Jornal outubro2013

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Ano XIX - nº 109 - Outubro - 2013

Suplemento da Revista Conexão Paraná. Distribuição gratuita em aeroportos e estabelecimentos conveniados.

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Artigo - Emergências médicas em voos

Navegação aérea

A era de satélites e comunicação digital


Maringá

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Editorial

Cadê a aérea que estava aqui? Muitas empresas aéreas fizeram sucesso, criaram expectativas e ficaram marcadas na vida de muitos passageiros. Infelizmente algumas delas faliram, ou foram compradas por outras empresas. Até mesmo a região noroeste do Paraná já tem um pouco de história para relembrar, com os primeiros voos da TAM tendo o saudoso Comandante Rolim liderando sua tripulação nos Fokkers da vida aeronáutica. Como esta edição é comemorativa, de aniversário o editorial lembra de algumas dessas empresas que deixaram saudades. • A empresa Aérea Panair foi fundada em 1930 e encerrou suas atividades em 1965 • Já a Empresa Aérea BRA foi extinta em 2007 • A Empresa Aérea famosa Varig iniciou suas atividades em 1927 e se fundiu em 2007 com a Nordeste e Rio Sul • Uma das mais famosas de sua época a Empresa Aérea Transbrasil foi fundada em 1955 e fechou as portas em 2001 • A Empresa Aérea Vasp foi fundada em 1933 e encerrada em 2005 • A Empresa Aérea Continental Airlines deixa de existir por causa da fusão com a United Airlines • A Empresa Aérea Webjet foi comprada pela Gol Linhas Aéreas em 2011 • Já a Empresa Aérea Fly esteve na ativa de 1995 até 2005 • A Empresa Aérea Nordeste atuou de 1976 a 2007 e retornou como Flex Linhas aéreas. • Uma que teve forte presença no Aeroporto de Maringá, foi a Sol Linhas Aéreas, com sede em Cascavel. Deixou de operar na virada da década de 2010. Essa linha aérea cascavelense chegou a ter projetos importantes, como voos fretados Maringá-Foz do Iguaçu para compras e turismo e até mesmo chegou a fazer estudos de pousos e decolagens no Aeroporto de Bacacheri, em Curitiba. Infelizmente tudo ficou no sonho do empresário que idealizou a Sol Linhas Aéreas. Algumas delas faliram, outras foram compradas, como foi o caso da Trip Linhas Aéreas, mas todas elas fizeram história na recente história da aviação comercial do país, proporcionando viagens importantes i inesquecíveis para muitas pessoas. Você se lembra de alguma? Fez alguma viagem importante com algumas delas?

Pousos e decolagens com mais segurança

Navegação aérea baseada em satélites e comunicação digital A partir de dezembro deste ano, os aeroportos das áreas terminais Rio e São Paulo devem operar com o sistema de navegação baseada em performance, sistema que permite reduzir tempo de voo e, automaticamente, consumo de combustível, aumento da capacidade, e, principalmente, mais precisão e segurança operacional. A afirmação foi feita pelo diretor de operações do Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA), Brigadeiro do Ar José Alves Candez Neto, em audiência pública realizada no último dia 19 na Comissão de Infraestrutura do Senado e o programa poderá se estener para outros aeroportos brasileiros. Além de concentrar a maior movimentação aérea do país, os aeroportos internacionais de São Paulo e Rio de Janeiro serão as principais portas de entrada dos voos internacionais aguardados para a Copa de 2014. Por isso, concentram o foco do trabalho de implementação neste ano da navegação baseada em performance, (PBN na sigla em inglês Performance Based Navigation). O sistema é uma das iniciativas do Programa Sirius, como é chamado no Brasil o conceito de gerenciamento do tráfego aéreo baseado em satélites e comunicação digital, considerado o futuro da navegação aérea. O Sirius também traz benefícios às pessoas que moram próximas aos aeroportos, pois reduz a exposição a ruídos. De acordo com a Aeronáutica, isso ocorre, porque os aviões realizam descidas contínuas na hora do pouso, o que exige menos potência dos m o t o r e s , g e ra n d o m e n o s b a r u l h o. Atualmente, o sistema já está em operação em Recife (PE) e Brasília (DF).

Jornalista Responsável Joel Cardoso FENAJ 66023

No aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, por exemplo, será possível reduzir a altura para realizar o procedimento de aproximação por instrumentos de 1.500 pés para 305 (ou 100 metros). No Aeroporto de Maringá, a aproximação por instrumento poderia diminuir dos atuais 500 metros para apenas 250 metros.

