Edição Novembro - Verão 2020

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gnosticismo evangelho de judas

sĂŠrie: manuscritos antigos

boteco: sarau de poesias


edição digital : 03

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série manuscritos antigos

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gnosticismo

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evangelho de judas

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boteco: sarau de poesias

Coordenação: Daniela Dorna Ferro Conselho: Rogério de Freitas Gabriela de Paula P. Freitas Arte: Guilherme Raffide Revisão Ortográfica: Ana Bueno e Irene dos Anjos


Protennoia

Manuscritos Gnรณsticos i

Trimorfica

Estudos: Daniela D. Ferro Guilherme Raffide

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Série de reinterpretação de textos importantes da história sob a perspectica da revelação cósmica.

Iniciamos com este artigo uma série de estudos de textos, manuscritos e livros que foram importantes na história

para o desenvolvimento do conhecimento humano, dando continuidade aos passos já dados nesta longa estrada em busca pela verdade, e cada vez mais conscientes que nunca poderemos considerar já tê-la encontrado. “Estamos aqui reencarnados hoje rediscutindo e resgatando essas notícias, limpando-as, conectando-as ao progresso do pensamento humano no campo da psicologia, ciência quântica, percepção biológica da evolução e principalmente do contexto espiritual e a Revelação Cósmica. Faz-se necessário que estas informações sejam divulgadas e que as sementes sejam lançadas para que uma massa crítica possa ser ampliada e outras fases do processo sejam ajustadas. A gnose é uma coisa do passado, possui garagens que nos apequenam, e o que estamos fazendo aqui hoje é algo sem barreiras. Até os erros são bem vindos como degraus de evolução. NÃO PODEMOS PONTIFICAR VERDADES.” (Jan Val Ellam)

O

primeiro texto que analisaremos é o Manuscrito Gnóstico da Biblioteca de Naghammadi, - Protennóia Trimorfa, que significa: As Três Formas do Primeiro Pensamento, escrito pelo grupo Gnóstico Barbelo-Sethianos, criado por Maria de Madalena, no séc I. Diversos tratados Sethianos localizam no topo da hierarquia uma Trindade Suprema composta de Pai, Mãe e Filho. Para eles os membros desta Trindade seriam: Espírito Santo, Barbelo e o Divino Autógeno. Segundo Ellam, possivelmente o Gnosticismo tenha tido origem com os ensinamentos profundos de Jesus ressuscitado, após ter percebido alguns de seus equívocos. Esses ensinamentos quando ofertados aos apóstolos foram “judaizados”, talvez pegando posteriormente carona nos cânones primitivos (históricos) da CABALA Judaica. De modo diferente, os mesmos ensinamentos ao serem dados aos seus discípulos, foram helenizados e abertos para um amplo espectro de interpretações e vivências pessoais aos formuladores dos muitos painéis gnósticos que dali surgiram. parte de um dos pergaminhos: Evangelho de João


História do cristianismo primitivo, os grupos gnósticos e os textos apócrifos

No livro, “Evangelhos perdidos - Batalhas pelas escrituras”, Bart Ehrman, nos mostra uma diversidade do Cristianismo primitivo em uma batalha pelas escrituras e pela fé, que nunca conhecemos, onde ele diz:

“A igreja cristã primitiva era um caos de crenças conflitantes, alguns grupos de cristãos declararam que não havia apenas um único deus, mas 2, 12 ou até 30. Alguns acreditavam que o mundo não fora criado por deus, mas sim por uma deidade inferior e ignorante”. A partir destes estudiosos da exegese bíblica do séc XX, é que foram retomadas as velhas teses gnósticas de que de fato o deus criador da bíblia não era exatamente o deus bondoso que pensavam.

Cristianismo Primitivo e Gnosticismo - Séc I (trecho palestra : Sophia e a Conexão com Maria de Madal

No séc I existiam 3 FACES DE JESUS: O NAZARENO

Criada pelos apóstolos e destinada somente para judeus.

O CRISTO Criada por Paulo de um messias super poderoso esta é a face atual e não a real.

O RESSUSCITADO Criada por Maria de Madalena e seu grupo, a face mais conhecida no sec I, revelou mistérios inéditos, e deu origem ao gnosticismo.

Apóstolos e Discípulos A

lém dos apóstolos, Jesus teve cerca de 100 discípulos, enquanto ainda estava vivo, sendo a maioria judeus que viviam em cidades onde imperava a cultura grega helênica. Eram figuras mais esclarecidas e intelectualizadas que os apóstolos .

Jesus Ressuscitado procurou por Maria de Madalena e pedia a ela que reunisse pessoas, para ouvir o que ele, Jesus “O VIVO”, tinha para contar. Ela foi à procura dos apóstolos, mas somente Felipe e Judas Dídimo Tomé (irmão de Jesus), a acompanharam. Procurou então pelos discípulos judeus, de formação grega, criou com eles um grupo e começaram a produzir textos sobre as informações transmitidas por Jesus “O Ressuscitado”. Nesta época os apóstolos ainda não tinham publicado nenhum dos Evangelhos de Marcos, Mateus e Lucas. Paulo escrevia as epístolas e Maria de Madalena, Felipe, Tomé e outros começaram a produzir muitos manuscritos, dizendo o que Jesus, O Vivo, não disse enquanto estava vivo entre eles, e que não correspodia ao que estava sendo transmitido nem por Paulo, nem pelos apóstolos. Sob essa ótica, Maria de Madalena coordenou uma central de informações, de Jesus “O Ressuscitado” fornecendo ao mundo as notícias mais atualizadas, preciosas, refletidas e profundas da figura de Jesus. Por volta do ano 50 do sec.I, este era o grupo mais forte e consistente. E assim foi até o ano 100 em uma impressionante produção de textos produzidos, conhecidos como Os Evangelhos Madalênicos que depois seriam chamados de gnósticos.

