Edição Digital Outubro 2020 - Trimurti - Lila - Manifesto Língua Portuguesa

Page 1


04-

TRIMURTI

06-

O QUE É A LILA

Marco A. Gonçalves

Luiz Carlos Alba

15-

Manifesto da Língua Portuguesa Rui Fonseca

Coordenação: Daniela Dorna Ferro Conselho: Rogério de Freitas Gabriela de Paula P. Freitas Arte: Guilherme Raffide Revisão Ortográfica: Ana Bueno e Irene dos Anjos


E

stamos nos primeiros momentos da energias do Verão. Um período do ano em que o sol atinge seu ápice e o poder da criação está mais ativo. A quantidade de luz em abundância e o calor do fogo transmutam e revigoram nossas forças, prporcionando mais plenitude, alegria e vigor. As sementes que foram plantadas na primavera, agora serão regadas, e seus primeiros brotos apontarão para crescerem fortes. Estamos no mês de Outubro do ano 2020, trazendo a revista digital nr. 2 - Parte 1 da Edição de Verão. Nossos primeiros passos foram dados, e passamos a trilhar juntos este longo caminho de aprendizado, sempre em busca de mais conhecimento, aumentando nossa capacidade de compreensão para podermos assim refinarmos nossa produção de melhores informações. Boa leitura, e vamos que vamos! Daniela D. Ferro


TRIMURTI Texto: Marco A. Gonçalves

Na Revelação Cósmica, esta palavra: Trimúrti “A trimurti é composta pelos três principais deuses do hinduísmo:

brahma, vishnu e shiva que simbolizam

criação,a conservação e a destruição”

respectivamente a

( substantivo feminino. Em sânscrito trimurti, lit. três formas) é muito utilizada por Jan Val Ellam em suas palestras e livros, pois se refere aos três seres (Brahma, Shiva e Vishnu) que se encontravam “no comando” dos universos antimaterial e material praticamente desde o início da criação indevida. - Na Wikipédia se define Trimúrti, como: “É a parte manifesta tripla da divindade suprema, além das representações do Brâman, fazendo-se tripla no intuito de liderar os diferentes estados do universo. A Trimúrti é composta pelos três principais deuses do Hinduísmo: Brahma, Vishnu e Shiva que simbolizam respectivamente a criação, a conservação e a destruição”. - Já na Revelação Cósmica a forma de compreensão do que é realmente a Trimúrti é algo diferente do conhecimento indiano tradicional, devido aos acontecimentos singulares aos quais Jan Val Ellam foi submetido ao ser obrigado a entrar em contato com os três da Trimúrti.


SEM CONSCIÊNCIA O SEU “CORPO HOLOGRÁFICO” NÃO É MAIS ATUANTE

“Brahma,

Shiva e Vishnu são considerados seres Adhydaiva, formas de vida que surgiram como produto da “queda” (experiência consequente) e que foram decorrentes do processo de estruturação possível ao contexto antimaterial ou universo paralelo que se encontra situado como imediatamente “vizinho”, base da forma demo, prisão para suas mentes. Base divina é uma denominação equivocada deste tipo de expressão. Brahma, Vishnu e Shiva foram as formas que suas consciências pessoais puderam gerar nessa faixa de realidade, que aprisiona os tipos de corpos nela gerados”. (Texto presente no glossário do site Turma do IEEA) O do porque do título: O que era a Trimúrti; depois de mais de 13 bilhões de anos terrestres em que existia a Trimúrti no Brahmaloka

(Universo antimaterial em que eles se encontravam) adjacente ao Buhloka (Universo material em que nossos corpos vivem) deixou de existir por volta do período de 2015–2016, devido a uma série de fatores que podemos encontrar nas obras da Revelação Cósmica, com o auto — aniquilamento (um tipo de mahasamadhi demo) por parte de Vishnu; a “perda” do corpo demo de Brahma (Mantendo somente a “consciência” holográfica dele “ligada” a alguns membros do IEEA) e por fim quando o escritor e palestrante Jan Val Ellam vier a “desencarnar” também ocorrerá o “aniquilamento” do corpo demo de Shiva, conforme dados colhidos em várias palestras do autor. Algumas obras da Revelação Cósmica, que aprofundam o conhecimento sobre o que era a

- Livros: 1) Inquisição Trimurtiana (Tempos de Apostasia) 2) O Dharma e as Castas Hindus

- Palestras encontradas no IEEA: 1) A Batalha Mental da Inquisição Trimurtiana 2) Adhytias os Herdeiros da Desolação da Trimúrti