Redação e Escritório Rua Martin Afonso, 1587 Zona 2 - Maringá - Paraná Fone: (44) 3026-8585

“Estamos à frente da demanda”, explica o oficial-general. Para o militar, o principal desafio a partir de agora é a necessidade das aeronaves estarem equipadas com o mesmo

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sistema. A nova tecnologia também já permitiu a implantação de mais de 700 procedimentos aeronáuticos no Brasil Ao lado de Estados Unidos, Europa e Japão, o Brasil integra o grupo que está mais avançado na implantação do sistema. De acordo com associação, o país é hoje o terceiro maior mercado de aviação, atrás apenas de Estados Unidos e China. A perspectiva é de que até 2020 dobre o número de passageiros, atingindo mais de 200 milhões, e o número de aeronaves operando chegue a 976. O novo equipamento deverá trazer benefícios às pessoas que moram próximas aos aeroportos, pois reduz a exposição a ruídos. De acordo com a Aeronáutica, isso ocorre, porque os aviões realizam descidas contínuas na hora do pouso, o que exige menos potência dos motores, gerando menos barulho. Atualmente, o sistema já está em operação em Recife (PE) e Brasília (DF). O Departamento de Controle do Espaço Aéreo (DECEA) realiza entre 14 e 17 de outubro, no Rio de Janeiro (RJ), o Seminário ATM Sirius Brasil – Impulsionando o Desenvolvimento do ATM Nacional. Gratuito e aberto ao público, o evento vai apresentar os temas relacionados ao desenvolvimento do gerenciamento de tráfego aéreo no país, com uma visão prospectiva para o ano de 2023. O foco será o programa Sírius Brasil, que propicia maior eficiência ao gerenciamento do tráfego aéreo no Brasil, com redução no tempo de voo, consumo de combustível, poluição do meio ambiente e ruído em torno dos aeroportos. A chamada Navegação Baseada em Performance (PBN, da sigla em inglês Performance Based Navigation), já operação nas áreas terminais de Brasília e do Recife. A expectativa do DECEA é reunir empresas aéreas, associações de classe envolvidas no transporte aéreo e aviação geral, controladores de tráfego aéreo, pilotos, profissionais ligados à infraestrutura de tráfego aéreo, gerentes ATM, empresas de infraestrutura aeroportuária e instituições de ensino superiores ligadas à aérea. A ideia é debater temas como o uso de satélites na gestão do tráfego aéreo, comunicação digital e gestão estratégica da navegação aérea. O Aeroporto de Maringá terá seu representante no evento.


Aviação Artigo

Emergências médicas em voos *Dr. Raul D´aurea Mora Jr

No mundo, anualmente, próximo de 2 bilhões e 800 milhões de pessoas voam em companhias áreas comerciais. No Brasil o numero de pessoas que utilizam o avião como transporte cresce a cada ano. Desta maneira, o numero de pessoas que podem apresenta problemas de saúde durante o vôo é proporcional a este aumento. Pessoas idosas e portadoras de doença pré existente estão voando com maior freqüência e podem evoluir para uma descompensação e o avião não é o melhor lugar para este tipo de atendimento. Publicação recente na revista New England Journal of Medicine, avaliou os registros de bordo de chamadas de emergências, de diversas companhias aéreas, no período de quase 3 anos. A média é de uma emergência médica por 604 vôos. Os problemas mais comuns foram desmaios ou pré desmaios (37,5%), sintomas respiratórios (12%), náuseas ou vômitos(9,5%). Passageiro médico prestou a assistência em 48% das emergências, e o desvio da aeronave ocorreu em 7% dos casos. As causas mais comuns estavam relacionadas a derrame cerebral, problemas pulmonares e cardíacos. Viagens de curta distância voando em aeronaves comerciais pressurizadas não deveria causar problema para saúde, pois as condições dentro da cabine é como estivéssemos a 2450 metros. Entretanto, pacientes com doenças crônicas e em recuperação de quadro agudo podem

apresentam algum desconforto. Cuidados simples podem evitar problemas maiores. Utilizar roupas leves, mobilizar-se no assento nos vôos com mais de 3 horas, executar pequenos exercícios com os tornozelos, perna e braços, ingerir água com freqüência, usar meias elásticas nos portadores de varizes ou que já apresentaram trombose venosa, evitar uso de bebida alcoólica e medicação paraevento dormir. Organizado pelo Bonanza Clube, reuniu mais de 40 aeronaves - Crédito da foto - Márcio Jumpei Nos pacientes portadores de doença cardiovascular, seguem as recomendações: Infarto não complicado, aguardar de 2 a 3 semanas para voar. Infarto complicado aguardar 6 semanas. Insuficiência cardíaca grave ou descompensada não deve voar. Paciente submetido a cirurgia de ponte de safena aguardar 2 semanas. Marca passo e desfibriladores implantáveis não há restrição para voar, apenas identificarse antes de passar por detector de metal. Pacientes que apresentaram derrame cerebral aguardar de 1 a 2 semanas para voar. A proteção da saúde dos passageiros e tripulantes em vôos é um elemento integral do transporte aéreo seguro. Boa viagem! * Médico cardiologista intervencionista do Hospital Santa Rita. CRM 11410. Fontes: New England Journal of Medicine, Sociedade Brasileira de Hemodinâmica e Cardiologia Intervencionista e Cartilha de Medicina Aeroespacial.

Validade de passagem aérea O Ministério Público Federal (MPF) no Rio de Janeiro recomendou à Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) que o bilhete de passagem aérea de retorno, quando for adquirido junto com o bilhete de ida, passe a ter validade de um ano, a contar da data de partida da viagem. Atualmente, a validade do bilhete de volta é contada a partir do dia da emissão. Para o MPF, a regra atual obriga o consumidor a comprar os bilhetes em data próxima à de sua viagem, caso o retorno seja em data pouco anterior a um ano da data da partida, pagando, em tese, um preço muito mais alto do que se comprasse as passagens com maior antecedência. Segundo o Ministério Público, o consumidor é prejudicado também se a data de retorno de sua viagem ultrapassar o período de um ano da emissão do bilhete. Nesse caso, ao adquirir as passagens de ida e volta com antecedência, o cliente terá que comprar um bilhete de retorno para a data limite de um ano da emissão e, posteriormente, pagar uma taxa ou multa para modificar a data de regresso.