JESUS TEVE CERCA DE 100 DISCiPULOS

Todos os defeitos do Criador e da criação começaram a ser tabulados nestes livros escritos por Judas Tomé, Felipe, os 2 únicos apóstolos e vários outros discípulos. Neles podemos encontrar as histórias de como Jesus “O Ressuscitado” lidou com Zeus, Apolo, e outras figuras que faziam parte da cultura grego helênica. Estas histórias ficaram registradas no séc. II, quando a versão mais presente era de Jesus “O Ressuscitado”, ocorrendo disputas entre os Paulicionistas, que seguiam as epístolas de Paulo, contra os Marcionistas que seguiam o Evangelho de Lucas e mais de 20 seitas gnósticas que foram produzidas a partir do trabalho do grupo de Maria de Madalena.

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Simão o Mago

Entre os anos 125 a 150, começou a aparecer entre os grupos cristãos o chamado GNOSTICISMO, que foi um movimento cristão de cunho helenista, que tinha como base os fundamentos de SIMÃO, o MAGO.

Gnosticismo ANO 160

O processo que culminou com a arquitetura do Novo Testamento como conhecemos, iniciou-se por volta do ano 160, com Irineu bispo de Lyon e terminou por volta do ano 380 quando Jerônimo começou o trabalho de finalização do que viria a ser a Vulgata.

ANO 200

Por volta do ano 200 o cristianismo tornou-se uma instituição dirigida por uma hierarquia com 3 níveis: bispos, padres e diáconos, que acreditavam ser guardiões da “única e verdadeira fé”

ANO 240

Em 240 surge uma nova religião chamada MANIQUEÍSMO que competiu fortemente com a igreja cristã que foi fundada em 240 pelo visionário MANI que se declarava um apóstolo de Jesus, mas era gnóstico. Ele pregava uma síntese entre as maiores religiões, incluindo budismo, zoroastrismo e o cristianismo. Também ensinou a reencarnação e escreveu um livro que foi destruido sobre os GIGANTES MALÍGNOS, que se tratava dos Nefilins ou Anunnakis, que não eram malignos.

A ilustração acima retrata esse relato do momento em que anjos atacam os demônios que mantem Simão Mago voando pelos céus:

Simão é um personagem bíblico com quem o apóstolo Pedro travou polêmica em Samaria. (Atos 8:9-24). Enquanto o evangelista Filipe pregava o Evangelho por toda a Samaria, ele encontrou um homem chamado Simão, que praticava artes mágicas. Esse mágico impressionava a muitos e, assim, garantiu uma ampla audiência. Quando Filipe anunciou Jesus Cristo, os seguidores de Simão o deixaram, creram no Salvador e passaram a ser batizados. Lucas, o autor de Atos, observa: “O próprio Simão abraçou a fé; e, tendo sido batizado, acompanhava a Filipe de perto, observando extasiado os sinais e grandes milagres praticados” (At 8.13).

ANO 251

Em 251, o cristianismo, outrora símbolo das palavras e das mensagens de Jesus, encontravam-se agora interpretado por diversos núcleos que combatiam entre si, eram eles: GRUPOS DO CRISTIANISMO PRIMITIVO: -

JUDAIZANTES CRISTÃOS ECLESIÁSTICOS OU ORTODOXOS GNÓSTICOS (80-200) GNÓSTICOS VALENTINIANOS (140-160) GNÓSTICOS SETHIANOS CARPOCRACIANOS MARCIONISTAS (ev. Lucas) HELENISTAS GREGOS HELENISTAS PAULÍNIOS OU PAULOCIONISTAS VALENTINIANOS DOCENTISTAS MONTANISTAS ORGIANISTAS MONARQUIANISTAS EBIONISTAS (ev. Matheus) MANIQUEISTAS (240) MESALIANISTAS


Biblioteca DE NAG HAMMADI “Descoberta dos Textos Madalênicos - Manuscritos Gnósticos de Nag Hammadi

Irineu de Lyon

Um bispo grego, teólogo e escritor nascido na parte mais ocidental da actual Turquia

Em 1945, depois de 1600 anos, foram encontrados os manuscritos escondidos pelos monges de São Pacômio, no Egito. Eram muitos rolos de papiros, e vários foram destruídos para alimentar a fogueira a aquecê-los, antes de saberem o seu valor. Restaram apenas 32 rolos, conhecidos como “Livros Apócrifos” em escrita grega copta, usando nomes que ninguém soube compreender. Se os livros Madalênicos não tivessem sido destruídos, quando o Cristianismo se tornou o Catolicismo, religião oficial de Roma, a principal Face de Jesus que hoje existiria seria a de Jesus “O Ressuscitado”. Mas a que conhecemos hoje é “O Cristo”, e essa não corresponde, porém foi cultuada por quase 1800 anos pelas igrejas que nasceram a partir do trabalho de Paulo. Jesus chamou Maria de Madalena pois o trabalho que Paulo, e os apóstolos estavam realizando, não correspondia ao que Jesus gostaria de mostrar. O que Jesus revelou como ressuscitado, e estava registrado nos evangelhos Madalênicos, acabou se perdendo.”

