Revista Conexão Paraná - Julho 2015

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O ELO ENTRE LER E TESTEMUNHAR A NOTÍCIA

Edição concluída em 06/07/2015

Preço do exemplar: R$ 7,00

Ano XV - Nº 189 - Julho 2015

Maringá

Agora na rota dos grandes festivais internacionais da música

O que

Confecções

Crise poderá mudar denominação da PR-323

fazer para driblar a crise ? Enquete

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PARANÁ

O ELO ENTRE LER E TESTEMUNHAR A NOTÍCIA Ano XV - nº 189 - Julho - 2015

Jornalista Responsável Joel Cardoso Fenaj 66023 Web/diagramação Jonathan Lukaszewigz Supervisão Geral Rose Tognon Assessoria Jurídica Carlos Eduardo Buchweitzz (OAB 19.939) Colaboradores: Gorby Junk (Curitiba) Alexandre Mendes (Santa Catarina) Marcela Langoni (Londrina) Aline Passos (Foz do Iguaçu) Distribuição:

RCP inicia série sobre a crise econômica e seus reflexos imediatos na população Mesmo com a arrecadação de impostos ultrapassando 3 R$ trilhões, a recessão econômica bateu em cheio na economia brasileira. Consequência imediata: o mercado de trabalho e a geração de empregos dos últimos anos deu lugar a demissões em massa. No primeiro mandato da presidente da República, Dilma Rousseff, 4,9 milhões de postos formais foram criados, mas nos cinco primeiros meses deste ano, 243.948 pessoas já foram dispensadas, segundo dados Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).

indústria do vestuário, do setor automotivo, a indústria do Turismo e a construção civil. Para isso, começou a disparar e-mails para ouvir os empresários do setor com a pergunta base: o que cada área está fazendo para driblar a crise? O efeito dominó bem atingindo a população brasileira, pois cada segmento produtivo afetado gera o efei to col ateral , t endo como primeiro impacto o desemprego. A partir daí, não é preciso muita imaginação para prever as consequências desastrosas para a população. A maioria das empresas e empresários ouvidos até o fechamento desta edição, nos mais diversos segmentos, admitiu que já iniciou o processo de demissão de seus funcionários.

Os analistas temem uma aceleração do nível de desemprego a partir deste segundo semestre, o que resultaria no fechamento de 1 milhão de vagas com carteira assinada até dezembro. Há quem aposte que a taxa de desocupação ultrapassará os 10% em 2016. Para piorar, o rendimento médio real dos assalariados também está em queda. Esse processo derrubará ainda mais a popularidade da chefe do Executivo, que já tem um índice de rejeição de 65%.

Nesta série, ficou difícil saber qual o segmento produtivo vem sendo mais afetado: no setor de confecções, alguns empresários mais pessimistas mudaram o rótulo da Rodovia da Moda (PR que liga Maringá a Cianorte) para um nome mais assombroso.

Difícil detectar qual o setor da economia não está sofrendo as consequências. A reportagem da Revista Conexão Paraná está coletando dados de quatro setores representativos para uma serie de reportagens:

As concessionárias de veículos estão com diversas estratégias, mas seus representantes admitem que se o cenário não mudar, haverá encerramento de atividades. Não é diferente ao setor do turismo e da construção civil. O que fazer?

Redação (Sede Própria) R. Martim Afonso 1587 Zona 02-Maringá-Paraná Fone (pabx) 44.3026.8585

O ELO ENTRE LER E TESTEMUNHAR A NOTÍCIA

Confira o resultado da enquete de maio

Capa da Revista Conexão, edição de julho 2014, Mês de férias, furtos e arrombamentos

