Empreendedor, visionário e batalhador

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COMÉRCIO Conjuntura do

Ano IX – Nº 100 – Julho 2014

O empresário Francisco Freitas Cordeiro recebe o Troféu Clóvis Rolim, por ocasião do Dia do Comerciante

Empreendedor, visionário e batalhador


Todo mundo estará

conectado.

E você, vai?

IV Seminário NACIONAL de Comércio Eletronico, Meios de Pagamentos e Negócios na Web / III Workshop NACIONAL de Redes e Midias Sociais

07/08/2014 Fortaleza Inscrição Gratuita 07 de agosto - CDL Fortaleza Rua 25 de Março, 882 - Centro - Fortaleza-CE www.ecombrasil2014.com.br Central de Atendimento: 11 – 2369-2649 ou 2369-2661 REALIZAÇÃO

Digital Consulting Brasil

Patrocinadores:


Palavra do Presidente Nesta Edição 04

O QUE VEM POR AÍ

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crc

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COMÉRCIO ELETRÔNICO

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Mercado infantil

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SPC BRASIL

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Aprendendo na Prática

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dia do comerciante

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fRESH fOOD

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economia e mercado

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RECURSOS HUMANOS

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A REALIDADE DO VAREJO

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FEDERAÇÃO

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Faculdade CDL

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ALFE

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Liderança e gestão

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cultura

SEFISC - Sistema Único de Fiscalização e Contencioso do Simples Nacional

Já é possível comprar e vender pelo Instagram

Pequenos clientes, grandes lucros

Não, o cheque não vai desaparecer!

Simplicidade e resultados

Empreendedor, visionário e batalhador

Jeito leve de fazer negócio

Banco Central vê desaceleração da economia e rigidez da inflação

Estagiários ou trainees?

A glória é fruto do trabalho

Comércio se mobiliza para criar novas CDLs

Parceria a favor do comércio

“Formação Social - A arte de receber”

BOAS EXPECTATIVAS PARA O VAREJO CEARENSE

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segundo semestre nos acena com um panorama positivo: além do início de um período tradicionalmente de melhor desempenho nas vendas, sobretudo por conta das datas comemorativas - Dia dos Pais, Dia das Crianças e Natal -, o comércio cearense continua colhendo resultados animadores frente ao varejo nacional. Segundo o IBGE, o desempenho do varejo cearense vem surpreendendo e deve apresentar um grande crescimento até o final do ano. Afora isso, também estamos sediando o maior evento esportivo: a Copa do Mundo de Futebol. O Governo Estadual divulgou que em apenas quatro jogos realizados no Castelão, os 167 mil turistas que aqui estiveram já deixaram na economia do nosso Estado meio bilhão de reais, um dado que traz otimismo para o comércio varejista. Por fim, fui surpreendido neste mês com uma homenagem no Dia do Comerciante. Fazer parte da galeria dos contemplados com o Troféu Clóvis Rolim é uma grande honra. Não construí nada sozinho, sempre tive consciência de que preciso das pessoas. Digo sempre que a moeda que mais prezo é a do relacionamento. Sinto-me, portanto, envaidecido por ter sido agraciado com importante troféu, a maior comenda da nossa categoria.

Reinvente-se... ou desapareça!

E xp e d ie n t e

Freitas Cordeiro presidente@cdlfor.com.br Rua 25 de Março, 882 – Centro – CEP 60060-120 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3464.5572 – www.cdlfor.com.br

Conjuntura do Comércio é uma publicação mensal editada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza. Presidente: Francisco Freitas Cordeiro | 1° vice-presidente: Pio Rodrigues Neto | 2° vice-presidente: Francisco Deusmar de Queirós | Diagramação: Antonio Henrique Silva Lima | Estagiário de criação: Neudson Júnior | Produção textual: Daniele de Andrade | Estagiária de jornalismo: Tainan Carvalho | Jornalista responsável: Dégagé Assessoria | Tiragem: 10.000 exemplares | Distribuição: Gratuita | Impressão: Gráfica 3 Irmãos | Sugestões e comentários: gerencia.marketing@cdlfor.com.br Nossa Missão: Coordenar a integração e o desenvolvimento sustentável do comércio de Fortaleza, preservando os interesses coletivos, a responsabilidade socioambiental e os princípios do associativismo.

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MOVIMENTO | O QUE VEM POR AÍ

IV ECOM chega à capital cearense em agosto E você, vai?

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ECOM 2014 – IV Seminário Nacional de Comércio Eletrônico, Meios de Pagamento e Negócios na Web e o III Workshop de Redes e Mídias Sociais vêm a Fortaleza – passando também por outras 13 capitais brasileiras. O evento tem como objetivo desenvolver e informar o pequeno comerciante, além de qualificar empresas e encorajar o empre-

endedorismo no meio digital, a partir da troca de experiências e casos bem-sucedidos. “O ECOM procura trazer para o comércio, e para outras atividades similares, o que existe de mais atualizado em termos de avanço tecnológico na parte da internet. É um evento que veio trabalhar no que há de mais novo no campo de soluções de web”, ressalta o presidente da CDL de Fortaleza, Freitas Cordeiro.

Participe do ECOM! Inscreva-se gratuitamente pelo site: www.cdlfor.com.br.

> ECOM 2014 Dia: 07 de agosto. Local: CDL de Fortaleza. Horário: 8h às 18h. Contato: manuella@ecombrasil2014.com.br ou ligue (11) 2369-2661.

“Eu posso mudar o mundo!” Esta é a temática do próximo Ciclo de Palestras CDL, que acontecerá no dia 12 de agosto, às 18h30, na CDL de Fortaleza. A palestra será ministrada por Rosier Alexandre, consultor organizacional e montanhista profissional. A inscrição é 1 kg de alimento não perecível. Participe! Inscrições pelo site www.cdlfor.com.br. As vagas são limitadas! Mais informações: (85) 3433-3013.

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Faculdade CDL: mais 105 alunos vão colar grau

No dia 1º de agosto, às 19h, será realizada na CDL de Fortaleza a solenidade de colação de grau da Faculdade CDL. No total, 105 universitários dos cursos de Logística, Gestão Comercial e Marketing es-

tarão aptos para ingressar no mercado de trabalho como graduados. A comemoração será conduzida pelo diretor geral da Faculdade CDL - Honório Pinheiro, e contará com a participação do

presidente da CDL de Fortaleza – mantenedora da Instituição –, Freitas Cordeiro, além do diretor acadêmico, Fernando Xavier, e os demais coordenadores da Faculdade.

Faculdade CDL realiza Vestibular 2014.2 A prova será aplicada no próximo dia 20 de julho (domingo), às 9h, na sede da Faculdade CDL – Rua 25 de

> SAIBA MAIS

Março, 882 - Centro. Os cursos oferecidos são: Ciências Contábeis, Administração, Gestão Comercial e Marketing. Inscri-

ções pelo site: www.faculdadecdl.edu.br. O edital encontra-se disponível no mesmo endereço.