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Turismo

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Governador surpreende ao anunciar extinção da Setur O governador do Paraná, Beto Richa surpreendeu o setor turístico paranaense e brasileiro ao anunciar a extinção a Secretaria de Estado do Turismo (SETUR). Com muitas de suas atrações mundialmente conhecidas, como é o caso das Cataratas do Iguaçu, o efeito do anúncio obteve ainda maior perplexidade, pois foi feito no Dia Mundial do Turismo, 27 de setembro. Além da SETUR, constam na lista de extinção do Governo, as secretarias do Controle Interno, da Corregedoria e Ouvidoria e a SECOPA – Secretaria Especial para Assuntos da Copa 2014. As secretarias que deixarão de existir terão suas funções assumidas por outras secretarias ou sofrerão fusão. A Secretaria de Estado de Turismo, por exemplo, será incorporada pela Secretaria da Cultura. O nome da futura secretaria será Secretaria de Estado da Cultura e do Turismo. No setor do turismo a notícia foi recebida com estranheza. O ex-secretário de turismo do Paraná, Faisal Saleh lamentou o que ele classificou como falta de visão sobre a importância estratégica do setor. “Fico mais triste ainda com o descuido de anunciar isto no dia mundial do turismo”, lamentou. O presidente do COMTUR de Foz do Iguaçu Paulo Angeli classificou a notícia quanto à extinção da SETUR como um retrocesso para o turismo que é a atividade econômica que mais cresce no mundo e que na maioria dos governos está sendo uma prioridade. “É uma lástima que no Paraná seja considerada desta forma. É uma noticia que recebemos com tristeza”, disse. Segundo Angeli faltou entender

que o turismo é negócio, é gerador de emprego e renda. “É evidente que estaremos na contra mão da geração de emprego”, finalizou. Segundo o anúncio, ainda, as funções da Secretaria Especial para Assuntos da Copa 2014 serão assumidas pela Secretaria de Esportes. Outro anúncio na área do turismo é o fim da Ecoparaná que passará a se chamar Paraná Projetos além de sair do âmbito do turismo e passar para a Secretaria de Planejamento. O fim das secretarias é parte de um pacote que determinou ainda a extinção de 1.000 cargos em comissão. Os cortes, segundo a assessoria de imprensa do governador, “fazem parte da primeira fase de uma série de medidas determinadas pelo governador para contenção de gastos e modernização na gestão do Estado”.


Série Saúde ModaI

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Dependência química

Clínica em Maringá alia métodos de tratamento com humanização Quem vê as modernas e confortáveis instalações da Clínica de Reabilitação Psicossocial de Maringá (CRPM), num espaço de apego bucólico de 96 mil metros quadrados, não imagina que o projeto foi minuciosamente estudado para proporcionar um tratamento de primeira aos dependentes químicos. Os idealizadores do projeto, o casal – o médico Murata Massaki e a enfermeira Iris Murata, visitaram várias instituições do gênero. Foi uma verdadeira peregrinação até a construção do espaço numa área rural no distrito de São Domingos em Maringá. Professora doutora, estudiosa do assunto em Dependência Química, Iris vislumbrou a ideia de um tratamento humanizado e holístico mais incisivo do que os comumente praticados. E com uma pitada extraforte de mãe, dedica os finais de semana e feriados a preparar guloseimas e refeições especiais a pedido dos "filhos", passear pelo pátio a procura dos mais solitários para um bom papo, e, de vez em quando, toca piano para que eles aprendam a apreciar uma boa música clássica. Para ela, os internos são “seus filhos também”. O casal, bem sucedido em suas atividades, poderia desfrutar de outros hobbies, entretanto, tem na instituição uma proposta de salvar vidas. A vivência com a natureza ajuda no tratamento. Sensação de paz e acolhimento se vê nas ruas de chão, na interação entre cimento, pastos e arbustos. Aos arredores, o charme do campo com criações de carneiros, porcos light e vacas leiteiras, jardinagem, horta e pomar orgânico. São oito blocos distribuídos por função – recepção, lavanderia, cozinha e refeitório, atelier de terapia ocupacional, sala de estudos e tv, academia, salão social para reuniões de grupo, família, espiritualidade e pratica de banda musical com capacidade para cem pessoas. O local lembra um hotel fazenda com chalés rústicos, confortáveis e funcionais. O tratamento envolve normas técnicas e sistematização nos padrões da Organização Mundial de Saúde (OMS). Segundo Iris, as políticas públicas não conseguem acompanhar a velocidade da indústria do narcotráfico, e hoje a saúde publica não esta

