VÁ PARA CASA!

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COMÉRCIO Conjuntura do

Ano IX – Nº 102 – Setembro 2014

Vá para casa! Conheça o mundo home office e descubra se os seus funcionários se encaixam nesse novo, moderno e disciplinado estilo de trabalho


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Palavra do Presidente Nesta Edição 04

ACOnTECEu nA CDl

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Federação

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CRC

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Legislação

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Faculdade

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Gestão

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Diversificação

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CAPA

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Marketing Sensorial

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SPC Brasil

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A REALIDADE DO VAREJO

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Economia e mercado

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Articulação

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Aprendendo na Prática

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alfe

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LIDERANÇA E GESTÃO

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cultura

Expansão das CDLs

Simples Nacional e a Lei Complementar nº 147/2014

Simples, mas grandioso

Do técnico para o mercado de trabalho

Uma nova hierarquia?

Além do produto

Vá para casa!

Escolha a música certa e venda mais

Inovação dá mais segurança às vendas

Era de novas profissões

Nordeste cresce mais que o Brasil, e de forma sustentável!

Até que enfim, a liberdade!

O que te trouxe até aqui, pode não te levar até acolá

“Troféu mulheres que brilham”

Um novo 7x1? A Copa acabou, mas o placar continua...

E xp e d ie n t e

B-R-O BRÓ: OTIMISMO PARA O COMÉRCIO

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ara o varejo é chegada a reta final do calendário lojista quando, de setembro a dezembro, as vendas disparam no período do B-R-O BRÓ. A boa notícia é que o comércio cearense vem crescendo a um ritmo forte, cerca de duas vezes mais que o varejo nacional. Enquanto a indústria brasileira está hesitante em realizar investimentos, no Ceará o setor vem se expandindo de maneira consistente, criando massa salarial que gera impactos positivos no comércio. Destaque especial para o aumento da população brasileira - que supera os 200 milhões de habitantes - e para o Nordeste, que continua sendo o segundo maior centro consumidor do País. Também merece destaque a 54ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, que será realizada na Costa do Sauípe/ Bahia. O evento envolve empresários de todo o território nacional e alguns países da América do Sul e conta sempre com um grande número de lojistas inscritos em atividades como: palestras, seminários, painéis informativos e exposições de produtos e serviços. O Ceará será representado por uma delegação com mais de 600 convencionais. Por fim, a CDL de Fortaleza realizará de 21 a 25 de outubro o Feirão Seu Nome Limpo. A iniciativa tem o objetivo de facilitar a negociação de dívidas entre o público consumidor e seus credores, com condições especiais, favorecendo ainda uma orientação financeira adequada, estimulando o consumo consciente e sustentável para todos os participantes. Aos nossos clientes, parceiros e ao público consumidor, fica aqui o convite para que aproveitem esta grande oportunidade. Esperamos por vocês! Freitas Cordeiro presidente@cdlfor.com.br

Rua 25 de Março, 882 – Centro – CEP 60060-120 – Fortaleza – CE – Fone: (85) 3464.5572 – www.cdlfor.com.br

Conjuntura do Comércio é uma publicação mensal editada pela Câmara de Dirigentes Lojistas de Fortaleza. Presidente: Francisco Freitas Cordeiro | 1° vice-presidente: Pio Rodrigues Neto | 2° vice-presidente: Francisco Deusmar de Queirós | Diagramação: Antonio Henrique Silva Lima | Estagiário de criação: Neudson Júnior | Produção textual: Daniele de Andrade | Estagiária de jornalismo: Tainan Carvalho | Jornalista responsável: Dégagé Assessoria | Tiragem: 10.000 exemplares | Distribuição: Gratuita | Impressão: Gráfica 3 Irmãos | Sugestões e comentários: silvia.freitas@cdlfor.com.br Nossa Missão: Coordenar a integração e o desenvolvimento sustentável do comércio de Fortaleza, preservando os interesses coletivos, a responsabilidade socioambiental e os princípios do associativismo.

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MOVIMENTO | ACONTECEU na CDL

“Eu posso mudar o mundo!”

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ste foi o tema do Ciclo de Palestras CDL que aconteceu no último dia 18 de agosto e contou com a presença de cerca de 250 pessoas. O palestrante foi o consultor organizacional e montanhista

profissional, Rosier Alexandre. Explorando os desafios do campo profissional, Rosier propôs ideias inovadoras que ambicionavam encorajar aos espectadores uma nova forma de se inserir no mercado de traba-

lho. Mais de 100 kg de alimentos foram arrecadados e doados à Toca de Assis, uma fraternidade que presta apoio humanitário por meio de instituições de caridade - em diversos estados brasileiros e no Equador.

37ª CDL Móvel contempla o bairro Jacarecanga

Dos dias 18 a 22 de agosto, o Colégio Estadual Liceu do Ceará - no bairro Jacarecanga - recebeu a 37ª edição da CDL Móvel, uma ação da CDL de Fortaleza e da Faculdade CDL que objetiva capacitar o profissional do comércio. Oito cursos foram ofertados. Entre os mais procurados, estavam: Líder Coach; Rotinas do Setor Pessoal e Controle Financeiro para

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Pequenos Negócios. 169 pessoas foram beneficiadas. Durante a semana, inscrições no Cadastro Positivo - banco de dados com informações de consumidores que têm histórico favorável de pagamento - e consultas ao SPC foram disponibilizadas. Também foi realizada a gincana Salve o Planeta, que contemplou com um tablet o aluno que mais arrecadou material

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reciclado - papelão e garrafa pet. Mais de 400 kg foram recolhidos. Todos os alunos que participaram do curso receberam, via e-mail, o certificado de conclusão. 215 kg de alimentos foram coletados no ato de inscrição e repassados à Associação Ágape, que cuida de dependentes químicos. A próxima CDL Móvel acontecerá em outubro.


MOVIMENTO | Federação

Expansão das CDLs 1ª diretoria das CDLs de Horizonte e Hidrolândia é empossada

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presidente da FCDL/ CE - Honório Pinheiro – empossou, em agosto, a 1ª diretoria das CDLs de Horizonte e Hidrolândia. O empresário Mateus de Araújo Girão Nogueira, proprietário da Ótica Digital, comandará a CDL de Horizonte no triênio 2015/2017. Prestigiaram o momento os presidentes: Freitas Cordeiro (CDL de Fortaleza); Alberto Oliveira (CDL de Pacajus); e Michel Araújo (CDL de Juazeiro do Norte). O prefeito de Horizonte, Manoel Gomes de Farias Neto, também estava presente no evento e colocou a prefeitura à disposição da CDL, para juntos buscarem o desenvolvimento do comércio no município.

Já em Hidrolândia, quem assumiu a presidência da Entidade no triênio 2015/2017 foi o empresário Antônio Luís Ferreira Mesquita, da Shalom Móveis. Estiveram presentes

no evento: Maria de Fátima Gomes Mourão (prefeita do município), e os presidentes Edgar Procópio (CDL de Varjota), Ana Lira (CDL de Ipueiras) e Sebastião Filho (CDL de Ipu).

CDL de Alto Santo: Juvenal Odail Rabelo assume a presidência O empresário assumiu o comando da Entidade com o objetivo de implementar projetos para qualificar ainda mais os lojistas e funcionários das empresas associadas. Os presidentes da FCDL/ CE e CDL de Fortaleza, Honório Pinheiro e Freitas Cordeiro, mar-

caram presença na solenidade de posse e destacaram o empenho e poder associativo do presidente e sua diretoria. Os presidentes da CDL de Limoeiro do Norte, Ney Wellington, e da CDL de Iracema, Celso Gomes, também marcaram presença.

