COMÉRCIO Conjuntura do
Ano X – Nº 111 – Julho 2015
Corrida para o futuro Fortaleza está na disputa pelo hub da TAM. O empreendimento, um incremento histórico para o setor de turismo, serviço e comércio, representa investimento de R$ 4 bilhões e deve gerar cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos
Palavra do Presidente Nesta Edição 04
Aconteceu na CDL
05
Articulação
06
CRC
07
federação
08
CDL Jovem
09
FACULDADE CDL
10
Sustentabilidade e Varejo
12
SPC Brasil
14
CAPA
16
MATÉRIA ESPECIAL
19
PERSPECTIVAS DO COMÉRCIO
20
ECONOMIA E MERCADO
22
tENDÊNCIAS NO VAREJO
24
COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
A Fortaleza que queremos
CRC-CE: você conhece?
Quixeramobim: festejos movimentam o comércio
Mais incentivos, menos impostos
Novos cursos
Pensando no futuro, lucrando no presente
Analisar para vender
Hub da TAM
Dia do Comerciante
Preço baixo todo dia (para sempre...)
Política de juros: remédio amargo sim, mas na dose certa
Das telas para as prateleiras
Cliente ou fã?
25
LIDERANÇA E GESTÃO
26
ALFE
A crise? Tem certeza ou é falta de estratégia?
Visita técnica à M. Dias Branco
E xp e d ie n t e
PARABÉNS, COMERCIANTES!
O
mês de julho apresenta boas novas: a temporada turística em nossa cidade, quando Fortaleza espera receber mais de 1 milhão de visitantes nas férias. O aquecimento do setor se deve, sobretudo, ao empenho dos governos locais, que reforçam o potencial turístico cearense nos circuitos nacional e internacional, divulgando os atrativos do Ceará. Também no mês de julho será injetado um aporte de R$ 400 milhões na economia cearense, referente à 1ª parcela do 13º salário dos funcionários estaduais, o que animará ainda mais o comércio. Além disso, é ainda o início do segundo semestre do ano, período tradicionalmente mais aguardado pelo comércio por conta das datas comemorativas. Ou seja, uma oportunidade para recuperação das vendas que andaram em baixa no início do ano. Em junho, o governador Camilo Santana reuniu empresários, políticos e sociedade civil numa mobilização em prol da vinda de um centro de conexões de voos (hub) da TAM para Fortaleza. Se vier para o Ceará, o hub trará vários benefícios. Entre eles, o acréscimo de voos nacionais e internacionais, um investimento estimado em R$ 4 bilhões e cerca de 10 mil novos empregos diretos e indiretos. Portanto, um incremento histórico para o turismo cearense, comércio e setor de serviços. Também em junho, o prefeito Roberto Cláudio apresentou na CDL o “Projeto Fortaleza 2040”, que tem por objetivo planejar o futuro da cidade de maneira a torná-la mais justa, próspera, acolhedora e sustentável. É fundamental que nós, varejistas, nos envolvamos no desenvolvimento desse plano. Para finalizar: neste mês celebra-se o Dia do Comerciante, momento no qual a Federação das CDLs do Ceará e a CDL de Fortaleza homenageiam lideranças políticas e empresariais que fazem dos seus ideais a luta diária para o engrandecimento do País. Neste ano, o Troféu Clóvis Rolim será outorgado ao Secretário de Ensino Superior do MEC, o professor cearense Jesualdo Pereira Farias, em reconhecimento ao seu empenho no desenvolvimento da educação e, consequentemente, na formação de cidadãos. Severino Neto presidente@cdlfor.com.br
Rua 25 de Março, 882 – Centro – CEP 60060-120 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3464.5572 – www.cdlfor.com.br
Conjuntura do Comércio é uma publicação mensal editada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza. Presidente: Severino Ramalho Neto | 1° vice-presidente: Francisco Deusmar de Queirós | 2° vice-presidente: Pio Rodrigues Neto | Diagramação: Antonio Henrique Silva Lima | Wanglêdson Costa | Produção textual: Daniele de Andrade | Gizelle Andrade | Jornalista responsável: Dégagé Assessoria | Tiragem: 10.000 exemplares | Distribuição: Gratuita | Impressão: Gráfica 3 Irmãos | Sugestões e comentários: silvia.freitas@cdlfor.com.br Nossa Missão: Coordenar a integração e o desenvolvimento sustentável do comércio de Fortaleza, preservando os interesses coletivos, a responsabilidade socioambiental e os princípios do associativismo. juLho 2015 | Conjuntura do Comércio
03
MOVIMENTO | Aconteceu na CDL
CDL Móvel: 40ª edição é realizada
D
os dias 15 a 19 de junho, a EEFM Monsenhor Dourado, no bairro Padre Andrade, recebeu a 40ª edição da CDL Móvel. Com o objetivo de qualificar os profissionais do comércio, foram oferecidos, pela Faculdade CDL, oito cursos. Entre eles: Controle de estoque, Controle financeiro para pequenas empresas, Liderando equipes eficazes e Como controlar as finanças pessoais. Na ocasião, também foram disponibilizados aos alunos e à comunidade local serviços gratuitos - consulta ao SPC e inscrição no Cadastro Positivo - e palestras sobre “Educação Financeira” (Projeto Meu Bolso Feliz), Cidadania Fiscal (Sefaz)
e “Uso Racional da Água” (Cagece). Foi realizada ainda a Gincana “Salve o Planeta”, na qual os estudantes da escola coletaram cerca de meia tonelada de papel, papelão e garrafas pets. O vencedor foi Diego Oliveira Gualberto
da Silva, que arrecadou 206 kg de recicláveis. O aluno ganhou um smartphone como prêmio. A próxima CDL Móvel acontecerá em setembro. Acompanhe mais informações nas redes sociais e no site www.cdlfor.com.br.
Conheça seu dinheiro! Este foi o tema do Ciclo de Palestras realizado no último dia 18 de junho. O palestrante foi o servidor do Banco Central do Brasil, Cristiano Mendes, que abordou os elementos de segurança das cédulas do Real. O objetivo: alertar comerciantes e consumidores sobre a falsificação e como reconhecer uma nota falsa. O evento arrecadou alimentos não perecíveis que foram doados à Casa de Nazaré, instituição que cuida de idosos. O próximo Ciclo de Palestras será realizado no dia 18 de agosto. O tema “Marketing e Sustentabilidade no Varejo” será abor-
04
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
dado pela administradora, mestre e doutora em Administração com concentração em Marketing, Cláu-
dia Buhamra. Mais informações, acesse www.cdlfor.com.br ou ligue (85) 3433.3012/3013.
