialmente após o assassinato do seringueiro e líder ambientalista Chico Mendes, em dezembro de 1989.

Ambientalmente correta A produção e reprodução do pirarucu é uma atividade ambientalmente correta. Não é predatória porque independe da exploração dos recursos naturais existentes nos rios e na floresta. Os municípios que foram contemplados com as instalações das unidades de Reprodução e Engorda são Bujari, Rio Branco e Xapuri, essa última, terra natal de Chico Mendes. Os produtores que abriram suas porteiras para receber as unidades de Engorda são: Paulo Sérgio Peres, da fazenda Campus e Iguatu, no município de Bujari; e Francisco Viana Maia, em sítio da família localizado no município de Rio Branco. Durante o período determinado para as atividades das UOEs, as Unidades receberam men-


salmente consultorias tecnológicas que realizaram o acompanhamento do ciclo produtivo do pirarucu. Os produtores parceiros foram orientados quanto a manejo, povoamento, manejo da qualidade da água, nutrição e alimentação, manuseio e transporte, abate e preparo para comercialização do pirarucu. A primeira UOE, localizada em Bujari foi finalizada em junho de 2014. Em sistema de açude, a unidade recebeu inicialmente 435 unidades de pirarucu, mas apenas 387 sobreviveram no final, o que corresponde a 89%. A segunda UOE, em Rio Branco, é em sistema de viveiro escavado e ainda está em andamento. O trabalho foi iniciado com 230 alevinos, mas houve perda de 90% do lote devido a alguns problemas ocorridos na unidade, como a ação de predadores. Como consequência desses problemas, um novo lote com 100 alevinos foi transferido em outubro. O treinamento alimentar foi conduzido pelo Paulo Sérgio, responsável pela primeira UOE, após ter sido capacitado por meio das consultorias realizadas pelo Sebrae. Apenas após o final dessa etapa, os pirarucus foram transferidos para a segunda unidade, onde houve o prosseguimento do processo natural de engorda.

Consultorias na Reprodução No caso da Unidade de Reprodução, quem apostou foi o empreendedor Miguel Fernandes de Araújo, que recebeu a experiência em sua

Projeto envolveu a capacitação e a seleção de produto

propriedade, a Fazenda Três Meninas, localizada em Xapuri. Nessa unidade foram iniciadas as consultorias técnicas ao final de 2013. Essas orientações compreendem a reprodução até a produção dos alevinos treinados à ração, incluindo o acasalamento, reprodução, taxas de sobrevivência, ganho de biomassa, manejo da qualidade da água, nutrição e alimentação, manejo sanitário, manuseio e transporte vivo de matrizes e alevinos. Até dezembro, foram estocadas na UOR 18 matrizes, com peso entre 41,8 kg a 100 kg, sendo 5 machos e 13 fêmeas. A divisão de casais foi realizada em viveiros escavados, após sexagem visual e realização de implantes de microchips para melhor controle das matrizes. No final de 2014, houve a primeira desova Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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com uma média de 2.000 alevinos. A captura das larvas foi realizada nos primeiros dez dias do mês de janeiro, conforme foi orientado pela consultoria tecnológica, responsável pelo acompanhamento na Unidade. O lote de alevinos recebeu ração como fonte de alimento, mas ainda em laboratório. A transferência para viveiro de recria ainda não foi definida.

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“Obteve-se uma ninhada, cujos alevinos foram treinados em laboratório e posteriormente transferidos para um viveiro de recria, com resultados surpreendentes”, afirma Luciene da Silva Alves, gestora estadual do Projeto estruturante do Sebrae no Acre.

Potencial de mercado A perspectiva de aumento no cultivo de pi-


Produtores de três municípios abriram suas porteiras para instalar unidades de reprodução e engorda de pirarucu

quentemente, a elaboração de um produto de alta qualidade, como já vem sendo alcançado. Os pirarucus produzidos no Acre são comercializados pelos produtores parceiros a clientes particulares em Rio Branco, capital do estado, sendo entregues diretamente ao consumidor final, aponta a gestora.

Mão de obra Apesar dos bons resultados da segunda fase do projeto, ainda não houve crescimento de contratação de mão de obra específica para a atividade Ainda assim, a gestora afirma acreditar que o estado está no caminho certo para que, em um futuro próximo, haja maior geração de trabalho e renda na área de criação de pirarucu. Na expectativa de uma boa produção da espécie em toda região Norte em 2015, o Sebrae trabalha em um plano de comercialização do peixe para todos os estados participantes do projeto. rarucu com elevado potencial de mercado é um dos pontos destacados pela gestora do Projeto Pirarucu no Acre, Luciene da Silva Alves. Como pontos favoráveis do projeto, a gestora aponta as consultorias prestadas por excelentes profissionais, o empenho dos produtores atendidos e a busca de conhecimento por demais interessados sobre o assunto e, conse-

O Plano será realizado levando em consideração as peculiaridades de logística e distribuição de cada um dos Estados, possibilitando que o produtor de pirarucu e demais empresários do segmento direcionem seu foco para a comercialização obtendo as melhores estratégias para atingir os diferentes tipos de mercado, gerando ainda mais oportunidades para a ampliação dos seus negócios. Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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Amapá

Amapá instala a primeira Unidade de Reprodução Até dezembro duas unidades para a geração de alevinos estarão em funcionamento Avanço na criação de pirarucu chega à primeira produção de O ano de 2014 reservou alevinos

boas notícias sobre a execução do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia II no estado do Amapá. Além de ter instalado e colocado em pleno funcionamento uma Unidade de Observação de Reprodução (UOR), ficou acertada a implantação de mais uma em 2015. Ficou previsto também para fevereiro de 2015 o início da fase de desova na Unidade de Reprodução localizada na Fazenda Rosa dos Ventos, do empresário Wagner Rodrigues, que conta com a participação de consultores do Sebrae, pesquisadores da Embrapa Amapá e funcionários da propriedade nas atividades de manejo dos reprodutores. A segunda unidade será implantada no Campo Experimental da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) no Amapá. Trata-se de desdobramento de parceria já firmada com a Embrapa, cujos pesquisadores acompanham as visitas dos consultores do Pro-

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jeto e participam ativamente do manejo dos reprodutores realizado na Fazenda Rosa dos Ventos. Para monitorar a evolução da experiência na Rosa dos Ventos, foi contratado um profissional com o objetivo de prestar serviço de consultoria à elaboração do projeto executivo.

Comportamento A principal finalidade da implantação da UOR é gerar tecnologia ao que concerne à reprodução do pirarucu e posteriormente transferir esse conhecimento ao empreendedor que tenha interesse em trabalhar com a espécie, seja na criação (engorda) como na alevinagem. Para tanto, são desenvolvidas diversas atividades cujo objetivo é acompanhar diariamente o desenvolvimento dos reprodutores até culminar o seu período reprodutivo. Entre as principais atividades, está a observação do comportamento dos reprodutores. Essa atividade permite saber o início do


Foto: Sebrae/ AP Visita técnica dos participantes do Seminário de Piscicultura no Amapá à Unidade de Observação de Reprodução de Pirarucu (UOR), implantada na propriedade Pesque e Pague

período de acasalamento e reprodução dos pirarucus, que estão distribuídos em quatro tanques escavados. Também é observado se os pirarucus estão escavando ninhos, a frequência com que vêm respirar na superfície e se estão sempre em um mesmo lugar no viveiro, pois qualquer comportamento diferenciado pode indicar atividade reprodutiva. Além disso, é feito o acompanhamento no horário de arraçoamento (alimentação com ração) para verificar como os peixes estão comendo e se estão sendo bem alimentados pelos funcionários da Fazenda. Porém, para o sucesso da UOR não basta apenas monitorar os reprodutores, é necessário,