CDL de Forquilha empossa diretoria O presidente da Entidade - José Bezerra - recebeu cerca de 90 convidados na solenidade de posse de sua diretoria. Entre eles: lojistas e autoridades locais, como o prefeito do município - Gerlásio Martins de Loiola. O presidente da FCDL/CE - Honório Pinheiro - destacou que, mesmo estando vizinha a cidade de Sobral, Forquilha tem um grande potencial de desenvolvimento com a demonstração de união dos empresários locais para formar a CDL. Setembro 2014 | Conjuntura do Comércio

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DIÁLOGOS | CONSELHO REGIONAL DE CONTABILIDADE

Simples Nacional e a Lei Complementar nº 147/2014 Por Clara Germana

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Lei Complementar (LC) nº 147, de 07/08/2014, alterou a LC nº 123 de 2006, que institui o Estatuto da Micro e Pequena Empresa e dispõe sobre o Simples Nacional. As alterações serão objeto de regulamentação pelo Comitê Gestor do Simples Nacional (CGSN). Algumas atividades econômicas poderão optar pela tributação do Simples Nacional a partir do dia 1º de janeiro/2015, tais como: • Atividade de Produção e Comércio Atacadista de Refrigerantes • Serviços de Comissária • Perícia, Leilão e Avaliação • Fisioterapia • Despachantes, Tradução e Interpretação • Auditoria e Consultoria • Corretagem de Seguros • Arquitetura • Gestão, Organização, Controle e Administração • Serviço de Transporte Intermunicipal e Interestadual • Engenharia • Jornalismo e Publicidade • Serviços Advocatícios • Medição • Agenciamento, exceto mão de obra • Medicina Veterinária • Cartografia • Economia • Odontologia • Topografia • Pesquisa • Psicologia

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Geologia Design Psicanálise Geodésia Desenho e Agronomia Terapia Ocupacional Testes Podologia Acupuntura Suporte e Análises (Técnicas e Psicológicas) Fonoaudiologia Representação Comercial e Demais Atividades de Intermediação de Negócios e Serviços de Terceiros Vacinação e Bancos de Leite Clínicas de Nutrição

E mais: outras atividades do setor de serviços que tenham por finalidade a prestação de serviços decorrentes do exercício de atividade intelectual, de natureza técnica, científica, desportiva, artística ou cultural, que constitua profissão regulamentada ou não, desde que não sujeita à tributação na forma dos Anexos III, IV ou V da LC 123/2006. As empresas que exercem as atividades de Produção e Comércio Atacadista de Refrigerantes, Fisioterapia, Corretagem de Seguros e Serviços Advocatícios, constituídas depois da regulamentação da LC 147/2014 por parte do CGSN, podem realizar sua opção pelo Simples Nacional ainda em 2014. Porém, as já existentes desses setores e aquelas que exerçam as demais atividades acima citadas, somente poderão optar pelo Simples Nacional a partir de

2015. Lembrando que as empresas com débitos fiscais não poderão fazer a referida opção. Outra grande novidade inserida na LC 147/2014 é o procedimento de baixa/extinção de empresas, que poderá ser feito mesmo com pendências ou débitos tributários, a qualquer tempo. Sendo este procedimento de responsabilidade solidária dos empresários, dos titulares, dos sócios e dos administradores, no período da ocorrência dos respectivos fatos geradores. Algumas outras vantagens foram inseridas na LC 147/2014, nas quais podem ser verificadas no teor da Lei, mas podemos considerar que a redução da burocracia e o pagamento de menos tributos são grandes benefícios para as empresas. Porém, temos também que chamar a atenção para a importância da elaboração na análise da opção ao Simples Nacional, pois em certos casos não é viável a adesão. Exemplo disso são as atividades do setor de serviços, que estão nas tabelas V e VI, na qual a redução da carga tributária vai depender do número de funcionários, ou seja, quanto mais funcionários, mais vantagem a empresa terá ao entrar no Supersimples. Os cálculos preliminares, para saber se há vantagem ou não para adesão do Simples Nacional, é um passo fundamental para a empresa. Para isso, procure o seu Contador e informe-se! Clara Germana Gonçalves Rocha é Presidente do CRC-CE conselho@crc-ce.org.br


NEGÓCIOS | Legislação

Simples, mas grandioso A universalização do Simples Nacional agora é lei. A nova regulamentação estende benefícios para 140 novas categorias. Regras começam a valer a partir de 1º de janeiro de 2015 e devem alcançar mais de 450 mil empreendimentos

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presidente Dilma Rousseff sancionou, no último dia 07 de agosto, a Lei Complementar que estabelece o Simples Nacional – sistema de tributação diferenciado para as micro e pequenas empresas que unifica oito impostos em um único boleto e reduz, em média, em 40% a carga tributária. Vários representantes do Movimento Lojista nacional estiveram presentes na cerimônia de sanção presidencial. São eles: o presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Junior; o presidente da FCDL/CE, Honório Pinheiro; o presidente da CDL de Fortaleza, Freitas Cordeiro; o presidente da FCDL/MG, José César da Costa; a presidente da CDL de Campinas, Adriana Flosi; o coordenador da CDL Jovem de Vitória, Adriano Gomes Oneshrge; e o presidente da CDL de Belém, Álvaro Cordoval de Carvalho. Com a atualização da Lei, cerca de 450 mil empresas com faturamento anual de até R$ 3,6 milhões poderão ser beneficiadas. Além disso, o Supersimples permite o ingresso de 140 atividades da área de serviços em um novo regime de tributação. Com a aprovação do Simples há, ainda, garantia de entrada única e processo integrado para simplificar a abertura e o fechamento de empresas. “Vamos ficar entre os 30 melhores países que descom-

plicam a vida dos seus cidadãos”, diz Guilherme Afif Domingos – Ministro da Secretaria da Micro e Pequena Empresa. O governo também pretende, com a criação de um Cadastro Único Nacional, diminuir processos burocráticos aos quais os empresários brasileiros tinham de se submeter. De acordo com Luiz Eduardo Barretto, diretor-presidente do Sebrae, essa é a quinta reforma do sistema tributário que “melhora o país”. “As micro e pequenas empresas são responsáveis por 27% do PIB brasileiro; por 52% de todos

os empregos de carteira assinada; e por 40% da massa salarial do país. Portanto, não há desenvolvimento nesse país se não incluirmos as micro e pequenas empresas na agenda decisiva para o Brasil, visando a competitividade”, argumenta. Para Freitas Cordeiro, “a união e a representatividade do Movimento Lojista nacional conquistaram mais esta vitória em benefício das pequenas e médias empresas”, conclui. Saiba mais sobre o Supersimples no site www.receita.fazenda. gov.br/simplesnacional

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MOVIMENTO | Faculdade CDL

Do técnico para o mercado de trabalho Faculdade CDL lança seu primeiro curso técnico gratuito, pelo Pronatec, na área de Logística

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á tempos atrás, o técnico era visto como uma profissão alternativa e um pouco deteriorada perante o ensino superior. Porém, hoje, é notável sua importância no mercado e o quanto são complementares os dois níveis de estudo, e não concorrentes. Por isso, a Faculdade CDL lançou no início desse semestre seu primeiro curso técnico, pelo Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), na área de Logística. O objetivo: desenvolver profissionais com visão empreendedora, que tenha capacidade de interagir, negociar e solucionar conflitos, liderança e atualização tecnológica. Segundo Meirijane Anastácio, coordenadora de pós-graduação, extensão e gestão administrativa da Faculdade CDL, o curso de Logística foi o primeiro a ser oferecido devido a sua expansão no mercado, o que permite aos alunos um leque de opções ao concluírem os estudos. “O resultado foi tão positivo que, em apenas uma semana, 200 vagas foram preenchidas”, comemora. Com carga horária de 800h disciplinas presenciais e duas à distância -, o curso está composto por dois semestres: o primeiro compreende as disciplinas de Organização Empresarial; Gestão

