REVOLVE - Fashion Magazine

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REVOLVE

edição nº1 | fevereiro de 2021 | 6,50€


EVE’S TOUCH

SHOP ONLINE AT STENDHAL.COM


No editoral desta edição: Maja Salamon com styling de Joseph Mayne. Fotografia por Paulina Wesolowska. (editorial pág. 10-15)

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edição nº1 | fevereiro de 2021

oh, hey there! Bem-vindo à primeira edição da Revolve.

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A CAPA

Primeira edição (fevereiro de 2021).

10 EDITORIAL Por Paulina Wesolowska, com Maja Salamon.

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THE BRANDS OF THE FUTURE A marca de moda feminina Stendhal e o seu papel no mundo pós-pandemia.

17 COULD CRISIS RE-ENERGISE FASHION? Artigo de opinião por Michael Coady.

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RE-ENERGISED THE BRANDS OF THE FUTURE AND THE INDUSTRY POST-PANDEMIC

Capa desta edição. Editorial de Paulina Wesolowska com Maja Salamon. Ilustração de Ana Catarina Dias.

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edição nº1 | fevereiro de 2021

the brands of the

future

POR Joana Sá Pinto A Stendhal nasceu das mãos de três licenciadas em Marketing e apaixonadas por moda. O desejo de ocupar um lugar numa lacuna do mercado fez com nascesse a exclusiva Stendhal. Oferecer exclusividade, pertença, qualidade, sustentabilidade, sofisticação e autenticidade reflete a ambição da marca, numa indústria cada vez mais saturada de fast-fashion.

“O SEGREDO FOI FOCARMO-NOS NESSA LACUNA DO MERCADO” Com produtos de um design único e replicado apenas em seis peças por tudo o mundo, a Stendhal lançou-se no segundo trimestre do ano passado, garantindo um sucesso inesperado pela indústria em plena pandemia. “Acreditamos que o segredo foi realmente focarmo-nos nessa lacuna do mercado, ou seja o nosso públicoalvo.que o segredo foi realmente focarmo-nos nessa lacuna do mercado, ou seja, o nosso públicoalvo.”, afirma Rita Coelho, uma das fundadoras. “Mais do que entendermos sobre tendências e preferências que nos levassem ao design perfeito, queriamos apostar

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no conhecimento que temos, enquanto marca, de todos os que nos seguem.”, completa. “Os apaixonados pela moda estão fartos da mesma oferta de mercado e procuram cada vez uma marca que os represente, tanto na roupa que vestem, como nos valores que defendem e conseguimos que a Stendhal passasse essa mensagem logo no seu lançamento.”, acrescenta Inês de Carvalho, cofundadora. De facto, a aposta em coleções fortes, vincadas nos tecidos nobres, na transparência dos seus processos e em toda a sustentabilidade projetada que o mundo efetivamente precisa, fizeram com que a marca se destaca-se pelo seu diferencial de apenas oferecer seis exemplares de cada design. A pandemia condenou consumidores ao confinamento e à procura por uma razão de ser forte e vincada. As marcas de moda (assim como tantas outras) reinventaram-se e esperam aumentar o engagement da sua comunicação nas plataformas online em cerca de 40% na crise pós-pandémica. Daí a aposta de algo único, irrepetível e que ofereça um sentimento de pertença difícil de encontrar numa ida a um centro comercial comum.

“O DESEJO DE TER UMA PEÇA STENDHAL É CADA VEZ MAIS FORTE”


Por oferecer tal autenticidade e qualidade a preço de “luxo acessível”, a marca ganha cada vez mais adeptos e promete “o desejo de ter uma peça Stendhal é cada vez mais forte”. O estilo das peças poderá classificar-se entre o equilíbrio do contemporâneo e do clássico, inspirado no imaginário de cada mulher. Destacam-se pelos detalhes clássicos feitos à mão como folhos, plissados e tranparências e pelas suas texturas decadentes, mas também reconfortantes como a seda, o cetim e o veludo.

“É UMA MARCA DOS QUE ARRISCAM FUGIR AO BANAL” A Stendhal posiciona-se como uma marca que representa um estilo de vida autêntico, em busca da novidade, do exclusivo e do sentimento de pertença. Catarina Dias, outra das fundadoras admite “(...) é de todos os apaixonados pela moda, mas mais dos que arriscam fugir ao banal. Dos que apostam na qualidade e não descuram a sustentabilidade”. Autodefinida como top of mind no luxo exclusivo, no packaging personalizado e no relacionamento forte com um número limitado de clientes compradores e um vasto número de clientes admiradores, a marca garante estar focada no futuro e no seu papel para combater o estigma de fazer parte de uma das indústrias mais poluentes do mundo.

Editorial da coleção de lançamento da marca.