constantemente, estar avaliando a qualidade da água, ou seja, fazendo análise de diversos parâmetros como oxigênio dissolvido na água, pH, transparência e temperatura da água, alcalinidade, dureza, amônia e nitrito. Essa análise físico-química é realizada de 15 em 15 dias e utiliza-se um kit de reagentes específico para sua realização. Avaliar as condições da água é importante, pois há condições consideradas ideais para que a desova aconteça. Para a definição das atividades desenvolvidas na segunda fase do Projeto, houve reunião com o proprietário da Fazenda, Wagner Rodrigues, para definição da área onde será construído um laboratório que ajudará no desenvolProjeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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vimento das atividades de cultivo do pirarucu, principalmente na fase de alevinagem, na qual será feito o manejo dos alevinos, com o treinamento alimentar e o controle de patógenos. O local escolhido fica próximo aos viveiros. Nessa área terá um tanque de abastecimento de 750 m² para fornecer água, por gravidade, ao laboratório. A previsão é que até o final de 2014 tanto o tanque quanto o laboratório estejam prontos para receber os alevinos provenientes das desovas que ocorrerão no início de 2015. Além de abrigar os alevinos de pirarucu, o laboratório servirá para a realização da reprodução induzida e ainda manejo dos alevinos de tambaqui, cujo projeto o proprietário da Fazenda pretende realizar. Cabe salientar que a construção do laboratório está contemplada como uma das responsabilidades do empresário parceiro do projeto, que tem apostado na criação de pirarucu como alternativa de negócios viável e sustentável. De acordo com a gestora do projeto, Graciane Dias de Sá, as ações desenvolvidas superaram as expectativas. Segundo a gestora, já foram instalados quatro tanques onde foram colocados os reprodutores. Os funcionários da fazenda, responsáveis pelo manejo dos pirarucus, foram treinados e passaram a dominar todos os processos referentes à alimentação dos animais.

Pesquisadores da Embrapa acompanham consultores do Projeto Pirarucu da Amazônia em visita à Fazenda Rosa dos Ventos

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O administrador da fazenda foi capacitado para fazer a análise físico-química da água dos viveiros. “Notou-se a necessidade de aulas práticas para a transferência de conhecimentos e total domínio da atividade”, observa a gestora.


“O interesse dos funcionários responsáveis pelo manejo do pirarucu em aprender com os consultores é muito satisfatório o que só engrandece o trabalho desenvolvido e estimula a continuar e fazer a cada dia mais”, aponta. Dessa parceira surgiu a oportunidade de implantar outra UOR em uma área de propriedade da Embrapa. Será efetivado um Termo de Cooperação Técnica e Financeira onde estarão especificadas as responsabilidades de cada parte envolvida. Essa etapa de reprodução complementa a anterior, implantada pelo Projeto com sucesso em 2008, cujo objetivo foi estudar a cadeia produtiva do animal em cativeiro com foco na engorda. Nessa fase, foi possível constatar a viabilidade econômica e metodológica da criação em cativeiro do maior peixe de água doce da Amazônia. Na primeira fase, os resultados alcançados no Amapá só ficaram atrás apenas de Rondônia. Tais conquistas se deram por várias razões, entre elas o clima favorável, a qualidade da água dos viveiros, a ração utilizada, a conversão alimentar dos animais, entre outros.

O interesse dos funcionários responsáveis pelo manejo do pirarucu em aprender com os consultores é muito satisfatório o que só engrandece o trabalho desenvolvido e estimula a continuar e fazer a cada dia mais.

Gastronomia Para completar o engajamento do parceiro no projeto, o empresário Wagner Rodrigues aproveitou a produção para desenvolver pratos com pirarucu que são oferecidos em restaurante de sua propriedade. Em relação à gastronomia local, a Unidade de Agronegócios do Sebrae no Amapá ressaltou que o Projeto estimulou e incentivou os empresários do ramo a desenvolverem novos pratos

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com pirarucu, inclusive, utilizando frutas regionais nas receitas.

Conhecimento Na avaliação da gestora do Projeto Pirarucu da Amazônia no Amapá, Graciane Dias de Sá, o avanço das experiências está permitindo alcançar as duas principais prioridades da experiência: »» Contribuir para o fortalecimento da cadeia produtiva do pirarucu da Amazônia. »» Gerar conhecimento sobre a cadeia produtiva do pirarucu criado em cativeiro na região amazônica “O maior ganho que esperamos com o Projeto é o conhecimento que será gerado e reproduzido após a conclusão das etapas inerentes à reprodução e engorda do Pirarucu”, resumiu o então gerente da Unidade de Agronegócios, Alexsandro da Silva Cascaes. Cascaes previu que, após o encerramento do Projeto, será possível disseminar o conhecimento e resultados gerados para os demais produtores do Estado. Para a intensificação da execução das prioridades, foi realizada a contratação de uma profissional especializada para prestação de serviços de consultoria de orientação técnica, identificação e cadastramento de produtores, identificação e disponibilização da legislação pertinente ao pirarucu e, monitoramento da implantação e coleta de dados de duas Unidades de Reprodução de Pirarucu em cativeiro no Estado.

Imagens da área da Embrapa em que será instalada a segunda unidade de reprodução no Amapá

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O Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia II foi concebido a fim de gerar conhecimento e tecnologia com ações nos Estados do Acre,


Alevinos na última fase antes de serem transferidos para os tanques

Amapá, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins e deverá alavancar novos negócios, gerando receitas e postos de trabalho, por meio de uma atividade com grande potencial econômico e afinidade com a Região. Os condutores do Projeto no Amapá relataram que, nos últimos três anos, as ações do projeto foram concentradas em estudos para se entender o processo de reprodução e de engorda em criatórios. Nesse sentido, além desse estudo, foi publicado diagnóstico da cadeia produtiva do pirarucu na Amazônia, elaborado um manual de reprodução e outro de engorda. Esses manuais reúnem resultados de estudos e observações feitas durante três anos, nas unidades de observação dos sete estados envolvidos no projeto e estão sendo replicados para técnicos e produtores locais.

O maior ganho que esperamos com o Projeto é o conhecimento que será gerado e reproduzido após a conclusão das etapas inerentes à reprodução e engorda do Pirarucu.

Quanto às inovações tecnológicas adotadas no Projeto em relação à reprodução e engorda estão: construção de um laboratório de alevinagem, utilização do kit de sexagem para aferir o sexo do animal e kit de genética para coletas de material para análise. Tudo com a meta de colocar o pirarucu na rede de bons negócios sustentáveis. Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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Cursos capacitam produtores e técnicos Metodologias têm foco em mercado, tecnologia e oportunidades de negócio

Uma das iniciativas do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia II é a realização de cursos pelo Sebrae em parceria com a Embrapa Pesca e Aquicultura nas unidades de observação de reprodução de pirarucus instaladas nos sete estados da Região Norte (Pará, Roraima, Amapá, Rondônia, Acre, Amazonas e Tocantins). Com essa ação, é possível levar o conhecimento que o Projeto vem gerando. A proposta concerne na concepção de metodologias que comprovem a criação do animal em cativeiro com foco em mercado, tecnologia e oportunidades de negócio. No Amapá, os cursos foram promovidos em setembro de 2013 e em abril de 2014. A experiência mais recente foi o curso de Manejo Genético e Reprodutivo do Pirarucu, promovido, das 8h às 18h, na piscicultura Pesque & Pague da Fazendinha, distrito de Macapá. Dele participaram produtores, técnicos extensionistas de órgãos estaduais, técnicos do Sebrae e equipe local do Ministério da Pesca e Aquicultura. Segundo a Embrapa Amapá, o curso destinase a tornar os participantes aptos a realizar ma-

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nejo genético e reprodutivo de pirarucu e com fácil compreensão da importância do conhecimento da composição genética dos pirarucus para o aumento da produtividade de alevinos. Os instrutores dessa capacitação são os pesquisadores Cesar Santos e Marcos Tavares, da Embrapa Amapá; o consultor do Sebrae, Tácito Araújo; e o pesquisador Eduardo Varela (geneticista de peixes), da Embrapa Pesca e Aquicultura (Palmas, TO). Também atuam na organização do curso a pesquisadora Eliane Tie Oba Yoshioka, da Embrapa Amapá, e a analista com doutorado em reprodução de peixes Marcela Mataveli, da área de transferência de tecnologia da Embrapa Pesca e Aquicultura. O conteúdo do curso é composto de conhecimentos sobre o manejo genético de reprodutores, importância da procedência do plantel, sexagem, número ideal de reprodutores e registro de zootécnico dos animais; estruturas de manejo de reprodutores, transporte e transferência de pirarucus entre viveiros e biometria; método de marcação física por chipagem eletrônica; va-

