NUTRICIONISTAS E GASTRO
Doenรงas intestinais
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ATUALIZAÇÃO EM1 NUTRACÊUTICOS
DOENÇAS INTESTINAIS
Utilização do probióticos, prebióticos e fitoquímicos no tratamento de doenças inflamatórias intestinais.
Probióticos apresentam eficácia em doenças intestinais como a síndrome do intestino irritável6-8.
Simbióticos proporcionam aos pacientes melhora dos sintomas clínicos relacionados à doença de Chron5,8.
Fitoquímicos apresentam efeitos benéficos nas doenças intestinais, melhorando resposta clinica dos pacientes5.
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VisãoGeral Doenças inflamatórias intestinais1,2,3,4 As doenças inflamatórias intestinais (DIIs) compreendem a doença de Crohn (DC) e a colite ulcerativa (CU). Ambas são idiopáticas e se manifestam clinicamente com quadros que podem se estender por anos e décadas com diarreia de evolução prolongada e recidivante. Por outro lado, são doenças com algumas características fisiopatológicas e clínicas peculiares que as diferem tanto na evolução quanto na sensibilidade terapêutica, sendo, portanto, fundamental sua distinção durante acompanhamento médico. A doença de Crohn se caracteriza por uma inflamação em todas as camadas da parede do intestino, com lesões difusas ao longo do trato digestivo. Uma característica típica do Crohn é apresentar áreas de intestino saudável entre áreas inflamadas. A colite ulcerativa ataca somente o cólon e reto, poupando as outras regiões do trato digestivo. A lesão costuma ser contínua e acomete apenas a camada mais superficial da mucosa do intestino, levando à inflamação e formação de úlceras.
Neste paper apresentamos como foco principal a utilização do probióticos, prebióticos e fitoquímicos no tratamento de doenças inflamatórias intestinais. Para um tratamento eficaz, com melhores resultados na busca por qualidade de vida do paciente e diminuição de agravos da doença, é fundamental o entendimento da sua fisiopatologia por profissionais de saúde, para que saibam, junto aos familiares, guiar o portador de DII na melhor forma de conviver com a doença e otimizar os resultados do tratamento1.
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Relatos Científicos A administração de probióticos apresenta eficácia em doenças intestinais como a síndrome do intestino irritável, aliviando os sintomas e melhorando a qualidade de vida dos pacientes5,6,7,8.
Vários estudos apresentam evidências sobre a eficácia no uso de probióticos no tratamento de doenças intestinais, contribuindo para a digestão de nutrientes além de atuar como uma importante função barreira contra patógenos.
Probióticos
Atividade
Bifidobacterium bifidum
Lactobacillus plantarum
Bacillus coagulans8
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A administração de B. bifidum é segura e eficaz no alívio dos sintomas relacionados à síndrome do intestino irritável como desconforto, inchaço, urgências e desordens digestivas, além da melhorar a qualidade de vida dos pacientes. O tratamento com L. plantarum é eficaz no alívio dos sintomas abdominais em pacientes que apresentam síndrome do intestino irritável, particularmente na redução da severidade e da intensidade das dores e inchaço. Estudo demonstrou que a administração de B. coagulans, em pacientes com síndrome do intestino irritável com predominância de diarreia, reduz de forma significativa o número de evacuações diárias e a severidade dos sintomas relacionados à doença, melhorando a qualidade de vida desses indivíduos.
Estudo demonstrou que o consumo simbiótico de probióticos e prebióticos (Bifidobacteriumlongum + mix de inulina/oligofrutose melhora os sintomas clínicos em pacientes com doença de Chron ativa, observado pela melhora dos achados histológicos5,9; Outro estudo demonstrou que a associação do Bifidobacterium breve + FOS melhora os sintomas relacionados à colite ulcerativa, sendo este benefício observado através de análise endoscópica5,10.
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Relatos Científicos Fitoquímicos e doenças intestinais5 Os fitoquímicos são um grupo de compostos nutracêuticos derivados de plantas que possuem propriedades benéficas. Os benefícios de nutracêuticos ricos em polifenois e antioxidantes derivam de suas propriedades para reduzir os radicais livres, induzir respostas antiinflamatórias, mantendo uma regulação homeostática da microbiota intestinal. Os compostos fenólicos representam os metabólitos secundários das plantas mais amplamente distribuídos e vários estudos têm investigado os seus efeitos sobre a inflamação intestinal.
ESTUDOS RELACIONADOS Curcumina5
A utilização do Aloe vera mostra-se como alternativa fitoterápica bastante utilizada em doenças intestinais. Estudo demonstrou melhora significativa da resposta clínica de pacientes com colite ulcerativa após tratamento de quatro semanas com administração oral de gel de Aloe vera15.