SIM NÃO

Enquete deste mês

O que fazer para driblar a crise ? Julho / 2015 03


Maringá EAB Air Show, entre 09 a 12 deste mês Foto: Câmera Glup ! / Júlio Take

A 18ª Feira Internacional de Aviação EAB Air Show, que será realizada de 9 a 12 de julho, está projetada para apresentar as últimas novidades do mercado de aviação em Maringá. Nos quatro dias de exposição a EAB Air Show pretende reunir os principais players do mercado para avaliar tendências, fazer negócios e desenvolver novas parcerias com outros expositores e visitantes do evento. A previsão para esta edição, além de se tornar autossuficiente, sem necessidade de verbas públicas, é bater o recorde de participantes registrado no ano passado, quando foram 147 aeronaves em exposição e venda, 97 expositores representando 167 marcas e mais de mil pousos e decolagens. Durante a feira do ano passado 12 empresas mostraram interesse em se instalar no Polo Aeronáutico de Maringá.

Cidade entra na rota dos grandes festivais internacionais da música (44)

3222-1320 / 3222-5010

Rua Joubert Carvalho, 629 - Centro - Maringá-PR

A exemplo de outras cidades brasileiras, como Campos do Jordão por exemplo, Maringá entra no roteiro do festivais musicais. Entre os dias 19 e 25 de julho a cidade canção torna-se ainda mais musical com o 1º Festival Internacional de Música de Maringá (Fimma) que vai reunir artistas, professores e alunos de diversos países, além de oferecer concertos noturnos gratuitos, canto coral e oficinas de instrumentos de cordas e piano. Através de concertos sociais a música também será levada a hospitais, asilos e escolas. Segundo músicos ouvidos pela equipe de reportagem, como o dramaturgo e também músico Tisley Barbosa, que integra a União dos Jornalistas e Escritores de Maringá (Unijore), a iniciativa é elogiável, pois consolida e projeta Maringá no roteiro dos grandes festivais de música. “Afinal, a origem do nome da cidade está eternizada na canção do compositor Joubert de Carvalho”, lembrou. O Fimma é uma realização da Prefeitura de Maringá, com apoio da Unicesumar e participação da Universidade Estadual de Maringá. A direção artística do festival é de responsabilidade do maestro Jean Reis e a equipe de artistas professores que atuam em festivais internacionais no Rio Grande do Sul, São Paulo e Minas Gerais. Alunos dos Estados Unidos, Peru, Guatemala já estão confirmados para o Fimma, assim como outros inscritos vindos de todo Brasil. Programação O concerto de abertura do FIMMA acontece com a prata da casa, Orquestra Filarmonica Unicesumar conduzida pelo maestro Davi Oliveira. Durante o festival no período da manhã, a orquestra do Fimma realizará

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ensaios no Teatro Calil Haddad das 9 às 12 horas, abertos ao público. O objetivo é oportunizar o acesso aos amantes da música a toda atividade desenvolvida durante o festival. À tarde, o acesso às aulas de instrumentos de cordas (violino, viola, violoncelo, contrabaixo e piano) será reservado aos alunos inscritos nas oficinas do Fimma através www.fimma.art.br. Paralelamente, alunos e coordenadores levarão música a outros ambientes sociais. No final da tarde a série Concertos Acadêmicos oferecerá aos alunos a oportunidade de se apresentarem em concertos com acesso gratuito ao público. Entre as 18 e 20 horas serão realizados ensaios do coral do Fimma sob coordenação da maestrina Andréa Anhenzini. Na apoteose dos trabalhos diários, os concertos noturnos do Fimma trazem ao palco do Teatro Calil Haddad artistas internacionais numa cuidadosa programação com o pianista e professor titular da Ecole Normale de Musique de Paris, Guigla Katsarava, e os pre miadíssimos professores Cármelo de los Santos, Alejandro Drago, Renato Bandel, Viktor Uzur, Marcos Machado e Ney Fialkow. No sábado (25), às 20h30, acontecerá o e n c e r ra m e n t o c o m o c o n c e r t o d a orquestra e coral do Fimma no Teatro Calil Haddad. Serviço: M a i s i n f o r m a ç õ e s a t rav é s d o s i t e www.fimma.art.br