Curso oferece conhecimentos sobre o manejo genético de reprodutores

riabilidade genética, consanguinidade, parentesco dos animais, rastreabilidade genética, teste de paternidade, heterose, pedigree, fenótipo e genótipo, e métodos genéticos de avaliação da qualidade do plantel; acompanhamento sanitário do pirarucu; e também apresentação de resultados de pesquisa do pirarucu. “Neste curso, trabalhamos com apresentações teóricas e demonstrações práticas na unidade de observação de reprodução que foi instalada em outubro do ano passado. A estrutura é alinhada aos objetivos do Projeto Pirarucu da Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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Amazônia e teremos 18 pirarucus selecionados para os testes de desova”, acrescentou o pesquisador Cesar Santos. Como parte da programação, pesquisadores da Embrapa e técnicos do Sebrae orientam produtores e técnicos extensionistas na identificação eletrônica de pirarucus, por meio da demonstração prática de instalação de chips em pirarucus. “Cada chip mede pouco mais de um centímetro e será inserido (usando seringa e agulha) debaixo das escamas do peixe reprodutor. O equipamento possui um número de identificação, semelhante a um registro geral, que é cadastrado e recebe dados de espécie, origem do animal, e em qual tanque o peixe está na piscicultura”. Para realizar a identificação do chip, é utilizado um aparelho sensor. A experiência foi a promoção do Curso de produção de Pirarucu em Cativeiro na Fase de Engorda. Teve como público-alvo técnicos dos órgãos de meio ambiente e de pesquisa, bem como piscicultores. Realizado na sede do Sebrae no Amapá, o curso contou com a participação de 24 pessoas.

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Missão técnica

Produção extrativista

Instituto desenvolve exploração do pirarucu nativo com a participação das comunidades ribeirinhas Em agosto de 2013, os coordenadores e gestores do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia II realizaram uma visita técnica à Reserva de Desenvolvimento Sustentável de Mamirauá, no interior amazonense. Eles foram conhecer a experiência do Instituto Mamirauá sobre exploração extrativista do pirarucu e indústria de beneficiamento e salga da espécie para beneficiamento, embalagem e comercialização. Segundo o relato dos representantes do Amapá na missão, a metodologia utilizada pelo Instituto Mamirauá consiste na execução de três fases, no qual é possível identificar o passo a passo do trabalho desenvolvido com as comunidades de forma a realizar o monitoramento das atividades e encaminhamentos dos processos. É importante ressaltar que todo o trabalho é desenvolvido com o envolvimento das comunidades que participam da construção do trabalho proposto e possuem direito de voz e voto nas reuniões e assembleias ocorridas durante a execução do projeto. Na indústria de beneficiamento e salga, o proprietário fez um breve histórico da sua trajetória profissional na África, na Europa e na América do Norte, onde obteve um grande conhecimento técnico na área de piscicultura e especializou-se no manejo do pirarucu. Com apoio de investidores, elaborou o projeto da indústria e mapeou o processo de beneficiamento do animal de acordo com o que preconiza a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) especialmente quanto à manipulação de alimentos. No processo de salga, o sal utilizado não contém Iodo. Isso porque essa substância é um elemento que proporciona uma coloração diferente na carne onde a manta fica com um aspecto amarelada ou escurecida.

Coordenadores do Projeto Pirarucu da Amazônia conheceram experiências no Instituto Mamirauá, no interior do Amazonas

Indústria beneficia e salga exemplares para comercialização

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Embrapa Pesca e Aquicultura

Novas tecnologias para os produtores Unidade no Tocantins é uma das principais parcerias do Sebrae no Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia Edenildo Lustosa cria pirarucu há quatro anos no município de Breu Branco, no leste do Pará. Um dos pioneiros na criação do pirarucu em cativeiro no Estado, o produtor atesta o impacto positivo do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia no dia a dia da atividade, que é desenvolvida no Parque do Pirarucu. “Essa iniciativa foi muito boa. O nosso maior problema é ter conhecimento sobre o peixe e tecnologias para ajudar na reprodução, e isso tem melhorado com a ajuda do Projeto. Antes a gente não tinha informação nenhuma”, afirma. O piscicultor é um dos quase 200 criadores, técnicos e interessados no cultivo pirarucu que foram capacitados por cursos e workshops promovidos pelo Projeto; A capacitação de Edenildo e dos demais produtores e interessados no cultivo de um dos maiores peixes de água doce do mundo tem a contribuição fundamental unidade de Pesca e Aquicultura da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), sediada em Palmas, capital do Tocantins. A entidade é parceira do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), que lidera o Projeto, e atua em conjunto com outras entidades parceiras, a exemplo do Ministério da Pesca e Aquiculutura (MPA) e o Conselho Nacional de Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico (CNPq). O pirarucu, de nome científico é “Arapaima gigas”, é originário dos rios da Amazônia e conhecido como um dos maiores e mais saborosos peixes de água doce no mundo. Tem carne de boa qualidade e, quando adulto e em condições ideais, pode chegar a medir até 2,5 metros e a pesar 250 quilos. Para que a criação desse peixe amazônico se torne uma atividade consolidada no Norte do país e se sobreponha tanto à pesca em rios quanto a compra de peixes do litoral, ainda há entraves, principalmente tecnológicos, cuja resolução é objetivo primordial do Projeto. “Demanda pelo pirarucu tem de sobra. O que tiver de produto, vende. É um peixe muito bem aceito no mercado, tem muito espaço para crescer

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a atividade”, afirma o piscicultor Edenildo Lustosa. “A gente está se aprimorando com as tecnologias apresentadas pelo Sebrae e pela Embrapa, mas ainda temos que melhorar principalmente a geração de alevinos, que é o maior problema da cadeia produtiva”, completa. Durante o curso, produtores e profissionais multiplicadores aprendem a coletar tecidos dos peixes para análise genética e a inserir cápsulas eletrônicas, sob a pele dos animais. As cápsulas identificam cada animal por meio de um número de série que pode ser lido quando se passa um escâner de mão sobre a pele do pirarucu. A identificação do lote ajuda a

Demanda pelo pirarucu tem de sobra. O que tiver de produto, vende. É um peixe muito bem aceito no mercado, tem muito espaço para crescer a atividade”, afirma o piscicultor Edenildo Lustosa.

Pesquisadores da Embrapa ensinam aos produtores e técnicos a coletar tecidos dos peixes para análise genética e a inserir cápsulas eletrônicas sob a pele dos animais

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Transferência de tecnologias A pesquisadora Adriana Lima, coordenadora na Embrapa do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia, afirma que a instituição está empenhada na iniciativa. “A empresa trabalha com ações em seis áreas distintas: reprodução, engorda, genética, nutrição, sanidade e transferência de tecnologias já existentes para o setor produtivo do pirarucu. E cada área dessas é composta de várias pesquisas dentro do campo de conhecimento específico”, explica. É justamente na transferência de tecnologias que a Embrapa vem se destacando no Pro-

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jeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia II. À frente desse trabalho, seleciona e adapta tecnologias já existentes para que sejam aplicadas na criação da espécie. Os pesquisadores buscam, nos mercados nacionais e internacionais, equipamentos e técnicas que ajudem no manejo do peixe, especialmente na resolução dos problemas mais frequentemente apontados pelos produtores. Fazem então testes para comprovar se o efeito da tecnologia é mesmo o esperado. Se os resultados derem positivo e necessitar de adaptações para a realidade brasileira ou para serem usadas no cultivo do pirarucu, a Embrapa realiza esse trabalho. Por fim, o equipamento ou técnica é apresentado aos criadores por meio de cursos de manejo genético e reprodução do pirarucu, que são gratuitos. “Ensinamos, por exemplo, a maneira mais adequada de capturar reprodutores, como fazer a identificação eletrônica dos espécimes e a sexagem do pirarucu”, afirma Matavell, zootecnista da foto: Vinicius Braga

controlar a reprodução, a escolher os melhores casais e, principalmente, a organizar os cruzamentos. É para contribuir nesse percurso que a Embrapa, uma das maiores instituições de pesquisa agropecuária do mundo, aderiu em 2012 à iniciativa do Sebrae. Segundo Newman Maria da Costa, do Sebrae Nacional, que é coordenadora nacional do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia II, a parceria é essencial para a ampliação do alcance e da qualidade das ações. “A Embrapa contribui não apenas com o conhecimento que a equipe técnica tem sobre pesca e aquicultura, mas também com a pesquisa e a experimentação científica para validar e aprimorar as realizações do Projeto”, afirma a gestora. Em 2013, a empresa deu início aos trabalhos de pesquisa e extensão tecnológica, se tornando a principal parceira técnica na realização dos trabalhos. Além da Embrapa Pesca e Aquicultura, que coordena a atuação da estatal de pesquisa no Projeto, contribuem nas ações as outras seis unidades na Região Norte: Acre, Amapá, Amazônia Ocidental (no Amazonas), Amazônia Oriental (no Pará), Rondônia e Roraima.