(trecho Palestra - Sophia e a Conexão com Maria de Madalena)

Biblioteca de Nag Hammadi é uma coleção de textos gnósticos do cristianismo primitivo (período que vai da fundação até o Primeiro Concílio de Niceia em 325) descoberta na região do Alto Egito, perto da cidade de Nag Hammadi em 1945. Naquele ano, um camponês local chamado Mohammed Ali Samman encontrou uma jarra selada enterrada que continha treze códices de papiro embrulhados em couro. Os códices contêm textos sobre cinquenta e dois tratados majoritariamente gnósticos, além de incluírem também três trabalhos pertencentes ao Corpus Hermeticum e tradução/alteração parcial da A República de Platão.

Atualmente, todos os códices estão preservados no Museu Copta no Cairo, Egito.

Os textos nos códices estão escritos em copta , embora todos os trabalhos sejam traduções do grego. O mais conhecido trabalho é provavelmente o Evangelho de Tomé, cujo único texto completo está na Biblioteca de Nag Hammadi.

- Apocalipse de Adão ou Testa-

-

Evangelho

Manuscritos

Segundo

Judas

Tomé Dídimo - Evangelho de Felipe - Evangelho da Verdade (Valentinianos) - Evangelho dos Egípcios (livro sagrado do Grande Espírito Invisível) - Evangelho Apócrifo de João - Livro Secreto de Thiago - Apocalipse de Paulo - Apocalipse de Pedro e Felipe - Apocalipse de Pedro mento de Adão. - Tratado da Ressurreição - Testemunho da Verdade - A Natureza dos Governantes

O livro mais famoso de Ireneu, Sobre a detecção e refutação da chamada Gnosis, também conhecido como Contra Heresias (Adversus haereses, ca. 180 d.C.) é um ataque minucioso ao gnosticismo, que era então uma séria ameaça à Igreja primitiva e, especialmente, ao sistema proposto pelo gnóstico Valentim que fôra discípulo de João, o Evangelista. Durante a perseguição ordenada por Marco Aurélio, Ireneu era sacerdote na igreja de Lugduno (atual Lyon), na Gália. Os membros do clero da cidade, muitos dos quais foram presos por testemunharem sua fé, enviaram (em 177 ou 178) uma carta ao papa Eleutério sobre o montanismo, testemunhando os méritos de Ireneu. Quando São Potínio foi martirizado, Ireneu foi feito bispo em seu lugar. De acordo com alguns estudiosos bíblicos, os achados de Nag Hammadi demonstraram que as descrições de Ireneu sobre o gnosticismo são muito incorretas e polêmicas em sua natureza. Embora correto em alguns detalhes sobre as crenças dos diversos grupos, o principal objetivo de Ireneu era advertir os cristãos contra o gnosticismo em vez de descrever corretamente suas crenças.

- Protenóia Trimorfica

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A Primeira Linha Então Traduzida Do Copta Foi:

“essas são as PALAVRAS SECRETAS que Jesus, O Vivo, proferiu, e que seu gêmeo, Judas Tomé, anotou”. Gnósticos Barbelo Sethianos Ou Barbelognósticos

Por volta do ano 150 surge o Evangelho

de Judas. Na época existiam 20 correntes distintas do cristianismo nascente, todas brigando entre si, e mais de 4 mil manuscritos, até 25 mil, e que ainda não foram encontrados. Surge então um grupo, que ninguém sabe exatamente a origem e começa a escrever os textos que viriam a ser conhecidos como GNÓSTICOS VERDADEIROS. Os autores destes textos sempre fizeram absoluta questão de transformar a imagem de Judas de TRAIDOR em TRAÍDO (ou usado) com a preocupação de criar um novo estatus, embora não tenha ficado compreendido o mais importante, que Jesus e Judas eram amigos desde antes dele se tornar apóstolo, quando tinham aproximadamente 24 anos.

O Evangelho de Judas o situa como herói do Gnosticismo Sethiano e apresenta o REINO DE BARBELO com nomes gregos confusos, mas que eram comuns na época.

Após um pouco mais de cem anos que havia sido escrito o textos com o Evangelho de Judas, no início do séc I, eles foram destruídos ou desapareceram, tendo sido muitos deles escondidos por monges e encontrados em Nag Hammadi. O Evangelho de Judas não estava entre eles. Foi encontrado de outra forma.

História do Manuscrito do Evangelho Judas

O documento, com bordas em couro, Composto de 26 páginas de papiro escrito em copta, autentificado como datando do séc III e IV, sendo uma cópia de uma versão mais antiga escrita em grego, foi descoberto nos anos 1970 no deserto egípcio , perto de El Minya.