MOVIMENTO | Articulação
A Fortaleza que queremos Projeto “Fortaleza 2040” é apresentado na CDL
O
s presidentes Severino Neto (CDL de Fortaleza), Honório Pinheiro (CNDL) e Freitas Cordeiro (FCDL-CE) participaram, no último dia 19 de junho, da apresentação do Projeto Fortaleza 2040. O encontro aconteceu no auditório Gervásio Pegado, na CDL. Estavam presentes: o prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, o senador Inácio Arruda, além de representantes de entidades de classe e instituições públicas. O “Fortaleza 2040” tem por objetivo planejar o futuro da cidade de maneira a torná-la mais justa, próspera, acolhedora e sustentável, preparando-a para os grandes desafios das próximas décadas. O plano é uma iniciativa da Prefeitura de Fortaleza, desenvolvida por meio do Instituto de Planejamento de Fortaleza (Iplanfor), com apoio da Fundação Cearense de Pesquisa e Cultura/UFC. Por ser um plano de longo prazo, com foco na melhoria da cidade, o diálogo com a sociedade é essencial na elaboração compartilhada do projeto. E isso acontecerá a par-
tir da constituição de diversificados grupos de interesse, seguindo uma dinâmica de construção participativa e pactuada. Responsável pelo gerenciamento do projeto, o superintendente do Iplanfor, Eudoro Santana, esclareceu sobre a atual etapa da ação. “Essa é a terceira grande reunião. Nós já fizemos atividades com o núcleo dos territórios com todos os bairros, o núcleo temático com todas as instituições, universidades, entre outros espaços. Agora, estamos fazendo o das políticas públicas, com o objetivo de articular o trabalho voltado para educação, saúde, mobilidade e meio ambiente, no nível municipal, estadual e federal”, conta. Presente no evento, o presidente da CDL, Severino Neto, fez uma de-
claração sobre a importância do envolvimento do setor no desenvolvimento do projeto. “Para nós, é muito importante o momento e a participação pelo aporte comercial da cidade. Fortaleza tem um grande desenvolvimento no setor do comércio, então, o diálogo como segmento se torna fundamental”, conclui. juLho 2015 | Conjuntura do Comércio
05
DIÁLOGOS | CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE
CRC-CE: você conhece? Por Clara Germana
O
Conselho Regional de Contabilidade do Ceará (CRC-CE) é uma autarquia federal fundada em maio de 1946. Reúne mais de 23 mil profissionais, entre contadores e técnicos em contabilidade, e 1.300 organizações contábeis registradas em todo o Ceará. Possui, ainda, 32 delegacias distribuídas pelo Estado, e tem por objetivo representar o CRCCE em toda a região. A instituição é responsável pelo registro profissional de pessoa física e/ou pessoa jurídica, pela fiscalização do exercício da profissão e pela promoção da educação continuada da classe contábil cearense. Além disso, busca promover a valorização da ciência contábil, desenvolvendo diversos segmentos que a utilizam ou são beneficiados por ela. Tem ainda como objetivo reposicionar a área contábil, mostrando à sociedade e aos profissionais a sua importância em diversas
06
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
instâncias, tais como aquelas ligadas à cidadania, ao mundo empresarial, aos governos e ao terceiro setor - e igualmente enaltecer sua utilidade nos diversos casos em que é aplicada. O CRC-CE empreende diversas linhas de atuação, como a emissão de Decore Declaração Comprobatória de Percepção de Rendimentos -, que é um documento emitido, exclusivamente, pelo profissional da contabilidade em favor de pessoas físicas para comprovação de rendimentos. Tal documento, quando emitido, nos torna corresponsáveis pelas informações ali presentes, as quais deverão ser conciliadas com outras, já arquivadas. O Conselho igualmente realiza diálogos com os empresários em torno do uso da contabilidade, mostrando as vantagens que sua correta aplicação proporciona. Aliás, a orientação para a contratação de serviços contábeis também é algo que deve ser visto pelo empresário e pela sociedade, pois a obrigatoriedade de ter
registro para estar à frente do negócio do cliente é imprescindível, haja vista que o registro habilita o profissional a ter competência de exercer sua profissão, bem como o CRC-CE de fiscalizar as atribuições feitas por ele. A entidade também oferece capacitação aos profissionais. No ano de 2014, foram mais de 190 cursos realizados, pois entendemos que quanto maior o conhecimento e sua capacitação, melhor serão os resultados perante o cliente e a sociedade. Enfim, devemos esclarecer a real função da contabilidade, que não é somente emissão de impostos. Nessa perspectiva, o objetivo é apresentar os benefícios que a ciência contábil pode gerar para o negócio das pessoas, ajudando a estabelecer uma verdadeira e positiva relação de parceria. Clara Germana Gonçalves Rocha é presidente do CRC-CE conselho@crc-ce.org.br
MOVIMENTO | federação
Quixeramobim: festejos movimentam o comércio A previsão é de que as comemorações gerem um incremento de 10% na economia
F
esta de Santo Antônio e da cidade, Festival do Leite (FestLeite) e Feira de Negócios de Quixeramobim (FAICQ). Estes são os eventos que constam no calendário do município e que devem movimentar o comércio neste segundo semestre. As festividades iniciaram no final de maio e seguem até agosto. A primeira é a Festa de Santo Antônio, que começou no último dia 30 de junho e é considerada a segunda maior do Estado. De acordo com o presidente da CDL de Quixeramobim, Pedro Maia, o centro fica bastante movimentado nesse período, gerando um incremento de 10% na economia. “No município existem dois centros de comércio. Durante os dias do evento, além das lojas, as ruas enchem de barracas. Os setores que mais lucram são os de alimentação, vestuário, calçados e hotelaria”, afirma. O empresário do ramo de agropecuária, Cirilo Vidal, diz que a comemoração feita ao padroeiro da cidade atrai muitos visitantes. E lembra: “para o comércio é venda garantida, inclusive para setores como vestuário e calçados”, reforça. Em agosto, três eventos acontecem em Quixeramobim. A festa do município, em que são apresentados os trabalhos culturais da
cidade, o Festival do Leite de Quixeramobim (FestLeite), que pretende mostrar o que há de melhor do agronegócio na região, e a Feira de Negócios de Quixeramobim (FAICQ), que busca divulgar os serviços e produtos dos empresários. Promoção Para o segundo semestre, a CDL de Quixeramobim planeja
uma ação promocional com ofertas de brindes e descontos em lojas do município. Segundo Maia, a ação está sendo articulada entre a diretoria da entidade. “Estamos fazendo reuniões para definir melhor essa ação promocional. O que posso adiantar é que ela deverá ser semelhante à campanha Fortaleza Liquida, que ocorre na capital. Só que adaptada à realidade de Quixeramobim”, conclui. juLho 2015 | Conjuntura do Comércio
07
MOVIMENTO | CDL Jovem
Mais incentivos, menos impostos Foi baseada nesta temática que a CDL Jovem promoveu várias ações voltadas para o Dia da Liberdade de Impostos, celebrado em maio
V
ocê sabe quantos dias do ano trabalha apenas para o pagamento de impostos? Inacreditáveis 145 dias, em média. Se tivéssemos com todas as demandas básicas atendidas: educação, saúde, mobilidade urbana, segurança, boa gestão pública, dentre outras dificuldades que enfrentamos, certamente a quantidade de impostos que pagamos não seria problema e nem geraria qualquer desconforto. Porém, não é a opinião da maioria da população. Muitos produtos e serviços cobram quase metade do seu valor apenas em impostos. Com o intuito de estimular a consciência política da sociedade, a CDL Jovem promoveu, durante todo o mês de maio, diversos eventos voltados para o Dia da Liberdade de Impostos (DLI), celebrado dia 22 de maio, além de propagar nas redes sociais vídeos institucionais sobre a data. O movimento foi realizado nacionalmente com o apoio das CDLs Jovem de todo o país e demais entidades classistas. Foi inaugurado em Fortaleza o primeiro Impostômetro – na OAB/CE –, que
08
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
funcionará 24h por dia mostrando o peso da carga tributária. Também foram realizados debates na entidade. O representante da Ordem dos Advogados do Brasil - Secção do Ceará (OAB/ CE), Pedro Jorge Medeiros, trouxe o tema: “Quanto custa o Brasil?”. O Secretário da Fazenda do Estado (Sefaz), Mauro Filho, participou falando sobre as “Perspectivas da Reforma Tributária”. “Foram momentos importantes para esclarecer o papel do Estado e do empresário para o desenvolvimento do país, já que o pagamento de tributos é necessário e primordial, desde que haja boa gestão nos gastos públicos”, comenta a presidente da CDL Jovem, Jamila Araújo.