Adriana Lima: pesquisas sobre criação de pirarucu envolvem seis áreas


Embrapa Pesca e Aquicultura. Em 2014, já foram oferecidos cursos em todos os estados da região Note. “Além disso, no final deste ano e em 2015, nós teremos duas capacitações mais amplas com as tecnologias e pesquisas de ponta desenvolvidas ao longo de todas as fases do Projeto, que envolvem tanto reprodução quanto a fase de engorda”, prevê a pesquisadora Adriana Lima. A intenção é divulgar a criação do peixe e ajudar, de forma barata e eficiente, a evolução tecnológica de todas as fases do manejo do pirarucu, para que se torne uma atividade cada vez mais economicamente viável e fortalecida na Amazônia.

Sexagem na hora Uma das tecnologias que a Embrapa trouxe para ajudar os criadores permite a sexagem instantânea do pirarucu. É um método prático para resolver a principal dor de cabeça dos piscicultores: distinguir machos de fêmeas, tarefa quase impossível a olho nu. A Embrapa pesquisou nos mercados internacionais e importou um produto específico para resolver o problema. O material para fazer o teste é vendido pronto para o uso em forma de um kit. A técnica foi desenvolvida por uma parceria da empresa francesa Skuldtech com o Instituto de Pesquisa para o Desenvolvimento, na França, e o Instituto de Investigações da Amazônia Peruana, no Peru. Para fazer o teste, é só retirar o pirarucu do tanque, coletar algumas gotas de sangue e pingar o material nos reagentes, que vêm prontos. O exame identifica o sexo do peixe por meio da análise do nível no sangue de uma proteína sintetizada apenas pela fêmea adulta, a vitelogenina.

A substância é essencial para a produção do vitelo, a reserva alimentar do embrião. “É uma proteína produzida pelo fígado que serve como primeiro alimento das larvas que ainda não conseguem se alimentar de zooplâncton”, explica a zootecnista Matavell. Se o kit acusar positivo, é fêmea; se negativo, é macho. “O resultado sai na hora, na beira do tanque, sem precisar ser enviado a nenhum laboratório. Nos animais adultos, a gente consegue identificar o sexo com 100% de certeza”, afirma Eduardo Varela, geneticista da Embrapa Pesca e Aquicultura. A metodologia está disponível desde 2013, mas não é fabricada no Brasil e ainda não está sendo importada comercialmente. Varela espera que, em breve, o interesse das empresas seja despertado para adquirir e revender o kit ou que sejam formadas cooperativas de piscicultores para comprar o produto em conjunto. “Mesmo com as tarifas de importação, o material sai a cerca de 200 reais para a execução de cada teste”, afirma. O custo é, na verdade, um investimento e tanto para o criador. Caso os casais sejam formados com sucesso para que seja possível uma reprodução bem sucedida, podem ser gerados até 2.000 alevinos por desova, o que garante uma rentabilidade média de 20 mil reais ao criador.

RG do pirarucu Outra tecnologia adaptada e divulgada pela Embrapa Pesca e Aquicultura nos workshops é a identificação de reprodutores por meio de chips eletrônicos. O equipamento, que já era usado em animais de estimação e pode ser encontrado em petshops, custa entre 10 e 15 reais. Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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Análise de DNA para impulsionar a criação Além das técnicas de sexagem e rastreamento do pirarucu, a Embrapa Pesca e Aquicultura oferece aos produtores a análise genética completa do plantel de reprodutores. O procedimento foi inicialmente oferecido aos criatórios cadastrados como Unidade de Observação de Reprodução do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia para viabilizar uma maior disseminação da criação do

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foto: Vinicius Braga

A tecnologia foi testada e aprovada para uso em peixes pela Embrapa. Durante os cursos do Projeto Pirarucu na Amazônia, pesquisadores e técnicos ensinam o passo a passo do uso da tecnologia aos produtores e interessados na criação da espécie. O equipamento é implantado atrás de uma das escamas do peixe com a ajuda de uma seringa. No chip, está gravado um número único de identificação. “É como uma identidade, um RG do peixe. O produtor vê o código e identifica o reprodutor na planilha de acompanhamento, o que permite o registro de dados e a evolução desse espécime”, explica Varela. A leitura dos chips é feita por um equipamento portátil simples, vendido a 600 reais, em média. “Por esse preço, o produtor tem condições de comprar. Muitos já têm e utilizam com sucesso”, ressalta o pesquisador. Em Rondônia, estado com mais criatórios, pelo menos 500 reprodutores já têm o chip implantado. O chip geralmente dura toda a vida do animal e serve também para comprovar procedência, provando que o exemplar foi criado em cativeiro e não retirado da natureza. Na venda dos alevinos, há ainda a possibilidade de constar, na nota fiscal, o número de identificação dos pais, para atestar a origem.

Uma das preocupações da Embrapa é a transferência de tecnologias

pirarucu. Mas a Embrapa já oferece a análise para quem participa dos cursos, totalmente custeada pelos recursos do Projeto. Para fazer uso do serviço, basta o produtor que participou de algum dos eventos oferecidos entrar em contato com os pesquisadores da Embrapa Pesca e Aquicultura. Ele será orientado sobre quando coletar e enviar o material de DNA de cada um de seus reprodutores – um pedaço da nadadeira –, que deve ser condicionado no kit fornecido durante os cursos e enviá-las para o laboratório. O mapeamento revela informações que ajudam o criador no planejamento do plantel de reprodutores. “Por exemplo, se tem muitos animais irmãos e, portanto, quais reprodutores não deverão fazer cruzamento para evitar a deterioração da qualidade genética dos alevinos. Enfim, a gente dá um quadro da qualidade genética desses peixes”, explica a pesquisadora Adriana Lima. “É um trabalho ainda feito em fase experimental, mas que tem contribuído significativamente para os pioneiros no manejo do pirarucu em cativeiro”, completa.


experiências avançadas Estudos inovadores investem em tecnologias para facilitar a produção e reprodução da espécie

ção é que, a custo zero, o produtor possa, com uma fita métrica, identificar o sexo do reprodutor à beira do tanque. “Estamos conseguindo, nesses testes, aproximadamente 80% de acerto. A intenção é simplificar o exame e ensinar aos produtores quando estivermos com uma mar-

Os pesquisadores da Embrapa, além da adaptação das tecnologias já existem, trabalham em várias frentes de estudos inovadores sobre a criação do pirarucu. “Como ainda é uma espécie pouco estudada pela ciência, então nós estamos trabalhando o tempo todo com descobertas sobre características físicas e hábitos do peixe”, explica Patrícia Maciel, pesquisadora em sanidade animal da Embrapa Pesca e Aquicultura. Uma dessas frentes de pesquisa está testando métodos para identificar o sexo do pirarucu com base apenas nas medidas físicas do peixe – a chamada morfometria. Atualmente, a olho nu, o teste mais comum para tentar fazer a sexagem é pela coloração do corpo. Durante o período reprodutivo, o macho adulto fica com coloração mais avermelhada até a cabeça. “Esse método vai mais da experiência do produtor e pode variar conforme a origem do peixe – a pessoa tem que quer muita prática para acertar, não é confiável”, explica o geneticista Eduardo Varela, da Embrapa Pesca e Aquicultura. Para facilitar a sexagem de maneira confiável e sem equipamentos, os pesquisadores estão testando cerca de 40 parâmetros de distância do corpo do animal para identificar quais seriam os com maior poder de identificar o sexo. A inten-