Paraná

Gafanhotos, diários secretos, enfim, quando o eleitor vai deixar de votar em corruptos? *Por editores (colaborou Gorby Junk, de Curitiba) Uma das pragas do Egito, os gafanhotos, nome também dado na época (final da década passada) a um forte esquema dentro da Assembleia Legislativa do Paraná, no qual os vencimentos de vários servidores eram depositados em uma única conta, normalmente ligada a um deputado, que manipulava o dinheiro acabou ficando no esquecimento da população. Um documento do Supremo Tribunal Federal (STF), disponível na oportunidade no site da instituição, revelou que mais 13 políticos estão sendo investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal por suposto envolvimento no esquema gafanhoto dentro da Assembleia Legislativa do Paraná.. Ao todo foram 63 deputados e exdeputados os alvos da investigação por suposta prática de crimes de peculato (desvio de dinheiro público), tributário, estelionato, sonegação fiscal e formação de quadrilha. O esquema gafanhoto, investigado desde 2005, consiste no depósito de salário de mais um servidor numa única conta bancária. Em um dos casos, até 16 pessoas recebiam os vencimentos da Assembleia em uma única conta corrente. Essas contas eram movimentadas por terceiros e, em alguns casos, pelos próprios parlamentares ou pessoas próximas a eles. A prática levantou a suspeita do MPF de crime de desvio de dinheiro público. O documento do Supremo ampliou a lista dos suspeitos, de 50 para 63, e até revelando os novos investigados, publicado pela Gazeta do Povo nos dias 4 e 22 de julho

de 2008 citando vários nomes de políticos que entraram na lista de suspeitos em participar desse esquema. De Maringá, pelo menos quatro constaram nesta lista, sendo que somente um continua ocupando cargo eletivo, agora na Câmara. Com o passar do tempo muitos nomes dos envolvido foram caindo no esquecimento, principalmente com outros focos que o jornalismo da RPC resolveu iniciar uma nova série de denúncias com o mesmo tema, denominada “Diários Secretos”, agora tendo alvo principal o deputado estadual Nelson Justos, que presidiu a Assembleia entre 2007 e 2010. A denúncia não mudou: crimes de formação de quadrilha e lavagem de dinheiro.

A população também espera o desfecho sobre o processo envolvendo funcionários fantasmas em Maringá, cuja investigação começou em 2010. Cinco anos depois, o Ministério Público está pedindo a condenação de quatro vereadores da época por contratar funcionários que recebiam sem trabalhar na Câmara Municipal. Os acusados são: Aparecido Domingos Regini, o Zebrão; Belino Bravin (PP); Doutor Sabóia (PMN); e Mario Verri (PT).

Hermas Brandão, escaparam da ação de improbidade administrativa proposta ontem pelo Ministério Público porque o crime de improbidade prescreve cinco anos após o agente público deixar o cargo.

Segundo foi apurado, durante quatro meses, o Gaeco acompanhou a rotina dos assessores. João Glacia Macedo, exassessor de Belino Bravin, por exemplo, foi flagrado durante o dia trabalhando em uma padaria. Ele recebia mais de R$ 2 mil do l e g i s l a t i vo. “ Tod o s o s f u n c i o n á r i o s compareciam apenas para bater ponto na Câmara de Vereadores. No horário de expediente realizavam outras atividades particulares”, disse o promotor, Pedro Ivo Andrade. (vereadores)

A investigação do MP revelou que alguns dos funcionários fantasmas relacionados à ação ajuizada ontem foram contratados no ano de 2000 e desde então receberam salários sem prestar expediente. De 2001 a 2 0 0 6 , H e r m a s B ra n d ã o p r e s i d i u a Assembleia.