> Confira o que
aconteceu na entidade!
• 05/05 – Debate com Pedro Jorge Medeiros, representante da OAB/CE. Tema: “Quanto Custa o Brasil?”. • 19/05 – Debate com o Secretário da Fazenda, Mauro Filho. Tema: “Perspectivas da Reforma Tributária”. • 26/05 – Palestra com Milene Pereira, da empresa 3 Corações. Tema: “Retorno de Imagem com Responsabilidade Social”. • 02/06 - Palestra com Alysson Reis, sócio da Abracadabra. Tema: “Branding”.
movimento | faculdade cdl
Novos cursos Instituição lança cinco novos cursos de pós-graduação
A
Faculdade CDL forma profissionais para atuar, sobretudo, no segmento de comércio e serviços. Ao longo dos anos, a instituição construiu uma trajetória de excelência na qualidade do ensino. Durante esse período, capacitou cerca de 100 mil pessoas. Agora, lança mais cinco novos cursos de pós-graduação. São eles: MBA em estratégia, projetos e processos (parceria com a P4PRO); MBA em Gestão Estratégica de Franquias (parceria com a Cont Empresarial – Soluções em Franquias); MBA em Gestão Tributária em Negócios Imobiliários e na Construção Civil (parceria com a RM Amaral e Sinduscon); MBA em Gestão Estratégica de Pessoas (3ª turma) e MBA em Administração e Marketing de Varejo (7ª turma).
Os cursos ofertados buscam atender a demanda de áreas e segmentos exigidos no mercado atualmente. “A gestão das empresas requer estratégias. Essas estratégias só se tornam realidade por meio de projetos (construir o novo) e processos (realizar bem as tarefas do dia a dia)”, explica Carlos Sérgio, professor da P4PRO. A professora Dinalva Tavares, da Cont empresarial, acredita que “pela capacidade de crescimento da franchising em nossa região, é imperativa a busca pela qualificação dos profissionais. A ampliação de diversos shoppings e franquias no Ceará tem sido palco de muitas expansões nacionais”, conta. No que diz respeito à Gestão Tributária, o MBA visa atender à demanda e às especificidades necessárias para o melhor desempe-
nho dos segmentos. No tocante ao MBA de Gestão Estratégica de Pessoas, são os alunos egressos que o validam como um dos melhores cursos que já fizeram. Ressaltam ainda o Seminário Internacional na Espanha, sobre equipes de alta performance. Já o MBA em Administração e Marketing no Varejo entra agora na sua 7ª edição, revisado e adaptado à nova realidade do marketing de vanguarda. Ficou interessado em saber mais sobre os cursos de pós-graduação da Faculdade CDL? As inscrições estão abertas no site www. faculdadecdl.edu.br.
> Mais informações Tel.: (85) 3433.3045
juLho 2015 | Conjuntura do Comércio
09
IDEIAS | Sustentabilidade e Varejo
Pensando no futuro, lucrando no presente A nova visão dos consumidores a respeito do futuro também faz com que as empresas pensem e pratiquem medidas sustentáveis. E é isso que hoje pode ser primordial no sucesso de uma organização.
“M
esmo nas pequenas cidades ou nos bairros de periferia, as pessoas já passam a adotar uma postura de cobrança em relação às empresas, porque quando uma companhia localiza-se em um determinado espaço, ela deve criar um vínculo com essa comunidade, uma ligação de envolvimento e não apenas gerar empregos.” Quem afirma é Fernando Credidio, presidente da ONG Parceiros da Vida - especializada em comunicação de marketing para o terceiro setor. E sim, é verdade! Em todo o planeta, as empresas têm percebido esse movimento. Nos Estados Unidos, desde o início dos anos 2000, várias instituições passaram a ganhar consumidores devido à postura socialmente correta que decidiram adotar. A Responsabilidade Social Empresarial (RSE) é uma visão cada vez mais concreta no âmbito corporativo e busca traduzir, a partir de iniciativas empresariais, metodologias e comportamentos com o objetivo de melhorar as relações internas e externas, considerando questões econômicas, sociais e ambientais - os pilares da sustentabilidade. E, comprovadamente, a Responsabilidade Social gera benefícios à empresa. Alguns exemplos são: benefícios fiscais, certificação e políticas de compliance, que ajuda a corporação a construir uma cultura de con-
10
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
formidade, bem como evita ou detecta violações das leis, das normas regulatórias e/ou das políticas internas vigentes. Porém, ainda sim, os números são baixos. Uma pesquisa realizada pela Organização das Nações Unidas (ONU), feita com 1.712 empresas - de 113 países - em 2013, concluiu que o setor privado fala muito sobre políticas de Responsabilidade Social, mas ainda está atrasado quando se trata de alinhar o discurso à realidade. Dos entrevistados, 57% afirmam incluir o tema em seus contratos de fornecimento, mas apenas 18% auxiliam seus fornecedores a estabelecer, e aplicar, metas de Responsabilidade Social. Mas criar uma boa imagem e obter retorno por meio de ações sustentáveis não é tarefa fácil. “Os executivos devem ter em mente que a reputação corporativa é algo extremamente difícil de ganhar e muito fácil de perder. Na maioria das vezes, uma empresa não terá uma segunda chance para causar uma boa primeira impressão”, afirma Credidio.
De acordo com ele, “para conquistar, e manter, uma boa imagem e reputação, a empresa deve usar de honestidade com todos os seus diferentes públicos, ser cuidadosa com o meio ambiente, lidar bem com as reclamações recebidas, ser verdadeira em seus anúncios, prestar bons e consistentes serviços, não so-
negar impostos, ter a ética como eixo principal de sua conduta e, sobretudo, ser aberta e transparente”, alerta. Contudo, essas medidas devem ser encaradas, de fato, para que os valores sustentáveis que sejam “a cara” da empresa possam ser desenvolvidos. Depois de elaborados, é hora de integrá-los ao DNA da instituição.
Retorno de Imagem com Responsabilidade Social Atenta a essa temática, a CDL de Fortaleza, em parceria com a CDL Jovem, Faculdade CDL e o Instituto CDL de Cultura e Responsabilidade Social, realizou no último dia 26 de maio, a segunda palestra do Projeto “Sustentabilidade e Varejo” com o tema: “Retorno de Imagem com Responsabilidade Social“. Na ocasião, foi abordada a importância da Responsabilidade Social para a empresa e seus colaboradores, além de cases de sucesso. O tema foi apresentado pela gestora de Responsabilidade Social do Grupo 3 Corações, Milene Pereira. Transparência, valorização dos colaboradores e preocupação com o meio ambiente foram algumas das principais questões apontadas pela palestrante para o desenvolvimento da Responsabilidade Social corporativa. Além disso, ela reforçou que a postura ética é sempre lembrada e torna-se fator decisivo pelo principal alvo do empreendedor: o consumidor.