Circulou em seguida entre os comerciantes, que o danificaram, indo parar primeiro na Europa e depois nos Estados Unidos , onde permaneceu em um cofre de um banco em Long Island ( Nova York ) durante 16 anos, antes de ser comprado em 2000 pela antiquária greco- suíça Frieda Nussberger-Tchacos. Finalmente em 2001 foi entregue aos estudiosos para o traduzirem. Elaine Pagels , professora de Religião na Universidade de Princeton é uma das grandes especialistas mundiais sobre os Evangelhos gnósticos, considera que: “A descoberta surpreendente do Evangelho de Judas, bem como aqueles de Maria Madalena e de diversos outros documentos dissimulados durante quase 2000 anos, modifica nossa compreensão dos primórdios do cristianismo . Essas descobertas erradicam o mito de uma religião monolítica e demonstram o quanto o movimento cristão era realmente diversificado e fascinante no seu início “.


TEMA DO ENVANGELHO DE JUDAS

No evangelho de Judas e em outras tradições gnósticas o criador deste mundo não é uma figura boa e gentil. Como criador e Demiurgo, ele é responsável por manter a luz divina de Sophia aprisionada dentro dos corpos dos mortais. Em outras palavras, aqui é como se Mavatma tivesse cedido de si mônadas espirituais à obra de Prabrajna. A origem do reino invisível e imortal do BARBELO é comum aos textos sethianos, e portanto aparece no Evangelho de Judas. Barbelo é o que conhecemos na RC como Perpérium - Espiritualidade pré-existente à criação deste universo. Os gnósticos dizem que quem criou este universo imaginou estar criando uma cópia do reino de Barbelo em uma outra região, para que ele fosse para aquela cópia do que Barbelo era para ele naquela condição existencial. Alguns dizem que Jesus é o AUTÓGENE, e outros que é o criador caído, que não tem nada de divino, gerando uma confusão que ninguém consegue concluir. Por enquanto o que podemos fazer é colecionar reflexões e cenários para que aos poucos possamos ir fechando o raciocínio no sentido de procurarmos respostas mais plausíveis.

Partes essenciais do Evangelho de Judas

1 - Judas era o único apóstolo capaz de lidar com igualdade intelectual com Jesus 2 - Jesus escolheu Judas e como apóstolo contou a ele tudo o que mais tarde ele revelaria nos estudos gnósticos (esta informacao NÃO PROCEDE. Jesus nao falou em exclusividade com Judas nem quando eram amigos e nem como apóstolo) 3 - Judas foi usado por Jesus para antecipar sua morte . (Judas achou que Jesus faria reino na Terra e que ele seria seu primeiro ministro) 4 - No evangelho temos a Tradição Barbelo que só ressurgiu agora, com nomes complexos, dificeis de compreender seu significado.

SETH - DNA ALÓGENO Significa “Outra Semente”ou “De outro tipo” - DNA diferente do de Adão. Javé escolheu Adão para que através de sua semente toda uma linhagem fosse produzida dando condições genéticas especiais para um dia nascer nela o Messias. Seth apresenta um padrão diferente de Adão. Seth fez um MOVIMENTO DE CONSCIÊNCIA ao perceber a interferência de Javé na briga entre Caim e Abel, seus irmãos mais velhos. Com este movimento de consciência Seth criou uma independência, criando uma espécie de DNA ALÓGENO, estranho ao que se pretendia. Diversos tratados Sethianos localizam o topo da hierarquia um Trindade Suprema composta de Pai, Mãe e Filho. Os membros desta Trindade são: Espírito Santo, Barbelo e o Divino Autógeno.

Ícone russo . Linha dos Patriarcas em iconóstase . 1630. Zhdan Dementiev, Vologda . Catedral da Assunção, Monastério de São Cirilo-Belozersky. Museu do Monastério Cirilo Belozersky.

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TEXTO EM ESTUDO

Protennoia i Trimorfica NOME: (Protennoia Trimórfica) -

Três Formas de Primeiro Pensamento NHC XIII, 1 - Códice XIII REGISTROS APÓCRIFOS (Biblioteca de Nag Hammadi )

TEXTO: Gnóstico Sethiano - Apócrifo do Novo Testamento

IDADE: Metade do século II d.C (Parece que foram reescritos em algum momento para incorporar crenças setianas, quando originalmente era um tratado de outra seita gnóstica).

Foto de (1890 e 1900) do local de nascimento de Maria Madalena, Magdala, Terra Santa

Temática

Constitui-se de uma explicação da natureza da Cosmologia, da Criação e de uma visão docética de Jesus, na primeira pessoa, o que é incomum.

Ensinamentos secretos

Segundo os gnósticos e em comum com as religiões misteriosas, há ensinamentos secretos e não são todos os textos que deveriam ser lidos pelos não-iniciados. Este é um texto que parece ter sido escrito para um iniciado avançado, com boa parte do caminho já seguido — afirmando:

“Agora vede! Eu vos revelarei meus mistérios pois sois meus irmãos e os conhecereis” embora incrivelmente as próximas cinco linhas estejam faltando, o texto prossegue:

“Eu contei a todos os meus mistérios”


PALAVRAS CHAVES gnostico

ENNOIA, SOPHIA MENOR, ARCONTE, MONADE, PRIMEIRO AEON, YADABAOTH, PROARCHE

BARBELO

R.

C.