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“Para facilitar o aprendizado, os alunos recebem livros correspondentes gratuitamente”. da Cadeia de Suprimentos; Gestão de Pessoas; Administração Financeiro-Contábil; e Português Instrumental. O segundo: Gestão de Compras e Negociação; Logística da Armazenagem; Logística de Transporte; Escrita Fiscal e Legislação Tributária; além de Empreendedorismo. O curso, que é gratuito, conta com professores que agregam experiência profissional e prática. “Para facilitar o aprendizado, os alunos recebem livros correspondentes gratuitamente. A Faculdade também oferece acompanhamento psicossocial, por meio de oficinas de preparação

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para o mercado de trabalho e orientação comportamental”, informa Fernando Xavier - diretor acadêmico da Faculdade CDL. “Se sua empresa tem interesse em receber alguns desses alunos como estagiário, seguramente, ao final de um ano de estágio e curso, terá um profissional preparado para atuar no segmento logístico”, conclui Xavier.

> Mais Informações: E-mail: cursostecnicos@faculdadecdl.edu.br Tel: (85) 3464.5514


IDEIAS | Gestão

Uma nova hierarquia? Empresas adotam novos modelos de gestão e revolucionam a maneira de lidar com os colaboradores

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lguns lojistas acreditam que, para o bom andamento do negócio, é preciso ter uma gestão baseada na disciplina. Assim, seguem uma estrutura “engessada” e esperam que o colaborador desempenhe suas funções com maior eficiência. Porém, o que se percebe na prática é que esse modelo de gestão convencional está obsoleto, embora ainda seja predominante na maioria das empresas brasileiras. Segundo o professor inglês Gary Hamel, especialista em gestão, “o excesso de burocracia dentro das empresas limita a criatividade dos funcionários, além de desmotivá-los. Por outro lado, uma gestão inovadora pode aumentar consideravel-

“Elas estão 24 horas conectadas e recebem informações de toda parte do mundo, e isso tem refletido na maneira com que trabalham e nas expectativas que nutrem em relação a cargos e funções”. mente a vantagem competitiva do negócio e fazê-lo prosperar”. Ainda de acordo com Hamel, desde o surgimento da internet, as pessoas sofreram mudanças significativas no comportamento. “Elas estão 24 horas conectadas

e recebem informações de toda parte do mundo, e isso tem refletido na maneira com que trabalham e nas expectativas que nutrem em relação a cargos e funções”, conta. Para ele, o modelo de gestão conservador faz com que as pessoas arrojadas se adaptem a uma série de condições e regras, fazendo com que quantidades imensas de imaginação e iniciativas humanas sejam desperdiçadas. Por isso, algumas empresas já revolucionaram a maneira como lidam com os colaboradores. No Google, por exemplo, os projetos são desenvolvidos por equipes de, no máximo, sete pessoas. Toda semana, os funcionários escrevem na intranet o que estão fazendo para que os outros deem sugestões. O processo é criativo e transparente. A WL Gore & Associates, empresa do setor de tecidos, foi além e aboliu a hierarquia. Lá não existem diretores, superintendentes e gerentes, mas líderes que são eleitos pelos próprios funcionários. Estes também decidem em quais projetos aplicar recursos. No final do ano, os líderes não apenas avaliam, como são avaliados por todos os colaboradores. Exemplos como estes, comerciantes, mostram que, se você quiser permanecer neste mercado cada vez mais competitivo, será essencial aprender a inspirar seus funcionários para que deem o melhor de si todos os dias.

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IDEIAS | Diversificação

Além do produto Bom atendimento, preço competitivo e produtos de qualidade não são mais suficientes para atrair e encantar os clientes. O segredo é diversificar

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s empresas já aprenderam a terceirizar o que não é o foco do seu negócio, a vender produtos com qualidade, a criar serviços especializados e a trabalhar de maneira orientada a processos. Mas, em meio a tudo isso, parece que muitas esqueceram o mais importante: atender às expectativas dos seus clientes. No varejo, bom atendimento, preço competitivo e produtos de qualidade não são mais suficientes para atrair os consumidores. Há outros elementos que agregam valor à loja, tais como conforto, localização ou serviços de relacionamento. Possuir uma área, dentro do layout da loja, onde o clien-

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“Mesmo que um produto seja líder de mercado, não pode e não deve estar desamparado de uma excelente estratégia de serviços associados”. te possa sentar-se, folhear uma revista, tomar um café e, simplesmente, descansar ou esperar por alguém que está fazendo uma escolha, pode ser um serviço relevante. Um embrulho para presente, chamar o cliente pelo nome, estacionamento grátis, brindes e cortesias, são exemplos que podem ser agregados ao ponto de venda para propor-

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cionar uma experiência de compra agradável e inesquecível ao consumidor. Um bom modelo a ser seguido é o do empresário paulistano Sérgio Herz, 43 anos, herdeiro de umas das maiores redes de livrarias do Brasil: a Livraria Cultura. Festejando o sucesso nas vendas, ele afirma que a livraria nunca faturou tanto em sua história. “Espero fechar o ano faturando R$ 520 milhões”, comemora o executivo. Por trás desse número está uma estratégia de diversificação na qual Herz, desde 2012, tem investido pesado. “Não vendemos somente livros”, afirma. “Proporcionamos experiências.” Quem visita a loja de São Paulo, localizada na Av. Paulis-


ta, pode assistir a uma peça de teatro, ir ao cinema, comprar tablets, discos de vinil, capinhas para celular, ver bonecos de super-heróis... A lista é extensa. “Nossas lojas físicas têm uma estratégia parecida com a do Starbucks”, diz Herz, referindo-se a uma tática de posicionamento que os americanos chamam de “third place” (terceiro lugar, em português). “A ideia é de que o cliente considere a Livraria Cultura como um terceiro lugar para frequentar, além de sua casa e de seu trabalho.” Não é preciso estudar muito o modelo de negócio da empresa para perceber que quem frequenta o local não está lá apenas para comprar livros. Tem gente passeando, comendo, escutando CDs, papeando, paquerando e até sentada no chão. Em lojas como a do Shopping Iguatemi, em São Paulo, o cliente também pode fazer cursos de gastronomia, de design de jogos, de autopublicação em quadrinhos, de teatro e de canto. Na de Fortaleza, os clientes podem tomar um cafezinho, enquanto apreciam a leitura de um bom livro, e até assistir palestras gratuitas sobre diversos assuntos. “Queremos agrupar o máximo de atividades culturais em nossas lojas físicas”, diz Herz. De acordo com Carlos Hilsdorf, autor do best seller “Atitudes Vencedoras”, atender às expectativas dos clientes por meio de um serviço apropriado e cativante é capaz de incrementar a lucratividade das relações comerciais. “Mesmo que um produto seja líder de mercado, não pode e não deve estar desamparado de uma excelente estratégia de serviços associados. Esta estratégia incrementa a fidelização de clientes, pois permite que você interaja com eles um maior número de vezes, oferecendo suporte, soluções adicionais e validando aspectos fundamentais da sua proposta de valor. Este processo estreita o vínculo e in-

atender às expectativas dos clientes por meio de um serviço apropriado e cativante é capaz de incrementar a lucratividade das relações comerciais. crementa a relação de confiança entre o cliente e sua empresa”, conta. Não esqueça o básico! Diversificar é necessário, mas não se esqueça do básico! A consultoria prestada pelos vendedores ainda é um fator decisivo no momento da compra. Por isso, invista em capacitação. Quando um vendedor está capacitado para ser um consultor, ele irá fazer uma série de perguntas para entender o contexto do cliente e ajudá-lo. Com o surgimento do comércio eletrônico, o atendimento

consultivo tornou-se o principal diferencial do varejo. De acordo com Rafael Bretas, especialista em varejo, as lojas físicas possuem três grandes vantagens: poder manusear os produtos, comprá-los na hora e consultoria dos atendentes. No entanto, Bretas explica que manusear os produtos e comprá-los na hora, qualquer loja física irá disponibilizar. Com isso, o atendimento consultivo é o que irá diferenciar um ponto de venda dos demais. “São os atendentes e os serviços oferecidos os grandes diferenciais”, conclui. Setembro 2014 | Conjuntura do Comércio