Acompanhe as notícias da CDL de Fortaleza acessando também a página da Entidade nas redes sociais - Facebook, Linkedin e Twitter - ou o site: www.cdlfor.com.br

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DIÁLOGOS | CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE

SEFISC - Sistema Único de Fiscalização e Contencioso do Simples Nacional Por Clara Germana

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esde setembro de 2013, o Sistema Único de Fiscalização e Contencioso do Simples Nacional (SEFISC) está em plena atuação nas empresas optantes pelo Simples Nacional - programa no qual as administrações tributárias poderão lançar, em um único auto de infração, todos os oito tributos que compõem o Simples Nacional. Com esta integração, o sistema ganha eficiência e celeridade. Hoje, mais de 7,7 milhões de empresas estão cadastradas no Simples em todo o Brasil. As ações de treinamento e de habilitação dos servidores estão sendo orientadas pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN). A inovação representa um grande avanço na gestão compartilhada do crédito tributário do Simples Nacional e faz parte de iniciativas da Receita Federal, em conjunto com estados e municípios, na modernização de seus sistemas. Tem como objetivo permitir o compartilhamento dos dados de todas as empresas que fazem parte do regime tributário entre os fiscos das três esferas públicas (municipal, estadual e federal). Com isso, a empresa que receber um auto de infração de um auditor - seja municipal, estadual ou federal - receberá um auto que será válido para

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Tem como objetivo permitir o compartilhamento dos dados de todas as empresas que fazem parte do regime tributário entre os fiscos das três esferas públicas. todos os tributos que fazem parte do Simples Nacional, que no total somam oito, e os débitos podem ser executados e lançados na Dívida Ativa. Sendo que a autuação será conduzida pelo ente federado que o expediu. Por exemplo, se o auditor fiscal for do estado, a Receita Estadual levará à frente até o final do processo, mas o lançamento na Dívida Ativa dependerá de convênios entre os poderes. Os entes fiscalizadores afirmam que o SEFISC é mais uma etapa de fiscalização no Simples Nacional, pois as empresas optantes deste regime tributário fazem parte do desenvolvimento econômico do País, já que são líderes na criação e na manutenção de empregos. Mesmo diante de crises internacionais, elas fortalecem o mercado local e regional. Porém, os órgãos fiscalizadores alegam que precisam reduzir a inadimplência, como também

a sonegação fiscal. Os entes entendem ainda que uma empresa que sonega estará competindo em vantagens desleais com as demais que pagam seus tributos em dia, gerando injustiça fiscal. A expectativa é que o SEFISC seja a alavanca que faltava para uma fiscalização efetiva e justa desses contribuintes. Assim, diante de mais este cenário, as empresas devem estar cada vez mais estruturadas e planejadas, com acompanhamento de profissionais capacitados e atualizados. Pois, as mudanças, alterações e inovações por parte do governo não se encerrarão por aqui. Eles utilizam e continuarão utilizando a tecnologia para fiscalizações e outros fins, independente do porte da empresa. Lembrando que temos ainda os Sped’s na área fiscal, pessoal e contábil. O Sped consiste na modernização da sistemática atual do cumprimento das obrigações acessórias, transmitidas pelos contribuintes às administrações tributárias e aos órgãos fiscalizadores, utilizandose da certificação digital para fins de assinatura dos documentos eletrônicos, garantindo assim a validade jurídica dos mesmos apenas na sua forma digital. Você, empresário, está preparado? Clara Germana Gonçalves Rocha é Presidente do CRC-CE conselho@crc-ce.org.br


negócios | comércio eletrônico

Já é possível comprar e vender pelo Instagram A plataforma Arco permite que os consumidores façam compras diretamente na rede social. A novidade está alavancando negócios

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uito utilizado por lojas de diversos segmentos, principalmente de vestuário, calçados e acessórios, o Instagram também conta com um parceiro para estimular as vendas. De forma pioneira, a startup brasileira Arco desenvolveu um sistema onde o cliente faz aquisições sem precisar sair da rede. A transação pode ser finalizada quando o consumidor comenta “comprar” em uma das fotos das lojas cadastradas. Para comprar ou vender, no entanto, é preciso que lojista e cliente associem-se ao sistema Arco, tanto o perfil no Instagram quanto suas contas no Paypal. A compra facilitada ocorre porque o sistema liga automaticamente as contas do Paypal dos clientes às das lojas. Entre os diferenciais do serviço, está a chance de comprar em lojas confiáveis, que passam por uma curadoria antes de começarem a vender. “A escolha não tem a ver com o número de seguidores, mas com a interação da loja com eles e oferta de produtos relevantes”, conta Luciana Obniski – sócia-fundadora. Para capitalizar o negócio, o Arco cobra do vendedor 5,5% sobre as

transações, uma taxa também é cobrada pelo Paypal. Proprietárias da marca mineira Adô Adelier - especializada em acessórios, bolsas e peças utilitárias -, Tatiana Azzi e Fernanda Dubal foram as primeiras a se arriscar no sistema, que funciona há pouco mais de 10 meses. Isso porque, para elas, era preciso ir além da loja on-line. “Ter loja virtual é muito básico. Entendemos que

era preciso estar onde os nossos clientes estão e, por isso, fomos para o Instagram”, afirma Tatiana. Diversificar os canais, segundo ela, trouxe como benefício vendas para lugares novos como Roraima e Tocantins. “São locais que a gente nunca atingiria se não tivéssemos adaptado a nossa ferramenta de venda”, conclui. Gostou da novidade? Acesse www.arco.vc e saiba mais! JULHO 2014 | Conjuntura do Comércio

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NEGÓCIOS | Mercado infantil

Pequenos clientes, grandes lucros

Estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) revela que o mercado infantil brasileiro movimenta cerca de R$ 50 bilhões por ano

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e pequenas, as crianças hoje só têm mesmo o tamanho. Com o fácil acesso à informação - principalmente por meio da Internet -, a meninada está cada vez mais “ligada”. Na hora de comprar não estão escolhendo só brinquedos, mas também o que vestir, calçar e até o que comer, influenciando diretamente o consumo das famílias. Essa mudança de perfil, associada ao aumento do poder aquisitivo dos pais, faz girar as economias local e nacional com cifras mais expressivas a cada ano. Um estudo realizado pela Universidade de São Paulo (USP) revela que o mercado infantil brasileiro movimenta, por ano, cerca de R$ 50 bilhões, apresentando um crescimento médio anual em torno de 14%. Destacando apenas o segmento de brinquedos, os últimos dados divulgados pela consultoria GFK mostram que o setor registrou aumento de 15,6% no faturamento de 2012. Segundo o estudo, o incremento do Brasil neste segmento é impulsionado pelo tamanho da população infantil no País: cerca de 46 milhões de indivíduos entre 0 e 14 anos. No segmento de moda, a participação das crianças também é destaque. O setor de calçados e roupas infantis, por exemplo, fa-

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turou em 2012 cerca de R$ 24 bilhões. E de acordo com a Associação Brasileira de Indústria Têxtil e de Confecção (Abit), as perspectivas continuam positivas para esse nicho de mercado nos próximos 15 anos. “Apesar de o Brasil ter re-

duzido sua taxa de natalidade e da tendência de envelhecimento da nossa população, este é ainda um mercado fortíssimo, que tende a prosperar nos próximos 10 a 15 anos”, afirma Fernando Pimentel, diretor superintendente da Abit.


De olho nas crianças Enxergando neste mercado um grande filão, as publicitárias Carla Tourinho e Kitty Viana criaram há quatro anos, em Salvador, o salão de diversão “O Pop”. “Sempre foi meio traumático para as crianças cortar o cabelo. Buscamos criar um ambiente que pudesse divertir”, declara Tourinho. O salão oferece formas de entreter desde a hora da espera até o momento do corte. Assim, as crianças podem assistir a filmes, jogar videogames ou se divertirem no chamado “brinquedão”, de três andares. Mas os serviços não pararam por aí. O Pop se tornou um espaço para festas infantis que foge do convencional. Com temas diversos, a criançada pode desfrutar de serviços nada básicos, como banho de espuma, DJ e até limusine para passear com

os amigos. Ela garante que o negócio é lucrativo, mas deve ser conduzido com profissionalismo e paixão. Outra empresa que também se dedicou a este nicho de mercado foi a Planeta Brinquedo que tem sua sede em Fortaleza. Com um crescimento médio de 15% ao ano, a loja viu seu mercado expandir 60% entre 2008 e 2012. Segundo a gerente comercial, Renata Pastro, a maior oferta de produtos importados é um dos motivos para o bom resultado. A mudança no perfil das crianças também contribui. Com o Dia das Crianças chegando, esta é uma boa oportunidade para você, que já atua no ramo, refletir sobre o que pode oferecer de novidade para este público. Já para quem deseja empreender, investir neste mercado é sucesso na certa!