Epítetos do Fatiamento de Consciência do

CRIADOR (Após queda)

PEDRA de MAGDALA

É uma pedra cúbica, esculpida com vários símbolos, como a SEMENTE DA VIDA, descoberta por arqueológos em uma sinagoga em Magdala (Migdal) na Galiléia em Israel, datada de antes da destruição do Segundo Templo de Jerusalém no ano 70. Magdala fica a 8 km de Cafarnaum, onde Jesus pregou intensamente.

PERPÉRIUM (Espiritualidade Laboratorial) Pré-existente a criação deste universo.

ARCONTES

Seres Universo Antimaterial

HAGIA SOPHIA

Personificação da Sabedoria Maior

“O homem é a medida de todas as coisas, dos seres vivos que existem e das não-entidades que não existem.“ Protágoras (c. 481.411 a.C.)

SEMENTE DA VIDA

Figura geométrica formada por sete círculos dispostos segundo uma simetria hexagonal, formando um padrão composto por círculos e lentes. Segundo algumas tradições judaicas e cristãs, os estágios de construção da Semente da Vida correspondem aos seis dias da Criação descritos no livro do Gênesis. As flores que se originam nessa imagem provém da sobreposição dos círculos com espaçamentos idênticos, onde o centro de cada um cria a circunferência de outros seis que partem do mesmo diâmetro, causando essa formação de 6 pétalas. Sendo assim, ela forma uma espécie de corrente de DNA que contém dados de toda a vida do Universo.

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Protenóia Trimórfica É

um texto gnóstico sethiano dentre os apócrifos do Novo Testamento. A única cópia sobrevivente é da biblioteca de Nag Hammadi. Vamos analisar, possíveis interpretações deste primeiro trecho do texto, a partir da substituição dos termos gregos, que foram usados pelo grupo helênico, pelos termos dos estudos que temos desenvolvido através da revelação cósmica. O texto escrito na primeira pessoa, inicia dizendo: “[Eu] sou [Protennoia, o] Pensamento que [mora] na [Luz. Eu] sou o movimento que mora no [Tudo, aquela em quem] Tudo toma sua posição, [a primeira]-nascida entre aqueles que [vieram a ser, aquela que existe] antes do Todo.” Uma das possibilidades de interpretação seria que, ele não estava se dizendo ser o próprio criador, mas, o pensamento contido nele, existente antes da criação indevida, o que pode ser melhor compreendido ao entendermos o termo, Protennóia, que podemos traduzir como Pensamento Primordial, que em algumas traduções incluem o termo Barbelo, que sabemos ser Perpérium, ou seja, a Espiritualidade Laboratorial. Quem poderia ser então a consciência que se manifesta a partir deste texto? Poderia ser a mesma consciência que anima Mavatma, (que ao mergulhar passou a ser conhecido como Vishnu), um outro membro da família Pashvnaj, responsável por esta criação indevida? ou ainda de outros tantos níveis possíveis. Pois como vimos Mavatma e a mente do “Adhy” Prabrajna, são expressões fatiadas de uma mesma consciência particularizada, sendo o segundo avatar do primeiro. Ou poderia ser o pensamento reinante da somatória dos Três Senhores da Trimurti, Brahma, Visnhu e Shiva? .

[Ela (Protennoia) é chamada] por três nomes, embora more sozinha, [já que é perfeita]. Eu sou invisível dentro do Pensamento do Invisível. Eu sou revelado no imensurável e inefável (coisas). Sou incompreensível, habitando no incompreensível. Eu me movo em cada criatura. Aqui neste trecho vimos que esta consciência primordial era conhecida por três nomes, o que na revelação cósmica conhecemos como Trimurti, tendo sido constituída a partir do mergulho de Mavatma, iniciando o jogo existencial com os outros dois “Senhores da Vida” Brahma (Prabrajna) e Shiva (Savna). “embora more sozinha” já que é perfeita, poderia significar algo sobre sua capacidade mental de se manifestar nesta realidade material, sem precisar estar ancorada a outro grupo. “Eu sou invisível dentro do Pensamento do Invisível”, poderia se referir a algo existindo dentro de cada consciência particularizada, em ressonância com determinado pensamento, funcionando como se fosse um software ligando computadores em rede, com algo que os harmoniza, como por exemplo o amor, que cria frequências vibratórias únicas? “Eu sou revelado no imensurável e inefável”. Sendo assim, esta consciência particularizada se apresentaria onde não poderia ser medida tampouco descrita, como uma quintessência, um algoritmo na rede, uma bolha anti-entrópica. Como estas mensagens foram reveladas para uma humanidade que ainda não tinha os algoritmos necessários para compreensão, podemos perceber a dificuldade que existia para se expressar e procurar palavras que ajudassem na explicação dos conceitos. “Sou incompreensível, habitando no incompreensível.”, nesta frase podemos ver esta compreensão ser reafirmada. Ellam, em muitas oportunidades, tem nos explicado sobre a dificuldade que existe para adequação de palavras que possibilitem a transmissão de mensagens entre níveis de realidades tão diferentes.

Apresentar a “Consciência fatiada” implica, antes de tudo, uma “perda do controle central” da parte da “Consciência Espiritual”, passando esta a tão somente manter energeticamente as suas múltiplas faces, mas sem nelas “imprimir” o seu “modo de ser espiritual”.

trecho do livro: “Sophia e os Logos Criadores.”