juLho 2015 | Conjuntura do Comércio
11
NEGÓCIOS | SPC
Analisar para vender Em meio a um mercado competitivo, vender e conquistar clientes é importante, mas sempre alinhado a uma boa análise de crédito
C
om um cenário econômico desacelerado e baixa previsão de crescimento, a consequente diminuição da demanda e do consumo está acirrando ainda mais a competitividade entre as empresas. Dessa forma, apesar de alguns lojistas ainda acreditarem que sendo mais rígidos na análise de crédito correm o risco de perder vendas e até clientes, fica clara a importância de uma análise eficiente e estruturada antes de efetivar um negócio. “Uma venda mal feita pode acarretar uma série de prejuízos além do valor do produto, principalmente com ações de recuperação do inadimplente, o que gera um alto custo operacional ao empresário e nem sempre tem o retorno garantido”, explica Victor Pimentel, gerente de Negócios e Relacionamento da CDL de Fortaleza. E ainda há aqueles que acreditam que dependendo do valor do produto ou serviço, a análise de crédito não é necessária. Porém, diante de um cenário economicamente turbulento, correr o menor risco possível é sempre a melhor estratégia. “Lembrando que, pequenos valores resultam em grandes volumes de concessões, enquanto grandes valores resultam em volumes menores. Entretanto, em ambas as situa-
12
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
ções, uma análise de crédito mal feita pode acarretar muitos prejuízos”, reforça Pimentel. Para auxiliar você, associado, nessa fase tão importante da venda, a CDL de Fortaleza, em parceria com o SPC Brasil, disponibiliza produtos e serviços para vários tipos de necessidades do mercado: o Novo SPC MIX Mais verifica se o cliente possui registros no SPC, cheques sem fundos e protestos. Já o SPC Relatório Completo disponibiliza todas as informações cadastrais e de crédito da empresa e seus sócios, além de históricos de pagamentos, relacionamento com fornecedores e outros dados relevantes para a sua tomada de decisão. Entre em contato conosco e conheça outros produtos!
> Informações faleconosco@cdlfor.com.br (85) 3464.5506
CAPA | Hub da TAM
Corrida para o futuro Fortaleza, Recife ou Natal? Quem ganha a disputa pelo hub da TAM? O empreendimento representa investimento de R$ 4 bilhões e deve gerar cerca de 10 mil empregos diretos e indiretos
O
Aeroporto Internacional Pinto Martins é candidato a ser um centro de conexões (hub) de voos do grupo Latam Airlines (TAM). Depois que Fortaleza foi anunciada como uma das concorrentes, ao lado de Recife (PE) e Natal (RN), várias articulações políticas foram realizadas pelo governo. Entre elas, uma grande mobilização que reuniu políticos, representantes dos setores do comércio e da indústria e lideranças empresariais e da sociedade civil. Mas por que receber o hub da TAM é tão importante para o Ceará? Um hub é um aeroporto que se destaca no contexto de um país ou região pela sua dimensão e pela atração de um grande número de voos, abrindo maiores possibilidades de receber visitantes. Também se pode denominar como um aeroporto onde uma determinada companhia possui a sua sede, hangares ou terminais dedicados. Se o hub da TAM vier para Fortaleza, o Estado receberá um investimento
14
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
estimado em R$ 4 bilhões do grupo, além da geração de 10 mil novos empregos diretos e indiretos. O empreendimento trará ainda um acréscimo de 46 voos nacionais e internacionais (América Latina) e outros 14 somente para a Europa, diariamente. Segundo o Secretário da Fazenda do Ceará, Mauro Filho, o hub também deve gerar aumento
de 11% a 15% no PIB do Estado. De acordo com ele, o setor de serviços será o mais beneficiado diretamente com a chegada do equipamento. Junto ao hub, viria também uma indústria de catering, que fornece as refeições oferecidas durante os voos. Um polo de manutenção de aeronaves também teria que ser necessariamente construído na cidade.
Virada na economia Por ser um incremento histórico não só para o turismo e setor de serviços, mas também para o comércio, a iniciativa foi bem recebida pelos varejistas cearenses. O presidente da CDL de Fortaleza, Severino Ramalho Neto, afirma que, se depender do setor produtivo, e dos cearenses, o hub vem para Fortaleza. “O setor do comércio está apoiando, torcendo e trabalhando pelo sucesso deste equipamento. Nós precisamos cada vez mais posicionar Fortaleza como cidade turística e essa é uma ferramenta fantástica, que, a exemplo do que ocorreu em outras cidades do Brasil e no mundo, muda a concepção de turismo de uma cidade. Fortaleza já tem algumas âncoras turísticas e essa seria mais uma. Nós estamos na esquina do Brasil. O nosso posicionamento físico é estratégico para o hub da TAM”, comenta. Freitas Cordeiro, presidente da Federação das CDLs do Ceará, compartilha do mesmo pensamento. “Quando examinamos nossas potencialidades face às dos nossos concorrentes e constatamos a formação de um movimento suprapartidário, que contagia toda sociedade, a esperança nos invade e passamos a ter a certeza de que o hub da TAM de um sonho passa a despertar para uma realidade redentora, benfazeja a todos os segmentos produtivos do nosso Estado. Nessa demanda, meu partido é o Ceará”, afirma.
Já para Honório Pinheiro, presidente da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL), não é somente Fortaleza que ganha com a instalação do hub, mas também o Brasil. “O comércio, o turismo e a área de serviços são setores que estão intimamente ligados a essa questão do hub no Ceará. (…) Nós estamos muito empolgados com essa proposta. Estamos construindo apoio junto às confederações ligadas à CNDL para que elas entendam que, o hub vindo para o Ceará, o Brasil também ganha”, ressalta. Os trunfos na disputa pelo hub da TAM O aeroporto de Fortaleza leva vantagem em número de movi-
mentação de passageiros pela empresa, Produto Interno Bruto a capital cearense possui o maior PIB do Nordeste -, comércio exterior e pela sua recente inclusão no pacote de concessões do Governo Federal - no Programa de Investimento em Logística (PIL). Este será o quarto hub da TAM. Hoje, além de Guarulhos o grupo também tem conexões internacionais em Santiago (Chile) e Lima (Peru). Em Brasília, o hub da TAM é apenas para voos domésticos. A presidente do grupo, Claúdia Sender, e o presidente do Conselho de Administração da empresa, Marco Antonio Bologna, revelaram que a decisão deverá ser anunciada em dezembro.
NÚMEROS MOSTRAM A VANTAGEM DE FORTALEZA PIB (1º do Nordeste)
R$ 42 bilhões
Embarques pela TAM em 2014
1,3 milhão
Volume de cargas – abril 2015
592 toneladas
Valor agregado das cargas exportadas
R$ 548,67 milhões
Valor agregado das cargas importadas
R$ 755,95 milhões
Distância da Europa
8.137,79 km
Fonte: TAM, Infraero e Secex
juLho 2015 | Conjuntura do Comércio
15
MATÉRIA ESPECIAL | dia do Comerciante
Comprometimento, determinação e visão de futuro São por essas qualidades que a Federação das CDLs do Ceará e a CDL de Fortaleza concedem o Troféu Clóvis Rolim ao Secretário de Ensino Superior do Ministério da Educação, o cearense Jesualdo Pereira Farias
16
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
O
Troféu Clóvis Rolim, outorgado na solenidade do Dia do Comerciante, celebrado em 16 de julho, figura como uma das mais importantes comendas do comércio cearense. Neste ano, tem o seu novo e 43º agraciado: o professor, ex-reitor da Universidade Federal do Ceará (UFC) e atual Secretário de Ensino Superior (SESu) do Ministério da Educação (MEC), Jesualdo Pereira Farias. Nascido em Juazeiro do Norte, Jesualdo, 56 anos, é o segundo dos sete filhos do comerciante Geraldo Farias de Melo e Zuleika Pereira Farias. Veio para Fortaleza em 1975 para continuar seus estudos. Aqui, terminou a graduação em Engenharia Mecânica pela Universidade de Fortaleza (UNIFOR). Depois passou um tempo no Sul, onde fez mestrado e doutorado em Engenharia Mecânica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC). Mais tarde se especializou em Tratamentos Térmicos de Ligas Metálicas no Municipal Industrial Research Institute, em Nagoia, no Japão. Depois de terminar o doutorado, em 1993, foi chamado para ser chefe de departamento na UFC. Lá, assumiu vários cargos: foi vice-diretor e gestor do Centro de Tecnologia e, em 2008, na condição de vice-reitor, assumiu interinamente a reitoria em virtude do falecimento do então gestor da universidade, Ícaro Moreira. A partir daí ficou à frente do cargo, só saindo a convite do atual Ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, para comandar a Secretaria de Ensino Superior do MEC.