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CAPA | Teletrabalho

Vá para casa! Conheça o mundo home office e descubra se os seus funcionários se encaixam nesse novo, moderno e disciplinado estilo de trabalho

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om a correria do dia a dia, imprevistos acabam acontecendo e, muitas vezes, comprometendo a ida dos colaboradores à empresa. Para estas situações, criar um ambiente de trabalho dentro da própria casa do funcionário pode ser um grande aliado. O home office – do inglês “escritório em casa” – é uma das modalidades que o teletrabalho abrange. “Chamamos de teletrabalho toda atividade profissional exercida remotamente. O trabalho remoto pode ser executado

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em qualquer local, desde que haja tecnologia para tal. Além do home office temos outras formas de trabalho remoto, mas todas acabam gerando os mesmos benefícios: redução de custos, qualidade de vida, aumento de produtividade e contribuição com a sustentabilidade ambiental”, explica Mônica Carvalho - Diretora Regional da Sociedade Brasileira de Teletrabalho (SOBRATT). Já bastante comum nos Estados Unidos e na Europa, o home office - de acordo com uma análise realizada pela consultoria

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Top Employers Institute - está crescendo consideravelmente no Brasil. Segundo o estudo, 15% das empresas brasileiras instituíram este novo conceito de trabalho para os seus colaboradores. Em 2013, esse índice era de 6%. O número ainda é baixo se comparado a outros países. O Reino Unido, por exemplo, tem um dos mais elevados índices, com 65%, seguido pela Holanda, com 60% e de 58% na Alemanha, segundo o mesmo estudo. Para Fabiane Panaro, responsável pela Top Employers no


Brasil, essa mudança de perfil mostra que as empresas brasileiras estão se moldando ao novo trabalhador, às novas realidades da sociedade e do mercado de trabalho. “As tecnologias estão aproximando as pessoas, ao mesmo tempo em que o trânsito e os custos com locomoção dificultam os trajetos. Assim, as empresas estão encontrando meios de seguirem produzindo, mantendo o colaborador ativo e alinhado com a companhia”, afirma. Home office atrai empresas de todos os segmentos A Dell – que trabalha com hardware de computador – foi uma das companhias que aderiu ao teletrabalho. Em 2011, implantou o sistema home office em alguns setores, como RH, vendas, TI e suporte presencial ao cliente, oferecendo flexibilidade de horário e local de trabalho.

“Além do home office temos outras formas de trabalho remoto, mas todas acabam gerando os mesmos benefícios: redução de custos, qualidade de vida, aumento de produtividade e contribuição com a sustentabilidade”. Na Ticket, a política de trabalho remoto é voltada para a força de vendas. Segundo Eduardo Távora, diretor regional de vendas para Norte/Nordeste, a necessidade partiu da chegada de novos concorrentes ao mercado. “Construir filiais não atendia às nossas premissas de redução de custo. Então, o trabalho remoto surgiu naturalmente”, afirma. Re-

sultado: as vendas aumentaram em 40% e a economia chega a 3,5 milhões/mês, com 150 pessoas em regime remoto. Quem também aderiu ao home office foi a AES Brasil, empresa atuante no setor elétrico. Em 2012, o grupo investiu na mudança de cultura com os gestores em prol do trabalho remoto. A mudança de sede da empresa obrigou uma redução de 20% no número de postos de trabalho, então mandar o funcionário para o home office virou uma questão imperativa. Todos os dispensados da marcação de ponto são elegíveis. “Por conta dos critérios trabalhistas, fica mais difícil contar as horas do trabalho remoto de quem marca ponto”, afirma Ricardo Silvarinho, diretor de Recursos Humanos da empresa. Antes de lançar a política aos funcionários, os gestores foram devidamente treinados, para que a prática se mantivesse saudável dentro da organização. >>

Setembro 2014 | Conjuntura do Comércio

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Benefícios para o empregado e para o empregador Faz 12 anos que Gustavo Tubino, executivo de contas da Dell, trabalha em home office. Atuando em casa, Tubino garantiu maior liberdade para administrar seus horários, mais flexibilidade entre compromissos pessoais e profissionais, economia de tempo e, como consequência de todos esses benefícios, mais produtividade. Ele afirma, porém, que o trabalho remoto aumentou ainda mais a autocobrança. “Sou muito focado em resultados. Por isso, a cobrança maior acaba sendo feita por mim mesmo”. Ainda de acordo com Tubino, para conciliar a

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15% das empresas brasileiras instituíram este novo conceito de trabalho para os seus colaboradores. Em 2013, esse índice era de 6%. vida doméstica e profissional, é necessário ter uma rotina similar à do trabalho no escritório. Segundo Flávia Porto - consultora de Recursos Humanos da Dell no Brasil -, o ganho financeiro para a empresa é significativo,

Conjuntura do Comércio | Setembro 2014

mas não é o fator principal a ser considerado. “O ganho em qualidade de vida, bem-estar e felicidade dos seus colaboradores são fatores de extrema importância, pois pessoalmente felizes geram resultados melhores, e esses fatores são imensuráveis. Todos colhem frutos com essas iniciativas, as empresas, seus clientes, colaboradores e até mesmo, o meio ambiente”, comemora. Ela também acredita que o home office é um diferencial que deve se tornar norma no mercado de trabalho daqui a alguns anos, por isso aconselha: “temos que ter a concepção de que não é preciso ter uma vida profissional e uma vida pessoal separada, mas apenas uma vida”.


Bate papo com quem entende Para saber mais sobre teletrabalho, a Conjuntura do Comércio conversou com Mônica Carvalho, Diretora Regional da Sociedade Brasileira de Teletrabalho (SOBRATT) e Diretora Executiva da Brasil Labore – consultoria de implantação do modelo remoto. Confira!