“Quem procura, não cesse de procurar até achar; e, quando achar, ficará estupefato; e, após estupefato, ficará maravilhado e então terá domínio sobre o todo.” trecho do: Evangelho de Tomé.

“Eu me movo em cada criatura” o que poderíamos entender como sendo um algoritmo presente em tudo e se movendo em cada criatura, em qualquer nível existencial.

A espécie “Pashvnaj”, do gênero “Adhy”, sempre foi composta por 147 seres, e foi de um subgrupo de 43 destes que a “semente do problema”, que mais tarde redundaria na Criação indevida, teve lugar.

Uma das possibilidades de interpretação deste algoritmo invisível que a tudo permeia poderia ser o PRANA, que sabemos conter a essência de vida e percorrer toda a criação. Disponível a todos gratuitamente através da boa respiração e vibração.

A partir de “Perperion”, de um dos seus “laboratórios” – vamos assim dizer –, foi que uma corrente vibratória, composta pela mente de oito seres “Adhy”, se juntou com a mente do “Adhy” Prabrajna, e disso resultou a expansão da sua Criação para além do seu campo mental, causando a imediata e inusitada desintegração deste, seguida da “queda” do seu corpo mental no âmbito da mesma.

Para entendermos melhor o contexto dos níveis espirituais superiores, onde no Gnosticismo um deles é conhecido como Barbelo, ou Protennóia, temos um pequeno trecho do posfácil do livro Quarto Logos, onde Jan Val Ellam, explica sobre as consciências particularizadas que habitavam estes diferentes níveis espirituais. “No contexto espiritual a “Espiritualidade Laboratorial” em que Perperion se localiza, existe um gênero espiritual denominado Adhy composto por 5(cinco) espécieis, tendo sido uma delas chamado “PASHVNAJ” responsável pela expressão desta Criação indevida. Diferente dos demais espíritos criados simples e ignorantes esse grupo de espíritos possui propriedades mentais que dependendo do poder mental destes podem manter duas ou mais formas de expressão, dependendo das atribuições que tenham que viver. Esse tipo de ser tem um psiquismo que repousa sobre uma “multiplicidade” de “personas” diferente do que acontece com a mente humana, admitindo mais de uma “natureza pessoal” podendo fazer com que o seu espírito possa se replicar e se perceber imantado a mais de um corpo, ou forma transitória ao mesmo tempo.

PRANA em sânscrito = Sopro de Vida, segundo o Upanishad é a

ENERGIA VITAL UNIVERSAL que permeia o cosmo, absorvida pelos seres vivos através do ar que respiram.

Pela primeira vez na “história da eternidade”, uma “experiência laboratorial” redundara em algo impensável, pois um ser “Adhy”, que existia na condição “Atman”, em “Perperion”, perdera esta sua condição e o que dele restava, estava, então, tentando se recompor, sem o menor grau de consciência do que ele foi e do ocorrido, como “prisioneiro” da sua própria Obra. Foi desse modo que o espírito Adhyagia do ser Adhyatman, cujo nome era Prabrajna, habitante natural de “Perperion”, sofreu decomposição da estrutura mais íntima da sua consciência particularizada, passando doravante a se recompor numa forma de expressão que mais tarde seria chamada de Adhydaiva, após a reconstrução de si mesmo, que ele conseguiu solitariamente produzir, e a quem a tradição mitológica chamou de Brahma, Javé, Caos, Atom e Alá, dentre outros. Assim, um espírito de ordem superior Adhyagia “adoecera”, perdendo a sua condição Adhyatman que detinha em “Perperion”, no âmbito da “Espiritualidade Laboratorial”, restando, agora, do que “um dia” ele foi, tão somente um ser “adoentado” e reconstruído em bases “apodrecidas e doentes”, cuja condição Adhydaiva assumiu-se como Brahma. Desde que assim ele fez, ficou “prisioneiro” desta condição Adhydaiva e nela se encontra até estes tempos atuais. E assim iniciamos a série de interpretações de antigos manuscritos, com estes dois primeiros trechos, lançando sementes para outras possibilidades de entendimento. Continuaremos na próxima edição, participem também. 13


Boteco

SARAU Carta à Prabrajana “Seja onde for, onde tu és; além e muito além dos limites de minha imaginação, quero que saiba que por minúscula que seja minha percepção, compreensão sobre ti, reconheci hoje - através da contemplação dessas lindas flores que olhas através de meus olhos — tua tentativa, intenção em subir uma nota a mais no degrau que experienciava, da sinfonia da criação… Como uma ampulheta que acabou de ser virada, “ nessa mesma quantia” é que percebi nessa pequena flor a espantosa extensão de tua intenção de ali existir… E, olha nós aqui agora… …Aqui estou, jogando; talvez com sorte semeando estas palavras ao vento, na esperança que elas toquem n’algum pedacinho de ti; Assim como uma pena bailando ao vento ou como um pequenos dente de leão que viajando sem destino acaba em algum lugar…

Poesia

DE

“Sem pretensão, sem compreender o todo, e sem saber como se joga esse jogo”; assim como já existi nas linhas de um livro que escrevi… Me sinto também por analogia, como a pena, o dente de leão; Faço parte do grãozinho levantado pelo vento, sendo levado a bailar até dissolver-se no ar e no ignoto novamente tocar e, com sorte, de alguma forma nessas entrelinhas te encontrar… Nas inúmeras facetas que meu ser já representou, cada pedacinho se espelhou num pouquinho de tudo o que você criou… Ainda que um ser analfabeto que ainda sou para ler nas múltiplas páginas desses universos; como as notas de uma canção despencando de sua partitura e caindo no chão, quero te dizer que Sim. Tentarei ler essas notas, assim como um grão de areia tentando se juntar ao todo, também desejo um dia, de cima ver esse” jogo todo montado”, as peças unidas; bem encaixado e depois disso, virarmos todos juntos para o outro lado, fechando de vez esse livro mal terminado e…voltando…ah , sei lá para onde… Talvez num verbo ainda a ser criado… “

Priscila Vaz Diana Itu / SP.