dando conta de tratar os milhões de usuários de substâncias psicoativas. Apenas do crack, são mais de 1 milhão de usuários. A CRPM dispõe de uma equipe multidisciplinar, que compreende enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, médico clínico geral e médico psiquiatra, terapeuta ocupacional e holístico, educador físico, monitores, nutricionista, farmacêutico, conselheiro em dependência química além dos auxiliares para serviços gerais e cozinha. O quadro de funcionários é de 27 pessoas. O tratamento em regime de internato leva, no mínimo, seis meses em que o dependente químico passa por fases que compreende a desintoxicação até a reabilitação psicossocial. Sistema de tratamento - Especializada em dependência química, álcool e drogas licitas e ilícitas. Atende também os quadros depressivos e transtornos compulsivos como jogo patológico, compulsão alimentar, sexual, vício em internet entre outros. A clínica trabalha com musicoterapia, videoterapia, grafoterapia, fotolinguagem, reabilitação psicossocial, entre outros. No espaço, há recepção, salas para atendimento individual, de família, salão para atividade física, salão para reuniões de grupo, sala de estudo, home theater, sala para oficinas de terapia ocupacional, cozinha e refeitório comunitário, lavanderia comunitária, unidade de desintoxicação; unidade de internamento, almoxarifado e campo de futebol suíço. As avaliações psiquiátricas e psicológicas dão conta de como será o tratamento individualizado, dependendo de cada caso. A medicação utilizada é criteriosa de acordo com a avaliação médica. Como forma de reaprender a viver, a terapia ocupacional envolve os internos em várias atividades para ocupar o dia e a cabeça. Uma maneira de interagir e expurgar os maus agouros são as “peladas”, improvisadas no gramado, que sempre colhem boas risadas. No dia a dia, os conselheiros terapêuticos dividem sentimentos e estimulam os dependentes químicos a como enxergar a vida novamente. “A gente fica junto o dia todo com os internos porque sabemos na

prática o que eles estão sentindo, por isso, conseguimos ajudar, interagindo. É na rotina deles que a gente aplica as técnicas e os 12 passos do NA (Narcóticos Anônimos)”, resume o conselheiro terapêutico, Rodrigo Rizzo. O referencial terapêutico é baseado nos princípios do NIDA (National Institute on Drug Abuse). O envolvimento do quadro de funcionários sob o ponto de vista afetivo é um importante diferencial. Ali, a vida de cada integrante é, praticamente, a vida de um familiar. Não se trata apenas de fazer a sua parte. O todo é fundamental. Não significa somente seguir o tratamento que alia medicamentos e uma porção de metodologias, mas a de ter a sensação confortante de saber que cada interno pode contar com a equipe. A percepção que se tem ao visitar a clínica é exatamente essa: a de uma família unida em prol do próximo. Uma lição de altruísmo que impacta o visitante. A dependência química não afeta somente o usuário, mas também seus familiares. Por isso, a clínica oferece atendimento psicológico às famílias. A CRPM atende em várias modalidades de atendimento: clínica dia, clínica turno, clínica noite e regime de internação. Acomodações e vagas - A unidade de tratamento é particular para dependentes do sexo masculino. São 70 leitos em diferentes acomodações confortáveis com televisão, frigobar, suítes, no sistema individual, duplo, triplo ou quádruplo – portanto em preços diferentes. A clínica de 2.200 metros quadrados foi construída num terreno de 96.000 metros quadrados. São cinco refeições diárias. As internações na CRPM ocorrem de maneira voluntária, involuntária ou compulsória (determinada pela justiça). No total, são 70 vagas - 7 sociais. (Por Tarcila França, especial para a editoria de Saúde) SERVIÇO: http://www.crpmaringa.com.br/ Gleba Ribeirão Colombo, Lote 3 Estrada São Domingos - Maringá - PR Telefone: (44) 3232-8742 E-mail: contato@crpmaringa.com.br


Série Saúde II

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Foto: Divulgação

Outubro Rosa conscientiza sobre o câncer de mama Da Redação O câncer de mama é a doença que mais mata mulheres em todo o mundo. A cada 10 mulheres diagnosticadas com a doença no país, três morrem. Os dados são do Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão do Ministério de Saúde. Este mês, a cor rosa simboliza a luta pela prevenção e tratamento. O Outubro Rosa chama atenção a título de conscientizar populares sobre a importância do diagnóstico precoce do câncer de mama. São diferentes ações que acontecem durante todo o mês. Atividades voltadas ao diagnóstico do câncer estão sendo realizadas em todo o mundo. Monumentos em todo mundo recebem a iluminação rosa. Em Maringá, diversas ações vêm sendo desenvolvidas por associações de classe, clubes de serviços e instituições financeiras. Nesse ano, o maringaense não terá a iluminação cor-de-rosa na Catedral Basílica de Nossa Senhora da Glória. Algumas clínicas particulares da cidade também realizarão ações sociais ao longo do mês. O Instituto de Imagem Maringá, por exemplo, está ultimando os preparativos para oferecer o “Espaço Mulher”, uma área totalmente dedicada aos diagnósticos, com atendimento diferenciado, exclusivo e com moderno equipamento de última geração de mamografia digital. O novo espaço deverá ser inaugurado em novembro, com a

chegada do novo aparelho de diagnóstico.

com próteses.