> Estratégias de venda Para a garotada de até dois anos, as estratégias devem ser voltadas exclusivamente aos pais. Já aos três anos, as crianças começam a sinalizar melhor seus gostos - objetos coloridos fazem sucesso. A partir dos quatro, entram em alta os personagens. Os pais devem pesquisar sempre quais são os preferidos do momento. Dos nove anos em diante, o papel do grupo ganha força nas decisões de compra. Meninos e meninas da mesma turma tendem a se vestir de forma parecida e a ter os mesmos jogos e gostos musicais. Aos lojistas, portanto, delimitamos alguns conselhos: • Sempre que possível, ofereça um espaço da loja para as crianças brincarem e interagirem com os objetos à venda. Cores e música ambiente ajudam a reforçar o clima lúdico; • Mantenha os estoques enxutos. Personagens e brinquedos que vendiam bem na semana passada podem encalhar na prateleira no mês que vem; • Tenha cuidado na hora da propaganda. A publicidade para produtos infantis tem seu próprio código de ética. O uso de imperativos, por exemplo, é vetado. Ou seja, é proibido recorrer a fórmulas como “peça para a mamãe comprar...”, comuns tempos atrás.

Fonte: Marcos Campomar, professor de marketing da FEA-USP.

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NEGÓCIOS | SPC BRASIL

Não, o cheque não vai desaparecer! Antes usado como substituto do dinheiro, cheques ganham força como forma de crédito. Saiba como tomar as devidas precauções

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Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil), por meio da CDL de Fortaleza, disponibiliza aos seus associados um serviço que informa sobre ocorrências com cheques sem fundos, sustados, roubados, cancelados ou extraviados: é o SPCheque Analítica. A solução, prática e simples, reduz o risco de inadimplência nas vendas com cheques à vista ou pré-datados. Dentre os principais benefícios, o produto traz mais segurança no recebimento com cheque, auxiliando na redução do índice de inadimplência e aumentando o leque de informações cadastrais disponíveis de quem o está emitindo. “Acrescentar e melhorar a qualidade de informações sobre o cliente que quer pagar com cheque é a grande vantagem do SPCheque Analítica. Em casos que envolvam esse tipo de operação, é essencial observar o histórico de ocorrências na utilização desse tipo de pagamento, principalmente quando envolve um alto valor, o que acresce o risco”, explica Antonio Carlos Rodrigues, superintendente da CDL de Fortaleza. Dados do Banco Central reforçam a necessidade de o comerciante se preocupar com este meio de pagamento. Em março de 2014, pouco mais de 7% de todos os cheques emitidos no país foram devol-

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vidos por insuficiência de fundos. Nos últimos 12 meses foram 6,3% - percentual maior do que há dez anos, quando a taxa estava em 5,3%. Apesar disso, e do aumento de pagamentos por meio de cartões de débito e crédito, a economistachefe do SPC Brasil, Luiza Rodrigues, afirma que o cheque terá vida longa, uma vez que ele ainda está enraizado como parte da cultura do povo brasileiro.

Para que o recebimento em cheque se torne uma vantagem e não uma dor de cabeça, aproveite as vantagens do SPCheque Analítica e faça boas vendas!

> Mais informações: (85) 3464.5506 ou envie e-mail para gerencia.comercial@cdlfor.com.br


DIÁLOGOS | Aprendendo na Prática

Simplicidade e resultados Por Eduardo Gomes de Matos

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e acordo com o relatório “Situação do local de trabalho/2013”, do Instituto Gallup, apenas 30% dos funcionários estão comprometidos em realizar um bom trabalho. 50% simplesmente passam seu tempo na empresa, enquanto 20% demonstram descontentamento atrapalhando os negócios, influenciando os colegas negativamente, faltando e afastando os clientes, pois oferecem um serviço de má qualidade. Qual a razão para tanta falta de compromisso, quando sabemos que a produtividade é fundamental para a sobrevivência empresarial e a manutenção dos empregos? A realidade é que hoje vivemos uma crise de produtividade mundial. De 1950 para cá, a taxa de produtividade do trabalhador tem diminuído continuamente: caiu de 8 a 6%, ficando em torno de 2% atualmente. O dado preocupa bastante os líderes empresariais e os estudiosos de gestão. Analisando este caso, descobrimos que a produtividade está diretamente ligada a como as pessoas se sentem no trabalho. Mas o que vem gerando esta falta de compromisso e baixos índices de satisfação com o trabalho? A principal resposta é o aumento da Complexidade Empresarial. De 1955 para os dias de hoje, o nível de

a produtividade está diretamente ligada a como as pessoas se sentem no trabalho. complicação dentro das empresas foi multiplicado por 35. As exigências para uma empresa sobreviver e prosperar foram multiplicadas por seis, ou seja, 600%! Portanto, o nível de complexidade e cobrança aumentou demais e isto vem impactando na produtividade das pessoas em todo o mundo. Mas o que fazer? E como fazer? A solução é: buscar a simplicidade na gestão empresarial. Temos um mito de que a complexidade vem com o crescimento das empresas. Isto não é verdade e os estudos comprovam! Sabemos que a definição correta da estrutura organizacional é muito importante para a simplicidade, mas não é somente o “esqueleto”, tem que ter um “sistema nervoso” capaz de dar vida, agilidade e produtividade à empresa. Este sistema é composto por: liderança, engajamento e cooperação. A liderança deve agregar valor à organização, o engajamento é cada pessoa comprometida em fazer o seu melhor e a cooperação é estar consciente de que o comportamento de cada um influencia e determina o resultado dos outros.

Quando não cooperamos, precisamos de mais tempo, mais equipamento, mais sistemas, mais equipes. Quando os compradores, fornecedores e fabricantes não cooperam, precisamos de um estoque maior, mais inventários, mais capital de giro. Quem paga por isso? Os acionistas? Os clientes? Não. Eles se negarão a fazer isso. Então, sobra quem? Os empregados, que terão de compensar a falta de cooperação, aumentando seus esforços individuais. Estresse, síndrome de burnout, sobrecarga, acidentes. Não é de se admirar que haja descompromisso. Se você quer garantir a sobrevivência e o crescimento da sua empresa, analise como estão estes fatores e depois elabore um plano de ação para aperfeiçoa-los, pois serão eles os responsáveis por diminuir a complexidade da sua empresa. É como diz um dos maiores gurus sobre o assunto, Yves Morieux: “Essa é a luta de vocês, líderes empresariais! A verdadeira luta não é contra os concorrentes. A verdadeira luta é contra nós mesmos, contra nossa burocracia, nossa complicação. Somente vocês podem lutar e vencer.” Que Deus esteja com vocês neste bom combate. Um forte abraço! Eduardo Gomes de Matos é presidente da Gomes de Matos Consultores Associados, palestrante e mentor da Endeavor. www.gomesdematos.com.br

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capa | dia do comerciante

Empreendedor, visionário e batalhador Assim é o empresário Francisco Freitas Cordeiro, contemplado com o Troféu Clóvis Rolim. Ele nos conta um pouco da história que o levou a receber uma das principais comendas do comércio cearense