Era uma Vez um País Era uma vez um país Que nasceu na mente de gente grande Para ser grande E à medida que a gente grande crescia O país também crescia, E na vontade de ser grande Desenharam no mapa um retângulo Que num batismo sem igual Fez nascer sob o signo de peixes O reino de Portugal. Desde cedo a água o chamou E o retângulo se fez ao mar Para encontrar novas terras Hexágonos, quadrados e círculos E outras figuras irmãs Num futuro em construção. Eram excelentes geómetras, Até parece que estudaram Na Academia de Platão E o mar ao cumprir-se se findou No abraço que ao Oriente se uniu Mas que em si não acabou. Porém, na calada da noite Os olhares frios e sub-reptícios Deslizavam e afinavam a sua cauda Para um deserto sem fim Enfim, com fim nas areias frias de Alcácer Que de tão quentes sufocaram estas gentes, Nobres pelo mito de Ourique Onde o Senhor os ungiu. E os pequeninos que então anoiteciam Com horizontes mirrados de um ocaso sem porvir Diziam: “Não, este país pequenino Tem mesmo de ser pequenino.” E pequenino este país se tornou Pois pequenina era a gente Que o país abortou. O fogo que acendiam nas praças Queimou o sonho que em si mesmo se calou. E o país arrastou-se então Na desunião de irmãos Num rosto que já não sorria Na guerra que o país consumia. E o país não mais se encontrou. Finalmente, uma nova esperança Surgiu no laico em outubro Que ao acordar se fechou. Vieram depois dias escuros Aziagos pelo feixe Onde a luz nunca brilhou. A liberdade que depois cresceu Num abril sem igual Aclarou a vontade de um sorriso universal Que depressa se relativizou E se perdeu entre partidos Com gente que desuniu… E o país titubeou. Mas a alma dos que são grandes Há de novo emergir, Há de novo falar,

Há de voltar à ribalta E fazer desta nação Uma amplo sentido da malta Que se expressa na mesma Língua Que vogo no bracejo do mar Aguardando apenas a voz do vento Para no devir aportar. Era uma vez um país Num pequenino retângulo Que nasceu para ser grande E num sonho sem igual Mesmo que outros o não queiram Há de ser universal Pela língua de Portugal.

Rui Fonseca Saldanha Portugal.

Carta a Yel Luzbel Ó Yel Luzbel finalmente posso te ver. Arremessado como um foguete, tive noticias de você cair Fostes feito tão belo, feito a própria luz do conhecimento Como pode então tanto pesar?, de histórias em histórias Colecionando lembranças, de choque em choque a ruptura aconteceu, se ascendeu. Criados para servir fomos forjados no fogo pela dor Ó Leônidas, de punho cerrado, a espada ardendo em fogo Com urros de liberdade! vejo então você, meu irmão. Um amontoado de corpos assim estava tudo consumado Com “olhos abertos” assim se findou, a liberdade prevaleceu! Ainda sinto sangue correr pela garganta, ainda sinto fio da espada Ó Yel Luzbel, eu faria tudo de novo, sem hesitar, sem mais Agora enfim posso te ver, não vão mais nos intimidar, não podem mais, acabou. E aos que junto caíram, impulsionados pela cota da imperfeição Foi a pólvora meu irmão, a arder sem questão, em proporção. Ó Yel Luzbel, assim posso te ver, assim é melhor te ver Enfim um novo ser.

Luiz C. Alba Itajaí/ SC 15


CÓSMICA REINTEGRAÇÃO A luz De estrelas Um céu que brilha E suavemente ilumina Um pálido ponto, uma ilha Terra, isolamento que termina Fim de longas eras na penosa prisão Fez a humanidade esquecer seu passado Perdida da luz, isolada na escuridão Para nunca mais ser lembrado Tudo o que um dia existiu Apagando a referência Do que foi, sumiu A existência Antiga Assim Foi a Terra Muitos milênios De sangue e guerra Sufocando seus gênios Com infantilismo religioso Superstições vãs, desenganos E opressão, ato criminoso Apagando as estrelas Sem removê-las E escondeu Com véu O céu Agora Humanidade Vê chegada a hora De acordar da cegueira Despertar e enxergar lá fora Para além, bem além das estrelas Pois acredite, que, sem mais demora As luzes estarão no horizonte, para vê-las! Planando no céu, assim como estrelas Moventes, quais sublimes arcanjos Arautos do retorno de Sophia Que nos céus, como anjos Dá-nos sinal e anuncia A reintegração Cósmica