Observação: hoje 26 de outubro de 2020 em palestra on line de Jan Val Ellam: “Prodigium — a Necessidade Criativa do Caos: Deuses em Decomposição”, o palestrante nos informou que o primeiro ser da Trimurti, não mais existe; sem consciência o seu “corpo holográfico” não é mais atuante, aguardando os próximos 18.000 anos terrestre para que “volte” como um novo ser biodemo da última família que está a ser criada por Sophia; e num futuro posterior em uma raça humana especiada já no Buhloka, até breve Javé/Brahma…

5


Texto: Luiz Carlos Alba


Introdução: Sempre que ousamos

abordar as-

suntos tão complexos, urge, em primeiro seguir com fidelidade máxima conforme o tema exige, ao amigo leitor(a), fico à vontade para contribuir mesmo que por ventura falte vocabulário apropriado ou elementos outros para melhor interpretação, senso crítico e razão filosófica por ora me sobram, e é sob minha responsabilidade que faço uso da obra de Jan Val Ellam para elaborar um artigo tão auspicioso. Por fim um desafio e faço uso da liberdade, que tanto nos custou. A primeira vez que ouvi sobre a Lila foi nos primeiros contatos com a obra de Jan Val Ellam, agora pesquisando e refletindo a respeito é possível observar que ele sempre fez referência à lila desde o início, podemos entender como sendo a associação dos três deuses da Trimurti, da Mitologia Hindu, “Brahma Vishnu e Shiva”. Nos tempos atuais é imperioso observar esses eventos com senso crítico e razão filosófica desperta, pois que surgem novos elementos a cada nova página descortinada no que diz respeito à revelação cósmica, e ao que tudo indica tem assunto para os próximos milênios. Se o próprio Jan Val Ellam pede para termos “cautela” a tudo que foi posto até agora em sua obra, quem sou eu na fila do pão; reforço e deixo claro que a intenção de minha parte nada mais é do que evidenciar aspectos e observações, jamais trazer verdades ou deixar por concluídas. Parte da pesquisa é um conjunto de informações colhidas na literatura Hindu, palestras Xadrez Cósmico, A Última Cartada da lila, Adhytias — Os Herdeiros da Desolação da Trimurti, e trechos do livro Inquisição Trimurtiana. Dei início á pesquisa sobre a Lila na literatura Hindu, onde tem registro no “Sânscrito”. Na cultura Hindu parece ser entendido sob outra ótica ou perspectiva, o que me fez perceber que a obra de Jan Val Ellam é de uma grandeza imensurável talvez ainda não compreendida na totalidade até para nós que acompanhamos de perto. Para cultura hindu, Lila nada mais é do que um “jogo”, a dança da criação.

O

Xadrez Cósmico 7


Lila: segundo literatura Hindu E

m sânscrito está descrito assim, Lila é o divino jogo da vida. Significa encarar os acontecimentos com bom humor, como se fossem apenas uma diversão, um jogo. Pois é isso que realmente são, segundo este conceito hindu. Krishna passa uma instrução espiritual assim como todo Hinduísmo, de que todas as coisas e eventos que nos cercam nada mais são do que, em sua grande variedade, manifestações diversas de uma realidade última. Esta realidade é denominada Brahman, um conceito unificador apesar de todos os numerosos deuses e deusas. Brahman é alma e essência de todas as coisas. Ela é infinita e está além de todos os conceitos, não pode ser compreendida e nem traduzida em palavras. Outro tema que se repete na mitologia hindu é a criação do mundo pelo auto-sacrifício de Deus — “sacrifício” no sentido original de “fazer o sagrado”- ,essa atividade é chamada Lila.


Lila, portanto é a atividade criativa do divino, e seu palco é o mundo o “poder” do agente e mágico divino é traduzido pela palavra maya, Maya não significa que o mundo é ilusão, maya é a ilusão de tomar coisas e fatos existentes ao nosso redor como realidade da natureza, ao invés de percebermos que são apenas conceitos oriundos de nossas mentes voltadas para a medição e categorização. Na visão hindu, todas as formas são relativas, fluidas, tudo uma em eterna mutação. O mundo de maya está em constante transformação, uma vez que Lila é uma peça rítmica e dinâmica. Neste contexto surge um dos termos mais conhecidos do hinduísmo, o karma. Karma é a força dinâmica da peça lila, significa “ação”. A totalidade do universo em ação, onde tudo se encontra vinculado a tudo o mais.