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gem de acurácia mais próxima dos 100%”, afirma o pesquisador. Uma outra equipe, coordenada pela veterinária Patrícia Maciel, estuda a fase de alevinagem do pirarucu – como é chamado filhote do peixe, que acaba de sair do ovo e ainda está se adaptando ao meio. Nessa etapa de desenvolvimento está o principal gargalo na criação da espécie. “Pode ocorrer a morte de até 90% desses alevinos. Essa fase de transição é a mais crítica para o animal e, portanto, a que gera mais prejuízos”, explica a especialista. Os principais responsáveis por desse alto índice de mortalidade são dois tipos de parasitas típicos dos tanques de pirarucu: protozoários do gênero Trichodina e vermes da classe Monogenea. A Embrapa estuda três frentes para resolver a questão. “Uma delas pesquisa o ciclo de vida e a influência sobre parâmetros da água nesse parasitismo; a outra trabalha no desenvolvimento e teste de fármacos e produtos para controle desses parasitas; e um terceiro grupo faz o teste de um probiótico para melhorar a imunidade dos alevinos nessa fase”, conta Patrícia Maciel. Durante – e mesmo depois de concluídas essas pesquisas – o papel das ações do Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia continua fundamental para que a informação chegue para os criadores. “Com os conhecimentos e técnicas existentes, e com o uso de práticas adequadas na criação, já é possível diminuir drasticamente esse número de mortes de alevinos. Estamos trabalhando constantemente para alcançar patamares ainda mais satisfatórios”, afirma a pesquisadora.

Prospecção Tecnológica A prospecção tecnológica do Projeto Piraru-

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cu da Amazônia, com a participação da Embrapa Pesca e Aquicultura, ocorreu em 18 cidades, distribuídas nos sete estados que fazem parte da Região Norte do Brasil.


Galeria de Fotos

II Mostra Gastron么mica e IV Workshop do Pirarucu em Manaus


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Clipping


http://acritica.uol.com.br/noticias/Sebrae-Abrasilpromovem-gastronomia-receitas_0_1206479363. html Sebrae e Abrasel promovem evento de gastronomia com receitas à base de pirarucu A Mostra Gastronômica do Pirarucu de Cativeiro será realizada nos dias 8 e 9, no Studio 5 Centro de Convenções, para estimular o consumo do peixe na culinária regional 05 de Setembro de 2014 ACRITICA.COM*

O Boteco do Jef, campeão em 2013, busca o “bi” com uma seleção de bolinhos intitulada “Hexa Brasil” (Divulgação) Um dos mais nobres peixes de nossa região, o pirarucu, será o centro das atenções na próxima semana, em Manaus. A cidade sedia, pela primeira vez, a Mostra Gastronômica do Pirarucu de Cativeiro nos dias 8 e 9, no Studio 5 Centro de Convenções. O lançamento ocorre na segunda-feira, às 18h, nas salas 2 e 3. A ação é resultado de iniciativa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (Sebrae) com o apoio da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-AM) e tem por finalidade

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apresentar a potencialidade desta espécie de pescado, estimular o consumo do produto na culinária regional e promover a atividade econômica na região. Na agenda da programação está previsto o tradicional serviço de degustação de variados pratos produzidos com pirarucu. O pescado a ser utilizado na produção de pratos regionais é proveniente do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia, implantado pelo Sebrae Nacional em todos os Estados da região Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins).

O objetivo do projeto é consolidar a pesquisa e a tecnologia para reprodução em cativeiro; difundir as técnicas de cultivo e manejo; tornar conhecido sua culinária em outras regiões; bem como viabilizar economicamente sua produção e comercialização de forma a aumentar a demanda do produto, por baixo impacto ambiental, valorando desta forma a cadeia produtiva da piscicultura. Cada Estado da região mantém unidades demonstrativas de criação e reprodução do pirarucu. No Amazonas, o projeto beneficia 22 criadores de Manacapuru, 1 de Iranduba e 1 de Itacoatiara. Nas loca-


lidades, os produtores contam com apoio de órgãos de pesquisa e acompanhamento de especialistas e aprendem novas técnicas de manejo e aplicação de tecnologias, tais como: manejo genético e reprodutivo; rastreabilidade com chip; treinamento e técnicas de engorda e crescimento da espécie.

Regional-para-incentivo-a-producao-e-consumodo-pirarucu-de-cativeiro/ 05/09/2014 SEBRAE realiza Mostra inédita de Gastronomia Regional para incentivo à produção e consumo do pirarucu de cativeiro

Semana da Qualidade Abrasel e Sebrae vão promover dentro da Mostra Gastronômica , a II Semana da Qualidade Abraseentre os dias 8 a 12 de setembro, no auditório do Studio 5, com ênfase na qualificação profissional de quem trabalha no setor de bares e restaurantes.

Foto: Reprodução \ internet

Para a presidente da Abrasel Amazonas, Janete Fernandes, a qualificação profissional é uma das prioridades para os restaurantes associados à entidade. “A promoção da II Semana da Qualidade é mais uma oportunidade para que os restaurantes possam aprender novas técnicas e conhecer experiências de sucesso”, destacou presidente. Na programação da Semana, estão inclusos os workshops “Gestão Lucrativa de Cardápios” e “Gestão Lucrativa Financeira”, cada turma com 25 empresários, os quais acontecerão de 8 a 11; o curso de Maître (8 a 12), com vagas para 30 participantes; e duas turmas de Oficina de Battuta Chopeiro (uma no dia 9 e outra no dia 10). Na terça-feira (9), o empresário e chef Marcos Livi, do restaurante paulista Veríssimo, fará uma palestra show com o tema “Empreendedorismo, Degustação e Receita”, destinada a empresários e chefs de restaurantes associados da Abrasel. *Com informações da assessoria http://portaldozacarias.com.br/site/noticia/ SEBRAE-realiza-Mostra-inedita-de-Gastronomia-

O Concurso de Gastronomia acontecerá após o lançamento da Mostra, com a participação de sete chefs de cozinha, cada um deles representando os seus Estados de origem Um dos mais nobres peixes de nossa região, o pirarucu, será o centro das atenções na próxima semana, em Manaus. A cidade sedia, pela primeira vez, a Mostra Gastronômica do Pirarucu de Cativeiro nos dias 8 e 9, no Studio 5 Centro de Convenções. O lançamento ocorre na segunda-feira, às 18h, nas salas 2 e 3. A ação é resultado de iniciativa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (SEBRAE) com o apoio da Associação Brasileira de Ba-

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res e Restaurantes (Abrasel-AM). Tem por finalidade apresentar a potencialidade desta espécie de pescado, estimular o consumo do produto na culinária regional e promover a atividade econômica na região. Na agenda da programação, está previsto o tradicional serviço de degustação de variados pratos produzidos com pirarucu. O pescado a ser utilizado na produção de pratos regionais é proveniente do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia, implantado pelo SEBRAE Nacional em todos os Estados da região Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). O objetivo do projeto é consolidar a pesquisa e a tecnologia para reprodução em cativeiro; difundir as técnicas de cultivo e manejo; tornar conhecido sua culinária em outras regiões; bem como viabilizar economicamente sua produção e comercialização de forma a aumentar a demanda do produto, por baixo impacto ambiental, valorando desta forma a cadeia produtiva da piscicultura. Cada Estado da região mantém unidades demonstrativas de criação e reprodução do pirarucu. No Amazonas, o projeto beneficia 22 criadores de Manacapuru, 1 de Iranduba e 1 de Itacoatiara. Nas localidades, os produtores contam com apoio de órgãos de pesquisa e acompanhamento de especialistas e aprendem novas técnicas de manejo e aplicação de tecnologias, tais como: manejo genético e reprodutivo; rastreabilidade com chip; treinamento e técnicas de engorda e crescimento da espécie. O técnico do SEBRAE no Amazonas, Célio Picanço, explica que o evento é uma das dezenas de ações e iniciativas previstas para acontecer, ao longo de três anos, por meio do projeto estruturante.

