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ACIUB, como estamos e o que vem por aí

O presidente Paulo Romes ao lado do ex-presidente Fábio Pergher, a ex-presidente da ACIUB Mulher, Tomaides Rosa, Prefeito Odelmo Leao e o governador Romeu Zema.

Como você vê o Brasil neste momento, como empresário e presidente da Aciub?

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Acho que não só o Brasil, mas o mundo está saindo de uma crise sanitária jamais vista que trouxe uma insegurança e um medo muito grande, que se transferiu para os negócios.

Mas estamos saindo desse momento de incerteza, abrindo horizontes, e o Brasil e o mundo estão enxergando esse novo cenário. Então penso que neste momento o espírito é de ânimo renovado, pensando em mudanças e no fim desses tempos difíceis.

Como empresário, quando você olha para este novo horizonte, qual é sua expectativa?

Nós empresários somos sempre otimistas, não é mesmo? Tão otimistas que um dia tivemos a coragem de começar um negócio e neste caso não é diferente, vamos sempre olhar para o amanhã com um pensamento positivo. Nós, por exemplo, já estamos investindo em novos negócios que independente dos cenários que se apresentam, mesmo que sejam momentos difíceis, gerarão oportunidades e estamos em busca delas. Então, eu acredito que essas ‘luzes’, ou seja, essas novas possibilidades estarão cada vez mais claras, especialmente na próxima década.

E para quem quer empreender, iniciar um novo negócio, qual é a dica que você dá neste momento?

Primeiramente é ter coragem para fazer isso, porque se a pessoa pensar muito ela não empreende. Abrir um negócio é uma dose de coragem e ousadia maior do que qualquer outra coisa. É como se lançar no mar, porque depois que você faz isso é preciso nadar e não é possível parar. Ou ainda como se fosse andar de bicicleta, pois você pode parar de pedalar, mas sabe que cairá e quando isso acontecer é preciso se levantar, abaixar a poeira e seguir em frente. Então se a pessoa tem vontade em empreender, comece! Monte em sua bicicleta e comece a pedalar, porque tenho certeza que as oportunidades virão, assim como as dificuldades, mas também as soluções. E sobre não desanimar e ser feliz mesmo nos momentos de dificuldade.

A ACIUB SEMPRE DESEMPENHOU SEU PAPEL MUITO BEM, CADA UM A SEU TEMPO.

O assunto em alta é política, e em sua visão, ganha um lado ou ganha o outro? Como vai ser o Brasil ano que vem?

Acho que de qualquer maneira nós teremos grandes desafios. De um lado, se a direita ganhar, as reformas continuarão e entendemos que não teremos um impacto muito forte. Já, se a esquerda ganhar, nós teremos mudança de direcionamento e toda vez que isso acontece você diminui a velocidade para retomar em outra direção, e teremos um ‘atraso na viagem’. Entretanto, o Brasil é forte o suficiente, e nossa democracia está fortalecida depois de grandes solavancos. De uma forma ou de outra o Brasil sairá lá na frente, não tenho dúvida disso, porque nós temos um

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ALMANAQUE | UBERLÂNDIA S.A.

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povo forte e que demonstrou que a nossa democracia está fortalecida para sobreviver a qualquer vendaval.

Você está chegando ao fim do quarto ano de mandato como presidente da Aciub. Qual balanço você faz? O que essa jornada representou para você?

Para mim, foi de muito aprendizado, mesmo! Um cenário é quando você representa a si mesmo ou a sua própria empresa e toma as decisões baseado naquilo que você pensa, e responde por suas escolhas. Outro cenário é quando você representa uma classe, neste caso a empresarial, e a sua fala nem sempre é fruto do seu pensamento, mas sim de um pensamento coletivo. Isso foi o que eu busquei fazer na Associação Comercial e Industrial de Uberlândia, sempre defendendo o pensamento coletivo e a classe empresarial.

Percebemos que principalmente na pandemia você teve um forte papel de liderança no setor produtivo de Uberlândia, representando a Aciub. Como foi isso para você?

Para ser franco, fiz com muita tranquilidade, pois é o papel do presidente de uma entidade que representa a classe empresarial. Está bem claro qual é a missão, visão, e propósito da Aciub, assim fiz de forma muito tranquila porque estava cumprindo o meu papel enquanto presidente da entidade. Além disso, também tive o total apoio de toda nossa diretoria, e nunca estive sozinho nessa luta. Aproveitando esta abordagem, vale destacar que acreditamos na importância de unir forças, por exemplo com outras entidades e iniciativas, na busca pelas defesas que entendemos ser importantes, como as reformas administrativa e tributária, com objetivo de contribuir para a retomada do crescimento econômico, geração de oportunidade e renda para as pessoas.