O desafio da alfabetização na idade certa é, sem dúvida, o maior de todos os desafios na construção de uma educação includente e emancipadora.
Sob sua responsabilidade estão duas das principais vitrines do Governo Federal: o Fundo de Financiamento do Estudante do Ensino Superior (Fies) e o Programa Universidade para Todos (ProUni). Além dessas atribuições, a secretaria cuida da gestão do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e da capacitação profissional do programa Mais Médico. Casado com a estilista Helana Monteiro Farias, Jesualdo tem uma filha de 27 anos, a arquiteta Nekita Monteiro Farias. Confira abaixo a entrevista na íntegra. Conjuntura do Comércio Quais lembranças o senhor possui do tempo de infância? Jesualdo Farias - Vivi em Juazeiro do Norte os melhores momentos da minha formação. Tive excelentes professores e oportunidades de acompanhar aspectos relevantes da cultura da região. Guardo na memória, até hoje, os versos dos cantadores da feira, os benditos entoados pelos romeiros, o som da viola, da rabeca, da san-
fona, do triângulo, da zabumba, os cordéis, os sons das ferramentas dos joalheiros e as discussões, infindáveis, após cada jogo entre Guarani e Icasa. Lembro-me das férias na fazenda do meu pai, da nossa quadra de futebol de salão, das conversas na praça, nas calçadas, dos desfiles de 07 de setembro, da subida ao Horto na Sexta-feira Santa, de tantos amigos Zés e Marias, Cíceros e Cíceras que me prenderam para sempre naquele Cariri tão querido. O Colégio Salesiano foi o berço de tudo, foi onde aprendi a praticar esportes, a gostar da leitura, da arte, a respeitar a cultura e, sobretudo, os princípios éticos e morais. CC - O que significa ser educador para o senhor? JF - É entregar-se à nobre missão de transformar, para melhor, a vida das pessoas. CC - Quais os maiores desafios que enfrentou durante esses anos trabalhando com educação? E o que fez para superá-los? JF - Estou completando 30 anos de magistério superior. Foram muitos os desafios até consolidar a carreira profissional e chegar ao posto de professor titular da UFC com apenas 36 anos. Porém, assumir o cargo de Reitor da UFC, após a morte de Ícaro Moreira, foi sem dúvida o maior de todos. Para superá-lo, contei com o apoio da minha família, de uma equipe competente e dedicada e de uma comunidade universitária que abraçou o projeto de expansão e reestruturação da instituição. >>>
juLho 2015 | Conjuntura do Comércio
17
MATÉRIA ESPECIAL | dia do Comerciante
CC - Qual o perfil do senhor como gestor? JF - Sou discreto e muito determinado. Acredito que somente o trabalho em equipe e a participação da comunidade institucional podem resultar em avanços importantes. Especialmente em um ambiente onde a inteligência e a crítica fazem parte do cotidiano. Assim, não há como vencer sem exercitar o diálogo e motivar a participação de todos. CC - Entre mais de seis milhões de candidatos no ENEM, em 2014, apenas 250 obtiveram nota máxima na redação. Mais de 259 mil zeraram essa parte da prova. Para a grande maioria dos professores, a raiz do problema é a falta de leitura. E para o senhor? JF - Acredito que a raiz do problema esteja na alfabetização. A criança alfabetizada, que lê e entende o que está lendo, adora livros. A leitura tem que ser estimulada desde os primeiros contatos do estudante com a escola. A família também tem um papel fundamental neste processo. O desafio da alfabetização na idade certa é, sem dúvida, o maior de todos os desafios na construção de uma educação includente e emancipadora. É impossível alcançar a proficiência em escrita sem um acúmulo de conhecimento através da leitura. CC - Como observa a educação no nosso país nos próximos 10, 20 anos? JF - Precisamos estar atentos às metas estabelecidas no Plano Nacional de Educação (PNE) para a próxima década (2014 – 2024). Esperamos avanços relevantes em todos os níveis de ensino, da creche à pós-graduação, e na valorização dos profissionais da área de educação. Esperamos avançar, também, naquilo que
18
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
O Brasil é um país de dimensão continental e que ainda acumula muitas assimetrias em sua infraestrutura educacional.
ainda não foi previsto no PNE vigente. A partir da participação dos diversos setores da sociedade, por meio das conferências municipais, estaduais e nacionais de educação, deverá ser construído um novo plano para 2025 – 2035 no qual acredito que a qualidade, mais do que a quantidade, será um fator central. Estamos nesta década consolidando com muito esforço a inclusão e avançando na busca da universalização em todos os níveis de ensino. O Brasil é um país de dimensão continental e que ainda acumula muitas assimetrias em sua infraestrutura educacional. O preceito constitucional, a partir do qual a educação infantil e o ensino fundamental são de responsabilidade do município e o ensino médio é de reponsabilidade do estado, precisa ser avaliado, já que as desigualdades regionais terminam sendo fator decisivo no acesso e na qualidade da educação básica. CC - Há seis anos, a CDL de Fortaleza criou a Faculdade CDL, única instituição voltada para a formação de empreendedores no Ceará. Como o senhor analisa essa iniciativa? JF - Acompanhei de perto essa iniciativa da CDL e com muito entusiasmo. Trata-se de
uma oportunidade para a formação de talentos para o mundo empresarial. Estive na cerimônia de formatura da primeira turma da Faculdade CDL e vivenciei a emoção daqueles que transformaram sonhos em realidade. Este projeto, sob a competente direção do amigo Honório Pinheiro, certamente aumentará a competitividade do Ceará neste setor tão importante da economia do país. CC - O senhor já recebeu vários títulos e prêmios. Neste ano, ganhou o prêmio de Melhor Reitor do Ceará 2014. Como se sente agora ao ser homenageado com o Troféu Clóvis Rolim? JF - Sempre que recebo uma homenagem deste nível, os primeiros sentimentos são de muita emoção e de agradecimento. A sociedade cearense tem sido muito generosa comigo. Na verdade, credito estas homenagens a todos os colaboradores, especialmente aos sete anos que exerci o cargo de Reitor da UFC. Divido com cada um dos professores, servidores técnico-administrativos e estudantes mais esta importante comenda. Agradeço aos meus pais, à minha mulher e minha filha que são a fonte de minha inspiração. Estar agora nesta galeria ao lado de grandes personalidades, como Francisco Freitas Cordeiro, Luciana Dummar, José Pimentel, Roberto Macedo, Cid Gomes, Honório Pinheiro, Tasso Jereissati, Demócrito Dummar e Ivens Dias Branco, dentre outros notáveis homens e mulheres que tanto contribuíram para o desenvolvimento do nosso estado, é motivo de muito orgulho e aumenta mais a minha responsabilidade frente aos desafios do cotidiano de um gestor público.