Lila: como operava e seus herdeiros, segundo obra Jan Val Ellam

Xadrez Cósmico: palestra Jan Val Ellam. 2012

Há um jogo cósmico sendo jogado mesmo antes da criação deste universo, Lila começou a existir com os critérios comuns ao pensar desses seres antes da criação universal antes de ter vida neste universo, o jogo eterno Imposto pela necessidade de Javé ou Brahma . O fato é que esse é o jogo cósmico que os Hindus dizem, só que eles apontam que todos os universos sempre são criados e recriados dessa forma o que os mentores cósmicos dizem que não é bem assim, este universo nasceu de forma imperfeita e por isso existe esse jogo entre as três divindades que se irmanaram na tentativa de ajudar uma criação indevida, mas os hindus dizem que todos os universos criados obedecem à“Lila” esse tipo de jogo, mas não é…existem outros universos aí fora que foram criados de outro modo, não eram eternos antes de existirem mas à medida que passaram a existir se tornaram eternos porque foram criados de modo perfeito, ou quase perfeito.

Então aqui ocorre o primeiro rasgo, a primeira discordância, discrepância entre o que a minha miserável condição humana afirma e o que há muitos milênios foi afirmado através das antigas escrituras hindus. Qual seria o sentido do xadrez cósmico jogado pelas três mentes, qual seria o sentido da “Lila” ? Ainda, segundo Jan Val Ellam, devido à “Criação Indevida”, O criador, ainda nos primeiros instantes foi tragado pela própria obra, seus pares em percebendo se sentiram responsáveis, mergulharam na tentativa de ajudar a resolver o problema, depois da queda de Prabrajna ( Brahma/Javé), seu corpo se despedaçou e não conseguiu se recompor, a única forma de interação com ele naquela situação foi agredir para assim mantê-lo acordado para que em algum momento em sendo reanimado poderia se recompor para elevar a níveis mais sutis sua criação. Para nós do IEEA e aos demais da revelação cósmica que conhecem as obras de Jan Val Ellam temos outro conceito e elementos a respeito da Lila, informações essas passadas de forma exaustiva, elencando novos personagens dando forma estrutural que nos põem a par de desdobramentos desgraçadamente promovidos pelos Deuses da Trimurti Hindu, “Brahma, Vishnu e Shiva” senhores da “Lila”, contudo desdobramentos que se perpetuam até hoje como ecos, disputas e apostas muitas delas dotadas de frieza e crueldade, o que é inaceitável até para alguém menos dotado de senso crítico. A calamidade tomou conta não só do nosso planeta azul, mas de todos os rincões desse universo onde eles atuaram, tais disputas foram promovidas por quem nunca soube gerir eventos com o mínimo de respeito com suas criaturas ferramentas. Hoje nós existimos, “seres humanos”, porque esses seres jogaram tantos dados, tantas experiências que jogaram pra cá, que terminaram fecundando a vida aqui.

Na palestra Adhytias Os Herdeiros da Desolação da Trimurti 2019 .

9


J

an Val Ellam foi mais longe e detalhou como operava a Lila e seus desdobramentos, para nosso espanto. O choque inicial de poder entre três seres dementados/perturbados mentalmente, destituídos de emoções, que tiveram que se suportar, num primeiro momento, para depois, efetivamente, dividir o poder, ainda que Vishnu e Shiva sempre deixaram Brahma na posição de criador. Brahma teve dois tipos de descendentes: anjos-clones plenamente obedientes e sem ganâncias pessoais, mais seres demos que ainda ele conseguiu produzir sozinho e em consórcio com algum de seus clones. Shiva e Vishnu, por sua vez, tiveram um número impressionante de gerações de descendentes demo. Shiva e sua descendência sempre estiveram em confronto (guerra fria ­­­– guerra total) com os anjos-clones e com os demos descendentes de Brahma, ou seja, os chamados “Adhytias” da primeira hora, ou da geração primeira. Um dos principais aspectos do passado cósmico, e que viria a ser registrado no hinduísmo, diz respeito à inimizade histórica de Shiva com a família de descendentes de Brahma e com o próprio. Quando a Trimurti se estabeleceu, sob a forma de Brahma, Vishnu e Shiva, ou quando o triunvirato divino estabeleceu a tríade, usando a mitologia grega sob a forma Caos, Tártaro e Eros, nesse tempo surgiu a primeira constituição dos pactos que esses três seres fizeram, eles e suas descendências pra tocar a criação adiante como se fosse uma constituição, a Lila da Trimurti nada mais é do que as regras de cumprimento de apostas, os termos de apostas etc etc etc…

Quando “Moros” sumiu, surgiu uma segunda geração Adhytias, se desfez, e surgiu uma terceira geração de Adhytias com membros da primeira e da segunda geração e alguns outros novos que estava sempre mudando. Em algum momento nessa história surgiu uma segunda Lila, uma segunda constituição, um segundo manual de comportamento dos demos, e os Adhytias que estavam à frente do governo da Trimurti, usando os três seres da Trimurti como rainhas de um reino, mas, quem mandava eram os Adhytias, os primeiros ministros vamos assim dizer dessa Trimurti. Essa segunda Lila surgiu criando algo que mais tarde aqui na terra, e, viria aparecer com conceito de Dharma, o dever sagrado de cada grupo de demo vivendo sob a forma “Varna”, ou seja, de “casta”, o sistema de castas foi criado por “demos”, não existia nem humanos, nem a terra nesse momento.