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Potencial econômico Com o aumento da pesca comercial nas últimas décadas, está ocorrendo grande impacto nas populações das principais espécies comerciais, como o pirarucu. A reprodução natural do peixe é insuficiente para repor a quantidade despescada a cada ano. Nesse sentido, o desenvolvimento e ampliação de sistema intensivo de produção de peixes, como é o caso do pirarucu em cativeiro, estão contribuindo para potencializar a economia dos Estados envolvidos, sendo que o projeto estruturante “Pirarucu da Amazônia” já apresenta resultados positivos nesse cenário. “O que buscamos é desenvolver técnicas de manejo, produzir informações de mercado, tecnologia e demais dados que sejam úteis para a estruturação da atividade de produção do pirarucu em toda a Região Norte. E, parte desse trabalho, é dar visibilidade aos aspectos e diferenciais gastronômicos do pirarucu”, destaca o diretor-superintendente do SEBRAE no Amazonas, Nelson Rocha. O pirarucu se destaca na culinária por ter carne saborosa e desprovida de espinhas. É uma espécie cada vez mais valorizada no mercado nacional e também, internacionalmente em países como o Japão. Além do aproveitamento da carne, o couro e escama do pirarucu pode ser empregado na produção de assessórios do vestuário (bolsas, sapatos e cintos) e na cosmetologia. Concurso de Gastronomia Também ocorrerá o Concurso de Gastronomia, logo após o lançamento da Mostra, com a participação de sete chefs de cozinha, cada um deles representando os seus Estados de origem: Amazonas, Acre, Pará,


Rondônia, Roraima, Amapá e Tocantins. Os pratos serão feitos com base em ingredientes regionais, sendo o principal deles, o próprio pirarucu, produzidos com base em costumes da cultura indígena e técnicas aplicadas nas cozinhas mediterrânea, italiana e portuguesa. A seleção será feita baseada em critérios, como harmonia gustativa, regionalidade e criatividade. Foram convidados a compor o júri autoridades representantes do SEBRAE Nacional, Ministério da Pesca e Aquicultura e Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). Workshop e visitas técnicas - A agenda do evento inclui ainda a realização do IV Workshop do Cultivo do Pirarucu, onde serão desenvolvidos dois paineis de discussão: “Desenvolvimento da Produção de Pirarucu de Cativeiro – Região Norte”, no dia 8 de setembro, e no dia 9, “Entraves e estratégias para o desenvolvimento do cultivo do pirarucu em cativeiro” durante o dia todo. O início está previsto para às 9h30, nos dois dias. O workshop é gratuito e voltado ao público em geral, em especial, formadores de política de desenvolvimento, chefes de cozinha, empresários, produtores, técnicos e funcionários do ramo de restaurantes. II Semana da Qualidade Abrasel A Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel Amazonas) promove em parceria com SEBRAE Amazonas, a II Semana da Qualidade Abrasel, dentro da programação da II Mostra Gastronômica do Pirarucu de Cativeiro da Amazônia, de 8 a 12 de setembro, no auditório do Studio 5. Para a presidente da Abrasel Amazonas, Janete Fernandes, a qualificação profissional é uma das prio-

ridades para os restaurantes associados à entidade. “A promoção da II Semana da Qualidade é mais uma oportunidade para que os restaurantes possam aprender novas técnicas e conhecer experiências de sucesso”, destacou presidente. Na programação da Semana, estão inclusos os workshops “Gestão Lucrativa de Cardápios” e “Gestão Lucrativa Financeira”, cada turma com 25 empresários, os quais acontecerão de 8 a 11; o curso de Maître (8 a 12), com vagas para 30 participantes; e duas turmas de Oficina de Battuta Chopeiro (uma no dia 9 e outra no dia 10). Na terça-feira (9), o empresário e chef Marcos Livi, do restaurante paulista Veríssimo, fará uma palestra show com o tema “Empreendedorismo, Degustação e Receita”, destinada a empresários e chefs de restaurantes associados da Abrasel. Marcos Livi é formado pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac) e decidiu juntar suas duas paixões: gastronomia e cultura. Assim, tornouse sócio proprietário dos bares Veríssimo e Quintana, ambos em São Paulo, que prestam homenagem aos autores brasileiros. Sua cozinha tem fortes influências das tradições da família italiana de que faz parte. http://amazonasfm.com.br/noticias/sebrae-realizano-studio-5-ii-mostra-gastronomica-do-pirarucu-da -amazonia/ Sebrae realiza no Studio 5 II Mostra Gastronômica do Pirarucu da Amazônia O Festival é uma das dezenas de ações para acontecer por meio do projeto de estruturação do Pirarucu da Amazônia por amazonasfm.com.br

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radar10@redeamazonica.com.br

lidade de dar visibilidade ao diferencial gastronômico desse importante peixe da Amazônia, o pirarucu. O projeto beneficia 22 criadores do município de Manacapuru (a 87 quilômetros de Manaus), incluindo um criador de Iranduba e Itacoatiara, ambos municípios da Região Metropolitana de Manaus. Nas localidades, com apoio de órgãos de pesquisa, produtores aprendem novas técnicas de manejo e aplicação de novas tecnologias. O Sebrae mantém parceria com a Abrasel para que bares, restaurantes e similares de Manaus invistam em novas receitas incluindo o pirarucu como ingrediente principal.

Pirarucu da Amazônia (Foto: Divulgação) MANAUS – O Sebrae realiza, de 08 a 09 de setembro, no Studio 5, zona Sul de Manaus, a II Mostra Gastronômica Regional do Pirarucu de cativeiro. Com o apoio da Associação de Bares e Restaurantes do Amazonas (Abrasel-AM), a finalidade do evento é apresentar as variedades culinárias e potencialidades do pirarucu, um peixe nobre da Amazônia. A programação do Festival inclui palestras técnicas, degustação de pratos típicos com pirarucu, visitas técnicas e intercâmbio entre empresários do ramo de indústria, além do comércio do pescado. O técnico do Sebrae no Amazonas, Célio Picanço, explica que o Festival é uma das dezenas de ações e iniciativas previstas para acontecer ao longo de três anos por meio do projeto de estruturação do Pirarucu da Amazônia, implementado pelo Sebrae em toda a Região Norte. A intenção é produzir informações e conhecimento sobre toda a cadeia produtiva de valor para criação e beneficiamento da espécie. O diretor-superintendente do Sebrae Amazonas, Nelson Rocha diz que o trabalho também tem a fina-

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http://www.blogmarcossantos.com.br/2014/09/04/ pratos-com-o-pirarucu-da-amazonia-serao-apresentados-em-mostra-gastronomica/ 04/09/2014 - 13h39 Pratos com o Pirarucu da Amazônia serão apresentados em mostra gastronômica Apresentar as variedades culinárias e potencialidades do pirarucu, um peixe nobre da Amazônia. Esse será o foco da II Mostra Gastronômica Regional do Pirarucu de cativeiro, promovida pelo Sebrae de 08 a 09 de setembro, no Studio 5, zona Sul de Manaus, com o apoio da Associação de Bares e Restaurantes do Amazonas (Abrasel-AM).


O pirarucu é um dos maiores peixes da Amazônia. A programação do Festival inclui palestras técnicas, degustação de pratos típicos com pirarucu, visitas técnicas e intercâmbio entre empresários do ramo de indústria e comércio do pescado e produtores de pirarucu. O técnico do Sebrae no Amazonas, Célio Picanço, explica que o Festival é uma das dezenas de ações e iniciativas previstas para acontecer ao longo de três anos através do projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia, que é implementado pelo Sebrae em toda a Região Norte. Ele esclarece que cada estado da região mantém unidades demonstrativas de criação e reprodução do pirarucu e o objetivo do projeto é produzir informações e conhecimento sobre toda a cadeia produtiva de valor para criação e beneficiamento da espécie. “O que buscamos é desenvolver técnicas de manejo, produzir informações de mercado, tecnologia e demais dados que sejam úteis para a estruturação da atividade de produção do pirarucu em toda a Região Norte. E, parte desse trabalho é dar visibilidade aos aspectos e diferenciais gastronômicos do pirarucu”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae no Amazonas, Nelson Rocha. No Amazonas, informa Célio Picanço, o projeto beneficia 22 criadores do município de Manacapuru (a 87 quilômetros de Manaus), incluindo um criador de Iranduba e Itacoatiara, ambos municípios da Região Metropolitana de Manaus. Nas localidades, com apoio de órgãos de pesquisa e acompanhamento, os produtores aprendem novas técnicas de manejo e aplicação de tecnologias, tais como: manejo genético e reprodutivo; rastreabilidade com chip; treinamento e técnicas de engorda e crescimento da espécie.