Esse foco no futuro foi o mote para o lançamento da marca, onde o principal objetivo (para além de dar a conhecer a marca) era informar e educar o seu público a consumir moda de forma consciente e sustentável. O mote escolhido para o lançamento foi “Choose sustainability. Choose Stendhal.” Para os próximos anos de Stendhal, as fundadoras esperam um crescimento gradual da marca e desejam que tanto consumidores como admiradores se sintam parte do estilo de vida Stendhal (único, autêntico e sustentável).

English version

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edição nº1 | fevereiro de 2021

RE-ENERGISED THE BRANDS OF THE FUTURE AND THE INDUSTRY POST-PANDEMIC

Uma nova energia. As marcas do futuro e a indústria no pós-pandemia. O papel das marcas de moda enquanto agentes impulsionadores na construção da nossa personalidade. O papel ativo da indústria como motor para a revolução em prol da sustentabilidade.

EDITORIAL

FOTOGRAFIA POR PAULINA WESOLOWSKA. STYLING DE JOSEPH MAYNE.

English version

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Modelo: Maja Salamon Casaco, H&M. Sweater, GUCCI. Calças, H&M. Sapatos, GUCCI. Chapéu, GUCCI


Modelo: Maja Salamon Trenchcoat, GUCCI. Camisa, H&M.


Modelo: Maja Salamon Sweater, GUCCI. Calรงas, GUCCI. Botas, FENDI. Cinto, H&M.


Modelo: Maja Salamon. Sweater, GUCCI. Brincos, H&M. Na pรกgina ao lado, Casaco, GUCCI. Brincos, H&M.



ARTIGO DE OPINIÃO


Could Crisis Re-Energise Fashion? It Happened in the 1970s. Turbulence and trauma gave rise to Yves Saint Laurent, Giorgio Armani, Karl Lagerfeld, Gianni Versace and more. by Michael Coady

ashion designers gave up their roles as style leaders of society a decade or more ago. Could Covid-19 and the resulting social upheaval be the catalyst that energises the next generation of talent, ending a tired and painfully boring period in fashion? The fashion explosion of the 1970s suggests it could. After a turbulent and traumatic 1960s, the American and European youth of the 1970s established new values and beliefs, resulting in dramatic cultural changes and new personal freedoms. The birth control pill drove the most profound shift of all, becoming a symbol of the sexual revolution and Women’s Liberation. It was also when gay designers, who for the most part worked in the back rooms of fashion companies, developed their own brands. The gay

subculture seized the new cultural freedoms of the time and breathed new life into a tired and struggling industry with several decades worth of brilliant, wonderful clothes. Indeed, this period produced some of the greatest designers the fashion industry had ever seen: Yves Saint Laurent, Giorgio Armani, Karl Lagerfeld, Gianni Versace, Halston, Calvin Klein, Ralph Lauren, Donna Karan and a dozen more. Most of these designers and their business partners built huge businesses, some becoming billionaires. But crucially they designed what they wanted, and since they owned their companies, they always had the final say. Back then, fashion was all about style creating the persona you wanted to show the world. The more attention you received the better. A star was born with every collection. That was the motive of the designer. Today, a tie-dye sweatshirt retailing for over $200 is news. But as the great designers of the ‘70s die off, retire or simply produce another monotonous collection of their now standard fare, the field for new fashion ideas is wide open. Too many legacy brands, now staffed with second and third tier designers, are creating lines once again from the back rooms. These designers report to CEOs, who, if they’re lucky, at least have a marketing background. But their strategies are informed by customer research, not creativity, and this dictates much of the direction designers must pursue. Meanwhile, they believe social media will rescue an uninspired industry. The contrast is clear: in the ‘70s, big fashion businesses were run from the

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inside out; today they are driven from the outside in.

“Fashion today isn’t fashion. If it were the food industry, it would be junk food.” These principals have worked to a degree, turning major fashion brands into multi-billiondollar behemoths. But giving the customer what they want rather than inspiring the customer with new great fashion ideas has its limits. Many if not most people do not have the taste to know what fashions are best for them. Fashion today isn’t fashion. If it were the food industry, it would be junk food. But in fashion, marketing only works in the long term if what you are selling is new, creative and is about the best of the world we are going to be inhabiting. And with the designer world boring itself to death with marketing, the fashion media is rushing right alongside it. Once powerhouse fashion magazines have lost most of their clout, starting with when they began favouring big advertisers in their editorial content. Now, social media has planted the final stake in their hearts. There is a complete lack of really great fashion editors in the media today. Many of the top editors-in-chief at the fashion glossies are really advertising and circulation executives with just enough taste to make their magazines and websites look attractive. Meanwhile, newspaper columnists have lost their bite.

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The economic crisis and social upheaval caused by the pandemic could set the stage for new elements to emerge. The breakthroughs may not look like past fashion revolutions, and may well come with platforms for greater dialogue with customers. But to seize the opportunity, designers will need to take the reins from the marketers once again, and design marketing into (not on top of) their lines.

The fashion world has gone dark; it is time to turn the lights back on.

Portuguese version


CHOOSE SUSTAINABILITY. CHOOSE STENDHAL.

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TO BE CONTINUED...


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