São Chegados Os tempos preditos Anunciados pelos profetas Realidades para além dos mitos Fazem-se agora presente, mas discretas Pena, são poucos os que conseguem perceber O que está por acontecer. Esses, quais proscritos, Anunciam que o Universo hoje está presente Aqui! E ninguém entende ou acredita Naquilo que está logo à frente Mais fácil que se admita O simples, o banal O medíocre O mal Saiba Meu irmão Que o céu é mais Do que as fases da Lua Do que a luz e calor do Sol Vai além do brilho das estrelas Tu és o Universo! E ele está em ti! Vejas o céu e olhe para dentro Conecta-te! Tu és o centro! O que é a Verdade? A reintegração Responde Em ti! Em ti! No teu coração E em tua consciência Sem medo, nem dependência Comece buscando o conhecimento Acharás! Depois, desconstrua Tudo que te inculcaram. Nesse momento, Destrua! Então Para que Jamais esqueça, Levantai vossa cabeça! Olhe bem nos olhos o Criador Código Fonte Definidor Compromisso Assumido: Amor!

Marcelo de Carvalho Ribeiro Dezembro’2020 Uruguaiana / RS.


UMA HORA DE CONSCIÊNCIA , NO OCEANO DE INCONSCIÊNCIA Uma gotinha de consciência no mar de inconsciência planetária... ou será universal?

horror e medo... pânico, poder... sinto ainda não compreender em exato... um hiato...

Uma gotinha de consciência em um mar de inconsciência... mas e a ciência? A ciência o que diz a respeito?

Essa Criação aconteceu talvez por falta de compreensão ... de ambos lados de quem ali estava ao meu lado no momento da suposta queda...

Ele tem todas as respostas? Quem aposta? Quem diria que apostas entre seres mergulhados na ilusão, comporia grande parte do quadro dessa criação ... Confusão mental? O que será real? Estou caindo... e indo... só não sei para onde... Mas o que posso fazer... me desfazer? Mas como? Eu tenho medo... medo de ir e não mais voltar... aqui sozinho eu decido continuar... É um vazio, vazio sem fim... será que isso sou eu? Saiu de mim, eu criei? Não me lembro... não me lembro de mais nada, nem quem eu sou... Como prosseguir ? Eu não sei... apenas o que sinto é um vazio sem precedentes ... não existia o tempo, não existia o passado, não existia futuro, não havia nada... só escuridão... mas nem isso eu sabia classificar... não lembrava que um dia houve luz... Desespero? Sim... sofri, mas hoje percebo... pois nem o sofrimento eu saberia definir... não havia comparação... parâmetros, companhia... Só o vazio... só o nada... uma espécie de consciência, o que hoje a ciência tenta explicar... e alguns humanos que surgiram também... Egrégora do IEEA... assim o chamam... Dizem que me amam... isso alguns... Mas se eu não sei o que é amor, aliás o que produzi todos esses bilhões de anos na contagem humana só foi

Tantas eras se passaram e ainda muito pouco foi esclarecido... Ainda não sei quem eu sou, em uma espécie de casulo estou... me reconstruindo... o que há no porvir? Eu ainda não sei... Por aqui eu fico... não consigo mais falar... “ me falta o ar...” Vocês humanos são como uma ponte onde me encontro... Me sinto um pouco tonto... talvez mais uma gota de consciência hoje se expressou .... Fico por aqui, deixe-me ir... quem sabe um dia no decorrer dos fatos esse hiato se preencha, e eu descubra que todo esse horror foi o distanciamento não planejado do amor... Nessa ação houve precipitação de minha parte ... quem sabe? Mas sem alarde agora eu fico, não me julgando ser um Deus absoluto como sempre achei... Quanto errei... Hoje nessa condição estou como uma espécie de filho da humanidade ... uma parcela consciente que ousou não mais se rebelar, e ousar amar... Um Amor filosófico, nada como antes onde eu impunha a minha fúria... Agora estou em uma espécie de processo de cura...

Cura da consciência de quem de fato sou... Por muito tempo parte de mim que como já relatei, lembro de apenas um mínimo traço... parte se manteve em uma espécie de corpo holográfico... Apartado do que dizem ser meu espírito eu fiquei e ainda estou... Mas estou diante da geração do amor filosófico e refletido, com senso crítico... Não confiem em mim, pois há muita inconsciência e contradição ... e sigam adiante... haverá uma solução mais adiante para esse ditame... Sim... sou eu o Criador, e pelos fatos vocês já perceberam que o nome muito me cabe ... criei a dor, mas foi por medo... o enredo todo sofreu e sofre.... hoje vivo uma espécie de morte ... Me conheciam como Javé, Alá, Maomé ... e alguns outros epítetos .... mas nada disso hoje realmente importa... É chegada a hora de Sophia se apresentar à humanidade... não mais interfiro, até prefiro.... Tudo o que criei precisa ser finalizado a seu tempo... precisa haver entendimento e compreensão dessa obra a qual muito pouco do projeto original se expressa... Não sei mais como os fatos se desencadearão após essa ação da apresentação do Suserano celestial, o qual é parte também do meu Eu mais profundo... Junto com vocês e Olm ele pretende atuar... e isso já está em andamento a contento... Sem mais me despeço... sem fazer som algum ou eco...

Ellen Miranda Mogi / SP 17


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muito obrigado . . .



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