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onferido na solenidade do Dia do Comerciante pela Federação das CDLs do Ceará, o Troféu Clóvis Rolim se constitui uma importante comenda do comércio cearense. Em 2014, tem o seu 42º agraciado: Francisco Freitas Cordeiro. Nascido na cidade de Baturité em 1945, o filho de Raimundo Barbosa Cordeiro e Raimunda Freitas Cordeiro teve sua primeira experiência profissional no Jornal O POVO, em 1964, no auge da revolução que deu origem à implantação do regime militar. Enquanto cursava Direito na Universidade Federal do Ceará (UFC), em 1970, Freitas Cordeiro também foi administrador de uma escola da família – o Colégio Santa Cruz, na Parangaba. Depois que se formou, largou a direção do estabelecimento educacional e foi trabalhar naquilo que sempre foi sua vocação: advogar. Aos 23 anos, iniciou sua carreira fazendo cobranças para várias empresas, em praticamente todo Brasil. Na mesma época, casou-se com Marlise Pimenta, com quem está há 46 anos. Dessa união, nasceram cinco filhos. Empresário diversificado, constituiu as empresas: FZ Imóveis Ltda e Miltintas Distribuidora de Tintas Ltda. Sua primeira empresa – FZ Imóveis – nasceu naturalmente por conta do exercício de sua profissão. Quando começou a advogar, passou a admi-

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nistrar imóveis que os herdeiros das ações de inventário que patrocinava lhe confiavam para a locação. Com o passar do tempo, a carteira de clientes foi se ampliando e a constituição da empresa foi inevitável. Além de se dedicar aos negócios, Freitas atua também em entidades de classe. Entre outras funções, foi conselheiro e um dos fundadores do Tribunal de Ética da Ordem dos Advogados do Brasil, secção do Ceará, onde desempenhou a função de Conselheiro daquela Corte Disciplinar por muitos anos, além de ter participado do Conselho Regional dos Corretores de Imóveis. Atualmente, é diretor da Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas, diretor de comunicação do SPC Brasil e presidente da CDL de Fortaleza. Conjuntura do Comércio Quais lembranças têm do seu tempo de infância? Freitas Cordeiro – Eu cresci no interior e, naquela época, a energia era desligada às 22h! Televisão nem pensar! Apenas o rádio, reservado aos adultos, que estabelecia ligação com o restante do mundo. Havia um ensino primário muito bem ministrado pelo Grupo Escolar Saraiva Leão - na cidade de Redenção -, uma referência na época, no qual eu estudei. Perdi minha mãe aos 10 anos e isso me marcou bastante. Meu pai era um pequeno comerciante que trabalhava no ramo de ferragens em uma loja no mercado de Redenção. Ele sempre dizia que minha herança e a de meu irmão - João Bosco - seriam os estudos. Na época, eu não entendia a extensão de sua mensagem, mas com o passar do tempo tive a inteira compreensão do que ele queria dizer, e visualizei nos estudos a única oportunidade de construir um alicerce que viesse a emprestar suporte aos projetos de vida, para o futuro com que sonhava. Estudei em Fortaleza e no Recife, retornando para o Ceará em 1964. Prestei vestibular no ano seguinte

Procuro visualizar soluções, futuro, enfrentar adversidades. Esse é o papel do empreendedor. É como o pescador: pesca o camarão e não o leva à mesa; usa como isca na busca do próximo peixe. para Direito, na Universidade Federal do Ceará. Era verdadeiramente o que eu queria, a minha vocação. CC – O Sr. falou que veio para Fortaleza em 1964, um ano socialmente complicado. Teve dificuldades por aqui? FC – Recife estava sitiado pelas Ligas Camponesas (associações de trabalhadores rurais comandadas por Francisco Julião). Havia incêndio nos canaviais, invasão de propriedade privada... Lá, a revolução teve um momento bem crítico. Em Fortaleza, estava bem menos intenso, mas não vim para cá por causa disso. É que lá já havia concluído os meus estudos secundários - denominado científico. Foi quando vim para Fortaleza. Inicialmente, morei com uma prima de minha mãe. Por pouco tempo, meu pai ainda me dava algum dinheiro, porque eu estava desempregado, mas já estava determinado a ser independente. CC – Quais foram seus primeiros empregos? FC – Meu primeiro emprego foi no jornal O POVO como revisor. Passei pouco mais de um ano e foi uma boa experiência! Depois, enquanto estava na faculdade, administrei o Colégio Santa Cruz, de um primo de minha mãe, que ficava na Parangaba. A instituição não tinha muitas condições estruturais

> Troféu Clóvis Rolim O Troféu leva o nome do grande líder lojista, que muito fez pelas CDLs e pelo desenvolvimento do comércio no Ceará, e homenageia personalidades que tenham prestado relevantes serviços ao desenvolvimento da causa lojista e social do Estado e do País. Nos últimos seis anos, a comenda foi entregue ao presidente da FCDL, Honório Pinheiro (2008); ao governador Cid Gomes (2009), ao presidente da FIEC, Roberto Macêdo (2010); ao senador José Pimentel (2011); a presidente do Grupo de Comunicação O POVO, Luciana Dummar (2012); e ao senador Eunício Oliveira (2013). A escolha do homenageado é feita pela diretoria da FCDL. Em seguida, um membro da família Rolim é consultado sobre a indicação e o resultado é julgado por cinco diretores da CDL. A entrega do prêmio é feita anualmente no Dia do Comerciante. Criado em 1985, o senador Virgílio Távora foi o primeiro homenageado com a comenda.

e o número de alunos estava bem baixo. Eu entrei decidido a levantar aquela escola e consegui. O colégio ganhou destaque, prêmios, foi se equiparando aos grandes do Estado. Quando me formei, larguei tudo e fui advogar em um escritório no Palácio Progresso, junto com meu amigo e compadre: Fernando Antônio de Brito Bacellar. Começamos uma sociedade, mas logo depois desistimos. Éramos dois advogados jovens, dinâmicos, sem JULHO 2014 | Conjuntura do Comércio

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capa | dia do comerciante muito espaço e condições que não favoreciam. Foi nessa época que comecei a viajar pelo País, fazendo cobrança para empresas, celebrando parceria com escritórios correspondentes em várias capitais. Foi um voo solo. Passei uns oito anos nesse trabalho, um aprendizado excepcional. Como já era casado, e minha família estava crescendo, decidi parar de viajar e me fixar em meu escritório, em Fortaleza. CC – Como iniciou a vida no Comércio? FC - Como advogado, no Palácio Progresso, fazia muito inventário para meus clientes. E naquela época, em Fortaleza, havia poucas imobiliárias. Então, as famílias pediam que eu administrasse os imóveis. A atividade imobiliária nascia em decorrência da advocacia, embora desse mais trabalho que resultado. Meus meninos começaram a estudar e minha esposa (Marlise) veio me ajudar fazendo contato com os proprietários, enquanto eu exercia minha profissão. Nesse período, quando já tinha muitos contratos, anunciei que iria acabar com aquele serviço. Era um trabalho muito árduo e eu realmente não via retorno. Ela discordou e pediu que eu reconsiderasse. Foi aí que pensei melhor e decidi então constituir uma empresa para administrar aquela incipiente carteira, com gestão profissional. Comprei um computador - CP 500 da Prológica. Um avanço e tremenda ousadia à época. A partir do momento em que informatizei a empresa, foi possível gerenciá-la com maior eficiência, sem maior interferência na minha atividade profissional advocatícia. A empresa foi notícia e ganhei vários clientes por conta dessa inovação. Encarreguei a Marlise de assumir mais responsabilidades lá dentro. Foi assim que a FZ Imóveis nasceu. Sempre digo que a FZ tem uma mãe, porque ela é fruto da persistência de minha mulher. Após 35