Conjuntura do Comércio: O teletrabalho é uma alternativa para problemas comuns das grandes cidades? Mônica Carvalho: Sim. Não se pode falar de mobilidade urbana sem falar de teletrabalho. Os governos dariam um salto na solução desses problemas se tratassem do tema incentivando as empresas a adotarem modelos flexíveis de trabalho. Rio de Janeiro e São Paulo são as cidades que estão em 3º e 5º lugares, respectivamente, com o pior trânsito do mundo. As manifestações populares pedem solução para a mobilidade, mas nenhuma reforma no sistema de transporte de massa vai resolver o problema dos deslocamentos se o teletrabalho não for uma prática comum na maior parte das empresas. CC: Quais são as principais reclamações contra a implantação do teletrabalho? MC: Na verdade, não são reclamações e sim receios. As empresas têm dois receios principais: a legislação trabalhista e a adaptação da gestão. A legislação trabalhista prevê o trabalho remoto no artigo 6º da CLT. Mas a aprovação pelo judiciário não parte somente da lei. O Tribunal Superior do Trabalho (TST), para incentivar que a iniciativa privada

adote o modelo, permite que os servidores trabalhem em home office há mais de dois anos. Isso já é o bastante para que esse paradigma seja quebrado. Já o medo dos gestores é mais complicado. Uma parte do trabalho da Brasil Labore é justamente preparar a gestão para essa mudança. Na verdade, o gestor moderno já deveria atuar de forma a prestigiar e valorizar o resultado, e não o esforço. Mas como nem sempre é assim, temos que investir nessa preparação através de uma comunicação corporativa clara, treinamento e também construir indicadores que ajudem o gestor a tratar e se beneficiar da flexibilidade gerada pelo trabalho remoto. CC: Quais foram as maiores dificuldades que você encontrou trabalhando em home office? MC: Quando fundei a Brasil Labore, não tive dúvida de que deveria adotar o home office. Tratei de estabelecer novos padrões em casa para garantir um ambiente adequado para a realização do meu trabalho. Mantenho um esquema de portas: aberta - pode circular pelo escritório; entreaberta - tem que bater e esperar que eu atenda; fechada - não pode nem bater. Todos respeitam e entendem que não estou em day off e sim em home office. Mantenho uma

rotina de horários de acordar, trabalhar, almoçar, levar e pegar minha filha na escola, malhar, cozinhar... Mas isso se deve ao fato de que a rotina me permite uma melhor organização. No entanto, conheço muita gente que adota o modelo e não cumpre nenhuma rotina e gera excelentes resultados também. Acredito que a flexibilidade varia de acordo com o entendimento de cada um. Algumas empresas exigem que seus funcionários em home office cumpram horários e outras não. Depende muito do negócio e da maturidade dos processos de gestão. Esse diagnóstico também é parte do nosso trabalho, que passa pela elaboração de perfis de elegibilidade, construção de políticas de RH, revisão de contratos de trabalho e muito mais. O que importa é que as empresas entendam que podem adotar o modelo remoto que for adequado a sua realidade e que não devem de forma alguma deixar de oferecer inovação, flexibilidade e qualidade de vida aos seus colaboradores, pela crença equivocada de que tudo isso é muito novo ou gera riscos. Muitas empresas brasileiras já adotam o home office há mais de 15 anos. A lei permite, o TST pratica e incentiva, e essa é a forma mais inteligente de atrair e reter pessoas interessantes e comprometidas.

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NEGÓCIOS | Marketing Sensorial

Escolha a música certa e venda mais Segundo especialistas, a música ajuda a despertar o desejo de compra. Saiba como criar a trilha sonora adequada para sua loja

E

ntrar em uma loja e ouvir uma boa música pode fazer toda a diferença para o consumidor na hora de concluir uma compra. Segundo especialistas, um som ambiente agradável faz com o que os clientes permaneçam mais tempo na loja e voltem com mais frequência, o que acaba gerando

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um aumento nas vendas. Para Gustavo Carrer, consultor de marketing e varejo do Sebrae/SP, a trilha sonora ajuda a compor o chamado marketing sensorial, ou seja, a utilização dos cinco sentidos humanos para despertar o desejo de compra. Entretanto, poucos lojistas conhecem esta técnica. “O som é

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um dos elementos mais desprezados pelos empresários. O consumidor recebe informação por todos os sentidos, e a audição, quando bem utilizada, melhora as sensações e gera um conforto maior”, diz. Porém, do mesmo jeito que a música pode criar um ambiente agradável, ela também pode


É preciso haver critério na escolha. Não é a música da qual o empresário gosta que deve ser tocada, mas sim uma que faça sentido para o público. Uma pesquisa de opinião com alguns clientes pode ajudar muito”. afastar os consumidores se explorada de forma errada. De acordo com Carrer, o gênero musical e o volume têm de estar de acordo com o perfil do estabelecimento, estilo, idade, sexo e gostos do público-alvo. “O ideal é que clientes e vendedores não tenham de aumentar o volume de suas vozes para se comunicarem. Mas, uma loja jovem, por exemplo, pode ter o som mais alto, pois o público já está acostumado com baladas e músicas agitadas”. Carrer afirma ainda que os empresários cometem dois erros comuns: repetir músicas e sintonizar a programação de uma rádio FM. No primeiro caso, o cliente pode ficar “enjoado” de

ouvir o mesmo som. No segundo, a loja fica sujeita à variação de gêneros musicais da rádio, que podem ser diferentes do conceito da marca, e ainda corre o risco de ouvir o anúncio de um concorrente dentro do próprio espaço. “É preciso haver critério na escolha. Não é a música da qual o empresário gosta que deve ser tocada, mas sim uma que faça sentido para o público. Uma pesquisa de opinião com alguns clientes pode ajudar muito”, afirma. Neste caso, o ideal é criar uma trilha sonora personalizada. Mas Carrer aconselha: os lojistas não devem delegar esta tarefa aos funcionários. “A escolha ficaria sujeita aos gostos particulares

do colaborador e fora de sintonia com o público”. A empresária Ana Luiza Osório é proprietária da loja de artigos para decoração e assessórios femininos Área Objetos, no Rio de Janeiro. Ela diz que já surpreendeu funcionários da filial de São Paulo reproduzindo músicas que não tinham ligação com a marca. “Hoje, as duas lojas e o nosso site têm a mesma programação musical. A padronização ajudou a dar identidade à marca. Às vezes, os clientes nem percebem que ficam mais tempo dentro da loja”, declara. Para o proprietário da loja de moda masculina Addict, João Mello Leitão, o uso da programação musical ajudou a compor as campanhas de lançamento de coleções. “Agora, consigo amarrar a vitrine, a música e a decoração da loja ao tema da campanha. Existe uma unidade maior que contribui para o resultado final”, avalia. De acordo com a coordenadora de pós-graduação em marketing de varejo do Centro Universitário Senac, Evange Elias Assis, a sonorização da loja deve estar alinhada à identidade da marca e ser reconhecida pelo público como uma linguagem única de comunicação. “Utilizar música ambiente é uma das formas de despertar no consumidor boas lembranças e sensações de bem-estar que o conduzam à compra”, conclui.

> Direitos autorais devem ser pagos para reprodução de músicas Os estabelecimentos comerciais que utilizam uma programação musical devem pagar uma tarifa pelos direitos autorais da obra ao Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad), entidade - sem fins lucrativos - responsável por recolher e repassar este dinheiro aos autores. A taxa varia de acordo com a área sonorizada, região onde o estabelecimento está localizado, tipo do negócio, se há cobrança de entrada ou ingresso e até mesmo se a utilização for frequente ou por evento.

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NEGÓCIOS | SPC Brasil

Inovação dá mais segurança às vendas base em critérios parametrizados de acordo com a política de concessão de crédito estabelecido pela sua empresa. Os produtos analisam a situação do consumidor em relação à inadimplência no mercado: SPC, Serasa, cheques, protestos, ações judiciais etc. • SPC Maxi • SPC Relatório

O

SPC Brasil inova mais uma vez segmentando a carteira de produtos e ofertando para sua empresa o mais completo serviço de proteção ao crédito do País. São diversas opções que ajudam sua empresa a aumentar a rentabilidade e vender com muito mais segurança. As soluções para cada etapa do Ciclo de Negócios passam a ser divididas de acordo com a necessidade: prospecção, análise de crédito, gestão da carteira, cobrança e recuperação. Por meio destas opções, sua empresa tem acesso ao cadastro com aproximadamente 150 milhões de CPFs de todo o país, dentre os quais pessoas com débitos e também os adimplentes. Hoje, 1,2 milhão de empresas

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Gestão de Carteira: ajuda a recuperar dívidas com maior rapidez e com o menor custo possível. Com o serviço de cobrança, a recuperação de crédito é, em média, de 55% nos primeiros 60 dias. • Inclusão no SPC • Carta cobrança com boleto associadas às CDLs em todo o Brasil usufruem de soluções que atendem a cada necessidade do Ciclo de Negócios obtendo melhores resultados nas vendas. Conheça abaixo as quatro etapas dos Ciclos de Negócios Prospecção: para quem quer conquistar clientes de maneira rápida e vender mais. Permite enriquecer e padronizar o cadastro de sua empresa, com informações que só o SPC tem, e melhorar a sua relação com seus clientes e mercado. • SPC Mercado • SPC Padroniza • SPC Valida Análise de Crédito: avalia o potencial dos seus clientes com

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Cobrança e Recuperação de Crédito: permite conhecer e avaliar o risco da carteira de clientes, conhecendo o grau de exposição ao risco de inadimplência que um cliente, individualmente, ou um grupo pode oferecer. • SPC Mercado • SPC Busca • SPC Fone Veja qual produto do SPC é ideal para sua empresa e entre em contato!