Quanto ao consumo do pirarucu, reforça Célio, o Sebrae mantém parceria com a Abrasel para que bares, restaurantes e similares de Manaus invistam em novas receitas incluindo o pirarucu como ingrediente principal, ampliando o cardápio de pratos regionais. “O Festival já é um bom resultado dessa parceria”, finaliza Célio Picanço. http://www.emtempo.com.br/mostra-degastronomia-incentiva-producao-e-consumo-depirarucu-de-cativeiro/ Mostra de gastronomia incentiva produção e consumo de pirarucu de cativeiro set 05, 2014 Economia Um dos mais nobres peixes de nossa região, o pirarucu, será o centro das atenções na próxima semana, em Manaus. A cidade sedia, pela primeira vez, a Mostra Gastronômica do Pirarucu de Cativeiro nos dias 8 e 9, no Studio 5 Centro de Convenções. O lançamento ocorre na segunda-feira, às 18h, nas salas 2 e 3. A ação é resultado de iniciativa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (SEBRAE) com o apoio da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-AM). Tem por finalidade apresentar a potencialidade desta espécie de pescado, estimular o consumo do produto na culinária regional e promover a atividade econômica na região. Na agenda da programação, está previsto o tradicional serviço de degustação de variados pratos produzidos com pirarucu. O pescado a ser utilizado na produção de pratos regionais é proveniente do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia, implantado pelo SEBRAE Nacional em todos os Estados da região Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). O objetivo do projeto é consolidar a pesquisa e a Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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tecnologia para reprodução em cativeiro; difundir as técnicas de cultivo e manejo; tornar conhecido sua culinária em outras regiões; bem como viabilizar economicamente sua produção e comercialização de forma a aumentar a demanda do produto, por baixo impacto ambiental, valorando desta forma a cadeia produtiva da piscicultura. Cada Estado da região mantém unidades demonstrativas de criação e reprodução do pirarucu. No Amazonas, o projeto beneficia 22 criadores de Manacapuru, 1 de Iranduba e 1 de Itacoatiara. Nas localidades, os produtores contam com apoio de órgãos de pesquisa e acompanhamento de especialistas e aprendem novas técnicas de manejo e aplicação de tecnologias, tais como: manejo genético e reprodutivo; rastreabilidade com chip; treinamento e técnicas de engorda e crescimento da espécie. Potencial econômico Com o aumento da pesca comercial nas últimas décadas, está ocorrendo grande impacto nas populações das principais espécies comerciais, como o pirarucu. A reprodução natural do peixe é insuficiente para repor a quantidade despescada a cada ano. “O que buscamos é desenvolver técnicas de manejo, produzir informações de mercado, tecnologia e demais dados que sejam úteis para a estruturação da atividade de produção do pirarucu em toda a Região Norte. E, parte desse trabalho, é dar visibilidade aos aspectos e diferenciais gastronômicos do pirarucu”, destaca o diretor-superintendente do SEBRAE no Amazonas, Nelson Rocha. O pirarucu se destaca na culinária por ter carne saborosa e desprovida de espinhas. É uma espécie cada vez mais valorizada no mercado nacional e também, internacionalmente em países como o Japão. Além

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do aproveitamento da carne, o couro e escama do pirarucu pode ser empregado na produção de assessórios do vestuário (bolsas, sapatos e cintos) e na cosmetologia. Concurso de Gastronomia Também ocorrerá o Concurso de Gastronomia, logo após o lançamento da Mostra, com a participação de sete chefs de cozinha, cada um deles representando os seus Estados de origem: Amazonas, Acre, Pará, Rondônia, Roraima, Amapá e Tocantins. Os pratos serão feitos com base em ingredientes regionais, sendo o principal deles, o próprio pirarucu, produzidos com base em costumes da cultura indígena e técnicas aplicadas nas cozinhas mediterrânea, italiana e portuguesa. Workshop e visitas técnicas A agenda do evento inclui ainda a realização do IV Workshop do Cultivo do Pirarucu, onde serão desenvolvidos dois paineis de discussão: “Desenvolvimento da Produção de Pirarucu de Cativeiro – Região Norte”, no dia 8 de setembro, e no dia 9, “Entraves e estratégias para o desenvolvimento do cultivo do pirarucu em cativeiro” durante o dia todo. O início está previsto para às 9h30, nos dois dias. O workshop é gratuito e voltado ao público em geral, em especial, formadores de política de desenvolvimento, chefes de cozinha, empresários, produtores, técnicos e funcionários do ramo de restaurantes. O pirarucu é um dos maiores peixes da Amazônia. A programação do Festival inclui palestras técnicas, degustação de pratos típicos com pirarucu, visitas técnicas e intercâmbio entre empresários do ramo de indústria e comércio do pescado e produtores de pirarucu.


os produtores aprendem novas técnicas de manejo e aplicação de tecnologias, tais como: manejo genético e reprodutivo; rastreabilidade com chip; treinamento e técnicas de engorda e crescimento da espécie.

O técnico do Sebrae no Amazonas, Célio Picanço, explica que o Festival é uma das dezenas de ações e iniciativas previstas para acontecer ao longo de três anos através do projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia, que é implementado pelo Sebrae em toda a Região Norte. Ele esclarece que cada estado da região mantém unidades demonstrativas de criação e reprodução do pirarucu e o objetivo do projeto é produzir informações e conhecimento sobre toda a cadeia produtiva de valor para criação e beneficiamento da espécie. “O que buscamos é desenvolver técnicas de manejo, produzir informações de mercado, tecnologia e demais dados que sejam úteis para a estruturação da atividade de produção do pirarucu em toda a Região Norte. E, parte desse trabalho é dar visibilidade aos aspectos e diferenciais gastronômicos do pirarucu”, destaca o diretor-superintendente do Sebrae no Amazonas, Nelson Rocha. No Amazonas, informa Célio Picanço, o projeto beneficia 22 criadores do município de Manacapuru (a 87 quilômetros de Manaus), incluindo um criador de Iranduba e Itacoatiara, ambos municípios da Região Metropolitana de Manaus. Nas localidades, com apoio de órgãos de pesquisa e acompanhamento,

Quanto ao consumo do pirarucu, reforça Célio, o Sebrae mantém parceria com a Abrasel para que bares, restaurantes e similares de Manaus invistam em novas receitas incluindo o pirarucu como ingrediente principal, ampliando o cardápio de pratos regionais. “O Festival já é um bom resultado dessa parceria”, finaliza Célio Picanço. http://portaldopurus.com.br/index.php/ editorial-mais-destaque/14702-sebrae-e-abraselpromovem-evento-de-gastronomia-com-receitasa-base-de-pirarucu Sebrae e Abrasel promovem evento de gastronomia com receitas à base de pirarucu Publicado em Sábado, 06 Setembro 2014 08:01 | Escrito por A Critica | | A Mostra Gastronômica do Pirarucu de Cativeiro será realizada nos dias 8 e 9, no Studio 5 Centro de Convenções, para estimular o consumo do peixe na culinária regional

Um dos mais nobres peixes de nossa região, o pirarucu, será o centro das atenções na próxima semana, em Manaus. A cidade sedia, pela primeira vez, a Mostra Gastronômica do Pirarucu de Cativeiro nos dias 8 e 9, no Studio 5 Centro de Convenções. O lançamento ocorre na segunda-feira, às 18h, nas salas 2 e 3. A ação é resultado de iniciativa do Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do Amazonas (Sebrae) com o apoio da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel-AM) e tem por finalidade Projeto Estruturante do Pirarucu da Amazônia 2014