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O papel do presidente é o de um maestro: eu não preciso saber tocar nenhum instrumento. O que eu preciso é de um ouvido que saiba identificar a sonoridade, a afinação. anos, a empresa se encontra consolidada no mercado imobiliário local, onde desfruta de excelente conceito, quer na locação, quer na compra e venda de imóveis. Com sede na Av. Monsenhor Tabosa, 1255 - Meireles, acabamos de adquirir imóvel na Av. Washington Soares - Água Fria, onde abriremos a Filial Sul. CC – Quais os maiores desafios que enfrentou durante esses anos no comércio? E o que fez para superá-los? FC - Como todo empreendedor do meu tempo, sofri muito com o período mais crítico de instabilidade econômica que o País já passou: Plano Cruzado, Plano Verão, Plano Blesser, Collor I e Collor II, um mun-

do conturbado de congelamentos, inflação galopante, crédito escasso e inacessível, instabilidade política. Custa crer, mas sobrevivemos. Alguns fatores foram importantes no enfrentamento destes tremendos desafios, valendo destaque para: a prudência, cautela, persistência, tenacidade e muita coragem. Todos fomos penalizados e perdemos décadas no desenvolvimento de nossa economia. CC – Qual o perfil do Sr. como empresário? FC – Sou sonhador, batalhador e visionário. Procuro visualizar soluções, futuro, enfrentar adversidades. Esse é o papel do empreendedor. É como o pescador: pesca o camarão e não o leva à mesa; usa como isca


na busca do próximo peixe. O prazer reside em criar, envolvendo pessoas nos seus sonhos e lhes propiciando condições. Por outro lado, isso gera uma grande responsabilidade em relaçao às pessoas que acreditaram em seu projeto e dele passaram a viver. Com o tempo, você começa a ter a precisa noção de que a empresa não te pertence. Como ser vivo, ela é independente, feita pelas pessoas e para as pessoas. Crescerá, e a vida própria a levará em frente, tocada por mãos sucessoras, cumprindo o seu papel social. CC – Este é o último ano do Sr. como presidente da CDL. Como avalia o período de sua gestão? FC – Esses cinco anos e seis meses de gestão foram um dos maiores desafios da minha vida, por tudo que a CDL representa. O papel do presidente é o de um maestro: eu não preciso saber tocar nenhum instrumento. O que eu preciso é de um ouvido que saiba identificar a sonoridade, a afinação, para daí corrigir ou substituir o instrumento. O grupo toca de acordo com a música que o maestro escolhe. Preciso ser também um estimulador. Tenho uma equipe de gestores competentes que me auxiliam nesse processo. Mantive projetos e instalei outros nesse período. Dentre eles: Fortaleza Liquida, que surgiu com o propósito de animar o varejo numa fase de desempenho baixo e já vai para a sexta edição; o desenvolvimento do setor de Cobrança com tecnologia de ponta; reforma na estrutura física da Entidade, estabelecendo uma gestão moderna compartilhada, eliminando departamentos fechados e possibilitando uma interação maior entre os colaboradores; a expansão da Faculdade CDL, em uma parceria inédita com a Universidade Estadual do Ceará (UECE); coroando com a exitosa missão empresarial à China, oportunidade na qual 73 empresários viajaram para a maior feira multissetorial do mundo, propiciando ao

Não construí nada sozinho, sempre tive consciência de que preciso das pessoas. Digo sempre: a moeda que mais prezo é a do relacionamento. pequeno e médio varejista cearense mais um elemento de competitividade com o exercício da importação. Pude desenvolver também um relacionamento com o poder público municipal, estadual e federal. O presidente da Entidade precisa estabelecer essa relação. As decisões que comandam nossa vida são políticas e temos o dever de acompanhá-las, sempre defendendo os anseios e direitos da categoria que, não resta dúvida, se confundem com os interesses da própria comunidade, onde interagimos. A Entidade desfruta de grande visibilidade, elevado conceito e estima da sociedade, sendo dever do presidente preservá-la como tal. Nada seria possível ser construído, contudo,se não tivesse tido o apoio da extraordinária diretoria que me emprestou seu apoio incondicional em todos os projetos abraçados.

CC – Em 2008 o Sr. foi eleito o Lojista do Ano. Como se sente agora ao ser homenageado com o Troféu Clóvis Rolim? FC – Fui surpreendido com essa homenagem. Fazer parte do time dos ganhadores do Troféu Clóvis Rolim é uma honra para mim e traz uma grande responsabilidade. Percebo que meu propósito de fazer o certo, de me doar em prol de um segmento, de uma coletividade, foi percebido. Não construí nada sozinho, sempre tive consciência de que preciso das pessoas. Digo sempre: a moeda que mais prezo é a do relacionamento. Sinto-me, portanto, envaidecido por ter sido agraciado com o importante troféu, a maior comenda da nossa categoria. JULHO 2014 | Conjuntura do Comércio

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IDEIAS | FRESH FOOD

Jeito leve de fazer negócio

Criado na Europa, o conceito de comida rápida e saudável já se espalhou por todo o mundo. No Brasil, a procura por franquias mais que triplicou nos últimos três anos

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omida rápida e saudável para quem precisa de comodidade, mas não quer recorrer aos fast foods. O fresh food é um conceito que nasceu há quase duas décadas na Europa. A partir daí, cresceu tanto que já se espalhou pelo mundo. Feitos na hora, os pratos são balanceados, preparados com produtos naturais, frescos e sem temperos industrializados. Há ainda quem venda apenas alimentos orgânicos e redes que se especializaram em comidas vegetarianas rápidas. Sucos naturais feitos com frutas frescas também estão nessa lista, assim como sanduíches integrais e naturais. Criar hábitos saudáveis é uma preocupação cada vez maior dos brasileiros. Segundo o Ministério de Desenvolvimento Agrá-

rio, a venda de orgânicos cresce 40% ao ano. A comida saudável é uma opção inteligente para quem quer unir o útil ao agradável: cuidar do corpo, ter uma alimentação balanceada, economizar tempo e ainda ajudar ao meio ambiente. A Associação Nacional de Franchising (ABF) afirma que a procura por franquias fresh food mais que triplicou nos últimos três


anos, bem como aumentou também a sua oferta. Já há diversas redes do gênero se espalhando pelas ruas e shoppings das grandes capitais. As franquias fresh food É o caso da Salad Creations. A marca internacional, que se especializou em servir grelhados com saladas, já possui mais de 20 unidades espalhadas pelo país, inclusive em Fortaleza/CE. “Cada vez mais a gente vê um crescimento e uma busca maior do consumidor por esse tipo de produto”, afirma a gerente geral da rede, Ana Maura Werner. “Acho que existe uma consciência maior ao que se come, hoje. Então nosso negócio vem realmente suprir essa carência de mercado e oferecer para o consumidor um produto que tem uma demanda muito grande.” A franquia, aberta em 2009 no Brasil, fatura 20% mais a cada ano. O perfil dos clientes é formado por jovens das classes A e B, que não se prendem ao preço quando se trata de alimentação saudável. A rede de franquias recebe 130 mil clientes por mês