DIÁLOGOS | PERSPECTIVAS DO COMÉRCIO
Preço baixo todo dia (para sempre...) Por Beth Furtado
E
xiste um tema na atualidade que consome muita energia em todos os segmentos relacionados ao consumo: é a questão do preço baixo. Quando os consumidores vão às compras, não existe o tal do preço baixo, mas a percepção do preço baixo, à medida que precisamos de parâmetros para estabelecer o que é caro ou barato. São muitos os fatores que afetam essas variáveis. E detalhe: mudam de pessoa para pessoa. Mesmo que tenham a mesma condição econômica, são influenciados por valores, pela importância que é colocada no bem que será comprado, pela opinião de amigos e familiares, por experiências anteriores, dentre outros aspectos. Hoje, há muitas alternativas de serviços e produtos gratuitos: ligações telefônicas, acesso às exposições e entretenimentos e vantagens dos clubes de milhagens, que oferecem produtos e passagens aéreas gratuitas. O menor preço que existe é o zero. Uma vez que você não paga por algo, seu parâmetro do que pode ser cobrado por aquele item mudou. Para baixo. Para sempre. Viajo para Curitiba com frequência, já que minha família e meus amigos residem lá. Em função dos “mistérios” da formação de preço, baseada
na Lei da Oferta e da Procura, uma passagem de avião para Curitiba pode custar de R$ 65,00 a, digamos, R$ 950,00 cada trecho. Imagine você minha satisfação ao encontrar o trecho, há dois meses, por R$ 39,00 via Aeroporto de Congonhas. Na prática, ida e volta com taxas totalizou R$ 126,00, mas foi o menor valor que paguei por uma passagem aérea para minha cidade natal. E o voo não era de madrugada, mas em uma manhã de quinta-feira, com retorno no domingo de tarde. Depois de ter pago R$ 39,00, qualquer valor acima deste tornou-se caro. O que aconteceu comigo está acontecendo com muitas outras pessoas, e com os mais variados produtos. Portanto, atenção! A complexidade deste ano está levando muitas empresas a optarem, excessivamente, pela tática promocional. Ou seja: você pode estar criando um novo patamar de preço para seu cliente, colocando a confiança desta relação em risco. Mas, se do ponto de vista do consumidor, queremos pagar o mínimo, do ponto de vista das empresas, o dilema é como convencer o cliente que o seu preço é o mais baixo? No mundo da comunicação de varejo, todos dizem que o seu preço é o menor. Mas como convencer o consumidor que de fato é? São muitas empresas sérias e idôneas dizendo a mesma coisa. Por que acreditar mais em uma
do que em outra? Muitos varejistas não ajudam a esclarecer esta questão, na medida em que as propagandas são muito similares e todas apresentam suas janelas de ofertas de forma quase idêntica. As campanhas são tão parecidas, que se trocarmos as marcas poucos irão notar a diferença. E não são só os filmes, mas os tabloides, as lojas, as modalidades de pagamento, os sites... Ou seja, o marketing mix. Quanto mais as empresas ficam parecidas, mais difícil para o consumidor diferenciar entre uma e outra. Mas existem os códigos de preço baixo, que estão guardados nas atitudes da empresa, como transparência, clareza e confiança. Confiança é um atributo angariado mediante a coerência e a consistência da empresa entregar o que promete. Prometer o que tem capacidade de entregar, na clareza e na prontidão com que gerencia erros e desconformidades. As pessoas não esperam que as empresas sejam infalíveis, esperam que elas sejam claras, que corrijam suas imperfeições e que assumam suas atitudes. Se duas empresas prometem a mesma coisa, iremos acreditar na mais confiável. Beth Furtado é autora do livro “Desejos Contemporâneos” e sócia-diretora da ALIA, consultoria de marketing. É âncora do Programa “Reclame no Rádio” sobre Marketing, Propaganda e Comunicação, veiculado na Rádio Estadão.
juLho 2015 | Conjuntura do Comércio
19
negócios | economia e mercado
Política de juros: remédio amargo sim, mas na dose certa
O
s resultados macroeconômicos do país saíram do caminho virtuoso para o caminho “vicioso”: baixo crescimento econômico, queda na geração de empregos, aumento da inflação e elevação da taxa de juros. Vale ressaltar, que no governo anterior todos esses indicadores demonstraram bom desempenho. Mas, se a orientação política se manteve, por que os resultados são diferentes? Existem muitas possíveis res-
20
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
postas. Uma delas é a variação temporal nos parâmetros econômicos para o desenho de políticas econômicas. Há quatro anos o consumo das famílias representava um papel importante no crescimento econômico. Mas se era estimulado pelo endividamento, em algum momento os consumidores não teriam renda para gastar. E aí entra a política de incentivo ao consumo interno para incitar a demanda. Com isso, os investimentos privados acabaram fracassando. Sem crescimento e controle de
gastos, o Governo deixa de cumprir a meta fiscal e sua política de controle de preços acaba provocando o aumento do valor nas tarifas de energia e água/esgoto. O aumento do preço da energia gera aumento de custos, que é repassado ao consumidor final, provocando pressões inflacionárias. Com a inflação prevista para 9% este ano, a forma consagrada de o governo combater essa tendência é elevando a taxa de juros. Também é preciso fazer um ajuste fiscal para voltar a gerar
poupança pública e, assim, atender os compromissos de juros da dívida interna, agora em maior nível devido à elevação da taxa SELIC para 13,75%. O ajuste é necessário. O governo deve arrecadar mais e gastar menos. Aqui o remédio amargo está na dose inadequada, pois enquanto há corte de 37% dos investimentos, a redução dos custeios da máquina é de apenas 1,9%. Essa situação aprofunda a crise e o crescimento econômico (principal gerador de impostos) e que, inibido, acaba se transformando em recessão. Sem crescimento, resta ao governo aumentar os tributos sobre a produção, penalizando a competitividade das empresas e geração de empregos. Logo, o ajuste fiscal com viés contraditório é a pior solução, mas também é – tecnicamente - a mais fácil. O problema é quando a contração econômica começa a gerar problemas políticos com a queda do nível de emprego e da massa salarial. De dezembro de 2014 a maio deste ano, a taxa de desemprego formal passou de 4,3% para 6,7%. Segundo o IBGE, esta é a variação mais intensa para um período de 6 meses desde 2003. A recessão não trará de volta a credibilidade do Banco Central ou da política fiscal. Enquanto reluta em cortar o custeio e gerar um choque interno de eficiência, o governo prefere cortar investimentos e aumentar o ônus tributário sobre o setor produtivo. Está na hora do governo fazer uma reflexão sobre o “remédio” e a “dose” correta para a solução do problema. Ao tempo que adota o ajuste certo, é preciso criar condições para estimular investimentos, pois será dessa forma que o Brasil voltará a crescer o mais rápido possível. Análise Do Setor Na Pesquisa Mensal do Comércio do IBGE (abril de 2015), o varejo registrou uma queda de
MEDIDAS EXPANSIONISTAS
Política Econômica
Impactos
Política Pró-Competitividade do Comércio e Serviços
Estimular investimentos para aumentar a produtividade e manter nível de emprego elevado
Racionalizar Regulação do Setor de Infraestrutura
Dinamizar parcerias público-privadas estaduais e municipais, além das federais
Reforma Tributária
Redistribuir a carga tributária, altamente concentrada em alguns segmentos produtivos
Política de Renda Consistente
Programa de combate à pobreza e à violência urbana
Este quadro é apenas um exemplo de como é possível adotar um ajuste com orientação produtiva positiva.
-3,5% em relação ao mesmo mês de 2014. No ano passado, o volume de vendas se expandia a um ritmo de 6,7%, uma desaceleração de mais de 10% em relação a 2015. No quadrimestre, a queda foi de -1,5%, enquanto no ano passado o acumulado do ano era de 5%. O varejo cearense também apresentou queda (-4%) sobre o mesmo período do ano anterior. No ano passado, nesta época do ano, o setor crescia 10%, o que implica uma desaceleração de -14%. Assim fica claro o forte impacto negativo do atual cenário econômico sobre o varejo. Os segmentos de melhor desempenho (nacional e local) são os de artigos farmacêuticos, medicamentos, ortopédico e de perfumaria e cosméticos, com crescimento de 6,2% e 11,4%, respectivamente. O setor de tecidos, vestimenta e calçados teve alta de 4,7% a nível local. Equipamentos de material para escritório, informática e comunicação tiveram expansão nacional de 2,7%, enquanto no Ceará o mesmo setor registrou queda de -35,6%, seguido pelos segmentos de móveis e eletrodomésticos (-16%) e livros, jornais, revista e papelaria, com queda de -9,1%.