O movimento popular “Outubro Rosa”, que teve início nos Estados Unidos, na década de 90, hoje é celebrado em várias partes do mundo. Ele recebeu esse nome em referência à cor do laço rosa distribuído pela Fundação Susan G. Komen for the Cure aos participantes da primeira Corrida pela Cura, realizada em Nova York, em 1990, que desde então, passou a ser promovida anualmente na cidade (www.komen.org).

Auto-exame - Deve ser feito a partir da primeira menstruação, mas não substitui os outros exames. Ele consiste em a mulher apalpar seus seios na tentativa de identificar alguma alteração. Além disso, ele incentiva que a mulher conheça o próprio corpo. O auto-exame deve ser feito uma vez por mês, logo após a menstruação, e de três maneiras:

Exames que ajudam a diagnosticar o câncer de mama: Mamografia - Ainda é o melhor método para a detecção precoce do câncer de mama. Por meio dela é possível detectar microcalcificações que muitas vezes são as primeiras indicações de um câncer em fase inicial. A primeira deve ser feita a partir dos 35 anos. Em seguida, a partir dos 40, deve ser realizada anualmente. Ultrassonografia mamária - A técnica é usada para reproduzir imagens transmitidas por um transdutor que emite e reflete ondas sonoras até a mama. É um método auxiliar da mamografia, somando dados e levando a um diagnóstico mais preciso. É indicada na análise da estrutura de nódulos detectados na mamografia (para se avaliar se são císticos ou sólidos) e na avaliação de mamas

Durante o banho: Com a pele molhada ou ensaboada, a mulher deve elevar o braço direito e deslizar os dedos da mão esquerda suavemente sobre a mama direita estendendo até a axila. Em seguida, fazer o mesmo na mama esquerda. Deitada: colocar um travesseiro debaixo do lado esquerdo do corpo e a mão esquerda sob a cabeça. Com os dedos da mão direita, a recomendação é apalpar a parte interna da mama. Em seguida, basta inverter a posição para o lado direito e fazer o mesmo procedimento. Diante do espelho: elevar e abaixar os braços em frente ao espelho. Com o movimento, observar se há alguma anormalidade na pele, alterações no formato, abaulamentos ou retrações nos seios.

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Série Saúde III

Os riscos podem diminuir na transfusão de sangue

Decisão está nas mãos do governo Os potenciais riscos dos serviços de hemoterapia, que lidam com o ciclo de transfusão de sangue, têm diminuído no Brasil. É o que mostra o relatório anual da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) sobre o assunto. Mas nem todos os hemocentros disponibilizam os testes mais seguros na coleta ou transfusão de sangue, embora seja vital em transplantes e cirurgias.

governamental para tornar obrigatório esse tipo de teste, portanto, deixando a população correr os riscos desta insensatez. Segundo Guilherme Genovez, da Coordenação do Sangue e Hemoderivados do MS, a Portaria que a obrigatoriedade do uso do NAT está nas mãos do ministro Alexandre Padilha e será publicada quando a autoridade governamental desejar.

Em consequência de doenças como o HIV e Hepatite B e C, foram desenvolvidos testes sorológicos mais sensíveis em sangue de doadores. Aliada aos testes, a segurança da transfusão para reduzir o risco sanitário depende de medidas sequenciais, como a captação do doador e triagem minuciosa. Essas medidas minimizam eventuais infecções virais transmitidas por transfusões.

Embora não divulgada como deveria ser, a Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), lançou a campanha nacional “Transfusão, só com NAT”, uma iniciativa em defesa da segurança das transfusões por meio da implantação da obrigatoriedade do uso do teste de Ácido Nucléico, conhecido como “NAT”, no serviço público e privado.

A constatação de relatórios da área hematológica, no entanto, que os testes usados atualmente ainda permitem a transmissão destes vírus, em razão da “janela imunológica” (período de demora do resultado do teste após o doador ter sido contaminado). Em razão disso, países do primeiro mundo desenvolveram um teste mais sofisticado, que busca diretamente o vírus.

Ao contrário do Elisa, da sigla em inglês Enzime Liked Immunosorbent Assay, que que detecta apenas os anticorpos contra os vírus do sangue, a NAT é um exame que aumenta a segurança das transfusões de sangue, porque é capaz de detectar a presença do vírus do HIV (Imunodeficiência Humana); HCV (Hepatite C) e HBV (Hepatite B) no organismo em um curto período de tempo, existente entre o dia da contaminação por vírus e o momento de sua manifestação no organismo (janela imunológica).

Trata-se do teste Ácido Nucleico (NAT), que diminui a janela imunológica do HIV de 22 dias para 10 e das Hepatites de 80 para 20 dias. A importância deste teste deverá dar mais segurança para a estimativa dos 135 mil brasileiros que são portadores do HIV e não sabem. Boa parcela procura os serviços de hemoterapia para doar sangue para fins de diagnóstico da doença., aumentando as chances de transmissão do vírus. O Ministério da Saúde reconhece a eficiência do NAT, mas falta uma Normativa

Há dez anos a população brasileira espera pela instituição de portaria que garanta a obrigatoriedade do NAT na rede pública e privada. Apesar de não haver no Brasil ou no mundo transfusão de sangue 100% segura, teste NAT é a ferramenta mais eficaz existente hoje para aumentar a segurança das transfusões de sangue, reduzindo assim possíveis danos ao paciente/receptor do sangue.