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DIÁLOGOS | A REALIDADE DO VAREJO

Era de novas profissões Por Honório Pinheiro

O

s contemporâneos desse cenário de avanços, que caracterizam a sociedade moderna, têm vivido uma época marcada por um mercado de trabalho que se impõe sobre o obsoleto de modo marcante. Tal imposição tem significado, em muitos casos, a quase extinção de profissões que antes nos eram essenciais. Somente para ilustrar, incluam-se como exemplos os bancários, os carteiros e os agentes de viagens. É necessário, dentro desse modernizador cenário, que os profissionais em atuação movimentem-se junto com o mercado, observando para onde essa maré tecnológica e globalizada os conduz, a fim de que possam se atualizar para, de modo sempre necessário, buscar novas opções profissionais. Afinal, o mercado que extingue é também o mercado que inova, que se renova e que inexoravelmente renova os profissionais nele inseridos. Os que se mantêm atentos e abertos a esse processo, vendo nele oportunidades, certamente estarão à frente dos que para ele se fecham. Carreiras ligadas à inovação, à sustentabilidade, ao lazer, à saúde, ao meio ambiente, à tecnologia e ao marketing são indicadas como

Carreiras ligadas à inovação, à sustentabilidade, ao lazer, à saúde, ao meio ambiente, à tecnologia e ao marketing são indicadas como as mais recentes no mercado nacional. Todas elas, de algum modo, têm relação com o setor varejista. as mais recentes no mercado nacional. Todas elas, de algum modo, têm relação com o setor varejista e incorporam valores e noções com as quais as empresas hoje têm de lidar, o que amplia muito o campo de atuação desses profissionais. Gestor de mídias sociais, Chief Technical Officer (CTO), especialista em mobile marketing, gestor de tecnologia, gestor de ecorrelações e analista de SEO são exemplos de novas profissões que chegam ao mercado, todas elas com grande demanda de expansão mercadológica. No que se refere muito especificamente ao setor varejista, tem-se a demanda por gerente

de treinamento de varejo, gerente de identidade visual, gerente de comunidade, gestor de reestruturação, gerente de projetos e gerente de marketing online, apenas para citar alguns exemplos de profissões muito especializadas que atendem a uma demanda cada vez mais presente nas empresas, lançando perspectivas sobre demandas futuras. Mais do que promissoras, essas profissões revelam uma tendência mundial que precisa ser enxergada tanto por aqueles que já estão inseridos no mercado como pelos jovens que para ele se preparam. Não vivemos época de resistência e acomodação, mas de integração total, de participação ativa e de adaptação rápida às proposições mercadológicas. Vivemos a era das novas profissões, portanto a era dos novos profissionais. Estes serão disputados não somente pela função que irão exercer, mas também pela extensa capacidade de reformulação de conceitos e de modos de atuação, camaleões proficientes, puxadores de mudanças, planejadores do amanhã. Essa é a postura vencedora na era das novas profissões. Honório Pinheiro é presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Ceará e preside, também, o Grupo Pinheiro Supermercado. presidente@fcdlce.com.br

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NEGÓCIOS | Economia e mercado

Nordeste cresce mais que o Brasil, e de forma sustentável! Com mercado interno em expansão, classe média em crescimento e com uma boa oferta de crédito e de infraestrutura, a região nordestina se tornou um importante alvo de investimentos privados nacionais

D

iferentemente da estimativa de crescimento da economia em nosso país de apenas 1,5%, em 2014, devido ao baixo nível de investimento no setor industrial e à reversão do ritmo de consumo das famílias, o Nordeste brasileiro vem apresentando um desempenho surpreendente. Estudo da empresa de consultoria multinacional Nielsen, aponta um crescimento do PIB do Nordeste de 58%, no período de maio/2003 a maio/2014, ante um crescimento médio do PIB do país de 47% no mesmo período, o que representa um aumento médio anual de 4,25% no Nordeste contra uma média de 3,5% do PIB nacional. Contudo, mesmo com o melhor dinamismo da economia do Nordeste, esse desempenho ainda é insuficiente para reduzir significativamente a diferença de renda per capita entre as regiões, ainda que tenha levado o Nordeste ao patamar de segunda região de maior consumo no Brasil, atrás do Sudeste. Com mercado interno em expansão, classe média em crescimento e com uma boa oferta de crédito e de infraestrutura, a região nordestina se tornou um importante alvo de investimentos privados nacionais, restando agora uma ação mais forte para atrair capital estrangeiro.

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Brasil supera a marca dos 200 milhões de habitantes De acordo com o IBGE, o Sudeste é a região que concentra o maior número de pessoas, representando mais de 40% da população. São Pau-

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lo é o estado mais populoso, com 44 milhões de habitantes, representando 21,8% da população brasileira. Reunindo o maior contingente populacional e a maior renda per capita, São Paulo segue sendo o maior mercado consumidor


brasileiro. Sua renda chega a ser três vezes superior à do Ceará. Não por coincidência, é também onde há o maior parque industrial do Brasil. Já era tempo de o Governo Federal adotar uma política de desconcentração regional, redistribuindo a produção por entre as demais regiões do País. Isso poderia evitar o colapso futuro de infraestrutura nos estados mais populosos. Enquanto isso, a conjuntura internacional e nacional continuam dando sinais incertos No segundo trimestre deste ano a economia americana cresceu a uma taxa anualizada de 4,2%, superando as expectativas mais otimistas. Os reforços de crescimento vieram de investimentos no setor de máquinas e equipamentos e de infraestrutura. Por outro lado, a economia europeia apresentou desaceleração no segundo trimestre, puxada principalmente por Alemanha e Espanha, ambos com crescimento inexpressivo (0,2%). No Brasil, muito embora o ministro Mantega preveja uma retomada da economia no segundo semestre, ele próprio reconhece que a economia enfrenta problemas conjunturais. De fato o Governo enfrenta dificuldades com a queda da arrecadação provocada pela desaceleração da economia. Com isso, será mais difícil cumprir a meta de superávit primário, estipulada este ano em 1,9% do PIB. O fato é que o modelo de crescimento baseado no consumo das famílias e do governo está se exaurindo, pois o nível de endividamento é elevado e a política de crédito expansionista está perdendo sua eficácia. Em decorrência, o governo vem atrasando o pagamento dos benefícios do Bolsa Família, do seguro desemprego, do abono salarial, de multas do FGTS e de subsídios a programas governamentais.