No primeiro quadrimestre deste ano, o volume de vendas do varejo cearense caiu 1,9%, um desempenho pior que a média do país. Contudo, dos oito segmentos que compõem a pesquisa do IBGE, três estão com desempenho positivo: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (10,8%), tecidos, vestuário e calçados (6,7%) e outros artigos de uso pessoal e doméstico (4%).
De olho nos números
13,75% Taxa de Juros SELIC em junho/2015
54,4%
Relação Crédito/ PIB em maio/15
7,9%
Taxa de Desemprego abril/2015
0,99%
Inflação (IPCA) em junho/2015
R$
3,14
Dólar em 30/06/2015
11,7%
Crescimento da Inadimplência em maio/15
juLho 2015 | Conjuntura do Comércio
21
MERCADO NEGÓCIOS | ECONOMIA TENDÊNCIASE NO VAREJO
Das telas para as prateleiras a sétima arte , iu rg u s e u q Desde . Seja em um s io c ó g e n s o impulsiona sório ou até s e c a m u , lo e os corte de cab últimos anos, s o N . s o d e u o brinq ood têm saíd w y ll o H e d s o sucess ado cada vez h n a g e s io d dos estú ércio leiras do com mais as prate
22
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
C
riado com o intuito de ser um entretenimento popular, o cinema é hoje uma das principais tendências de forte influência sobre o varejo. Apesar de ter se tornado uma indústria que movimenta bilhões na economia, o cinema tem sua influência em pequenas situações no dia a dia das pessoas. Nos anos 40, vestido apertado na cintura, batom vermelho marcante e cabelos loiros e armados. Quem não se lembra de Marilyn Monroe, emblemática e ainda referência de moda? É sabido por todos que a estrela de Hollywood deixou um legado como um importante sex simbol, e que, por sua vez, fez aumentar grandiosamente a procura por produtos usados por ela, como a marca Channel. Após a declaração de que usava “duas gotinhas de Channel nº 5 para dormir”, o perfume é até hoje o mais vendido em todo o mundo. Outra que podemos citar é Audrey Hepburn, a famosa “bonequinha de luxo”. Assim como Marylin, Audrey ainda é citada como ícone de moda e “procurada” em prateleiras de joalherias, de roupas e acessórios. Nos últimos 20 anos, com a evolução tecnológica e o boom cinematográfico, a sétima arte plantou a sementinha do desejo de ter o que nos é apresentado nas telonas. Apesar de já ter várias produções desde que o personagem surgiu, a franquia de filmes Batman, desde 2005 - com o lançamento de Batman Beggins -, fez a procura por souvenires do homem morcego aumentar. Além de bonecos, fantasias,
material escolar e produtos para festas, o filme, que atrai crianças e adultos, foi peça-chave na venda de eletrônicos, como TVs de led e home teathers na época de seu lançamento. Prova da influência dos filmes nos negócios é o faturamento obtido pela indústria de brinquedos Lego. Com o lançamento do filme “Uma aventura Lego”, em 2014, a empresa dinamarquesa faturou 15% a mais em relação a 2013. Os números são bem consideráveis quando pensamos que a nova geração já nasce com interesse em vídeo games, tablets e computadores. Outras empresas que alavancaram seu faturamento em 2014 foram as que vendem produtos eróticos. O responsável foi a película “Cinquenta Tons de Cinza”. Segundo pesquisa da Associação das Empresas do Mercado Erótico (Abeme), mesmo antes do lançamento, o filme influenciou os resultados. As vendas no setor cresceram 8,5%. Após a estreia, a porcentagem saltou para 24%. Setor de serviços também se beneficia com a sétima arte Além do comércio, outros setores também acabam faturando com as produções cinematográficas. Foi o caso da animação “Rio”, de 2011. Mesmo sendo feito nos Estados Unidos, o filme fez com que o turismo no Brasil, principalmente no Rio de Janeiro e na Amazônia, tivesse um bom crescimento de estrangeiros - em torno de 8% na capital ca-
rioca, segundo o Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur). E não são apenas as produções internacionais que fazem aflorar o desejo de ter o que nos é mostrado. No Brasil, as novelas são as grandes, se não as mais importantes, influências para o mercado. O Ceará, por exemplo, teve forte interferência dessa mídia. Em 1994, um dos maiores sucessos da televisão brasileira, a novela Tropicaliente, mostrava as belas e atrativas praias do litoral cearense. Desde então, a Terra da Luz se tornou um dos locais preferidos das férias de brasileiros e estrangeiros. Em 2001, a novela O Clone fez o Brasil se tornar uma verdadeira versão da cultura árabe na América Latina. As famosas bijuterias e lenços usados por Jade, além da trilha sonora, foram bastante importantes na venda de joias, roupas e da indústria fonográfica, respectivamente. Por passarem muito tempo no ar, as novelas impulsionam ainda mais as vendas, o que se torna uma grande oportunidade para o comerciante. Então fica a dica para o varejista: as novelas já estão enraizadas na cultura brasileira e ditam a maneira de se vestir, pensar e agir de grande parte da população. As produções de cinema já ditam tendências desde o momento que são anunciadas suas gravações. Ficar atento ao que passa na TV e nas telonas vai além de um hobby ou atitude automática. É uma grande oportunidade de desenvolver e perceber as tendências mundiais em vários segmentos do comércio.
juLho 2015 | Conjuntura do Comércio
23
NEGÓCIOS | COMPORTAMENTO DO CONSUMIDOR
Cliente ou fã? Cinco dicas de como tornar o seu cliente o seu mais fiel fã
A
CDL de Fortaleza iniciou o projeto Ciclo de Palestras, neste ano, com a apresentação de Kelly Malheiros, sócio-fundadora da KM Partners. A empresa, que já possui 15 anos de atuação, oferece treinamentos com foco em liderança, atendimento, produtividade e engajamento. Com o tema “O Cliente tem sempre razão? 5 ideias para transformar seus clientes em fãs”, Kelly alertou para as mudanças no comportamento do consumidor. “Com o Varejo 3.0, o cliente compra quando, como e onde quiser. Isso empurra as empresas para uma nova modalidade de relacionamento: o engajamento de clientes. Fã é aquele que defende seu produto ou serviço com unhas e dentes e divulga sua marca através da sua própria experiência”, comenta. Nesse contexto, Malheiros cita cin-
24
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
co ideias para transformar os clientes em fãs! 1. Construir uma cultura de encantamento a partir do seu modelo mental. “Estou cansada de ver cultura de banner nas empresas. Slogans muito bonitos privilegiando a cultura do bom atendimento, mas na prática nada acontece neste sentido. A Stew Leonard´s é uma das lojas top em qualidade de atendimento nos EUA. Na frente do estabelecimento, uma pedra de três toneladas dá o recado: - Nossas regras: 1º. O cliente tem sempre razão. 2º. Se o cliente não tiver razão, volte para a 1ª regra”, comenta. 2. Treine seu time. “Como transformar clientes em fãs sem direcionamento e capacitação?”, questiona.