O fim da Lila

Da forma como nós esperamos a vinda de Sophia, conforme a bíblia judaico cristã aguardou a vinda de Jesus “como divisor de águas”, que marcou “antes e depois”, um marco, até inclusive em nosso calendário usamos o tempo como antes e depois da vinda de Cristo. — A história desse universo dentro em pouco será divido em dois momentos, o antes da divisão do “comando” do universo e o depois da divisão do comando do universo, será entregue a Sophia “cristo cósmico”, novo marco, divisor de águas entre essas duas situações.

Trecho do livro Inquisição Trimurtiana. Cap.6 (diálogo entre Jan Val Ellam, Vishnu, Shiva, Brahma).

Estaca ritual (phurpa) 1600–1800


V

ocê afirmou que até o final desse encontro teria lugar o “meu fim” enquanto Adhydaiva para poder liberar e dar poder de ação às minhas formas Adhyajnas, é isso mesmo, ó humano? — continuou Shiva. — Preferencialmente, seria, pelo que julgo compreender sobre os fatos em torno de vocês. Mas, penso que o limite de tempo para vocês, se dará com a morte da minha condição humana, isso devido à trama genética que vocês mesmos provocaram ou que Brahma provocou sozinho, não sei bem ao certo. Esse parece ser, decisivamente, o limite para que a condição operativa das suas formas Adhyajnas não sofra ainda mais solução de continuidade além da que já provocou. Vocês não fazem a mais remota ideia do prejuízo que já provocaram para vocês mesmos, para Brahma, para toda a descendência demo e dos seres clonados, e mesmo para os biológicos que, bem ou mal, tocam as suas vidas, enquanto vocês estão presos, estacionados e colecionando horrores a serem saldados no futuro. — Ó humano, como você é duro nas suas expressões para conosco… mas não poderíamos esperar mesmo nada de diferente. — concluiu Shiva voltando a atenção para os seus pares. — Ele está nos julgando mesmo! — pontuou Brahma. Fomos nós que pedimos… não podemos reclamar ainda que ele esteja errado. — ponderou Vishnu. — Mas vocês não podem aceitar isso… é uma questão de autoridade… vocês têm muito para cumprir e fazer através dos seus obedientes instrumentos dos nossos interesses. Eu já não posso, reconheço… — apontou um Brahma demonstrando enfado ou cansaço — era difícil definir o seu estado naquele momento. — Você mesmo aceitou, ó Brahma… foi você quem colocou como premissa de admissibilidade que eu e Vishnu fôssemos também julgados. — afirmou Shiva.

— Tem alguém manipulando os fatos aqui no meu palácio. Os eventos não eram para serem desdobrados dessa maneira. Vocês precisam fazer alguma coisa. Eu não sei mais o que fazer para subordinar o humano… e o digo abertamente porque não há mais o que ocultar. Sei que perdi no confronto… sei que perdi a aposta… mas os meus descendentes não se sentem vencidos e tão somente procuram aceitar a minha posição… É difícil dar continuidade a isso. O humano não se submete ainda que o enjaulemos em mais grilhões que lhe sufocam… e não podemos sufocá-lo além da conta… ele é frágil e nada faz para permanecer com o corpo… Não sei o que fazer… façam alguma coisa. — tornou a dizer Brahma me olhando furioso. Vishnu tornou a se expressar. — Ó demais senhores doadores da vida! Convido-lhes, agora, para que acordemos sobre a única opção que vislumbro como sendo a de, convenientemente, darmos continuidade ao que se encontra em curso, independente da nossa vontade, rumo a um cenário que não ousamos determinar. Não consigo atentar para outra alternativa, a não ser a de convidar-lhes para que encerremos esse nível operacional no qual temos abordado e decidido os eventos marcantes entre nós. Que a Lila cesse, que o modo como operamos deixe de vigorar, pois que, por constatação, estamos tomando consciência que o nível do que aqui abordamos não mais repercute nem em nós mesmos e muito menos no curso dos acontecimentos, sejam os daqui ou mesmo os do universo biológico. Estou me sentindo diferente por expressar essa ideia, a qual, até pouco tempo, jamais ousaria sobre ela pensar nesses termos. Mas, agora, ela me parece tão velha quanto óbvia, auto evidente, como se estivesse sempre residido na minha mente só que em lugar remoto, remotíssimo, pelo qual jamais o foco da minha consciência havia por ele passado. Soa-me desagradável, perturbador, mas o que este humano tem nos afirmado não me parece ser de todo estranho: é como se eu também soubesse disso… talvez… admito que a minha porção Adhyagia esteja realmente falando comigo através deste humano… é essencial que o escutemos.