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apresentar a potencialidade desta espécie de pescado, estimular o consumo do produto na culinária regional e promover a atividade econômica na região. Na agenda da programação está previsto o tradicional serviço de degustação de variados pratos produzidos com pirarucu. O pescado a ser utilizado na produção de pratos regionais é proveniente do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia, implantado pelo Sebrae Nacional em todos os Estados da região Norte (Acre, Amazonas, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins). O objetivo do projeto é consolidar a pesquisa e a tecnologia para reprodução em cativeiro; difundir as técnicas de cultivo e manejo; tornar conhecido sua culinária em outras regiões; bem como viabilizar economicamente sua produção e comercialização de forma a aumentar a demanda do produto, por baixo impacto ambiental, valorando desta forma a cadeia produtiva da piscicultura. Cada Estado da região mantém unidades demonstrativas de criação e reprodução do pirarucu. No Amazonas, o projeto beneficia 22 criadores de Manacapuru, 1 de Iranduba e 1 de Itacoatiara. Nas localidades, os produtores contam com apoio de órgãos de pesquisa e acompanhamento de especialistas e aprendem novas técnicas de manejo e aplicação de tecnologias, tais como: manejo genético e reprodutivo; rastreabilidade com chip; treinamento e técnicas de engorda e crescimento da espécie. Semana da Qualidade Abrasel e Sebrae vão promover dentro da Mostra Gastronômica , a II Semana da Qualidade Abraseentre os dias 8 a 12 de setembro, no auditório do Studio 5, com ênfase na qualificação profissional de

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quem trabalha no setor de bares e restaurantes. Para a presidente da Abrasel Amazonas, Janete Fernandes, a qualificação profissional é uma das prioridades para os restaurantes associados à entidade. “A promoção da II Semana da Qualidade é mais uma oportunidade para que os restaurantes possam aprender novas técnicas e conhecer experiências de sucesso”, destacou presidente. Na programação da Semana, estão inclusos os workshops “Gestão Lucrativa de Cardápios” e “Gestão Lucrativa Financeira”, cada turma com 25 empresários, os quais acontecerão de 8 a 11; o curso de Maître (8 a 12), com vagas para 30 participantes; e duas turmas de Oficina de Battuta Chopeiro (uma no dia 9 e outra no dia 10). Na terça-feira (9), o empresário e chef Marcos Livi, do restaurante paulista Veríssimo, fará uma palestra show com o tema “Empreendedorismo, Degustação e Receita”, destinada a empresários e chefs de restaurantes associados da Abrasel.


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AGRADECIMENTOS


Agradecimentos às unidades do Sistema Sebrae que colaboraram com esta publicação: Sebrae Acre Conselho Deliberativo Estadual Presidente: Luiz Saraiva Correia Diretoria Executiva Diretor Superintendente: João Batista Fecury Bezerra Diretora-Técnica: Elizabeth Amélia Ramos Monteiro Diretor de Administração e Finanças: Luiz Carlos Simão Paiva Coordenação do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia: Kleber Pereira Campos Junior Gestora Estadual: Rina Fátima Suarez da Costa

Sebrae Amapá Conselho Deliberativo Estadual Presidente: Alfeu Adelino Dantas Júnior Diretoria Executiva Diretor Superintendente: João Carlos Calage Alvarenga Diretora-Técnica: Ana Dalva de Andrade Ferreira Diretor de Administração e Finanças: Waldeir Garcia Ribeiro Coordenação do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia: Isana Ribeiro de Alencar Figueiredo Gestor Estadual: Antonio Espírito Santo Viana de Carvalho

Sebrae Amazonas Conselho Deliberativo Estadual Presidente: Antônio Carlos da Silva Diretoria Executiva Diretor Superintendente: Nelson Luiz Gomes Vieira da Rocha Diretor-Técnico: Maurício Aucar Seffair Diretor de Administração e Finanças: Aécio Flávio Ferreira da Silva Coordenação do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia: Wanderléia dos Santos Teixeira de Oliveira Gestor Estadual: Israel Folgosa de Moura

Sebrae Pará Conselho Deliberativo Estadual Presidente: José Conrado Azevedo Santos

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Diretoria Executiva Diretor Superintendente: Vilson João Schuber Diretora-Técnica: Suleima Fraiha Pegado Diretor de Administração de Finanças: Augusto Jorge Joy Neves Colares Coordenação do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia: Carlos dos Reis Lisboa Júnior Gestora Estadual: Keyla Reis de Oliveira

Sebrae Rondônia Conselho Deliberativo Estadual Presidente: Francisco Ferreira Cabral Diretoria Executiva Diretor Superintendente: Pedro Teixeira Chaves Diretor-Técnico: Hiram Rodrigues Leal Diretor de Administração e Finanças: Osvino Juraszek Coordenação do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia: Desóstenes Marcos do Nacimento Gestora Estadual: Roberta Maria Osório Figueiredo

Sebrae Roraima Conselho Deliberativo Estadual Presidente: Antônio Airton Oliveira Dias Diretoria Executiva Diretora Superintendente: Luciana Surita da Motta Macêdo Diretor-Técnico: Alberto de Almeida Costa Diretora de Administração e Finanças: Maria Cristina de Andrade Souza Coordenação do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia: Rodrigo Silveira da Rosa Gestora Estadual: Itamira Sebastiana Soares

Sebrae Tocantins Conselho Deliberativo Estadual Presidente: Roberto Magno Martins Diretoria Executiva Diretor Superintendente: Paulo Henrique Ferreira Massuia Diretora-Técnica: Maria Emília Mendonça P. Jaber Diretor de Administração e Finanças: Jarbas Luis Meurer Coordenação do Projeto Estruturante Pirarucu da Amazônia e Gestor Estadual: Gilberto Martins Noleto

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Equipe Técnica Fase I Armando Freire Ladeira Evandro Monteiro Barros Samuel Silva de Almeida Paulo Cesar Rezende Alvim José Altamiro da Silva

Agradecimentos aos empreendedores que colaboraram com esta publicação: ACRE Proprietário: Konori Kioki Propriedade: Fazenda Boa Esperança – município: Bujari Proprietário: Salustiano Viana da Silva Propriedade: Fazenda Veneza – município: Xapuri Proprietário: Geni Gláucia Monteiro Abraão Propriedade: Fazenda Sol Nascente – município: Rio Branco Proprietário: Emerson Ferreira de Souza Propriedade: Fazenda Fartura - município: Acrelândia

AMAPÁ Empresário: Wagner Afonso Rodrigues Propriedade: Pronorte Incorporações Comércio e Imóveis Ltda.

AMAZONAS Engorda: Propriedade: Fazenda São Bento Proprietário: Osvaldir Bento da Silva Propriedade: Agrotec Aquicultura e Agropecuária Ltda. Proprietário: Francejany Maia Cortez Propriedade: Piscicultura litiara Proprietário: Yoshito Kavati

RORAIMA Engorda: Proprietário: Aniceto Campanha Wanderley Propriedade: Fazenda Paraíso de Deus Proprietário: Raimundo Pinheiro

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Propriedade: Fazenda Novo Paraíso Proprietário: José Soares de Souza Propriedade: Fazenda Santa Luzia Proprietário: Rodolfo François Propriedade: Fazenda Água Limpa

RONDÔNIA Reprodução e engorda: Proprietário: Elthon Lago Propriedade: Agroindustrial Só Peixes da Amazônia Reprodução: Proprietário: Silas Pinheiro de Castro Propriedade: Estância Amazonas Proprietário: Megumi Yokoyama (Pedrinho) Propriedade: Piscigranja Boa Esperança Engorda: Proprietário: Ancelmo Kester Propriedade: Piscicultura do Assentamento Eli Moreira Proprietário: Francisco Faustino Neto Propriedade: Sítio Aquarius Proprietário: Rosalino Galo Propriedade: Sítio Modelo Proprietário: Reneu Ângelo Castilho Propriedade: Sítio Adriluci Proprietário: Levi Silva Propriedade: Sítio Tabajara

TOCANTINS Engorda: Propriedade: Fazenda São Paulo Proprietário: Marco Aurélio Nogueira Mota Propriedade do Governo do Tocantins: Centro de Produção e Pesquisa de Peixes Nativos (CPPPN), da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento Propriedade: Fazenda Uirapuru Proprietário: Edvaldo Martins Fontes

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0800 570 0800 / sebrae.com.br


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