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Economia

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Sicoob se destaca em ranking nacional As cooperativas de crédito do Sicoob se destacaram no ranking das 100 maiores instituições cooperativas do Brasil no primeiro semestre de 2013. O ranking, organizado pelo Portal do Cooperativismo de Crédito, com dados da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB) e do Banco Central do Brasil (BC), levou em consideração o volume de ativos, depósitos, operações de crédito, patrimônio líquido, número de pontos de atendimento e sobras do 1º semestre de 2013, o que equivale ao lucro dos bancos comerciais. Pelos números, as 100 maiores cooperativas somam juntas R$ 46,5 bilhões em ativos e mais de R$ 28 bilhões em depósitos. Desse total, o Sicoob possui participação em 34,7% e 31,6%, respectivamente.

Planilhas de gastos servem para controlar as finanças Fazer os gastos do mês caberem no orçamento mensal é uma tarefa difícil para muitos e fácil para uns poucos. Especialistas em finanças explicam que com medidas simples, como usar uma planilha de gastos, o consumidor pode ter controle das contas familiares. Mas para isso ocorrer, é preciso disciplina para anotar tudo o que se gasta. Do cafezinho da esquina a prestação de um eletrodoméstico, por exemplo. “Numa planilha de gastos você consegue ver, de forma clara, o que é necessário e o que é supérfluo. Agora, além de anotações periódicas, é fundamental voltar às anotações no fim do mês para analisar os gastos e fazer um comparativo com o mês anterior”, ensina Marcos Figueiredo, supervisor de investimentos do Banco Santander. O especialista financeiro diz que até no mercado e na farmácia podem ser detectados compras desnecessárias. “Sendo um mês difícil, o iogurte e o chocolate, por exemplo, podem ser cortado facilmente da lista de compras. É importante também não confundir remédio com cosmético, já que, esse último, costuma ‘abocanhar’ boa fatia da despesa sem necessidade, muitas vezes”, observa Figueiredo, informando que despesa com celular é outro vilão de quem precisa economizar. POUPANÇA É BOA OPÇÃO Destinar parte de seu salário para aplicações como a poupança é uma das dicas do economista do Santander. Para ele, quem tem até R$ 10 mil disponíveis o melhor caminho é a poupança. “A caderneta tem liquidez diária, é simples e segura. Contudo,

não se deve depositar um dinheiro que, em menos de um mês, terá que ser resgatado para pagar despesas fixas. É importante separar uma sobra do salário que você possa ‘esquecer’ na aplicação. Senão a pessoa nunca verá seu dinheiro render”, diz. Sete em cada 10 na classe média brasileira têm dívidas Mais de 70% da classe média têm dívidas, aponta levantamento do GuiaBolso.com, um consultor financeiro online. Em junho, os cerca de 10 mil usuários cadastrados na plataforma informaram estar devendo. “Números oficiais indicam que cerca de 35 milhões de brasileiros entraram na classe média nos últimos dez anos, tendo grande acesso ao crédito, mas sem o acompanhamento e sem noção de educação financeira efetiva”, relata Thiago Alvarez, cofundador do guia na internet. A pesquisa mostra ainda que nas classes A e B os números não são muito diferentes, com 49% dos usuários com dívidas que comprometem um valor superior a um terço da receita mensal da família. A professora Ana Maria Peçanha, de 42 anos, que foi ouvida durante compras em supermerado, disse que parou de usar o cartão de crédito para evitar acúmulo de mais débitos. “Depois que passei um sufoco para pagar uma dívida por falta de controle de gastos a prazo, agora só pago no cartão de débito. É a forma que encontrei para controlar minhas finanças”, relata a vendedora.

A pesquisa aponta que as 100 maiores cooperativas representam cerca de 60% dos montantes administrados pelas 1.137 cooperativas de crédito singulares ativas de acordo com o mesmo levantamento. Do total do setor, 35% administram ativos entre R$ 10 e R$ 50 milhões, 12% entre R$ 50 e 100 milhões e 14% entre R$ 100 a R$ 500 milhões. Com relação às sobras, 6% conseguiram superar os R$ 5 milhões, 17% ficaram entre R$ 1 milhão e R$ 5 milhões, e 13% entre R$ 500 mil e R$ 1 milhão. Sobre o Sicoob – O Sistema de Cooperativas de Crédito do Brasil (Sicoob) possui mais de 2,5 milhões de associados em todo o país e está presente em 23 estados brasileiros e no Distrito Federal. É composto por mais de 500 cooperativas singulares, 15 cooperativas centrais e a Confederação Nacional das Cooperativas do Sicoob (Sicoob Confederação) que tem a finalidade de defender os interesses das cooperativas representadas, ofertar serviços, promover a padronização, supervisão e integração operacional, financeira, normativa e tecnológica. A rede Sicoob é a sexta maior entre as instituições financeiras que atuam no país, com mais de 2 mil pontos de atendimento. As cooperativas inseridas no Sistema oferecem um amplo portfólio de produtos e serviços para seus associados e possibilitam acesso a recursos para empréstimos em geral e investimentos, tanto para pessoas físicas como jurídicas, com juros mais acessíveis.