A comida saudável é uma opção inteligente para quem quer unir o útil ao agradável: cuidar do corpo, ter uma alimentação balanceada, economizar tempo e ainda ajudar ao meio ambiente. em suas 23 lojas e fatura R$ 1,8 milhão/mês. Outra marca que atua no Brasil é a rede suíça Not Guilty. Criada em 2007, a empresa tem como foco o público feminino das classes A e B. “A alimentação saudável no Brasil é nova, porém extremamente pujante. Se a alimentação fora do lar cresce em ritmo acelerado, a saudável cresce ainda mais”, diz Sergio Freire, CEO da marca no Brasil. Hoje, o setor de alimentação saudável no País movimenta R$ 40 bilhões; e deverá crescer 40% até 2015, atingindo uma marca superior a R$ 50 bilhões, de acordo com dados do Euromonitor. Mercado crescente Também começam a se interessar pela alimentação rápida e saudável as redes que já atuam neste segmento com a venda de produtos. A Mundo Verde – empresa de produtos naturais e or-

gânicos que possui seis lojas em Fortaleza/CE – é um exemplo. Em 2012, o grupo anunciou uma nova marca: a Verdano Fresh Food, seu braço de alimentação saudável. “Esse mercado de fresh food ainda é muito pequeno no Brasil. Cuidar do corpo e da saúde não é mais modismo perto do verão. A gente sabe que as pessoas estão mais preocupadas com isso”, diz João Penna, diretor-executivo da Verdano. Lívia Barbosa, professora da Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), afirma - no blog Gestão de Alimentos - que ainda existe preconceito sobre o mercado de produtos e alimentos saudáveis. Mesmo assim - segundo ela - esse mercado continuará crescendo de forma promissora. Ela destaca ainda que graças à diversidade de frutas, verduras e saladas, além dos incentivos do governo para o aumento da produção de produtos orgânicos, o Brasil tem grandes chances de surpreender, no que diz respeito à qualidade das operações de fresh food. Além disso, o nosso clima tropical favorece o consumo desse tipo de alimento. De qualquer forma, para investir neste setor é importante fazer um estudo de mercado. Afinal, é preciso conhecer mais detalhadamente os desafios do segmento, que ainda está em fase de consolidação no território brasileiro.

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negócios | economia e mercado

Banco Central vê desaceleração da economia e rigidez da inflação Analistas sugerem que a falta de um crescimento econômico mais forte pode ser o preço do arrocho monetário adotado para manter a inflação sob controle

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om a queda no nível de confiança dos empresários e desaceleração do consumo agregado, os analistas econômicos começam a rever seus prognósticos. O próprio Banco Central já diminuiu, de

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2% para 1,6%, a previsão de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) em 2014. Alguns analistas sugerem que a falta de um crescimento econômico mais forte pode ser o preço do arrocho monetário

adotado para manter a inflação sob controle. Ao elevar a taxa de juros SELIC de 7,5% para 11% nos últimos meses, o BACEN elevou o custo do dinheiro e inibiu o consumo, reduzindo a pressão sobre os preços. Com isso, espera-se


uma queda da inflação para um patamar inferior a 6%. Todavia, esse não é o cenário que vem se configurando para o Brasil em 2014, já que a inflação provável para este ano deverá ser maior que a do ano passado: em torno de 6,4%. Nível de emprego e crédito funciona como combustível Em meio a expectativas de estagnação, algumas variáveis seguem dando forte contribuição ao crescimento do consumo e da economia em curto prazo. Uma delas é o crédito, cujo saldo das operações no sistema financeiro cresceu 1% em maio e atingiu R$ 2,804 trilhões (56,1% do PIB), de acordo com o Banco Central. Já a taxa de desemprego se manteve em baixa no mês de abril/2014, ficando em torno de 4,9%, a menor para este período do ano. Com crédito e emprego assegurados, a economia expande-se apesar dos baixos níveis de investimento do setor público e privado. Essa contraposição, entre baixo investimento e consumo agregado, tem evitado uma recessão econômica mais clara. Brasil celebra 20 anos do Plano Real Após 20 anos de adoção do Plano Real, o balanço é bastante positivo. Porém, é preciso cuidar da moeda para evitar maiores perdas do seu poder aquisitivo. Um grande mérito foi resgatar o valor da moeda nacional sem provocar grandes recessões. Ao contrário, no biênio 1994-95, a economia brasileira cresceu mais de 10%, com ganhos sociais importantes. A partir daí, a valorização em dólar do salário mínimo criou maior poder de compra para os trabalhadores no mercado interno e externo. É necessário mais investimentos, mas isso só acontecerá com

REFORMA INSTITUCIONAL Reforma

Impactos

Reforma Tributária

Desoneração da produção e dos serviços de infraestrutura

Marcos regulatórios transparentes e estáveis

Dinamizar parcerias públicoprivadas e melhorar a infraestrutura

Política pró-competitividade industrial

Acelerar investimentos em inovação e fortalecer os arranjos produtivos locais

Política de renda consistente

Incentivar o crescimento da renda de acordo com a produtividade

o comércio varejista cearense descolou da trajetória do comércio nacional e deverá apresentar um grande desempenho até o fim deste ano. uma mudança no atual regime institucional, envolvendo reforma tributária compatível, marcos regulatórios estáveis, política industrial que acelere a competitividade e uma política de rendas que valorize a produtividade Análise do setor de Comércio De acordo com a Pesquisa Mensal do Comércio, do IBGE, em abril/2014 o comercio varejista registrou um crescimento de 6,7% do seu volume de vendas - sobre o mesmo mês do ano anterior. Em 2013, neste mesmo mês, o crescimento sobre 2012 foi de 1,6%, o que mostra uma retomada no corrente ano. No acumulado do ano, o crescimento foi de 5% - contra 3% no ano passado -, levando a uma expansão de 4,9% nos últimos 12 meses. Varejo cearense mantém ritmo forte No Ceará, o comércio varejista apresentou um crescimento de 10%, sobre o mesmo período do ano passado, uma expansão

bem maior que a média nacional (6,7%), sendo o quinto melhor do País. No acumulado do ano, a expansão foi de 9,2%, um desempenho também superior à média nacional (5,0%). Esse resultado parece sugerir que o comércio varejista cearense descolou da trajetória do comércio nacional e deverá apresentar um grande desempenho até o fim deste ano.

De olho nos números

11%

Taxa de Juros

SELIC em junho/14

4,9%

Taxa de Desemprego em abril/14:

R$

2,19

Dólar em 30/06/2014

0,47%

Inflação(IPCA-15) em junho/14:

5%

Crescimento da Inadimplência em maio/14:

56,1%

Relação Crédito/ PIB em maio/14

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IDEIAS | Recursos Humanos

Estagiários ou trainees? A contratação de estudantes e recém-formados trazem vantagens e desvantagens. Saiba se sua empresa está pronta para abrir esta porta e como atravessá-la com sucesso.

J

ovens universitários ou recém-formados são opções para empresas que planejam crescer com inovação, mas é válido lembrar que cada uma possui um perfil diferente, podendo mostrar-se tanto um atrativo quanto um desestímulo para profissionais em início de carreira. Estes, normalmente, ainda estão em desenvolvimento. De acordo com Sandra Cabral, diretora da Unidade de Negócios, Desenvolvimento & Carreira do Grupo DMRH, “é de extrema importância que a empresa deixe claro quais são as reais oportunidades de crescimento interno, pois, conhecendo melhor os ramos e áreas de atuação da empresa durante o estágio, muitos jovens esperam acelerar a carreira abrindo

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Conjuntura do Comércio | JULHO 2014

Quer opte por um estagiário ou um trainee, na hora de contratar é necessário ter em mente a visão dos profissionais que quer na empresa em longo prazo portas para efetivação no próprio local”, afirma. Ainda segundo Cabral, ambos os profissionais podem trazer benefícios para a companhia que os contratar, mas algumas avaliações devem ser feitas a fim de decidir qual o nível de conhecimento e experiência que a empresa necessita no momento: “estagiários, por exemplo, são opções mais interes-

santes quando as lacunas da empresa estão concentradas nas áreas de base - onde um alto conhecimento ainda não é necessário. Já na necessidade de profissionais que possam atender às demandas intermediárias, o ideal é a contratação de trainees”, aconselha. Quer opte por um estagiário ou um trainee, na hora de contratar é necessário ter em mente: a visão dos profissionais que quer na empresa em longo prazo; o gerenciamento de pessoas aptas à captação, formação e retenção de funcionários; e verificar se os gestores estão preparados para instruir e lidar com jovens sem ou com pouca experiência na área. Com um bom planejamento e escolhas acertadas, a sua empresa só terá a ganhar com a contratação destes novos profissionais.