POPULAÇÃO DO BRASIL ESTIMADA PELO IBGE (JULHO/2014) Estados

População (milhões)

% sobre o total

PIB per capita (R$ mil)

São Paulo

44,0

21,8%

32,5

Minas Gerais

20,7

10,2%

19,6

Rio de Janeiro

16,5

8,2%

28,7

Bahia

15,1

7,5%

11,3

R. G. Sul

11,2

5,5%

24,6

Paraná

11,0

5,4%

22,8

Pernambuco

9,3

4,6%

11,7

Ceará

8,8

4,4%

10,3

o comércio varejista cearense descolou da trajetória do comércio nacional e deverá apresentar um grande desempenho até o fim deste ano.

Análise do setor de Comércio Conforme a Pesquisa Mensal do Comércio (IBGE), o comércio varejista brasileiro vem passando por uma desaceleração nos últimos meses, tendência que se confirma no mês de junho, quando apresentou uma expansão de apenas 0,8% em relação ao mesmo período do ano passado. O crescimento acumulado no primeiro semestre foi de 4,2%, um desempenho melhor que o do primeiro semestre de 2013, da ordem de 3%, mas bem inferior à expansão de 9%, em 2012. No Ceará, o volume de vendas do comércio varejista foi bem melhor que a média nacional, situando-se em 7,2%, sobre o mesmo mês de junho/2013, revelando o êxito na condução da economia estadual. No acumulado do primeiro semestre, o varejo cearense avançou 8,8%, mais que o dobro da média nacional, o que demonstra claramente um descolamento entre as tendências no

varejo local e nacional. Em síntese, os números mostram que o crescimento do varejo cearense caminha a passos largos, com tendência a ultrapassar uma expansão anual de 9%, para 2014. Com certeza é um número superior aos 7,4% do primeiro semestre do ano passado e bem superior à média do Varejo nacional.

De olho nos números

11%

Taxa de Juros SELIC em julho/14

5,8%

Taxa de Desemprego em julho/14:

R$

2,26

Dólar em 29/08/2014

0,14%

Inflação(IPCA-15) em agosto/14:

4,43%

Crescimento da Inadimplência janeiro a julho/2014

56,3%

Relação Crédito/ PIB em junho/14

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NEGÓCIOS | Articulação

Até que enfim, a liberdade! Senado aprova projeto que dá ao comerciante o direito de praticar preços diferenciados

O

comércio varejista e o consumidor têm muito a comemorar. Até que enfim - após incessantes embates - o clamor dessa classe laboriosa, e por demais penalizada, encontra eco no seio do Congresso Nacional, onde tramita - já aprovado no Senado Federal - projeto de lei que concede ao comerciante o direito de praticar preços diferenciados para vendas à vista ou com pagamento através de cartão de crédito. A liberdade de negociar - vedada pelo regulamento de exceção ainda em vigor - ao invés de proteger o consumidor, finda por lhe impingir perverso castigo. Porque ao impor ditatorialmente preço único,

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obriga que todos – independentemente de serem usuários ou não das benesses do cartão de crédito – paguem por seus custos. Infelizmente, os órgãos de defesa e proteção do consumidor - a quem devemos nossas reverências -, no enfrentamento dessa temática, têm abraçado tese equivocada, fincada em pressupostos de frágil sustentação e que, a bem da verdade, têm favorecido ao império das multinacionais administradoras dos cartões. Somos cativos dos benefícios e comodidades que os cartões de créditos oferecem. Pagamos um preço para usufruí-los e não podemos desconhecer que as empresas arcam, igualmente, com custos di-

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ferenciados para que possam nos disponibilizar esse benefício. Quanto menores os comerciantes, maiores os custos. Estes vão da manutenção da maquineta, que permite a leitura do cartão, ao prazo médio de trinta dias para o repasse do valor das vendas - deduzidas as taxas de administração que em determinados segmentos chegam a mais de 8%, além dos juros suportados para quem necessita antecipar aqueles valores e que, em momento de crédito escasso, é a grande maioria. Ao comerciante não resta alternativa: ou se submete ao império dessa modalidade de pagamento, disseminada na quase totalidade das camadas “consumeristas” por conta de uma forte campanha midiática, ou naufraga no mar tormentoso da concorrência. Dizer que se trata de uma opção sua, portanto, denuncia no mínimo desconhecimento de causa. Defendemos, pois, que o portador do cartão permaneça comprando com seu cartão, pagando o custo pelas vantagens e comodidades de seu uso. Ao tempo em que, ao optante pelo pagamento à vista, se ofereça preço diferenciado, desatrelado daqueles custos da moeda de plástico. Que prevaleça o bom senso! Freitas Cordeiro Presidente da CDL de Fortaleza


DIÁLOGOS | Aprendendo na Prática

O que te trouxe até aqui, pode não te levar até acolá Por Eduardo Gomes de Matos

O

livro de Marshall Goldsmith - “Reinventando seu próprio sucesso” - aborda como as pessoas de sucesso tornam-se ainda mais bem-sucedidas. Muitas continuam tendo as mesmas atitudes que geraram suas conquistas no passado, porém estas não são garantia de que tornarão a pessoa mais bem-sucedida. Às vezes estas ações conduzem ao fracasso. Isto acontece por alguns motivos. O primeiro: a ilusão do sucesso e a resistência à mudança. Como afirma Goldsmith: “Todos nós superestimamos nossas contribuições; assumimos o crédito integral, ou em parte, por êxitos cujo mérito é de terceiros; temos na mais alta conta nossa própria competência profissional; ignoramos convenientemente os fracassos”. Todas essas ilusões são provocadas pelos nossos sucessos anteriores. E estas ilusões prejudicam nossa capacidade de mudar quando necessário. Outro grande motivo que atrapalha o desenvolvimento contínuo são as crenças, extremamente paradoxais. Pois se, por um lado, te trouxeram até aqui, podem te impedir de alcançar um sucesso maior. As crenças mais comuns são: 1. Eu consegui! Quem é bem-sucedido acredita nas suas habilidades e em seu talento; 2. Eu posso conseguir! Os bem-sucedidos acreditam possuir a capacidade de fazer acontecer aquilo que desejam; 3. Eu vou conseguir!

Muitas continuam tendo as mesmas atitudes que geraram suas conquistas no passado, porém estas não são garantia de que tornarão a pessoa mais bem-sucedida. Eles têm um grande otimismo; 4. Eu quero vencer! Acreditam que fazem o que têm vontade, tem uma grande necessidade de autodeterminação. Essas quatro crenças tornam as pessoas bem-sucedidas supersticiosas. Este comportamento é proveniente da crença de que, se determinado ato é seguido de reforço positivo, tal ato é a verdadeira causa daquele reforço. E assim, fica ainda mais difícil convencer alguém que ele deve mudar certos comportamentos para ter mais sucesso do que o já obtido. Estes comportamentos foram reunidos em uma lista de 20 hábitos que impedem os bem-sucedidos de obterem ainda mais sucesso. Confira! 1. Vencer a qualquer preço; 2. Querer agregar valor demais; 3. Fazer julgamentos constantemente; 4. Fazer comentários destrutivos; 5. Começar frases com “não”, “mas”, “contudo”; 6. Fazer alarde da própria inteligência; 7. Falar quando está com raiva; 8. Negatividade;