Empresarial Revista Conexão Paraná e núcleos recebem o Prêmio Top Empresarial Embora não pudesse estar representada pelo editor geral em razão de viagem a Santa Catarina na mesma data do elegante e v e n t o , a Re v i s t a Conexão Paraná e seus núcleos de jornalismo foram distinguidas com o Prêmio Top Empresarial de Incentivo a Qualidade, outorgado pelo Instituto Cultural da Fraternidade Universal, entidade de caráter cívico, cultural e social sediada em São Pa u l o . C o m a credibilidade de seus 28 anos de atividades, a instituição realizou no último dia 14 de setembro no Spaço Quatá, na Vila Olimpia, na capital paulista, mais uma de suas solenidades cívicas com o objetivo de homenagear empresários e profissionais de diversas áreas em várias localidades do país. Segundo o histórico da homenagem, o prêmio é concedido para profissionais e empresas que tenham se destacado em seu segmento de atuação com um diferencial de qualidade, empreendedorismo e sustentabilidade. No caso da Revista Conexão Paraná e seus núcleos, a homenagem veio na categoria “Jornalismo”, após pré-avaliação feita entre os órgãos de comunicação, leitores e projeções de melhor conteúdo no contexto de publicações em formato de revista, com periodicidade ininterrupta, assinantes, portal de notícias e interatividade com passageiros doa aeroportos com distribuição grátis de exemplares, além da facilidade de encontrar exemplares em bancas distribuidoras. Esta é a primeira vez que a instituição premia um órgão de comunicação no Paraná, reconhecendo o esforço dos idealizadores em manter uma publicação jornalística independente desde sua fundação. Com 14 anos no mercado editorial paranaense, a Revista Conexão Paraná ingressa em seu Ano XV com mais esse reconhecimento, ampliando seu quadro de homenagens recebidas, entre elas o a outorga do Selo Comemorativo dos 10 anos da publicação, pelos Correios e o Prêmio Top Of Mind, auferido pelo Instituto Brasileiro de Pesquisa de Pesquisa de Opinião Pública (Inbrap). Foram homenageadas também as seguintes empresas: Construtora Icopan Ltda., Atual

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Vem aí, o prêmio Sinduscon/NOR/PR Esta em fase final a fase seletiva entre empresários da construção civil que participam da quarta edição do Prêmio Sinduscon-NOR/PR, esse ano com muitas novidades em relação a 2012. Entre elas a inclusão do tema sustentabilidade entre os critérios de avaliação. Com isso, o Prêmio Sinduscon-NOR/PR terá cinco temáticas, dentre as quais Qualidade, Meio Ambiente (com destaque para o gerenciamento de resíduos sólidos), Responsabilidade Social e Segurança no Trabalho. Cada empresa inscrita será avaliada em cada um dos temas. Outra novidade é a avaliação das empresas inscritas. Dessa vez, o Prêmio Sinduscon-NOR/PR contará com quatro auditorias, uma a mais que em 2012. “As avaliações serão feitas sem horários marcados e os dados obtidos serão mantidos em sigilo”, disse o consultor credenciado do Sebrae/PR em Maringá, Celso Saito, que fará parte do corpo de auditores. “Ao final, o empresário saberá em quais áreas ainda pode melhorar e no que já possui excelência”, explicou. As categorias do Prêmio seguem as m e s m a s : O b ra s c i v i s p r ó p r i a s incorporadas, Obras civis particulares executadas por terceiros e Obras civis públicas. Em cada categoria serão premiadas as duas empresas mais bem avaliadas. O Prêmio Fornecedor Sinduscon-NOR/PR completa o evento. Com ele, serão premiados os melhores fornecedores do setor, na avaliação dos próprios empresários de construtoras.

MMGL Propaganda, Projeto Vida Solidária, Penhauto 2002 Centro Automotivo, Efetivarh Consultoria em Recursos Humanos, MV Consultoria em Educação, Clínica Carpe Diem, Palim & Martins Organização Tributária, Newservice, Wilson Construções e Empreendimentos, Meta & Americana, Exitus Planejamento e Assessoria, Na Brasa Pizzaria e Chopperia, Alumasa Indústria Brasileira de Alumínio, Recol Indústria de Mangueiras, Kiyoshi Geradores, Celmi Sistemas de Pesagem, Sacel Segurança e Vigilância, Contabilidade Vera Cruz. Ainda, na lista, Trust-x Assessoria Técnica Aduaneira, Contábil Nelma, Clima Control Ar Condicionado, Guiapeo Guia de Profissionais e Empresas Online, e os profissionais jornalista Daniel Steve, jornalista Silvana Gonçalves de Lima, Drª. Nilza Pinheiro de Athayde Lieh, presidente da Academia Brasileira do Meio Ambiente, educadora Sra. Adriane Barbosa Whyte Gailey e o violinista Sr. Eduardo Rodrigues Gomes. Todos participaram de um requintado coquetel e jantar e assistiram a apresentação de Dança do Ventre, show do cantor e violonista Toninho Nascimento e do violinista Eduardo Gomes. Uma marcante e memorável noite de gala da sociedade que, infelizmente não teve a representação da equipe Revista Conexão Paraná.