11


Fomos nós que pedimos… não podemos reclamar ainda que ele esteja errado. — ponderou Vishnu. — Mas vocês não podem aceitar isso… é uma questão de autoridade… vocês têm muito para cumprir e fazer através dos seus obedientes instrumentos dos nossos interesses. Eu já não posso, reconheço… — apontou um Brahma demonstrando enfado ou cansaço — era difícil definir o seu estado naquele momento. — Você mesmo aceitou, ó Brahma… foi você quem colocou como premissa de admissibilidade que eu e Vishnu fôssemos também julgados. — afirmou Shiva. — Tem alguém manipulando os fatos aqui no meu palácio. Os eventos não eram para serem desdobrados dessa maneira. Vocês precisam fazer alguma coisa. Eu não sei mais o que fazer para subordinar o humano… e o digo abertamente porque não há mais o que ocultar. Sei que perdi no confronto… sei que perdi a aposta… mas os meus descendentes não se sentem vencidos e tão somente procuram aceitar a minha posição… É difícil dar continuidade a isso. O humano não se submete ainda que o enjaulemos em mais grilhões que lhe sufocam… e não podemos sufocá-lo além da conta… ele é frágil e nada faz para permanecer com o corpo… Não sei o que fazer… façam alguma coisa. — tornou a dizer Brahma me olhando furioso. Vishnu tornou a se expressar. — Ó demais senhores doadores da vida! Convido-lhes, agora, para que acordemos sobre a única opção que vislumbro como sendo a de, convenientemente, darmos continuidade ao que se encontra em curso, independente da nossa vontade, rumo a um cenário que não ousamos determinar. Não consigo atentar para outra alternativa, a não ser a de convidar-lhes para que encerremos esse nível operacional no qual temos abordado e decidido os eventos marcantes entre nós. Que a Lila cesse, que o modo como operamos deixe de vigorar, pois que, por constatação, estamos tomando consciência que o nível do que aqui abordamos não mais repercute nem em nós mesmos e muito menos no curso dos acontecimentos, sejam os daqui ou mesmo os do universo biológico.

A “Lila” vai ter que se modificar ou pelo menos mudar a maneira como age porque suas decisões, caso existam, doravante, não serão mais operacionalizadas. Estou me sentindo diferente por expressar essa ideia, a qual, até pouco tempo, jamais ousaria sobre ela pensar nesses termos. Mas, agora, ela me parece tão velha quanto óbvia, auto evidente, como se estivesse sempre residido na minha mente só que em lugar remoto, remotíssimo, pelo qual jamais o foco da minha consciência havia por ele passado. Soa-me desagradável, perturbador, mas o que este humano tem nos afirmado não me parece ser de todo estranho: é como se eu também soubesse disso… talvez… admito que a minha porção Adhyagia esteja realmente falando comigo através deste humano… é essencial que o escutemos. A “Lila” vai ter que se modificar ou pelo menos mudar a maneira como age porque suas decisões, caso existam, doravante, não serão mais operacionalizadas. Conforme posso avaliar, Vishnu ponderou muito bem sobre a questão. Você, ó Shiva, deverá ser substituído, não na sustentabilidade vibratória da mesma, pois isso decretaria o seu fim. O seu sistema deixará de ser operativo, mas na gestão e na centralização da força tamásica que, doravante, será feita pela sua expressão Adhynatha e, mais tarde, pela sua forma Hara, finalizadora da criação. A forma do dançarino cósmico Nataraja continua, pois é esta que mantém a entropia funcionando na criação proporcionando as transmutações na ordem da natureza universal até que esta venha a sucumbir. As “vidas curtas” que se verificam no universo biológico compensam as “vidas longas” deste universo demo, o que implica dizer que somos o “Retrato de Dorian Gray” dos “deuses falidos” — como no caso do romance de Oscar Wilde, a pessoa do personagem Dorian Gray não envelhecia porque era o seu retrato quem sofria o impacto das forças entrópicas. Vishnu de bronze SUL DA ÍNDIA, PERÍODO DE PALLAVA, SÉCULO VIII


— Se assim é, ó humano, devo me preparar para me auto realizar logo após este encontro, junto com as minhas demais expressões Adhyajnas que não mais exercerão função no futuro. Shiva fez um longo intervalo, mas era nítido que estava ainda concatenando o que diria em seguida.