9. Sonegar informações; 10. Não demonstrar reconhecimento; 11. Reinvidicar o crédito não merecido; 12. Dar desculpas; 13. Ater-se ao passado; 14. Privilegiar os favoritos; 15. Recusar-se a pedir desculpas; 16. Não ouvir; 17. Não demonstrar gratidão; 18. Punir o mensageiro; 19. Colocar a culpa nos outros; 20. Necessidade excessiva de ser “eu mesmo”, exaltando seus próprios defeitos. Finalizo com um texto de Wladimir Palermo: para iniciar o caminho que conduz uma empresa a resultados sustentáveis e de alto desempenho é preciso identificar com precisão os comportamentos de seus líderes. Em seguida, deve-se trabalhar com cada líder para modificar os comportamentos que incomodam as pessoas ao seu redor, pois só assim será possível criar uma cultura capaz de fazer com que um grupo de pessoas com personalidades, experiências de vida e expectativas diferentes atuem juntas todos os dias alinhadas em relação a um propósito comum, gerando e mantendo os melhores resultados. Só assim poderemos ajudar os clientes a realizar mudanças na forma de liderar para obter resultados ainda melhores. Eduardo Gomes de Matos é presidente da Gomes de Matos Consultores Associados, palestrante e mentor da Endeavor. www.gomesdematos.com.br

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MOVIMENTO | ALFE

“Troféu mulheres que brilham”

N

o último dia 22 de julho, a Associação Lojista de Líderes Femininas (Alfe) fez uma linda homenagem a três ilustres alfeanas. São elas: Graça Ferreira, Heliane Pimentel de Castro e Elizabeth Delboni, que receberam o “Troféu Mulheres que Brilham” como forma de enaltecer o trabalho, desempenho e desafios que enfrentaram nas suas vidas. O “Troféu Mulheres que Brilham” é um projeto criado pela Alfe que tem como slogan: “Você merece destaque, você é

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o foco”. Segundo Fátima Duarte, presidente da Alfe, esta é a missão e visão desse projeto “referenciado pela dinâmica da mulher que ousou fazer o diferente, que ousou dinamizar a ambiência tranquila da nossa Associação, criando o tema e buscando os resultados, tendo a mulher no foco das discussões, no foco das informações que dão o brilho especial a esse evento”, afirma. Ainda de acordo com Duarte, “essas mulheres homenageadas são especiais, notáveis em suas atividades e nas suas vidas.

Elas souberam dignificar o gênero feminino, tornando-se referências na nossa instituição pelo desempenho e dedicação. Suas ações, pautadas no mais puro objetivo de construir conceitos, sempre defenderam o direito de participação da mulher em todas as etapas e desenvolvimento no nosso Estado”, conta. Na gestão de Fátima Duarte, nove mulheres já foram agraciadas com o importante troféu. Uma receita de agregação e de valorização do corpo associativo.


DIÁLOGOS | LIDERANÇA E GESTÃO

Um novo 7x1? A Copa acabou, mas o placar continua... Por Marcos Braun

A

Copa acabou e o sonho do hexa, pelo menos por quatro anos, foi frustrado. E para acrescentar ficou ainda a enorme decepção de, além de não conquistarmos o tão sonhado título em nossa casa, termos sido “premiados” com as pífias exibições da seleção brasileira, apresentando um futebol decepcionante e amargando a humilhante derrota pelo placar vexatório de 7 a 1 para a seleção alemã, no último dia 09 de julho. Data esta que deve ser esquecida por todos nós brasileiros. E como não falar também do placar de 3 a 0 para a Holanda... O que este placar significa nos dias atuais para nós brasileiros? Simples! Já estamos praticamente vivendo um novo 7X1. De acordo com o Financial Times, jornal britânico, a economia brasileira caminha para terminar 2014 com inflação próxima dos 7% e crescimento com menos de 1% - o menor entre os países emergentes -, e menos de 1/3 da média de crescimento mundial. Absolutamente incompatível com nosso potencial e necessidades de geração de empregos, riqueza, renda e divisas. Fazendo uma analogia dos acontecimentos da Copa do Mundo com o contexto social e empresarial brasileiro, podemos

“Talento vence jogos, mas é no trabalho em equipe que conquistamos o campeonato”. Só vence quem tem a melhor equipe e aplicação tática, e não os que têm as maiores estrelas. refletir sobre alguns fatos e tirar alguns aprendizados para não sofrermos novas goleadas. O futebol é um esporte democrático, no qual os chamados “pequenos”, por meio de esforço e aprendizado, podem jogar de igual para igual. Temos o exemplo da Costa Rica, Colômbia e Costa do Marfim. Ou seja: não existe o pequeno ou grande, mas o melhor preparado. Não se vence jogo só com uma marca tradicional (Brasil), paixão e vontade. O desempenho da seleção brasileira foi abaixo da crítica e fez os atletas não se prepararem emocionalmente para as partidas. Vários exemplos foram percebidos antes e durante os jogos. Já dizia Michael Jordan: “Talento vence jogos, mas é no trabalho em equipe que conquistamos o campeonato”. Só vence quem tem a melhor equipe e aplicação tática, e não

os que têm as maiores estrelas. O sucesso do evento, fundamentado no tão conhecido Padrão FIFA, deu-se pela estrutura de organização e tratamento diferenciado dado ao consumidor. Uma pergunta: sua empresa está preparada para os desafios desta nova conjuntura global? Tem entendido o novo comportamento dos clientes? O Padrão FIFA parte da premissa de estabelecer suas estratégias fundamentadas no comportamento do consumidor. As empresas sabem da importância de observar a evolução do mercado em que atuam, os hábitos dos consumidores, índice de emprego, as inovações e o aquecimento, além da concorrência. Apesar disso, alguns fatores que parecem mais distantes - como os indicadores gerais da economia - podem estar mais próximos do que se imagina e impactar no seu negócio. Caro leitor, sua empresa pode mudar o jogo gerenciando suas ações internas. Para isso é importante: controlar os custos, otimizar seus processos e investir em pessoas que tenham o real alinhamento com as práticas estratégicas. Pense nisso e até a próxima! Marcos Braun é Consultor, Professor de MBA, Coach e Palestrante Contato: marcos@marcosbraun.com.br Facebook: consultormarcosbraun www.marcosbraun.com.br

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IDEIAS | CULTURA

Confira as dicas para este mês e aproveite! Filme

Evento

Livro

A origem (2010) Direção: Christopher Nolan

TEDx

Vamos às compras! Paco Underhill

Com oito indicações ao Oscar, “A origem” traz um mundo onde é possível entrar na mente humana. Cobb (Leonardo DiCaprio) está entre os melhores na arte de roubar segredos valiosos do inconsciente durante o estado de sono. Contratado por um empresário japonês, ele e sua equipe tem a missão de invadir a mente de Richard Fisher (Cillian Murphy), herdeiro de um império econômico, e plantar a ideia de desmembrá-lo. Desesperado para reaver seus filhos, Cobb aceita e inicia uma jornada eletrizante, cheia de cenários fantásticos e ideias inconcebíveis - que sua psique torna real.

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O programa de eventos locais - organizados de forma independente - reúne pessoas para dividir uma experiência ao estilo TED (Tecnologia, Entretenimento, Design). TED é uma fundação norte-americana conhecida por suas conferências ao redor do mundo com palestrantes inspiradores, como Bill Gates, Al Gore, Michelle Obama etc. A edição cearense, que acontece dia 14 de setembro no Shopping Iguatemi, traz Edmilson Filho, Lira Neto, Guilherme Lichand etc. Inscrições pelo site (www.tedfortaleza.com. br) mediante seleção dos organizadores. Se aprovado, o participante deve pagar uma taxa de R$100.

A obra conta com novos estudos mercadológicos e observações que abrangem o mundo dos mercados emergentes – inclusive, as mais recentes tendências em varejo on-line. Trata-se de um guia detalhado de lojas, shoppings e ambientes de varejo mais inovadores do planeta, boa parte deles onde a prosperidade acabou de chegar. Um relato espirituoso sobre a evolução da cultura do consumo, abordando a guerra que envolve comerciantes, profissionais de marketing e consumidores cada vez mais instruídos. Manual indispensável para entender quem é o cliente e como ele compra.


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