DIÁLOGOS | A REALIDADE DO VAREJO

A glória é fruto do trabalho Por Honório Pinheiro

A

frase que intitula esse artigo foi retirada da palestra que profere pelo Brasil o vitorioso ex-jogador de vôlei (hoje treinador) Giovane Gávio. Na mesma toada, outros ídolos do esporte servem como inspiração para empresários de todo o país. Os mais reconhecidos são Bernardinho, técnico da Seleção de Vôlei, e Felipão, o “paizão” da atual Seleção Brasileira de Futebol. O estilo de liderança desses três exemplos desportivos certamente difere. Enquanto Giovane é o “colega” de trabalho, Bernardinho representa a exigência implacável pelo resultado, e Felipão, o “paizão” que transforma a equipe em uma grande família. Apesar dessas diferenças, esses treinadores possuem características comuns. Para todos eles superação, disciplina, comprometimento, trabalho em equipe, inspiração e transpiração integram a fórmula da glória, da conquista dos objetivos traçados. Esse foco certamente falta a muitos empreendedores, a muitas lideranças dentro das empresas. O medo, a limitação, a ausência de regras claras e a incapacidade de desenvolver “os atletas” liderados rumo às metas traçadas faz que muitos empreendimentos fracassem ainda na primeira fase de sua existência.

Talvez a principal diferença entre líderes empresariais e líderes esportivos de destaque é que para os esportivos a possibilidade de perder inexiste, e esse desejo pela vitória se torna seu principal objetivo. A glória de ser o melhor, a glória de ser o maior,

Lideranças ultrapassadas, seja no esporte seja nas empresas, costumam mecanizar os processos, esquecidas de que diante de si têm atletas que, se bem treinados, podem multiplicar muito suas capacidades. a glória de se igualar aos grandes nomes da história. Poucos no mundo empresarial sentem essa “fome”. A maioria dos líderes é aquilo que no esporte se costuma chamar de adversário “café com leite”, isto é, aquele que não tem talento nem força para ir longe. O esporte é naturalmente motivacional; além disso, é dinâmico. Nas empresas, os líderes parecem esquecer essa necessidade de manter liderados motivados, de passar sua dinâmica para a equipe de modo que esta

equipe reflita os valores e a força do líder. Lideranças ultrapassadas, seja no esporte seja nas empresas, costumam mecanizar os processos, esquecidas de que diante de si têm atletas que, se bem treinados, podem multiplicar muito suas capacidades. O dia a dia das empresas é o treino em que o liderado pode perceber a necessidade de vencer desafios em vez de sucumbir a eles. Líderes que são complacentes, medrosos ou que tomam decisões ruins não ganham campeonatos. Líderes que repassam desafios para os liderados sem, no entanto, atrair estes liderados para a conquista pela equipe são hoje líderes ultrapassados. Jamais liderarão seleções, no máximo times medíocres que se equilibram na luta para não perder o emprego, para não fechar as portas, jamais chegando próximos ao brilho dos grandes. E pensar que na maioria das vezes essa glória é mais fruto de determinação do que de algum talento muito especial. Apenas para relembrar: superação, disciplina, comprometimento, trabalho em equipe, inspiração. Essa é a fórmula para alcançar a glória no empreendedorismo nosso de cada dia. Honório Pinheiro é presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará e preside, também, o Grupo Pinheiro Supermercado. presidente@fcdlce.com.br

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MOVIMENTO | FEDERAÇÃO

Comércio se mobiliza para criar novas CDLs Mesmo com grande movimentação em todo o Estado, em virtude da Copa do Mundo, a Federação das CDLs do Ceará continua o processo de expansão do movimento cedelista no interior

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mpresários dos municípios de Hidrolândia, Pedra Branca, Solonópole, Alto Santo e Paraipaba realizaram, nos meses de maio e junho, reuniões com representantes da Federação das CDLs do Ceará com o objetivo de fundar uma CDL em suas cidades. O interesse dos lojistas é viabilizar uma entidade que agregue benefícios aos comerciantes, principalmente o Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) –

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disponibilizado exclusivamente pela CDL –, e que ofereça vários tipos de consultas aos consumidores que se dirigirem às lojas para efetuarem compras. Além disso, é também de interesse dos empresários do interior as parcerias que a CDL pode implementar: como os cursos de qualificação para funcionários do comércio e as campanhas de vendas, com o intuito de movimentar o setor em datas comemorativas ou de baixa venda.

Diante deste cenário, um fator importante para o crescimento econômico dos municípios chama a atenção: o interesse do lojista na união da classe. “A cada nova CDL temos a convicção de que o associativismo promove o desenvolvimento do setor de Comércio e Serviços, agregando valor e fortalecendo ainda mais o movimento cedelista”, afirma Honório Pinheiro – Presidente da Federação das CDLs do Ceará.


MOVIMENTO | Faculdade CDL

Parceria a favor do comércio Faculdade CDL e UECE fecham parceria e apresentam inovações voltadas para a gestão de negócios e varejo

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Faculdade CDL acaba de fechar parceria com a Universidade Estadual do Ceará (UECE). O objetivo: desenvolver novos conceitos e soluções inteligentes em gestão para o mercado varejista cearense. Representantes das duas instituições reuniram-se para discutir as ações que serão implantadas ao longo do calendário/2015 da Faculdade CDL. Na pauta: a estruturação da plataforma docente e o uso compartilhado do prédio em Fortaleza - localizado na Rua 25 de Março - onde funcionava o curso de Administração da UECE. No local, serão instaladas 33 novas salas de aula, 3 laboratórios, 1 auditório com capacidade para 400 lugares, o “Observatório do Varejo” e o “Salão da Inovação”,

espaço dedicado a pesquisas. Na ocasião, também foram lançados 25 cursos de pós-graduação (áreas: gestão de negócios comerciais, gestão de operações e serviços, contabilidade, direito aplicado a negócios, recursos humanos), mestrado e doutorado em Administração. A previsão de início dos cursos de pós-graduação é fevereiro/2015. Salão da Inovação O projeto consiste na estruturação de um laboratório que desenvolverá estudos e experimentos com inovações e tendências, na área de Tecnologia da Informação, voltados ao varejo. “Por meio desses experimentos, os lojistas locais terão acesso às

inovações. Será um grande display para aqueles que quiserem investir em tecnologias”, afirma Fernando Xavier, diretor acadêmico da Faculdade CDL. Observatório do Varejo Este funcionará como um núcleo de estudos, no qual professores, pesquisadores e alunos investigarão - na literatura - fórmulas e práticas empresariais que embasam o que há de mais avançado nos modelos de gestão. Segundo Xavier, este é um canal eficaz para melhorar a eficiência das empresas. “Precisamos levar conhecimento às empresas e estimular pesquisas na área de TI e de marketing para estarmos sempre à frente”, conclui. JULHO 2014 | Conjuntura do Comércio

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MOVIMENTO | ALFE

“Formação Social - A arte de receber”

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ste foi o tema da palestra realizada pela Associação Lojista de Líderes Femininas (Alfe), no último dia 13 de maio, dentro do programa de capacitação e qualificação de suas associadas. Ministrada pela consultora financeira Berenice Lins, a palestra versou sobre as diversas formas de se receber, etiqueta e formalidades adequadas a cada evento e ambiente.