N.t.a) “Não posso deixar de apontar texto abaixo de Friedrich Wilhelm Nietzsche. como ponto culminante aos desdobramentos posteriores, mencionado por Jan Val Ellam no momento em que estava diante da Trimurti sendo inquirido”. Penso eu.

— Observem, ó Brahma e Vishnu, se o humano estiver correto, esta pode ser uma das nossas últimas conversas, ou mesmo a última, por meio dessas personalidades Adhydaivas que ostentamos. Um silêncio perturbador se impôs após a observação de Shiva para, logo a seguir, “mais uma crise emocional demo” ter lugar nas palavras de Brahma. — Isso não pode ser verdade! Sempre fomos nós que a tudo decidimos ou encaminhamos para ver o resultado colhido, mas além de nós, ninguém tem poder para dar início a processos que possam influenciar os destinos da criação e os nossos. Não digo que o humano esteja conscientemente mentindo pois de nada lhe adianta um blefe. Ele não nos pode enganar. Ele pode e deve estar enganado. Não seria a primeira vez — afirmou Brahma. — Talvez não, ó Brahma, pois a estranheza sempre nos espreitou por meio dos olhos das criaturas que geramos. Fomos observados todo o tempo e talvez tenhamos, de nossa parte, esquecido de observar o que este humano se referiu como sendo a complexidade crescente na nossa obra. Quando essa raça de humanos surgiu na Terra, com características que fugiam ao nosso entendimento, esse aspecto sinalizou que nem todos os processos em curso na criação tiveram origem nas mentes que aqui ostentamos. Portanto, não é exato você afirmar que, além de nós três, ninguém tem poder para movimentar a criação no rumo do que para nós é desconhecido. Será que esse humano não representa exatamente essa plêiade que nos espreita e se movimenta nas sombras? — questionou Shiva. Todos permaneceram em silêncio.

Crepúsculo dos Ídolos — capítulo IX O valor do egoísmo — O Egoísmo tem tanto valor quanto aquele que o possui: pode valer bastante, e pode ser desvalioso e desprezível. Todo indivíduo deve ser examinado para se descobrir se representa a linha ascendente ou descendente da vida. Uma vez decidido isso, tem-se um cânone em relação ao valor do seu egoísmo. Se ele representa a linha ascendente, então o seu valor é, de fato, extraordinário — e, pelo bem da vida como um todo, que com ele dá um passo à frente, o cuidado para a sua preservação e para a criação das melhores condições para ele deve ser extremo. O indivíduo, o “sujeito”, tal como o povo e os filósofos até hoje o entenderam, é, de fato, um erro: nada é por si mesmo, não é um átomo, não é um “elo da corrente”, nada simplesmente herdado de outras eras — ele é toda a linhagem humana até ele próprio. Se ele representa o desenvolvimento descendente, o declínio, a degeneração crônica, as doenças (as doenças são , geralmente, a consequência da decadência, não a causa), então, ele tem pouco valor, e a decência básica requer dele que retire o mínimo possível daqueles que se saíram bem. Não é mais do que um parasita deles. 13


— Vejam bem, ó vocês três e demais seres que lhes são dependentes, as formas ascendentes são as expressões adhyajnas das suas consciências. As formas descendentes são estas, as adhydaivas que lhes marcam a face. Estas últimas são parasitas daquelas. Por isso que essas que são “parasitas”, que atrapalham as que estão ascendendo, precisam parar de operar pois estão atrapalhando o progresso das que podem progredir.

Considerações finais No livro “O Quarto Logos” fala do trabalho de três logos, que se esforçaram bastante, criaram a vida, organizaram a vida, puseram a vida para evoluir, mas, só conseguiram chegar até aqui. A evolução foi com base na crença, com base em pactos corruptos, com base em adequações de não conflito, mas ninguém se limpou, ninguém produziu nada limpo por isso o novo logos, o quarto logos agora vai “trabalhar” como? Não quer nada de poder, não quer mandar em ninguém, não quer impor nada, só quer semear conhecimento esclarecido “pra quem quiser dele se servir, pra quem quiser e puder dele se servir se tiver tirocínio vontades

Shiva Vishnu Brahma (Trimurti) Escultura em marmôre período desconhecido

alinhadas com princípios e propósitos nobres, é como uma espécie de banquete”. Somos o que há de melhor, o supra-sumo da criação, Friedrich Wilhelm Nietzsche nos deu de presente Além-homem, em que explica os passos através dos quais o homem pode se tornar um super-homem através da transvaloração de todos os valores do indivíduo, e de um processo contínuo de superação. Somos um dos dados jogado pela Lila, herdamos a terra, o resultado final de todo esse processo. O que virá depois cabe a nós o processo de ser a antítese do “último homem” de ser o “Crepúsculo dos Ídolos”.