3. Pare de justificar seus erros. “Cliente detesta isto. Não fez? Errou? Peça desculpa e use a oportunidade para desfazer a imagem negativa”, aconselha. 4. Seja o líder que faz, acompanha, corrige a rota e comemora. “Todo líder deve ser um ‘revoltado’ pela excelência. Que tal estabelecer metas de encantamento com acompanhamento diário?”, recomenda. 5. Crie uma lovemark. “Reflita sobre que ações práticas têm feito para que seus clientes tornem-se fãs.” Por fim, “não espere o melhor momento para fazer as mudanças que precisa. Seja realista e invista nos seus funcionários. Talvez você precise separar alguns joios do seu trigo. Talvez precise mudar a si mesmo, mas tenha coragem! Comece agora”, conclui Malheiros.
DIÁLOGOS | LIDERANÇA E GESTÃO
A crise? Tem certeza ou é falta de estratégia? Por Marcos Braun
C
aro leitor, na sua empresa muito se muda e pouco se realiza? Não se preocupe. Ela não é a única. A grande maioria dos projetos de mudança das empresas fracassa. Isso se deve a inúmeras variáveis. Vamos refletir apenas sobre a variável “estratégia”. No início dos anos 90, as organizações passaram a incorporar a visão de processos nos negócios na busca pela qualidade, produtividade e eficiência gerencial. O conceito de reengenharia e todo o movimento internacional de normalização ISO e Qualidade Total influenciaram - e ainda continuam - fortemente as empresas. Alguns anos depois, a Tecnologia da Informação passou a incorporar o conceito de processos de negócio nos chamados Sistemas de Gestão Empresarial, por meio dos ERPs. Ao implementar os sistemas ERPs, muitas organizações foram convidadas a refletir sobre os fluxos de atividades que entregam valor ao cliente: a chamada cadeia de valor. Funções empresariais como suprimento, logística, venda e produção, até então entendidas como “feudos” do negócio, foram repensadas em fluxos lógicos e integrados. O que temos visto é que a avaliação de desempenho de uma organização, analisada apenas por resultados financeiros,
não é mais suficiente para garantir que suas estratégias, metas e objetivos sejam alcançados de forma sistêmica e global. Boa parte daquilo que se chamava planejamento financeiro era, na realidade, controle financeiro. E nos anos 90, passou a se chamar Gestão Estratégica. Nela, o pensamento estratégico é contemplado e há integração entre planejamento e controle. Os resultados da empresa passaram a ter uma conexão complexa entre as várias partes interessadas: clientes, sociedade, acionistas, colaboradores e fornecedores. Para a organização, o processo de identificação das necessidades é fundamental para definição de suas estratégias e planos. Estes, por sua vez, contribuirão para a criação de um sistema de indicadores de desempenho que permitirá traduzir a estratégia da empresa em objetivos e metas. Neste contexto, surge o balanced scorecard (BSC). O modelo de gestão traduz a missão e a estratégia das empresas em um conjunto abrangente de medidas de desempenho que servem de base para um sistema de medição e gestão estratégica, sendo organizado em torno de cinco perspectivas distintas: financeiro, clientes, processos internos, aprendizado e crescimento. Este modelo procura refletir o equilíbrio entre objetivos de curto e longo prazo, medidas financeiras e
não financeiras, indicadores de tendências e ocorrências e as perspectivas internas e externas de desempenho. O estabelecimento da estratégia não é um processo gerencial isolado, é parte de um “todo”. Tem seu início com a definição da missão da empresa. Para se traduzir a missão em resultados almejados, percorrese a trajetória que passa pelos: valores essenciais - aquilo em que a organização acredita - ; visão - o que se quer ser no futuro - ; definição e implementação do Sistema de Medição - o BSC - ; estabelecimento das iniciativas estratégicas – o que é preciso ser feito - ; e, chegando ao nível pessoal, a contribuição de cada um para o alcance dos objetivos estratégicos. A ampliação da concorrência entre os mercados, proporcionada pela globalização, somada às mudanças sociais e culturais contemporâneas, tornou obsoletos vários sistemas tradicionais de controle de desempenho. Assim, insistir em um processo de melhoria contínua e no aperfeiçoamento das práticas empresariais é ponto fundamental para a diferenciação e conquista de qualidade e superioridade. Pense nisso e até a próxima! Marcos Braun é consultor, professor de MBA, coach e conferencista nacional. Contato: marcos@marcosbraun.com.br Facebook: consultormarcosbraun www.marcosbraun.com.br
juLho 2015 | Conjuntura do Comércio
25
MOVIMENTO | ALFE
Realizada visita técnica à M. Dias Branco
O
mercado de alimentos no Ceará se expande e ocupa espaços, tanto na questão qualitativa, quanto na diversificação dos seus produtos, tornando-se um dos setores mais atraentes e convidativos. Nessa premissa, a Associação de Lojistas e Líderes Femininas (ALFE) tem em suas metas e objetivos promover o conhecimento e avaliar o potencial produtivo das indústrias do Ceará, cujo projeto “Missões Técnicas” possibilita essa ação importante. Assim, a ALFE, sob o comando de sua presidente, Fátima Duarte, se deslocou até a cidade de Eusébio para conhecer uma das maiores indústrias do Ceará: a M. Dias Branco. A fábrica de biscoitos, pães e massas em geral foi fundada pelo imigrante português Manoel Dias Branco, que aqui desenvolveu um grande projeto, hoje referência nacional. Na oportunidade, a comitiva foi recepcionada pela gestora do grupo, Graça Dias Branco, que recebeu uma saudação da conselheira e ex-presidente, Rosa Frota. Esta discorreu sobre a história e as conquistas da empresa. A ação foi articulada pela alfeana Arinete Timbó. “Esse foi mais um momento
26
Conjuntura do Comércio | juLho 2015
de grande representatividade para todas nós que fazemos parte da ALFE. Foi uma
experiência rica e prazerosa”, comenta Fátima Duarte – presidente da entidade.
QUANDO O ASSUNTO É VEÍCULOS, VOCÊ PRECISA SABER MAIS DO QUE A QUILOMETRAGEM PARA FAZER UM BOM NEGÓCIO.
O SPC Auto oferece mais segurança na hora de negociar, comprar ou vender um veículo, disponibilizando uma série de informações nas consultas sobre origem, documentação, dívidas e muito mais.
- Evitar negociações com veículos fraudados, roubados, alienados, etc. - Apoiar a análise de crédito em situações de risco. Nossos produtos: SPC AUTO NACIONAL + DPVAT + GRAVAME: informações de abrangência nacional do DENATRAN, DPVAT e Gravame em suas mãos. SPC AUTO DPVAT: informa se o veículo tem registros sobre danos por veículos automotores e situação estadual no DETRAN. SPC AUTO GRAVAME: SPC AUTO NACIONAL: consulte as informações do DENATRAN com abrangência nacional. SPC AUTO ESTADUAL: tenha as informações do DETRAN com abrangência estadual a hora que quiser. SPC AUTO ROUBO E FURTO: apresenta informações sobre ocorrências de roubo ou furto do veículo.
Para ter acesso a essas soluções, solicite uma visita da CDL de Fortaleza e conheça nossos produtos!
CNDL
Contato: (85) 3464.5506 faleconosco@cdlfor.com.br
O SPCNet é o site de consultas e serviços do SPC Brasil. Você se cadastra, adquire créditos e realiza a consulta SPC que desejar: CPF* ou CNPJ , consulta a veículos para identificar histórico de roubos, confirmar a propriedade do veículo, localizar empresas ou pessoas e muito mais.
PLANOS A PARTIR DE
R$ 12,00
*A pessoa física só poderá consultar seu próprio CPF. Não é permitida a consulta de CPF de terceiros.
Mais informações: faleconosco@cdlfor.com.br (85) 3464.5506