A palestra abordou ainda os aspectos culturais, com foco na origem de cada procedimento e regras. “Com certeza, essas

informações veio enriquecer de forma substancial o conhecimento de melhor receber”, afirma Fátima Duarte, presidente da Entidade.

Alfe promove almoço social

As alfeanas, sob o comando da presidente Fátima Duarte, promoveram um almoço social, no último dia 27 de maio, que teve como principal pauta um momento de oração e fé dedicado a Nossa Senhora. A programação teve a participação e organização da Comissão Ecumênica,

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composta por: Célia Macedo, Maria do Carmo Costa, Zélia Brasil, Adamir Leitão e Rosa Virgínia Frota, que falou sobre a história da humanidade e fez referência a Nossa Senhora, cujo comportamento e conduta, simplicidade e solidariedade, servem de exemplo para todas as mulheres.

Na ocasião, também foi realizado o lançamento da cartilha informativa “O Ministério Público vai à Escola” pelo Procurador do Ministério Público do Estado, Dr. Valdo Silva. Com uma linguagem coloquial, a cartilha traz informações básicas sobre o papel do Ministério Público e sua ação na sociedade.


DIÁLOGOS | LIDERANÇA E GESTÃO

Reinvente-se... ou desapareça! Por Marcos Braun

E

stamos vivendo o que alguns especialistas já chamam de “a 2ª era da máquina”. Para eles, o avanço inacreditável e incontrolável da tecnologia, e da capacidade de processamento dos chips, nos levará a um tempo de abundância de recursos físicos e imateriais nunca vistos na história. Com o avanço da tecnologia, houve uma melhor distribuição e geração de riqueza, deixando as pessoas mais livres para viver mais e melhor. Por outro lado, num futuro não muito distante, mais transformações virão e deverão gerar relevante desconforto e muitos mortos – leia-se empregos – ficarão pelo caminho. No início do ano, Bill Gates fundador da Microsoft - previu que a robotização da economia eliminará milhões de postos de trabalho nos próximos 20 anos, sobretudo nos países desenvolvidos. Máquinas, segundo ele, tomarão lugares de garçons, motoristas, vendedores e enfermeiros, por exemplo – um movimento rápido, que gerará pressões sociais e que vêm sendo negligenciado pela maioria dos governos. Hoje, mesmo nas nações mais ricas, muitos desses profissionais citados, e outros mais, não estão preparados para assumir novas funções em outros setores da economia. A máquina pode substituir pessoas? A resposta é não.

Eu visualizo um mundo moderno, onde tarefas robóticas não serão de responsabilidade dos seres humanos, apenas sua supervisão. Mas poderá substituir pessoas que não se atualizarem ou que se acomodarem. Pode chegar um dia em que a automação substitua as pessoas nas tomadas de decisões nos negócios. As máquinas substituiriam os administradores que atualmente confiam em instinto, experiência, relações e incentivos financeiros por desempenho para tomar decisões que algumas vezes levam a resultados ruins. Independente de qualquer situação, a tecnologia jamais substituirá um talento. Estamos em um mundo onde a tecnologia cada vez mais avança, máquinas vêm substituindo tarefas de seres humanos, processos cada vez mais são automatizados e muitos estão perdendo seus empregos e o desemprego mundial aumenta. As pessoas faziam (e ainda fazem) serviços que elas não vieram ao mundo para fazer. A capacidade do ser humano é muito maior do que ”apertar” parafusos em uma empresa. Na

verdade, o ser humano tem que estar inventando novos tipos de parafusos, novas máquinas, novos procedimentos ou uma forma de não usar o parafuso e utilizar alguma criação mais avançada. Cada vez mais cresce o número de vagas disponíveis no mercado (e que não são preenchidas!) que exige alguns cursos, treinamentos, talentos ou pessoas com determinados perfis para fazerem “florar” novas ideias e pensamentos. Eu visualizo um mundo moderno, onde tarefas robóticas não serão de responsabilidade dos seres humanos, apenas sua supervisão. Novas tarefas vão surgir aproximando e muito o contato entre as pessoas. Chegará o fim, no qual o funcionário é obrigado a cumprir um horário dentro de uma empresa, onde muitos fingem que trabalham (enrolam) e as empresas fingem que pagam os mesmos salários medíocres. As pessoas vão ser pagas por tarefas, no qual seu talento estará em jogo, sem horário fixo exigido. A exigência será por resultados! Caro leitor, nós só temos duas escolhas: reinvenção ou desaparecimento. Qual decisão pretende tomar? Pense nisso e até a próxima! Marcos Braun é Consultor, Professor de MBA, Coach e Palestrante Contato: marcos@marcosbraun.com.br Facebook: consultormarcosbraun www.marcosbraun.com.br

JULHO 2014 | Conjuntura do Comércio

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IDEIAS | CULTURA

Muita cultura é sempre bem-vinda! Confira as dicas deste mês! Exposição

Livro

FILME

“Luminares da Arte Cearense”

O silêncio das montanhas Khaled Hosseini

Intocáveis (2011) Direção: Eric Toledano e Olivier Nakache

Revelando uma diversidade em linguagens, temas, técnicas, estilos e materiais, a exposição segue em cartaz até o final de julho. A mostra reúne um conjunto de 97 peças - entre fotografias, pinturas, desenhos, xilogravuras, esculturas - de 23 artistas, nascidos no Ceará ou que escolheram o estado para fazer moradia. Participam da coletiva: Aldemir Martins, Babinski, Descartes Gadelha, Gentil Barreira, Jarbas Oliveira, Sérvulo Esmeraldo, Zé Tarcísio, dentre outros.

O mesmo autor de “O caçador de pipas” escreveu um novo romance sobre como nos amamos, como cuidamos um do outro e como as escolhas que fazemos ressoam através de gerações. Nesta obra, Hosseini explora as diversas formas como as famílias educam filhos, magoam, traem, se respeitam e se sacrificam um pelos outros; e com que frequência somos surpreendidos pelas ações dos que estão mais próximos de nós no momento que mais precisamos. Na sequência de seus personagens e as ramificações de suas vidas, escolhas e amores ao redor do mundo - de Cabul à Paris, de São Francisco à Grécia - a história se expande gradualmente, tornando-se emocionalmente complexa e poderosa a cada página.

Visitação: até 31 de julho. Horário: terça a sexta, das 9h às 18h e sábado, das 9h às 17h. Local: Sobrado Doutor José Lourenço – Rua Major Facundo, 154 - Centro. Entrada: gratuita. Informações: (85) 3101-8826

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Considerado um fenômeno mundial, o filme narra a história de um aristocrata que contrata um jovem para ser o seu cuidador, após um acidente de parapente que o deixou tetraplégico. O que era para ser um período experimental acaba virando uma grande aventura. Amizade, companheirismo e confiança são os elementos que transformam esse filme tocante e inesquecível. É baseado no livro autobiográfico de Phillippe Pozzo di Borgo, “Le Second souffle” (“O segundo suspiro”, em tradução livre). Vale a pena alugar e conferir!



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