“pra quem quiser e puder dele se servir se tiver tirocínio vontades alinhadas com princípios e propósitos nobres, é como uma espécie de banquete”


MANIFESTO Língua Portuguesa

DA

Texto: Rui Fonseca

N

o dia 5 de maio, a Língua Portuguesa iniciou um percurso novo que a deve levar numa Diáspora de humanidade a todos os cantos do mundo. A UNESCO tornou oficial que a partir de 05 de Maio de cada ano, se passará a celebrar o Dia Mundial da Língua Portuguesa. Deste modo, todos os países lusófonos têm mais um motivo de orgulho, pois veem reconhecida a sua Língua como patrimônio dialogante imprescindível para o mundo, assumindo, assim, cada vez mais, uma expressão global. Tendo em conta que a língua portuguesa é a mais falada do hemisfério Sul, e que foi através dela que se processou a primeira vaga de globalização, deixando marcos culturais nesses povos, pretende-se que o Português se torne rapidamente língua de trabalho da ONU, para além do Inglês, Francês, Chinês, Espanhol, Árabe e Russo. A Língua Portuguesa já tem mais de 805 anos, mas se fizermos a sua conexão à sua matriz primeira, o Galaico Durien-

se, então a sua extensão com a humanidade torna-se ainda maior, já que são inúmeros os povos que abraçaram a língua da Galiza como sua matriz expressiva. Se tivermos ainda em conta, como há muito venho a referir, a ideia de que a Humanidade começou a falar no Vale do Côa, em Foz Côa, Portugal, há cerca de 40 a 35 mil anos, momento em que começamos a falar e a libertar a mão, que usávamos para dialogar, para nos expressarmos artisticamente nas rochas de xisto, então, cada vez mais urge uma tomada de posição sobre esta conquista humana surgida no nosso campo genético. Como sabemos, nós falamos porque despoletou em nós o gene foxp2, que nos permite a comunicação e essa ferramenta surgiu no humano há cerca de 40 a 35 mil anos, o que coincide perfeitamente com o que tenho vindo a desenvolver em prol do aparecimento da linguagem humana no Vale do Côa, em Portugal. Sei que poucos me ouvem, pois não sou um nome falado vindo do estrangeiro, mas é tempo de assumirmos que nós somos tão bons ou melhores que os nossos irmãos de outros países.

15


Libertar a mão, que usávamos para dialogar, para nos expressarmos artisticamente nas rochas de xisto Vejamos como nos portamos neste estado caótico de Covid 19 em que fomos enaltecidos por todo o mundo. É tempo de finalmente valorizarmos os que são nossos, pois somos tão bons ou melhores que os outros, repito. Pretendo assim, a partir de hoje criar um Manifesto da Língua Portuguesa que a leve ao patamar maior do diálogo desta humanidade. Nós humanos somos o que falamos, e a língua é uma extensão expressiva do que somos, o desenvolvimento atuante do nosso cérebro que se vê pela forma como nos comportamos e, obviamente, pela maneira como nos expressamos/falamos. A língua Inglesa já não tem mais por onde se estender e o seu falhanço dialogante no mundo é cada vez mais categórico. Tendo em conta o Brexit, a Língua Inglesa tem de ser substituída de imediato por outra qualquer. Claro que tendo em conta os predicados referidos da Língua Portuguesa, penso que seria a mais indicada para assumir o controlo dialogante da União Europeia. Temos de ser fortes e acutilantes. Eu que não sou político, penso que é um vexame esta incapacidade de não termos tomado ainda uma posição nesta matéria. Espero que não demore muito. Tendo em conta o exposto, aqui fica, pela primeira vez, o Manifesto da Língua Portuguesa como língua construtora da Paz no Mundo.

Manifesto da Língua Portuguesa 1. A Língua Portuguesa e a sua cultura, originária do Vale do Côa, é a mais antiga forma de expressão e comunicação em larga escala do mundo, sendo, por isso, formativa e formadora de toda a Humanidade. 2. Como matriz expressiva moderna tem já 805 anos, tendo sido a Língua da globalização humana, onde todo o mundo ficou a olhar-se face a face, nessa expressão camoniana de que “Demos novos mundos ao Mundo”. Neste contexto, ficamos a saber que todos existíamos/ existimos. 3. Nós somos o que pensamos e isso vê-se na forma como nos expressamos. Tendo em conta o afastamento da Língua Inglesa da nossa Casa Comum, a Europa, impõe-se, o mais rápido possível, o assumir de uma nova Língua para a comunicação interna da União Europeia, e o Português tem todas as características para assumir essa tarefa. 4. Pretende-se que a Língua Portuguesa seja rapidamente oficializada como Língua de Trabalho da ONU e que de imediato seja reconhecida oficialmente como a Língua de Diálogo dos povos do mundo. 5. A humanidade necessita de construir a Paz no Mundo e o Português, pelas características de comunicação neuronal que apresenta, é a única Língua capaz de efetuar esta tarefa hercúlea. Esperemos que rapidamente o paradigma vigente seja finalmente alterado.