Neste sentido, em uma das ações nos juntamos às iniciativas do Instituto Unidos Brasil, em que participo junto com nossos vice-presidentes e ex-presidentes dando voz à classe produtiva de Uberlândia junto à empresários de todo país. O que também não posso deixar de registrar é que todo trabalho feito pela Aciub conta com o suporte ímpar do backoffice, com a equipe da Aciub sempre nos dando todas as informações e dados para que pudéssemos fazer as defesas com tranquilidade. Nós não estávamos pisando em nenhuma linha fora daquilo que é o nosso papel institucional.

A ACIUB tem apoiado e participado de ações da comunidade como, no Dia mundial da limpeza.

Percebemos em seus dois mandatos que houve uma forte presença em ações fora da sede da Aciub, envolvendo a comunidade. Por exemplo, no Dia Mundial da Limpeza, a Feira da Saúde, o Pacto Pela Alfabetização, dentre outras. Como foi a escolha por estas iniciativas?

Não foi uma escolha, mas sim um processo natural. Com o Dia Mundial da Limpeza, por exemplo, gostaríamos muito que Uberlândia fosse reconhecida como uma das cidades mais limpas e melhores para se morar, e esse projeto foi um pontapé inicial. O objetivo era que se tornasse uma cultura, e que nos tornássemos uma cidade mais limpa, a que menos suja, e essa consciência pode ser trabalhada neste evento. A Feira da Saúde foi uma proposta que casava perfeitamente com o momento e o foco na qualidade de vida, envolvendo nossas equipes e apoiadores. Já no Pacto Pela Alfabetização, entramos com apoio e investimento porque tratase de um programa de grande impacto uma vez que oferece apoio à prática pedagógica dos professores, fornecendo capacitação, qualificação, modelagem de gestão e incentivando a integração entre pais, professores, gestores e demais colaboradores da comunidade escolar, focado na alfabetização.

Nesta minha gestão passamos pouco

Paulo Romes Junqueira - Presidente ACIUB

tempo dentro da Aciub devido à pandemia, pois foi um momento em que não tivemos muitas reuniões internas na sede, por exemplo, mas foi quando mais estivemos presentes com o nosso associado, representando a classe produtiva em função do desempenho do nosso papel lá fora. Então penso que nós somos reconhecidos por essa atuação ‘fora’ da sede, saímos de dentro das quatro paredes, mas não foi uma definição estratégica, mas sim um processo natural.

Quando falamos da força da Aciub, tivemos a presença do governador Romeu Zema em sua posse, e ao longo de toda a gestão foram várias visitas de secretários, deputados, e ainda uma forte atuação em relação à situação das rodovias. Você considera que neste período a Aciub se mostrou ainda mais forte e presente na sociedade?

Não mais forte e nem mais presente, às vezes nós temos a memória curta, mas eu gostaria de resgatar que sempre estivemos envolvidos em decisões importantes do Estado e de Uberlândia. Eu poderia lembrar, por exemplo, da atuação na construção de outras rodovias da região, da contribuição no processo de modernização do aeroporto de Uberlândia, da instalação de empresas como a Companhia de Telefones do Brasil Central, atual Algar, uma iniciativa que surgiu dentro da Aciub. Além disso, nosso ex-presidente Rogério Nery foi secretário de Desenvolvimento Econômico do Estado de Minas Gerais, enquanto os ex-presidentes Dilson Dalpiaz e Rosalina Vilela assumiram a Secretária Municipal de Desenvolvimento Econômico em Uberlândia, cargo que também exerci indicado pela Aciub. Toda essa história está em nossos anais, a questão é que nós damos nossa contribuição no nosso tempo, e é natural que lembremos de uma atuação mais recente e por isso pareça mais forte, mas a Aciub sempre desempenhou seu papel muito bem, cada um a seu tempo, e me orgulho de ter sido parte nestes últimos quatro anos como presidente.

DE UMA FORMA OU DE OUTRA O BRASIL SAIRÁ LÁ NA FRENTE, NÃO TENHO DÚVIDA DISSO, PORQUE NÓS TEMOS UM POVO FORTE

Para fecharmos, se você pudesse fazer algo diferente no seu mandato, o que seria? Tivemos a pandemia que foi um grande obstáculo, mas teria algo que gostaria de ter feito?

Para ser franco e sem falsa modéstia, não mudaria nada e explico o porquê. Cada atitude foi tomada a seu tempo, cada momento exigiu uma ação, e creio de nossa parte isso não faltou, assim como a boa vontade em agir. O que poderia ter sido melhor? Talvez definir estratégias mais assertivas, mas no meu entendimento se nós tivéssemos demorado muito pra definir esse planejamento faltaria atitude. Entre atitude e estratégia, eu prefiro a primeira opção, e acho que nós tomamos iniciativas na hora certa, e repito, sempre em conjunto com a nossa diretoria. Não tivemos muito tempo para definir a melhor estratégia, mas tivemos muita coragem para tomar a atitude certa.

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