Estudo com pacientes que apresentavam colite ulcerativa leve a moderada foram tratados com uma preparação contendo Billberry, fitoterápico rico em antocianina. Após 6 semanas de tratamento, a atividade endoscópica e histológica e os níveis de calprotectina fecal foram significativamente reduzidos. Além disso, observou-se redução significativa das citocinas próinflamatórias como IFN-y e TNF-α16.
A B. serrata é um fitoterápico com propriedades de preservação da barreira epitelial intestinal e da atenuação dos danos oxidativos e inflamatórios. Em pacientes com colite ulcerativa, estudo demonstrou melhora dos parâmetros clínicos após tratamento com Boswellia serrata17.
Aloe vera
Bilberry
Boswellia serrata
Estudos mostram que a curcumina é eficaz na remissão de doenças intestinais em pacientes11,12. Em pacientes com colite ulcerativa, a administração de curcumina proporcionou aos pacientes menor taxa de recaídas da doença, sendo eficaz também como terapia de manutenção13. Além da administração oral, a curcumina também mostrou-se eficaz também na formulação de enema14.
Estudo de revisão demonstrou que a administração de fitoquímicos como a curcumina, Aloe vera, Bilberry e B. serrata apresentam efeitos benefícios nas doenças intestinais, melhorando a resposta clínica dos pacientes e processos inflamatórios locais5.
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Fórmulas e Prescrição Cápsulas contendo L. plantarum
Suco Enriquecido Com Chá Verde Contendo Bifidobacterium bifidum B. bifidum 109UFC Suco base para probióticos 5 ml enriquecido com chá verde qsp
L. plantarum Excipiente para probióticos qsp
1010UFC 1 unidade
Administrar uma cápsula ao dia ou conforme orientação médica.
Administrar um sachê ao dia. Dissolver o conteúdo de um sachê em um copo de água ou leite frio e consumir após o preparo.
Cápsulas contendo B. coagulans
Cada dose = 5ml. A formulação é estável por seis semanas a 4°C. *Contém extrato de chá verde, utilizado para aumentar a estabilidade da formulação e viabilidade das colônias bacterianas2.
B. coagulans Excipiente para probióticos qsp
8x108UFC 1 unidade
Administrar uma cápsula ao dia ou conforme orientação médica.
Combinação deprobióticos e prebióticos para SII Cápsula com probióticos Sachê efervescente com prebióticos 11 B. longum 2x10 UFC Inulina 3g Excipiente para probióticos 1 unidade FOS 3g + qsp Excipiente para sachê 15g Administrar duas cápsulas ao dia ou conforme efervescente qsp orientação médica.
+
Cápsulas de Curcumina Curcumina Excipiente qsp
Administrar dois sachês ao dia ou conforme orientação médica.
Cápsulas contendoAloe vera 1g 1 unidade
Aloe vera 200:1
Administrar duas cápsulas ao dia, uma após o café da manhã e outra após o jantar ou conforme orientação médica.
Excipiente qsp
Chocolate com Bilberry
Cápsulas de B.serrata
Extrato de Bilberry Tablete de chocolate qsp
80-240mg 1 unidade
Ingerir um tablete de chocolate ao dia ou conforme orientação médica.
100150mg 1 unidade
Administrar duas cápsulas ao dia ou conforme orientação médica.
B. serrata Excipiente qsp
350mg 1 unidade
Administrar três cápsulas ao dia ou conforme orientação médica.
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Considerações Finais Possíveis origens da DII: Muitos especialistas acreditam que as doenças inflamatórias intestinais surgem da interação de quatro fatores fundamentais: 1. Ambiental: tabagismo, dieta, hábitos higiênicos; 2. Genético: existe uma ocorrência familiar e alguns genes já estão identificados como estando implicados nas DIIs; 3. Microbiano: resposta anormal do sistema imunológico contra a microbiota intestinal; 4. Imunológico: principal responsável pelo desenvolvimento da inflamação.
Referências Clínicas 1. 2. 3. 4. 5. 6. 7. 8. 9.
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Doutor, este paper foi elaborado utilizando pesquisas científicas sem conflito de interesses, com informações pontualmente referenciadas e facilmente rastreáveis. Todas as referências bibliográficas apresentadas atendem ao padrão ABNT e todo conteúdo atende às especificações da RDC 96/2009 | ANVISA. Informações seguras, fidedignas e confiáveis. Pesquisado, diagramado e concebido por Pharmaceutical Consultoria – www.pharmaceutical.com.br – 48. 3234-7247
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