apoiadores ADILSON REANE ADILSON XAVIER LEITE DOS SANTOS ALEXANDRE UCHOA LOURENCO DA COSTA AMÉLIA CRISTINA HONORATO SILVA ANA BUENO FARIAS ANDRE ABREU BRAGA ANDRE SILVA ANTONIO AUGUSTO F CHAGAS ANTONIO CUNHA AUGUSTO MELO BRUNO CÉSAR SILVA CARLOS HENRIQUE FURTADO CLAUDEMIR GALVANI CLEUMARA MARTINS CLÁUDIA CHAVES CABRAL CLÁUDIA MEZALIRA CRISTIANO LIMA DANIEL F. ARAUJO DARCI DA SILVA FREITAS DENILDE REIS EDIANA MOREIRA GOSENDO EDIVALDO ANDRADE ALEXANDRE EDNA APARECIDA DE PAULA NAGAMINE EDNA FONSECA ELAINE OSTINI ELISABETE MOREIRA ELLEN MIRANDA EVANILDE R. SANCHES FABIAN LEAL NUNES FABIANE FONSECA FELIPE QUARTUCCI FERNANDO LOPES CAVALCANTE JUNIOR FERNANDO PAROLO FLÁVIA SILVEIRA ALMEIDA PERES FRANCINE L. FARIAS SOARES FRANCISCO DE OLIVEIRA BRAGA NETO GILBERTO JORGE VAZ BAR-

BOSA GUSTAVO VENTUROLI PINESE IBSEN DE GODOY ILZA FERRAZ DE SOUZA IRENE CORREA DOS ANJOS ISABEL CRISTINA APARECIDA DE MOURA IZZI CUNHA JILSON PERES JOBER NUNES DE FREITAS JOCIAN ANTHOR TORRES PINHEIRO JOÃO ALVES BEZERRA JOÃO BATISTA ALBINO JOSÉ CARLOS DO NASCIMENTO TEIXEIRA LAIS LIMA LEANDRO SANTOS LORI SCHMELING LUCIANE GALLO LUCIANO FREITAS MAIA LUCIANO HAEFFNER DE SALES LUIZ ANTONIO ROMANI LUIZ CARLOS ALBA LUÍS EUGÊNIO MENDONÇA MARCELO DE FARIA MARCIA JANUZZI MARCO AURÉLIO GONALVES SANTOS MARCOS DE OLIVEIRA FERRAZ MARIA EMILIA ALVAREZ DE FREITAS MARIA MATILDE PEDROSO MARIA SUELI SILVEIRA MARIA SUELY SOUZA LIMA MARLENE ELIAS LEITE MATHEUS PEREIRA DE JESUS MAURICIO CAMPOS MILTON RENATO SARAIVA BARRETO MIRIAM ARADO MIRIAN VAZ MÔNICA SENISE FERREIRA DE CAMARGO

MÁRCIA PRUDÊNCIO DA SILVA MÁRIO PICCININI NEIDE ANSELMO DE OLIVEIRA NOÉ MARTINS MACHADO FILHO PAULO ANDRÉ PEREIRA RAQUYEL BRAGA RAUF CESAR BANDEIRA DE ANDRADE REINALDO P. DE A. MELLO RENATO G. PIZARRO VIANNA RICARDO PINTO DE OLIVEIRA RICARDO SCAGLIUSI RICHARD REBELLATO JUNIOR ROSSANDRA MARIA ALENCAR SILVA SANDRA REGINA BARBOSA SANTIAGO ALONZO FILHO SILOEL SANTOS FERREIRA SILVIA BERNDORFER SILVIA MARIA COLAVITE PAPASSIDETO SIMONISKA DE FREITAS VIANNA SIMONE DERRAIK SOLANGE MATILDE SILVA SONIA MARIA DE LEMOS BRETAS LIMA SÉRGIO UEHARA SÉRVIO TLIO CAVALCANTI DA ROCHA SUELY PENHA RODRIGUES SYDNEI CLAUDIO THOMAZZI TERESINHA DE SOUSA CAVALCANTI TERLUCIA MARIA LIMA FERNANDES THIAGO FERNANDES DE JESUS VAGNER PASCHOAL DANTE VIVIANE TELES WALDO RODRIGUES DA SILVA WALTER DA SILVA WILMAR LIMA

muito obrigado . . .



Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.