Condenados, absolvidos, ou livres da acusação pelo ato estar prescrito, vale a pena seguir a orientação do Tribunal Federal Eleitoral em pesquisar a vida pregressa de políticos que já tiveram nomes envolvidos em escândalos antes de sacramentar o voto nas próximas eleições.

Rossoni foi primeiro-secretário de 2001 a 2003, quando foi substituído por Nereu Moura, que ficou no cargo até 2006. Mas, muitos dos nomes envolvidos na Operação Gafanhoto que foram condenados na época, incluindo os de Maringá, estão aliviados, pois o ato de improbidade prescreve em 5 anos.

Embora alguns setores da imprensa tente avivar a memória dos eleitores, blogs e sites noticiosos, o processo, confirmado pelo TSE é simples: basta digitar a palavra “ c o n d e n a ç õ e s ”, “ e n v o l v i m e n t o s ”, “falcatruas”, seguido pelo nome do candidato no Google e pronto; sua seleção estará pronta.

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Política

Massacre de Curitiba

*Gorby Junk, Curitiba

MP-PR ajuíza ação civil pública contra Beto Richa e Francisquini

O Ministério Público do Paraná está ajuizou no último dia 29,pouco mais de dois meses depois do Massacre do Centro Cívico de Curitiba de 29 de abril de 2015, ação civil pública por atos de improbidade administrativa contra o governador do Estado, Carlos Alberto Richa, (PSDB), o ex-secretário da Segurança Pública e Administração Penitenciária. A ação envolve também Fernando Destito Francischini (agora deputado federal pelo Solidariedade), e o ex-comandante da Polícia Militar, César Vinícius Kogut. Também são requeridos na ação o ex-subcomandante da PM Nerino Mariano de Brito, o coronel Arildo Luís Dias e o tenente-coronel Hudson Leôncio Teixeira. A iniciativa do MP-PR é resultado das investigações realizadas acerca dos fatos ocorridos no dia 29 de abril, nos arredores da Assembleia Legislativa, em que resultaram feridas mais de 200 pessoas, na maioria professores da rede pública estadual. O grupo protestava contra o projeto de lei encaminhado pelo Executivo estadual que dispunha sobre modificações no regime previdenciário dos servidores públicos do Estado. Na ação, o Ministério Público destaca que os requeridos violaram os princípios da administração pública, já que, dentre as hipóteses previstas na Lei 8.429/92, configura ato de improbidade administrativa qualquer ação ou omissão que viole os deveres de legalidade e lealdade às instituições. Nesse sentido, o governador Beto Richa, a quem, em última

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instância, estão subordinadas as polícias Militar e Civil, foi acionado por omissão, principalmente por não ter impedido os excessos, bem como pelo apoio administrativo e respaldo político do governo à ação policial; Fernando Francischini, secretário de Segurança na época dos fatos, por ter sido protagonista da gestão política e operacional de todos os aspectos da ação policial. Segundo a denúncia, os requeridos descumpriram as regras e diretrizes nacionais e internacionais de aplicação da força policial em relação a manifestações públicas, usando bombas químicas, gás lacrimogênio, animais, lançador de granada, helicóptero e balas de borracha, dentre outros equipamentos militares, o que aumentou o impacto da ação. Para arcar com o custo do uso desses materiais, bem como para pagar as diárias aos policiais militares trazidos do interior do estado para participar da operação (que movimentou, somente no dia 29 de abril, um efetivo de 1.682 policiais), foi necessário cerca de R$ 1 milhão, conforme informações fornecidas pelo Ministério Público de Contas. Fora os custos diretos da operação, o Ministério Público do Paraná estima os prejuízos ao patrimônio público em cerca de R$ 5 milhões, uma vez que muitas vítimas ainda estão acionando o Estado na Justiça, pedindo indenização por danos materiais e morais. Na ação, por exemplo, há pelo menos 150 laudos que comprovam as lesões corporais sofridas por manifestantes que se submeteram a exame pericial.


Grรกfica Regente



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