A ideia provocou diversas reações no setor da construção civil no Paraná. A redação da Revista Conexão recebeu manifestações diferenciadas de construtoras e fornecedores sobre a iniciativa. Mas, o regulamento exige que para se inscrever, é necessário ser associado ao Sinduscon-NOR/PR, em uma das 16 categorias. Reconhecimento A busca contínua por crescimento, qualidade em gestão e produtividade é frequentemente listada entres os principais desafios da construção civil. Por incentivar as empresas do setor na busca por essa excelência, o Prêmio Sinduscon-NOR/PR vem colecionando elogios. No lançamento do Prêmio, não foi diferente. Para o presidente do Conselho Administrativo do Sicoob, Jefferson Nogaroli, o Prêmio Sinduscon-NOR/PR já se tornou referência para o País. “Tive a oportunidade de ser presidente do Conselho Deliberativo do Sebrae/PR e de, naquela época, conhecer de perto a premiação, que coloca as empresas participantes em outro patamar. Sei que o Prêmio vai resultar em mais qualidade para todo o setor”, comentou Nogaroli.


Moda

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Foto: blackwomanofbrazil.com, obtida no Fashion Rio 2011.

A indústria da moda e as acusações de

Racismo nas passarelas * Da Editoria de Moda Continuam circulando no mundo da moda brasileira que promotores de desfiles e estilistas estão praticando racismo explícito nas passarelas. As desculpas para a não contratação de manequins negras, orientais e de outras etnias, nem sempre são investigadas pelos órgãos fiscalizadores, pelas próprias profissionais e seus familiares. Em recente evento da moda, de fato, houve uma projeção de que apenas 6% das modelos foram negras, 0,0% orientais contra 82,7% de brancas. Os números não foram confirmados até o encerramento desta edição. Qual a razão de tantas denúncias em pleno século 21 de racismo nas passarelas? Há alguns dias, Naomi Campbell, apelidada como a Deusa de Ébano, fechou o desfile de Diane Von Furstenberg na Semana da Moda de Nova York e deixou a concorrência difícil para as demais modelos. Além de sua amizade com o estilista belga, Campbell representou o apelo que Von Fustenberg, como presidente do Conselho de Estilistas de Moda dos Estados Unidos, tinha feito pela diversidade na seleção de modelos há cinco anos e que, nos dias de hoje, continua sem efeito. Apoiada em números da edição anterior da semana de moda nova-iorquina dias depois, Naomi Campbell, junto com sua predecessora no mundo das top models negras, Imán, e a diretora de uma agência de modelos, Bethann Hardison, publicaram uma carta aberta falando do "ato racista" na

moda. Nesta denunciaram estilistas como Calvin Klein, Donna Karan e Armani, que usam apenas uma, ou até nenhuma modelo negra em seus desfiles e acusaram o mundo da moda de ter se acomodado em sua luta contra a igualdade. "Retrocedemos", disse Imán em uma entrevista à rede de televisão "ABC". Enquanto as casas de Paris apostaram na sofisticação, a grande contribuição da moda americana a uma indústria e uma arte acusadas de "eurocentrismo" foi demonstrar com uma alta presença de modelos negras que estas poderiam ter um papel, além da cota de exotismo graças a rostos como o de Sandi Bass. Os efeitos foram quase imediatos: em 1976 foi descoberta a primeira supermodelo negra e a mais famosa de todas, a britânica Naomi Campbell, que no auge das supermodelos formou o "quarteto de ouro" junto com Claudia Schiffer, Cindy Crawford e Linda Evangelista. Waris Dirie, Tyra Banks, Vanessa Williams e Veronica Webb solidificavam o que parecia ser o caminho para a "normalização" das modelos afrodescendentes. Mas quando passou o "boom" das mesmas, começou também o retrocesso na igualdade das modelos negras nas passarelas. Em julho de 2008, a revista "Vogue" publicou um artigo intitulado "É a moda racista?", fazendo o primeiro apelo para a problemática. Passados cinco anos, o jornal "The New York Times", no dia 7 de agosto do ano passado,

publicou um artigo intitulado "O ponto cego da moda". Os motivos? Estilistas e agências de modelos passam a batata quente e não tem quem fale sobre o problema de representatividade da raça negra nas elites que atinge o campo da moda (e, por ali, o conceito "modelo" tem que ser representativo disso) ou a desculpa que o branco é uma opção estética, por isso pedir o contrário seria um atentado contra a liberdade criativa. No entanto, o auge das modelos asiáticas, vinculado diretamente com a importância dos consumidores da Ásia no mercado da moda, parece não responder a esses mesmos argumentos, da mesma forma que os estilistas tão conhecidos como Jean-Paul Gaultier e Tom Ford apostaram pela diversidade e triunfaram. Em declarações ao "The New York Times", o brasileiro Francisco Costa, diretor criativo da Calvin Klein, assegurou que há poucas modelos negras cotadas, como Malaika Fith (o primeiro rosto negro em uma publicidade da Prada), e que respeitar a cota implicaria contar sempre com as mesmas. Já Riccardo Tisci, estilista da Givenchy preferiu não falar de racismo e sim de um sentimento muito menos meditado: pura preguiça. "É mais fácil que sejam brancas porque é ao que estamos acostumados", disse. (Com agência EFE)




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